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A situação da coreia (TRADUZIDO) Documento do Wilson Center

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3 de janeiro de 1947
GRUPO DE CENTRAL DE INTELIGÊNCIA
A SITUAÇÃO DA CORÉIA
SUMÁRIO
Unidade e a independência são as aspirações dominantes do povo coreano, enquanto a partição e a ocupação conjunta pelos EUA e pela URSS são os fatores que governam a vida política e econômica da península. As promessas de independência feitas no Cairo, e confirmadas em Yalta. Não foram cumpridas. A divisão da Coréia no paralelo 38 tornou-se uma barreira quase impenetrável entre as Zonas dos EUA e da União Soviética. A decisão de Moscou, que prevê a unificação e a eventual independência da Coréia, não foi implementadas, em grande parte, devido à discordância e os EUA e a URSS sobre a interpretação do documento e o significado da democracia. Todos os esforços para reunir a comissão conjunta desde o seu adiamento em Maio passado falharam.
No impasse atual, tanto os EUA quanto a URSS estão tentando reforçar a organização política e econômica de suas zonas. A URSS fez progressos mais rápidos em direção ao regimento da Coréia do Norte do que os EUA que estão indo em direção a democracia. Uma política provisório dos EUA para a Coréia do Sul não foi implementada até o adiamento da Assembléia Conjunta, que revelou a discordância fundamental sobre a interpretação da decisão de Moscou. A sovietização da Coréia do Norte, por outro lado, começou imediatamente depois da ocupação, e tem procedido sem interrupção desde então.
A política soviética na Coréia é dirigida ao estabelecimento de um estado amigável que nunca servirá como base de ataque à URSS. A fim de atingir esse objetivo a um custo mínimo para seus próprios recursos escassos no Extremo Oriente, a URSS tentaram fazer a Coréia do Norte autossuficiente economicamente, embora politicamente subordinado. Os soviéticos deram Á sua zona uma aparência de autonomia, confiado a administração a uma hierarquia de “comitês do povo” dominados pelos comunistas coreanos. A economia da Coréia do Norte também foi reconstruída com o princípio do controle estatal. Banco, industria pesada e comunicações foram todos nacionalizados. A terra foi redistribuída, e as empresas privadas sobrevivem principalmente da agricultura e do artesanato. A filiação é obrigatória em um sistema monopolista de sindicatos sob estrita supervisão política.
Embora um programa socialista seja favprecido pela grande maioria dos coreanos, o programa soviético não parece ter conquistado o apoio do povo. Na Coréia do Sul a escolha entre os opositores partidários da URSS foi resolvida em favor do primeiro em todas as eleições. Na zona soviética, surgiram indícios de apatia popular e descontentamento, apesar da prevalência da censura. A atual administração da Coréia do Norte, no entanto, obteve uma vitória esmagadora nas ultimas eleições, que as autoridades soviéticas consideram como um mandato popular para continuar suas políticas atuais.
Em contrats com a disciplina soviética da Coréia do Norte, a Coréia do Sul está em estado de agitação. A escassez de alimento é a principal causa de agitação, as os opositores bem organiados da ocupação dos EUA estão se esforçando para dar direção política as desordens atuais, que a propaganda soviética representa com um protesto contra a política provisória dos EUA na Coréia. Esta política se esforça para a acorção da cooperação dos moderados na formação de uma coalizão de partidos e na criação de uma lesgilatura provisória na Zona dos EUA. A maioria está preparada para apoiar o programa provisório dos EUA, que agora etá bem avançado. A ala mais radical do Partidos Comunista, com o apoio da propaganda soviética, recorreu, portanto, a ua campanha de terrorismo contra a ocupação. Um exército coreano está sendo treinado na Zona Soviética e pode-se esperar que intervenha, proavelmente por infiltração em massa, no caso de as forças dos EUA perdrem o controle da situação na Coréia do Sul.
O objetivo soviético de estabelecer um regime comunista firme na Coréia do Norte está, portanto, perto de acontecer. O objetio de longo alcance da URSS é, no entanto, integrar toda a península no sistema soviético de defesas do Extremo Oriente. Uma vez que a ocupação dos EUA na Coréia do Sul é o principal obstáculo para este plano, a propaganda soviética e a agitação comunista têm constantemente procurado epulsar os EUA da Coréia. No momento, a URSS adiou novas ações diplomáticas enuanto aguarda os resultados da ação direta do Partido Comunista na Coréia do Sul.
