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Sistemas de governo

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IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
SISTEMAS DE GOVERNO
O sistema de governo diz
respeito à forma como são
estruturadas as relações entre as
funções do poder político. Em termos
aplicáveis aos Estados modernos, a
concepção de sistema de governo se
refere à relação entre os poderes
Legislativo e Executivo.
Assim, temos o Sistema
Parlamentarista, em que se verifica a
preponderância do Poder Legislativo,
e o Sistema Presidencialista, em que
temos maior concentração de poder
nas mãos do Poder Executivo. Já
evidenciando a tônica do poder: no
parlamentarismo, há concentração de
poderes no parlamento, enquanto no
presidencialismo, o presidente.
Sistema Parlamentarista.
Foi concebido na fase em que
havia um compromisso liberal entre a
Monarquia e a aristocracia burguesa,
consolidando seu poder político por
meio do Parlamento.
Diante da exposição feita, temos
que o parlamentarismo é o sistema de
governo baseado na relação estreita
entre os poderes legislativo e
executivo, sendo o Chefe de Governo
(Poder Executivo) eleito pelo
Parlamento (Poder Legislativo). Há,
portanto, uma evidente relação de
dependência do Executivo para com o
Legislativo, o qual, neste sistema,
figura como mais empoderado.
A partir desta questão, podemos
afirmar que no sistema parlamentarista
não há uma tão rígida separação dos
poderes, mas uma relação de
colaboração.
Como exemplo, tem-se o Reino
Unido, com sua marcante chefe de
Estado, Rainha Elizabeth, tendo um
sistema Monarquista Parlamentarista,
a rainha teria cargo hereditário e
vitalício, e um poder somente
representativo do Estado, um poder
moral, simbólico. Já o Chefe de
Governo é o Primeiro Ministro
(chanceler) ou um Conselho de
Ministros. Sendo eles quem, de fato,
toma as decisões políticas internas
(como faz o nosso Presidente da
República) e governa o Estado.
Dissolução do Parlamento.
A dissolução do Parlamento
consiste em um ato do Chefe de
Estado (Monarca ou Presidente)
diante da impossibilidade de o
Parlamento formar uma maioria para
eleger o governo.
Em casos de Repúblicas
Parlamentaristas, é natural que haja a
participação efetiva do povo na
concessão de poderes ao Chefe de
Estado (Presidente, neste caso),
dando legitimidade democrática a este
evento de dissolução do Parlamento.
Já no caso de Monarquias
Parlamentaristas, evidentemente o
Monarca, na qualidade de Chefe de
Estado, é quem dissolve o
Parlamento. Encerrando
antecipadamente o mandato de todos
os membros do Parlamento e convoca
novas eleições, que serão realizadas
no prazo previsto na Constituição
visando à formação de um novo
Parlamento.
O instituto da dissolução do
Parlamento é levar ao povo, soberano,
a decisão, mediante a convocação de
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
novas eleições; daí ser apontado, por
vezes, como um mecanismo de
autenticação da democracia.
Presidencialismo.
É o sistema de governo em que o
Presidente da República exerce
cumulativamente as funções de Chefe
de Estado e Chefe de Governo, ou
seja, Chefe do Executivo, não
havendo qualquer subordinação entre
o Executivo e o Legislativo.
O Poder Executivo é uno, isto é,
centra-se no Presidente, de tal modo
que seus ministros representam mera
extensão de seu poder e, portanto,
são eleitos e destituídos a qualquer
momento por ele, diz-se que são
demitidos por ad nutum (por aceno),
isso é, por ato que depende
exclusivamente da vontade do
Presidente.
Desta maneira, temos que o
Presidente escolhe os Ministros sem
qualquer dependência do Legislativo,
visto que, no contexto de um sistema
pluripartidário, como é o caso do
Brasil, os ministérios são importantes
moedas de troca para que o
Presidente conquiste bases no
Legislativo, sem as quais seu governo
tende a ser conturbado, pois, no
presidencialismo, é possível a eleição
de um legislativo totalmente contrário
aos ideais do Chefe do Executivo.
Dessa forma, na qualidade de
Chefe de Estado brasileiro, compete
ao Presidente exercer o comando
supremo das Forças Armadas, além
de nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica
(vide nossa CF/88, Art. 84, XIII), além
de manifestar sua concordância ou
veto às decisões tomadas pelo
Legislativo, o que configura como
mecanismo de abrandamento deste
poder e de equilíbrio entre os poderes.
A característica mais marcante
desta forma de governo é as eleição
diretas, no entanto, já ocorreu na
história em sistemas presidencialistas
em que há a eleição indireta para
Presidente, por meio de uma votação
realizada no Congresso, tal como se
deu no Brasil durante o período
ditatorial (1964 - 1985) e,
contemporaneamente, nos Estados
Unidos, onde a eleição se faz por
intermédio de delegados. De toda
forma, a eleição direta traduz-se na
mais alta expressão dos ideais
democráticos, o qual, inclusive, o faz
ser diferente substancialmente do
parlamentarismo.
Nesse sistema de governo, o
Presidente da República não possui
responsabilidade política, ou seja, o
mesmo não pode perder seu cargo em
virtude de impopularidade, má gestão
ou pelo simples fato de perder a
maioria do Congresso ou o apoio da
população, pois, por ter sido
legitimamente eleito, impor
responsabilidade política estaria
limitando a soberania do povo.
Contudo, possui
responsabilidade jurídica,
respondendo por crimes cometidos
durante o exercício de sua
competência constitucional, sendo seu
afastamento possibilitado apenas por
meio do processo de impeachment.
Diante da impossibilidade de
dissolução do Legislativo e de retirada
do Presidente por motivos meramente
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
políticos, eventual disputa de poder
entre o Legislativo e o Executivo tende
a se transformar em grave crise
institucional se as partes não forem
hábeis negociar rapidamente uma
saída.
Semipresidencialismo
No Semipresidencialismo,
encontram-se elementos do
Parlamentarismo e do
Presidencialismo: também haverá dois
chefes do Poder Executivo, um de
Governo e um de Estado, e também
haverá a figura do Presidente e a
figura do Primeiro Ministro.
A diferença principal que se
encontra neste sistema é que ambos
os chefes terão função de Governo,
dividindo suas competências dentro do
Executivo em cooperação interna.
Sendo assim, o presidente possui
papel mais significativo do que no
sistema parlamentarista, deixando de
ser uma figura simplesmente moral,
representativa de valores.
Ainda assim, o Primeiro Ministro
é quem desempenha a maior parte
das atribuições do Chefe de Governo,
sendo ele escolhido pelo Congresso e
subordinado a ele, como acontece no
sistema Parlamentarista. Este sistema
ocorre na França, na Rússia e em
Portugal.

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