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Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires Os três ensaios • Resultados regressivos da análise de adultos. • Análise de um menino de 5 anos (pequeno Hans). • Obra objeto de controvérsia no início do sec. XX. Primeiro Ensaio • “Sobre as aberrações sexuais” levantamento bibliográfico com revisão crítica. Freud já introduz a noção de sexualidade que propõe. • Critica a noção de que as pulsões sexuais não estariam presentes na infância. • Pulsão sexual – é inconsciente. • Libido. • Alvo/objeto sexual. • Dois tipos de desvio pulsionais nas aberrações: uma que diz do desvio de objeto e outra que diz respeito ao desvio de objeto/alvo. • Denominação dos “invertidos” • Apresenta concepções existentes sobre as “inversões” e examina- as. • Critica a ideia de degeneração, assim como questiona o caráter inato dos investidos ou o caráter adquirido. • Bissexualidade para Freud é uma questão psicológica, não somática. • Rejeita o problema da aberração sexual ligada à loucura. • Acaba por imprimir uma crítica a noção de desvio sexual vinculadas as doutrinas de hereditariedade-degenerescência que embasavam sexologia do sec. XIX. Os desvios sexuais, as perversões • Nas atividades sexuais estão os rudimentos de tais desvios. • Perversão sexual como distanciamento da conduta normal, por duas vias: ou fixação nos alvos sexuais provisórios, ou transgressões anatômicas na consolidação do ato sexual. • O aspecto patológico somente se manifesta se houver fixidez na relação com o objeto em substituição ao alvo sexual normal. • Fetichismo. • Complementaridade de formas/ativas; voyerismo – exibicionismo, sadismo – masoquismo. • Primeiro esboço na noção de pulsão de delineia destas discussões. • A partir da ideia de que nas inversões e na perversão o objetivo da pulsão sexual é de certa forma contingente, e há uma variabilidade quanto aos seus alvos. • Natureza composta das pulsões – pulsões parciais. Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires Os três ensaios da sexualidade ❖ 16/08/2021 Sexualidade • Prazer e desprazer: satisfação que vai além da satisfação das necessidades • Não se restringe a genitalidade • Pulsão sexual dos neuróticos • Neurose e perversão • Perversa e polimorfa As Pulsões parciais • As neuroses funcionam como negativo do perverso • As pulsões são rescaldadas: ascos e vergonha são colocados como impeditivos a pulsão no próprio individuo • “A pulsão sexual tem que lutar contra certas forças anímicas que funciona como resistência, destacando entre elas com máxima clareza, a vergonha e o asco” • Definição de pulsão utilizada por Freud – completamente diferente do uso correto da época Segundo ensaio: a sexualidade infantil • Enfatiza que as concepções em vogam, em torno da sexualidade, dão mais importância a hereditariedade do que a história do sujeito • Demonstra que o tratamento dado pelo autores a questão diz o processo de amnesia infantil, comum aos adultos. • Porque haveria amnesia entre 7 e 8 anos, se as crianças possuem até então de recordarem sua experiencias? • Lembranças encobridora • Amnesia processo análogo ao recalcamento das histéricas Período de latência sexual da infância e suas rupturas • As inibições sexuais • Formação reativa e sublimação • Rupturas • Meta da pulsão sexual e a satisfação por meio de uma zona erógena (parte da pele ou mucosa que geram sensação prazerosa) • “Organização sexual”: oral, anal e fálica. • Não se trata de uma descrição evolutiva. • Observação da sexualidade até por volta dos 4 anos, depois certos declínios da sexualidade até a puberdade – período de latência (as pulsões sexuais teriam seus fluxos restringindo em formas de diques). Autoerotismo • “Parece-me que a concatenação de fenômenos que pudemos discernir através da investigação psicanalítica nos autoriza a ver no chuchar uma manifestação sexual e a estudar justamente nele os trações essenciais da atividade sexual infantil, (...) temos a obrigação de fazer um exame aprofundado desse exemplo. Como traço mais destacado dessa prática sexual, salientemos que a pulsão não está dirigida para outra pessoa; satisfaz-se no próprio corpo, é autoerótica, para dizê-lo com a feliz denominação introduzida por Hvelock Ellis” • O ato da criança que chucha é determinado pela busca de um prazer já vivenciado e agora relembrado. • A satisfação é encontrada mediante a sucção rítmica de alguma parte da pele ou da mucosa. • A necessidade de repetir a satisfação sexual dissocia-se então da necessidade de absorção de alimento. • A criança não precisa se servir de um objeto externo para sugar, mas prefere uma parte da sua própria pele porque isso lhe é mais cômodo, porque a torna independente do mundo externo, que ela ainda não consegue demonizar. O alvo sexual da sexualidade infantil • trata- se de uma parte da pele ou da mucosa em que certos tipos de estimulação provocam uma sensação prazerosa de determinada qualidade. Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires • O alvo sexual da pulsão infantil consiste em provocar a satisfação mediante a estimulação apropriada da zona erógena que de algum modo foi escolhida. • Essa satisfação deve ter sido vivenciada antes para que reste daí uma necessidade de repeti- la. As manifestações sexuais masturbatórias • – tal como a zona dos lábios, a zona anal está apta, por sua posição, a mediar um apoio da zona sexualidade em outras funções corporais. • – decerto não desempenha o papel principal nem pode ser portadora das moções sexuais mais antigas, mas que esta destinada a grandes coisas no futuro. • O retorno da excitação sexual da lactância na masturbação. Disposição perverso polimorfa • Há uma aptidão da sexualidade para a perversão • Conforme a idade da criança, os dique anímicos contra os excessos sexuais – a vergonha, o asco e a moral – ainda não foram erigidos ou estão em processo de construção A investigação sexual infantil • A pulsão de saber • O enigma da esfinge • O complexo de castração e a inveja do pênis • Teorias do nascimento • A concepção sádica da relação sexual • O fracasso típico da investigação sexual infantil pulsões parciais • Devemos admitir que também a vida sexual infantil, apesar da dominação preponderante das zonas erógenas, exibe componentes que desde o início envolvem outras pessoas como objetos sexuais. • Dessa natureza são as pulsões do prazer de olhar e de exibir, bem como a de crueldade, que aparecem com certa independência das zonas erógenas e só mais tarde entram em relações estreitas com a vida genital, mas que já na infância se fazem notar como aspirações autônomas, inicialmente separadas da atividade sexual erógena. As fases de desenvolvimento da organização sexual • Organizações pré-genitais: chamaremos pré-genitais as organizações da vida sexual em que as zonas genitais ainda não assumiram seu papel preponderante. Até que tomamos conhecimento de duas delas: 1. Oral- canibalesca 2. Anal- sádica • Ambivalência – pares de opostos de pulsões • Os dois tempos da escolha objetal – já na infância se efetua uma escolha objetal como a quemostramos ser característica da fase de desenvolvimento da puberdade, ou seja, o conjunto das aspirações sexuais orienta-se para uma única pessoa, na qual elas pretendam alcançar seus objetivos. 1. A primeira delas começa entre os dois e os cinco anos e retrocede ou é detida pelo querido de latência; caracteriza-se pela natureza infantil de seus alvos sexuais. 2. A segunda sobrevém com a puberdade e determina a configuração definitiva da vida sexual. Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires A metapsicologia freudiana – o conceito de pulsão ❖ 30/08/2021 • A construção do conceito de pulsão • Conceito que está na base dos processos que determinam os modo como amamos, desejamos, sofremos • Deve-se observar que em toda a Standard Edition o termos alemão “Trieb” é representado pelo inglês “instinct”, que comporta uma certa ideia naturalista. Entretanto, na maior parte do texto, é mais precisa a tradução pelo termo “pulsão”, mais maleável e com um raio semântico mais amplo. • Pulsão remete ao que impulsiona, a força motora, a pulsação. Conceito fronteiriço, situado entre o corpo e o aparelho psíquico • Nos “três ensaios”: descreveu a pulsão como sendo “o representante psíquico de uma fonte de estímulo endossomatica, continuamente a fluir... um conceito que se acha na fronteira entre o mental e o físico”. • Em outros textos: um conceito situado na fronteira entre o material e o somático, o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente, “o conceito na fronteira entre o somático e o mental..., o representante psi quico das forças orgânicas”. • Empregavam-se amplamente em seu lugar expressões como “excitações”, ideias afetivas, impulso anelantes”, “estímulos endógenos”, e assim por diante. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade 1) Limite entre psíquico e físico 2) Sexualidade humana não se pauta no registro biológico e reprodutivo, mas antes visa satisfação 3) Conceito de libido (“uma força quantitativa variável que poderia medir os processos e transformações ocorrentes no âmbito da excitação sexual”) 4) Sexualidade infantil como “perverso polimorfa” 5) Pulsão sexual; pulsões parciais e zona erógenas “o que distingue as pulsões entre si e as dota se propriedades especificas é sua relação com suas fontes somáticas e suas alvos. A fonte da pulsão é um processo excitatório num órgão, e seu alvo imediato consiste na supressão desse estímulo orgânico” 6) Experiencia de satisfação • Uma pulsão, ao contrário de um estímulo, jamais atua como uma força que imprime um impacto momentâneo, mas sempre como um impacto constante. • Além disso, visto que ele incide não a partir de fora, mas de dentro do organismo, não há como fugir dele. • O melhor termo para caracterizar uma moção pulsional seria “necessidade”. O que elimina uma necessidade é a “satisfação” • Chegamos assim à natureza essencial das pulsões: sua origem em fontes de estimulação dentro do organismo e seu aparecimento como uma força constante – e disso deduzimos que nenhuma ação de fuga prevalece contra eles. • Estímulo diz respeito a um elemento externo, atuando de forma momentânea. • A pulsão é um estímulo interno, tendo como origem o próprio corpo. Sendo um impacto constante. As pulsões e suas vicissitudes 1) O que significa dizer: que as pulsão tem sua fonte do corpo e seu objeto no registro psíquico. 2) Corpo submetido ao simbólico 3) Pulsão é o representante do psiquismo de um estímulo que ocorre num órgão, por meio da ideia e o afeto. 4) Se de um lado temos a fontes, de outro, oposto, temos o objetivo. Pulsão sexual é inibida quanto ao seus objetivo, desviada de seus fins sexuais e dirigida para objetos que não apresentam Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires relação aparente como o sexual. De um lado temos a fonte => O corpo. Do outro, o Objetivo. O que lhe dá prazer? O lhe motiva na vida? Filhos? Famílias? Trabalho? São questionamentos sobre objetos que não apresentam relação aparente com a conotação sexual. 5) Vicissitudes: portadora do gozo e da morte, viu-se forçada (por nossa pré- história individual) a fazer- se representar pelos seus representantes para ter acesso a sua subjetividade. Vicissitudes – Desvios da função sexual. 6) Desvio do instinto Obs: Relações de Objeto – Lacan. - Quais são os objetos de pulsões? Quais as preferências? Gostos? Amores? Esclarecendo alguns termos/conceitos importantes: • o: um dos representantes psíquicos da pulsão. Opõe-se ao afeto. - Em alemão designa: 1 aquilo que está presente no espírito, 2 a percepção de um objeto, 3 a reprodução da percepção (recordação), 4 o conteúdo de um ato de pensamento. Inscrição de um objeto nos registros mnêmicos. • é a representação psíquica da pulsão. Abarca tanto o representante ideativo quanto o afeto. • expressão qualitativa da quantidade de energia pulsional. Representante da pulsão. Outro registro da representação psíquica. A nível ICS, o afeto tem de ligar-se a uma ideia. • Para Freud, o afeto é uma energia, enquanto a representação é uma ideia. • ora sinônimo de representante ideativo, ora como sinônimo de representante psíquico. Designa expressão psíquica da pulsão. • é um dos registros da pulsão no psiquismo. Conteúdo propriamente inconsciente, pois sobre ele incide o recalque. Dualismo original: fome-amor Pulsão distingue-se daquilo que a representa • Os destinos são dos representantes e não da pulsão como tal. • Fonte: da pulsão é corporal, não psíquica. Fontes da sexualidade infantil polimorfas, aqui há confusão entre fontes internas e externas. - A fonte define-se pelo somático - geralmente, essa fonte localiza-se chamadas “zona erógenas”, nas membranas do corpo1; boca, anos, genitais, olhar etc. - Noção de apoio: ligação das pulsões sexuais como as pulsões de autoconservação. Ex: lactente. - É, portanto, desvio em relação a função que constitui