Uma possibilidade, no entanto, é que a URSS recorra a um compromisso se os métodos radicais falharem, por que certas vantagens a longo prazo estão do lado dos EUA. Uma vez que a maioria dos coerenas se opõe fervorosamente à dominação da URSS ou qualquer outra potência, um governo democrático estavel na Coréia do Sul, que contém dois terços da população, teria a vantagem sobre o regime soviético dominador na Coréia do Norte se as tropas dos EUA e da União Soviética se retirarem simultaneamente. Portanto, se a ordem puder ser mantida na Coreia do Sul e houver progresso no estabelecimento de um governo provisório, a URSS pode decidir fazer concessões em um esforço para reunir a Comissão Mista e cumprir a Decisão de Moscou antes que o regime democrático na Coreia do Sul ganhe firmeza.
Um estudo mais completo desta situação está incluído aqui.
A influência dominante da partição
A partição da Coréia em duas zonas domina a vida política e econômica da península. A dicivão da Coréia no paralelo 38 tornou-se uma fronteira dura e rápida que corta toda a relação entre as metades norte e sul do país, excerto pela troca de correio e pela transferência de energia elétrica excedente do Norte para a Coréia do Sul.
Aspirações coreana e a política URSS-EUA
Unidade e independência são as principais aspirações do povo coreano. O nacionalismo coreano é um movimento profundamente enraizado que sobreviveu a quarenta anos de repressão japonesa e finalmente ganhou reconhecimento internacional na conferencia do Cairo em dezembro de 1943. Os EUA, a Grã-Bretanha e a China se comprometeram a restaurar a independência da Coréia. A adesão soviética a esta declaração foi obtida em Yalta em fevereiro, e a política foi reafirmada em Potsdam em julho daquele ano. A Conferência dos Ministros das relações exteriores em Moscou, em dezembro de 1945, concordou em estabelecer um governo provisório para toda a Coréia, a fim de preparar o povo coreano para a independência e a democracia. Uma vez que a ocupação dividiu a península em zonas separadas, a Decisão de Moscou também previa uma comissão conjunta dos EUA e da URSS para organizar o governo provisório e consulta-la para trabalhar em um amplo programa de reformas democráticas para uma Coréia unida. Este programa, por sua vez, deveria ser submetido aos governos dos EUA, URSS, Reino Unido e China como base para uma curadoria dos quatro poderes que duraria “por um período de até cinco anos”. Todos os esforços para realizar a Decisão de Moscou falharam principalmente por causa do conflito sobre a administração, e a Coréia permanece bisseccionada no paralelo 38.
Desde o adiamento da Comissão Conjunta em maio deste ano a URSS tem insistentemente recusado “o retorno dessa delegação a Seoul”, exceto em termos inaceitáveis para os EUA. O comandante soviético deixou claro que a URSS não recuaria de sua alegação de que os opositores da administração devem ser excluídos do governo provisório da Coréia. O general Hodge é igualmente insistente na liberadade de expressão dos coreanos e em uma interpretação ampla da clausula de administração da Decisão de Moscou. Há, portanto, pouca perspectiva de reunir a Comissão Conjunta em um futuro próximo.
Aguardando a unificação da península dos EUA e da URSS, entretando tentando fortalecer a organização política e econômica de suas respectivas zonas. A URSS iniciou a sovietização da zona imediatamente após a ocupação, enquanto, ainda com o adiamento de sua Comissão Conjunta, a política dos EUA foi baseada na suposição de que a Decisão de Moscow logo seria cumprida. Um programa provisórioseparado na Coréia do Sul não foi implementado até o colapso das negociações da Comissão Conjunta, onde a divergência dos EUA e da União Soviética sobre a concepção de democracia, e a dificuldade de encontrar um compromisso entre eles. A sovietização da Coréia, portanto, progrediu mais do que a democratização da Zona dos EUA.
