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TENÍASE E CISTICERCOSE - TAENIA SOLIUM - TAENIA SAGINATA - Estudo Auto Dirigido

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1-Estudar a morfofisiologia do agente etiológico da teníase e da cisticercose.
Taenia solium (Porco)
Ela apresenta cabeça ou escólex com ventosas e rostro com dupla coroa de ganchos, estruturas importantes para a fixação da tênia na mucosa intestinal. 
Logo após a cabeça, é possível perceber uma região denominada de colo ou pescoço, a qual apresenta intensa atividade multiplicadora e garante o alongamento do corpo da tênia.
Após o colo, há o corpo ou estróbilo da tênia, que lembra uma grande fita. O corpo é formado por uma cadeia de unidades denominadas proglotes, os quais são dotados de órgãos sexuais femininos e masculinos com capacidade de autofecundação.
As proglotes podem ser divididas em jovens, maduras e grávidas. 
As jovens apresentam os órgãos genitais em desenvolvimento. As maduras, por sua vez, possuem órgãos reprodutores aptos para a fecundação. Por fim, temos as proglotes maduras, as quais apresentam ovos e estão localizadas mais distantes do escólex. A T. solium pode atingir, quando adulta, de 3 a 5 metros de comprimento.
O estágio larvário, ou cisticerco (“verme vesicular”), das espécies de Taenia, consiste em um escólex, que está invaginado em uma vesícula preenchida por fluido. 
O cisto larvário se desenvolve nos tecidos do hospedeiro intermediário, mede de 4 a 6 mm de comprimento por 7 a 11 mm de largura, e tem uma aparência perolada nos tecidos. 
Após uma pessoa ingerir musculatura suína contendo a forma larvária do verme, a fixação do escólex com suas quatro ventosas musculares, inicia a infecção no intestino delgado. 
O verme então produz proglotes até que se desenvolva um estróbilo de proglotes, podendo ter vários metros de comprimento. As proglotes sexualmente maduras contêm ovos, e à medida que elas deixam o hospedeiro pelas fezes, podem contaminar a água e a vegetação ingerida pelo suíno. 
As proglotes grávidas têm comprimento e largura similares (1 cm × 1 cm) e contêm poucas (ramificações uterinas laterais. Os ovos no suíno se tornam uma forma larvária de seis acúleos, denominada oncosfera, que penetra na parede intestinal do suíno, migra pela circulação para os tecidos e se torna um cisticerco para completar o ciclo de vida.
 
Epidemiologia 
A infecção por T. solium está diretamente correlacionada à ingestão de carne suína malcozida e é prevalente na África, Índia, sudeste da Ásia, China, México, países da América Latina e países Eslavos. Ela não é encontrada frequentemente nos Estados Unidos. 
Síndromes Clínicas 
A forma adulta da T. solium no intestino raramente causa sintomas apreciáveis. O intestino pode estar irritado nos locais de fixação e podem ocorrer desconforto abdominal, indigestão crônica e diarreia. A maioria dos pacientes toma ciência da infecção apenas quando visualiza proglotes ou pedaços do estróbilo nas fezes. 
Diagnóstico Laboratorial 
O exame das fezes pode revelar proglotes e ovos e o tratamento pode resultar na expulsão de todo o verme para identificação. Os ovos são esféricos, de 30 a 40 µm de diâmetro, possuem casca espessa, estriada radialmente, e contêm um embrião hexacanto dotado de seis acúleos (Fig. 85-4). Os ovos são idênticos aos de Taenia saginata (tênia do boi), de forma que os ovos sozinhos não são suficientes para a identificação de espécie. O exame criterioso de proglotes revela sua estrutura interna, que é importante para a diferenciação entre T. solium e T. saginata. As proglotes grávidas de T. solium são menores que as de T. saginata e contêm apenas 7 a 12 ramificações uterinas laterais, comparadas às 15 a 30 no caso da tênia do boi.
Tratamento, Prevenção e Controle 
O fármaco de escolha é a niclosamida. O praziquantel, a paromomicina ou a quinacrina são alternativas eficazes. A prevenção da infecção pela tênia do porco requer que a carne suína seja cozida até que o interior esteja cinza, ou que seja congelada a –20 °C por pelo menos 12 horas. O saneamento é crítico; todo esforço deve ser feito para manter as fezes humanas contendo ovos de T. solium longe da água e vegetação ingeridas por suínos.
