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ESPÉCIES EXTORSÃO SIMPLES (Art. 158) EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO (Art. 159) EXTORSÃO INDIRETA (Art. 160) Art. 159 EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO FUNDAMENTAL Art. 159, caput DELAÇÃO PREMIADA Art. 159, § 4º QUALIFICADA Duração restrição liberdade Idade vítima Quadrilha ou bando Art. 159, § 1º Lesão corporal grave ou gravíssima Art. 159, § 2º Morte Art. 159, § 3º ESTRUTURA DO TIPO PENAL (Art. 159) CRIME HEDIONDO Extorsão mediante sequestro Art. 159 - SEQUESTRAR pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (R. Lei 8.072/90) 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 EXTORSÃO + SEQUESTRO (Art. 158) (Art. 148) 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO CRIME COMPLEXO OBJETIVIDADE JURÍDICA PATRIMÔNIO LIBERDADE INDIVIDUAL CRIME PLURIOFENSIVO Inclui o cárcere privado Pessoa privada de sua liberdade e o patrimônio lesado OBJETO MATERIAL SUJEITO PASSIVO Pessoa privada de sua liberdade e/ou patrimônio lesado SUJEITO ATIVO Extorsão mediante sequestro Art. 159 - SEQUESTRAR pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (R. Lei 8.072/90) Qualquer pessoa (admite coautoria eparticipação) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 NÚCLEO DO TIPO SEQUESTRAR privar pessoa da sua liberdade de locomoção por tempo juridicamente relevante com FIM OBTER QUALQUER VANTAGEM COMO CONDIÇÃO ou PREÇO DO RESGATE Extorsão mediante sequestro Art. 159 - SEQUESTRAR pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (R. Lei 8.072/90) 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO Qualquer meio de execução http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 CONTRÁRIA A LEI FINALIDADE DO AGENTE INDEVIDA VANTAGEM ECONÔMICA PARA SI OU PARA TERCEIRO VALOR QUANTIFICÁVEL BENEFICIÁRIOS Extorsão mediante sequestro Art. 159 - SEQUESTRAR pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (R. Lei 8.072/90) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 CONDIÇÃO DO RESGATE FINALIDADE DO AGENTE INDEVIDA VANTAGEM ECONÔMICA PREÇO DO RESGATE Extorsão mediante sequestro Art. 159 - SEQUESTRAR pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (R. Lei 8.072/90) assinatura de um cheque, entrega de um documento, elaboração de uma nota promissória (Masson) entrega de determinada quantia em pecúnia ou tradição de um automóvel (Masson) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 ELEMENTO SUBJETIVO CRIME DOLOSO Vontade livre e consciente de sequestrar pessoa, com fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate ELEMENTO SUBJETIVO ESPECÍFICO ”obter para si ou para outrem qualquer vantagem” Extorsão mediante sequestro Art. 159 - SEQUESTRAR pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (R. Lei 8.072/90) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 “Privação da liberdade da vítima, com fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate, independentemente da obtenção dessa vantagem CONSUMAÇÃO Crime formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO A consumação se prolonga no tempo, por vontade do agente, ou seja, durante todo o período de tempo em que vítima estiver privada da sua liberdade de locomoção CRIME PERMANENTE MOMENTOS CRIME DE EXTORSÃO 1. Privar a vítima de sua liberdade com o fim obter qualquer, para si ou para outrem, vantagem como condição ou preço do resgate 2. Agente obtém, para si ou para outrem, vantagem como condição ou preço do resgate CONSUMAÇÃO EXAURIMENTO 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO Extorsão mediante sequestro Art. 159 - SEQUESTRAR pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (R. Lei 8.072/90) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 ocorre quando o agente não consegue