a pulsão.” A pulsão é o instinto que de desnaturaliza, que se desvia de suas fontes e de seus objetos específicos; ela é o efeito marginal desse apoio-desvio” (Garcia-Roza, 1988, p.120) - O apoio é o momento de constituição de uma diferença. Pulsão, se apoia no instinto, mas não se reduz a ele. • fator motor, força ou medida de exigência de trabalho que pulsão apresenta. -Toda pulsão é ativa, quando dizemos “pulsões passiva” referimo-nos ao objetivo e não a pressa/força. Ponto de vista dinâmico e econômico. • é sempre a satisfação: redução da tensão pelo descarga da energia acumulada, regulada pelo princípio de constância. versus Pulsões do ego autoconservação individual (fome) Pulsões sexuais (libido) preservação da espécie (amor/prazer) Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires -Objetivos específicos e intermediário. - Pulsão de autoconservação: eliminar tensão ligada a necessidade. -Pulsão sexual menos específico, pois orientado pela fantasia. • a coisa em relação a qual ou através da qual pulsão é capaz de atingir seu objetivo. -As pulsões são sempre parciais. -Pulsão sexual seja independente de seuobjeto -O objeto como meio e não como fim, portanto, mais variável. -Complexidade da noção de objeto em psicanálise. -Implicação de modos de relação objetal. ❖ 06/09/2021 • Os destinos são dos representantes e não as pulsão como tal. • da pulsão é corporal, não psíquica. Fontes da sexualidade infantil polimorfas, aqui há confusão entre fontes internas e externas. - A fonte define-se pelo somático. - Geralmente, essa fonte localiza-se chamadas “zonas erógenas”, nas membranas do corpo: anus, genitais, olhar etc. - Noção de apoio: ligação das pulsões sexuais como as pulsões de autoconservação. Ex: lactante - É, portanto, desvio em relação a função que constitui a pulsão. “A pulsão é o instinto que de desnaturaliza, que se desvia de suas fontes e de seus objetos específicos; ela é o efeito marginal desse apoio-desvio” (GARCIA- ROZA,1984, p. 120). - O apoio é o momento de constituição de uma diferença. Pulsão se apoia no instinto, mas não se reduz a ele. • fator motor, força ou medida de exigência de trabalho que pulsão apresenta. - Toda pulsão é ativa, quando dizemos “pulsões passiva” referimo-nos ao objeto e não a pressão/força. Ponto de vista dinâmico e econômico. • é sempre a satisfação: redução da tensão pela descarga da energia acumulada, regulada pelo princípio de constância. - Objetivos específicos e intermediário. - Pulsão de autoconservação: eliminar tensão ligada a necessidade. - Pulsão sexual: menos específico, pois orientado pelo fantasia. • a coisa em relação a qual ou através da qual a pulsão é capaz de atingir seu objetivo. - As pulsões são sempre parciais. - Pulsão sexual seja independente de seu objeto. - O objeto como meio e não como fim, portanto, mais variável. - Complexidade da noção de objeto em psicanálise. - Implicação de modos de relação objetal. Pulsões do ego e pulsões sexuais • Diferença entre conjuntos destas pulsões reside nos funcionamentos que as regem. • Pulsões do ego = princípio de realidade = visa satisfação por objeto real. • Pulsões sexuais = princípio de prazer = objetos fantasmáticos. • Incongruência da utilização do termo: pulsão do ego, já que a pulsão desnaturalizaria o instinto. • Monismo e dualismo = questões em Freud. É possível que o dualismo esteja vinculado fundamentalmente a ideia de conflito psíquico. • Interrogação sobre a “natureza” dessas pulsões. Os destinos das pulsões • A satisfação da pulsão não se da de forma imediata e direta, em função da censura. Ela implica uma modificação da pulsão. • Destinos da pulsão são apresentados por Freud como Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires modalidades de defesa. A defesa se dá em torno dos representantes psíquicos da pulsão, pois ela mesma não pode ser destruída, nem inibida. • Uma pulsão pode, ainda que parcialmente, satisfazer-se num objeto, provocando prazer; pode reverter-se no seu oposto, pode retornar ao próprio eu, pode ser recalcada, sublimada etc. • O texto sobre as vicissitudes da pulsão trata dos destinos da Vorstellungreprasenranz. • Os destinos do representante ideativo são: 1. na modificação da meta pulsional, ao passo de que o retorno em direção à própria pessoa diz de uma alteração do objeto da pulsão 2. efetua-se também a mudança de finalidade de ativa para passiva (torturar - ser torturado); e uma pessoa estranha é mais uma vez procurada como objeto e com a mudança da finalidade para a passiva, a pessoa tem de assumir o papel de sujeito. 