Buscar

Material Interativo - AVA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 89 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATERIAL DE USO EXCLUSIVO, PROIBIDO COMPARTILHAR EM 
 GRUPOS OU COM PESSOAS NÃO AUTORIZADAS 
 Metodologia da 
 Pesquisa - D1.20221.A 
 TÓPICOS DE ESTUDO 
 Clique nos botões para saber mais 
 Técnicas de estudo 
 – 
 - 
 Leitura científica e redação científica 
 – 
 // Estilo da redação técnico-científica 
 // Parágrafo no texto técnico-científico 
 Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e compreensão de intertextos 
 – 
 - 
 Trabalhos científicos 
 – 
 - 
 Gêneros acadêmicos 
 – 
 // Resumo 
 // Resenha 
 // Esquema 
 // Fichamento 
 // Paper 
 // Artigo científico 
 Ensaio científico 
 – 
 // Apresentação gráfica 
 Normas metodológicas e elementos da estrutura do artigo científico 
 – 
 // Elementos pré-textuais 
 // Elementos textuais 
 // Elementos pós-textuais 
 // Apresentação de ilustrações e tabelas 
 Seção 3 de 9 
 Técnicas de estudo 
 O desenvolvimento de um trabalho técnico-científico exige uma postura diferenciada no que se refere 
 às suas etapas e ela deve ter início desde as primeiras decisões. 
 A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da pesquisa de seu interesse, você deve 
 organizar um plano de atividades, pois faz-se necessária a máxima organização para que 
 tenha sucesso ao final de todo seu empenho. 
 Gilberto Andrade Martins, no livro Manual para elaboração de monografias e dissertações , de 
 2002, propõe um roteiro inicial de pesquisa, visto que a organização dos passos a serem 
 dados é de extrema importância, e, levando-se em conta as características individuais de 
 cada trabalho, podemos observar a síntese dos itens desse roteiro como um procedimento 
 de abertura: 
 ● 1 
 ● Escolha do tema-problema; 
 ● 2 
 ● Identificação das limitações sobre o que será abordado; 
 ● 3 
 ● Formulação de objetivos; 
 ● 4 
 ● Levantamento bibliográfico; 
 ● 5 
 ● Leitura do material selecionado com registros; 
 ● 6 
 ● Análise e interpretação dos dados coletados; 
 ● 7 
 ● Elaboração de conclusões; 
 ● 8 
 ● Elaboração de introdução; 
 ● 9 
 ● Registro de bibliografias e anexos; 
 ● 10 
 ● Revisão geral; 
 ● 11 
 ● Digitação; 
 ● 12 
 ● Entrega e/ou apresentação. 
 No entanto, outras preocupações devem ficar em evidência, entre elas, temos as técnicas de 
 estudo e você pode lembrar-se de ações como grifar trechos lidos, fazer releituras, fazer uso 
 de mnemônicos , elaborar resumos etc.; entretanto, não se trata disso neste momento. 
 EXPLICANDO 
 Mnemônico, segundo Houaiss (2004, p. 500), é relativo à memória, aquilo que ajuda a reter 
 na memória; relaciona-se a técnicas para desenvolver a memória por meio de processos de 
 combinação e associação de ideias. Isso quer dizer que a elaboração de esquemas, mapas 
 mentais, símbolos ou frases de efeito, assim como o uso de palavras que permitam essa 
 rápida associação e assimilação fazem parte da mnemônica. 
 Obviamente, as formas mencionadas são bastante usadas pelos estudantes em geral, porém, 
 é preciso evidenciar que existem diferentes formas de pesquisa que geram diferentes 
 tipologias de estudos, pois estamos tratando da elaboração de um texto técnico-científico e, 
 de acordo com o seu objeto de interesse, podem ser combinadas duas ou mais modalidades, 
 não recaindo sobre um único indicativo. 
 Temos quatro gêneros de técnicas de estudo, intercomunicados, são eles: 
 Clique nos cards para saber mais 
 PESQUISA TEÓRICA 
 Aquela que se dedica ao estudo de teorias; 
 PESQUISA METODOLÓGICA 
 Aquela que se dedica aos modos de fazer-se ciência; 
 PESQUISA EMPÍRICA 
 Aquela que se dedica a codificar o que é possível ser medido dentro da realidade social; 
 PESQUISA PRÁTICA 
 Aquela voltada para a intervenção na realidade social. 
 Diagrama 1 . Técnicas de estudo (tipos de pesquisas). 
 Assim, levando em consideração que você deverá observar o objeto de estudo de seu 
 trabalho, a seguir, serão evidenciadas algumas modalidades de pesquisa geradas a partir dos 
 gêneros mencionados, para que seja possível decidir quais os procedimentos mais 
 adequados a esse estudo: 
 Clique nos botões para saber mais 
 Análise de conteúdo 
 – 
 Com a ocorrência de análise de conteúdos escritos em jornais e revistas e que são usados como 
 fontes de informações; 
 Bibliográfico 
 – 
 Estudo das contribuições científicas sobre determinado assunto; 
 Censo 
 – 
 Levantamento de informações de todos os integrantes do universo pesquisado; 
 Clínico 
 – 
 Baseado em técnicas de entrevistas, da história de vida, do aconselhamento, de psicodiagnósticos; 
 Comparativo 
 – 
 Trata-se de um procedimento científico que examina casos, fenômenos ou coisas por analogia, 
 descobrindo aspectos em comum, regularidades e princípios; 
 Crítico-dialético 
 – 
 Apoia-se na dinâmica da realidade e na relação teoria e prática; suas propostas são críticas e com o 
 objetivo de desvendar conflitos de interesses; 
 De campo 
 – 
 Corresponde à coleta direta de informações em locais nos quais acontecem os fenômenos em 
 estudo; 
 Dedutivo 
 – 
 Apresenta um conjunto de proposições particulares contidas e verdades universais, partindo de uma 
 premissa de valor universal para uma particularidade, justifica-se pela verdade, pela coerência e não 
 contradição; 
 Descritivo 
 – 
 Tem como objetivo a descrição das características de determinado fenômeno ou população; 
 Documental 
 – 
 Reúne, classifica e distribui documentos de todo gênero das atividades humanas; 
 Empírico-analítica 
 – 
 Faz utilização de técnicas de coleta, analisando dados quantitativos para validação de provas 
 científicas; 
 Entrevista 
 – 
 Ocorre um processo de interação social, baseada em interlocutores que assumem papéis, 
 respectivamente de entrevistador e de entrevistado; pode ocorrer em profundidade, em grupo ou de 
 forma não diretiva; 
 Estatístico 
 – 
 Leva em conta a obtenção, organização, análise e apresentação de dados numéricos; 
 Estudo de caso 
 – 
 Refere-se ao estudo de interações ambientais de uma unidade social, num recorte temporal; 
 Experimental 
 – 
 É aquele que tenta descobrir relações causais; 
 Fenomenológico 
 – 
 Consiste em uma visão intelectual do objeto, com base e intuição, propondo uma reflexão contínua 
 sobre a importância dos processos adotados; 
 Fenomenológico-hermenêutica 
 – 
 Faz utilização de técnicas não quantitativas, trabalhando com estudos teóricos e análise de 
 documentos e textos, apresentando propostas críticas, busca processos lógicos de interpretação; 
 Histórica 
 – 
 Reconstruindo o passado de forma sistemática, faz-se a verificação de evidências e delineação de 
 conclusões; 
 Indutivo 
 – 
 Parte do particular para a generalização como produto de um trabalho de coleta de dados 
 particulares; 
 Laboratório 
 – 
 Realizado em recinto fechado, exige instrumentação, objetivos, manipulação de instrumentos; 
 Levantamento 
 – 
 Caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento deseja-se conhecer; 
 Método redutivo 
 – 
 Observam o que, através da ciência, é permitido conhecer, descobrir, descrever e predizer em relação 
 a fenômenos de ocorrência real; 
 Observacional 
 – 
 Trata-se de procedimentos empíricos, ou seja, baseados na experiência; 
 Pesquisa de avaliação 
 – 
 Trata-se de um tipo especial de pesquisa aplicada, elaborada para avaliar programas de 
 melhoramentos dentro da sociedade; 
 Semiótico 
 – 
 Estuda os sinais e seus significados, dando relevância à importância e precisão dos símbolos. 