privar liberdade da vítima, para posteriormente exigir alguma vantagem como condição ou preço do resgate, por circunstâncias alheia a vontade do agente TENTATIVA CONSUMAÇÃO Privação da liberdade da vítima, com fim de obter para si ou outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate, independente da obtenção da indevida vantagem indevida TENTATIVA Não privar, com fim de obter para si ou outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate, a vítima de sua liberdade, por circunstâncias alheias a vontade do agente EXAURIMENTO Privar a liberdade da vítima, obtenção da indevida vantagem indevida como condição ou preço do resgate 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO QUALIFICADA (Art. 159, §§ 1º a 4º) Art. 159 § 1º Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO QUALIFICADA QUALIFICADORAS DURAÇÃO SEQUESTRO SUPERIOR A 24 h VÍTIMA MENOR DE 18 ANOS ou MAIOR DE 60 ANOS CRIME COMETIDO BANDO/QUADRILHA Crime a prazo união estável e permanente 3 ou mais pessoas, com o fim de praticar de vários crimes de extorsão mediante sequestro ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA “Em princípio, é possível considerar a circunstância da existência de quadrilha como circunstância qualificadora do crime de extorsão mediante sequestro e, ao mesmo tempo, tê-la também em conta para firmar o crime autônomo, porquanto a objetividade jurídica dos tipos (quadrilha e extorsão qualificada) são autônomas e independentes. Precedentes desta Corte e do Supremo.” (HC 59.305/PR, rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6.ª Turma, j. 05/05/2009) EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO EM CONCURSO COM CRIME DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO RESULTA LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE ou GRAVÍSSIMA (art. 129, §§ 1º, 2º) MORTE Pena é de reclusão de 16 24 anos Pena é de reclusão de 24 a 30 anos Crime hediondo 4. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO QUALIFICADA Art. 159 § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. § 3º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (R. Lei 8.072/1990) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm#art159 DOLO DOLO Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate LESÃO CORPORAL GRAVE ou MORTE CULPA RESULTADO MAIS GRAVE Crime preterdoloso EXTORSÃO QUALIFICADA DELAÇÃO PREMIADA Art. 159 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (R. Lei 9269/1996) DELAÇÃO PREMIADA NATUREZA JURÍDICA Causa especial de diminuição de pena (Natureza subjetiva) REQUISITOS 1. Crime de extorsão mediante sequestro 2. Crime praticado em concurso de pessoas 3. Um dos agentes fazer a denuncia 4. Libertação do sequestrado com integridade física preservada EFEITOS Redução da pena: 1 a 2/3 Direito subjetivo do réu delator http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9269.htm#art1 ESPÉCIES APROPRIAÇÃO INDÉBITA (Art. 168, caput) APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA (Art. 168-a) APROPRIAÇÃO DE COISA HAVIDA POR ERRO, CASO FORTUITO OU FORÇA DA NATUREZA (Art. 169, caput) APROPRIAÇÃO DE TESOURO (Art. 169,parágrafo único I) APROPRIAÇÃO DE COISA ACHADA (Art. 169, parágrafo único II) Art. 168 APROPRIAÇÃO INDÉBITA SIMPLES Art. 168, caput CAUSAS DE AUMENTO DE PENA Art. 168, § 1º ESTRUTURA DO TIPO PENAL (Art. 168) CAPITULO V Apropriação indébita Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA “A nota característica do crime de apropriação indébita é a existência de uma situação de quebra de confiança, pois a vítima voluntariamente entrega uma coisa móvel ao agente, e este, após encontrar-se na sua posse ou detenção, inverte seu ânimo no tocante ao bem, passando a comportar-se como seu proprietário.” (Masson) COISA ALHEIA MÓVEL OBJETO MATERIAL