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Apostila de Segurança do trabalho

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Instituição de Ensino Charles Babbage 2 
 
Conteúdo 
 
 
PRINCIPIOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................................................................................................... 3 
Introdução á Segurança do Trabalho ......................................................................................................................................... 3 
Língua Portuguesa ................................................................................................................................................................... 10 
Medicina do Trabalho I ............................................................................................................................................................. 19 
Legislação e normas técnicas do trabalho ................................................................................................................................ 23 
Organização Técnica Administrativa ........................................................................................................................................ 31 
Psicologia Do Comportamento Humano ................................................................................................................................... 39 
Introdução á informatica ........................................................................................................................................................... 48 
Ingles Instrumental ................................................................................................................................................................... 51 
SAÚDE E PREVENÇÃO DO TRABALHO ......................................................................................................................................... 55 
Segurança na Construnção Cívil .................................................................................................................................................. 55 
Normas Regulamentadoras em Segurança do trabalho ............................................................................................................... 62 
Medicina do trabalho II ............................................................................................................................................................. 87 
Prevenção e Combate a Incêndios ................................................................................................................................................... 95 
Segurança Industrial ....................................................................................................................................................................... 107 
Primeiros Socorros .......................................................................................................................................................................... 116 
GESTÃO E MONITORAMENTO DO AMBIENTE O TRABALHO ................................................................................................... 124 
Psicologia do Trabalho .................................................................................................................................................................... 124 
Segurança no Meio Rural ................................................................................................................................................................ 127 
Controle e Inspeção de Riscos ........................................................................................................................................................ 133 
Educação Ambiental ....................................................................................................................................................................... 136 
Técnicas em Treinamento em Gestão de Segurança do Trabalho ................................................................................................. 141 
Semana de combate ao Tabagismo ................................................................................................................................................ 148 
Ergonomia ....................................................................................................................................................................................... 149 
Biossegurança ................................................................................................................................................................................. 149 
Estatística Aplicada em Acidentes e Doenças ................................................................................................................................ 149 
 
 
 
 
 
 
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file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942881file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942882
file://oceano/UNIORKA/SUPORTE/instal/Thiago%20Vaz/APOSTILAS%20PRONTAS/Tecnico%20Segurança%20do%20Trabalho/Apostila_Segurnça_do_Trabalho_2014.docx%23_Toc385942883
Instituição de Ensino Charles Babbage 3 
 
PRINCIPIOS DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO 
 
 
 
 
Nesta disciplina estaremos 
estudando a origem da Segurança do 
Trabalho, seus principais conceitos e 
aplicações. Você compreenderá os 
princípios a serem seguidos para que 
possamos desenvolver o trabalho seguro 
nas empresas. 
 
 
Histórico da segurança e saúde do trabalho 
 
Antecedentes Históricos 
Antes mesmo do advento histórico da Saúde Pública, 
ocorrido em 1854 – através da investigação epediomológica 
de Snow, que descobriu no poço de Broad Street o foco de 
epidemia da cólera que ameaçava Londres – já havia 
sugerido a ideia do que seria a Saúde Ocupacional, 
identificada em Leis do Parlamento Britânico que visavam 
proteger a saúde do trabalhador. No período de 1760 a 1830, 
ocorreu a advento da Revolução Industrial na Inglaterra, que 
deu grande impulso às industrias como conhecemos hoje. A 
revolução Industrial transformou totalmente as relações de 
trabalho existentes, pois naquela época praticamente só 
existia a figura do artesão ,que produzia seus produtos 
individualmente ou com alguns auxiliares e trocava seus 
produtos por outros, geralmente em um mercado público 
.Das máquinas domesticas e artesanais, criaram-se às 
máquinas complexas que exigiam volumosos investimentos 
de capital para sua aquisição e considerável mão de obra 
para o seu funcionamento, que foi recrutada 
indiscriminadamente entre homens e mulheres, crianças e 
velhos. 
O êxodo rural logo aconteceu e as relações entre 
capital e trabalho também iniciaram-se através de 
movimentos trabalhistas reivindicatórios. Pressionado, o 
Parlamento aprovou, em 1802, a “Lei de Saúde e Moral dos 
Aprendizes”, que estabeleceu o limite de 12 horas de 
trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno e introduziu 
medidas de higiene nas fábricas. O não comprimento desta 
Lei, obrigou o Parlamento Britânico a criar, em 1833, a “Lei 
das Fábricas”, que estabeleceu a inspeção das fábricas, 
instituiu a idade mínima de 9 anos para o trabalho, proibiu o 
trabalho noturno aos menores de 18 anos e limitou a jornada 
de trabalho para 12 horas diárias e 69 horas por semana. 
Criou-se, em 1897, a inspetoria das Fábricas como órgão do 
Ministério do Trabalho Britânico, com o objetivo de realizar 
exames de saúde periódicos no trabalhador, além de propor 
a estudar doenças profissionais, principalmente nas fábricas 
pequenas ou desprovidas de serviços médicos. 
Paralelamente, em outros países europeus e nos Estados 
Unidos, adota-se uma legislação progressista em defesa da 
saúde do trabalhador. 
Em 1919, é fundada em Genebra, a Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), tendo como objetivo estudar, 
desenvolver, difundir e recomendar formas de relações de 
trabalho, sendo que o Brasil um dos seus fundadores e 
signatários (veremos adiante alguns dados relativos ao 
Brasil). 
 
No Brasil as regras de proteção à saúde do 
trabalhador somente vigoraram em 1943, com a 
Consolidação das Leis do Trabalho, a qual foi instrumento 
das ações protetivas de saúde e segurança da população 
trabalhadora. Ao longo do tempo foram surgindo melhorias, 
porém, somente em 1978 o TEM – Ministério do Trabalho e 
Emprego instituiu as Normas Regulamentadoras do Trabalho. 
 
Normas regulamentadoras 
 
As Normas Regulamentadoras, também conhecidas 
como NR’s, regulamentam e fornecem orientações sobre 
procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e 
segurança no trabalho no Brasil. Como anexos da 
Consolidação das Leis do Trabalho, são de observância 
obrigatória por todas as empresas. Atualmente existem 35 
Normas Regulamentadoras: 
 Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais 
 Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia 
 Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição 
 Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
Introdução á Segurança do Trabalho 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 4 
 
 Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes 
 Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de 
Proteção Individual - EPI 
 Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional 
 Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações 
 Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção 
de Riscos Ambientais 
 Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em 
Instalações e Serviços em Eletricidade 
 Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, 
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
 Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho 
em Máquinas e Equipamentos 
 Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de 
Pressão 
 Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos 
 Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações 
Insalubres 
 Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações 
Perigosas 
 Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia 
 Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio 
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
 Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos 
 Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no 
Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis. 
 Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto 
 Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde 
Ocupacional na Mineração 
 Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra 
Incêndios 
 Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de 
Conforto nos Locais de Trabalho 
 Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais 
 Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança 
 Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria 
GM n.º 262, 29/05/2008 
 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho 
no MTB 
 Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e 
Penalidades 
 Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora 
de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
 Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora 
de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
 Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora 
de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura 
 Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no 
Trabalho em Estabelecimentos de Saúde 
 Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no 
Trabalho em Espaços Confinados 
 Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio 
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e 
Reparação Naval. 
 Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura. 
 
Conceito de segurança do trabalho 
 
Denominamos a Segurança do Trabalho como um 
conjunto de medidas preventivas que visam a saúde, a 
integridade física e o bem-estar do trabalhador. 
Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores 
que podem transformar-se em agentes de acidentes dos 
mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos destacar 
os mais comuns: ferramentas de todos os tipos; máquinas 
em geral; fontes de calor; equipamentos móveis, veículos 
industriais, substâncias químicas em geral; vapores e fumos; 
gases e poeiras, andaimes e plataformas, pisos em geral e 
escadas fixas e portáteis. 
As causas, entretanto, poderão ser determinadas e 
eliminadas resultando na ausência de acidente ou na sua 
redução, como será explicado mais adiante quando forem 
abordados os Fatores de Acidentes. 
Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a 
integridade física dos trabalhadores será preservada além de 
serem evitados os danos materiais que envolvem máquinas, 
equipamentos e instalações que constituem um valioso 
Instituição de Ensino Charles Babbage 5 
 
patrimônio dasempresas.Diante deste panorama temos os 
conceito de acidente de trabalho: 
Conceito legal: (de acordo com o artigo 19º da Lei n.º 
8213 de 24 de julho de 1991). 
“Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício do 
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou 
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho”. 
Conceito prevencionista: 
“Acidente é a ocorrência imprevista e indesejável, 
instantânea ou não, relacionada com o exercício do trabalho, 
que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo 
ou remoto dessa lesão”. 
 
