Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Selo FSC aqui LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 44 questões numeradas de 1 a 44 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 1 a 22, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 23 a 44, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 1 a 3 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 2. Confi ra se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de três horas e trinta minutos. 5. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorrida uma hora do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em defi nitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. Exame Nacional do Ensino Médio 2018 1 a Série 1O DIA PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS SIMULADO ENEM ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com caligrafi a usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É ROSA. MARQUE -A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA. As nuvens encobriram o céu. PROVA 2 Instituição de ensino: Aluno: XX X X X X X Instituição de ensino: Aluno: 19 99 90 31 CÓDIGO: 13 D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 1 2/8/18 4:40 PM Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularida- des ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publici- dade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. A correção da redação deve considerar os seguintes critérios. Critério/Competência Observar 1) Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. Utilizar a norma culta da Língua Portuguesa, evitando erros de ortografia e de pontuação. 2) Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. O aluno deve abordar o tema "Depressão e suas consequências entre os jovens do Brasil" a partir da leitura dos textos propostos na coletânea e de seu conhecimento de mundo. Deve perceber a necessidade de uma proposta de intervenção que apresente medidas para combater esse problema ainda verificado em nossa sociedade. 3) Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Argumentar e defender um ponto de vista de forma coesa e coerente, utilizando-se do seu conhecimento prévio sobre o assunto. Trechos que sejam cópias dos textos motivadores serão desconsiderados na correção. 4) Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Apresentar um bom domínio dos instrumentos coesivos e de diversidade lexical, evitando ambiguidades e redundâncias. 5) Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Elaborar uma proposta de intervenção que esteja de acordo com o ponto de vista defendido no decorrer do texto, sem desrespeitar os direitos humanos. COMENTÁRIO: A redação desenvolvida deve discutir o tema “Depressão e suas consequências entre os jovens do Brasil”, levando em consideração os quatro textos da coletânea. O texto I traz dados da OMS sobre a depressão no país. O texto II mostra que jovens famosos, com uma vida considerada perfeita, também sofrem com a doença. Um exemplo é o jogador Nilmar, ex-atacante da seleção brasileira. O gráfico do texto III mostra dados bastante alarmantes: a doença é a principal causa de afastamento do trabalho, ou seja, há um impacto, inclusive, na economia mundial, e a cidade de São Paulo é a que apresenta maior incidência de transtornos mentais no mundo. Por último, o texto IV traz alguns sinais que podem auxiliar pais e professores a perceber os sintomas da depressão nos jovens. Esse último texto também pode ser usado para criar a proposta de intervenção, selecionando o ator social (pais ou professores) que deve intervir na vida do adolescente e o modo como ele deve agir. Também é importante que os alunos apresentem elementos do próprio repertório a fim de extrapolar os textos da coletânea e demonstrar indícios de autoria. Redações que apresentem tais características e possíveis soluções para o tema, bem como uso criativo da coletânea, devem ser valorizadas. Já os textos que se limitem a reproduzir as ideias contidas nos textos de apoio ou que apenas tangenciem o tema devem receber desconto na atribuição de notas. Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularida- des ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publici- dade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 2 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 3 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 22 Questões de 1 a 3 (opção Inglês) QUESTÃO 1 Na tirinha acima, Linus deseja agradar seu amigo Charlie Brown, mas em certo momento acaba sendo sarcástico em sua fala. Pela fala de Charlie Brown no último quadrinho, pode-se compreender que ele está A dando uma dica para que a escrita da carta fi que melhor. B demonstrando ironia para inserir humor na carta. C dando uma ordem, pois não gostou da fala de seu amigo. D oferecendo ajuda, pois seu amigo está com difi culdades. E pedindo um conselho sobre como devem continuar. QUESTÃO 2 O café é uma bebida muito presente no cotidiano das pessoas, perdendo apenas para a água na lista das bebidas mais con- sumidas do mundo. A publicidade de café mostra a suposta conversa entre o personagem (chamado de "você") e seu cérebro. Com base na leitura desse diálogo, percebe-se que A o cérebro demonstra grande esforço para ajudar o personagem em seu objetivo. B o personagem está tentando descansar, mas seu cérebro inquieto não permite. C o cérebro está "com a cabeça na lua", e o personagem acha isso muito engraçado. D o personagem precisa de ideias para um projeto, mas seu cérebro não se concentra. E o cérebro consegue contribuir com muitas ideias boas para o projeto. Pe an ut s, C ha rle s Sc hu lz © 1 96 9 Pe an ut s W or ld w id e LL C ./D is t. by A nd re w s M ac M ee l S yn di ca tio n QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Dificuldade: Fácil Charlie Brown, no último quadrinho, manda Linus apagar a última linha da carta que estão elaborando, pois não gostou do comentário escrito por seu amigo. Para isso, fez uso de uma frase imperativa "Scratch out that last line!", ou seja, "Corte essa última linha!". JW T, B ra zi l QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H7 Difi culdade: Média O diálogo pode ser traduzido da seguinte forma: Você: Vamos fazer um brainstorm de ideias para este projeto. Cérebro: Que tal hambúrgueres para o almoço?. Você: Você pode prestar atenção? Cérebro: Mas você disse que queria ideias! Dessa forma, entende-se que o cérebro não consegue se concentrar no projeto. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 3 2/21/18 3:36 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 4 QUESTÃO 3 GM PIGS TAKE STEP TO BEING ORGAN DONORS The most genetically modified animals in existence have been created to help end a shortage of organs for transplant, say US researchers. The scientists successfully rid 37 pigs of viruses hiding in their DNA, overcoming one of the big barriers to transplanting pig organs to people. The team at eGenesis admits preventing pig organs from being rejected by the human body remains a huge challenge. But experts said it was a promising and exciting first step. The study, published in the journal Science, started with skin cells from a pig. Tests identified 25 Pervs – porcine endogenous retroviruses – hidden in the pig's genetic code. Experiments mixing human and pig cells together showed those viruses could escape to infect human tissues. But the researchers then used the game-changing gene- editing technology Crispr to delete the 25 Pervs. [...] GALLAGHER, James. BBC, 11 ago 2017. Disponível em: <www.bbc.com/news/health-40886600>. Acesso em: 02 out. 2017. A vontade de um indivíduo doar partes de seu corpo para colaborar com o tratamento de outras pessoas se manifesta pela doação de órgãos. Porém, muitas vezes o número de casos de necessidade de transplantes acaba sendo maior que o número de doadores, o que resulta na falta de órgãos disponíveis. O texto aborda esse assunto e, entre suas infor- mações, verifica-se que A animais geneticamente modifi cados não utilizados para seu propósito serão usados como doadores de órgãos para não serem descartados. B cientistas descobriram como eliminar vírus do DNA de porcos, abrindo assim as portas para a doação de órgãos desses animais para humanos. C da forma como os procedimentos estão sendo feitos, não res- tam mais chances de ocorrer rejeição no corpo humano dos órgãos provenientes dos porcos. D o estudo feito com animais geneticamente modifi cados se ini- ciou com células dos rins de um porco, segundo publicação na revista Science. E os experimentos que misturaram células de humanos e porcos não foram bem-sucedidos, resultando em uma maior vulnera- bilidade aos vírus. Questões de 1 a 3 (opção Espanhol) QUESTÃO 1 CARNE DE LABORATORIO, ¿LA SALVACIÓN DE LOS ANIMALES DE GRANJA? ¿Te gusta comer pollo y el pato? ¿Te gustan también los pollitos y los patitos lindos? Pues tu conciencia no debe sufrir más. Una vez más, el malvado capitalismo ha llegado para salvarnos a través de un maravilloso y nuevo producto: la carne sin carne. La ciencia ha permitido que una empresa americana se lance a comercializar carne de pollo y pato sin la necesidad de matar o criar ningún animal. ¿Será el fin de las granjas? ¿El fin del sufrimiento animal? ¿Una gran victoria para los derechos de los animales o una mercantilización de un bien de primera necesidad? ¿Tiene sentido que la ciencia se utilice para hacer millonario a un empresario? Sí, nosotros también somos un mar de dudas, pero intentaremos resolverlas. El proceso científico Pero, ¿cómo consiguen producir esta carne? El proceso es relativamente sencillo. 