PATRIMÔNIO OBJETO JURÍDICO Qualquer pessoa (sofre prejuízo) (proprietário, possuidor, detentor) SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa (*tem a posse/detenção lícita do objeto material) (admite coautoria eparticipação) SUJEITO ATIVO Apropriação indébita Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando- lhes aplicação diversa da de sua finalidade: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) 5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão, benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa com deficiência: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o crime é cometido: I - por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; ou II - por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de profissão. Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) NÚCLEO DO TIPO APROPRIAR Tomar como própria coisa alheia De que tem a posse ou Detenção Apropriação indébita Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA ANIMUS REM SIBI HABENDI Forma voluntária, livre, espontânea e consciente REQUISITOS 1. Entrega do bem pela vítima 2. Posse/detenção da coisa sejam desvigiadas 3. Agente esteja de boa-fé no momento em recebe a coisa 3. Agente inverta ânimo em relação a coisa, após recebê-la Agente recebe autorizar para tirar levar bem de uma local para outro Mero possuidor/detentor passa agir como se dono fosse da coisa alheia: boa-fé → má-fé 5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA Agente recebe a coisa com intenção de devolvê-la – Dolo posterior, subsequente ou sucessivo Neste momento, consuma o crime 5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA MODALIDADES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA NEGATIVA DE RESTITUIÇÃO APROPRIAÇÃO INDÉBITA PROPRIAMENTE DITA Recusa na devolução do bem à vítima ou de entrega ao destinatário a quem o bem fora direcionado Prática de ato de disposição do bem (venda, doação, locação, etc.) que somente poderia ser efetuado pelo proprietário INVERSÃO DO ÂNIMO EM RELAÇÃO A COISA ELEMENTO SUBJETIVO CRIME DOLOSO Vontade livre e consciente de se tornar dono da coisa alheia móvel, de quem a posse ou a detenção Apropriação indébita Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Agente fim de assenhoreamento definitivo da coisa alheia móvel ANIMUS REM SIBI HABENDI momento da inversão do ânimo em relação coisa: o agente, de alguma maneira, exterioriza sinais inequívocos de que passou a se comportar como dono CONSUMAÇÃO 5. APROPRIAÇÃO INDÉBITA Consuma-se no momento em que agente se recusa a devolver a coisa alheia MODALIDADES DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA NEGATIVA DE RESTITUIÇÃO APROPRIAÇÃO INDÉBITA PROPRIAMENTE DITA Consuma-se com prática de ato de disposição (venda, doação, etc.) que somente poderia ser efetuado pelo proprietário Conduta omissiva: inadmite tentativa Conduta comissiva: admite tentativa APROPRIAÇÃO INDÉBITA MAJORADA ou CIRCUNSTANCIADA (Art. 158, § 1º) Art. 168. § 1º A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: I - em depósito necessário. DEPÓSITO NECESSÁRIO (Art. 647 CC) I — o que se faz em desempenho de obrigação legal II — o que se efetuar por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque DEPÓSITO MISERÁVEL DEPÓSITO NECESSÁRIO LEGAL APROPRIAÇÃO INDÉBITA MAJORADA ou CIRCUNSTANCIADA (Art. 168, § 1º) PECULATO APROPRIAÇÃO INDÉBITA Art. 168. § 1º A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: II — na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial. APROPRIAÇÃO INDÉBITA MAJORADA ou CIRCUNSTANCIADA (Art. 168, § 1º) PECULATO APROPRIAÇÃO INDÉBITA DEPOSITÁRIO JUDICIAL SERVIDOR PÚBLICO PARTICULAR Art. 168. § 1º A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: III — em razão de ofício, emprego ou profissão. APROPRIAÇÃO INDÉBITA MAJORADA ou CIRCUNSTANCIADA (Art. 168, § 1º) EM RAZÃO DE OFÍCIO EMPREGO PROFISSÃO Jardineiro, pintor, mecânico, relojeiro... Caixa ou vendedor de lojas, bancos... Advogado, médico, dentista... PRIVILÉGIO Art. 170. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º. Causa especial de diminuição de pena NATUREZA JURÍDICA FURTO PRIVILEGIADO Art. 155 § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir de pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. REQUISITOS PRIMARIEDADE (Subjetivo) PEQUENO VALOR DA COISA APROPRIADA (Objetivo) ✓ Réu não reincidente: Art. 64, I CP ✓ Primária toda e qualquer pessoa que não seja considerada reincidente pelo juiz na sentença. ✓ Valor não ultrapassar um salário- mínimo vigente ao tempo da prática do crime. PRIVILÉGIOS SUBSTITUIÇÃO PENA Reclusão → Detenção DIMINUIÇÃO PENA Reclusão → 1 a 2/3 APLICAR SOMENTE PENA MULTA Direito Público Subjetivo do réu Art. 171 ESTELIONATO SIMPLES Art. 171, caput MAJORANTES Art. 171, §§ 3º e 4º PRIVILEGIADO Art. 171, § 1º FIGURAS EQUIPARADAS Art. 171, § 2º ESTRUTURA DO TIPO PENAL (Art. 171) Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 7. ESTELIONATO Camaleão: o crime patrimonial que é cometido mediante fraude, dissimulação e meios enganosos STELLIO NÚCLEO DO TIPO OBTER FINALIDADE “obter para si ou para outrem...” Estelionato Art. 171. OBTER, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 7. ESTELIONATO Vantagem ilícita em prejuízo alheio Induzindo vítima em erro Mantendo a vítima em erro Artificio Ardil ou Qualquer outro meio fraudulento Meios de execução (ENGANAR VITIMA) Fraude material: Uso de instrumento/objeto enganar vítima MEIOS DE EXECUÇÃO ARTIFÍCIO ARDIL QUALQUER OUTRO MEIO FRAUDULENTO Fraude moral: conversa enganosa (Astúcia, artimanha, sutileza) qualquer atitude ou comportamento que induza ou mantenha vítima erro, obtendo a vantagem ilícita e o dano patrimonial Estelionato Art. 171. OBTER, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. ENGANAR VITIMA STF “…para a configuração do estelionato, a fraude empregada pelo agente há de ser antecedente e causal do erro ou persistênciano erro do lesado e da consequente disposição patrimonial em favor do sujeito ativo ou de terceiro.”RHC 80.411/ES, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1.ª Turma, j. 21.11.2000 FRAUDE O sujeito emprega o meio fraudulento para induzir ou manter alguém em erro, obtendo assim vantagem ilícita, em prejuízo alheio. A fraude deve ser anterior e diretamente responsável pela lesão patrimonial MOMENTOS DO ESTELIONATO EMPREGO DA FRAUDE INDUZIR ou MANTER VÍTIMA EM ERRO OBTENÇÃO VANTAGEM ILÍCITA RESULTAR PREJUÍZO PATRIMONIAL NA VÍTIMA Estelionato Art. 171. OBTER, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. ARTIFÍCIO ARDIL ARDIL Pessoa enganada pela fraude e o patrimônio lesado OBJETO MATERIAL SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa (admite coautoria eparticipação) Inviolabilidade do Patrimônio OBJETO JURÍDICO Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. SUJEITO PASSIVO VÍTIMA: Iludida ou mantida em erro e sofrer a lesão patrimonial VÍTIMA: Iludida ou mantida em erro SUJEITO PASSIVO 2: Sofre prejuízo patrimonial Pessoa certa e determinada: “alguém” SUJEITO PASSIVO ELEMENTO SUBJETIVO CRIME DOLOSO Vontade livre e consciente de Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento ELEMENTO SUBJETIVO ESPECÍFICO ”obter para si ou para outrem indevida vantagem” Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Consuma-se com a obtenção da vantagem indevida e prejuízo alheio CONSUMAÇÃO A consumação depende da lesão patrimonial e do prejuízo ao ofendido (duplo resultado naturalístico) e ocorre em momento determinado, sem continuidade no tempo (MASSON) 7. ESTELIONATO