Levantamento das causas dos acidentes 
Três são os motivos que podem gerar a ocorrência de um 
acidente: ato inseguro, condição insegura e fator pessoal 
de insegurança. 
1) Ato inseguro – é a violação (consciente) de procedimento 
consagrado como correto. 
São fatos comuns: a falta de uso de proteções individuais; a 
inutilização de equipamentos de segurança; o emprego 
incorreto de ferramentas ou o emprego de ferramentas com 
defeitos; o ajuste; a lubrificação e a limpeza de máquinas em 
movimento; a permanência debaixo de cargas suspensas; a 
permanência em pontos perigosos junto a máquinas ou 
passagens de veículos; a operação de máquinas em 
velocidade excessiva; a operação de máquinas sem que o 
trabalhador esteja habilitado ou que não tenha permissão; o 
uso de roupas que exponham a riscos; o desconhecimento 
de fogo; as correrias em escadarias e em outros locais 
perigosos; a utilização de escadas de mão sem a 
estabilidade necessária da manipulação de produtos 
químicos; o hábito de fumar em lugares onde há perigo. 
2) Condição insegura - é o risco relativo a falta de 
planejamento do serviço e deficiências materiais no meio 
ambiente, tais como: 
 
Construção e instalações em que se localiza a empresa: 
- prédio com área insuficiente, pisos fracos e irregulares; 
- iluminação deficiente; 
- ventilação deficiente ou excessiva, instalações sanitárias 
impróprias e insuficientes; 
- excesso de ruídos e trepidações; 
- falta de ordem e de limpeza; 
- instalações elétricas impróprias ou com defeitos. 
 
Maquinaria: 
- localização imprópria das máquinas; 
- falta de proteção em móveis e pontos de operação; 
- máquinas com defeitos. 
 
Matéria-prima: 
- matéria-prima com defeito ou de má qualidade; 
- matéria-prima fora de especificação. 
 
 Proteção do trabalhador: 
- proteção insuficiente ou totalmente ausente; 
- roupas não apropriadas; 
- calçado impróprio ou de falta de calçado; 
- equipamento de proteção com defeito. 
 
Produção: 
- cadência mal planejada; 
- velocidade excessiva; 
- má distribuição. 
 
Horários de trabalho: 
- esforços repetidos e prolongados; 
- má distribuição de horários e tarefas. 
 
3) Fator pessoal de insegurança - é o que podemos 
chamar de “problemas pessoais do indivíduo” e que agindo 
sobre o trabalhador podem vir a provocar acidentes, como 
por exemplo: 
- Problemas de saúde não tratados; 
- Conflitos familiares; 
- Falta de interesse pela atividade que desempenha; 
- Alcoolismo; 
- Uso de substâncias tóxicas; 
- Falta de conhecimento; 
- Falta de experiência; 
- Desajustamento físico, mental ou emocional. 
 
 A investigação de acidentes não poderá nunca ter 
aspecto punitivo, pois o objetivo maior não é “descobrir 
culpados”, mas sim causas que provocam o acidente, para 
que seja evitada sua repetição. 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 6 
 
Consequências dos acidentes de trabalho 
 
Os acidentes de trabalho geram inúmeras 
consequências, dentre elas os gastos da empresa com o 
tempo de afastamento do funcionário após a ocorrência do 
acidente devido à reposição da mão de obra; os custos com 
atendimento médico ao acidentado; os danos materiais 
relativos à manutenção dos maquinários ou equipamentos 
envolvidos nos acidentes, os custos gerados à Previdência 
Social referente aos benefícios a serem pagos com auxílio 
doença, auxílio acidente, aposentadoria por invalidez, etc. 
Porém, certamente o mais afetado sempre é trabalhador que 
muitas vezes fica por longo período afastado de suas funções 
com sua saúde afetada e ganhos reduzidos. 
Além disso, a imagem da empresa fica associada a uma 
política frágil de saúde e segurança, agregando um conceito 
negativo aos seus produtos. 
 
serviços especializados em engenharia de segurança e 
medicina do trabalho 
 
A Norma Regulamentadora 4 Institui o 
dimensionamento do SESMT -Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
conforme o grau de risco da atividade econômica principal e 
o número total de empregados do estabelecimento. 
 
NR 4 - Relaciona a necessidade dos serviços de 
Engenharia e Segurança do Trabalho ao Risco da 
Empresa e a Quantidade de Funcionários. 
 
Equipe 
 
Serviços especializados em engenharia de segurança e 
em medicina do trabalho deverão ser integrados por médico 
do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, 
enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho, 
auxiliar de enfermagem do trabalho. 
Competências 
 
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e 
de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os 
seus componentes, inclusive máquinas equipamentos, de 
modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde 
do trabalhador; 
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos 
para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, 
a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção 
Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6, 
desde que a concentração, a intensidade ou característica do 
agente assim o exija; 
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na 
implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da 
empresa, exercendo a competência disposta na alínea "a"; 
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto 
ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades 
executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos; 
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-
se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-
la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; 
f) promover a realização de atividades de conscientização, 
educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção 
de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto 
através de campanhas quanto de programas de duração 
permanente; 
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre 
acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-
os em favor da prevenção; 
h) analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos 
os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com 
ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, 
descrevendo a história e as características do acidente e/ou 
da doença ocupacional, os fatores ambientais, as 
características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) 
portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); 
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes 
do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de 
insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos 
nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e 
VI, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo 
avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de 
Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, 
através do órgão regional do MTb; 
 
comissão interna de prevenção de acidentes - 
cipa 
 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 7 
 
A CIPA é regulamentada 
pela Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT) nos artigos 
162 a 165 e pela Norma 
Regulamentadora 5 (NR-5), 
contida na portaria 3.214/78 
baixada pelo Ministério do 
Trabalho. 
Objetivo 
 
Prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, 
de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho 
com a preservação da vida e a promoçãoda saúde do 
trabalhador. 
Seu papel mais importante é o de estabelecer uma 
relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e 
participativa, entre gerentes e empregados, em relação à 
forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre 
melhorar as condições de trabalho, visando a humanização 
do trabalho. 
Programa De Controle Médico E Saúde Ocupacional 
- Pcmso 
 
 
Saúde X Trabalho 
 
De uma forma geral, existem 
duas considerações importantes na 
relação trabalho e saúde dos 
funcionários: 
 A capacidade funcional para 
realizar o trabalho, que pode ser afetada devido a problemas 
de saúde, como, por exemplo, redução da capacidade de 
executar um trabalho devido a problemas de coração ou 
redução da capacidade respiratória. 
 A falta de saúde do trabalhador pode afetar a segurança 
tanto dele como dos outros envolvidos como, por exemplo, 
no caso de se operar máquinas perigosas. 
 