 Outros procedimentos ainda poderiam ser elencados, tais como correlacional, 
 desenvolvimentista,projetivo, psicodrama, sociodrama, história de vida, história oral, 
 etnográfico, estudo de mercado, exploratório etc.; entretanto, a enumeração feita engloba a 
 maioria utilizada. 
 Assim, as modalidades de estudo podem ocorrer de forma simultânea durante a realização 
 de suas pesquisas, sua escolha quanto às técnicas adequadas dependerá do objeto de estudo 
 e dos objetivos que desejará alcançar. 
 VAMOS REFORÇAR O QUE APRENDEMOS ATÉ AGORA? 
 Iniciando o desenvolvimento de um trabalho técnico-científico, precisamos considerar o item 
 técnicas de estudo; a que esse item se refere nesse caso específico? 
 ● Refere-se a marcações que fazemos nos textos durante a leitura e releitura desses. 
 ● Refere-se à necessidade de escolha de uma única modalidade específica de estudo e 
 pesquisa. 
 ● Refere-se às possibilidades de estudo e pesquisa, ou seja, teórica, metodológica, empírica ou 
 prática. 
 Leitura científica e redação científica 
 A preparação para a elaboração de um texto técnico-científico exige a leitura de diversos 
 outros textos, alguns apresentando maior ou menor grau de dificuldade. 
 Marshall McLuhan, na obra Os meios de comunicação com extensão do homem , de 1964, 
 classificou como de informação fria ou de informação quente ao referir-se aos meios de 
 comunicação, mas conseguimos transpor essa classificação para quaisquer tipos de textos 
 escritos, pois as noções de quente e frio relacionam-se à concentração de informações, 
 respectivamente, com baixo grau de tensão e complexidade e com alto grau. 
 Evidentemente, essas concentrações exigem menos ou mais do leitor e de seu repertório. 
 Estando nessa situação, procure realizar uma leitura global que lhe permita uma ideia geral 
 do texto e de como está estruturado. 
 Em seguida, preocupe-se em destacar ideias, fazendo anotações, tentando observá-las de 
 forma mais crítica, verificando, de modo mais reflexivo, como aparecem os argumentos que 
 dão base às mesmas, ou seja, como o autor defende os seus pontos de vista. Assim, evite 
 fazer anotações logo de início, seja paciente e permita-se a releitura para maior assimilação 
 do que é apresentado. 
 Diagrama 2 . Passos da leitura científica. 
 A redação científica deve ter elaboração que se caracterize pela objetividade, visto que aquilo 
 que se pretende destacar é o conteúdo das afirmações que são feitas, ou seja, o que é 
 enunciado deve ter destaque e não o enunciador; isso quer dizer que a subjetividade deve ser 
 deixada de lado, neutralizando a presença desse enunciador. 
 O texto de caráter científico deve apresentar um discurso de persuasão e, nesse caso, 
 torna-se mais convincente quando elaborado de modo a criar efeitos de sentido de 
 objetividade, sem a presença de verbos e pronomes que indiquem a primeira pessoa do 
 singular, explorando verbos que indicam a certeza e o valor denotativo das palavras, além de 
 fazer uso da língua padrão na sua expressão formal. 
 ESTILO DA REDAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA 
 O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar temática referente à ciência, na qual 
 se usa o instrumental teórico com o propósito de possibilitar a discussão científica na área 
 para qual o texto se remete. 
 É importante notar que o estilo de redação usado em artigos científicos não segue as 
 mesmas características dos artigos jornalísticos ou até mesmo dos textos literários e 
 publicitários. 
 A linguagem da discussão científica tem suas próprias características por empregar a 
 linguagem técnica em seu nível padrão, respeitando as regras gramaticais e com estilo 
 próprio, de acordo com a especificidade de cada área. 
 Sobre o estilo de redação na comunicação científica: 
 [...] um artigo científico exige que o autor expresse o que sabe sobre o tema, utilize a língua 
 vernácula de maneira precisa e exponha as ideias de maneira simples e com palavras que 
 não sejam rebuscadas. Deve-se usar linguagem padrão (por exemplo: homem) e não a 
 expressão coloquial (por exemplo: camarada) e nunca gíria (por exemplo: cara, careta). 
 Atenção especial ao uso, ou não, do jargão (termos técnicos), pois influencia a compreensão 
 do leitor do periódico em que irá publicar (SECAF, 2004, p. 47). 
 Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, como ensina Israel 
 Azevedo, no livro O prazer da produção científica (1998), seu texto terá de perseguir os 
 princípios básicos de qualquer comunicação, como clareza, concisão, correção, 
 encadeamento, consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade, entre 
 outros compromissos. 
 Após essas definições teóricas, é importante priorizar algumas características na hora de 
 produzir o seu artigo: 
 Clique nos botões para saber mais 
 a) Coerência 
 – 
 Via de regra, em cada etapa do artigo científico se imprime uma sequência que deve ser repetida. Por 
 exemplo, a sequência de ideias que foi anunciada no resumo deve estar detalhada na introdução e 
 seguir o mesmo ordenamento no desenvolvimento. Nas considerações finais, deve-se evidenciar os 
 aspectos essenciais do artigo, na ordem em que foram apresentados no desenvolvimento. Isso quer 
 dizer que, entre as etapas do texto, não pode ocorrer contradição de ideias, elas devem estar 
 organizadas de tal forma que não ocorram trechos que apresentem falta de sentido diante de algo 
 que já foi mencionado, por isso, a releitura do texto deve ser constante. 
 b) Objetividade 
 – 
 Os assuntos em pauta, na linguagem científica, devem ser abordados de maneira simples, evitando 
 expressões evasivas, com significados dúbios e palavras de difícil compreensão. Na redação 
 técnico-científica, deve-se perseguir com afinco a objetividade, como reforça Antônio Gil, em Métodos 
 e técnicas em pesquisa social , de 2002, o texto deve ser escrito em linguagem direta, evitando-se que 
 a sequência seja desviada com considerações irrelevantes. A argumentação deve apoiar-se em 
 dados e provas e não em considerações e opiniões pessoais. 
 c) Concisão: 
 – 
 Procure dizer o máximo com o menor número de palavras. Novamente de acordo com Azevedo 
 (1998, p. 113), a concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada vez que se faz isso, 
 descobre-se uma repetição de ideias ou de palavras, nota-se vocabulário supérfluo, encontra-se uma 
 maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras. 
 d) Clareza 
 – 
 O texto científico deve primar pela redação clara, não deixando margem às diferentes interpretações. 
