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UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ADRIANA NOGAROLLI BORSATO RA= 1762615 SIRLENE ALVES DOS SANTOS RA= 1760371 “OS DESAFIOS ENFRENTADOS NO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE” Projeto de pesquisa para Trabalho de conclusão de curso para avaliação parcial do componente curricular de trabalho de conclusão de Curso (TCC), ao curso de graduação em Serviço Social da Universidade Paulista-UNIP de obtenção do título de graduação em Serviço Social apresentado à Universidade Paulista- UNIP. NOVA MUTUM /MT 2020 1- Introdução A escolha desse tema, e a experiência vivida em município de pequeno porte, em relação a implantação das Políticas Sociais de Proteção Especial à Criança e ao Adolescente, em consenso com a Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004. O presente artigo aborda os desafios de um município de pequeno porte I na implantação dos serviços de acolhimento institucional para crianças e adolescentes. 2- Delimitação e formação do Problema: Identificou-se através de leituras; que o município de pequeno porte tem algumas demandas com crianças e adolescente, a onde seus direitos foram violados, com isso encontra -se muita dificuldade na implantação de instituição de acolhimento devido à pouca demanda e o alto custo mensal. Deparando também com grandes dificuldades em contratação de pessoas capacitadas para tal trabalho. 3- Hipótese (s): Esse problema não é algo novo, mas por não ser novo, é que se torna extremamente desafiador, e a falta de políticas públicas executadas pelos órgãos competentes (poder executivo e poder legislativo), aonde muitas vezes desconhecem a constituição federal 227, 3 incisos VI da constituição federal. 4- Objetivos Geral e Específicos 4.1- Objetivos Geral Analisar, a partir de referenciais teóricos e da prática dos Municípios de pequeno porte 1, a trajetória da Política de atendimento á criança e ao Adolescente e os desafios enfrentados pelos municípios de pequeno porte na implantação de serviços de Proteção social Especial. 4.2- Objetivos Específicos • Identificar quais os maiores desafios na implantação dos serviços de pequeno porte; • Realizar um levantamento bibliográfico para resgatar alguns elementos do contexto sócio histórico brasileiro; • Analisar as alterações ocorridas na Lei 8.069/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em decorrência da promulgação da Lei 12.010/2009, no que tange ao acolhimento institucional de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social; 5- Justificativa Estabelecer um parâmetro, com base legal, no processo de implantação e execução dos serviços da Politica Social Especial, voltada a Criança e ao Adolescente. 6- Metodologia A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão” (CARVALHO; IAMAMOTO, 1983, p.) 7-CRONOGRAMA ETAPAS FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO ELABORAÇÃO DO PROJETO PESQUISA BIBLIOGRAFICA ANÁLISE DO MARETIAL REDAÇÃO DO ARTIGO FINALIZAÇÃO DO PROJETO ENTREGA 8-Referências Bibliográficas Básicas: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-106/criancas-e-adolescentes-do-direito-a- realidade-da-inclusao-social-no-municipio-de-selbach-rs/ CARVALHO, Raul; IAMAMOTO, Marilda Vilela. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, 1983. Constituição Federal 1988 Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004. https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-106/criancas-e-adolescentes-do-direito-a-realidade-da-inclusao-social-no-municipio-de-selbach-rs/ https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-106/criancas-e-adolescentes-do-direito-a-realidade-da-inclusao-social-no-municipio-de-selbach-rs/ UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO “OS DESAFIOS ENFRENTADOS NO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE” ADRIANA NOGAROLLI BORSATO RA= 1762615 SIRLENE ALVES DOS SANTOS RA= 1760371 NOVA MUTUM – MT UNIVERSIDADE PAULISTA “OS DESAFIOS ENFRENTADOS NO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE” Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Serviço Social apresentado à Universidade Paulista- UNIP. Orientador NOVA MUTUM-MT 2020 ADRIANA NOGAROLLI BORSATO RA= 1762615 SIRLENE ALVES DOS SANTOS RA= 1760371 UNIVERSIDADE PAULISTA OS DESAFIOS ENFRENTADOS NO SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Serviço Social apresentado à Universidade Paulista- UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA ___________________/___/_____ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista- UNIP ___________________/___/_____ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista- UNIP ___________________/___/_____ Prof. Nome do Professor Universidade Paulista- UNIP DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a todas as crianças e adolescentes, que de uma forma ou outra foram negligenciadas o direito de simplesmente ser crianças. Agradecimentos Agradecemos primeiramente a Deus pela oportunidade de concluir este curso, pelos obstáculos superados e por todo aprendizado que me foi concedido. Epígrafe “O conhecimento é uma construção que se faz a partir de outros conhecimentos sobre os quais se exercita a apreensão, a crítica e a dúvida. E um processo de tentativas (..)