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Instituição de Ensino Charles Babbage 2 Conteúdo PRINCIPIOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................................................................................................... 3 Introdução á Segurança do Trabalho ......................................................................................................................................... 3 Língua Portuguesa ................................................................................................................................................................... 10 Medicina do Trabalho I ............................................................................................................................................................. 19 Legislação e normas técnicas do trabalho ................................................................................................................................ 23 Organização Técnica Administrativa ........................................................................................................................................ 31 Psicologia Do Comportamento Humano ................................................................................................................................... 39 Introdução á informatica ........................................................................................................................................................... 48 Ingles Instrumental ................................................................................................................................................................... 51 SAÚDE E PREVENÇÃO DO TRABALHO ......................................................................................................................................... 55 Segurança na Construnção Cívil .................................................................................................................................................. 55 Normas Regulamentadoras em Segurança do trabalho ............................................................................................................... 62 Medicina do trabalho II ............................................................................................................................................................. 87 Prevenção e Combate a Incêndios ................................................................................................................................................... 95 Segurança Industrial ....................................................................................................................................................................... 107 Primeiros Socorros .......................................................................................................................................................................... 116 GESTÃO E MONITORAMENTO DO AMBIENTE O TRABALHO ................................................................................................... 124 Psicologia do Trabalho .................................................................................................................................................................... 124 Segurança no Meio Rural ................................................................................................................................................................ 127 Controle e Inspeção de Riscos ........................................................................................................................................................ 133 Educação Ambiental ....................................................................................................................................................................... 136 Técnicas em Treinamento em Gestão de Segurança do Trabalho ................................................................................................. 141 Semana de combate ao Tabagismo ................................................................................................................................................ 148 Ergonomia ....................................................................................................................................................................................... 149 Biossegurança ................................................................................................................................................................................. 149 Estatística Aplicada em Acidentes e Doenças ................................................................................................................................ 149 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942859 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942860 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942861 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942862 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942863 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942864 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942865 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942866 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942868 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942869 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942870 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942871 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942872 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942873 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942875 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942876 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942877 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942878 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942879 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942881file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942882 file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942883 Instituição de Ensino Charles Babbage 3 PRINCIPIOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO Nesta disciplina estaremos estudando a origem da Segurança do Trabalho, seus principais conceitos e aplicações. Você compreenderá os princípios a serem seguidos para que possamos desenvolver o trabalho seguro nas empresas. Histórico da segurança e saúde do trabalho Antecedentes Históricos Antes mesmo do advento histórico da Saúde Pública, ocorrido em 1854 – através da investigação epediomológica de Snow, que descobriu no poço de Broad Street o foco de epidemia da cólera que ameaçava Londres – já havia sugerido a ideia do que seria a Saúde Ocupacional, identificada em Leis do Parlamento Britânico que visavam proteger a saúde do trabalhador. No período de 1760 a 1830, ocorreu a advento da Revolução Industrial na Inglaterra, que deu grande impulso às industrias como conhecemos hoje. A revolução Industrial transformou totalmente as relações de trabalho existentes, pois naquela época praticamente só existia a figura do artesão ,que produzia seus produtos individualmente ou com alguns auxiliares e trocava seus produtos por outros, geralmente em um mercado público .Das máquinas domesticas e artesanais, criaram-se às máquinas complexas que exigiam volumosos investimentos de capital para sua aquisição