Situação na Coréia do Norte
POLÍTICA SOVIÉTICA E PROGRAMA POLÍTICO - A política soviética na Coréia dirigida ao estabelecimento de um estado amigável que poderia servir como uma base de ataque a URSS. Uma vez que a URSS pretende atingir este objetivo ca um custo mínimo para seus próprios recursos escassos no Extremo Oriente, um corolário da política soviética é combinar a subordinação política com autossuficiência econômica. A característica mais marcante do regime soviético na Coréia, como em outros lugares, é a repressão severa a toda oposição. Ao contrário do governo militar dos EUA na Coréia do Sul as autoridades soviéticas no Norte não tentaram mediar com as facções. Imediatamente após assumirem o controle da região e dos japoneses, os soviéticos criaram um sistema de “comitês provisórios” para liquidar os remanescentes do domínio japonês. Ainda sim, esses comitês foram selecionados pelos soviéticos, eles são compostos inteiramente por coreanos. Estas comissões interinas foram agora substituídas por comitês permanentes, como resultado das eleições de 3 de novembro. A URSS deu aos coreanos uma aparência de autonomia e evitou responsabilidades da administração direta. A hierarquia dos comitês locais de um povo provincial culmina em um comitê central, ou seja, a liderança de Kim II Sung, que foi divulgado pelos soviéticos como um herói da resistência ao Japão e um líder do povo, que leva como modelo Stálin. Esse regime depende do apoio popular a um sistema único. Depois de eliminar toda a oposição, os soviéticos prosseguiram para consolidar os partidos favoráveis ​​ao seu governo em uma organização monopolista conhecida como partido trabalhista da Coréia do Norte. Deste partido trabalhista, Kim Doo Bong constitui junto com Kim II Sung uma espécie de duumvirato sob a supervisão da URSS.
MEDIDAS ECONÔMICAS SOVIÉTICAS – A economia da Coréia do Norte também se reorganizou sobre os princípios de regimentação e do controle indireto de aproximadamente um terço da populaão da Coréia e 35% da produção total de alimentos, a Zona Soviética é agricolamente autossutentável. Mineração coreana, energia elétrica, e, indústria pesada são mais concentradas ao norte do paralelo 38. Depois de inspencionar 601 áreas industriais da Zona Soviética, o embaixador Pauley concluiu que pequenos itens de equipamento foram removidos da Coréia do Norte, Parece, portanto, que a URSS pretende preservar o potencial industrial e construir autossuficiência econômica dessa zona.
A propaganda soviética enfatiza os progressos econômicos da Coréia do Norte em constraste com a estagnação da zona dos EUA, e mudanças revolucionárias tem de fato ocorrido sob o domínio soviético. Proprietários de terras coreanos e japoneses foram liquidados como classe, e o sistema tradicional de posse de terras, que os japoneses exploraram, foi abolido. Os soviéticos se vangloriam de que um milhão de hectares (2.471.000 acres) de terra foram distribuídos gratuitamente ao inquilinos. Banco, comunicação, transporte, bem como a indústria pesada, são todos controlados pelo comitê do povo. Em outras palavras, todos os empreendimentos suscetíveis a socialização imediata foram tomados pelo Estado. A iniciativa privada sobrevive apenas entre pequenos produtores, como artesões e produtores. Os soviéticos também afirmam ter instituído o seguro, e um mínimo de oito horas por dia para o salário dos trabalhadores coreanos. O trabalho em conjunto tem sido proibido socialmente, e direitos iguais, tanto políticos quanto econômicos, foram dados às mulheres.
REAÇÕES DOS COREANOS AO PROGRAMA SOVIÉTICO – Não há dúvida do valor da propaganda do programa soviético, especialmente na Zona dos EUA. Quase todos são esquerdistas para os padrões atuais dos EUA, e nem mesmo os partidos conservadores podem ser defensores do capitalismo tradicional. A socialização das indústrias básicas e a redistribuição da figura da terra nas plataformas políticas de cada partido da Coréia do Sul. Espera-se, portanto, que as políticas soviéticas tenham grande apelo popular na Coréia. Apesar da falta de evidências, há indícios, no entanto de que o programa soviético não ganhou o apoio do povo. O comunismo e a ascendência soviética são, de fato, as principais questões entre as partes de esquerda e da direita na Coréia do Sul, onde a liberdade de expressão prevalece apesar das restrições ocasionais de temporárias à imprensa. Os partidos de esquerda da Coréia do Sul são, em geral, simpáticos, enquanto os partidos direcionistas se opõem ao regime soviético. Os coreanos da Zona têm, portanto uma escolha clara entre os partidários da URSS. É, portanto, significativo que todas as eleições realizadas na Zona dos EUA tenha dado aos partidos direcionista uma grande maioria. Esses resultados podem ser explicados como uma forte aversão do comunismo soviético entre os coreanos ao sul do paralelo 38. A decisão popular, no entanto, não é levada com pleno conhecimento das condições na zona soviética e pode ser o produto de preconceito e não de julgamento.