“. (MTNAYO — 1999:89) RESUMO Este trabalho de conclusão de curso se aborda o Serviço de Proteção Social Especial do serviço de acolhimento institucional de crianças e adolescentes, no Município de Santa Rita do Trivelato/MT a partir das experiências vivenciadas na implantação da ‘Casa Lar Abrace’. Acolhimento Institucional de Crianças no Município de Santa Rita do Trivelato/MT é parte integrante da Rede de Proteção à Criança e Adolescente que estejam em situação de violação de direitos, como uma das medidas protetivas, cumprindo os determinantes da Proteção Integral especificas do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 12.010/2009. O trabalho traz uma breve retrospectiva da evolução das Leis para as crianças e adolescentes desde o primeiro Código de Menores de 1927 que regulamentava o princípio da Situação Irregular, as crianças abandonadas, a representação da terminologia “menor”, utilizada para moradores de ruas, a trajetória da criação dos diversos órgãos de assistência e proteção à criança e o avanço legislativo que determinou mudanças nas práticas institucionais, os antigos abrigos deram lugar aos serviços de acolhimento institucional com a tarefa de desenvolverem a perspectiva de proteção integral de crianças e adolescentes sob sua responsabilidade. No entanto, há vários desafios enfrentados na implantação e execução dos serviços de proteção à Criança e Adolescente em municípios de pequeno porte, destacando-seà dificuldade do trabalho em rede, e a compreensão da necessidade e importância deste serviço junto à comunidade e o comprometimento dos profissionais responsáveis pelas execução das medidas de proteção integral da criança e do adolescente em situação de aplicação de medida protetiva de acolhimento institucional. Palavras-chave: Criança, Família, Acolhimento Institucional, Medida Protetiva, Motivos do Acolhimento, Garantia de Direitos, Rede de Proteção, Fortalecimento de Vínculos. INTRODUÇÃO O presente trabalho, traz em seu arcabouço a evolução dos direitos da criança e do adolescente no Brasil e versa acerca do princípio da dignidade da pessoa humana, utilizando, dos dados históricos sobre a trajetória dos direitos, tendo por base a Declaração dos Direitos Humanos, o antigo Código de Menores, a consolidação dos direitos a partir da Constituição Federal brasileira de 1988 (CF/88) e sua efetivação por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990, a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8. 742/93), o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária publicado pelo CNAS e CONANDA, em 2006; as “Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes” em 2009; e as alterações do ECA realizadas através da Lei 12.010/2009. A Política de Assistência Social, tem passado por um processo de mudanças, especificamente, em relação ao acolhimento institucional para crianças e adolescentes, é de fundamental importância avaliar os desafios de sua implantação nos municípios de pequeno porte. De acordo com o SUAS, a proposta de estruturação do atendimento deve se dar por níveis de proteção, são eles: a Proteção Social Básica e a Proteção Social Especial, sendo que está se divide em proteção social especial de média complexidade e proteção social especial de alta complexidade. Sendo A lógica de sistema preconizada pelo SUAS indica que os diferentes níveis de proteção devem funcionar de modo articulado e complementar. Estes serviços têm como função ofertar proteção integral às famílias e indivíduos que se encontram com vínculos familiares fragilizados e/ou rompidos. De acordo com a PNAS (2004): “A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio- educativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras (BRASIL, 2004 p 37.)” Em relação aos serviços de acolhimento a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (2009) descreve, entre outros pontos, que: “O atendimento prestado deve ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. As regras de gestão e de convivência deverão ser construídas de forma participativa e coletiva, a fim de assegurar a autonomia dos usuários, conforme perfis (BRASIL, 2009, p 31). “ Considerando que famílias e indivíduos passam por vulnerabilidades e riscos sociais diferentes, é preciso destinar serviços, programas, projetos e ações diferenciadas, que estejam mais próximas das suas realidades, levando em consideração suas crenças e cultura. Algumas necessitam apenas de apoio, orientações e acompanhamento, para fortalecer os vínculos e a sua função protetiva, que mesmo fragilizada; outras vão além e necessitam de intervenção para garantir os mínimos necessários para uma vida digna, e outros porque se encontram com seus direitos violados e em situação risco e exclusão. 