e considerável mão de obra para o seu funcionamento, que foi recrutada indiscriminadamente entre homens e mulheres, crianças e velhos. O êxodo rural logo aconteceu e as relações entre capital e trabalho também iniciaram-se através de movimentos trabalhistas reivindicatórios. Pressionado, o Parlamento aprovou, em 1802, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabeleceu o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno e introduziu medidas de higiene nas fábricas. O não comprimento desta Lei, obrigou o Parlamento Britânico a criar, em 1833, a “Lei das Fábricas”, que estabeleceu a inspeção das fábricas, instituiu a idade mínima de 9 anos para o trabalho, proibiu o trabalho noturno aos menores de 18 anos e limitou a jornada de trabalho para 12 horas diárias e 69 horas por semana. Criou-se, em 1897, a inspetoria das Fábricas como órgão do Ministério do Trabalho Britânico, com o objetivo de realizar exames de saúde periódicos no trabalhador, além de propor a estudar doenças profissionais, principalmente nas fábricas pequenas ou desprovidas de serviços médicos. Paralelamente, em outros países europeus e nos Estados Unidos, adota-se uma legislação progressista em defesa da saúde do trabalhador. Em 1919, é fundada em Genebra, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), tendo como objetivo estudar, desenvolver, difundir e recomendar formas de relações de trabalho, sendo que o Brasil um dos seus fundadores e signatários (veremos adiante alguns dados relativos ao Brasil). No Brasil as regras de proteção à saúde do trabalhador somente vigoraram em 1943, com a Consolidação das Leis do Trabalho, a qual foi instrumento das ações protetivas de saúde e segurança da população trabalhadora. Ao longo do tempo foram surgindo melhorias, porém, somente em 1978 o TEM – Ministério do Trabalho e Emprego instituiu as Normas Regulamentadoras do Trabalho. Normas regulamentadoras As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NR’s, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança no trabalho no Brasil. Como anexos da Consolidação das Leis do Trabalho, são de observância obrigatória por todas as empresas. Atualmente existem 35 Normas Regulamentadoras: Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho Introdução á Segurança do Trabalho Instituição de Ensino Charles Babbage 4 Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis. Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval. Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura. Conceito de segurança do trabalho Denominamos a Segurança do Trabalho como um conjunto de medidas preventivas que visam a saúde, a integridade física e o bem-estar do trabalhador. Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores que podem transformar-se em agentes de acidentes dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos destacar os mais comuns: ferramentas de todos os tipos; máquinas em geral; fontes de calor; equipamentos móveis, veículos industriais, substâncias químicas em geral; vapores e fumos; gases e poeiras, andaimes e plataformas, pisos em geral e escadas fixas e portáteis. As causas, entretanto, poderão ser determinadas e eliminadas resultando na ausência de acidente ou na sua redução, como será explicado mais adiante quando forem abordados os Fatores de Acidentes. Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a integridade física dos trabalhadores será preservada além de serem evitados os danos materiais que envolvem máquinas, equipamentos e instalações que constituem um valioso Instituição de Ensino Charles Babbage 5 patrimônio dasempresas.Diante deste panorama temos os conceito de acidente de trabalho: Conceito legal: (de acordo com o artigo 19º da Lei n.º 8213 de 24 de julho de 1991). “Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Conceito prevencionista: “Acidente é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa lesão”. Levantamento das causas dos acidentes Três são os motivos que podem gerar a ocorrência de um acidente: ato inseguro, condição insegura e fator pessoal de insegurança. 1) Ato inseguro – é a violação (consciente) de procedimento consagrado como correto. São fatos comuns: a falta de uso de proteções individuais; a inutilização de equipamentos de segurança; o emprego incorreto de ferramentas ou o emprego de ferramentas com defeitos; o ajuste; a lubrificação e a limpeza de máquinas em movimento; a permanência debaixo de cargas suspensas; a permanência em pontos perigosos junto a máquinas ou passagens de veículos; a operação de máquinas em velocidade excessiva; a operação de máquinas sem que o trabalhador esteja habilitado ou que não tenha permissão; o uso de roupas que exponham a riscos; o desconhecimento de fogo; as correrias em escadarias e em outros locais perigosos; a utilização de escadas de mão sem a estabilidade necessária da manipulação de produtos químicos; o hábito de fumar em lugares onde há perigo. 2) Condição insegura - é o risco relativo a falta de planejamento do serviço e deficiências materiais no meio ambiente, tais como: Construção e instalações em que se localiza a empresa: - prédio com área insuficiente, pisos fracos e irregulares; - iluminação deficiente; - ventilação deficiente ou excessiva, instalações sanitárias impróprias e insuficientes; - excesso de ruídos e trepidações; - falta de ordem e de limpeza; - instalações elétricas impróprias ou com defeitos. Maquinaria: - localização imprópria das máquinas; - falta de proteção em móveis e pontos de operação; - máquinas com defeitos. Matéria-prima: - matéria-prima com defeito ou de má qualidade; - matéria-prima fora de especificação. Proteção do trabalhador: - proteção insuficiente ou totalmente ausente; - roupas não apropriadas; - calçado impróprio ou de falta de calçado; - equipamento de proteção com defeito. Produção: - cadência mal planejada; - velocidade excessiva; - má distribuição. Horários de trabalho: - esforços repetidos e prolongados; - má distribuição de horários e tarefas. 3) Fator pessoal de insegurança - é o que podemos chamar de “problemas pessoais do indivíduo” e que agindo sobre o trabalhador podem vir a provocar acidentes, como por exemplo: - Problemas de saúde não tratados; - Conflitos familiares; - Falta de interesse pela atividade que desempenha; - Alcoolismo; - Uso de substâncias tóxicas; - Falta de conhecimento; - Falta de experiência; - Desajustamento físico, mental ou emocional. A investigação de acidentes não poderá nunca ter aspecto punitivo, pois o objetivo maior não é “descobrir culpados”, mas sim causas que provocam o acidente, para que seja evitada sua repetição. Instituição de Ensino Charles Babbage 6 Consequências dos acidentes de trabalho Os acidentes de trabalho geram inúmeras consequências, dentre elas os gastos da empresa com o tempo de afastamento do funcionário após a ocorrência do acidente devido à reposição da mão de obra; os custos com atendimento médico ao acidentado; os danos materiais relativos à manutenção dos maquinários ou equipamentos envolvidos nos acidentes, os custos gerados à Previdência Social referente aos benefícios a serem pagos com auxílio doença, auxílio acidente, aposentadoria por invalidez, etc. Porém, certamente o mais afetado sempre é trabalhador que muitas vezes fica por longo período afastado de suas funções com sua saúde afetada e ganhos reduzidos. Além disso, a imagem da empresa fica associada a uma política frágil de saúde e