1. La base de esta carne son las células madre pluripotenciales que son aquellas células que pueden generar tejidos. En este caso las de pato o pollo. 2. Se prepara un caldo de cultivo para estas células, siempre asegurándose de que tiene la proporción adecuada de nutrientes y vitaminas para el desarrollo celular. 3. Se aplica un proceso de comunicación biológica entre las células. Son unas señales moleculares que les dicen a las células que crezcan, al igual que hacen con las células de un ser vivo. 4. Y todo se deja madurar en un entorno apto para la vida: 37 °C en una atmosfera con un 5% de CO2. Para llevar a cabo este procedimiento se utilizar una tecnología de biorreactores celulares específicos. Son una especie de fotocopiadoras de células que sustituyen a los icónicos laboratorios de cultivos. [...] IGLESIAS, Javier. Carne de laboratorio, ¿la salvación de los animales de granja? Eslang, 18 set. 2017. Disponível em: <www.eslang.es/politica/carne-de-laboratorio-la- salvacion-de-los-animales-de-granja_20170915-n.html>. Acesso em: 2 out. 2017. O consumo de carne tem sido alvo de discussões que vão desde o direito dos animais até o potencial poluidor na criação dos animais para consumo. Segundo o texto, a "carne sin carne" A é assim chamada porque é feita com células de aves, como o frango e o pato, mas não com células de gado. B é o resultado do investimento científi co de uma empresa ame- ricana que luta pela preservação animal. C é um produto criado em laboratório usando células animais, sem que seja necessário criá-los para fi ns de abate. D é um produto destinado aos vegetarianos que lutam pelo fi m das granjas e do sofrimento animal. E passa por um processo de fabricação que o autor do texto considera injusto, pois enriquecerá um empresário. QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H6 Difi culdade: Difícil De acordo com o segundo parágrafo, cientistas conseguiram livrar 37 porcos de viroses que se escondiam em seus DNAs, superando uma das maiores barreiras do transplante de órgãos de porcos para humanos. QUESTÃO 1 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H6 Difi culdade: Fácil A "carne sem carne" é um produto criado em laboratório com base em células pluripoten- ciais de frango ou pato, e pode ser feita sem a necessidade de se matar nenhum animal. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 4 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 5 QUESTÃO 2 Es posible que, en una época de tu vida, cuando eras más joven, comieras de todo, no te preocupases por la comida y tu peso se mantuviera sin ningún problema. Según Luis Navarro, coach, director de Navarro Clínica, y autor del libro Método Navarro para adelgazar, "ese era tu peso natural y probablemente no te pesabas porque tu cuerpo mantenía el peso de forma automática. Y es que el cuerpo se autorregula solo, mantiene las constantes vitales dentro de unas horquillas o rangos y así sigue funcionando de manera óptima. A esto se la llama técnicamente "homeostasis". El cerebro, desde el hipotálamo, autorregula el peso. Así cada persona tiene un peso natural que se mantiene dentro de un rango de fluctuación y que depende de la herencia genética." [...] [...] Cuando se hace una dieta, una serie de ajustes en el cuerpo hacen que se reduzca el metabolismo, es decir, que se consuma menos energía para mantener las funciones vitales del cuerpo, que se sienta irritabilidad y ansiedad por la comida, que se desee comer y que prácticamente no se pueda evitar. Es el efecto rebote. La fuerza de voluntad no logra vencer el mecanismo de supervivencia que se activa cuando se pierde peso rápidamente para que se recupere. "La alternativa para adelgazar es dejar las dietas, la mentalidad de dieta, el control sobre la comida, la obsesión por el peso y el rechazo al cuerpo y, progresivamente, conectar con el cuerpo y permitir que los mecanismos internos de hambre y saciedad nos guíen a la hora de comer y de parar de comer", afirma Navarro. [...] LA ÚNICA alternativa para adelgazar es dejar las dietas. ABC, 29 set. 2017. Disponível em:<www.abc.es/familia/supersanos/abci-unica-alternativa-para-adelgazar-dejar-dietas-201709240104_noticia.html>. Acesso em: 2 out. 2017. O artigo apresenta a opinião de um especialista em dieta. De acordo com as considerações do texto, um possível título, em português, seria A "Jovens não precisam de dieta". B "É impossível emagrecer". C "Especialista põe fi m ao mito do peso natural". D "Se quiser emagrecer, esqueça as dietas". E "Conheça a dieta que mantém o peso natural sem regime". QUESTÃO 3 Há um paradoxo na história em quadrinhos, que pode ser encontrado na A fala de Calvin no 4o quadrinho, ao dizer à sua mãe que não esperava que seu tigre de pano se perderia no bosque. B fala do pai de Calvin no último quadrinho, ao dizer que seu pai não se esforçaria como ele, pois ele não foi tão malcriado. C reação do pai de Calvin no 6o quadrinho ao saber que seu fi lho se sente triste após ter perdido seu brinquedo. D ênfase que a mãe de Calvin dá à tristeza do menino no 8o quadrinho, mesmo após ter dito a seu fi lho para ir dormir. E maneira como Calvin acredita que o comportamento do seu tigre de pelúcia foi responsável por seu desaparecimento. QUESTÃO 2 Conteúdo: Interpretação de texto C2 | H6 Difi culdade: Média Segundo o texto, para emagrecer, as pessoas devem deixar as dietas, o controle sobre a comida, a obsessão pelo peso, entre outros. QUESTÃO 3 Conteúdo: Interpretação textual verbal e não verbal C2 | H6 Difi culdade: Média O pai de Calvin se pergunta se seu pai faria o mesmo por ele, e a resposta, que deveria ser sim (afi nal ele nunca foi tão malcriado como o fi lho), é não, demonstrando uma contradição de ideias e o estabelecimento de um paradoxo. C al vi n H ob be s, B ill W at te rs on © 1 98 7 W at te rs on / D is t. by A nd re w s M cM ee l S yn di ca tio n D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 5 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 6 QUESTÃO 4 A doação de sangue é um tema bastante relevante, pois pode salvar vidas. No cartaz, verifica-se que, para a abordagem desse tema, A buscou-se destacar, por meio da função referencial, a importância da frequência ao doar sangue. B o destaque dado para a gota cria a ideia de sangue correndo nas veias, visando a estimular o leitor. C empregou-se a metalinguagem, pois a gota de sangue representa a própria mensagem de se doar sangue. D fez-se uso de um canal direto com o leitor (doador), por meio da função fática, ao empregar o imperativo. E predomina o uso da função conativa, já que se prioriza a forma como a mensagem é passada. QUESTÃO 5 A tirinha traz alguns personagens conversando. O terceiro quadrinho mostra que os personagens compartilham do mesmo sentimento em relação à fala do outro personagem. A expressão “Fala a nossa língua!” A indica que o assunto tratado não correspondia ao esperado pelos personagens, pois o personagem que falou sobre a Naftalina não percebeu que os demais estavam comendo doces. B revela que a linguagem usada pelos três contribuiu para a comunicação entre todos eles, pois deixou clara a impossibilidade de entenderem uns aos outros. C mostra que o canal de comunicação foi usado de maneira incorreta pelos participantes, pois nenhum dos personagens entendeu, de fato, o que o outro estava falando. D quebra a expectativa do leitor, pois somente no último quadrinho é possível perceber que ela deve ser entendida de maneira literal e não como força de expressão. E traz um referente diferente para emissor e receptores, pois se trata de contextos diferentes, uma vez que uma língua é inventada para confundir o emissor do primeiro quadrinho. M in is té rio d a Sa úd e/ G ov er no F ed er al QUESTÃO 4 Conteúdo: Linguagem verbal e não verbal, função da linguagem C1| H1 Difi culdade: Média Para além da função conativa (ao trazer verbos no imperativo e se dirigir ao interlocutor), o cartaz trabalha a função referencial, pois busca informar o leitor não só da necessidade de se doar san- gue, mas também da importância de fazê-lo com frequência, ajudando, assim, os bancos de san- gue com reposições regulares. Há, portanto, uma transmissão de informação de forma objetiva, sem uso de subjetivismo ou fi guras de linguagem para cativar o leitor. A intenção é informar sobre a necessidade de se doar sangue (função referencial) e, ao mesmo tempo, infl uenciar o interlocu- tor a tomar uma atitude (função apelativa expressa pelos verbos no imperativo – "doe" e "ajude"). QUESTÃO 5 Conteúdo: Elementos da comunicação C6 | H18 Difi culdade: Fácil Observa-se que o personagem do primeiro quadro não empregou uma lingua- gem adequada ao contexto comunicativo, pois fez uso de um código que os demais personagens demonstraram não entender. O último quadrinho mostra que esses três personagens fazem uso de uma língua diferente daquela falada pelo primeiro. No entanto, “Fala a nossa língua!”, em um primeiro momento, poderia ter sido entendida como força de expressão; somente no último qua- drinho percebe-se que se trata de uma expressão literal. Fe rn an do G on sa le s D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 6 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 7 QUESTÃO 7 TEXTO I Se por um lado a Educação Física pode despertar nos alu- nos sentimentos de cooperativismo, companheirismo e inclusão, por outro, tende a criar situações de competitividade, agressi- vidade e discriminação em meio às quais práticas de bullying podem surgir – sobretudo em relação aos alunos acima do peso ou com pouca habilidade nos esportes. [...] VOLPATO, Marcelo. Educação Física sem bullying. Nova escola, 1 out. 2011. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2140/educacao-fisica-sem-bullying>. Acesso em: 1 nov. 2017. TEXTO II Os textos apresentados trazem uma vertente do bullying escolar nas aulas de Educação Física, na qual esse comportamento A pode ser uma reação ao fato de os alunos não saberem lidar com quem é diferente. B ocorre em determinados esportes que exigem força e agilida- de, como o futebol. C é causado quando alguém não se esforça para o bom resul- tado dos jogos. D resulta dos jogos competitivos, que devem ser evitados nas aulas de educação física. E é consequência do individualismo de alguns esportes, como o futebol americano. QUESTÃO 7 Conteúdo: Esportes, comportamento C3 | H11 Difi culdade: Fácil No Texto II, a bola oval é apontada por ser diferente das outras e se torna motivo de riso. A discriminação é apontada no texto I como um dos sentimentos negativos que a Educação Física pode despertar nos alunos. QUESTÃO 6 TEXTO I [...] Eu era uma nulidade em matéria de esportes. Nas parti- das de voleibol, era sempre o último a ser escolhido para compor as equipes. Certa ocasião, minha equipe levava um vareio do ad- versário, quando o pessoal interrompeu a contenda reclamando que eu desequilibrava o jogo para os outros. A equipe adversária aceitou trocar-me pelo pior de seus integrantes. Passei para o outro lado da rede e, logo em seguida, o juiz deu rotação para o meu novo time, competindo-me a vez de dar o saque. Atirei do jeito que pude e a bola foi dar bem atrás dos outros jogadores, dentro da quadra, quase em cima da risca. Ponto! SOUZA, José Alberto de. Os professores do Julinho. In: LIMA, Otavio Rojas; LEDUR, Paulo Flávio (orgs). Julinho: 100 anos de história. Porto Alegre: AGE, 2000. p. 88-89. TEXTO II REGRAS OFICIAIS DO VOLEIBOL – 2015-2016 6.1 Marcando um ponto 6.1.1 Ponto Uma equipe marca um ponto caso: 6.1.1.1 obtenha êxito em fazer a bola tocar a quadra adversária; 6.1.1.2 a equipe adversária cometa uma falta; 6.1.1.3 a equipe adversária seja penalizada. [...] 7.6 Rotação 7.6.1 A ordem de rotação é determinada pela formação inicial da equipe e controlada através da ordem de saque e posição dos jogadores durante todo o set. 7.6.2 Quando a equipe receptora ganha o direito de sacar, os jogadores avançamuma posição no sentido dos ponteiros do relógio: jogador na posição 2 avança para a posição 1 para sacar, jogador da 1 retorna para a posição 6, assim por diante. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL. Regras oficiais do voleibol 2015-2016. Disponível em: <http://2017.cbv.com.br/pdf/regulamento/quadra/ RegrasOficiaisdeVoleibol-2015-2016.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2017. Levando-se em conta as regras atuais de voleibol, o autor José Alberto de Souza, em suas memórias, relata uma partida na qual ele A marcou um ponto contra seu novo time, pois a bola caiu na risca da sua própria quadra. B cometeu uma falta, benefi ciando o antigo time, pois não ob- servou os critérios de rotação. C ganhou o jogo para a nova equipe, pois a bola caiu dentro da quadra, embora quase sobre a risca. D não teria marcado o ponto pelas regras novas, pois sacou fora da ordem de rotação. E marcou um ponto contra a antiga equipe, pois ao sacar, a bola caiu dentro da quadra adversária. QUESTÃO 6 Conteúdo: Regras nos esportes C3 | H9 Difi culdade: Fácil O relato pessoal indica que o autor marcou um ponto contra a equipe antiga, o que resulta no humor do texto, já que a equipe acabara de lançar mão dele. R ic ha rd so n Sa nt os D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 7 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 8 QUESTÃO 9 O MENINO E AS AVELÃS Certa vez, um menino ambicioso viu um pote repleto de avelãs sobre a mesa da cozinha. Lambendo os beiços, aproxi- mou-se discreta e silenciosamente do recipiente, enfiou a mão e apanhou a maior quantidade que pôde. — Quantas avelãs! – dizia cheio de satisfação e alegria – Como eu gosto delas! Contudo, o punhado de avelãs que havia pegado era muito grande e, por isso, não conseguia tirar a mão de dentro do pote. Soltou um gritou de raiva. E, em seguida, começou a chorar de desespero. Somente poderia tirar as mãos do pote se deixasse as avelãs ali dentro. “Mas eu queria tanto essas avelãs!”, pensou o garoto. Um senhor que assistira calado a toda a cena, resolveu ajudar o menino com um bom conselho, dizendo: — Não seja tão ambicioso! Se você pegar apenas metade das avelãs, sua mão sairá do pote com facilidade. ESOPO. O menino e as avelãs. Recontado por Mariana Lima. O texto é uma fábula de Esopo, que tem como uma das princi- pais características o ensinamento moral contido na narrativa. O ensinamento moral que pode ser apreendido da situação vivenciada pelo menino e seu desfecho é sobre A nunca deixar de sonhar com o que se quer. B muito desejar e nada obter. C como ser feliz sem estar plenamente satisfeito. D muito se esforçar e nada obter. E desistir enquanto há tempo. QUESTÃO 10 Na charge acima, a comicidade se dá pela junção do texto es- crito (pilcha: vestuário típico do gaúcho) e da ilustração (gaúcho com adornos para dias chuvosos). No entanto, não são todos os falantes de língua portuguesa que conseguem depreender o efeito de sentido abordado. Nesse contexto, isso ocorre porque A o autor criou um neologismo. B o léxico de cada estado é limitado. C há uma variação histórica da linguagem. D cada região pode apresentar vocabulário específi co. E os fatores climáticos são mais fortes no Rio Grande do Sul. TA C H O QUESTÃO 8 A imagem acima, intitulada Ästhetische Transfiguration Eines Gegenstandes (Objeto esteticamente transformado), oferece uma demonstração esquemática do processo de abstração do artista Theo van Doesburg, um dos expoentes do Neo- plasticismo, movimento abstracionista que se preocupava em reduzir a arte ao essencial no que diz respeito a cor, forma, linha e espaço. Ao transformar a imagem de uma vaca em uma composição geométrica, o artista evidencia A a impossibilidade de comparação e correspondência entre imagens artísticas e o mundo real. B a linha curva como elemento de maior importância plástica, propositalmente suprimida do processo. C o efeito desordenado entre intenção artística e realidade, a que todo processo de abstração obedece. D as formas na pintura como signifi cativas em virtude de seu lugar e função na composição individual. E a infl uência do Expressionismo e do Cubismo como maiores norteadores do processo de abstração. QUESTÃO 8 Conteúdo: Análise de imagem, vanguardas artísticas, neoplasticismo C4 | H12 Difi culdade: Difícil Pela análise da imagem, percebe-se que as formas, as fi guras geométricas da pintura e cada quadro em si, independen- te de serem vistos dentro do processo de abstração exemplifi cado pelo artista ou de maneira separada, sem a relação causal, desempenham seu papel plásti- co único na composição, permitindo as mais diversas leituras e questionamentos ao espectador. QUESTÃO 9 Conteúdo: Fábulas C7 | H21 Difi culdade: Fácil Fábula é um gênero que traz uma crítica a um pensamento ou comportamento humano, com um ensinamento moralizante, visando a levar o leitor a uma refl exão. Para isso, são usados personagens-tipos, de modo a refl etir um grupo ou características e hábitos comuns. Na fábula em questão é possível depreender que o menino não conseguirá nenhuma avelã se ele insistir em obter todas de uma só vez, o que torna correto o item b. QUESTÃO 10 Conteúdo: Variedade linguística C8| H25 Difi culdade: Fácil O vocabulário é criado com base nas necessidades e nas situações sociais de interação. Assim, situações específi cas de dada região carecem de palavras para nomeá-las. Sendo o léxico de uma língua ilimitado, diversas palavras fazem senti- do para uma região (caso do vestuário do gaúcho), enquanto são dispensáveis para outra. QUESTÃO 11 Conteúdo: História da Língua Portuguesa C5 | H15 Difi culdade: Difícil As construções "O que estás a fazer?" e "Estou a ler" não são comumente utiliza- das pelos brasileiros, que preferem utili- zar a forma do verbo no gerúndio "O que está fazendo? Estou lendo". Sendo assim, a estrutura linguística empregada carac- teriza a origem do autor. M O M A , E st ad os U ni do s D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 8 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 9 A recorrência na utilização dos Emojis nas campanhas publi- citárias e nas conversas on-line parte do pressuposto de que os emojis utilizados são A signos naturais, chamados de índices, que tornam a comuni- cação mais fl uida. B ícones, que representam visualmente algo e conseguem ex- pressar até sentimentos. C elementos sensoriais que acompanham os vocábulos de forma pleonástica. D símbolos, cujas interpretações são particulares e não relacio- nadas ao contexto a que se referem. E referentes usados para facilitar a comunicação e aproximar o público jovem. QUESTÃO 13 TEXTO I [...] Seguindo essa pista visual, você abriu caminho na loja, através da densa barreiras dos Livros Que Você Não Leu que, das mesas e prateleiras, olham-no de esguelha tentando inti- midá-lo. Mas você sabe que não deve deixar-se impressionar, pois estão distribuídos por hectares e mais hectares os Livros Cuja Leitura É Dispensável, os Livros Para Outros Usos Que Não a Leitura, os Livros já Lidos Sem Que Seja Necessário Abri-los, pertencentes que são à categoria dos Livros Já Lidos Antes Mesmo De Terem Sido Escritos. Assim, após você ter supera- do a primeira linha de defesas, eis que cai sobre sua pessoa a infantaria dos Livros Que, Se Você Tivesse Mais Vidas Para Viver, Certamente Leria De Boa Vontade, Mas Infelizmente Os Dias Que Lhe Restam Para Viver Não São Tantos Assim. [...] CALVINO, Italo. Se um viajante numa noite de inverno. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 13. TEXTO II A literatura, hoje, parece estádio de futebol em dia de final de campeonato: sempre cabe mais um, e tem até cambista vendendo ingresso para quem chega tarde. Mas há também, é claro, o setor das numeradas e das cadeiras cativas: pois a literatura de que falam os que resmungam continua viva, vai bem, obrigada, e até manda lembranças. Apenas não estámais sozinha em cena. [...] LAJOLO, Marisa. Literatura: leitores & leitura. São Paulo: Moderna, 2001. p. 10. Os textos acima tratam do mercado editorial e do consumo de livros, principalmente de Literatura. Comparando os dois textos apresentados, depreende-se que A a expansão do mercado editorial afasta muitos leitores. B os chamados cânones estão cada vez mais esquecidos e deixando de existir. C há mais livros sendo comercializados do que o mercado con- segue suportar. D o número de livros best-sellers aumentou em detrimento do número de livros clássicos. E o mercado editorial ampliou-se de forma que abrange diferen- tes tipos de leitores. .QUESTÃO 11 Mais sereno, o velho passa um braço sobre os ombros tre- mentes do rapaz e lhe pergunta: — Tens medo da noite? [...] O miúdo se levanta e escolhe entre os papéis, receando rasgar uma folha escrita. Acaba por arrancar a capa de um dos cadernos. Para fazer fogo usa esse papel. Depois se senta ao lado da fogueira, ajeita os cadernos e começa a ler. Balbucia letra a letra, percorrendo o lento desenho de cada uma. Sorri com a satisfação de uma conquista. Vai-se habituando, ga- nhando despacho. — Que estás a fazer, rapaz? — Estou a ler. COUTO, Mia. Terra Sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 13. Mia Couto é um dos principais autores de literatura africana em língua portuguesa. Nesse trecho, a diferença entre o português de Moçambique e o do Brasil fica evidente A em razão das construções semânticas. B pelo discurso empregado. C em razão dos elementos fonéticos. D pela escolha das estruturas linguísticas. E pelas pontuações utilizadas. QUESTÃO 12 [...] Não é apenas o Itaú que apostou sua comunicação nos emojis, no Brasil e no mundo, outras empresas fazem uso dessa linguagem. Em maio, a rede americana Domino´s Pizza permitiu que seus clientes realizassem pedidos com um tuíte contendo o emoji de pizza. A campanha, criada pela CP+B, ganhou Grand Prix de Integrated no Cannes Lions 2015. Em junho, a Chevro- let divulgou um release escrito inteiro em emojis sobre o novo Cruze. Segundo a empresa, “apenas palavras não poderiam descrever o Cruze 2016". [...] PACETE, Luiz Gustavo; STOCCO, Mariana. Emoji não é só um rostinho bonito. Meio & Mensagem, 31 jul. 2015. Disponível em: <www.meioemensagem.com.br/home/ comunicacao/2015/07/31/emoji-nao-e-so-um-rostinho-bonito.html>. Acesso em: 27 out. 2017. QUESTÃO 12 Conteúdo: Linguagem verbal e não verbal C1 | H1 Difi culdade: Difícil Ícones são signos usados para substituir alguém ou algo visualmente. Como na ilustra- ção apresentada, nota-se que podem representar também coisas ou situações abstratas. iri na S tre ln ik ov a/ Sh ut te rs to ck .c om QUESTÃO 13 Conteúdo: Compreensão de texto C7 | H22 Difi culdade: Média A cena descrita no texto I aponta para uma quantidade exagerada de livros, para os mais diferentes fi ns e tipos de leitores. O narrador, inclusive, demora a encontrar exemplares que lhe agradam, mas, se existem é porque certamente são de interesse de outras pessoas. No texto II, a menção ao estádio de futebol transmite a ideia de um lugar cheio, com diversos tipos de livro, incluindo aqueles para os apreciadores de literatura. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 9 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 10 QUESTÃO 16 Pare a catástrofe. A campanha promovida pelo Greenpeace é composta majorita- riamente de elementos não verbais que fazem alusão à explo- são da bomba atômica nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no ano de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. A inclusão do texto verbal reforça ainda mais a ideia de que A a explosão da bomba atômica é responsável pela destruição atual do meio ambiente. B a humanidade é responsável pelos seus próprios desastres. C a destruição dos grandes centros urbanos causada pelas guerras precisa ser detida. D acordos antinucleares são essenciais como impeditivos de novas catástrofes. E a humanidade é capaz de deter fenômenos naturais por meio de acordos e políticas socioambientais. QUESTÃO 14 Conteúdo: Língua e linguagem C8 | H27 Difi culdade: Fácil Uma das estratégias utilizadas pelo jor- nalismo para aproximar o fato ocorrido do leitor é usar os títulos das matérias e notícias em tempo presente, sem marcas temporais, com o intuito de criar uma sensação de que o evento ou fato acaba de acontecer. É somente no decorrer da notícia que o leitor vai encontrar mais in- formações a respeito de quando ocorreu, onde e por que. QUESTÃO 15 Conteúdo: Linguagem formal e informal C8 | H26 Difi culdade: Fácil O verbo "compreender" está associado a um linguajar mais formal e atende às necessidades da frase. QUESTÃO 16 Conteúdo: Linguagem verbal e não verbal C7 | H21 Difi culdade: Média A mensagem produzida é a de que a hu- manidade está destruindo a natureza e, consequentemente, o mundo. A ideia é criar essa conscientização a fi m de evitar novos desastres. QUESTÃO 17 Conteúdo: Recursos estilísticos: fi guras de linguagem C5 | H16 Difi culdade: Difícil O uso da aliteração através da repetição da consoante "v" e da assonância da vogal "a" criam um movimento, um efeito estéti- co de imitação do som de caminhar. QUESTÃO 18 Conteúdo: Língua e linguagem C6 | H20 Difi culdade: Difícil Ao padronizar os antônimos e os sinôni- mos pela adição de prefi xos ou sufi xos, parte do valor embutido nas palavras se perderia; por exemplo, os substantivos "menino" e "moleque" são sinônimos, mas também podem carregar signifi cados di- ferentes, dependendo do contexto, da visão de mundo do autor e da mensagem que ele pretende transmitir. Não existem sinônimos perfeitos. QUESTÃO 19 Conteúdo: Linguagem oral e escrita C6 | H20 Difi culdade: Fácil A opção por usar a expressão "ou melhor" caracteriza uma correção do pensamen- to, típica da língua falada. No período anterior, o personagem dizia que estava bem na noite anterior; porém, no mo- mento da fala, corrigiu a informação, di- zendo que naquela já apresentava sinais de mal-estar. G re en pe ac e R om ên ia QUESTÃO 14 COSTA DO MARFIM EMPATA E PERDE CHANCE DE DISPARAR EM GRUPO DAS ELIMINATÓRIAS A Costa do Marfim desperdiçou nesta sexta-feira preciosa chance de disparar no seu grupo das Eliminatórias Africanas da Copa do Mundo de 2018. [...] ESTADÃO CONTEÚDO. Costa do Marfim empata e perde chance de disparar em grupo das Eliminatórias. Estado de S. Paulo, 6 out. 2017. Disponível em: <http://esportes.estadao. com.br/noticias/futebol,costa-do-marfim-empata-e-perde-chance-de-disparar-em-grupo- das-eliminatorias,70002031100>. Acesso em: 28 nov. 2017. A gramática normativa estabelece que ações que ocorreram anteriormente ao momento da enunciação devem ser relatadas com o uso do pretérito. No entanto, é característica do jorna- lismo utilizar títulos no tempo presente. No fragmento acima, a diferença de emprego dos tempos verbais entre o título e o texto corrido se justifica pela A ausência de marcas temporais no título, a fi m de criar um efeito de atualidade. B continuidade do episódio mencionado, que não havia termi- nado até o fechamento da matéria. C diminuição do número de caracteres, que torna o título mais dinâmico. D irrelevância da informação, pois mencionar que o jogo já ocor- reu não é primordial para o título. E necessidade de evitar redundâncias, pois o leitor, no ato da leitura, já sabe que o evento é passado. QUESTÃO 15 [...] No começo da década de 1980, tirando uma ou outra cidade, o tênis praticamente não tinha espaço no Brasil. Era visto como uma atividade elitista, hobby caro de gente esnobe. Até o placar espantava o público. Como que os pontos pulavam de 15 para 30, para 40 e depois diminuíam para 1? Mal havia uma palavra em português, era tie-break, set point, match point, game point, break point, forehand, backhand, spin, smash. Em um país acostumado ao futebol, ninguém entendia bu- lhufas, era coisa dooutro mundo. Mesmo as mais importantes partidas do tênis mundial não passavam na televisão, com ex- ceção da final de Wimbledon. Roland Garros, US Open, Aberto da Austrália... esquece. Coisas de um tempo em que os canais a cabo eram uma realidade além da imaginação. KUERTEN, Gustavo. Guga, um brasileiro. Rio de Janeiro: Sextante, 2014. pp. 18-19. O trecho retirado da biografia do tenista Guga revela uma lin- guagem informal, que se adequa à personalidade descontraída do atleta. Caso a intenção fosse dar um tom mais formal ao texto, a expressão "ninguém entendia bulhufas" poderia ser substituída por A "ninguém tinha noção nenhuma". B "ninguém manjava". C "ninguém compreendia". D "ninguém torcia muito". E "ninguém sacava". D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 10 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 11 QUESTÃO 19 — Mas, senhor gerente – exclamou Gregor fora de si, es- quecendo tudo o mais na agitação –, eu abro já, num instante. Um ligeiro mal-estar, um acesso de tontura, impediram-me de me levantar. Ainda estou deitado na cama. Mas agora me sinto novamente bem-disposto. Já estou saindo da cama. Só um instantezinho de paciência! As coisas ainda não vão tão bem como eu pensava. Mas já estou bem. Como é que uma coisa assim pode acometer um homem? Ainda ontem à noite estava tudo bem comigo, meus pais sabem disso, ou melhor: já ontem à noite eu tive um pequeno prenúncio. [...] KAFKA, Franz. A metamorfose. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 20. Ao produzir um enunciado oral, o falante se expressa por meio do vocabulário, subsidiado por marcas gestuais e/ou de ento- nação. O ato da fala também pressupõe uma instantaneidade, tornando a comunicação mais ágil e mais suscetível a falhas, correções e retomadas. O fragmento da obra A metamorfose, de Kafka, que explicita a fala do personagem em um momento de correção de pensamento é A "Ainda estou deitado na cama". B "Um ligeiro mal-estar, um acesso de tontura, impediram-me de me levantar". C "Só um instantezinho de paciência!" D "Como é que uma coisa assim pode acometer um homem?" E "[...] meus pais sabem disso, ou melhor: já ontem à noite eu tive um pequeno prenúncio". QUESTÃO 20 A charge utiliza linguagem verbal e não verbal para fazer humor, reflexões ou críticas. A charge acima revela uma crítica A ao modo como as relações humanas se transformaram com o advento da tecnologia. B ao modo como as pessoas se comunicam fazendo uso de celulares. C à maneira semelhante como as pessoas se dirigem aos animais e às pessoas. D à forma como os jovens de atualmente tratam os animais, ignorando-os. E ao tratamento diferenciado que se dá a animais e a aparelhos celulares. A rio na ur o QUESTÃO 17 O conto “Sequência”, de Guimarães Rosa, narra a história de uma vaca que foge de sua antiga fazenda. Ao saber da fuga, um dos filhos do fazendeiro se propõe recuperar o animal e parte para a missão. Durante a narrativa, o autor cria efeitos sonoros através de figuras de linguagem que dão ritmo aos parágrafos e rementem à ideia do balanço do caminhar. Identifica-se tal recurso no fragmento A Agora, manchava o campo a sombra grande de uma nuvem. ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 62 B Já que sim e já que não, pensou assim: jamais, jamenos... ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 63 C Apanhara a boca-da-estrada - para os onde caminhos - fron- teando o nascente. ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 61 D Já a vaca. O avanço, que levava, não se lhe dava de o bastante. ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 61 E O dia era grande, azul e branco, por cima de matos e poeiras. ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 61 QUESTÃO 18 — É lindo destruir palavras. Naturalmente, o maior desper- dício é nos verbos e nos adjetivos, mas há centenas de subs- tantivos que podem perfeitamente ser eliminados. Não apenas os sinônimos; os antônimos também. Afinal de contas, que jus- tificativa existe para a existência de uma palavra que é apenas o contrário de outra? Cada palavra contém em si o contrário. "Bom", por exemplo. Se temos a palavra "bom", para que preci- samos de "mau"? "Imbom" faz o mesmo efeito... e melhor, porque é exatamente oposta, enquanto que "mau" não é. Ou ainda, se queres uma palavra mais forte para dizer "bom", para que dispor de toda uma série de vagas e inúteis palavras como "excelente" e "esplêndido" etc. e tal? "Plusbom" corresponde à necessidade, ou "dupliplusbom" se queres algo ainda mais forte. [...] ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005. p. 53. No trecho, o idioma fictício criado por George Orwell na obra 1984 ignora o princípio de que A a língua é um fenômeno que está em constante mutação. B as palavras são usadas para nomear as coisas do mundo. C a escolha das palavras carrega a visão de mundo do emissor. D uma das funções das palavras é estabelecer comentários. E adjetivos e advérbios são palavras modifi cadoras. QUESTÃO 20 Conteúdo: Linguagem verbal e não verbal C1| H4 Difi culdade: Fácil A charge mostra duas situações que, embora pareçam semelhantes, revelam uma comparação crítica. O primeiro quadro mostra que o ser humano tinha o cãozinho de estimação como melhor amigo, o que revela contato humano e atenção a seres alheios ao meio digital; já o segundo quadro revela que, com o advento da tecnologia, é cada vez mais comum a dependência de aparelhos eletrônicos; nesse contexto, o cãozinho foi substituído pelo celular, que se tornou o melhor "amigo" do homem. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 11 2/21/18 3:38 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 12 QUESTÃO 22 [...] Há milhares de anos, quando os primeiros seres hu- manos se abrigavam nas cavernas, a necessidade básica e primordial era a sobrevivência. E, para a sobrevivência, alguns tentavam transformar pedra, osso ou madeira, em armas e uten- sílios, ou seja, em objetos de uso. Outros, movidos por uma força in terior e possuindo o dom de observar e criar, registra- vam nas paredes rupestres cenas reais e imaginárias, figuras geométricas e símbolos que ainda hoje para nós permanecem misteriosos. Esses registros são um bom exemplo da diferença entre arte popular e produção artesanal. BEUQUE, Jacques Van de. Arte Popular Brasileira. In: AGUILAR, Nelson (Org.). Mostra do redescobrimento: arte popular. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000. p. 64. Com base em um exemplo histórico, o texto acima apresenta uma reflexão sobre o universo artístico e artesanal brasileiro, que se revela pela intenção do autor de A distanciar o trabalho artesanal do conceito de criatividade. B entender arte e artesanato como formas de expressões distintas. C evidenciar a produção artesanal como consequência de um dom. D aproximar o conceito de arte popular e produção artesanal. E diferenciar todos os objetos em categoria de adorno ou utilitário. QUESTÃO 22 Conteúdo: Interpretação de texto, arte popular, artesanato C4 | H14 Difi culdade: Fácil O trecho apresentado mostra uma refl exão do autor sobre a busca pelo entendimento e pela delimitação dos conceitos que separam a arte popular do artesanato. QUESTÃO 21 [...] Os textos teatrais são histórias literárias escritas para serem representadas, encenadas; são atores que tomam a palavra e se apresentam diante dos espectadores, imitando as ações das personagens e fazendo a história evoluir. A arte de representar é um trabalho artesanal porque é feito ao vivo. Os espectadores veem a cena feita na hora unicamente para eles, o que torna o teatro uma arte emocionante e imortal. Cada fala, cada gesto, cada cena é tudo feito com exclusividade, e a emoção da ação de ver ao vivo, tocável é insubstituível.LIMA, Maria de Fátima Gonçalves. A pele do lobo de Arthur Azevedo. In: Literatura para PAS/UnB 2009. Goiânia: Kelps/Leart, 2009. p. 53. Segundo o trecho, o texto cênico, quando representado, pode ser considerado uma arte emocionante e imortal. Isso se jus- tifica porque A o cenário de um espetáculo pode ser alterado, independen- temente do tema da peça e dos atores participantes. B o texto pode não mudar, mas a encenação, em razão da espon- taneidade dos atores e da característica única do momento, será diferente cada vez que ocorre. C os atores não podem ser sempre substituídos; isso promove momentos de emoção aos espectadores. D a execução do texto teatral independe dos atores em cena, por isso sua imortalidade é uma característica forte. E o autor é uma fi gura permanente nesse tipo de gênero, ou seja, não pode ser um romancista ou cronista. QUESTÃO 21 Conteúdo: Gênero dramático C5 | H16 Difi culdade: Difícil O texto de uma peça teatral pode ser considerado imortal, pois permanece disponível por muitos anos (um exemplo disso são os textos de Shakespeare que, mesmo após a morte do autor, há centenas de anos, ainda são encenados). Também pode ser considerando emocionante porque, cada vez que é encenado, se torna vivo e depende de pessoas para colocarem-no em ação. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 12 2/21/18 3:39 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 13 INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO • O texto deve ser escrito à tinta e em até 30 linhas. • A redação que apresentar cópia dos textos motivadores da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insufi ciente”; • fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo; • apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos; • apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I NO DIA MUNDIAL DA SAÚDE, OMS ALERTA SOBRE DEPRESSÃO A depressão tem tratamento e o primeiro passo é conversar sobre o assunto. Essa é a proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Dia Mundial da Saúde [...]. A doença, segundo a entidade, afeta pessoas de todas as idades e estilos de vida, causa angústia e interfere na capacidade de o paciente fazer até mesmo as tarefas mais simples do dia a dia. “No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio, segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos”, destacou a OMS. “Ainda assim, a depressão pode ser prevenida e tratada. Uma melhor compreensão sobre o que é a doença e como ela deve ser prevenida e tratada pode ajudar a reduzir o estigma associado à condição, além de levar mais pessoas a procurar ajuda”, completou a entidade. [...] De acordo com a OMS, cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão – um total de 11,5 milhões de casos. O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 5,9% da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos. LABOISSIÈRE, Paula. No Dia Mundial da Saúde, OMS alerta sobre depressão. Agência Brasil, 7 abr. 2017. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-04/no-dia-mundial-da-saude-oms-alerta-sobre-depressao>. Acesso em: 14 nov. 2017. TEXTO II Ela é uma doença silenciosa e muitas vezes desacreditada. Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 300 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela depressão. E os casos têm se tornado frequentes entre jogadores de futebol. Nilmar, ex-atacante do Inter, Corinthians e seleção brasileira, foi um dos mais recentes. Até chegar ao Santos, em julho deste ano, ele ficou 14 meses sem jogar. Em 66 dias, fez apenas duas partidas. No total, o jogador ficou 39 minutos em campo. Semanas depois, ele pediu suspensão do contrato. — Para um atleta profissional, o mais difícil é você estar fora, né? – relata o atacante. E ele não é um caso isolado. Nos últimos três anos, a doença foi o grande adversário de Thiago Ribeiro. O atacante foi diag- nosticado com depressão em 2013, na primeira passagem pelo Santos. Por nove meses, fez tratamento com antidepressivos. Perdeu a concentração, reflexos, o sono e o apetite. — Você sente uma tristeza, parece que nada te deixa feliz, nada te deixa animado. Tem gente que pensa que isso é frescura, que é coisa da cabeça da pessoa. Mas quem passa sabe que não é. Em duas semanas eu perdi sete quilos – conta o atacante. De acordo com uma pesquisa divulgada no ano passado pelo FiF PRO, o sindicato internacional de jogadores, um terço dos atletas de futebol em atividade sofre ou já sofreu de depressão. Lesões graves, que causam longa inatividade, são o principal gatilho da depressão em atletas. [...] DEPRESSÃO: Nilmar, Pedrinho, Fenômeno, Cicinho e Thiago Ribeiro falam tudo. Globo Esporte, 22 out. 2017. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/depressao-nilmar-pedrinho-fenomeno-cicinho-e-thiago-ribeiro-falam-tudo.ghtml>. Acesso em: 14 nov. 2017. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 13 2/8/18 4:40 PM LC - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 14 TEXTO III TEXTO IV 5 sintomas da depressão em adolescentes Mudanças de comportamento e sentimentos exagerados durante a adolescência são normais. Mas fique atento aos seguintes sintomas. Se seu filho os apresenta na maior parte do dia, durante mais de duas semanas, talvez seja bom procurar um especialista: 1. Escola Os pais devem acompanhar sempre o desempenho escolar da criança e do adolescente. Quedas bruscas no rendimento, problemas de relacionamento com professores e colegas e dificuldade de concentração devem ser verificados. 2. Vida familiar Explosões constantes de raiva, irritação e instabilidade emocional, tentativas de fuga, discussões sem motivo e atitudes de desafio acompanhados de outros indícios podem ser decorrência de um quadro depressivo. Mas não se esqueça de que casos isolados desses comportamentos são normais durante a adolescência. 3. Lazer Adolescentes depressivos normalmente perdem o interesse por atividades que antes apreciavam. Também há tendência ao isolamento e afastamento dos amigos. O jovem pode ainda fazer uso de drogas e álcool. 4. Saúde Falta de energia, sensação de cansaço e alterações no sono e no apetite também são comuns em casos de depressão. O jovem sente-se cansado para as atividades do dia a dia, dorme mais ou menos do que o normal e pode ter perda ou ganho significativo no peso corporal. 5. Sentimentos A depressão faz com que os sentimentos de desesperança, tristeza e inadequação do adolescente sejam desproporcionais. Baixa autoestima e ideias suicidas – que podem até ser concretizadas em tentativas de suicídio – são recorrentes nos quadros de depressão. COMO perceber os sintomas da depressão na adolescência. Sempre família, 19 mar. 2015. Disponível em: <www.semprefamilia.com.br/como-perceber-sintomas-da-depressao-na-adolescencia/>. Acesso em: 14 nov. 2017. PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto disser- tativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Depressão e suas consequências entre os jovens do Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Su pe rin te re ss an te / A br il C om un ic aç õe s S. A D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 14 2/8/18 4:40 PM CH - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 15 O texto anterior apresenta o modo como o filósofo francês Michel Foucault concebia os limites do conhecimento humano e sua relação com a história. Pela leitura do texto,pode-se inferir que, para Foucault, o ser humano é A alienado do saber histórico que o constitui, pois a história é formada por descontinuidades e rupturas que impossibilitam qualquer narrativa. B fruto da história enquanto narrativa absoluta de um progresso inevitável, que se desenvolve com base no conhecimento de métodos racionais. C a garantia de unidade e progressão da história, uma vez que ordena racionalmente os acontecimentos contingentes que compõem sua narrativa. D incapaz de dominar completamente os eventos históricos que o constituem, mas capaz de questionar as narrativas que se pretendem absolutas. E um ser limitado cognitivamente, dado que a história é um pro- cesso incontínuo e contingente, e por isso é desprovido de capacidade crítica. QUESTÃO 25 O final do século XIX na Europa [...] foi marcado por mudanças bruscas e profundas que influenciaram decisivamente o pensamento durkheimiano. É um momento de ruptura, de passagem de uma velha ordem para uma nova ordem, onde alguns sentimentos são preponderantes: o de fracasso advindo da derrota sofrida pela França na guerra contra a Alemanha e sobretudo, o sentimento de desintegração dos laços sociais provocado pelo enfraquecimento dos princípios que cimentavam a homogeneidade da sociedade tradicional. LEMOS, Linovaldo Miranda; GUSMÃO, Bernadette Barbeitas. Émile Durkheim: contribuições para se pensar a sociedade. Revista Vértices, Campos dos Goytacazes, RJ, ano 5, n. 2, maio/ago. 2003. p. 75-76. A Sociologia, em seus primórdios, e principalmente do modo como era praticada por Émile Durkheim, era uma ciência que se propunha A manter a sua neutralidade, investigando suas questões com imparcialidade. B explicar as crises sociais da sua época, visando a auxiliar na elaboração de soluções. C estudar a sociedade com métodos próprios, distanciando-se das ciências naturais. D transformar a sociedade, com base no conhecimento da sua forma de funcionamento. E se renovar, ao romper com os princípios formulados por Auguste Comte anos antes. QUESTÃO 24 Conteúdos: Filosofi a da história, os limi- tes do conhecimento C1 | H2 Difi culdade: Difícil O trecho trabalha o modo como a história é formada por descontinuidades e con- tingências que limitam o conhecimento humano de tal forma que nunca se conhe- cerá completamente os acontecimentos que constituem a humanidade. No entanto, isso não impede que o ser humano seja capaz de questionar as narrativas produzidas e o modo como elas se pretendem absolutas. QUESTÃO 25 Conteúdos: História da Sociologia, o que é Sociologia? C3 | H14 Difi culdade: Média Émile Durkheim foi um sociólogo que se preocupou com as manifestações de anomia da sociedade (ou seja, de falta de regras ou problemas), procurando identi- fi car o que estava na origem delas, com o intuito de colaborar para um melhor funcionamento da sociedade. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 23 a 44 QUESTÃO 23 O abençoado bispo Atanásio conta um milagre que se pas- sou com ele mesmo na vida de Antão: ao atravessar o rio Lycus com o seu discípulo Teodoro, e tendo vergonha de tirar as suas roupas e aparecer nu, fôra encontrado na outra margem, transportado por um anjo, sem o uso de barcos. LUCOT, A. Histoire Lausiaque: vies d'ascètes et de pères du désert. Paris: Picard, 1912. p. 73. (Tradução livre). O trecho acima foi retirado da hagiografia de Antão. Esses textos relatam o percurso de um santo e eventos milagrosos, como a cura de doentes e o aparecimento de anjos. Ao longo da Idade Média, muitos desses textos foram escritos e arma- zenados em mosteiros. Ao se deparar com as hagiografias, A os historiadores positivistas, preocupados com os pequenos acontecimentos, as utilizaram esses textos hagiográfi cos em larga escala. B os historiadores materialistas, preocupados com a religiosidade dos povos, se dedicaram ao estudo e à conservação dessas fontes, pois nelas havia o relato de vários milagres. C os especialistas da Escola de Frankfurt, interessados em História antiga e medieval, passaram a estudá-las de forma sistemática. D os historiadores da Escola dos Annales viram nelas uma fonte de informação importante, já que relatava a vida de Atanásio e Antão. E os historiadores da Micro-história, as utilizaram essas fontes como base para a construção da história nacional, já que elas relatavam a vida de um santo e os seus milagres. QUESTÃO 24 A história (não a narrativa histórica ou a escrita da história, mas as condições de existência dos homens no decorrer do tempo, que lhes escapa à consciência) não é da ordem da necessidade; ela diz respeito à liberdade, à invenção; pertence à ordem mais da