1 O CONTEXTO HISTÓRICO DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE No Brasil, na luta por direitos das crianças e adolescentes sempre existiram praticas paternalistas, clientelistas e focalistas para tratar a situação de crianças e adolescentes. Esta análise será baseada nas questões relativas às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, em especial, as que são encaminhadas as instituições de acolhimento, rapidamente perpassando pelo processo de criminalização relacionado aos adolescentes em conflito com a lei, mais precisamente pela formação da normatização ligada a esta temática, sendo de caráter mais punitivo e repressivo, do que protetivo. É importante lembrarmos da evolução histórica da construção da Política de Proteção à Criança e ao Adolescente, preconizada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Federal observando suas particularidades. É preciso ter claro que a simples existência de garantias legais não se traduz em garantias de direitos sociais. O próprio acesso às leis e ao seu aparato jurídico formal tem sido dificultado aos segmentos populacionais pauperizados, o que tem reforçado a máxima de que existem leis em abundância e pouca efetividade no seu cumprimento. (COUTO, 2006, p.56) 1.1 A HISTÓRIA DA PROTEÇÃO SOCIAL A CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL. O Estatuto da Criança e do Adolescente foi um marco na sociedade brasileira na área dos direitos da criança e do adolescente. Através de um estudo bibliográfico, iremos traçar um breve histórico das políticas sociais voltadas a crianças e adolescentes no Brasil, o papel do estado e da sociedade civil, as lutas e avanços conquistados. As políticas para a infância no Brasil República podem ser consideradas repressivas e paternalistas, a uma omissão no que se refere à proteção social de crianças e adolescentes, sendo perceptível que algumas relações do tempo do império persistem e continuam presentes na sociedade. Uma classe ou grupo pode exercer seu domínio sobre o conjunto social porque não apenas é capaz de impor esse domínio, mas também de fazer os demais grupos sociais aceitarem-no como legítimo. Seu poder se fundamenta em sua capacidade de dirigir toda a produção espiritual para a consecução de seus interesses. O conceito de hegemonia em Gramsci ressalta a capacidade da classe dominante de obter e manter seu poder sobre a sociedade, pelo controle que mantém sobre os meios de produção econômicos e sobre os instrumentos de repressão, mas, principalmente, por sua capacidade de produzir e organizar o consenso e a direção política, intelectual e moral dessa sociedade. A hegemonia é, ao mesmo tempo, direção ideológico-política da sociedade civil e combinação de força e consenso para obter o controle social. (ACANDA, 2006, p. 178) Em meados deste século o Brasil vive as graves consequências de uma profunda desigualdade social “[...] a criança pobre pede esmola na igreja ou começa a trabalhar muito cedo, antes dos 10 anos de idade. Ela vende doces na rua, carrega embrulhos, entrega encomendas, é ajudante de pedreiro, carpinteiro ou é operária numa fábrica” (FALEIROS, 2009, p. 38). A criança vista como um “mini” adulto, porém sem voz, sem vez, sem direitos. Com o governo Getulio Vargas, a década de 1930, trouxe a promessa de intervenção na questão social e na defesa do proletariado urbano e rural. Porém o golpe de Estado, em 1937, impõe uma Constituição autoritária ao país. O novo governo tem um projeto centralizador e intervencionista. O estatuto da família é elaborado e tem na teoria, o objetivo incentivar o crescimento da população e fortalecer os valores morais. Após a queda de Getulio Vargas, há um período que se caracteriza pela busca à democracia, apesar de várias tentativas de intervenção militar. Destacam-se entre as conquistas dos direitos dos trabalhadores incluídos na nova Constituição, o salário mínimo familiar, a proibição do trabalho de crianças com menos de 14 anos, a assistência sanitária e médica ao trabalhador e à gestante, a previdência social. O artigo 164 da nova constituição dizque é obrigatória a assistência a maternidade, á infância e á adolescência. Em 1979 é promulgado o novo Código de Menores, porém este não é considerado um avanço, pois coloca na família e nos jovens a responsabilidade pela sua própria promoção sem responsabilizar o Estado. O código de menores de 1979 define como situação irregular: a privação de condições essenciais à subsistência, saúde e instrução, por omissão, ação ou irresponsabilidade dos pais ou responsáveis; por ser vítima de maus-tratos, por perigo moral, em razão exploração ou encontra-se em atividades contrárias aos bons costumes, por privação de representação legal, por desvio de conduta ou autoria de inflação penal. Assim as condições sociais ficam reduzidas à ação dos pais ou do próprio menor, fazendo-se da vítima um réu e tornando a questão ainda mais jurídica e assistencial, dando-se ao juiz o poder de decidir sobre o que seja melhor para o menor: assistência, proteção ou vigilância [...] (FALEIROS, 2009, p.70).
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