 Para evitar todos esses riscos a legislação trabalhista 
torna-se cada vez mais rígida e exige um controle cada vez 
melhor da saúde e dos riscos a que os funcionários estão 
submetidos. Estes controles exigem uma equipe de pessoas 
trabalhando exclusivamente com este assunto, o que resulta 
em um volume de informações que exige tratamento 
informatizado para serem bem gerenciadas. 
PSMSO: Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional, instituído pela NR 7. 
Objetivo do PCMSO: Promoção e preservação da saúde do 
conjunto dos seus trabalhadores. 
Diretrizes 
 
1. O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo das 
iniciativas da empresa no campo de saúde dos seus 
trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas 
demais Normas Regulamentadoras (NRs - Portaria n° 3.214 
de 8 de junho de 1978, CLT). 
2. Deverá considerar as questões incidentes sobre o 
indivíduo e a coletividade dos seus trabalhadores, através da 
análiseclínicoepidemiológica na abordagem entre saúde e o 
trabalho. 
3. Terá caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico 
precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, 
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da 
existência de casos de doenças profissionais ou danos 
irreversíveis à saúde dos seus trabalhadores. 
4. Será planejado e implantado com base nos riscos à 
saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas 
avaliações previstas nas demais NR’s. 
. 
Responsabilidades 
 
 Compete ao empregador: 
 
a) Garantir a elaboração e efetiva implementação do 
PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; 
b) Custear, sem ônus para o empregado, todos os 
procedimentos relacionados ao PCMSO. 
c) Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, 
da empresa, um coordenador responsável pela execução do 
PCMSO; 
d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico 
do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador 
Instituição de Ensino Charles Babbage 8 
 
indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, 
para coordenar o PCMSO; 
 
Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as 
seguintes empresas: 
• Grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR 4, com até 
25 (vinte e cinco) empregados; 
• Grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro 1 da NR-4, com até 
10 (dez) empregados. 
Do desenvolvimento do pcmso 
 
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização 
obrigatória dos exames médicos ocupacionais: 
a) admissional; 
b) periódico; 
c) de retorno ao trabalho; 
d) de mudança de função; 
e) demissional. 
 
No exame médico admissional: Deverá ser realizada antes 
que o trabalhador assuma suas atividades; 
 
No exame médico periódico: Pode ser feito anualmente, a 
cada 2 anos, ou conforme a necessidade. 
 
No exame médico de retorno ao trabalho: Deverá ser 
realizada obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho 
de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 
(trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza 
ocupacional ou não, ou parto. 
 
No exame médico de mudança de função: Será 
obrigatoriamente realizada antes da data de mudança. 
“Entende-se por mudança de função toda e qualquer 
alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que 
implique na exposição do trabalhador a risco diferente 
daquele a que estava exposto antes da mudança.” 
 
No exame médico demissional: Será obrigatoriamente 
realizada até a data da homologação, desde que o último 
exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de: 
- 135 (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau 
de risco 1 e 2, segundo o Quadro 1 da NR-4 
- 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, 
segundo o Quadro 1 da NR-4 
Para cada exame médico realizado, previsto no item, o 
médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 
duas vias. A primeira via do ASO ficará arquivada no local de 
trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou 
canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. 
A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue 
ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.O PCMSO 
deverá obedecer a um planejamento em que estejam 
previstas as ações de saúde a serem executadas durante o 
ano, devendo estas ser objeto de relatório anual.O relatório 
anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando 
existente na empresa, sendo sua cópia anexada no livro de 
atas daquela Comissão. 
Dos primeiros socorros 
 
Todo estabelecimento deverá estar equipado com 
material necessário à prestação de primeiros socorros, 
considerando-se as características da atividade 
desenvolvida; manter esse material guardado em local 
adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. 
Equipamento De Proteção Individual 
Finalidade da Nr-6 
Aprovada pela Portaria nº 
25/2001. O Equipamento 
de Proteção Individual - 
EPI é todo dispositivo ou 
produto, de uso individual 
utilizado pelo trabalhador, 
destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua 
segurança e a sua saúde. 
Conforme dispõe a Norma Regulamentadora 6, a 
empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam 
completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho 
ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas; 
 c) para atender a situações de emergência. 
Instituição de Ensino Charles Babbage 9 
 
Venda De Epi 
 
A comercialização deve dar-se mediante o CA 
(Certificado de Aprovação) expedida pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho 
do Ministério do Trabalho e Emprego. 
Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho 
C.A. 6110. 
 
 CA - Certificado de Aprovação 
 
Consiste em documento 
emitido pelo DNSST – 
(Departamento de Segurança 
e Saúde do Trabalhador), o 
qual atesta que o 
equipamento reúne condições 
de servir ao fim a que se 
presta. Além do C.A., o fabricante deverá apresentar o 
C.R.F.(Certificado de Registro de Fabricante), e o 
importador, o C.R.I. (Certificado de Registro de Importador), 
ambos também emitidos pelo DNSST. 
Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI 
terá validade: 
 De 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com 
laudos de ensaio que não tenham sua conformidade 
avaliada no âmbito do SINMETRO; 
 Do prazo vinculado à avaliação da conformidade no 
âmbito do SINMETRO, quando for o caso; 
 De 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data 
e também para EPI após a data (sendo este, renováveis 
por igual período) da publicação da NR 6, quando não 
existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, 
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para 
realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPIterão sua aprovação pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante 
apresentação e análise do Termo de Responsabilidade 
Técnica e da especificação técnica de fabricação, podendo 
ser renovado até dezembro de 2007, quando se expirarão 
os prazos concedidos. 
 
Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006 
Apresentação do EPI 
 
Apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, 
o nome comercial da empresa fabricante, o lote de 
fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI 
importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o 
número do CA. 
 
Da competência do ministério do trabalho e 
emprego - mte 
 
Cabe ao Órgão Nacional: 
 
 Cadastrar o fabricante ou importador de EPI; 
 Receber e examinar a documentação para emitir ou 
renovar o CA de EPI; 
 Estabelecer, quando necessário, os regulamentos 
técnicos para ensaios de EPI; 
 Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou 
importador; 
 Fiscalizar a qualidade do EPI; 
 Suspender o cadastramento da empresa 
 Fabricante ou importadora; e, 
 Cancelar a CA. 
 
Cabe ao órgão regional do MTE: 
 
Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a 
qualidade do EPI; 
Recolher amostras de EPI; e, 
Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades 
cabíveis pelo descumprimento desta NR. 
 
A empresa é obrigada: 
 
A fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado 
ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento 
As seguintes situações: 
 
 Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam 
completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho 
ou de doenças profissionais e do trabalho; 
 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas; 
 Para atender a situações de emergência. 
 
 
Cabe ao empregador: 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 10 
 
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; 
 Exigir seu uso; 
 Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão 
nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho; 
 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado a sua 
guarda e conservação; 
 Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
 Responsabilizar-se pela higienização e manutenção 
periódica; 
 Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 
Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser 
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. 
 
Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 
Cabe ao Empregado: 
 
• Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
• Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne 
impróprio para uso; 
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso 
adequado. 
 
Cabe ao fabricante e ao importador 
 
Cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; 
Solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II; 
Solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando 
vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional 
competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; 
Requerer nova CA, de acordo com o ANEXO II, quando 
houver alteração das especificações do equipamento 
aprovado; 
Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI 
que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA; 
Comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador 
de CA; 
 
Programa 5s 
 
O Programa 5S é uma 
metodologia que consiste em 
realizar um planejamento de conduta nas organizações com o 
objetivo de promover a disciplina na empresa através de 
consciência e responsabilidade de todos de forma a tornar o 
ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo. 
• SEIRI Senso de Utilização 
• SEITON Senso de Ordenação 
• SEISSO Senso de Limpeza 
• SEIKETSU Senso de Saúde 
• SHITSUKE Senso de Autodisciplina 
 
Os principais benefícios da metodologia 5S são: 
1. Maior produtividade pela redução da perda de tempo 
procurando por objetos. Só ficam no ambiente os objetos 
necessários e ao alcance da mão; 
2. Redução de despesas e melhor aproveitamento de 
materiais. A acumulação excessiva de materiais tende à 
degeneração; 
3. Melhoria da qualidade de produtos e serviços; 
4. Menos acidentes do trabalho; 
5. Maior satisfação das pessoas com o trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 Nesta disciplina 
faremos o estudo da língua 
portuguesa, com o objetivo 
de capacitar a 
compreensão, para a 
interpretação e para a 
composição de textos. 
 
Linguagem 
 
 Nosso universo social é repleto de símbolos. São 
placas, textos, objetos, gestos, imagens, etc. É por meio da 
linguagem que conseguimos relacionar esses símbolos 
para interagir com nossos semelhantes, refletir sobre a 
realidade, transmitir valores, conhecimento... Enfim, 
Língua Portuguesa 
 
Estude mais sobre os EPIS – Equipamento de 
Proteção Individual e suas aplicações em 
no nosso ambiente virtual: 
www.uniorka.com.br 
 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 11 
 
relacionando símbolos, produzimos sentido. A linguagem se 
divide em não verbal e verbal. 
 
