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Flebotomíne� � Culicíne� ● Dípteros: nematocera e brachycera ❖ Nematóceros: adultos são pequenos e frágeis, tem pernas longas e antenas longas com 3 segmentos. Larvas tem cabeça definida e pupas quando adultos escapam da cutícula da pupa por uma fenda. ● Importância médica ❖ Vetores biológicos: helmintos, protozoários, bactérias, vírus (arbovírus). ● Enfermidades veiculadas por nematóceros: ❖ ELEFANTÍASE (FILARIOSE LINFÁTICA) - Wuchereria bancrofti (Culex quinquefasciatus) ❖ DIROFILARIOSE - Dirofilaria immitis (Ochlerotatus spp., Culex spp. e Anopheles spp.) ❖ LEISHMANIOSE - Leishmania spp. (Lutzomyia longipalpis) ❖ MALÁRIA – Plasmodium spp. (Anopheles spp.) ❖ Arboviroses ➔ FEBRE AMARELA Flavivirus, Flaviviridae (Haemagogus sp., Sabethes sp. e Aedes aegypti) ➔ DENGUE - DENV, Flavivirus, Flaviviridae (Aedes aegypti) ➔ ZIKA - ZIKV, Flavivirus, Flaviviridae (Ae. aegypti e Aedes albopictus) ➔ CHIKUNGUNYA - CHIKV, Alphavirus, Togaviridae (Ae. aegypti e Ae. albopictus) ➔ FEBRE OROPOUCHE – OROV, Orthobunyavirus, Bunyaviridae (Culicoides paraensis) ➔ FEBRE DO MAYARO - MAYV, Alphavirus, Togaviridae (Haemagogus spp.) ● Flebotomíneos: Lutzomyia spp. e Lutzomyia longipalpis, L. chagasi ❖ Pequenos, corcundos e pilosos, asas em forma de ponta de lança eretas sobre o corpo. ❖ Gêneros: phlebotomus spp e lutzomya spp ❖ Transmissão: Fêmeas que fazem repasto sanguíneo, fezes, ingestão do inseto ❖ Gêneros mais importantes: phlebotomus (velho mundo) e lutzomya (continente americano) ❖ Coloca ovo em local úmido e protegido, com pouco vento, geralmente em pedras, fendas buracos,.. ❖ Atividade crepuscular ❖ Após 30-60d a larva se fixa ao substrato e se transforma em pupa e depois em adulto. ❖ Voam pouco e saltitando ❖ Picam partes baixas ❖ Prevenção: repelentes, evitar exposição em horários favoráveis ao vetor, uso de telagem/mosquiteira, manejo ambiental, destino adequado do lixo, poda de árvores, limpeza de abrigos,... ● Leishmaniose ❖ Agente: Leishmania spp ❖ Vetor: lutzomya ❖ Reservatório: animais silvestres, domésticos e homem. ❖ Leishmaniose tegumentar e visceral ❖ Espécies de leishmania Transmitidas em ciclos zoonóticos (A → H) e antroponóticos (H → H (Leishmania donovani)) ➔ L. donovani – LV (Velho Mundo) 2 subgeneros: ➔ distribuição geográfica (Shaw, 1994) : ➢ L. (Viannia) - espécies restritas à região Neotropical ➢ L. (Leishmania) - espécies distribuídas no Novo e no Velho Mundo ➔ estágio do desenvolvimento no intestino do flebotomíneo (Lainson et al., 1987): ➢ L. (Viannia) - desenvolvem-se no intestino posterior do flebotomíneo, aderidos à parede, na região do piloro ➢ L. (Leishmania) - desenvolvem-se no intestino médio e anterior do flebotomíneo ❖ Leishmaniose tegumentar ➔ Leishmania (Viannia) braziliensis ➔ L.(V.) guyanensis e L.(Leishmania) amazonensis ➔ L. (V.) lainsoni, L. (V.) naiffi, L. (V.) lindenberg e L. (V.) shawi ➔ No local de picada: lesão cutânea (aspecto pápulo-vesiculoso) e lesão pode se disseminar e posteriormente invadir a mucosa nasofaringeana ➔ Diagnóstico diferencial: esporotricose ❖ Leishmaniose visceral ➔ Crônica e grave ➔ Complexo leishmania ➢ L. (L.) donovani - LV antroponótica (India, Bangladesh, Nepal e Paquistão ) ➢ L. (L.) infantum – LV zoonótica (região Mediterrânea – Europa e África) ➢ L. (L.) chagasi - ↑ similaridade genética com L. (L.) infantum → LV zoonótica em diferentes países das Américas (NV) ➢ Os cães são o principal reservatório das sp. LV zoonóticas ➔ No Brasil: L. (L.) i. chagasi = L. infantum ➔ Vetores: Lu. longipalpis, Lu.cruzi (MT) e outras ➔ Sintomas: Febre