A atitude dos coreanos na Zona Soviética é a indicação do sucesso da política soviética. Mas, além de apenas propaganda soviética quase nenhuma informação está disponível no estado da opinião pública ao norte da froteira. Rumores ocasionais de resistência, tal como o relatório de montins em Pyongyan em junho do ano passado, chegaram à Zona dos EUA. Tanto o Embaixador Pauley quanto o Ministro Bunce comentaram sobre a simpatia dos nortes-coreanos em relação aos americanos e sua aparente hostilidade contra os soviéticos. As forças soviéticas na Coréia do Norte vivem fora do país e antagonizam o povo. De acordo com o Ministro Bunce, as autoridades soviéticas consideram o Exército Vermelho uma responsabilidade política na Coréia e ficariam felizes em se livrar dele. A suposta impopularide do regime soviético, no entanto, não pode ser inteiramente a má conduta de suas tropas. A regimentação excessiva também pode ter produzido um certo antagonismo entre os coreanos. Por exemplo, o sistema político unipartidário é duplicado na organização do trabalho. Filiação sindical é compuluida na Coréia do Norte, e todos os sindicatos são incorporados na União Sindical da Coréia sob a direção do Partido Comunista. Embora o dia de oito horas tenha sido garantido por lei na Zona Soviética, os membros do sindicato foram recentemente obrigados a contribuir com uma hora extra de trabalho por dia para construir um fundo para os grevistas sul-coreanos.
O descontentamento provavelmente existe na Coréia do Norte, como em outras áreas do controle soviético. No momento, no entanto o regime soviético ao norte do paralelo 38 parece mais firmemente estabelecido do que nunca. A imprensa de Moscou se gabou de que, nas eleições de 3 de Novembro, estabelecendo comitês permanente do povo, 99,6% dos eleitores registrados foram as urnas em uma grande demonstração de lealdade ao governo existente. De acordo com a prática soviética, os eleitores não tiveram o constrangimento de uma escolha, uma vez que todos os candidatos figuraram em uma única chapa. Os soviéticos consideram os resultados como um mandato popular para continuar o seu sistema atual de governo na Coréia do Norte.
A SITUAÇÃO DA CORÉIA DO SUL
Enquanto a disciplina soviética reina no Norte da Coréia. A Coréia do Sul está em estado de agitação. Faccione conflitos partidários têm a segurança recentemente de culminar as Forças Armadas no Governo uma série de ataques convocando e por tumultos armados ameaçando a intervenção da tropas americanas. A greve dos trabalhadores ferroviários e tipógrafos no final de setembro levou a um surto de violência centrada nas províncias do sudeste de Kyongsang Pukto e Kyonsang Namcio. Deacordo com estimativas oficiais, cercas de 40 manifestantes foram mortos em combates de rua das áreas de Taegu e Pusan no início do outubro. As perdas de propriedades totalizaram milhões de ienes, enquanto as prisões somaram 3.782. As tropas americanas foram tarifadas ocasionalmente para disparar para as multidões durante o curso desses distúrbios. A ordem foi temporariamente restaurada em meados de outubro, como os grevistas gradualmente voltaram ao trabalho. A recrucendência da agitação começou, no entanto, no final do mês, enquanto a cena mudou do sudeste para o sudoeste e para a área sobre Seoul. Uma revolta na capital foi marcada para 22 de outubro, foi impedida por uma ação oportuna por parte do Governo Militar. O fim dessas desordens ainda não está a vista, e os relatórios continuam a vir com tentativas de assassinato e sabotagens. O General Hodge acusou publicamente os comunistas de formentar a insurreição contra o Governo Militar, a fim de romper a unificação da direita e da esquerda e bloquear a criação de uma legislação provisória na Coréia do Sul. A propaganda soviética concorda plenamente com essa interpretação, atribuindo a agitação ao descontentamento popular com as tentativas da administração americana de fabricar um “Governo Independente” da Coréia do Sul com elementos reacionários.
SITUAÇÃO ECONÔMICA - A causa básica dos transtornos atuais na Coréia do Su é talvez menos política do que econômica. Como outras áreas ocupadas, a Zona dos EUA na Coréia sofre de escassez e inflação. A liderança comunista só explorou o descontentamento despertado pelo desejo. A situação alimentar na Coréia do Sul tem sido crítica desde junho passado, quando inundações estragaram a safra de grãos do verão. O livre mercado de grãos que o Governo Militar manteve no inverno passado permitiu uma distribuição desperdiçada das reservas existentes de arroz. Os controles alimentares foram colocados em prática desde março passado, tarde demais para evitar uma escassez. Tendo sido autorizado a lucrar no mercado negro, os agricultores têm resistido à coleta forçada de grãos a preços fixos. Apenas 36 dólares de grão de cevada, que é o principal grão do verão, havia sido coletada pelo Governo no início de Setembro. A colheita de outono de arroz, que era esperada para aliviar a agua escassez de alimentos na Coréia do Sul, também está chegando muito lentamente. Menos de 1% da cota de arrecadação foi cumprida em outubro contra os 5%, e as cobranças inda estavam bem atrasadas em 15 de dezembro.