casualidade do que da causalidade; é feita mais de rupturas e violência do que de continuidades conciliadoras. Esse modo de conceber a história se opõe à imagem tranquila que a narrativa histórica tradicional criou: a história do homem como a manifesta- ção de um progresso inevitável – o lento processo de realização de uma utopia –, que seria alcançado após o iluminismo pela apli- cação dos métodos racionais. Como se a ciência, o pensamento e a vida estivessem continuamente mais próximos de verdades que aos poucos são reveladas como o destino final do homem. Se os estudos de Foucault mostram que os seres humanos não dominam os acontecimentos que constituem o solo de suas expe- riências, eles atestam ao mesmo tempo que, no espaço limitado do presente, as pessoas dispõem da possibilidade de questionar o que muitas narrativas apresentam como necessário, assim como as formas de poder e dominação que se pretendem absolutas. LORENZATTO, Bruno. Para compreender Michel Foucault. Carta Capital, São Paulo, 25 jun. 2014. Disponível em: <www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/ para-compreender-michael-foucault-9711.html>. Acesso em: 22 nov. 2017. A Escola dos Annales acreditava que toda produção humana era uma importante fonte histórica, seja o relato de uma grande batalha ou objetos do cotidiano, cartas, roupas etc. Diante desse posicionamento, as hagiografi as passaram a ser sistematicamente estudadas. QUESTÃO 23 Conteúdo: As correntes de análise histórica C1 | H1 Difi culdade: Difícil D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 15 2/8/18 4:40 PM CH - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 16 QUESTÃO 27 O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do massa- cre em Las Vegas (EUA) na noite deste domingo (horário local). No entanto, o FBI, a polícia federal americana, diz que não foi encontrada nenhuma evidência de conexão do atirador Stephen Paddock com grupos terroristas internacionais. De acordo com o SITE Intel Group, que monitora sites jihadistas, a reivindicação foi anunciada pela agência Amaq News, ligada ao EI. ESTADO Islâmico reivindica ataque em Las Vegas; FBI não vê ligação de atirador com terrorismo internacional. G1, 2 out. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/ noticia/estado-islamico-reivindica-ataque-em-las-vegas.ghtml>. Acesso em: 22 nov. 2017. A origem da ação criminosa ocorrida em Las Vegas, nos Estados Unidos, é duvidosa, uma vez que A há uma guerra de propaganda ideológica entre o governo norte-americano e grupos terroristas. B o FBI desmente as evidências de atentados terroristas para tentar não causar pânico na população. C vários sites jornalísticos têm apresentado notícias sem com- provação de sua veracidade. D o Estado Islâmico não aceita pessoas de países ocidentais como integrantes do grupo. E o Estado Islâmico não consegue comprovar ligação com vários dos ataques que reivindica. QUESTÃO 28 A primeira coisa que se tem de levar em conta, a mais importan- te, é que a polícia não agia por ordem do Governo, mas da Justiça. Efetivamente, um juiz tinha ordenado que os policiais impedissem que fosse realizado o referendo de independência porque o pro- curador considerou que viola a Constituição, que não reconhece o direito de uma região autônoma se separarde forma unilateral. ALANDETE, David. O que aconteceu na Catalunha? El País, 2 out. 2017. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/02/opinion/1506979455_517564.html>. Acesso em: 22 nov. 2017. A Catalunha, região autônoma pertencente à Espanha, passou por um processo de votação de um referendo sobre sua inde- pendência em relação ao governo espanhol, no início de outubro de 2017. O processo de votação foi bastante conturbado porque A o governo espanhol apoiava a votação, mas acabou tendo de agir contra sua vontade por decisão judicial. B foi permitida ao restante do povo espanhol a participação do referendo. C o governo espanhol tentou impedir a realização da votação com o uso de força policial. D a União Europeia se posicionou de maneira contrária à entrada de um novo país em seu bloco. E sanções do governo espanhol à região foram aprovadas por órgãos internacionais. QUESTÃO 27 Conteúdo: Atentados terroristas C3 | H15 Difi culdade: Média Como uma das táticas de vários gru- pos terroristas é a de provocar medo na população de países vistos como inimigos, o Estado Islâmico assume como sua uma série de atentados. Em vários casos, as autoridades não con- seguem detectar a liderança do Esta- do Islâmico na prática dos atentados. QUESTÃO 28 Conteúdo: Referendo de independência da Catalunha C2 | H10 Difi culdade: Fácil Na tentativa de não permitir que o referendo sobre a independência da Catalunha se realizasse, o uso de força policial foi bastante criticado. Diversas ima- gens mostraram policiais fazendo uso de força ex- cessiva contra as pessoas, inclusive idosos, o que acabou acirrando ainda mais o já turbulento cenário político da região. QUESTÃO 26 TEXTO I HOMEM CHEGOU À AMÉRICA MUITO ANTES DO QUE O IMAGINADO, DIZ ESTUDO [...] Embora a questão de quando, como e onde os primeiros homens chegaram à América divida antropólogos e arqueólo- gos há anos, a hipótese dominante é que eles chegaram há cerca de 14 500 [anos] e vieram da Ásia. Segundo esta teoria, os primeiros homo sapiens percorreram a pé cerca de 1 500 km por um percurso ligando a Sibéria e o Novo Mundo, hoje parcialmente afundado sob o Estreito de Bering. [...] AFP. Homem chegou à América muito antes do que o imaginado, diz estudo. Exame, 26 abr. 2017. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/ciencia/homem-chegou-a-america- muito-antes-do-que-o-imaginado-diz-estudo>. Acesso em: 22 nov. 2017. TEXTO II ESTUDO REDESENHA ROTA DE PASSAGEM DE HUMANOS PARA AS AMÉRICAS [...] os pioneiros humanos do Novo Mundo – provavelmente cerca de 15 mil anos atrás – avançaram ao longo de uma costa do Pacífico, suficientemente livre de gelo para suportar a flora e a fauna necessárias para sustentar a vida. A rota e o período exatos dessa migração inaugural perma- necem sendo conjecturas, disseram os pesquisadores. Mas o que é certo, de acordo com as descobertas relata- das na revista científica Nature, é que a versão clássica sobre aquela passagem está errada. AFP. Estudo redesenha rota de passagem de humanos para as Américas. G1, 11 ago. 2016. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/estudo-redesenha- rota-de-passagem-de-humanos-para-americas.html>. Acesso em: 22 nov. 2017. O debate sobre a chegada dos homens à América é antigo e continua presente, como pode ser observado nas notícias aci- ma. De acordo com o texto II, a oposição em relação à chegada do homem à América fica evidente devido A a descoberta de novos vestígios arqueológicos nas últimas décadas, como os relatados na revista Nature. B a falta de provas concretas que permitam diferentes teorias. C a falta de técnicas modernas e equipamentos para a análise de vestígios arqueológicos. D a existência de diferentes teorias, que implica em uma visão clara sobre o problema. E a disputa entre pesquisadores que discordam que o desloca- mento proveio da Ásia. QUESTÃO 26 Conteúdo: O povoamento da América C3 | H14 Difi culdade: Fácil Apesar de não contar com um grande volume de vestígios, ao longo das últimas décadas, novas descobertas colocaram em dúvida as antigas teorias e criaram outras possíveis sobre a dispersão do homem pela América. Assim, além da tradicional teoria de Clóvis, há outras como a de uma evolução paralela ocorrida na Patagônia e a da travessia feita pelo Pacífi co. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 16 2/8/18 4:40 PM CH - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 17 Na entrevista anterior, o físico brasileiro Marcelo Gleiser diz em determinado momento que está voltando às raízes empíricas da ciência e se distanciando da metafísica. A reflexão metafísica a que Gleiser se refere está expressa na A ideia de uma unidade entre todas as coisas. B diferença entre ciência e refl exão fi losófi ca. C limitação técnica dos instrumentos de medição. D ciência natural enquanto ciência empírica. E concepção de uma estética da natureza. QUESTÃO 31 [...] Os fusos horários são numerados de 1 a 12, a partir do meridiano de origem, com sinal positivo para leste, quando as horas estão adiantadas em relação à origem, e sinal negativo para oeste, quando as horas estão atrasadas em relação a ela. Como cada um dos 24 fusos (ou 24 meridianos) possui amplitude de 15°, tem-se que, por exemplo, o primeiro fuso de 0° de longitude, sobre o meridiano de Greenwich, terá 7°30` (metade de 15º) na direção leste e 7°30` na direção oeste. Sendo assim, sempre se deverá considerar, para efeito de cálculo de horas, essa amplitude de 7°30` para cada lado do meridiano considerado. Usando um exemplo prático, ao viajarmos para leste, de- vemos adicionar 1 hora ao relógio por cada zona de tempo padrão; já para oeste, devemos subtrair uma hora a cada zona de tempo padrão (a cada 15º). AZEREDO, Thiago. Fuso horário. Globo Educação. Disponível em: <http://educacao.globo.com/artigo/fuso-horario.html>. Acesso em: 22 nov. 2017. Quando algum indivíduo viaja do Brasil para alguma região que está 60º a leste, ele deverá A adiantar em 6 horas o horário do relógio. B atrasar em 6 horas o horário do relógio. C adiantar em 4 horas o horário do relógio. D atrasar em 4 horas o horário do relógio. E adiantar em 5 horas o horário do relógio. QUESTÃO 29 Conteúdo: Clássicos da Sociologia, divisão social