CRIME DE DUPLO RESULTADO OBTENÇÃO DA VANTAGEM INDEVIDA PREJUÍZO ALHEIO CRIME MATERIAL E INSTANTÂNEO ocorre quando o agente iniciado a execução do estelionato, o crime não se consume por circunstâncias alheias à vontade do agente TENTATIVA TENTATIVA Agente emprega o meio fraudulento, mas não consegue enganar a vítima, por circunstâncias alheias a vontade do agente TENTATIVA Agente emprega o meio fraudulento, engana a vítima, mas não consegue obter a vantagem ilícita, por circunstâncias alheias à sua vontade TENTATIVA o sujeito utiliza o meio fraudulento, engana a vítima, obtém a vantagem ilícita, mas não causa prejuízo patrimonial ao ofendido, por circunstâncias alheias à sua vontade 7. ESTELIONATO STJ Súmula 17. Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. ESTELIONATO + FALSIDADE DOCUMENTAL Conduta do sujeito que falsifica um documento (público ou particular) e, posteriormente, dele se vale para enganar alguém, obtendo vantagem ilícita em prejuízo alheio. Crime-meio Falsidade documental Crime-fim Estelionato ESTELIONATO PRIVILEGIADO Art. 171. § 1º. Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2.º FURTO PRIVILEGIADO Art. 155 § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir de pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. Causa especial de diminuição de pena NATUREZA JURÍDICA REQUISITOS PRIMARIEDADE (Subjetivo) PEQUENO VALOR DA COISA APROPRIADA (Objetivo) ✓ Réu não reincidente: Art. 64, I CP ✓ Primária toda e qualquer pessoa que não seja considerada reincidente pelo juiz na sentença. ✓ Valor não ultrapassar um salário- mínimo vigente ao tempo da prática do crime PRIVILÉGIOS SUBSTITUIÇÃO PENA Reclusão → Detenção DIMINUIÇÃO PENA Reclusão → 1 a 2/3 APLICAR SOMENTE PENA MULTA Direito Público Subjetivo do réu FIGURAS EQUIPARADAS AO ESTELIONATO (Art. 171, § 2º, I a VI) Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Disposição de coisa alheia como própria I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria; o agente se passa por dono de certo bem (móvel ou imóvel) e o negocia (vender, permutar, dar em pagamento ou em garantia ou locar) com terceiro de boa-fé sem possuir autorização do proprietário, causando, assim, prejuízo ao adquirente. Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; Objeto pertence ao agente, mas está gravado de cláusula de inalienabilidade ou de ônus, ou cuida-se de coisa litigiosa ou de imóvel que o agente prometeu vender parceladamente a outrem Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Defraudação de penhor III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; Quando o agente-devedor está em poder do bem empenhado e o vende, permuta, doa, ou de alguma outra maneira o inviabiliza como garantia de dívida (destruição, ocultação, inutilização...) Estelionato Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Fraude na entrega de coisa IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém; Quando o agente tem o dever de entregar objeto, móvel ou imóvel a outra, mas o modifica fraudulentamente, para prejudicar a outra parte, obtendo assim uma vantagem ilícita e causando prejuízo alheio Alteração pode recair sobre a substância (natureza da coisa a ser entregue, por exemplo, entregar objeto de vidro no lugar de cristal ou latão dourado no lugar de ouro), sobre a qualidade (entregar mercadoria da mesma espécie, mas de pior qualidade, objeto usado como se fosse novo) ou sobre a quantidade (dimensão ou peso menores etc.) (VICTOR EDUARDO) Estelionato Art. 171. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; CONDUTAS Destruir ou ocultar, no todo ou em parte, coisa própria Lesionar o próprio corpo ou saúde Agravar as consequências da lesão ou doença FINALIDADE (com intuito) RECEBER INDENIZAÇÃO ou VALOR DO SEGURO CRIME FORMAL ou DE CONSUMAÇÃO ANTECIPADA EstelionatoArt. 171. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro Fraude no pagamento por meio de cheque VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. CONDUTAS TÍPICAS Emitir cheque sem fundo Frustrar pagamento do cheque Agente emite cheque e entrega para vítima Mas não tem saldo na conta bancária para honrar pagamento Agente emite cheque e tem saldo na conta Mas, saca dinheiro na conta bancária ou susta pagamento antes da vítima descontar o cheque Exige má-fé com dolo de obter vantagem ilícita pela emissão do cheque ou pela frustração de seu pagamento Art. 159 § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. ESTELIONATO MAJORADO VÍTIMAS União, Estados, Distrito Federal e Municípios, são entidades de direito público as autarquias e as entidades paraestatais Art. 159 § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência. ESTELIONATO MAJORADO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA “O aresto objurgado alinha-se a entendimento assentado neste Sodalício no sentido de que cuidando-se de estelionato praticado contra entidade de direito público, inviável se mostra o reconhecimento do crime de bagatela, independentemente dos valores obtidos indevidamente pelo agente, haja vista a maior reprovabilidade de sua conduta, que atenta contra o patrimônio público, a moral administrativa e a fé pública, situação que atrai o óbice do Verbete Sumular n. 83/STJ, também aplicável ao recurso especial interposto com fundamento na alínea a do permissivo constitucional” (STJ — AgRg no AREsp 627.891/RN — Rel. Min. Jorge Mussi — 5a Turma — julgado em 17-11-2015 — DJe 25-11-2015). Art. 171 § 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (I. Lei 13.228/2015) ESTELIONATO CONTRA IDOSO VÍTIMA Idade igual ou superior a 60 anos Agente tem que ter conhecimento da idade da vítima – Evitar a responsabilidade penal objetiva http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13228.htm Art. 171 § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. ESTELIONATO: AÇÃO PENAL (I. Lei 13.964/2019) AÇÃO PENAL REGRA EXCEÇÃO AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA QUALIDADE DA VÍTIMA http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2 Art. 180 RECEPTAÇÃO DOLOSA SIMPLES Própria: Art. 180, caput 1ª parte Imprópria: Art. 180, caput 2ª parte QUALIFICADA Art. 180, § 1º e Art. 180-A MAJORADA Art. 180, § 6º PRIVILEGIADA Art. 180, § 5º, 2ª parte CULPOSA SIMPLES Art. 180, § 3º PERDÃO JUDICIAL Art. 180, § 5º, 1ª parte ESTRUTURA DO TIPO PENAL (Art. 180) Receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (R. 9.426/1996) 8. RECEPTAÇÃO CRIME ACESSÓRIO SUA EXISTÊNCIA EXIGE A OCORRÊNCIA DE UM CRIME ANTERIOR (furto, roubo, estelionato, peculato, apropriação indébita, etc.) CRIME ANTECEDENTE CRIME POSTERIOR (RECEPTAÇÃO) COISA MÓVEL Receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (R. 9.426/1996) PRODUTO DO CRIME (MÓVEIS) OBJETO MATERIAL PATRIMÔNIOOBJETO JURÍDICO Qualquer pessoa (VÍTIMA DO CRIME ANTECEDENTE) SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa (admite coautoria eparticipação) SUJEITO ATIVO 8. RECEPTAÇÃO Receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (R. 9.426/1996) Qualquer pessoa (admite coautoria eparticipação) SUJEITO ATIVO 8. RECEPTAÇÃO Autor, coautor ou partícipe do crime antecedente somente respondem por tal delito e nunca pela receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (R. 9.426/1996) 8. RECEPTAÇÃO PRÓPRIA CONDUTAS TÍPICAS ADQUIRIR RECEBER TRANSPORTAR CONDUZIR OCULTAR EM PROVEITO PRÓPRIO ou ALHEIO COISA QUE SABER SER PRODUTO DE CRIME RECEPTAÇÃO PRÓPRIA ELEMENTO SUBJETIVO DA RECEPTAÇÃO PRÓPRIA CRIME DOLOSO (DOLO DIRETO) Vontade livre e consciente de adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que