 É fundamental que se evitem comentários irrelevantes e redundantes. 
 Um bom teste para a clareza de seu texto é solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela fizer alguma 
 pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repita o teste (AZEVEDO, 1998, p. 112). 
 e) Precisão 
 – 
 Toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um vocabulário preciso é 
 aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge seu propósito. Deve-se utilizar uma 
 nomenclatura aceita no meio científico de cada área. 
 f) Imparcialidade: 
 – 
 O trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo posicionamento adotado em um texto 
 deve amparar-se em fatos e dados evidenciados pela pesquisa. O autor deve primar por manter seu 
 posicionamentoe suas escolhas de pesquisa sem assumir uma postura unilateral. 
 g) Encadeamento: 
 – 
 O texto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o entendimento do público. indica 
 > público, indicando como deve ser uma boa redação técnico-científica: 
 [...] encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si. Procure tornar cada frase um 
 desenvolvimento do que veio antes, numa sequência lógica, tanto para explicar, quanto para 
 demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafo deve estar em harmonia e em tranquila 
 transição com o anterior e com o posterior. O mesmo vale para tópicos e capítulos (AZEVEDO, 1998, 
 p. 119). 
 h) Impessoalidade: 
 – 
 O texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na terceira pessoa e que se 
 evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o meu estudo”, “o meu artigo”. O que se postula é que 
 se use “esta pesquisa”, “este estudo”, “este artigo”. 
 Diagrama 3 . Características da redação técnico-científica. 
 PARÁGRAFO NO TEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO 
 Escrever na linguagem exigida pela comunidade científica não é nenhum bicho de sete 
 cabeças. Mesmo assim, é comum isso gerar desconfortos. 
 // Como devo iniciar a escrita? Como se deve iniciar um parágrafo? 
 De acordo com Victoria Secaf, no livro Artigo cientifico: do desafio à conquista , publicado em 
 2004: o parágrafo tem por finalidade expressar etapas do raciocínio e, portanto, conter uma 
 única ideia; não se trata de divisões estáticas e sim que o parágrafo seguinte tenha uma 
 relação com anterior. 
 Cada parágrafo tem um objetivo a ser cumprido e cada qual com etapas de raciocínio. E cada 
 raciocínio existente no parágrafo deve ter sequência lógica. Ou seja, não pode ser disposto 
 de qualquer maneira, pois se isso ocorrer, pode levar o leitor a não compreender seu 
 raciocínio ou, até mesmo, levá-lo a se perder no raciocínio exposto. 
 O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. 
 Por isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua complexidade dependem da própria 
 natureza do raciocínio. 
 Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de um texto composto por 
 vários parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada 
 parágrafo contém uma argumentação completa , levando a uma conclusão. Após concluir 
 esse argumento, mude de parágrafo. 
 EXPLICANDO 
 O argumento é um tipo de enunciado que fundamenta o ponto de vista e aumenta o poder de 
 persuasão do texto, contribui para o trabalho de neutralização da figura do enunciador e 
 para o efeito de objetividade do texto. Os tipos de argumentos mais usados na redação 
 técnico-científica são os argumentos de autoridade, aqueles apoiados na consensualidade, 
 os de comprovação pela experiência ou pela observação e de fundamentação lógica, entre 
 outros encontrados durante a realização das pesquisas (FIORIN; PLATÃO, 2005). 
 VAMOS REFORÇAR O QUE APRENDEMOS ATÉ AGORA? 
 Sabemos que algumas características do texto devem ser tratadas como de grande 
 importância durante a elaboração de um texto técnico-científico. Relacione cada característica 
 à informação adequada. 
 ● Coerência 
 ● Objetividade 
 ● Concisão 
 ● Não entrar em contradição. 
 ● Não apresentar considerações pessoais. 
 ● Dizer muito com poucas palavras. 
 Seção 5 de 9 
 Textos científicos: leitura, compreensão de contextos e compreensão de intertextos 
 A leitura de um texto compreende mais do que a mera decodificação do código vigente, isto 
 é, não basta que o leitor consiga identificar letras, palavras, frases e períodos; ler significa 
 conseguir apreender e compreender o seu conteúdo, ou seja, ocorrem processos cognitivos 
 que permitem que esse leitor apodere-se das ideias registradas por outros. 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais, utilizados para a tomada de decisões sobre os 
 caminhos da educação em nosso país, declaram que: 
 [...] a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do 
 significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre 
 o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema 
 de escrita etc (2001, p. 53). 
 Assim, precisamos entender que nenhum texto é isolado em si mesmo e também não 
 representa uma manifestação da individualidade do seu produtor: 
 De uma forma ou de outra, constrói-se um texto para, através dele, marcar uma posição ou 
 participar de um debate de escala mais ampla que está sendo travado na sociedade. Até 
 mesmo uma simples notícia jornalística, sob a aparência de neutralidade, tem sempre 
 alguma intenção por trás (FIORIN; PLATÃO, 2005, p. 13). 
 Isso quer dizer que uma boa leitura não pode estar baseada em observação de fragmentos de 
 um texto, pois determina-se cada parte do mesmo pelo contexto em que se encaixa. 
 Ainda, aquele que produz o texto tem em mente que encontrará um leitor capaz de entender 
 as suas partes e relacioná-las ao todo, assim como relacionar esse texto à sua situação de 
 produção, ou seja, ao seu contexto. 
 Entendem-se por contexto as circunstâncias que podem ser relativas aos fatos, a recortes 
 num período histórico, a conjunturas específicas etc.; o produtor do texto pressupõe que a 
 leitura conseguirá atingir as informações que estão por trás dele. 
 Também, em muitos momentos, o leitor tem que lidar com a intertextualidade, isto é, a 
 relação entre textos, ocorrendo citações explícitas ou implícitas, exigindo que seu universo 
 cultural e o conjunto de informações que carrega permitam-lhe o reconhecimento dessas 
 relações. É, portanto, do repertório do leitor, do seu acúmulo de conhecimentos, que 
 depende a sua percepção das relações intertextuais e das referências que são feitas de um 
 texto para outro. 
 Faz-se necessário, desse modo, que ampliemos nossa capacidade de leitura, buscando não 
 só a sua prática constante, mas também a aquisição de conhecimentos diversos, para que 
 ampliemos nossa compreensão dos diversos contextos e das relações intertextuais. 
 Evidentemente, durante a realização de um trabalho de caráter técnico-científico, 
 ressalta-se essa necessidade. 
 Seção 6 de 9 
 Trabalhos científicos 
 Na vida acadêmica, o estudante depara-se com diversos tipos de trabalhos científicos, 
 dentre eles: trabalhos de graduação, trabalho de conclusão de curso, monografia, 
 dissertação e tese. Cada um deles apresenta peculiaridades, como a sistemática, a 
 investigação ou a fundamentação. Contudo, mesmo que cada trabalho seja elaborado com 
 finalidades específicas, é possível visualizar neles um padrão que compreende – de modo 
 geral – introdução, desenvolvimento e conclusão. A seguir, conheceremos algumas 
 características específicas dos trabalhos científicos. 