Linguagem não verbal 
 
 Utiliza imagens para realizar a comunicação. 
Exemplos: sinais de trânsito, placas de sinalização, gestos, 
etc. Observe que a placa a baixo comunica algo mesmo 
sem utilizar palavras. Assim, essa placa de trânsito é um 
exemplo de texto não verbal. 
 
Linguagem verbal 
 
 Comunica por meio de palavras escritas ou faladas. 
Exemplos: uma carta, um relatório, uma conversa pelo 
telefone, etc. Nesse exemplo, mesmo sendo uma placa de 
trânsito, observamos o uso da linguagem verbal. A 
informação foi passada por meio de palavras. 
 
Funções da Linguagem 
 
 Para melhor compreensão das funções de linguagem, 
torna-se necessário o estudo dos elementos da 
comunicação. 
 
Elementos da comunicação 
 
Emissor - emite, codifica a mensagem; 
Receptor - recebe, decodifica a mensagem; 
Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor; 
Código - conjunto de signos usados na transmissão e 
recepção da mensagem; 
Referente - contexto relacionado a emissor e receptor; 
 Canal - meio pelo qual circula a mensagem; 
 
Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também 
referentes e exercem influência sobre a comunicação. 
 
Expressão oral 
 
 A Expressão Oral é uma das formas pelas quais se 
opera a transmissão de ideias, aliás, sendo a mais comum. 
É também a forma em que as pessoas mais erram em 
termos de eficiência da comunicação. Trata-se da 
mensagem falada. Podemos dividir a palavra falada, ou 
expressão oral, em alguns tópicos principais, observe: 
 
Dicção 
 
 A dicção, que consiste na “maneira de dizer ou falar 
com a articulação e modulação corretas” é algo que deve 
receber especial dedicação por parte daqueles que desejam 
se expressar melhor, pois a dicção, quando alcançada pelo 
Orador, torna a sua expressão oral mais compreensível, e: 
 
a) Aumenta a eficiência da argumentação do orador (pelo 
simples fato de que ele será bem mais compreendido); 
 
b) Cansa menos a plateia; 
 
c) Melhora a imagem do orador perante seus ouvintes. 
 
No que diz respeito ao último item (“c”), não é preciso 
muito para explicá-lo, vez que há aqueles cuja dicção é tão 
deficiente que passam, muitas vezes, como despreparados, o 
que nem sempre corresponde à realidade, pois existem 
pessoas que, a despeito de muito cultas, possuem problemas 
terríveis de dicção. A questão é, enquanto cultura é algo que 
pode levar muito tempo para ser percebida (na convivência 
profissional, política etc.), a má dicção leva apenas alguns 
segundos. Ora, e o que os ouvintes associam a uma 
expressão oral má, em geral, é uma formação cultural 
deficiente ou inferioridade intelectual. 
Portanto, uma pessoa com má dicção terá,conseqüentemente, problemas no que respeita à sua 
argumentação, pois encontrará barreiras à persuasão da 
platéia a que se dirige. E isto se dá em razão de ter a sua 
autoridade diminuída em face da associação que, como dito 
acima, os ouvintes fazem entre o intelecto e a expressão oral. 
Os erros mais comuns são: 
a) troca de “pr” por “p + vogal + r”. Ex.: precisa por “percisa”. 
b) omissão do “r” final ou vogal final. Ex.: Ao invés de vou 
buscar, usar “Vô buscá”. 
c) supressão de vogais internas: Ex.: leiteiro por “leitero”. 
d) erro de colocação de consoantes. Ex.: iogurte por “iorgute”. 
e) troca de consoantes. Ex.: Salsicha por “chalsicha” ou 
“chalchicha”. 
 
Vícios de linguagem 
 
 Existem diversos vícios relativos ao vocabulário que, se 
não evitados, podem comprometer a mensagem do orador e, 
até, sua própria imagem. Dentre os principais há que destacar-
se: 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 12 
 
Uso de palavrão ou gíria:Um dos mais tolos enganos que um 
orador pode cometer é imaginar que, ao usar gírias ou 
palavrões irá se aproximar, ganhar intimidade com seus 
ouvintes. Pelo contrário, a experiência demonstra que o uso 
de tal “recurso” apenas diminui o respeito e a credibilidade em 
relação ao orador. 
 
Obscuridade: Trata-se do uso inapropriado de termos ou má 
colocação das palavras. 
 
Cacofonia: Diz respeito à construção frasal de má 
sonoridade. 
Ex.: “..um por cada...”, “...na boca dela”, “...gosto da cor vinho”, 
“...da vez passada”. Vejamos um belo exemplo: “Irritou-se por 
ver na 
bocadela a cor vinho na vez passada”. 
 
Pleonasmo: É a redundância dos termos. Ex.: “subir para 
cima”, “descer”. 
Chavões: São frases feitas, prontas, usadas freqüentemente 
pela população. O uso de chavões serve apenas como 
indicativo da falta de preparo do orador. É necessário evitá-los 
ao máximo. 
Ex.: “... o futebol é uma caixinha de surpresas...”/”... quanto 
mais eu rezo mais assombração me aparece...” 
 
 
Análise e interpretação de texo 
 
como ler e entender bem um texto 
 
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de 
leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. 
A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o 
primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se 
informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o 
próximo nível de leitura. Durante a interpretação 
propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens 
importantes, bem como usar uma palavra para resumir a 
idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento 
aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. 
Não se pode desconsiderar que, embora a 
interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve 
ser a captação da essência do texto, a fim de responder às 
interpretações que a banca considerou como pertinentes. 
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação 
daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e 
manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não 
houver esta visão global dos momentos literários e dos 
escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não 
se podem dispensar as dicas que aparecem na referência 
bibliográfica da fonte e na identificação do autor. 
A última fase da interpretação concentra-se nas 
perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais 
marcações de palavras como não, exceto, errada, 
respectivamente etc. que fazem diferença na escolha 
adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o 
conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor 
ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode 
estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada 
como gabarito pela banca examinadora por haver alternativa 
mais completa. 
Ainda cabe ressaltar que algumas questões 
apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a 
base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo 
que aparentemente pareça ser perda de tempo. A 
descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são 
também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. 
Leia a frase anterior e a posterior para ter idéia do sentido 
global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será 
mais consciente e segura. 
 
 
Noções de ortografia e gramática 
 
 
Pontuação 
 
Vírgula (,) Emprego da vírgula no período simples quando se 
trata de separar termos de uma mesma oração, deve-se usar 
a vírgula nos seguintes casos: 
1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados: 
Ex. A maioria dos alunos, durante as férias, viajam. 
 
2. Para isolar os objetos pleonásticos: 
Ex. Os meus amigos, sempre os respeito. 
 
3. Para isolar o aposto explicativo: 
Ex. Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil, é 
aprazibilíssima. 
4. Para isolar o vocativo: 
Ex. Alberto! Traga minhas calças até aqui! 
 
5. para separar elementos coordenados: 
Ex. As crianças, os pais, os professores e os diretores irão ao 
convescote. 
Instituição de Ensino Charles Babbage 13 
 
 
6.Para indicar a elipse do verbo: 
Ex. Ela prefere filmes românticos; o namorado, de aventura. 
(o namorado prefere filmes de aventura) 
 
7.Para separar, nas datas, o lugar: 
Ex. Londrina, 20 de novembro de 1996. 
 
8. Para isolar conjunção coordenativa intercalada: 
Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei. 
 
9.Para isolar as expressões explicativas isto é, a saber, 
melhor dizendo, quer dizer... 
Ex. Irei para Águas de Santa Brárbara, melhor dizendo, 
Bárbara. Emprego da vírgula no período composto 
Período composto por coordenação: as orações 
coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. 
Ex. Todos gostamos de seus projetos, no entanto não há 
verbas para viabilizá-los 
 
Nota: as orações coordenadas aditivas iniciadas pela 
conjunção e só terão vírgula, quando o sujeito for diferente e 
quando o e aparecer repetido. 
Ex. Ela irá ao primeiro avião, e seus filhos no próximo. 
Ele gritava, e pulava, e gesticulava como um louco. 
Período composto por subordinação 
 
Orações subordinadas substantivas: não se separam por 
vírgula. Ex. É evidente que o culpado é o mordomo. 
Orações subordinadas adjetivas: só a explicativa é separada 
por vírgula. Ex. Londrina, que é a terceira cidade do Sul do 
Brasil, é aprazibilíssima. 
 