prolongada, esplenomegalia, hepatomegalia, leucopenia, anemia, hipergamaglobulinemia, tosse, dor abdominal, diarreia, perda de peso progressiva e caquexia ❖ Leishmaniose no Brasil: ➔ A ocorrência da doença em uma determinada área depende basicamente da presença do vetor susceptível e de um hospedeiro/reservatório igualmente susceptível . ➔ A leishmaniose que era inicialmente uma doença rural passou a acometer áreas urbanas de pequeno e médio porte e, atualmente, ocorre em grandes centros urbanos, revelando o processo de periurbanização e urbanização da doença ➔ Atualmente: formas cutâneas e visceral- em cidades de médio e grande porte, inclusive em capitais estaduais: Belo Horizonte, São Luiz, São Paulo, Rio de Janeiro . O Brasil está entre os países que concentram o maior número de espécies de flebotomíneos em todo o mundo ➔ Lutzomya longipalpis: principal vetor no Brasil ➔ Lutzomya cruzi: região centro-oeste. ★ ocorrência Lutzomyia longipalpis - áreas com bioma de floresta, de transição e de cerrado alterações genéticas de mosquitos transgênicos ★ ocorrência Lutzomyia cruzi principalmente em municípios com área de pantanal e cerrado (Missawa; Moreira Lima, 2006) ● Culicídeos: Aedes aegypti, Ae. albopictus , Haemagogus spp., Sabethes spp. , Culex spp. ❖ Pequenos ❖ Corpo delgado, delicado, pernas longas. ❖ Fazem zumbidos durante o voo ❖ Anophelinae: anopheles (vetor primário da malária ❖ Culex: grande variedade de tipos de criadouros , permanentes e água rica em matérias orgânicas . ➔ Principais espécies: Culex pipiens fatigans e Culex quinquefasciatus. ➔ Período de atividade: NOTURNO ➔ Vetor da ELEFANTÍASE ❖ Aedes; não fazem a postura diretamente na superfície líquida ➔ ovos: colocados isoladamente nas margens dos criadouros ou em locais úmidos que possam ser posteriormente alagados . Podem resistir por longos períodos na ausência de água e a dessecação. ➔ Principais espécies: Aedes aegypti e Aedes albopictus ➔ Período de atividade: DIURNO ➔ Aedes Aegypti ➢ Adaptado ao ambiente urbano ➢ recipientes presentes no domicílio ou peridomicílio – tanques de armazenamento de água e vasilhames temporários, dentro e fora das casas: potes, barris, pneumáticos usados, latas, garrafas e vasos de plantas, calhas de telhado, axilas de folhas, bambus cortados ➢ Fêmea se alimenta de sangue deposita ovos em locais com água parada (limpa ou pouco poluída) . Ovos: brancos → pretos após algumas horas . ➢ É vetor da Dengue, Febre Chikungunya, Zica e Febre Amarela . ➢ Único vetor incriminado na transmissão de dengue no Brasil incriminado na transmissão da Febre Chikungunya (CHIKV) na África, na Ásia e ilhas do Oceano Índico ➔ Aedes Albopictus ➢ vetor do Dengue na Ásia e da Febre Chikungunya na Europa ➔ Aedes vittatus ➢ um vetor muito eficiente de dengue, chikungunya, zika e febre amarela. ❖ Hemagogus ➔ Hábitos silvestres ➔ Principais espécies: Haemagogus leucocelaenus ➔ Período de atividade: DIURNO ❖ Sabethes ➔ Hábitos silvestres ➔ Principais espécies: Sabethes albiprivus ➔ Período de atividade: DIURNO ❖ Arbovírus: parte de seu ciclo de replicação ocorre em artrópodes, podendo ser transmitidos aos seres humanos e outros animais pela picada de artrópodes hematófagos . Cinco famílias virais: Bunyaviridae, Togaviridae, Flaviviridae, Reoviridae e Rhabdoviridae . ❖ Em seres humanos: ➔ doença febril (DF) indiferenciada, moderada ou grave ➔ erupções cutâneas ➔ artralgia (AR) ➔ síndrome neurológica (SN) ➔ síndrome hemorrágica (SH). ➔ DF - sintomas de gripe (febre, cefaléia, dor retro-orbital e mialgia) ➔ SN - mielite, meningite e/ou encefalite, com mudanças de comportamento, paralisia, paresia, convulsões