 Clique nos botões para saber mais 
 Trabalhos de graduação 
 – 
 No decorrer da sua graduação, é bem provável que o estudante tenha elaborado trabalhos para 
 disciplinas diversas. Eles não necessariamente tinham como pretensão atingir o cunho científico dos 
 trabalhos de excelência da área em que estudou, mas oportunizar o desenvolvimento de um 
 raciocínio aos moldesdas pretensões científicas. É possível mencionar que os trabalhos de 
 graduação também têm como propósito permitir uma revisão bibliográfica ou literária de um 
 determinado assunto ou assimilar conteúdo específico de uma área científica.” 
 Trabalhos de conclusão de curso 
 – 
 O trabalho de conclusão de curso (TCC) é tido como uma monografia sobre um assunto específico. 
 Este trabalho possibilita a investigação sobre determinados temas ou fenômenos por meio da análise, 
 reflexão e produção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da pesquisa perante uma banca 
 examinadora. 
 Na monografia de graduação, é suficiente a revisão bibliográfica, ou revisão de literatura. É mais um 
 trabalho de assimilação de conteúdo, de confecção de fichamentos e, sobretudo, de reflexão. É uma 
 pesquisa bibliográfica, o que não exclui a capacidade investigativa de conclusões ou afirmações de 
 autores consultados. 
 Monografia 
 – 
 Como se pode verificar literalmente, monografia é um trabalho intelectual concentrado em um único 
 assunto. A monografia, exigida para a obtenção do título de especialista em alguns cursos de 
 pós-graduação lato sensu, é semelhante ao TCC, apresentado em cursos de graduação. Por isso, 
 alguns pensadores, acreditam que não há razão para falar em três níveis: monografia, dissertação e 
 tese. Todos são trabalhos monográficos, dissertativos, mas com características distintas. 
 A diferença entre eles está no grau acadêmico: o graduando faz a monografia, enquanto quem 
 busca o mestrado faz a dissertação e o doutorando desenvolve a tese. Apesar da diferenciação, o 
 texto não deixa de ser monografia, cada qual com a sua peculiaridade. 
 Dissertação 
 – 
 A dissertação, que ultimamente se destina aos trabalhos de cursos de pós-graduação stricto sensu 
 (mestrado), busca principalmente a reflexão acerca de um determinado tema ou problema, o que 
 ocorre pela exposição das ideias de maneira ordenada e fundamentada. Dessa forma, como 
 resultado de um trabalho de pesquisa, a dissertação deve ser um estudo mais completo possível em 
 relação ao tema escolhido. 
 De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento que representa o resultado de 
 um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem 
 delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve 
 evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização 
 do candidato. 
 Tese 
 – 
 A tese, a exemplo da dissertação dirigida para o mestrado, cumpre o papel do trabalho de conclusão 
 de pós-graduação stricto sensu (doutorado). Caracteriza-se como um avanço significativo na área do 
 conhecimento em estudo. De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), tese é um documento que 
 representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema 
 único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em 
 real contribuição para a especialidade em questão. 
 A tese tem a finalidade de abordar algo novo em um determinado campo do conhecimento, de forma 
 a promover uma descoberta ou dar uma real contribuição para a ciência. Para Odilia Fachin, na obra 
 Fundamentos de metodologias , publicada em 2003, a tese é entendida como um trabalho científico 
 habitualmente exigido nos cursos de pós-graduação e que deve ser defendido oralmente em público. 
 A tese deve apresentar um estudo original que traga uma contribuição para a sociedade científica, 
 com rigor na argumentação, apresentação de provas das afirmações e profundidade das ideias. 
 Diagrama 4 . 
 Trabalhos científicos. 
 Gêneros acadêmicos 
 Quando pensamos nos trabalhos referentes à Metodologia da Pesquisa Científica, outra subdivisão 
 de grande importante é a que define os gêneros acadêmicos. 
 São os tipos de trabalhos de curta duração, que servem para o aluno desenvolver seu 
 conhecimento sobre determinado assunto durante o curso e reforçar seu aprendizado. 
 A seguir, você conhecerá as peculiaridades dos gêneros mais utilizados tanto durante a 
 graduação como na pós. 
 RESUMO 
 O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. Seu objetivo é 
 fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao 
 texto original e/ou transmitir informações de caráter complementar. 
 É a condensação de um texto, colocando em destaque os elementos de maior interesse e 
 importância. Sua finalidade é difundir as informações contidas em livros, artigos ou outros 
 documentos e auxiliar o estudante nos seus estudos teóricos, assim como ajudar o 
 profissional a relembrar o assunto e praticar da melhor forma possível. 
 Uma modalidade específica desse tipo de trabalho é o resumo crítico . Ele é uma redação 
 técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. O que 
 difere o resumo do resumo crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta 
 etapa, logo após introdução, desenvolvimento e conclusão. 
 RESENHA 
 A resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um trabalho (teatro, 
 cinema, obra literária, experiência científica, tarefa manual etc.). A apresentação do 
 conteúdo deve ser elaborada de maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica, 
 contendo posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um 
 resumo do conteúdo e possível demonstração de sua importância. 
 Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o 
 assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, naturalmente, como no caso desta disciplina, 
 também pode ser realizada por estudantes, como um exercício de compreensão e crítica. A 
 resenha visa apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra. 
 Dicas de como fazer uma resenha: 
 ● 1 
 ● Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais; 
 ● 2 
 ● Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas linhas o conteúdo do texto; 
 ● 3 
 ● Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco 
 narrativo; 
 ● 4 
 ● Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco parágrafos para resumir 
 claramente o texto; 
 ● 5 
 ● Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você opina. Argumente 
 baseando-se em teorias de outros autores e faça comparações. Dê asas ao seu senso crítico; 
 ● 6 
 ● Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora analise o público 
 que se interessará pela obra; 
 ● 7 
 ● Identifique o autor: fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou 
 pesquisador; 
 ● 8 
 ● Assine e identifique-se: no último parágrafo você escreve seu nome e resume seu 
 currículo. 
 ESQUEMA 
 Os esquemas são enunciados de palavras-chave em torno das quais é possível organizar 
 grandes quantidades de conhecimento. Representam uma enorme economia de palavras e 
 oferecem a vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo 
 ainda ser facilmente reformulados. 
 Sua utilização nos ajuda a compreender e recordar os acontecimentos, aestabelecer relações 
 entre eles ou entre diversos fatores e a entender a influência que esses acontecimentos ou 
 fatores exercem uns sobre os outros. 
 Há vários tipos de esquemas, entre eles: 
 Clique nos cards para saber mais 
 LINEARES 
 Quando organizam a informação na horizontal e na vertical; 
 CIRCULARES 
 Que organizam a informação em círculo; 
 PIRÂMIDE 
 Caso a informação dispõe-se em forma hierárquica, de pirâmide; 
 SISTEMÁTICOS 
 Quando a informação se organiza em forma de quadro, representando as relações de 
 interdependência de um fenômeno. 
 Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identificar as ideias-chave do texto e 
 ordená-las, escolhendo para isso o modelo mais adequado para a situação. Use setas para 
 estabelecer relações entre os conceitos. 