Orações subordinadas adverbiais: sempre se separam por 
vírgula. Ex. Assim que chegarem as encomendas, 
começaremos a trabalhar. 
 
Ponto-e-vírgula (;) 
 
 O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais 
longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto. 
O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do 
contexto em que ele aparece. Podem-se seguir as seguintes 
orientações para empregar o ponto-e-vírgula: 
Para separar duas orações coordenadas que já 
contenham vírgulas: 
 
Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha 
antiga namorada; no entanto, desde o último verão, estamos 
sem nos ver. Para separar duas orações coordenadas, 
quando elas são longas: 
 
Ex. O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos 
que não serão permitidas brincadeiras durante o intervalo nos 
corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem. 
 
Para separar enumeração após dois pontos: 
 
Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras: 
- não fumar dentro do colégio; 
- não fazer algazarras na hora do intervalo; 
- respeitar os funcionários e os colegas; 
- trazer sempre o material escolar. 
 
Dois-pontos (:) 
 
Deve-se empregar esse sinal: Para iniciar uma enumeração: 
Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, 
tapetes e sofás. Para introduzir a fala de uma personagem: 
Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala-de-aula 
Diz: Essa moleza vai acabar! 
Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: 
Ex. Essa moleza vai acabar!:essas são as palavras do 
professor Luís. 
 
 
Reticências ( ... ) 
 
As reticências são empregadas: Para indicar umacerta 
indecisão, surpresa ou dúvida na fala da personagem: 
Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu? 
 
Para indicar que, num diálogo, a fala de uma 
personagem foi interrompida pela fala da outra: 
Ex.__Como todos já deram sua opinião... 
 
Uns momentos, presidente, ainda têm um assunto a 
tratar. 
Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido 
na frase: Ex. Durante o ano ficou claro que o aluno que não 
atingisse 150 pontos seria reprovado; você atingiu 145, 
portanto... 
Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto 
foram exclusos: Ex. "No momento em que a tia foi pagar a 
conta, Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector) 
Instituição de Ensino Charles Babbage 14 
 
 
Crase 
 
 A palavra crase provém do grego (krâsis) e significa 
mistura. Na língua portuguesa, crase é a fusão de duas 
vogais idênticas, mas essa denominação visa a especificar 
principalmente a contração ou fusão da preposição a com os 
artigos definidos femininos (a, as) ou com os pronomes 
demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo, aquiloutro, 
aqueloutro . 
Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três 
regras básicas: 
 
01) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto 
nunca use o acento grave indicativo de crase 
diante de palavras que não sejam femininas. 
 
Ex. O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra 
feminina. 
Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra 
feminina. 
Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar 
não é palavra feminina. 
 
02) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, 
vir, voltar, chegar, cair, comparecer, 
dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique 
procedência (vir, voltar, chegar...); se, diante do 
que indicar procedência, surgir da, diante do que indicar 
destino, ocorrerá crase; caso contrário, não 
ocorrerá crase. 
 
Ex. Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto 
Alegre. Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia. 
Obs.: Não se esqueça do que foi estudado em Artigo. 
 
03) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a 
palavra feminina por outra masculina; se, diante da 
masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; caso 
contrário, não ocorrerá crase. 
 
Ex. Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao filme. 
Paguei à cabeleireira. Com crase, pois Paguei ao 
cabeleireiro. 
 
Respeito às regras. Sem crase, pois Respeito os 
regulamentos. 
 
Casos especiais 
 
01) Diante das palavras moda e maneira, das expressões 
adverbiais à moda de e à maneira de, mesmo 
que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, 
ocorre crase. 
Ex. Fizemos um churrasco à gaúcha. 
 
Comemos bife à milanesa, frango à passarinho e espaguete 
à bolonhesa. 
Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente. 
 
02) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo 
femininos, ocorre crase. 
 
Ex. à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, 
às tontas, à direita, à esquerda, à vontade, à 
revelia ... 
 
03) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre 
crase. 
Ex. à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à 
espera de, à medida que, à proporção que... 
 
04) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver 
a formação de locução prepositiva, ou seja, se não houver a 
preposição de, não ocorrerá crase. 
 
Ex. Reconheci-o a distância. 
Reconheci-o à distância de duzentos metros. 
 
05)Diante do pronome relativo que ou da preposição de, 
quando for fusão da preposição a com o pronome 
demonstrativo a, as (= aquela, aquelas). 
 
Ex. Essa roupa é igual à que comprei ontem. Sua voz é igual 
à de um primo meu. 
 
06) Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o 
verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição a, 
ocorre crase. 
 
Ex. A cena à qual assisti foi chocante. (quem assiste assiste 
a algo) 
 
07) Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no 
plural, não ocorre crase. 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 15 
 
Ex. Referi-me a todas as alunas, sem exceção. Não gosto de 
ir a festas desacompanhadas. 
 
08) Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, a não 
ser que cause ambigüidade. 
 
Ex. Preencheu o formulário a caneta. Paguei a vista minhas 
compras. 
 
Nota: Modernamente, alguns gramáticos estão admitindo 
crase diante de adjuntos adverbias de meio, mesmo não 
ocorrendo ambigüidade. 
 
09) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo 
o uso do artigo, então, quando houver a preposição a, será 
facultativa a ocorrência de crase. 
 
Ex. Referi-me a sua professora. Referi-me à sua professora. 
 
10) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição 
a, portanto, caso haja substantivo feminino à frente, a 
ocorrência de crase será facultativa. 
 
Ex. Fui até a secretaria. Fui até à secretaria. 
 
11) A palavra CASA: 
A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, 
portanto só ocorrerá crase diante da palavra casa nesse 
caso. 
Ex. Cheguei a casa antes de todos. Cheguei à casa de 
Ronaldo antes de todos. 
 
12)A palavra TERRA: 
 
Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, 
conseqüentemente, quando houver a preposição a, ocorrerá 
a crase; significando chão firme, solo, só tem artigo, quando 
estiver especificada, portanto só nesse caso poderá ocorrer a 
crase. 
Ex. Os astronautas voltaram à Terra. Os marinheiros 
voltaram a terra. Irei à terra de meus avôs. 
 
Atenção Para Algumas Dificuldades Encontrados Na 
Língua Portuguesa 
 
Problemas Gerais da Língua Culta 
A intenção desta parte é fixar a forma certa de algumas 
palavras e expressões que sempre trazem dificuldades para 
o brasileiro em geral. 
Emprego de algumas palavras e expressões 
semelhantes: 
 
1.Que e Quê 
 
*Que é pronome, conjunção, advérbio ou partícula expletiva. 
*Quê é um substantivo (com o sentido de "alguma coisa"), 
interjeição (indicando surpresa, espanto) ou pronome em final 
de frase (imediatamente antes de ponto final, de interrogação 
ou de exclamação) 
Ex. Que você pretende, tratando-me dessa maneira? 
Você pretende o quê? 
Quê!? Quase me esqueço do nosso encontro. 
 
 
2.Mas e Mais 
 
*Mas é uma conjunção adversativa, de mesmo valor que 
"porém, contudo, todavia, no entanto, 
entretanto". 
* Mais é um advérbio de intensidade, mas também pode 
dar idéia de adição, acréscimo; tem sentido oposto a menos. 
Ex. Eu iria ao cinema, mas(porém) não tenho dinheiro. 
Ela é a mais (menos) bonita da escola. 
 
3.Onde, Aonde e Donde 
 
* Onde significa "em que lugar". 
* Aonde significa "a que lugar". 
* Donde significa "de que lugar". 
 
Ex. Onde (em que lugar) você colocou minha carteira? 
Apostila de Português para Concursos. 
Aonde (a que lugar) você vai, menina? Donde (de que 
lugar) tu vieste? 
 