A queda dos transportes por causa das greves, inundações e deterioração em tempos de guerra, complicaram ainda mais a distribuição de suprimentos disponíveis na Coreia do Sul. Os embarques de grãos dos EUA nos meses de agosto e setembro foram 25% aquém dos requisitos mínimos. Nestas condições, o preço do arroz no mercado negro subiu além do alcance do consumo médio. Como medida paliativa, o Governo Militar tem tolerado uma livre circulação limitada de arroz apesar dos julgamentos anteriores de que os controles seriam rigidamente aplicados. Enquanto reclamam da inflação, a população coreana é geralmente contra a coleta e distribuição de arroz do governo. A polícia coreana comprometeu-se a procurar trens durante setembro, a fim de apreender arroz no mercado negro. O procedimento provocou uma onda de protestos, e logo foi abandonado. Por respeitar a liberdade de expressão, o governo militar dos EUA na Coréia deve levar em conta a opinião publica e todas as suas políticas, qualquer que seja o custo para a sua eficiência.
A resistência coreana à ocupação dos EUA tem sido encorajada pela clemência política dos EUA, o descontentamento econômico tem sido convertido em uma não ameaça política pelos oponentes do governo militar da Coreia do Sul, que calculou com base na tolerância das autoridades dos Estados Unidos. As revoltas atuais não são tanto o produto de queixas populares como de incerteza. Os EUA não impuseram aos coreanos o tipo de governo ao qual se acostumaram sob os japoneses. Ao tentar manter o equilíbrio entre as facções rivais, o Governo Militar confundiu o público quanto às suas intenções, e a imparcialidades tem sido interpretada como como irresolução.
SITUAÇÃO POLÍTICA – Os EUA pretendem educar os coreanos, não doutrinar. O Governo Militar permitiu, portanto, que os coreanos critiquem seu programa em todas as etapas do desenvolvimento, e que fazem campanha incessantemente para uma rápida rescisão da ocupação. Não há dúvida, mas que a maioria dos coreanos deseja a retirada imediata das tropas americanas e soviéticas. O controle estrangeiro é impopular tanto nos EUA quanto nas Zonas Soviéticas. Os moderados da direita e da esquerda, na Coréia do Sul, no entanto, apoiarão o Governo Militar dos EUA como a alternativa à dominação soviética. O General Hodge tem se esforçado para pedir a cooperação desses moderados na formação de uma coalizão de partidos e na criação de uma legislação provisória na zona dos EUA. Assim, a Coréia do Sul ganharia uma medida de autogoverno pendente de execução da decisão de Moscou. A maioria está preparada para apoiar o programa provisório dos EUA, que agora avançou para o ponto de realização. A unificação da direita e de esquerda foi anunciada no in´cio de outubro, e as eleições foram realizadas para a legislação provisória que foi convocada em dezembro.
PROGRAMA SOVIÉTICO PARA A CORÉIA DO SUL – A política provisória dos EUA para a Coréia provocou a resistência desesperada dos comunista e os reflexos sarcásticos da propaganda soviética. A unificação da direita e de esquerda não foi alcançada até que o partido comunista tivesse sido dividido, e seus líderes mais violentos impulsionados por baixo da vida. A URSS se opõe claramente ao estabelecimento de um governo democrático na Coréia do Sul sob o abrigo dos EUA. Nesta oposição pode contar com a lealdade dos comunistas sob Pak Heun Yung. Depois de denunciar a legislação provisória com um governo separatista na Coréia do Sul, e como um renascimento do conselho consultivo dos japoneses, os comunistas aparentemente embarcaram em uma campanha de terrorismo contra a ocupação.