 Exemplo : esquema para uma história em quadrinhos. 
 ● Pense em alguma história e registre-a no bloco de anotações como se fosse um 
 roteiro; 
 ● Crie os diálogos entres os personagens da história; 
 ● Em um papel, desenhe as cenas da história. Desenhe balões e escreva com o lápis 
 dentro deles as falas de cada personagem; 
 ● Se for necessário, faça esclarecimentos sobre a cena no rodapé da folha; 
 ● Cole as cópias do seu rosto no espaço reservado; 
 ● Faça o acabamento com carvão preto e trabalhe os detalhes com nuances de cinza. 
 FICHAMENTO 
 O fichamento é um valioso recurso de estudo que os pesquisadores lançam mão para a 
 realização de uma obra didática, científica ou de outra natureza. É um recurso de memória, 
 imprescindível, sobretudo na elaboração de monografias. É usado, também, em seminários 
 e em aulas expositivas. 
 A prática contínua do fichamento contribui para que o estudante aprimore pontos de vista e 
 julgamentos, percebendo que é possível reverter um pequeno trabalho inicial em ganho de 
 tempo futuro, quando for preciso escrever sobre determinado assunto. Os fichamentos 
 podem ser os seguintes: de citação, de resumo, de esboço e de indicação bibliográfica, entre 
 outros. 
 O mais utilizado nas avaliações na universidade é o fichamento de citação, que obedece 
 cinco normas: 
 ● 1 
 ● Toda citação deve vir entre aspas; 
 ● 2 
 ● Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída a citação; 
 ● 3 
 ● A transcrição tem de ser textual; 
 ● 4 
 ● A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no local da 
 omissão, três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou no final do texto e, 
 entre parênteses, no meio; 
 ● 5 
 ● A supressão de um ou mais parágrafos deve ser assinalada, utilizando-se uma linha 
 completada por pontos. 
 PAPER 
 É um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, resultado de estudos ou de 
 pesquisas científicas, no qual o aluno irá desenvolver análises e argumentações, com 
 objetividade e clareza, orientando-se em fatos ou opiniões de especialistas. O objetivo do 
 paper é estimular o aluno no aprofundamento de um assunto, já exercitando a elaboração de 
 trabalhos sob uma linguagem acadêmico-científica. Espera-se o desenvolvimento de um 
 ponto de vista acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos 
 pensamentos de forma original. Deve ser escrito em terceira pessoa. 
 Os propósitos de um paper são quase sempre os de formar um problema, adequar hipóteses, 
 cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir. 
 // O paper é 
 ● uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, avaliação, 
 interpretação sobre essas descobertas; 
 ● um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; 
 ● um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, que mostra que o 
 pesquisador é parte da comunidade acadêmica. 
 // O paper não é 
 ● um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); 
 ● ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente; 
 ● um conjunto de citações; 
 ● opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; 
 ● cópia do trabalho de outra pessoa. 
 ARTIGO CIENTÍFICO 
 O objetivo principal do artigo científico é levar ao conhecimento do público interessado 
 alguma ideia nova ou abordagem diferente sobre determinado tema já estudado, sobre a 
 existência de aspectos ainda não explorados em alguma pesquisa ou a necessidade de 
 esclarecer uma questão ainda não resolvida. 
 A principal característica do artigo científico é que suas afirmações devem estar baseadas 
 em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por argumentos 
 que sustentem as conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da comunidade 
 científica. O autor pode expressar seu parecer, desde que demonstre ao leitor qual o 
 processo lógico que o levou a chegar à aquela conclusão. 
 Algumas falhas mais comuns na investigação científica são: 
 ● falta de clareza dos propósitos; 
 ● falta de originalidade do material; 
 ● má organização no material expositivo; 
 ● repetição de palavras, conceitos e informações; 
 ● desatualização bibliográfica; 
 ● excessiva dependência das fontes; 
 ● incorreção ou incoerência no sistema de referenciação das fontes; 
 ● inadequação na definição dos termos. 
 Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT (sigla de Associação 
 Brasileira de Normas Técnicas , um órgão privado e sem fins lucrativos que se destina a 
 padronizar as técnicas de produção feitas no país). 
 Clique nas abas para saber mais 
 ARTIGO ORIGINAL 
 Apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos relatam resultados de pesquisa, 
 bem como desenvolvem e analisam dados não publicados. 
 ARTIGO DE REVISÃO 
 Tem como propósito resumir, analisar e discutir informações já publicadas que, geralmente, resultam 
 de revisão de trabalhos já publicados, revisões bibliográficas. 
 ASSISTA Para a compreensão da importância da ABNT para toda a sociedade, sugerimos 
 que assista ao vídeo 7- Institucional ABNT e Sebrae , que expõe o processo de normatização e 
 de elaboração de regras, sendo explicado por analistas que cuidam disso.Certamente, 
 compreenderá a relevância do atendimento às regras para acrescentar valor ao seu 
 trabalho técnico-científico. 
 https://www.youtube.com/watch?time_continue=25&v=pUqhFwYmnuA&feature=emb_logo 
 VAMOS REFORÇAR O QUE APRENDEMOS ATÉ AGORA? 
 Sabemos que o artigo científico é um gênero acadêmico no qual, durante sua elaboração, 
 podem ocorrer algumas falhas; podemos dizer que algumas delas são: 
 ● Ocorrer grande dependência das fontes de pesquisa. 
 ● Ocorrer falta de clareza quanto aos seus objetivos. 
 ● Conter diversas opiniões pessoais. 
 Seção 8 - Ensaio científico 
 Ensaio científico 
 No seu dia a dia, quando procura artigos científicos do seu interesse ou da área de sua 
 atuação, você deve ter percebido que eles podem, na sua apresentação, formatação e 
 organização, ter pequenas diferenças entre si. 
 Diante disso, você poderá pensar de que forma se deve organizar o artigo científico. Por isso, 
 veremos como elaborar um artigo científico para sua pesquisa ou conclusão de curso, 
 respeitando as normas de organização, formatação e características do texto 
 técnico-científico, as quais estão em consonância com a ABNT. 
 Diagrama 5 . Os gêneros acadêmicos. 
 APRESENTAÇÃO GRÁFICA 
 Para a apresentação gráfica do artigo científico, é necessário se atentar às seguintes 
 indicações: 
 ● Papel : folha brancade tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm); 
 ● Margens : esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm; 
 ● Espaçamento entrelinhas : 1,5; 
 ● Parágrafo : de 1,25 cm (geralmente 1 tab ), com uma linha em branco entre um 
 parágrafo e outro; 
 ● Formato do texto : justificado; 
 ● Tipo e tamanho da fonte : Times New Roman , tamanho 12. 
 Importante: 
 Nas citações longas, notas de rodapé, número de página e fontes de ilustrações e tabelas use 
 Times New Roman , de tamanho 10. 
 ● Título : tamanho 18 e negrito; 
 ● Subtítulo : tamanho 16 e negrito; 
 ○ 
 ○ 
 ● Paginação : as páginas são numeradas com algarismos arábicos, colocados no canto 
 superior direito da página, a 2 cm da borda superior: 
 ○ A primeira folha, que apresenta a identificação do artigo, não é paginada, embora seja 
 contada; 
 ○ A paginação é iniciada na segunda folha e segue até o final do trabalho, inclusive nos 
 elementos pós-textuais opcionais (apêndices e anexos). 