e problemas de coordenação ➔ AR - exantema ou rash maculopapular, poliartralgia e poliartrite ➔ SH - petéquias, hemorragia e choque combinado com uma redução intensa de plaquetas Febre amarela: ● doença infecciosa aguda, de curta duração, com grau de gravidade variável ● arbovírus Flavivirus (família Flaviviridae) ● pode se manifestar como FA silvestre e FA urbana ● Forma silvestre - transmitida na área rural ou de floresta - por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam animais silvestres suscetíveis, especialmente MACACOS, sendo o homem um hospedeiro acidental ● Forma urbana - transmitida nas cidades, de homem para homem, pelo Aedes aegypti** ● FS e FU mesmas manifestações clínicas diferença→ apenas nos vetores responsáveis pela transmissão : no ciclo silvestre - Haemagogus e Sabethes e no meio urbano - Ae. aegypti ● Prevenção: VACINA ● os primatas não humanos (PNH) participam do ciclo silvestre do vírus da febre amarela, sendo muito sensíveis ao vírus, podendo ocasionar a morte desses animais: EPIZOOTIAS ● Macacos são sentinelas Dengue ● doença infecciosa aguda, de curta duração, com grau de gravidade variável ● Agente: arbovírus Flavivirus (família Flaviviridae) ● Vetor: Aedes aegypti e Ae. albopictus ● quatro sorotipos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4 ● a imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga) ● a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente por dois a três meses ● Tratamento: de suporte ● Alguns fatores de risco individuais determinam a gravidade da doença: idade, etnicidade e, possivelmente, comorbidades (asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme) e infecção secundária. ● Crianças mais novas, particularmente, podem ser menos capazes que adultos, de compensar o extravasamento capilar e estão conseqüentemente em maior risco do choque do dengue. ● A dengue grave é, também, regularmente observada durante infecção primária em bebês nascidos de mães imunes ao dengue. Chikungunya ● doença infecciosa aguda, de curta duração, com grau de gravidade variável ● Agente: arbovírus Flavivirus (família Flaviviridae) ● No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. ● Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953. ● Vetor: Aedes aegypti e Ae. albopictus ● depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida ● Principal sintoma: dor nas articulações (costuma ser muito intensa) ;dor pode persistir por meses e até anos (mesmo após superar a doença) → dificuldade para movimentar os membros e articulações (SEQUELA) ; Os outros sintomas de chikungunya podem durar até 14 dias. ● Tratamento: de suporte Zika ● doença infecciosa aguda, de curta duração, com grau de gravidade variável ● Agente: arbovírus Flavivirus (família Flaviviridae) ● Vetor: Aedes aegypti e Ae. albopictus ● duas linhagens do vírus: uma Africana e outra Asiática ● maior problema: possíveis sequelas (a síndrome congênita do Zika - síndrome que afeta bebês ainda durante a gestação caso a mãe venha a contrair o vírus); a criança pode nascer com microcefalia e outras complicações ● As gestantes, cujos bebês desenvolveram a microcefalia, tiveram sintomas do vírus Zika no primeiro trimestre da gravidez. O cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti envolve todo o período da gestação. Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação ● Tratamento: Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes - entre elas respiratórias, neurológicas e motoras – o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas.
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