Cisticercose
A cisticercose envolve a infecção de pessoas pelo estágio larvário de T. solium, o cisticerco, que normalmente infecta suínos. A ingestão pelo homem de água ou vegetação contaminada por ovos de T. solium, a partir de fezes humanas, inicia a infecção.
A autoinfecção pode ocorrer quando ovos, provenientes de uma pessoa infectada pelo verme adulto, são transferidos da área perianal para a boca pelos dedos contaminados. Ingeridos, os ovos eclodem no estômago do hospedeiro intermediário, liberando o embrião hexacanto ou oncosfera. 
A oncosfera penetra na parede intestinal e migra pela circulação para os tecidos, onde se desenvolve em cisticerco em 3 a 4 meses. Os cisticercos podem se desenvolver na musculatura, tecido conjuntivo, cérebro, pulmões e olhos e permanecer viáveis por até 5 anos.
 
Epidemiologia 
A cisticercose é encontrada em áreas onde a T. solium é prevalente e está diretamente correlacionada à contaminação fecal humana. Além da transmissão fecal-oral, a autoinfecção pode ocorrer quando uma proglote contendo ovos é regurgitada do intestino delgado para o estômago, permitindo que os ovos eclodam e liberem a oncosfera infectante. 
Síndromes Clínicas 
Poucos cisticercos em áreas não vitais (p. ex., tecidos subcutâneos) podem não provocar sintomas, mas uma doença séria pode ocorrer, caso os cisticercos se alojem em áreas vitais, como o cérebro e os olhos. No cérebro, eles podem produzir hidrocefalia, meningite, dano ao nervo cranial, convulsões, reflexos hiperativos e defeitos visuais. Nos olhos, a perda da acuidade visual pode ocorrer, e se a larva se alojar ao longo do trato óptico, pode resultar em defeitos do campo visual. A reação tecidual às larvas viáveis pode ser apenas moderada, portanto minimizando os sintomas. Entretanto, a morte da larva resulta na liberação de material antigênico que estimula uma notável reação inflamatória; e a exacerbação dos sintomas pode resultar em febre, dores musculares e eosinofilia.
Diagnóstico Laboratorial 
A presença de cisticercos normalmente é estabelecida pelo aparecimento de cisticercos calcificados em raios X de tecidos moles, remoção cirúrgica de nódulos subcutâneos e a visualização de cistos no olho. Lesões do sistema nervoso central podem ser detectadas por tomografia computadorizada, exame por radioisótopo ou ultrassonografia. Estudos sorológicos podem ser úteis; resultados falso-positivos podem ocorrer em pessoas com outras infecções helmínticas. 
Tratamento, Prevenção e Controle 
O fármaco de escolha para a cisticercose é tanto o praziquantel quanto o albendazol. A administração concomitante de esteroide pode ser necessária para minimizar a resposta inflamatória da larva em processo de morte. A remoção cirúrgica de cistos cerebrais e oculares pode ser necessária. O tratamento dos casos humanos, albergando o adulto de T. solium (para reduzir a transmissão de ovos), e o descarte controlado das fezes humanas são críticos para a prevenção e controle da infecção humana. Estas medidas também reduzem a probabilidade da infecção dos suínos
Taenia saginata 
O ciclo de vida de T. saginata, a tênia do boi, é semelhante ao de T. solium, sendo a infecção o resultado da ingestão de cisticercos em carne de boi malcozida. Após o desencistamento, a larva se desenvolve na forma adulta no intestino delgado e inicia a produção de ovos nas proglotes maduras. O verme adulto pode parasitar o jejuno e o intestino delgado de humanos por até 25 anos, atingindo 10 m de comprimento. 
Em contraste com as infecções por T. solium, a cisticercose produzida por T. saginata não ocorre em humanos. 
O verme adulto de T. saginata também difere do de T. solium, pois não possui uma coroa de acúleos no escólex e apresenta estrutura diferente das ramificações uterinas nas proglotes (Fig. 85-2). As proglotes grávidas são mais longas do que largas (18 a 20 mm × 5 a 7 mm) e contêm de 15 a 30 ramificações uterinas laterais. Esses fatos são importantes na diferenciação entre as duas tênias,mas não afetam a terapia.