saber ser produto de crime RECEPTAÇÃO PRÓPRIA AGENTE TEM QUE SABER QUE A COISA É PRODUTO DE CRIME (DOLO DIREITO) Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (R. 9.426/1996) ANTES OU NO MOMENTO QUE PRATICA A CONDUTA TÍPICA “Quando há a apreensão do bem resultante de crime na posse do agente, é ônus do imputado comprovar a origem lícita do produto ou que sua conduta ocorreu de forma culposa. Isto não implica inversão do ônus da prova, ofensa ao princípio da presunção de inocência ou negativa do direito ao silêncio, mas decorre da aplicação do art. 156 do Código de Processo Penal, segundo o qual a prova da alegação compete a quem a fizer. Precedentes” (STJ — AgRg no HC 446.942/SC, Rel. Min. Laurita Vaz, 6a Turma, julgado em 4-12-2018, DJe 18-12-2018) ÔNUS DA PROVA ORIGEM LÍCITA DO BEM NA RECEPTAÇÃO No exato instante em que o agente adquire, recebe, oculta, conduz ou transporta o bem que saber ser produto de crime. CONSUMAÇÃO Nas condutas adquirir e receberCRIME INSTANTÂNEO 8. RECEPTAÇÃO PRÓPRIA Nas condutas ocultar, conduzir ou transportar é crime permanente - consumação se prolonga durante todo o período em que receptador estiver conduzindo, transportando ou escondendo o objeto de origem criminosa CRIME PERMANENTE NORMA PENAL EXPLICATIVA Art. 180 § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. 8. RECEPTAÇÃO PRÓRPIA ou IMPRÓPRIA REGRAS 1. O receptador pode ser punido ainda que não se saiba quem foi o autor do crime antecedente 2. O receptador pode ser punido ainda que seja isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa Desconhecido, falecido excludentes de culpabilidade, escusas absolutórias Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (R. 9.426/1996) 8. RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA TERCEIRO BOA-FÉ ADQUIRA RECEBA OCULTE COISA QUE SABER SER PRODUTO DE CRIME CONDUTA TÍPICA INFLUIR ELEMENTO SUBJETIVO DA RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA CRIME DOLOSO (DOLO DIRETO) Vontade livre e consciente para influir que terceiro de boa-fé adquira, receba ou oculte coisa que sabe ser produto de crime RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA AGENTE TEM QUE SABER QUE A COISA É PRODUTO DE CRIME (DOLO DIREITO) ANTES OU NO MOMENTO QUE PRATICA A CONDUTA TÍPICA Art. 180 - Adquirir, receber, transportar,conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (R. 9.426/1996) No exato momento em que o agente oferece o bem, independentemente de o terceiro ter realmente se convencido e o adquirido ou recebido CONSUMAÇÃO Não depende do terceiro de boa-fé receber, adquirir ou ocultar a coisa produto de crime CRIME FORMAL 8. RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA VICTOR EDUARDO TENTATIVA Art. 180 § 6º - Tratando-se de bens do patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. RECEPTAÇÃO MAJORADA Aplica-se a receptação própria e imprópria Art. 180, caput Art. 180 § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime: Pena — reclusão, de três a oito anos, e multa. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA CONDUTAS TÍPICAS ADQUIRIR, RECEBER, TRANSPORTAR CONDUZIR, OCULTAR, TER EM DEPÓSITO DESMONTAR, MONTAR, REMONTAR VENDER, EXPOR À VENDA OU QUALQUER FORMA UTILIZAR EM PROVEITO PRÓPRIO ou ALHEIO NO EXERCÍCIO ATIVIDADE COMERCIAL ou INDUSTRIAL COISA QUE DEVE SABER SER PRODUTO DE CRIME Art. 180 § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência. RECEPTAÇÃO QUALIFICADA SUJEITO ATIVO ATIVIDADE COMERCIAL ATIVIDADE INDUSTRIAL COMÉRCIO IRREGULAR COMÉRCIO CLANDESTINO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES COM HABITUALIDADE CRIME PRÓPRIO QUALIDADE ESPECIAL DO SUJEITO ATIVO ELEMENTO SUBJETIVO DA RECEPTAÇÃO QUALIFCADA CRIME DOLOSO (DOLO EVENTUAL) Vontade livre e consciente