segurança, agregando um conceito negativo aos seus produtos. serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho A Norma Regulamentadora 4 Institui o dimensionamento do SESMT -Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho conforme o grau de risco da atividade econômica principal e o número total de empregados do estabelecimento. NR 4 - Relaciona a necessidade dos serviços de Engenharia e Segurança do Trabalho ao Risco da Empresa e a Quantidade de Funcionários. Equipe Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho deverão ser integrados por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho. Competências a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija; c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea "a"; d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos; e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo- se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná- la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente; g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando- os em favor da prevenção; h) analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb; comissão interna de prevenção de acidentes - cipa Instituição de Ensino Charles Babbage 7 A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 3.214/78 baixada pelo Ministério do Trabalho. Objetivo Prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoçãoda saúde do trabalhador. Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Programa De Controle Médico E Saúde Ocupacional - Pcmso Saúde X Trabalho De uma forma geral, existem duas considerações importantes na relação trabalho e saúde dos funcionários: A capacidade funcional para realizar o trabalho, que pode ser afetada devido a problemas de saúde, como, por exemplo, redução da capacidade de executar um trabalho devido a problemas de coração ou redução da capacidade respiratória. A falta de saúde do trabalhador pode afetar a segurança tanto dele como dos outros envolvidos como, por exemplo, no caso de se operar máquinas perigosas. Para evitar todos esses riscos a legislação trabalhista torna-se cada vez mais rígida e exige um controle cada vez melhor da saúde e dos riscos a que os funcionários estão submetidos. Estes controles exigem uma equipe de pessoas trabalhando exclusivamente com este assunto, o que resulta em um volume de informações que exige tratamento informatizado para serem bem gerenciadas. PSMSO: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, instituído pela NR 7. Objetivo do PCMSO: Promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Diretrizes 1. O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo de saúde dos seus trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras (NRs - Portaria n° 3.214 de 8 de junho de 1978, CLT). 2. Deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade dos seus trabalhadores, através da análiseclínicoepidemiológica na abordagem entre saúde e o trabalho. 3. Terá caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos seus trabalhadores. 4. Será planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR’s. . Responsabilidades Compete ao empregador: a) Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO. c) Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador Instituição de Ensino Charles Babbage 8 indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as seguintes empresas: • Grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 25 (vinte e cinco) empregados; • Grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR-4, com até 10 (dez) empregados. Do desenvolvimento do pcmso O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos ocupacionais: a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. No exame médico admissional: Deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades; No exame médico periódico: Pode ser feito anualmente, a cada 2 anos, ou conforme a necessidade. No exame médico de retorno ao trabalho: Deverá ser realizada obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. No exame médico de mudança de função: Será obrigatoriamente realizada antes da data de mudança. “Entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.” No exame médico demissional: Será obrigatoriamente realizada até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: - 135 (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR-4 - 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR-4 Para cada exame médico realizado, previsto no item, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em duas vias. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, sendo sua cópia anexada no livro de atas daquela Comissão. Dos primeiros socorros Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. Equipamento De Proteção Individual Finalidade da Nr-6 Aprovada pela Portaria nº 25/2001. O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde. Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender a situações de emergência. Instituição de Ensino Charles Babbage 9 Venda De Epi A comercialização deve dar-se mediante o CA (Certificado de Aprovação) expedida pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho C.A. 6110. CA - Certificado de Aprovação Consiste em documento emitido pelo DNSST – (Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador), o qual atesta que o equipamento reúne condições de servir ao fim a que se presta. Além do C.A., o fabricante deverá apresentar o C.R.F.(Certificado de Registro de Fabricante), e o importador, o C.R.I. (Certificado de Registro de Importador), ambos também emitidos pelo DNSST. Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade: De 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO; Do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso; De 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data e também para EPI após a data (sendo este, renováveis por igual período) da publicação da NR 6, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPIterão sua aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo ser renovado até dezembro de 2007, quando se expirarão os prazos concedidos. Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006 Apresentação do EPI Apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA. Da competência do ministério do trabalho e emprego - mte Cabe ao Órgão Nacional: Cadastrar o fabricante ou importador de EPI; Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI; Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI; Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador; Fiscalizar a qualidade do EPI; Suspender o cadastramento da empresa Fabricante ou importadora; e, Cancelar a CA. Cabe ao órgão regional do MTE: Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; Recolher amostras de EPI; e, Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR. A empresa é obrigada: A fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento As seguintes situações: Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; Para atender a situações de emergência. Cabe ao empregador: Instituição de Ensino Charles Babbage 10 Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; Exigir seu uso; Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado a sua guarda e conservação; Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 Cabe ao Empregado: • Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; • Responsabilizar-se pela guarda e