Epidemiologia 
T. saginata ocorre no mundo todo, sendo uma das mais frequentes causas de infecções por cestoides nos Estados Unidos. Os humanos e os bovinos perpetuam o ciclo de vida: as fezes humanas contaminam a água e a vegetação com ovos, que são ingeridos pelos bovinos. Os cisticercos nos bovinos produzem vermes adultos nos humanos quando a carne crua ou malcozida é ingerida. 
Síndromes Clínicas 
A síndrome que resulta da infecção pela T. saginata é semelhante à infecção intestinal pela T. solium. Os pacientes são geralmente assintomáticos ou podem se queixar de dores abdominais vagas, indigestão crônica e dores de fome. As proglotes podem ser eliminadas ativamente pelo ânus. 
Diagnóstico Laboratorial 
O diagnóstico da infecção por T. saginata é semelhante ao de T. solium, com a recuperação de proglotes e ovos, ou de todo o verme, no qual o escólex não possui acúleos. O estudo das ramificações uterinas nas proglotes diferencia a T. saginata da T. solium. 
Tratamento, Prevenção e Controle 
O tratamento é idêntico ao realizado para a fase intestinal de T. solium. Tanto o praziquantel como a niclosamida são altamente eficazes na eliminação do verme adulto. A educação acerca do cozimento da carne bovina e do controle do descarte de fezes humanas é uma medida crítica.
2-Compreender o que são doenças endêmicas. 
O termo doença endêmica ou endemia é utilizado para definir qualquer doença localizada ou com uma grande incidência em um espaço limitado denominado de “faixa endêmica”, seja esse um estado ou um país.
Essas enfermidades foram o foco da saúde pública brasileira por quase um século até que com a chegada da urbanização, da ampla disponibilidade de água encanada, melhores condições de saneamento e o desenvolvimento de diversas políticas e estratégias de controle, observou-se uma diminuição considerável na incidência dessas complicações.  No Brasil costumam ocorrer em áreas rurais ou urbanas com problemas de saneamento básico. A maioria dessas doenças é de ordem parasitária ou são transmitidas por vetores (organismos que servem de veículo para a transmissão de doenças, ex: mosquitos, moluscos). Os principais exemplos são esquistossomose, leishmaniose, leptospirose e hanseníase.
3- Vigilâncias
O conceito de Vigilância em Saúde inclui: 
· A vigilância e controle das doenças transmissíveis; 
· A vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; 
· A vigilância da situação de saúde, 
· Vigilância ambiental em saúde, 
· Vigilância da saúde do trabalhador 
· Vigilância sanitária. 
Um importante foco da ação de controle desses agravos está voltado para o diagnóstico e tratamento das pessoas doentes, visando à interrupção da cadeia de transmissão, onde grande parte das ações encontra-se no âmbito da Atenção Básica/Saúde da Família. Além da necessidade de promover ações de prevenção e controle das doenças transmissíveis, que mantém importante magnitude e/ou transcendência em nosso país, é necessário ampliar a capacidade de atuação para novas situações que se colocam sob a forma de surtos ou devido ao surgimento de doenças inusitadas. 
Para o desenvolvimento da prevenção e do controle, em face dessa complexa situação epidemiológica, têm sido fortalecidas estratégias específicas para detecção e resposta às emergências epidemiológicas. 
Outro ponto importante está relacionado às profundas mudanças nos perfis epidemiológicos das populações ao longo das últimas décadas, nos quais se observa declínio das taxas de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias e crescente aumento das mortes por causas externas e pelas doenças crônico-degenerativas, levando a discussão da incorporação das doenças e agravos não-transmissíveis ao escopo das atividades da vigilância epidemiológica. Vigilância Epidemiológica é um “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”. 
A Vigilância Sanitária é entendida como um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. (BRASIL, 1990) 
Abrange: (1) o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; 
(2) o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. 
São enfocadas ações de vigilância em saúde na Atenção Básica, no tocante aos agravos: dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose
Vigilância sanitária
A Vigilância Sanitária tem como missão a proteção e promoção à saúde da população e defesa da vida. Para cumpri-la, deve ter uma interação muito grande na sociedade. Por este motivo, a Vigilância Sanitária deve procurar uma participação efetiva na rede de Controle Social do SUS, contando com a colaboração dos Conselhos de Saúde para as suas ações. 
O Conselho de Saúde, além de contribuir no acompanhamento das políticas direcionadas às ações de Vigilância Sanitária, pode ser um importante parceiro nos objetivos deste serviço.