do trabalho C4 | H16 Difi culdade: Média Nas grandes cidades, Marx relacionava a divisão social do trabalho principal- mente à organização do trabalho, que determina quem planeja mas não executa e quem executa mas não planeja, cisão que favorece a oposição de interesses entre as classes sociais; já Durkheim considerava que a interdependência entre os membros de uma sociedade, advinda da divisão social do trabalho, favorecia a coesão social. QUESTÃO 30 Conteúdo: Questões fundamentais da Filosofi a C1 | H4 Difi culdade: Média Marcelo Gleiser fala, na entrevista, sobre como está se afastando dessa refl exão me- tafísica, a saber, a ideia de que possa haver uma unidade entre todas as coisas. Gleiser julga que, nesse momento, é mais provei- toso para a sua área de atuação, a física, voltar-se para as refl exões empíricas. QUESTÃO 31 Conteúdo: Fuso horário C6 | H27 Difi culdade: Fácil O indivíduo que realizar a viagem descrita no enunciado deverá adiantar em 4 horas o horário do relógio, já que 60º equivalem a 4 fusos horários (cada fuso compreende 15°). QUESTÃO 29 Consolidou-se, no Brasil, um mercado de produtos e ser- viços tecnológicos para a agricultura, fundado numa ampla classe média rural, que viabiliza a produção de outros setores e estimula as inovações responsáveis pelos ganhos de produ- tividade da agricultura e cadeias agroindustriais. Na agricultura de grãos, o segmento mais dinâmico, organizou-se um sistema complexo envolvendo agricultura, indústria e serviços, incluin- do a pesquisa tecnológica, no qual a fragilidade de uma das partes compromete todo o sistema e se reflete em queda de produtividade e rendimentoeconômico da agricultura, queda da demanda por máquinas e insumos agroindustriais e, no li- mite, redução da atividade econômica, com elevados custos de reconversão produtiva em várias regiões. Equivocam-se também os que pensam que é possível ter uma agricultura dinâmica sem uma base industrial forte. BUAINAIN, Antônio M.; SILVEIRA, José Maria da. Relações agricultura-indústria. Estado de S. Paulo, 14 maio 2013. Disponível em: <http://economia.estadao.com.br/ noticias/geral,relacoes-agricultura-industria-imp-,1031513>. Acesso em: 22 nov. 2017. O texto acima descreve um aspecto da divisão social do trabalho, mostrando como diferentes setores da economia de uma socie- dade estão inter-relacionados. Sobre o tema, Karl Marx e Émile Durkheim entendiam, respectivamente, que a divisão social do trabalho favorecia A a solidariedade orgânica e a burocracia. B o lucro dos capitalistas e a racionalidade. C o progresso e o desencantamento do mundo. D o individualismo e a especialização do trabalho. E a oposição de classes e a coesão social. QUESTÃO 30 FOLHA - Por que o sr. não acredita que toda a física possa ser unificada em uma única teoria? É uma questão de limitação técnica ou o sr. acredita que não exista uma natureza única subjacente a tudo? MARCELO GLEISER - Existe um lado pragmático nessa pergunta, porque as informações que nós temos do mundo de- pendem daquilo que podemos medir. E o que podemos medir é limitado, pois nossos instrumentos têm precisão e alcance limitados. Então, sempre haverá algo sobre o mundo natural que não saberemos. Estou voltando às raízes das ciências naturais concebidas como ciências empíricas, e não metafísica. O que eu tento dizer é que não há razão concreta empírica para a gente acreditar em uma unidade por trás de todas as coisas. Nesse livro, eu confronto a corrente dominante de pensamento na física de altas energias, que prega a busca de uma teoria unificada. Existe uma outra maneira de pensar o mundo que não é por simetrias. É justamente o oposto: mostrar que as assimetrias é que são importantes. Isso cria toda uma nova estética da natureza. GLEISER, Marcelo. Estou voltando às raízes da ciência. Folha de S.Paulo, 12 mar. 2010. Ilustrada. (Entrevista.) Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/ fq1203201009.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017. D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 17 2/8/18 4:40 PM CH - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 18 Atualmente, a escrita tem um papel central na sociedade. Alguns dos sistemas de escrita da Antiguidade, como o grego, influenciaram sistemas atuais, como o latino; outros, como os hieróglifos egípcios, desapareceram. Pode-se inferir que, du- rante a Antiguidade, a escrita A era uma atividade marginal, utilizada para ornamentação, como mostra a imagem I, já que o fundamental era garantir a alimentação e a segurança do povo. B era algo raro e incomum, já que o suporte utilizado era a pedra, como em ambas as imagens, o que difi cultava o transporte dessa informação. C era de grande importância, por seus diferentes usos, como os registros históricos exigidos pelos faraós ou os poemas e textos históricos escritos pelos gregos. D constituía um conhecimento elevado e, no Egito, era deixado a cargo dos faraós e da sua família, como a princesa repre- sentada na imagem I. E não despertava interesse, fi cando restrita a uma atividade de lazer de alguns artistas ou nobres, como observado na imagem I. QUESTÃO 34 1.1. Quanto à forma de governo dos Atenienses, que esco- lheram este tipo de constituição, eu não a aprovo pela seguinte razão: aqueles que a escolheram optaram por privilegiar a ralé ao invés da elite. [...] 1.5. Em qualquer parte do mundo, a classe alta opõe-se à democracia. Nas camadas superiores há pouca desordem e injustiça e existe a preocupação com a preservação da boa moral, enquanto que entre o povo reina a ignorância, a desor- dem e a perversidade; a pobreza faz com que se cometam atos censuráveis, sendo a falta de educação e a ignorância de alguns o resultado da falta de dinheiro. [...] PSEUDO-XENOFONTE. Constituição dos Atenienses. Coimbra: Imprensa Da Universidade De Coimbra, 2013. p. 71, 75. De acordo com o texto e com o período histórico em que foi escrito, entende-se que A as camadas inferiores, mesmo que ignorantes, devem assumir o poder na polis. B a democracia é falha, pois retira o poder das camadas superiores. C as elites defendem a democracia, pois se benefi ciam dela. D a falta de conhecimento não impede uma pessoa de participar da política da polis. E a riqueza não faz que as camadas superiores sejam melhores governantes. QU ESTÃO 33 Conteúdo: Egípcios e fenícios, escrita C3 | H11 Difi culdade: Média A escrita era uma ferramenta de poder amplamente utilizada pelos governantes, assim como a guarda dos manuscritos. Além disso, era utilizada por comercian- tes e fi lósofos, tendo grande importância para esses povos. QU ESTÃO 34 Conteúdo: A gênese da democracia C5 | H24 Difi culdade: Média De acordo com o trecho do texto do enunciado, a camada superior, preocu- pada com a moral, a ordem e a justiça, não pode aceitar um regime democráti- co, pois correria o risco de entregar a governança a ignorantes. QUESTÃO 32 A Terra é um planeta vivo e seus continentes estão em cons- tante movimento, devido à dissipação de calor do interior do planeta. A tectônica global analisa o comportamento dinâmico do planeta, enfocando em conjunto os processos a ela ligados, tais como o magmatismo, a sedimentação, o metamorfismo e as atividades sísmicas (terremotos). A geologia é a ciência que estuda a origem e a evolução do nosso planeta, através da análise das rochas e seus minerais. As rochas que formam os continentes e fundos dos oceanos registram os fenômenos de transformação da superfície e do interior da crosta terrestre. [...] ANDRADE, Fábio Ramos Dias de. O ciclo das rochas. Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. Disponível em: <www.igc.usp.br/index.php?id=306>. Acesso em: 22 nov. 2017. O magmatismo, a sedimentação e o metamorfismo, citados no texto, estão associados A às glaciações. B ao ciclo das rochas. C à Era Mesozoica. D à desertifi cação. E ao Big Bang. QUESTÃO 33 I Princesa Nefertiabet durante uma refeição com diversas anotações em hieróglifos ao redor. II Exemplo de escrita grega antiga. QUESTÃO 32 Conteúdo: Ciclo das rochas C6 | H29 Difi culdade: Fácil Os três processos citados estão associados ao surgimento de novas rochas. Esses processos são denominados ciclo das rochas. D IO M ED IA /U ni ve rs al Im ag es G ro u ga la ta pa rt ne rs /G et ty Im ag es D3-8014-EM-FTD-PROVAII-LCT-CHT-1S-001-024.indd 18 2/8/18 4:40 PM CH - 1a Série | 1o Dia - ROSA - Página 19 QUESTÃO 37 TEXTO I INVASÕES OU MIGRAÇÕES BÁRBARAS? [...] Com efeito, os povos germânicos [...] que se instalam pouco a pouco no território do Império decadente, e mais tarde arruinado, ignoram de início toda a cultura urbana tão estimada pelos romanos, não se entregam aos arcanos do direito e da administração do Estado, desconhecendo a prática da escri- tura. No entanto, sua coesão social e política em torno do seu chefe ou, ainda, sua habilidade em matéria de artesanato e, principalmente, do trabalho com metais, superior à do mundo romano, asseguram-lhes algumas vantagens e permitem que eles se aproveitem das fraquezas de um império em dificuldade. BASCHET, Jérôme. A civilização feudal: do ano 1000 à colonização da América. São Paulo: Globo, 2006. p. 49-50. TEXTO II Grande parte da consciência nacional ocidental pode ter as origens traçadas das noções, mesmo que confusas, de in- vasões ou migrações bárbaras. Elas teriam sido responsáveis por varrer o antigo mundo “clássico”, o mundo de Roma, e introduzir a Idade das Trevas. HALSALL, Guy. The barbarian invasions. In: FOURACRE, Paul (Org.). The New
Compartilhar