conservação; • Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; • Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Cabe ao fabricante e ao importador Cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; Solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II; Solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; Requerer nova CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA; Comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA; Programa 5s O Programa 5S é uma metodologia que consiste em realizar um planejamento de conduta nas organizações com o objetivo de promover a disciplina na empresa através de consciência e responsabilidade de todos de forma a tornar o ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo. • SEIRI Senso de Utilização • SEITON Senso de Ordenação • SEISSO Senso de Limpeza • SEIKETSU Senso de Saúde • SHITSUKE Senso de Autodisciplina Os principais benefícios da metodologia 5S são: 1. Maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por objetos. Só ficam no ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão; 2. Redução de despesas e melhor aproveitamento de materiais. A acumulação excessiva de materiais tende à degeneração; 3. Melhoria da qualidade de produtos e serviços; 4. Menos acidentes do trabalho; 5. Maior satisfação das pessoas com o trabalho. Nesta disciplina faremos o estudo da língua portuguesa, com o objetivo de capacitar a compreensão, para a interpretação e para a composição de textos. Linguagem Nosso universo social é repleto de símbolos. São placas, textos, objetos, gestos, imagens, etc. É por meio da linguagem que conseguimos relacionar esses símbolos para interagir com nossos semelhantes, refletir sobre a realidade, transmitir valores, conhecimento... Enfim, Língua Portuguesa Estude mais sobre os EPIS – Equipamento de Proteção Individual e suas aplicações em no nosso ambiente virtual: www.uniorka.com.br Instituição de Ensino Charles Babbage 11 relacionando símbolos, produzimos sentido. A linguagem se divide em não verbal e verbal. Linguagem não verbal Utiliza imagens para realizar a comunicação. Exemplos: sinais de trânsito, placas de sinalização, gestos, etc. Observe que a placa a baixo comunica algo mesmo sem utilizar palavras. Assim, essa placa de trânsito é um exemplo de texto não verbal. Linguagem verbal Comunica por meio de palavras escritas ou faladas. Exemplos: uma carta, um relatório, uma conversa pelo telefone, etc. Nesse exemplo, mesmo sendo uma placa de trânsito, observamos o uso da linguagem verbal. A informação foi passada por meio de palavras. Funções da Linguagem Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação. Elementos da comunicação Emissor - emite, codifica a mensagem; Receptor - recebe, decodifica a mensagem; Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor; Código - conjunto de signos usados na transmissão e recepção da mensagem; Referente - contexto relacionado a emissor e receptor; Canal - meio pelo qual circula a mensagem; Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação. Expressão oral A Expressão Oral é uma das formas pelas quais se opera a transmissão de ideias, aliás, sendo a mais comum. É também a forma em que as pessoas mais erram em termos de eficiência da comunicação. Trata-se da mensagem falada. Podemos dividir a palavra falada, ou expressão oral, em alguns tópicos principais, observe: Dicção A dicção, que consiste na “maneira de dizer ou falar com a articulação e modulação corretas” é algo que deve receber especial dedicação por parte daqueles que desejam se expressar melhor, pois a dicção, quando alcançada pelo Orador, torna a sua expressão oral mais compreensível, e: a) Aumenta a eficiência da argumentação do orador (pelo simples fato de que ele será bem mais compreendido); b) Cansa menos a plateia; c) Melhora a imagem do orador perante seus ouvintes. No que diz respeito ao último item (“c”), não é preciso muito para explicá-lo, vez que há aqueles cuja dicção é tão deficiente que passam, muitas vezes, como despreparados, o que nem sempre corresponde à realidade, pois existem pessoas que, a despeito de muito cultas, possuem problemas terríveis de dicção. A questão é, enquanto cultura é algo que pode levar muito tempo para ser percebida (na convivência profissional, política etc.), a má dicção leva apenas alguns segundos. Ora, e o que os ouvintes associam a uma expressão oral má, em geral, é uma formação cultural deficiente ou inferioridade intelectual. Portanto, uma pessoa com má dicção terá,conseqüentemente, problemas no que respeita à sua argumentação, pois encontrará barreiras à persuasão da platéia a que se dirige. E isto se dá em razão de ter a sua autoridade diminuída em face da associação que, como dito acima, os ouvintes fazem entre o intelecto e a expressão oral. Os erros mais comuns são: a) troca de “pr” por “p + vogal + r”. Ex.: precisa por “percisa”. b) omissão do “r” final ou vogal final. Ex.: Ao invés de vou buscar, usar “Vô buscá”. c) supressão de vogais internas: Ex.: leiteiro por “leitero”. d) erro de colocação de consoantes. Ex.: iogurte por “iorgute”. e) troca de consoantes. Ex.: Salsicha por “chalsicha” ou “chalchicha”. Vícios de linguagem Existem diversos vícios relativos ao vocabulário que, se não evitados, podem comprometer a mensagem do orador e, até, sua própria imagem. Dentre os principais há que destacar- se: Instituição de Ensino Charles Babbage 12 Uso de palavrão ou gíria:Um dos mais tolos enganos que um orador pode cometer é imaginar que, ao usar gírias ou palavrões irá se aproximar, ganhar intimidade com seus ouvintes. Pelo contrário, a experiência demonstra que o uso de tal “recurso” apenas diminui o respeito e a credibilidade em relação ao orador. Obscuridade: Trata-se do uso inapropriado de termos ou má colocação das palavras. Cacofonia: Diz respeito à construção frasal de má sonoridade. Ex.: “..um por cada...”, “...na boca dela”, “...gosto da cor vinho”, “...da vez passada”. Vejamos um belo exemplo: “Irritou-se por ver na bocadela a cor vinho na vez passada”. Pleonasmo: É a redundância dos termos. Ex.: “subir para cima”, “descer”. Chavões: São frases feitas, prontas, usadas freqüentemente pela população. O uso de chavões serve apenas como indicativo da falta de preparo do orador. É necessário evitá-los ao máximo. Ex.: “... o futebol é uma caixinha de surpresas...”/”... quanto mais eu rezo mais assombração me aparece...” Análise e interpretação de texo como ler e entender bem um texto Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. Noções de ortografia e gramática Pontuação Vírgula (,) Emprego da vírgula no período simples quando se trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos: 1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados: Ex. A maioria dos alunos, durante as férias, viajam. 2. Para isolar os objetos pleonásticos: Ex. Os meus amigos, sempre os respeito. 3. Para isolar o aposto explicativo: Ex. Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima. 4. Para isolar o vocativo: Ex. Alberto! Traga minhas calças até aqui! 5. para separar elementos coordenados: Ex. As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao convescote. Instituição de Ensino Charles Babbage 13 6.Para indicar a elipse do verbo: Ex. Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura) 7.Para separar, nas datas, o lugar: Ex. Londrina, 20 de novembro de 1996. 8. Para isolar conjunção coordenativa intercalada: Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei. 9.Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, melhor dizendo, quer dizer... Ex. Irei para Águas de Santa Brárbara, melhor dizendo, Bárbara. Emprego da vírgula no período composto Período composto por coordenação: as orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Ex. Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há verbas para viabilizá-los Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e só terão vírgula, quando o sujeito for diferente e quando o e aparecer repetido. Ex. Ela irá ao primeiro avião, e seus filhos no próximo. Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco. Período composto por subordinação Orações subordinadas substantivas: não se separam por vírgula. Ex. É evidente que o culpado é o mordomo. Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada por vírgula. Ex. Londrina, que é a terceira cidade do Sul do Brasil, é aprazibilíssima. Orações subordinadas adverbiais: sempre se separam por vírgula. Ex. Assim que chegarem as encomendas, começaremos a trabalhar. Ponto-e-vírgula (;) O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto. O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece. Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula: Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas: Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão, estamos sem nos ver. Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas: Ex. O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras durante o intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem. Para separar enumeração após dois pontos: Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras: - não fumar dentro do colégio; - não fazer algazarras na hora do intervalo; - respeitar os funcionários e os colegas; - trazer sempre o material escolar. Dois-pontos (:) Deve-se empregar esse sinal: Para iniciar uma enumeração: Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás. Para introduzir a fala de uma personagem: Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala-de-aula Diz: Essa moleza vai acabar! Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: Ex. Essa moleza vai acabar!:essas são as palavras do professor Luís. Reticências ( ... ) As reticências são empregadas: Para indicar umacerta indecisão, surpresa ou dúvida na fala da personagem: Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu? Para indicar que, num diálogo, a fala de uma personagem foi interrompida pela fala da outra: Ex.__Como todos já deram sua opinião... Uns momentos, presidente, ainda têm um assunto a tratar. Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase: Ex. Durante o ano ficou claro que o aluno que não atingisse 150 pontos seria reprovado; você atingiu 145, portanto... Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram exclusos: Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector) Instituição de Ensino Charles Babbage 14 Crase A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa, crase é a fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação visa a especificar principalmente a contração ou fusão da preposição a com os artigos definidos femininos (a, as) ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo, aquiloutro, aqueloutro . Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas: 01) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento grave indicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas. Ex. O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina. Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina. Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina. 02) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que indicar destino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase. Ex. Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto Alegre. Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia. Obs.: Não se esqueça do que foi estudado em Artigo. 03) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outra masculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase. Ex. Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao filme. Paguei à cabeleireira. Com crase, pois Paguei ao cabeleireiro. Respeito às regras. Sem crase, pois Respeito os regulamentos. Casos especiais 01) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de e à maneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorre crase. Ex. Fizemos um churrasco à gaúcha. Comemos bife à milanesa, frango à passarinho e espaguete à bolonhesa. Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente. 02) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo femininos, ocorre crase. Ex. à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, à esquerda, à vontade, à revelia ... 03) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase. Ex. à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, à proporção que... 04) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver a formação de locução prepositiva, ou seja, se não houver a preposição de, não ocorrerá crase. Ex. Reconheci-o a distância. Reconheci-o à distância de duzentos metros. 05)Diante do pronome relativo que ou da preposição de, quando for fusão da preposição a com o pronome demonstrativo a, as (= aquela, aquelas). Ex. Essa roupa é igual à que comprei ontem. Sua voz é igual à de um primo meu. 06) Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição a, ocorre crase. Ex. A cena à qual assisti foi chocante. (quem assiste assiste a algo) 07) Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase. Instituição de Ensino Charles Babbage 15 Ex. Referi-me a todas as alunas, sem exceção. Não gosto de ir a festas desacompanhadas. 08) Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, a não ser que cause ambigüidade. Ex. Preencheu o formulário a caneta. Paguei a vista minhas compras. Nota: Modernamente, alguns gramáticos estão admitindo crase diante de adjuntos adverbias de meio, mesmo não ocorrendo ambigüidade. 09) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo o uso do artigo, então, quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase. Ex. Referi-me a sua professora. Referi-me à sua professora. 10) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, portanto, caso haja substantivo feminino à frente, a ocorrência de crase será facultativa. Ex. Fui até a secretaria. Fui até à secretaria. 11) A palavra CASA: A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, portanto só ocorrerá crase diante da palavra casa nesse caso. Ex. Cheguei a casa antes de todos. Cheguei à casa de Ronaldo antes de todos. 12)A palavra TERRA: Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, conseqüentemente, quando houver a preposição a, ocorrerá a crase; significando chão firme, solo, só tem artigo, quando estiver especificada, portanto só nesse caso poderá ocorrer a crase. Ex. Os astronautas voltaram à Terra. Os marinheiros voltaram a terra. Irei à terra de meus avôs. Atenção Para Algumas Dificuldades Encontrados Na Língua Portuguesa Problemas Gerais da Língua Culta A intenção desta parte é fixar a forma certa de algumas palavras e expressões que sempre trazem dificuldades para o brasileiro em geral. Emprego de algumas palavras e expressões semelhantes: 1.Que e Quê *Que é pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva. *Quê é um substantivo (com o sentido de "alguma coisa"), interjeição (indicando surpresa, espanto) ou pronome em final de frase (imediatamente antes de ponto final, de interrogação ou de exclamação) Ex. Que você pretende, tratando-me dessa maneira? Você pretende o quê? Quê!? Quase me esqueço do nosso encontro. 