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ASPECTOS DO SEGUIMENTO CLÍNICO DO DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO INFANTIL Introdução • O neurodesenvolvimento é um processo ativo dividido em etapas (biológico, psicológico e social). Podemos avaliar outras características como habilidades motoras, cognitivas, linguagem, psicossociais. Sofre influências da gestação, específicas da criança, cuidados, condições socioeconômicas. • Promoção primeira infância → influência no desenvolvimento adulto. • O acompanhamento do desenvolvimento nos primeiros anos é uma tarefa essencial para: o Promoção à saúde → estimulação precoce. o Prevenção de agravos. o Identificação de atrasos DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor). • As crianças que necessitem de cuidados especializados podemos fazer uma boa avaliação, realizar diagnósticos diferenciais e tratamento/reabilitação adequada. Avaliação do desenvolvimento pelo exame neurológico infantil • Exame satisfatório é aconselhável que tenha os seguintes requisitos: o Ambiente em temperatura amena. o Criança acordada e sem choro. o Aproximadamente uma hora e meia após a mamada. • Sequência: o Sem despir a criança → primeiramente a cabeça e depois o que for possível. o Ao despir → princípio da manipulação mínima e orientação de Prechtl. ▪ Orientação de Prechtl: decúbito dorsal → sentado (puxando-o para sentar-se) → suspensão ventral/ereto (erguendo-o ereto com apoio plantar) e decúbito ventral. Em qualquer idade: • Devem estar presentes todos os reflexos miotáticos fásicos esperados para o adulto, bem como a semiologia completa dos q2 pares de nervos cranianos, e sensibilidades, com a ressalva das particularidades, e às vezes impossibilidades técnicas para obtenção deles, em cada idade. Até um mês de idade: • Olha para o rosto das pessoas que o observam. • Segue na horizontal, com os olhos, a luz de uma lanterna colocada a 30cm dos olhos. • Ao ouvir uma voz chamando-o, reage de algum modo (mudando o ritmo da respiração ou abrindo mais os olhos e demonstrando “atenção ou rodando a cabeça para um dos lados como se quisesse localizar a fonte do som”). • Colocado em DV, levanta a cabeça por alguns segundos. • Reflexos primitivos obrigatórios desde o nascimento (sucção, voracidade, preensão palmar, preensão plantar, moro, colocação, encurvamento do tronco, cutâneo plantar em extensão) e reflexos primitivos não obrigatórios (marcha, RTCMK, sustentação, arrastre, endireitamento). Três meses de idade: • Sorri reativamente. • Olha para as próprias mãos. • Junta as mãos. • Fica atento ao ouvir uma voz. • Colocado em DV apoia-se sobre os MMSS fletidos. • Desaparece o reflexo de marcha e tônico- cervical assimétrico. Quatro meses de idade: • Sons guturais (“AN GU”). • A cabeça fica firme quando colocado sentado. • Início de preensão palmar voluntária. Seis meses de idade: • Inicia sons vocálicos “AAAAA”. • Localiza com (molho de chaves), na altura dos ouvidos. • Em DV, estende os membros superiores e eleva o tórax. • Muda de decúbito. • Sentado, o tronco ainda cai para a frente e para os lados. • Apanha o objeto e passa para outra mão. • Reflexos primitivos ausentes, exceto o de preensão plantar e cutâneo-plantar em extensão. Oito meses de idade: • Alcança, olha, passa para a outra mão, e explora o objeto. Nove meses de idade: • Lalação: “BAA BAA BAA” “TAA TA TA”. • Localiza som ao lado e acima da cabeça (até 13 meses). • Sentado, fica sozinho, tronco ereto, sem cair. • Recusa aproximação de pessoas estranhas. • Descobre objeto que observa ser escondido ao seu alcance. Escala de Baylley • EUA – 1993: descrição inicial. o Diagnóstico evolutivo do desenvolvimento. o De um a 42 meses. • Revisões: o 1969. o 1993 (Baylley II). o 2006 (Baylley III): cometente, emergente, em risco. • Domínios: cognitivo, motor, linguístico, socioemocional e comportamento adaptativo. Escala de Denver II • 1967: descrição inicial: o Triagem rápida caso suspeito atraso de desenvolvimento. o Do nascimento aos 6 anos. • 125 itens: kit padronizado: o Aprovado/falho, recusa, não aplicável. • Domínios: funções motora (axial e apendicular), linguagem, aspectos pessoais e sociais. Vigilância do desenvolvimento Dados históricos • 1984 → Manuais do Ministério da Saúde: ficha de avaliação do desenvolvimento infantil. • 2002 → Caderneta de Saúde da Criança: sessão perguntas sobre os marcos de desenvolvimento. • 2005 → publicação do AIDPI: zero a 2 meses, 2 meses a 2 anos. • 2009 → CSC: Instrumento de vigilância do desenvolvimento infantil (zero a 36 meses). o Adaptação da Ficha de Acompanhamento do Desenvolvimento do Manual de Saúde da Criança (2002). o Classificação. o Tomada de decisão: conduta. • Informações: o Fatores de risco. o Opinião da mãe sobre o desenvolvimento do filho. o Perímetro cefálico. o Alterações fenotípicas. o Observações de posturas, comportamentos e reflexos.
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