 ● Extensão do artigo : de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos elementos do artigo 
 sugerida no Quadro 1; 
 ● Títulos e subtítulos internos : os títulos de primeiro nível devem ser colocados em 
 letras maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 ADMINISTRAÇÃO ); subtítulos de segundo 
 nível devem iniciar com a primeira letra maiúscula e seguir com letras minúsculas em 
 negrito (por exemplo: 3.1 Administração científica ); e subtítulos de terceiro nível, em letras 
 minúsculas e apenas a primeira letra do título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem 
 negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da administração científica). A numeração de títulos e 
 subtítulos deve ser alinhada à margem esquerda; 
 ● Itálico : utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, como checkin , 
 resumen e workaholic , por exemplo. 
 A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e apresentação do artigo 
 científico: 
 TÍTULO DO ARTIGO 
 Subtítulo 
 Nome do Autor 
 Nome do Coautor 
 Resumo 
 Palavras-chave: 
 TITLE 
 Subtitle 
 Abstract 
 Keywords: 
 1 INTRODUÇÃO 
 2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO 
 2.1 Entrevista 
 2.2 Testes 
 2.2.1 Avaliação da entrevista 
 2.2.2 Avaliação dos testes 
 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 REFERÊNCIAS 
 Seção 9 de 9 
 Normas metodológicas e elementos da estrutura do artigo 
 O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, por razões de normatização, a 
 estrutura de artigos científicos apresentada nesta unidade, que está em consonância com a 
 NBR 6022 (2003), sendo imprescindível o uso e o cumprimento das normas estabelecidas a 
 seguir. 
 Pré-textuais 
 ● Título; 
 ● Subtítulo (opcional); 
 ● Autores; 
 ● Resumo; 
 ● Palavras-chave. 
 Textuais 
 ● Introdução; 
 ● Desenvolvimento; 
 ● Considerações finais. 
 Pós-textuais 
 ● Referências (obrigatório); 
 ● Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s); 
 ● Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s. 
 Quadro 1 . Modelo de apresentação de artigo científico. 
 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 
 Os elementos pré-textuais são compostos por informações essenciais, conforme explicação 
 e modelo a seguir. 
 Clique nos botões para saber mais 
 Título do trabalho 
 Letra 18, centralizado, maiúsculas e negrito. 
 Subtítulo, se houver 
 Letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas. Após o subtítulo, deixar duas linhas de 
 tamanho 12 em branco. 
 Estudante 
 Nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com nota de 
 rodapé indicando a titulação e o e-mail. 
 Coautor 
 Nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com nota de 
 rodapé indicando a titulação (especialista, mestre, doutor) e o e-mail; (deixar duas linhas de tamanho 
 12 em branco). 
 Resumo 
 A palavra "resumo" deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. Após a palavra “resumo”, 
 deixar uma linha de tamanho 12 em branco. Esse item deve ter apenas um parágrafo de, no máximo, 
 250 palavras (aproximadamente 15 linhas), sem recuo na primeira linha. Use espacejamento simples, 
 justificado, tamanho 12. 
 Palavras-chave 
 É preciso escolher de três a seis palavras ou termos mais importantes do conteúdo, frequentemente 
 já expressos no resumo. São separados entre si, finalizados por ponto e iniciados com letra 
 maiúscula. A expressão “Palavras-chave” deve ser em fonte 12, negrito, alinhada à esquerda. Por 
 exemplo: 
 Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. Metodologia Científica. 
 Atenção: Após as palavras-chave, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. 
 Título e subtítulo do trabalho em inglês 
 Utilizar as mesmas regras de formatação do texto em português. Após, deixar duas linhas em branco 
 em fonte tamanho 12. 
 Abstract (resumo em inglês) 
 Escrever “Abstract” em fonte Times New Roman , tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda. Deixar 
 uma linha em branco. O abstract deve ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar 1 
 linha em branco. 
 Keywords 
 Palavras-chave em inglês. Devem ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar uma 
 linha em branco. 
 Diagrama 6. Elementos pré-textuais. 
 ELEMENTOS TEXTUAIS 
 A introdução, o desenvolvimento e as considerações finais fazem parte dos elementos textuais. 
 Então, leia atentamente o que se postula sobre cada qual. 
 // Introdução 
 Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a introdução é a parte inicial do texto, 
 na qual devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros 
 elementos necessários para situar o tema do trabalho. 
 A introdução deve anunciar a ideia central do trabalho, delimitando o ponto de vista 
 enfocado em relação ao assunto e à extensão. Deve situar o problema ou o tema abordado, 
 no tempo e no espaço, enfocar a relevância do assunto e apresentar o objetivo central do 
 artigo. 
 [...] na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resumo, nem antecipar conclusões e 
 recomendações, mas é um convite para a leitura do texto integral. Assim, esta parte é 
 importante para que o leitor penetre na problemática abordada, familiarizando-se com os 
 termos e o conteúdo da pesquisa (MARTINS, 2002, p. 221). 
 A finalidade da introdução é situar o leitor no tema , definindo conceitos, apresentando os 
 objetivos do artigo e as linhas de pensamento relevantes para o estudo do assunto e as 
 possíveis controvérsias, explicitando qual dessas linhas o autor seguirá e a justificativa para 
 sua escolha. Também é aconselhável que o autor, nos últimos parágrafos da introdução, 
 apresente a estrutura do artigo. 
 A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita uma visão global do 
 assunto tratado (contextualização), com definição clara, concisa e objetiva do tema. E a 
 delimitação precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado, ao problema 
 e aos objetivos a serem estudados. 
 // Desenvolvimento 
 O desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e 
 pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da 
 abordagem do tema e do método. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente esta 
 seção do artigo . 
 O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados da pesquisa (caso for 
 pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares)e interpretações. 
 O desenvolvimento do assunto é a parte mais importante e extensa do texto em que é 
 exigido raciocínio lógico e clareza. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da ideia 
 principal, fundamentando-as de modo racional com os resultados da investigação 
 (MARTINS, 2002, p. 221). 
 O desenvolvimento do trabalho é a parte principal, mais extensa e consistente. São 
 apresentados os conceitos, teorias, citações das autoridades do assunto que você está 
 abordando, principais ideias sobre o tema focalizado, além de aspectos metodológicos, 
 resultados e interpretação do estudo. 
 // Considerações finais 
 A conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos 
 objetivos ou hipóteses. As considerações finais devem limitar-se a uma síntese da 
 argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. É importante 
 lembrar que elas devem estar fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa: 
 [...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do corpo do trabalho, 
 inter-relacionando-o e levando em conta o problema inicial do estudo. É redigida tendo em 
 vista os resultados obtidos. É decorrente dos dados obtidos ou fatos observados, portanto 
 não se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o que foi encontrado no 
 decorrer do estudo (FACHIN, 2003, p. 165). 
 Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e sugestões para o 
 prosseguimento no estudo do assunto. 
 Portanto, neste item, não se deve trazer nada de novo. Ainda, sugere-se que não se utilizem 
 citações nesta seção. 