2.Mas e Mais *Mas é uma conjunção adversativa, de mesmo valor que "porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto". * Mais é um advérbio de intensidade, mas também pode dar idéia de adição, acréscimo; tem sentido oposto a menos. Ex. Eu iria ao cinema, mas(porém) não tenho dinheiro. Ela é a mais (menos) bonita da escola. 3.Onde, Aonde e Donde * Onde significa "em que lugar". * Aonde significa "a que lugar". * Donde significa "de que lugar". Ex. Onde (em que lugar) você colocou minha carteira? Apostila de Português para Concursos. Aonde (a que lugar) você vai, menina? Donde (de que lugar) tu vieste? 5. Mal e Mau *Mal é advérbio, antônimo de "bem". *Mau é adjetivo, antônimo de "bom" Ex. Ele é um homem mau (não é bom); só pratica o mal (e não o bem). * Mal também é substantivo, podendo significar "doença, moléstia, aquilo que é prejudicial ou nocivo" Ex. O mal da sociedade moderna é a violência urbana. Instituição de Ensino Charles Babbage 16 6. A par e Ao par *A par é usado, no sentido de "estar bem informado", ter conhecimento". *Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores cambiais. Ex. Estou a par de todos os acontecimentos. O real está ao par do dólar. 6.Ao encontro de e De encontro a *Ao encontro de indica "ser favorável a", "ter posição convergente" ou "aproximar-se de". *De encontro a indica oposição, choque, colisão. Ex. Suas idéias vêm ao encontro das minhas, mas suas ações vão de encontro ao nosso acordo. (Suas idéias são tais quais as minhas, mas suas ações são contrárias ao nosso acordo). 7.Há e A na expressão de tempo *Há é usado para indicar tempo decorrido. *A é usado paraindicar tempo futuro. Ex. Ele partiu há duas semanas. Estamos a dois dias das eleições. 8.Acerca de, A cerca de e Há cerca de *Acerca de é locução prepositiva equivalente a "sobre, a respeito de". *A cerca de indica aproximação. *Há cerca de indica tempo decorrido. Ex. Estávamos falando acerca de política. Moro a cerca de 2 Km daqui. Estamos rompidos há cerca de dois meses. 9.Afim e A fim de * Afim é adjetivo equivalente a "igual, semelhante". * A fim de é locução prepositiva que indica finalidade. Ex. Nós temos vontades afins. Ela veio a fim de estudar seriamente. 10.Senão e Se não * Senão significa "caso contrário, a não ser". * Se não ocorre em orações subordinadas adverbiais condicionais; equivale a "caso não". Ex. Nada fazia senão reclamar. Estude bastante, senão não sairá sábado à noite. Se não estudar, não sairá sábado à noite. 11. Nós viemos e Nós vimos * Nós viemos é o verbo vir no pretérito perfeito do indicativo, ou seja, no passado. * Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo. Ex. Ontem, nós viemos procurá-lo, mas você não estava. Nós vimos aqui, agora, para conversar sobre nossos problemas. 12. Torcer por e Torcer para * Torcer por, pois o verbo torcer exige esta preposição. * Torcer para é usado, quando houver indicação de finalidade, equivalente a "para que", "a fim de que". Ex. Torço pelo Santos. Torço para que o Santos seja o campeão. 13. Desencargo e Descargo * Desencargo significa "desobrigação de um encargo, de um trabalho, de uma responsabilidade". * Descargo significa "alívio". Ex. Filho que se forma é mais um desencargo de família para o pai. Devolvi o dinheiro por descargo de consciência. 14. Sentar-se na mesa e Sentar-se à mesa * Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa. * Sentar-se à mesa significa sentar-se defronte à mesa. O mesmo ocorre com "estar ao computador ao telefone, ao portão, à janela ... Ex. Sentei-me ao computador para trabalhar. Sentei-me na mesa, pois não encontrei cadeira alguma. 15.Tilintar e tiritar * Tilintar significa "soar". * Tiritar significa "tremer de frio ou de medo". Ex. A campainha tilintava sem parar. O rapaz tiritava de frio. Instituição de Ensino Charles Babbage 17 16.Ao invés de e Em vez de * Ao invés de indica "oposição, situação contrária". * Em vez de indica "substituição, simples troca". Ex. Em vez de ir ao cinema, fui ao teatro. Descemos, ao invés de subir. 17.Estadia e Estada * Estadia é usado para veículos em geral. * Estada é usado para pessoas. Ex. Foi curta minha estada na cidade. Paguei a estadia de meu automóvel. 18.A domicílio e Em domicílio * A domicílio só se usa quando dá ideia de movimento. * Em domicílio se usa sem ideia de movimento. Ex. Enviarei a domicílio seus documentos. Fazemos entregas em domicílio Levaram a domicílio as compras. Damos aulas particulares em domicílio. 19.Estágio e Estádio * Estágio é preparação (profissional, escolar ..). * Estádio significa "época, fase, período". Ex. Estou no primeiro ano de estágio na empresa. Naquela época o país passava por um estádio de euforia. 20.Perca e Perda *Perca é verbo. *Perda é substantivo. Ex. _ Não perca a paciência, pois essa perda de gols não se repetirá, disse o jogador ao técnico. 21.Despercebido e Desapercebido * Despercebido significa "sem atenção". * Desapercebido significa "desprovido, desprevenido". Ex. O fato passou-me totalmente despercebido. Ele estava desapercebido de dinheiro. 22.Escutar e Ouvir * Escutar significa "estar atento para ouvir". * Ouvir significa "perceber pelo sentido da audição". Ex. Escutou, a tarde toda, as reclamações da esposa. Ao ouvir aquele som estranho, saiu em disparada. 23.Olhar e Ver * Olhar significa "estar atento para ver". * Ver significa "perceber pela visão". Ex. Quando olhou para o lado, nada viu, pois ele saíra de lá. 24.Haja vista e Hajam vista * Haja vista pode-se usar, havendo ou não a preposição a à frente, estando o substantivo posterior no singular ou no plural. * Hajam vista pode-se usar, quando não houver a preposição a à frente e quando o substantivo posterior estiver no plural. Ex. Haja vista aos problemas. Haja vista os problemas. Hajam vista os problemas. Redação técnica Na vida profissional as pessoas se deparam com a necessidade de desenvolverem textos técnicos, logo, para que você escreva uma redação técnica é necessário que certos processos sejam seguidos, como o tipo de linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a forma de iniciar e finalizar o texto, dentre outros.Texto científico é o texto que revela pesquisa e rigor científico, são as monografias , teses, artigos científicos.O texto técnico é o mais relativo às profissões, fundamental nas atividades empresariais, são as atas, memorandos, ofícios, requerimentos, circulares, entre outros formatos de textos. Dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de se ter os conhecimentos prévios para se fazer uma redação técnica é imprescindível!. A redação técnica engloba textos como: ata, circular, certificado, contrato, memorando, parecer, procuração, recibo, relatório, currículo. 1. Ata Utilização: registro resumido, porém claro e fiel, das ocorrências de uma reunião. Detalhes: • Não deve conter parágrafos. • Números por extenso e, para facilidade na leitura, podem ser repetidos em algarismos entre parêntesis. Instituição de Ensino Charles Babbage 18 • Escrito com caneta, sem rasura. A ata deverá ter Termo de Abertura e Termo de Encerramento: Termo de abertura Este livro contém cem folhas numeradas e rubricadas por mim, Fulano de Tal, e se destina ao registro de atas das reuniõesordinárias e extraordinárias do Condomínio do Edifício Sol e Mar. Termo de Encerramento: Eu, Fulano de Tal, presidente do conselho de moradores do Condomínio do Edifício Sol e Mar, declaro encerrado este livro de atas. Rio de Janeiro, 09 de março de 2002. (assinatura) b)A ata: é iniciada por um cabeçalho seguido da abertura, da legalidade, relação nominal, aprovação da ata anterior (se houver), desenvolvimento e fecho. 