5. Mal e Mau 
 
*Mal é advérbio, antônimo de "bem". 
*Mau é adjetivo, antônimo de "bom" 
Ex. Ele é um homem mau (não é bom); só pratica o mal (e 
não o bem). 
* Mal também é substantivo, podendo significar "doença, 
moléstia, aquilo que é prejudicial ou nocivo" 
Ex. O mal da sociedade moderna é a violência urbana. 
Instituição de Ensino Charles Babbage 16 
 
 
6. A par e Ao par 
 
*A par é usado, no sentido de "estar bem informado", ter 
conhecimento". 
*Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores 
cambiais. 
Ex. Estou a par de todos os acontecimentos. O real está ao 
par do dólar. 
 
6.Ao encontro de e De encontro a 
 
*Ao encontro de indica "ser favorável a", "ter posição 
convergente" ou "aproximar-se de". 
 
*De encontro a indica oposição, choque, colisão. 
 
Ex. Suas idéias vêm ao encontro das minhas, mas suas 
ações vão de encontro ao nosso acordo. (Suas idéias são 
tais quais as minhas, mas suas ações são contrárias ao 
nosso acordo). 
 
7.Há e A na expressão de tempo 
 
*Há é usado para indicar tempo decorrido. 
*A é usado paraindicar tempo futuro. 
Ex. Ele partiu há duas semanas. Estamos a dois dias das 
eleições. 
 
8.Acerca de, A cerca de e Há cerca de 
 
*Acerca de é locução prepositiva equivalente a "sobre, a 
respeito de". 
*A cerca de indica aproximação. 
*Há cerca de indica tempo decorrido. 
 
Ex. Estávamos falando acerca de política. 
Moro a cerca de 2 Km daqui. 
Estamos rompidos há cerca de dois meses. 
 
9.Afim e A fim de 
 
* Afim é adjetivo equivalente a "igual, semelhante". 
* A fim de é locução prepositiva que indica finalidade. 
Ex. Nós temos vontades afins. 
Ela veio a fim de estudar seriamente. 
 
10.Senão e Se não 
 
* Senão significa "caso contrário, a não ser". 
* Se não ocorre em orações subordinadas adverbiais 
condicionais; equivale a "caso não". 
Ex. Nada fazia senão reclamar. 
Estude bastante, senão não sairá sábado à noite. 
Se não estudar, não sairá sábado à noite. 
 
11. Nós viemos e Nós vimos 
 
* Nós viemos é o verbo vir no pretérito perfeito do indicativo, 
ou seja, no passado. 
* Nós vimos é o verbo vir no presente do indicativo. 
Ex. Ontem, nós viemos procurá-lo, mas você não estava. 
Nós vimos aqui, agora, para conversar sobre nossos 
problemas. 
 
12. Torcer por e Torcer para 
 
* Torcer por, pois o verbo torcer exige esta preposição. 
* Torcer para é usado, quando houver indicação de 
finalidade, equivalente a "para que", "a fim de que". 
Ex. Torço pelo Santos. 
Torço para que o Santos seja o campeão. 
 
13. Desencargo e Descargo 
 
* Desencargo significa "desobrigação de um encargo, de um 
trabalho, de uma responsabilidade". 
* Descargo significa "alívio". 
Ex. Filho que se forma é mais um desencargo de família para 
o pai. Devolvi o dinheiro por descargo de consciência. 
 
14. Sentar-se na mesa e Sentar-se à mesa 
 
* Sentar-se na mesa significa sentar-se sobre a mesa. 
* Sentar-se à mesa significa sentar-se defronte à mesa. O 
mesmo ocorre com "estar ao computador ao telefone, ao 
portão, à janela ... 
Ex. Sentei-me ao computador para trabalhar. Sentei-me na 
mesa, pois não encontrei cadeira alguma. 
 
15.Tilintar e tiritar 
 
* Tilintar significa "soar". 
* Tiritar significa "tremer de frio ou de medo". 
Ex. A campainha tilintava sem parar. O rapaz tiritava de frio. 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 17 
 
16.Ao invés de e Em vez de 
 
* Ao invés de indica "oposição, situação contrária". 
* Em vez de indica "substituição, simples troca". 
Ex. Em vez de ir ao cinema, fui ao teatro. Descemos, ao 
invés de subir. 
 
17.Estadia e Estada 
 
* Estadia é usado para veículos em geral. 
* Estada é usado para pessoas. 
Ex. Foi curta minha estada na cidade. Paguei a estadia de 
meu automóvel. 
 
18.A domicílio e Em domicílio 
* A domicílio só se usa quando dá ideia de movimento. 
* Em domicílio se usa sem ideia de movimento. 
Ex. Enviarei a domicílio seus documentos. Fazemos entregas 
em domicílio Levaram a domicílio as compras. Damos aulas 
particulares em domicílio. 
 
19.Estágio e Estádio 
 
* Estágio é preparação (profissional, escolar ..). 
* Estádio significa "época, fase, período". 
Ex. Estou no primeiro ano de estágio na empresa. Naquela 
época o país passava por um estádio de euforia. 
 
20.Perca e Perda 
 
*Perca é verbo. 
*Perda é substantivo. 
Ex. _ Não perca a paciência, pois essa perda de gols não se 
repetirá, disse o jogador ao técnico. 
 
21.Despercebido e Desapercebido 
 
* Despercebido significa "sem atenção". 
* Desapercebido significa "desprovido, desprevenido". 
Ex. O fato passou-me totalmente despercebido. Ele estava 
desapercebido de dinheiro. 
 
22.Escutar e Ouvir 
 
* Escutar significa "estar atento para ouvir". 
* Ouvir significa "perceber pelo sentido da audição". 
Ex. Escutou, a tarde toda, as reclamações da esposa. Ao ouvir 
aquele som estranho, saiu em disparada. 
 
23.Olhar e Ver 
 
* Olhar significa "estar atento para ver". 
* Ver significa "perceber pela visão". 
Ex. Quando olhou para o lado, nada viu, pois ele saíra de lá. 
 
24.Haja vista e Hajam vista 
 
* Haja vista pode-se usar, havendo ou não a preposição a à 
frente, estando o substantivo posterior no singular ou no plural. 
* Hajam vista pode-se usar, quando não houver a preposição 
a à frente e quando o substantivo posterior estiver no plural. 
Ex. Haja vista aos problemas. Haja vista os problemas. Hajam 
vista os problemas. 
 
Redação técnica 
 
Na vida profissional as 
pessoas se deparam com a 
necessidade de 
desenvolverem textos técnicos, 
logo, para que você escreva 
uma redação técnica é 
necessário que certos processos sejam seguidos, como o 
tipo de linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a 
forma de iniciar e finalizar o texto, dentre outros.Texto 
científico é o texto que revela pesquisa e rigor científico, são 
as monografias , teses, artigos científicos.O texto técnico é o 
mais relativo às profissões, fundamental nas atividades 
empresariais, são as atas, memorandos, ofícios, 
requerimentos, circulares, entre outros formatos de textos. 
Dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de 
se ter os conhecimentos prévios para se fazer uma redação 
técnica é imprescindível!. A redação técnica engloba textos 
como: ata, circular, certificado, contrato, memorando, 
parecer, procuração, recibo, relatório, currículo. 
 
1. Ata 
 
Utilização: registro resumido, porém claro e fiel, das 
ocorrências de uma reunião. 
 
Detalhes: 
• Não deve conter parágrafos. 
• Números por extenso e, para facilidade na leitura, podem 
ser repetidos 
em algarismos entre parêntesis. 
Instituição de Ensino Charles Babbage 18 
 
• Escrito com caneta, sem rasura. 
 
A ata deverá ter Termo de Abertura e Termo de 
Encerramento: 
 
Termo de abertura 
Este livro contém cem folhas numeradas e rubricadas 
por mim, Fulano de Tal, e se destina ao registro de atas das 
reuniõesordinárias e extraordinárias do Condomínio do 
Edifício Sol e Mar. 
 