para influir que terceiro de boa-fé adquira, receba ou oculte coisa que deve saber ser produto de crime RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA AGENTE DEVE SABER QUE A COISA É PRODUTO DE CRIME (DOLO EVENTUAL) ANTES OU NO MOMENTO QUE PRATICA A CONDUTA TÍPICA Art. 180 § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime: Pena — reclusão, de três a oito anos, e multa. “...Não obstante a falta de técnica na redação do dispositivo em comento, a modalidade qualificada do § 1º abrange tanto o dolo direto como o dolo eventual, alcança a conduta de quem “sabe” e de quem “deve saber” ser a coisa produto de crime. Ora, se o tipo pune a forma mais leve de dolo (eventual), a conclusão lógica é de que, com maior razão, também o faz em relação à forma mais grave (dolo direto), ainda que não o diga expressamente. Se o dolo eventual está presente no tipo penal, parece evidente que o dolo direto também esteja, pois o menor se insere no maior. Deste modo, não há que se falar em violação ao princípio da razoabilidade e da proporcionalidade (...) denego a ordem de habeas corpus” (STF — HC 97.344 — 2a Turma — Rel. Min. Ellen Gracie — DJ 28-5-2009) RECEPTAÇÃO QUALIFICADA É COMPATÍVEL COM O DOLO DIRETO? ELEMENTO SUBJETIVO DA RECEPTAÇÃO QUALIFICADA ELEMENTO SUBJETIVO DA RECEPTAÇÃO QUALIFICADA “1. Não há ofensa aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, pela majoração da pena de um delito praticado com dolo eventual (art. 180, § 1o, do Código Penal) em detrimento de um crime praticado com dolo direto (art. 180, caput, do Código Penal), pois o legislador objetivou apenar mais gravemente aquele que sabe ou devia saber que o produto era de origem criminosa e, ainda sim, dele se utilizou para a atividade comercial ou industrial” (HC 186.066/SP — Rel. Min. Laurita Vaz — 5a Turma — julgado em 5-2-2013, DJe 15-2-2013) CONDUTAS TÍPICAS ADQUIRIR, RECEBER, TRANSPORTAR CONDUZIR, OCULTAR, TER EM DEPÓSITO DESMONTAR, MONTAR VENDER FINALIDADE DE PRODUÇÃO ou COMERCIALIZAÇÃO semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes QUE DEVE SABER SER PRODUTO DE CRIME ELEMENTO SUBJETIVO DO TIPO Receptação de animal Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime: Pena — reclusão, de dois a cinco anos, e multa. RECEPTAÇÃO DE SEMOVENTES DOMESTICÁVEL DE PRODUÇÃO (Lei 13.330/2016) Receptação de animal Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime: Pena — reclusão, de dois a cinco anos, e multa. CRIME DOLOSO (DOLO EVENTUAL) Vontade livre e consciente Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime. STF e STJ Abrande também o dolo direto - assim como o art. 180, §1º RECEPTAÇÃO DE SEMOVENTES DOMESTICÁVEL DE PRODUÇÃO (Lei 13.330/2016) Art. 180 § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) RECEPTAÇÃO PRIVILEGIADA REQUISITOS E AS CONSEQUÊNCIAS SÃO OS MESMOS DO FURTO (Art. 155, §2º) PRIVILÉGIOS Aplicada na receptação própria e imprópria Incabível na receptação culposa http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1 CONDUTAS TÍPICAS ADQUIRIR RECEBER COISA QUE DEVER PRESUMIR-SE OBTIDA POR MEIO CRIMINOSO EM RAZÃO 1. Natureza 2. Desproporção entre valor e preço 3. Condição de que a oferece QUE DEVE SABER SER PRODUTO DE CRIME Parâmetros identificar conduta culposa Art. 180 § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: Pena — detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas. RECEPTAÇÃO CULPOSA Art. 180 § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) PERDÃO JUDICIAL NA RECEPTAÇÃO CULPOSA REQUISITOS PRIMARIEDADE DO AGENTE CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME DENOTAM POUCA GRAVIDADE DIREITO SUBJETIVO DO ACUSADO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm#art1 Muito obrigado
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