3. é considerado o mecanismo de defesa mais antigo e importante retratado por Freud. Este conceito remete à noção de inconsciente sendo um processo, através do qual se expulsa da consciência o representante ideativo de uma pulsão, ou seja, é uma ação para manter fora da consciência as representações inaceitáveis • é o mecanismo de defesa que transforma algum desejo ou energia inconsciente em determinados impulsos que são bem-vistos pela sociedade. Ou seja, geram atitudes aceitas e úteis pela sociedade. São meios que o nosso inconsciente usa para amenizar: dor, angústia, frustração, conflitos mentais. A reversão ao seu oposto e retorno ao próprio eu: 1. pode manifestar-se de duas maneiras: - Como uma reversão do objeto da pulsão: uma mudança da atividade para a passividade; - Ou como uma reversão do conteúdo: transformação do amor em ódio (amas mudanças dizem respeito ao objeto da pulsão) 2. mudança do objeto, permanecendo inalterado o objetivo. • É na análise dos sois pares de opostos sadismo-masoquismo e voyerismo-exibicionismo, que vamos encontrar os exemplos de reversão e retorno da pulsão. Transformação operada pelo sadismo-masoquismo a) Sadismo consiste no exercício da violência sobre outra pessoa como objeto; b) Esse objeto é substituído pelo próprio eu (mudança de objeto) e ativo para passivo (mudança de objetivo); c) Uma outra pessoa é procurada como objeto para exercer papel de agente (masoquismo). • Exemplo de Freud de a e b: neurose obsessiva, em que o desejo de torturar se transforma em autotortura e autopunição. • O masoquismo implica um sadismo que retorna em direção ao próprio eu, mas que implica – além disso – uma outra pessoa que funcione como sujeito da ação. Voyerismo-exibicionismo • O par Voyerismo-exibicionismo obedece a mesma sequência do sadismo-masoquismo. Primeiro um olhar voltado para si, depois para o outro e depois do outro para si. • O importante nessas dinâmicas é que nunca se esgotam totalmente um dos opostos. “Um sádico é sempre um masoquista”, assim como “um voyer é sempre um exibicionista” e vice-versa. • Freud supõe uma alternância do predomínio de cada um dos termos Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires dos pares de opostos durante a vida do indivíduo. Pulsões do ego e pulsões sexuais • Diferença entre conjunto destas pulsões reside nos funcionamentos que as regem. • Pulsões do ego= princípio de realidade= visa satisfação por objeto real. • Pulsões sexuais= princípio de prazer= objetos fantasmáticos. • Incongruências na utilização do termo: pulsão do ego, já que a pulsão desnaturalizaria o instinto. • Monismo e dualismo= questão em Freud. É possível que o dualismo esteja vinculado fundamentalmente a ideia de conflito psíquico. • Interrogação sobre a “natureza” dessas pulsões. Os destinos das pulsões • A satisfação da pulsão não se da de forma imediata e direta, em função da censura. Ela implica uma modificação da pulsão • Destinos da pulsão são apresentados por Freud como modalidades de defesa. A defesa se dá em torno dos representantes psíquicos da pulsão, pois ela mesma não pode ser destruída, nem inibida. • Uma pulsão pode, ainda que parcialmente, satisfazer-se num objeto, provocando prazer; pode reverter-se no seu oposto, pode retornar ao próprio Eu, pode ser recalcada, sublimada etc. • O texto sobre as vicissitudes da pulsão trata dos destinos da Vorstellungreprasenranz. • Os destinos do representante ideativo são: 1- Reversão ao seu oposto 2- Retorno em direção ao próprio eu 3- Recalcamento 4- Sublimação A reversão ao seu oposto e retorno ao próprio eu 1- A reversão ao seu oposto: pode manifestar-se de duas maneiras: a) uma mudança da atividade para a passividade. b) transformação do amor em ódio. (ambas as mudanças dizem respeito ao objetivo da pulsão) 2- Retorno da pulsão ao próprio eu: mudanças do objeto, permanecendo inalteradoo objeto. • É na análise dos dois pares de opostos sadismo-masoquismo e voyerismo-exibicionismo, que vamos encontrar os exemplos de reversão e retorno da pulsão. Transformação operada pelo sadismo-masoquismo: A. Sadismo consiste no exercício da violência sobre outra pessoa como objeto B. Esse objeto é substituído pelo próprio eu (mudança de objeto) e ativo para passivo (mudança de objeto). C. Uma outra pessoa é procurada com objeto para exercer papel de agente (masoquismo) • Exemplo de Freud de a e b:neurose obsessiva, em que o desejo de torturar se transforma em autotortura e autopunição. • O masoquismo implica um sadismo que retorna em direção ao próprio eu, mas que implica-além disso- uma outra pessoa que funcione como sujeito da ação. Voyerismo-exibicionismo • O par voyerimso-exibicionismo obedece a mesma sequência do sadismo-masoquismo. Primeiro um olhar voltado para si, depois para o outro e depois do outro para si. • O importante nessas dinâmicas é que nunca se esgotam totalmente um dos opostos. “um sádico é sempre um masoquista”, assim como “um voyer é sempre um exibicionista” e vice-versa. • Freud supõe uma alternância do predomínio de casa um dos termos dos pares de opostos durante a vida do indivíduo. Reversão de conteúdo: • enquanto na mudança da atividade para a passividade temos a transformação do objeto ativo (olhar, torturar) para o objeto passivo (ser olhado, ser Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires torturado), na transformação do amor para ódio, o conteúdo permanece ativo. • O amor admitiria três opostos: 1- Amar-odiar 2- Amar-ser amado 3- Amar/odiar-indiferença • Essas três formas de oposição remeteriam a três polaridades que regeriam não apenas as formas de oposição ao amar, mas toda vida mental. • Sempre ativo. Nossa vida anímica é regida por três polaridades: • As oposições entre: - Sujeito (eu)-objeto (mundo externo) - Prazer-desprazer - Ativo-passivo • As três polaridades anímicas estabelecem as mais significativas conexões umas as outras. As três polaridades anímicas e os opostos amo/ódio - Sujeito (eu)- objeto (mundo externo) amor/ódio-indiferença - Prazer-desprazer amor-ódio - Ativo-passivo amar-ser amado Introdução ao narcisismo O conceito de narcisismo • Em 1909, Freud declara que o narcisismo seria uma fase intermediaria necessária entre o autoerotismo e o amor objetal. • O termo narcisismo deriva da descrição clínica e foi escolhida por Paul Nack em 1899 para denotar a atitude de uma pessoa que trata seu próprio corpo da mesma forma pela qual o corpo de um objeto sexual é comumente tratado. - 1887- termo empregado por Binet, para descrever forma de fetichismo que consiste em tornar a própria pessoa objeto sexual. - 1898- Havelock Ellis, designa comportamento perverso relacionado ao mito de narciso. - 1899- o criminologista Paul Nacke, comentarista de Ellis, introduz termo no alemão. - 1908- Sadger falou de narcisismo, a propósito do amor- próprio, como modalidade da escolha de objeto. • Aspectos individuais da atitude narcisista são encontrados em muitas pessoas que sofrem de outras perturbações. • O narcisismo em si não é patológico, mas o comportamento narcisista ao seu extremo pode se tornar um aspecto patológico. O mito do narcisismo • Freud se apropriou do mito para estabelecer sua reação ao que diz respeito ao narcisismo. Vai falar principalmente do narcisismo numa distinção do eu e do objeto. • Fase inicial de desenvolvimento do Eu- relação com o autoerotismo. • É um importante momento de constituição do sujeito. • O conceito de libido a partir do conceito de catexias. • As designações de amor e de ódio não se aplicam as relações das pulsões com seus objetos, mas estão reservadas à relação do Eu-total com os objetos. • Quando falamos de amor e ódio também falamos de investimento que aparece nas formas de afetos. Amor: seria estabelecer um objeto para obtenção de satisfação. Quando nos remetemos ao outro para obtenção de satisfação, um investimento no outro. Retiramos libidos de nós próprios para investir no outro. • Relação entre amor e ódio – ambivalência Sobre o narcisismo uma introdução 1914 • Libido do ego (= libido narcísica) x libido objetal. • O que muda são os investimentos da pulsão: no primeiro caso, um amor a si; no segundo, um amor ao outro. • Toda pulsão é sexual e o que muda quando Freud estabelece essa distinção, são os investimentos que serão feitos. • As pulsões sexuais têm como objeto a ordem da fantasia • “Uma unidade comparável ao ego não pode existir no