Termo de Encerramento: Eu, Fulano de Tal, presidente do 
conselho de moradores do Condomínio do Edifício Sol e 
Mar, declaro encerrado este livro de atas. Rio de Janeiro, 09 
de março de 2002. (assinatura) 
b)A ata: é iniciada por um cabeçalho seguido da abertura, da 
legalidade, relação nominal, aprovação da ata anterior (se 
houver), desenvolvimento e fecho. 
 
2. Requerimento 
Utilização: para solicitar autoridade pública algo que, ao 
menos supostamente, tenha amparo legal. 
 
Detalhes: 
• O texto deve ser bastante objetivo, redigido em 3ª pessoa. 
• A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem 
entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No caso de estilo 
americano, todo o texto, o fecho e a data devem ser alinhados 
à margem esquerda. No estilo tradicional, o fecho e a data 
devem ser alinhados à direita. 
• Por conter muitas informações, é de bom tom que o texto 
não ultrapasse 6 
ou 10 linhas, incluindo a identificação, exposição e justificativa. 
• Caso seja necessário anexar algum documento, o(s)anexo(s) 
deve(m) ser mencionado(s) no texto. 
 
Para um bom requerimento, basta esquematizá-lo, 
segundo os passos: 
 
 (Destinatário/invocação) 
 Requerente 
 Identificação 
 O que requer 
 Justificativa 
 (Amparo legal, se houver) 
 (Localidade e data) 
 (Assinatura) R 
 
a) Destinatário (invocação): deve conter o tratamento 
conveniente, o título ou o cargo do destinatário, sem citar o 
nome. Por uma questão de destaque, o destinário pode vir 
todo em letras maúsculas, mas não é obrigatório.MAGNÍFICO 
SR. SUB-REITOR DE GRADUAÇÃO DA UNINERJ. 
 
b) Texto: cerca de 7linhas abaixo do destinatário. Na 
datilografia, espaço 2; em digitação, espaço 1,5. 
NOME EIDENTIFICAÇÃO: informações necessárias 
completas (nacionalidade, estado civil, endereço, identidade, 
CPF, etc.). 
 
Exposição: descreve-se o que se está requerendo, com toda 
clareza possível. 
 
Justificativa: As razões pelas quais estárequerendo. Pode-
se citar leis, ou indicar documentos que comprovem. 
 
c) Fecho: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar 
uma ou duas linhas. Não é obrigatório. 
Termos em que pede deferimento. 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
 
d) Data: cerca de 2 linhas do fecho (se houver), ou do texto. 
Deve ser completa. Rio de Janeiro, 12 de abril de 2002. 
 
e)Assinatura: cerca de 2 linhas da data. Não se coloca 
nome, pois os dados já constam no texto, nem há 
necessidade de linha. 
 
3.Circular 
 
Para transmitir avisos, ordens, pedidos ou instruções, 
dar ciência de leis, decretos, portarias, etc. 
 
Detalhes: 
• Destina-se a uma ou mais de uma pessoa/órgão/empresa. 
No caso de mais de um Destinatário, todas as vias 
distribuídas devem ser iguais. 
• A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem 
entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No caso de 
estilo americano, todo o texto, a data e a assinatura devem 
ser alinhados à margem esquerda. No estilo tradicional, 
devem ser centralizados. 
 
a) TIMBRE: impresso no alto do papel. 
Instituição de Ensino Charles Babbage 19 
 
 
b)TÍTULO E NÚMERO: cerca de 3 linhas do timbre e no 
centro da folha. O número pode vir seguido do ano. 
 
c) DATA: a data deve estar próxima do título e número, ao 
lado ou abaixo, podendo se apresentar de várias formas: 
CIRCULAR Nº 01, DE 2 MARÇO DE 2002 
CIRCULAR Nº 01 
De 2 de março de 2002 
CIRCULAR Nº 01/02 Rio de Janeiro, 2 de março de 
2002. 
 
d) EMENTA (opcional): deve vir abaixo do título e data, 
cerca de três linhas. Ementa: Material de consumo. Ref.: 
Material de consumo. 
 
4.Memorando 
 
Utilização: Para comunicação entre órgãos ou 
departamentos. Diferencia-se do Ofício apenas por este ser 
mais restrito e rigoroso que aquele quanto à forma e ao uso. 
Memorando também é chamado deCorrespondência 
Interna (CI) . 
 
Detalhes: 
• Existem 2 tipos de memorando:interno (para o mesmo 
departamento), ou externo (para outro departamento ou 
órgão/empresa). 
• Não há rigor quando ao formato, mas os elementos 
necessários (código e número, local e data, assunto, de / 
para, etc.) têm de ser mantidos em qualquer memorando. 
• Destina-se a uma ou mais de uma 
pessoa/órgão/departamento. No caso de mais de um 
destinatário, todas as vias distribuídas devem ser iguais. 
• A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem 
entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No caso de 
estilo americano, todo o texto, a data e a assinatura devem 
ser alinhados à margem esquerda. No estilo tradicional, 
devem ser centralizados. 
 
a) Timbre: impresso no alto do papel. 
 
b) Código e Número: cerca de 3 linhas do timbre, e à 
esquerda da folha. O código é a sigla pela qual o 
setor/departamento é conhecido na empresa. O número pode 
vir seguido do ano. 
 
c) Localidade e Data: na mesma linha do código, na 
extrema direita. 
 
d) Ementa: deve vir abaixo do código e número, podendo vir 
na linha seguinte, ou a cerca de 3 linhas. DICOM-025/02 
Rio de Janeiro, 10/05/02 Ref.: compra de material 
DICOM-025/02 Rio de Janeiro, 10/05/02 Assunto: compra 
de material. 
 
 
 
 
 
Nesta disciplina você conhecerá os agentes de 
riscos presentes nos ambientes de trabalho capazes de 
desenvolver doenças 
ocupacionais na população 
trabalhadora. Verá também 
as diversas formas de 
prevenção utilizadas no 
controle de doenças. 
 
 
Introdução a Medicina do Trabalho 
 
A Medicina do Trabalho – Um breve histórico, 
conceitos e objetivos. A exposição ocupacional ocasiona 
impactos à saúde dos trabalhadores, ao longo da história a 
Medicina Ocupacional foi objeto de estudo de cientistas que 
identificaram a relação entre as atividades e a saúde dos 
trabalhadores. Em 1556 Geuf Bauer publicou na Alemanha 
“De Re Metálica” que relata os aspectos da Saúde e 
Segurança dos trabalhadores durante a extração de 
minérios. 
Em 1700 Bernardino Ramazzini considerado o pai da 
“Medicina do Trabalho” publica na Itália os estudos 
realizados sobre a relação da saúde dos trabalhadores e as 
profissões, a obra “De MorbisArtificumDiatriba” - As Doenças 
dos Trabalhadores descreve mais de 100 profissões e os 
Medicina do Trabalho I 
 
 
Estude mais sobre redação técnica em: 
www.uniorka.com.br 
http://www.uniorka.com.br/
Instituição de Ensino Charles Babbage 20 
 