2. Requerimento Utilização: para solicitar autoridade pública algo que, ao menos supostamente, tenha amparo legal. Detalhes: • O texto deve ser bastante objetivo, redigido em 3ª pessoa. • A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No caso de estilo americano, todo o texto, o fecho e a data devem ser alinhados à margem esquerda. No estilo tradicional, o fecho e a data devem ser alinhados à direita. • Por conter muitas informações, é de bom tom que o texto não ultrapasse 6 ou 10 linhas, incluindo a identificação, exposição e justificativa. • Caso seja necessário anexar algum documento, o(s)anexo(s) deve(m) ser mencionado(s) no texto. Para um bom requerimento, basta esquematizá-lo, segundo os passos: (Destinatário/invocação) Requerente Identificação O que requer Justificativa (Amparo legal, se houver) (Localidade e data) (Assinatura) R a) Destinatário (invocação): deve conter o tratamento conveniente, o título ou o cargo do destinatário, sem citar o nome. Por uma questão de destaque, o destinário pode vir todo em letras maúsculas, mas não é obrigatório.MAGNÍFICO SR. SUB-REITOR DE GRADUAÇÃO DA UNINERJ. b) Texto: cerca de 7linhas abaixo do destinatário. Na datilografia, espaço 2; em digitação, espaço 1,5. NOME EIDENTIFICAÇÃO: informações necessárias completas (nacionalidade, estado civil, endereço, identidade, CPF, etc.). Exposição: descreve-se o que se está requerendo, com toda clareza possível. Justificativa: As razões pelas quais estárequerendo. Pode- se citar leis, ou indicar documentos que comprovem. c) Fecho: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar uma ou duas linhas. Não é obrigatório. Termos em que pede deferimento. Nesses termos, Pede deferimento. d) Data: cerca de 2 linhas do fecho (se houver), ou do texto. Deve ser completa. Rio de Janeiro, 12 de abril de 2002. e)Assinatura: cerca de 2 linhas da data. Não se coloca nome, pois os dados já constam no texto, nem há necessidade de linha. 3.Circular Para transmitir avisos, ordens, pedidos ou instruções, dar ciência de leis, decretos, portarias, etc. Detalhes: • Destina-se a uma ou mais de uma pessoa/órgão/empresa. No caso de mais de um Destinatário, todas as vias distribuídas devem ser iguais. • A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No caso de estilo americano, todo o texto, a data e a assinatura devem ser alinhados à margem esquerda. No estilo tradicional, devem ser centralizados. a) TIMBRE: impresso no alto do papel. Instituição de Ensino Charles Babbage 19 b)TÍTULO E NÚMERO: cerca de 3 linhas do timbre e no centro da folha. O número pode vir seguido do ano. c) DATA: a data deve estar próxima do título e número, ao lado ou abaixo, podendo se apresentar de várias formas: CIRCULAR Nº 01, DE 2 MARÇO DE 2002 CIRCULAR Nº 01 De 2 de março de 2002 CIRCULAR Nº 01/02 Rio de Janeiro, 2 de março de 2002. d) EMENTA (opcional): deve vir abaixo do título e data, cerca de três linhas. Ementa: Material de consumo. Ref.: Material de consumo. 4.Memorando Utilização: Para comunicação entre órgãos ou departamentos. Diferencia-se do Ofício apenas por este ser mais restrito e rigoroso que aquele quanto à forma e ao uso. Memorando também é chamado deCorrespondência Interna (CI) . Detalhes: • Existem 2 tipos de memorando:interno (para o mesmo departamento), ou externo (para outro departamento ou órgão/empresa). • Não há rigor quando ao formato, mas os elementos necessários (código e número, local e data, assunto, de / para, etc.) têm de ser mantidos em qualquer memorando. • Destina-se a uma ou mais de uma pessoa/órgão/departamento. No caso de mais de um destinatário, todas as vias distribuídas devem ser iguais. • A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No caso de estilo americano, todo o texto, a data e a assinatura devem ser alinhados à margem esquerda. No estilo tradicional, devem ser centralizados. a) Timbre: impresso no alto do papel. b) Código e Número: cerca de 3 linhas do timbre, e à esquerda da folha. O código é a sigla pela qual o setor/departamento é conhecido na empresa. O número pode vir seguido do ano. c) Localidade e Data: na mesma linha do código, na extrema direita. d) Ementa: deve vir abaixo do código e número, podendo vir na linha seguinte, ou a cerca de 3 linhas. DICOM-025/02 Rio de Janeiro, 10/05/02 Ref.: compra de material DICOM-025/02 Rio de Janeiro, 10/05/02 Assunto: compra de material. Nesta disciplina você conhecerá os agentes de riscos presentes nos ambientes de trabalho capazes de desenvolver doenças ocupacionais na população trabalhadora. Verá também as diversas formas de prevenção utilizadas no controle de doenças. Introdução a Medicina do Trabalho A Medicina do Trabalho – Um breve histórico, conceitos e objetivos. A exposição ocupacional ocasiona impactos à saúde dos trabalhadores, ao longo da história a Medicina Ocupacional foi objeto de estudo de cientistas que identificaram a relação entre as atividades e a saúde dos trabalhadores. Em 1556 Geuf Bauer publicou na Alemanha “De Re Metálica” que relata os aspectos da Saúde e Segurança dos trabalhadores durante a extração de minérios. Em 1700 Bernardino Ramazzini considerado o pai da “Medicina do Trabalho” publica na Itália os estudos realizados sobre a relação da saúde dos trabalhadores e as profissões, a obra “De MorbisArtificumDiatriba” - As Doenças dos Trabalhadores descreve mais de 100 profissões e os Medicina do Trabalho I Estude mais sobre redação técnica em: www.uniorka.com.br http://www.uniorka.com.br/ Instituição de Ensino Charles Babbage 20 riscos específicos de cada uma delas. Este relatório científico fundamentou a lista atual das doenças ocupacionais reconhecida pela OIT- Organização Internacional do Trabalho e adotada em diversos países, inclusive o Brasil. A Medicina do Trabalho ganha a sua maior aplicabilidade a partir da Revolução industrial, onde a mão de obra não estava preparada nem qualificada para assumir o ritmo da produção em massa da época. Não havia diretrizes de segurança e medicina no trabalho e as atividades eram responsáveis por inúmeros acidentes e doenças do trabalho. Da necessidade de se preservar a mão de obra, surge a Medicina do trabalho como a especialidade médica capaz promover um maior cuidado à saúde do trabalhador. Em 1954, a OIT convocou um grupo de especialistas para estudar as diretrizes gerais da organização de "Serviços Médicos do Trabalho", substituído, posteriormente por “Serviços de Medicina do Trabalho”. A década de 60 e 70 foi muito expressiva em número de acidentes do trabalho em nosso país, neste cenário foi oficializada a criação da FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, que trouxe diretrizes de Segurança e Saúde no Trabalho para o nosso processo de produção. O triste momento vivido pelo Brasil na década de 70 induziu a reforma na Legislação no Capítulo V da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, instituindo a obrigatoriedade das equipes técnicas multidisciplinares nos locais de trabalho. Na década de 70, o Brasil destaca-se como o “Campeão em Acidentes do Trabalho”, situação que a instituição das NRS – Normas