indivíduo desde o começo; o ego tem que Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires ser desenvolvido. As pulsões autoeróticas, contudo, ali se encontram desde o início (..)” • O nosso Eu é desenvolvido e não inato, segundo a concepção psicanalista. As pulsões autoeróticas estão lá desde • Início, mas a constituição psíquica do Ego precisa ser constituída. • Transformações do conceito do Ego, Ideal do Ego e bases para a formulação do Superego. Estudos sobre a demência precoce (Kraepelin) ou da esquizofrenia (Bleuler) na hipótese da teoria da libido Megalomania e desvios de seu interesse do mundo externo- de pessoas e coisas. Na esquizofrenia ocorre uma cisão do interesso do indivíduo do mundo externo. • A libido afastada do mundo externo é dirigida para o ego e assim dá margem a uma atitude que pode ser denominada narcisismo. • Um paciente que sofre de histeria ou de neurose obsessiva, enquanto sua doença persiste, também desiste de sua relação com a realidade. Mas a análise demonstra que ele de modo algum corta suas relações eróticas com as pessoas e as coisas. • Intermediário entre autoerotismo e amor objetal Como conceito em Freud • Um fenômeno libidinal, como narcisismo primário indica uma forma de investimento pulsional necessária à vida subjetiva. Ao invés de algo patológico, passa a ser um elemento de estrutura do sujeito. Níveis de apreensões de conceito em Freud 1. Representa a etapa do desenvolvimento quanto ao seu resultado: autoerotismo, narcisismo constitutivo e necessário. Investimentos objetais ocorrem paralelos aos investimentos egóicos. 2. Investimentos em objetos externos. • À medida que criança vai crescendo de vendo o mundo de outras formas, ela vai aos poucos se dirigindo a objetos externos. A relação com os primeiros cuidadores, marca a vida da criança de muitas formas. • O primeiro objeto de amor da criança é a mãe. o Os pais também investem uma cota de narcisismo para os filhos Desenvolvimento desses investimentos na vida humana • A influência da doença orgânica sobre a distribuição da libido: uma pessoa atormentada por dor e mal-estar orgânico deixa de se interessar pelas coisas do mundo externo, na medida em que não dizem respeito ao seu sofrimento. • O homem enfermo retira suas catexias libidinais do mundo externo de volta para o seu próprio ego, e as põe para fora novamente quando se recupera. Aqui a libido e o interesse do ego partilham do mesmo destino e são mais de uma vez indistinguíveis entre si. A hipocondria, da mesma forma que a doença orgânica, manifesta-se em sensações corpóreas aflitivas e penosas, tendo sobre a distribuição da libido • Mesmo efeito que a doença orgânica Observação da vida erótica dos seres humanos • Em relação à escolha de objeto nas crianças de tenra idade (e nas criançasem crescimento) o que primeiro notamos foi que elas derivavam seus objetos sexuais de suas experiências de satisfação. • As primeiras satisfações sexuais autoeróticas são experimentadas em relação com funções vitais que servem à finalidade de autopreservação. • Os instintos sexuais estão de início ligados à satisfação do ego; somente depois é que eles se tornam independentes destes, e mesmo então encontramos uma indicação dessa vinculação original no fato de que os primeiros objetos sexuais de uma criança são as pessoas que se preocupam com sua alimentação, cuidados e proteção: isto é, no Professora: Juliana Lora Teoria PsicanalÍtica II Slides @melissacaires primeiro caso, sua mão ou quem quer que a substitua. Uma pessoa pode amar Em conformidade com o tipo narcisista: O que ela própria é (isto é, ela mesma) o que ela própria foi o que ela própria gostaria de ser alguém que foi uma vez parte dela mesma em conformidade com o tipo analítico (de ligação) A mulher que alimenta O homem que protege A sucessão de substitutos que tomam seu lugar. • Autoerotismo: Investimento da libido em si mesmo • Narcisismo primário: Investimento em si, mas a partir da relação com o outro (os pais); eles próprios revivem • narcisismo na relação com o filho. • Majestade bebê. o Escolha objetal • Narcisismo secundário: investimentos nos objetos para depois retornar o investimento em si mesmo; fazer-se amar pelo outro. o Chamamos de escolha porque não está dado pela biologia
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