 As considerações finais devem apresentar deduções lógicas correspondentes aos propósitos 
 previamente estabelecidos do trabalho, apontando o alcance e o significado de suas 
 contribuições. Também podem indicar questões dignas de novos estudos, além de sugestões 
 para outros trabalhos. 
 Diagrama 7. Elementos textuais. 
 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 
 Agora, vamos falar um pouco sobre os elementos pós-textuais do artigo científico: 
 DICA 
 Sugere-se que os elementos pós-textuais – apêndices e anexos – não sejam incluídos no 
 artigo. 
 // Referências 
 As referências são definidas como um conjunto padronizado de elementos descritivos, 
 retirados de um documento, que permite sua identificação individual. 
 As referências fazem parte do todo, em virtude de que o corpo do artigo está sustentado em 
 informações pesquisadas também nas autoridades do assunto em questão, os quais foram 
 citados no corpo do trabalho. E, dessa forma, as referências permitirão que o leitor tenha 
 acesso às obras, aos documentos e aos artigos científicos que foram citados no interior do 
 trabalho. 
 // Apêndice (opcional) 
 Texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o trabalho. Os apêndices 
 são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo 
 título. 
 // Anexo (opcional) 
 Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que complementa, comprova ou 
 ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, 
 seguidas de travessão e respectivo título. Por exemplo: ANEXO B – Estrutura organizacional 
 da Empresa Alfa. 
 Diagrama 8 . Elementos pós-textuais. 
 APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS 
 Ao elaborar um artigo, o estudante não fará necessariamente somente o uso da 
 argumentação para um enfoque contrário ao já postulado sobre o assunto ou para oferecer 
 soluções para assuntos controversos à sua área de estudo. Também não usará somente 
 citações de autoridades do assunto para embasar o que tende a defender ou refutar. 
 No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para ilustrar ou, até mesmo, dar 
 mais credibilidade às ideias que tenciona defender. Para isso, poderá fazer o uso de 
 ilustrações, tabelas e até mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como esses itens 
 devem aparecer no artigo científico. 
 // Formato de apresentação de elementos do texto: 
 Clique nos botões para saber mais 
 Ilustrações (desenhos, fotografias, organogramas, quadros e outros) 
 – 
 As ilustrações devem ser centralizadas, com legenda numerada partindo de 1. O título da ilustração 
 deve ser precedido pela palavra que a identifique (exemplo: Figura) e pelo seu respectivo número. A 
 posição do título é centralizada e a seguir da ilustração. 
 A fonte ou nota explicativa deve estar centralizada e abaixo da figura, em fonte Times New Roman , 
 tamanho 10. 
 Tabelas 
 – 
 A legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu respectivo número. A 
 posição do título é centralizada e acima da tabela. A fonte fica no final da tabela, também 
 centralizada, tamanho 10, espaçamento simples entrelinhas e seguindo os padrões estabelecidos 
 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 Gráficos 
 – 
 Os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para melhor visualização. O mesmo 
 procedimento de títulos deve ser adotado para os gráficos, ou seja, usar a palavra “Gráfico”, seu 
 respectivo número e seu título. A posição do título é centralizada e acima do gráfico. A fonte fica no 
 final do gráfico, também centralizada, tamanho 10 e espaçamento simples entrelinhas. 
 Notas de rodapé 
 – 
 As notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio explicativo e devem ficar sempre no 
 pé da página. A nota deverá estar separada do resto do texto por uma linha. As notas, a exemplo das 
 figuras, também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se utilizar o recurso de notas do próprio 
 Word para inserir notas de rodapé no texto (comando: inserir notas). O próprio Word administrará a 
 numeração. A posição do texto da nota no pé da página deve ser alinhada à esquerda. 
 Palavras estrangeiras 
 – 
 Sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use termos em língua estrangeira, 
 estes deverão ser escritos usando o modo itálico. 
 Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! 
 SINTETIZANDO 
 Muitas são as dificuldades mencionados pelos estudantes diante das exigências 
 estabelecidas para a elaboração de textos técnico-científicos. As normas que regem a 
 elaboração e a apresentação dessas produções exigem rigor em sua observação, por isso os 
 critérios precisam ser compreendidos e a obediência às normas deve prevalecer. 
 Sendo assim, iniciamos esta unidade abordando as principais técnicas de estudo, expondo 
 detalhes sobre como é feita a leitura e a redação científica para que não reste dúvidas quanto 
 aos termos. Na sequência, nos voltamos para os textos científicos, com enfoque na leitura e 
 compreensão dos mesmos. 
 Nos tópicos seguintes, abordamos os gêneros de trabalho acadêmico – resumo, resenha, 
 esquema, fichamento, paper e artigo científico – explorando detalhes sobre cada um deles, 
 com informações necessárias para diferenciá-los e produzi-los. 
 Um dos pontos principais do conteúdo desta unidade também é apresentação gráfica, na 
 qual expomos os detalhes de formatação exigidos conforme a norma ABNT, algo primordial 
 em qualquer conteúdo acadêmico. 
 Por fim, focamos nas normas metodológicas e elementos estruturais de um artigo 
 científico,algo que também denota muita atenção e faz parte das exigências técnicas. 
 Seção 1 de 5 
 Objetivos 
 UNIDADE 2. 
 Seminário, pôster e projeto científicos e referências bibliográficas 
 Elisabete Ana da Silva 
 OBJETIVOS DA UNIDADE 
 ● Conhecer as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); 
 ● Conhecer as características da produção e da apresentação do seminário científico; 
 ● Conhecer as características da produção e da apresentação do pôster científico; 
 ● Conhecer as especificidades da produção de um projeto científico; 
 ● Compreender a utilização de referências bibliográficas. 
 TÓPICOS DE ESTUDO 
 Clique nos botões para saber mais 
 Seminários científicos 
 – 
 // A prática do seminário em sala de aula 
 // A preparação para o seminário de caráter científico 
 // O desenvolvimento e a conclusão do seminário 
 Pôster científico 
 – 
 // A estrutura do pôster científico 
 Projetos científicos 
 – 
 // A elaboração de projetos científicos 
 // A apresentação do projeto científico 
 Referências bibliográficas: NBR 6023 da ABNT 
 – 
 // Diferença entre referência e bibliografia 
 // Estrutura das referências bibliográficas 
 Seção 2 de 5 
 Seminários científicos 
 O dicionário Larousse da Língua Portuguesa , em sua edição de 2001, define a palavra 
 “seminário” como congresso científico ou cultural, com exposição seguida de debates, ou 
 uma aula de nível universitário, com exposição e discussão de temas específicos. 
 Logo, quem participa de um seminário espera que aquele que o expõe esteja qualificado e 
 preparado não somente para expor suas ideias, mas para desfazer dúvidas posteriores e 
 debater seus argumentos com outras pessoas. 
 É preciso ter em mente que a busca por reflexões mais profundas sobre uma determinada 
 questão ou um problema é o alvo de um seminário científico. Deste modo, ele é um método 
 importante de estudo, sobretudo quando voltado ao mundo universitário. 
 A PRÁTICA DO SEMINÁRIO EM SALA DE AULA 
 Em outros momentos da vida escolar, antes da graduação, é habitual organizar seminários. Com o 
 objetivo de que todos os alunos tomem contato com determinadas ideias, a atividade é proposta e 
 os temas são escolhidos ou divididos em grupos que se encarregam deles . 