Regulamentadoras do Trabalho, responsáveis por regulamentar o trabalho de forma a promover saúde e segurança ao trabalhador durante o desempenho de suas funções. Da Revolução Industrial aos dias de hoje, a Medicina do trabalho tornou-se a especialidade médica que vem contribuir de forma ainda mais completa para a promoção da saúde e bem estar do trabalhador. Para a contratação de funcionários as empresas atualmente contam com o Médico do Trabalho, profissional responsável por avaliar a aptidão dos profissionais para exercer uma determinada atividade, é ele quem determina se o trabalhador tem o estado de saúde ideal par assumir uma função específica. Após a contratação faz-se necessário ainda o monitoramento da saúde da população trabalhadora, através do controle da exposição aos riscos ocupacionais presentes nas atividades. O Médico do Trabalho participa deste controle através da instituição de programas de prevenção, muitos deles exigidos pela legislação, como o PCMCO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional, que reúne ações de avaliações médicas de aptidão para cada função existente na empresa, assim como o monitoramento da saúde dos trabalhadores no exercício de suas funções, contribuindo também com estratégias de controle de doenças no ambiente de trabalho através de exames complementares, programas de vacinação ocupacional, programas de educação e conscientização referentes à saúde do trabalhador. A aplicação da Medicina e Segurança do Trabalho vem crescendo juntamente com o desenvolvimento do nosso país, com o progresso na agricultura, na indústria, no comércio e serviços, e é fundamental no mercado competitivo, visto que o trabalhador saudável é capaz de produzir mais e melhor, aumentando a produtividade e a qualidade. O controle e redução de acidentes e doenças ocupacionais não deve ser somenteum conjunto de ações para atender a legislação, mas sim meta de empresas que buscam o crescimento econômico junto ao trabalho seguro e ambiente ocupacional saudável, entendendo os seus trabalhadores como o bem maior no seu processo produtivo. Proteção legal da saúde do trabalhador E alicerçada nos princípios da Declaração dos Direitos Humanos e Organização Internacional do Trabalho, a Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), artigo 6º e artigo 7º, incisos XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos trabalhadores, a saber: Art. 6° São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 64, de 2010) Art. 7° São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: ... XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Instituição de Ensino Charles Babbage 21 XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n° 20, de 1998) Art.200 - Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:(...) VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. É importante ressaltarque no Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais - da Constituição da República Federativa do Brasil garante a aplicação imediata das normas que tutelam a saúde do trabalhador, a saber: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. No que diz respeito aos tratados internacionais, estes também tem aplicação imediata tão logo seja incorporado ao nosso ordenamento jurídico, conforme o §2° e §3° do art. 5° da Constituição Federal, a saber: § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) A Constituição Federal no §3° do art. 39, estendeu aos servidores públicos civis alguns direitos sociais assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais, a saber: Art.39 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (...) § 3º - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no Art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Acrescentado pela EC-000.019-1998) E nos incisos XXII e XXIII do artigo 7° da Constituição Federal, vejamos: Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:(...) XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; No que se refere a fiscalização do fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho a Constituição Federal estabelece, em seu art. 21, XXIV, que compete à União organizar, manter e executar a inspeção do trabalho, a saber: Art.21 - Compete à União: (...) XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho; As doenças ocupacionais As doenças ocupacionais são doenças decorrentes do trabalho, estão diretamente ligadas às atividades e às condições em que o trabalho é desenvolvido. São exemplos de doenças ocupacionais as http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art5 http://www.dji.com.br/constituicao_federal/ec019.htm#Art.%205%C2%BA http://www.dji.com.br/constituicao_federal/ec019.htm#Art.%205%C2%BA Instituição de Ensino Charles Babbage 22 doenças do movimento, ligadas às atividades onde há movimentos repetitivos como a LER-Lesão por Esforço Repetitivo. Outro exemplo de doença ocupacional é o câncer de traquéia em trabalhadores de minas e refinações de níquel. Também há doenças pulmonares de origem ocupacional, como a asma, causada pela inalação de partículas, névoas, vapores ou gases nocivos. Podemos destacar também o estresse ocupacional, que pode ser desencadeado por pressões no trabalho, gerando doenças psíquicas como a depressão. Há uma série de doenças onde as mesmas são desencadeadas ou agravadas pelas atividades, sempre que houver a relação direta do dano à saúde do trabalhador e a atividade que este desempenha, trata-se de uma doença ocupacional. No primeiro tópico, vimos que a medicina do trabalho ao logo dos anos vem sendo objeto de estudo de pesquisadores que buscam descrever o impacto das atividades à saúde dos trabalhadores. Em 1700 a obra “De MorbisArtificumDiatriba” - As Doenças dos Trabalhadores, de Bernardino Ramazzini na Itália descreve mais de 100 profissões o os riscos relacionados a cada profissão. Ao longo do tempo o processo produtivo sofreu transformações, novas atividades e, conseqüentemente novos riscos foram inseridos no desenvolvimento do trabalho. Já sabido que as profissões podem comprometer a saúde do trabalhador, atualmente discutimos o risco de cada atividade, estudando formas de eliminar ou controlar estes riscos nos ambientes de trabalho, diminuindo assim os impactos à saúde dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho em condições desfavoráveis deve ser tratado, os riscos durante as atividades precisam ser identificados e posteriormente adotadas medidas de controle de riscos, diminuindo assim o índice de acidentes e doenças. O Ministério do Trabalho é o órgão de âmbito nacional responsável por fiscalizar as ações de Saúde e Segurança desenvolvidas pelas empresas, visto que estas estão obrigadas, segundo legislação vigente, a observar e resguardar a saúde dos seus trabalhadores. As ações de saúde e segurança, porém, não deve ser desenvolvida apenas com o objetivo de atender a legislação, a saúde do trabalhador precisa ser entendida dentro de um caráter humano de preservação da vida. A promoção da saúde e bem estar do trabalhador, através de programas prevenção e controle de acidentes e doenças, resultam em qualidade, produtividade e diminuição de custos para a empresa, entendo que as doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho geram a interrupção do trabalho, afastamentos, gastos com custos de acidentes e substituição de mão de obra, desmotivação entre os funcionários,
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