riscos específicos de cada uma delas. Este relatório 
científico fundamentou a lista atual das doenças 
ocupacionais reconhecida pela OIT- Organização 
Internacional do Trabalho e adotada em diversos países, 
inclusive o Brasil. 
A Medicina do Trabalho ganha a sua maior 
aplicabilidade a partir da Revolução industrial, onde a mão de 
obra não estava preparada nem qualificada para assumir o 
ritmo da produção em massa da época. Não havia diretrizes 
de segurança e medicina no trabalho e as atividades eram 
responsáveis por inúmeros acidentes e doenças do trabalho. 
Da necessidade de se preservar a mão de obra, surge a 
Medicina do trabalho como a especialidade médica capaz 
promover um maior cuidado à saúde do trabalhador. Em 1954, 
a OIT convocou um grupo de especialistas para estudar as 
diretrizes gerais da organização de "Serviços Médicos do 
Trabalho", substituído, posteriormente por “Serviços de 
Medicina do Trabalho”. 
A década de 60 e 70 foi muito expressiva em número 
de acidentes do trabalho em nosso país, neste cenário foi 
oficializada a criação da FUNDACENTRO - Fundação Jorge 
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, que 
trouxe diretrizes de Segurança e Saúde no Trabalho para o 
nosso processo de produção. O triste momento vivido pelo 
Brasil na década de 70 induziu a reforma na Legislação no 
Capítulo V da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, 
instituindo a obrigatoriedade das equipes técnicas 
multidisciplinares nos locais de trabalho. Na década de 70, o 
Brasil destaca-se como o “Campeão em Acidentes do 
Trabalho”, situação que a instituição das NRS – Normas 
Regulamentadoras do Trabalho, responsáveis por 
regulamentar o trabalho de forma a promover saúde e 
segurança ao trabalhador durante o desempenho de suas 
funções. 
Da Revolução Industrial aos dias de hoje, a Medicina 
do trabalho tornou-se a especialidade médica que vem 
contribuir de forma ainda mais completa para a promoção da 
saúde e bem estar do trabalhador. Para a contratação de 
funcionários as empresas atualmente contam com o Médico 
do Trabalho, profissional responsável por avaliar a aptidão dos 
profissionais para exercer uma determinada atividade, é ele 
quem determina se o trabalhador tem o estado de saúde ideal 
par assumir uma função específica. Após a contratação faz-se 
necessário ainda o monitoramento da saúde da população 
trabalhadora, através do controle da exposição aos riscos 
ocupacionais presentes nas atividades. O Médico do Trabalho 
participa deste controle através da instituição de programas de 
prevenção, muitos deles exigidos pela legislação, como o 
PCMCO – Programa de Controle Médico e Saúde 
Ocupacional, que reúne ações de avaliações médicas de 
aptidão para cada função existente na empresa, assim como o 
monitoramento da saúde dos trabalhadores no exercício de 
suas funções, contribuindo também com estratégias de 
controle de doenças no ambiente de trabalho através de 
exames complementares, programas de vacinação 
ocupacional, programas de educação e conscientização 
referentes à saúde do trabalhador. 
 A aplicação da Medicina e Segurança do Trabalho 
vem crescendo juntamente com o desenvolvimento do nosso 
país, com o progresso na agricultura, na indústria, no comércio 
e serviços, e é fundamental no mercado competitivo, visto que 
o trabalhador saudável é capaz de produzir mais e melhor, 
aumentando a produtividade e a qualidade. O controle e 
redução de acidentes e doenças ocupacionais não deve ser 
somenteum conjunto de ações para atender a legislação, mas 
sim meta de empresas que buscam o crescimento econômico 
junto ao trabalho seguro e ambiente ocupacional saudável, 
entendendo os seus trabalhadores como o bem maior no seu 
processo produtivo. 
 
 
Proteção legal da saúde do trabalhador 
 
 E alicerçada nos princípios da Declaração dos 
Direitos Humanos e Organização Internacional do Trabalho, a 
Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos 
Sociais), artigo 6º e artigo 7º, incisos XXII, XXIII, XXVIII e 
XXXIII, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde 
dos trabalhadores, a saber: 
 
Art. 6° São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, 
a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n° 64, de 2010) 
Art. 7° São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
... 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio 
de normas de saúde, higiene e segurança; 
 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
 
Instituição de Ensino Charles Babbage 21 
 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de 
aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n° 20, de 1998) 
Art.200 - Ao sistema único de saúde compete, além de 
outras atribuições, nos termos da lei:(...) 
 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele 
compreendido o do trabalho. 
 É importante ressaltarque no Título II - Dos Direitos e 
Garantias Fundamentais - da Constituição da República 
Federativa do Brasil garante a aplicação imediata das normas 
que tutelam a saúde do trabalhador, a saber: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
(...) 
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
 
No que diz respeito aos tratados internacionais, estes 
também tem aplicação imediata tão logo seja incorporado ao 
nosso ordenamento jurídico, conforme o §2° e §3° do art. 5° 
da Constituição Federal, a saber: 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do regime 
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil 
seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos 
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes 
às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 A Constituição Federal no §3° do art. 39, estendeu 
aos servidores públicos civis alguns direitos sociais 
assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais, a saber: 
Art.39 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão conselho de política de 
administração e remuneração de pessoal, integrado por 
servidores designados pelos respectivos Poderes. (...) 
 
§ 3º - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo 
público o disposto no Art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, 
XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei 
estabelecer requisitos diferenciados de admissão 
quando a natureza do cargo o exigir. (Acrescentado pela 
EC-000.019-1998) 
E nos incisos XXII e XXIII do artigo 7° da Constituição 
Federal, vejamos: 
 
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social:(...) 
 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio 
de normas de saúde, higiene e segurança; 
 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
 
 No que se refere a fiscalização do fiel cumprimento 
das normas de proteção ao trabalho a Constituição Federal 
estabelece, em seu art. 21, XXIV, que compete à União 
organizar, manter e executar a inspeção do trabalho, a saber: 
 
Art.21 - Compete à União: 
(...) 
 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do 
trabalho; 
 
 
As doenças ocupacionais 
 
As doenças ocupacionais 
são doenças decorrentes do 
trabalho, estão diretamente 
ligadas às atividades e às 
condições em que o trabalho é 
desenvolvido. São exemplos de doenças ocupacionais as 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art5
http://www.dji.com.br/constituicao_federal/ec019.htm#Art.%205%C2%BA
http://www.dji.com.br/constituicao_federal/ec019.htm#Art.%205%C2%BA
Instituição de Ensino Charles Babbage 22 
 
doenças do movimento, ligadas às atividades onde há 
movimentos repetitivos como a LER-Lesão por Esforço 
Repetitivo. Outro exemplo de doença ocupacional é o 
câncer de traquéia em trabalhadores de minas e refinações 
de níquel. Também há doenças pulmonares de origem 
ocupacional, como a asma, causada pela inalação de 
partículas, névoas, vapores ou gases nocivos. Podemos 
destacar também o estresse ocupacional, que pode ser 
desencadeado por pressões no trabalho, gerando doenças 
psíquicas como a depressão. Há uma série de doenças 
onde as mesmas são desencadeadas ou agravadas pelas 
atividades, sempre que houver a relação direta do dano à 
saúde do trabalhador e a atividade que este desempenha, 
trata-se de uma doença ocupacional. 
No primeiro tópico, vimos que a medicina do 
trabalho ao logo dos anos vem sendo objeto de estudo de 
pesquisadores que buscam descrever o impacto das 
atividades à saúde dos trabalhadores. Em 1700 a obra “De 
MorbisArtificumDiatriba” - As Doenças dos Trabalhadores, 
de Bernardino Ramazzini na Itália descreve mais de 100 
profissões o os riscos relacionados a cada profissão. Ao 
longo do tempo o processo produtivo sofreu 
transformações, novas atividades e, conseqüentemente 
novos riscos foram inseridos no desenvolvimento do 
trabalho. Já sabido que as profissões podem comprometer 
a saúde do trabalhador, atualmente discutimos o risco de 
cada atividade, estudando formas de eliminar ou controlar 
estes riscos nos ambientes de trabalho, diminuindo assim 
os impactos à saúde dos trabalhadores. 
Um ambiente de trabalho em condições 
desfavoráveis deve ser tratado, os riscos durante as 
atividades precisam ser identificados e posteriormente 
adotadas medidas de controle de riscos, diminuindo assim 
o índice de acidentes e doenças. 
O Ministério do Trabalho é o órgão de âmbito 
nacional responsável por fiscalizar as ações de Saúde e 
Segurança desenvolvidas pelas empresas, visto que estas 
estão obrigadas, segundo legislação vigente, a observar e 
resguardar a saúde dos seus trabalhadores. As ações de 
saúde e segurança, porém, não deve ser desenvolvida 
apenas com o objetivo de atender a legislação, a saúde do 
trabalhador precisa ser entendida dentro de um caráter 
humano de preservação da vida. A promoção da saúde e 
bem estar do trabalhador, através de programas prevenção 
e controle de acidentes e doenças, resultam em qualidade, 
produtividade e diminuição de custos para a empresa, 
entendo que as doenças ocupacionais e os acidentes de 
trabalho geram a interrupção do trabalho, afastamentos, 
gastos com custos de acidentes e substituição de mão de 
obra, desmotivação entre os funcionários,

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