É a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Ela faz a gestão de todo serviço de Vigilância Sanitária, que compete ao nível federal. Cada um desses responsáveis nós chamamos de gestor. 
Neste sentido, o gestor formula, executa, supervisiona, controla e pode rever as políticas de saúde. O gestor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária é seu diretor-presidente. 
O Conselho de Saúde, através de seus conselheiros, fórmula as prioridades e as diretrizes para a saúde. Isso também é parte da gestão do sistema de saúde. Afinal, quem conhece as necessidades de saúde de uma comunidade é o povo. E o conselheiro é o representante do povo no Conselho.
O governo tem a obrigação de promover e proteger a saúde da população. Para isto ele diz quais são as regras, as normas que devem ser consideradas e respeitadas na produção, uso e circulação de produtos que apresentam algum tipo de risco para a saúde das pessoas. 
O transporte de alimentos, por exemplo, tem que ser feito em condições tais que protejam o produto da deterioração ou contaminação e, por conseguinte, protejam a saúde daqueles que vão consumir. 
São muitos os riscos que devem ser controlados pela Vigilância Sanitária. Vamos ver como eles podem ser classificados. Tentem guardar bem os vários tipos de riscos e a que eles se referem.
Riscos ambientais: água (consumo e mananciais hídricos), esgoto, lixo (doméstico, industrial, hospitalar), vetores e transmissores de doenças (mosquitos,barbeiro,animais), poluição do ar, do solo e de recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc. 
Riscos ocupacionais: processo de produção, substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de trabalho
Riscos sociais: transporte, alimentos, substâncias psicoativas, violências, grupos vulneráveis, necessidades básicas insatisfeitas
Riscos iatrogênicos: (decorrentes de tratamento médico e uso de serviços de saúde) medicamentos, infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e serviços de saúde 
Riscos institucionais: creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, salão de beleza, saunas, etc.
Quando comete uma irregularidade que leva risco de saúde à população, está sujeita a uma pronta punição. 
Mas nem todos os pequenos produtores conhecem os riscos de seus produtos para a saúde nem as regras da Vigilância Sanitária. 
Por isso, a ação da Vigilância Sanitária nos municípios vem mudando. Antes, privilegiava-se as ações de regular, vigiar e punir, agora deve-se regular, vigiar e educar, advertir e orientar... punir também, é claro, mas só em último caso. 
As ações da Vigilância Sanitárianos dias de hoje têm como recomendação fundamental a ação educativa, que deve ser exercida não apenas por meio das fiscalizações, mas também por intermédio de reuniões, seminários com associações, sindicatos, fabricantes, comerciantes e produtores de bens e serviços, transmitindo-lhes as normas técnicas legais e as possibilidades de melhorias dos produtos e dos serviços. 
Com isto, ganha o consumidor, que tem sua saúde protegida, e ganha o proprietário, que pode oferecer um produto de melhor qualidade. É importante lembrar que, nem sempre, o produtor conhece as normas de higiene para a proteção da saúde da população. É função da Vigilância Sanitária difundir estas informações para melhorar o nível de educação sanitária de produtores e de consumidores.
Competências
A Lei Orgânica da Saúde, Lei Federal 8.080, estabeleceu, no artigo 15, as atribuições comuns da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, entre as quais prevalece a de elaboração de normas técnicas específicas, de normas reguladoras de atividades do setor privado e de normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde, o que pressupõe, necessariamente, a competência de cada uma das entidades estatais para legislar nesses campos. 
Combinando-se as competências atribuídas a cada uma das esferas de governo (União, Estados, DF e Municípios) com as atribuições comuns e os objetivos gerais do SUS, enunciados na Constituição Federal e na Lei Orgânica da Saúde, e enquadrando-as no esquema de limites para o exercício dessas competências pelas entidades estatais, podemos concluir que, em matéria de Vigilância Sanitária, incluindo o poder de polícia administrativa sanitária: 
1. A União se limita a expedir normas gerais sobre o sistema nacional de Vigilância Sanitária, definindo-o e coordenando-o em todo o território nacional; 
2. Os Estados têm o poder-dever de coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de Vigilância Sanitária e de saúde do trabalhador, suplementando, nesses setores, a legislação sobre normas gerais expedidas pela União; 
3. Os Municípios podem, na medida dos interesses predominantemente locais, suplementar a legislação federal e estadual no tocante à aplicação e execução de ações e serviços de Vigilância Sanitária". 
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