De acordo com os informantes do General Hodge, os comunistas da Zona dos EUA estão planejando uma revolta geral para o inverno, em conjunto com os soviéticos na Coréia do Norte. Não há evidencia imediata de cumplicidade soviética, exceto os esforços paralelos da propaganda soviética para provocar agitação contra a ocupação dos EUA. A intervenção soviética através da agência do Partido Comunista Coreano pode, no entanto, ser um O comunista coreano pode, no entanto, ser presumido e pode-se esperar que aumente se a atual desordem levar a uma insurreição geral. Após retornar da recente visita a zona Soviética, um proeminente líder de esquerda na Coréia do Sul declarou que 10.000 agentes soviéticos se infiltraram do outro lado da fronteira durante os últimos meses. Relatórios confiáveis indicam que uma grande força armada coreana possivelmente, numerando de 300.000 para 400.000 homens, está sendo organizada na zona Soviética. No caso de uma revolta eclodir que as tropas americanas não possam subjugar, os soviéticos poderiam intervir indiretamente na Coréia do Sul por meio desses coreanos irregulares.
O General Hodge emitiu avisos de uma invasão iminente da Zona dos EUA por oreanos treinados pelos soviéticos, e pediu, portanto, que as forças americanas fossem levadas à força do TYO sem demora. Esta invasão provavelmente toma a forma da massa de infiltração, em vez de uma expedição militar regular. O exército soviético na Coréia do Norte, estimado em aproximadamente 150.00 presumivelmente não cruzará a fronteira, a menos que as tropas americana se retirem da península.
FUTUROS OBJETIVOS SOVIÉTICOS E DESENVOLVIMENTOS PROVÁVEIS – A URSS tem uma política dupla para a Coréia, que se aplica tanto aos EUA quanto às Zonas Soviéticas. A política soviética na Coréia do Norte é dirigida ao estabelecimento de um regime controlado por comunistas orientado para a colaboração completa com a URSS. A recenteeleição de um comitê permanente popular na Zona Soviética representa a realização deste objetivo. O objetivo de longo alcance do URSS é integrar toda a península no sistema soviético de defesas do Extremo Oriente. Uma vez que a ocupação dos EUA constitui o principal obstáculo para o acontecimento desse propósito, a propaganda soviética e a agitação comunista foram direcionadas para expulsar os EUA da Coréia. O ataque ao Governo Militar tem sido continuamente pressionado desde o início da ocupação tornou-se intensificado com a consolidação da autoridade soviética na Coréia do Norte e o desenvolvimento de uma política provisória dos EUA para os Sul.
Comissões Conjuntas para a execução da Decisao de Moscou ainda estão em impasse, enquanto os comunistas se esforçam para prevenir pela violência o estabelecimento de um governo interino na zona dos EUA. A diplomacia dos EUA aparentemente deu lugar a ação direta do Partido Comunista na Coréia do Sul, embora a possibilidade sempre permaneça de que a URSS recorrerá a compromissos de métodos radicais falharem. As primeiras aberturas soviéticas para reunir novamente a Comissão Conjunta coincidiram com o sucesso do movimento de unificação da esquerda e da direita na Coréia do Sul e a declaração do comitê de coalização em favor de uma legislação provisória. A perspectiva de um acordo desapareceu imediatamente a medida que a determinação dos EUA de prosseguir com a reorganização democrática da Coréia do Sul tornou-se evidente. No final a URSS rejeitou a fórmula que o conselheiro político soviético na Coréia do Norte havia trabalhado em conjunto com o Ministro Bunce como base para recomeçar a Comissão Conjunta.
Há, portanto, pouca perspectiva de que a decisão de Moscou possa ser realizada em um futuro próximo. Enquanto isso, embora a URSS tenha obtido a vantagem inicial com a sovieticalização imediata de sua zona, certas vantagens de longo prazo estão do lado dos EUA. A grande maioria dos coreano em ambas as zonas são fervorosamente contrários a dominação pela URSS ou qualquer outra potência. Portanto, um governo democrático estável na Coréia do Sul, que contém dois terços da população teria a vantagem sobre o regime dominado pelos soviéticos na Coréia do Norte no caso de retirada simultânea das tropas americanas e soviética. A influência dos esquerdistas na Zona dos EUA deriva mais de manobras hábeis e dos desejo do Governo Militar para parecer parcial, do que de apoio popular. À medida que a administração passa para as mãos dos coreanos nativos, portanto, os esquerdistas presumivelmente perderão terreno desde que as forças dos EUA possam manter a ordem. Os desenvolvimentos no futuro imediato, portanto, dependem da manutenção da ordem na Coréia do Sul e do sucesso do estabelecimento de um governo sul coreano provisório. Se um progresso substancial ir nessa direção, talvez a URSS decida fazer concessões em um esforço para reunir a Comissão Conjunta a realizar a decisão de Moscou diante de um regime democrático na Coréia do sul de forma firme.

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