 Feita a divisão de tarefas, na hora de iniciar o trabalho relativo aos temas, os estudantes 
 sentem-se despreparados, realizando exposições orais desorganizadas ou sem 
 aprofundamento. Enquanto isso, os demais estudantes não se sentem preparados para o 
 momento de expor os temas que não lhes cabem. Em síntese, por essas e outras causas, 
 nem sempre o seminário atende aos objetivos propostos. 
 Já na graduação, pelas definições de Antônio Joaquim Severino, no livro Metodologia do 
 trabalho científico , publicado em 2002, o seminário leva seus participantes a um contato 
 estreito com um texto básico, criando condições de análise rigorosa, levando-os à 
 compreensão da mensagem central do texto e de seu conteúdo temático, gerando 
 condições de interpretar o conteúdo, adotando uma postura crítica em relação à sua 
 mensagem; de discussão do problema enfocado, mesmo que ele seja apontado de forma 
 implícita. 
 Diagrama 1 . Objetivos do seminário. Fonte : SEVERINO, 2002. (Adaptado). 
 É esperado, portanto, que não apenas quem fez o seminário esteja a par do tema abordado, 
 mas que os demais participantes estejam preparados para a recepção do tema, seu 
 entendimento e discussão. Assim, o seminário vai além do conhecimento sobre 
 determinado problema ou do resultado da pesquisa. 
 Como Maria Margarida de Andrade aponta, no livro Como preparar trabalhos para cursos de 
 pós-graduação: noções práticas , de 2002, a etimologia da palavra "seminário" traz o termo 
 latino seminarium , que remete à ideia de “semente”. Isso quer dizer que o seminário traz 
 em si o germinar de sementes na forma de ideias e pesquisas. Para que isso se efetive, 
 algumas condições são exigidas. Dentre elas, a autora elenca: 
 ● 1 
 ● Capacidade de pesquisa; 
 ● 2 
 ● Capacidade de organização, reflexão e análise sistemática de fatos; 
 ● 3 
 ● Hábito de raciocínio lógico, com interpretação crítica de trabalhos mais avançados; 
 ● 4 
 ● Exatidão e honestidade intelectual nos trabalhos. 
 A pesquisa é a essência do seminário, uma vez que ele leva à discussão e ao debate. Para 
 isso, é necessário que as competências que permitem a organização das ideias, a análise, a 
 interpretação e a crítica sejam desenvolvidas, contribuindo para a formação dos 
 participantes. 
 EXPLICANDO Competência corresponde à habilidade, saber, aptidão e idoneidade. 
 Entende-se que é competente aquele que é suficiente e hábil, que se desenvolveu e é capaz 
 de, no caso, organizar as ideias, analisá-las, interpretá-las e discuti-las. 
 Para a ocorrência de um seminário, os participantes devem ter contato com o texto a ser 
 abordado com antecedência, a fim de que se proceda uma leitura analítica que possibilite 
 ponderações durante sua apresentação. 
 Diagrama 2 . Condições exigidas para o seminário. Fonte : SEVERINO, 2002. (Adaptado). 
 Por outro lado, o participante deve empregar a escuta dinâmica durante o seminário, 
 lembrando que, com base em Hendrie Weisinger, autor de Inteligência emocional no 
 trabalho , de 1997: 
 A maioria de nós nasce sabendo ouvir, mas saber escutar é uma técnica que temos que 
 aprender. A escuta dinâmica é uma prática da inteligência emocional que traz um alto grau 
 de autoconsciência para o processo de compreender e reconhecer a outra pessoa e 
 responder a ela. A função da autoconsciência é observar o modo como permitimos que 
 nossos filtros pessoais bloqueiem e às vezes transformem as informações que deveríamos 
 estar recebendo, como também evitar que sejamos contagiados pelo subentendido 
 emocional das afirmações de outrem (p. 135). 
 Desta maneira, para que o sucesso de um seminário seja alcançado, levando à formação de 
 todos os participantes do evento, há que se valer da escuta dinâmica, mas sem qualquer 
 tipo de filtro pessoal, tais como predileção, seleção de fatos ou distração, visto que são 
 elementos que interferem na análise, interpretação e crítica. 
 A PREPARAÇÃO PARA O SEMINÁRIO DE CARÁTER CIENTÍFICO 
 Durante a graduação, alguns professores podem solicitar ao estudante que organize um 
 seminário científico, visto que não apenas quem já exerce a profissão faz esse tipo de 
 atividade. Mas, para elaborar um seminário, não basta realizar a leitura de determinado 
 texto e apresentá-lo posteriormente. De início, com a leitura, o texto é analisado e um 
 fichamento é produzido. 
 EXPLICANDO Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Martins, nas páginas 328 e 329 do livro 
 Temas de Filosofia , de 2005, descrevem o fichamento como uma técnica de estudo que se 
 resume a anotações das partes mais relevantes de um texto que, num levantamento mais 
 completo sobre certo tema, é separado em tópicos. Visto que um assunto apresenta uma 
 sequência de subdivisões, é possível ainda fazer uma ficha separada para cada ideia, 
 indicando o tópico e o subtópico ao qual faz referência. 
 Esse tipo de trabalho exige organização e planejamento do percurso e da exposição do 
 seminário, contando com o auxílio de um professor ou coordenador que indique uma 
 bibliografiabásica, orientando o estudante após a definição do tema no que diz respeito à 
 seleção de fontes como livros, revistas, artigos, depoimentos, documentos (leis, registros 
 de cartórios ou cartas), teses, instituições, pesquisas e relatórios, sites específicos etc. 
 No entanto, cabe ao estudante pesquisar, se aprofundar sobre o tema e buscar informações 
 novas em todas as fontes disponíveis, de modo a tomar posse do assunto e se tornar uma 
 espécie de autoridade sobre ele, fazendo com que as etapas de preparação e comunicação 
 do seminário sejam desempenhadas com qualidade. 
 É importante ressaltar que uma das principais fontes de informação na atualidade é a 
 internet, que, através de sites de busca, permite o levantamento de infinitas possibilidades 
 de fontes sobre temas e assuntos variados. Porém, em geral, sites de confiança pertencem 
 a museus, universidades, jornais, revistas, fundações de pesquisa, institutos culturais, etc. 
 Logo, é preciso buscar fontes fidedignas e que não lancem por terra nossas pesquisas. 
 Nesse momento, para fins de orientação, a presença do professor ou coordenador é 
 necessária. Ao final da exposição, ele intermedeia os debates e promove uma apreciação 
 orientadora e crítica do trabalho exposto. Entretanto, se a situação é a do profissional cujo 
 seminário está sob sua total responsabilidade, um roteiro básico para seminários é 
 sugerido no livro Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação – noções práticas , 
 publicado em 2002 por Andrade: 
 ● 1 
 ● Escolha do tema; 
 ● 2 
 ● Delimitação do assunto; 
 ● 3 
 ● Pesquisa ampla, principalmente bibliográfica; 
 ● 4 
 ● Anotações, em fichas, do material coletado; 
 ● 5 
 ● Análise e seleção do material; 
 ● 6 
 ● Plano geral do trabalho, bem pormenorizado; 
 ● 7 
 ● Organização do assunto em tópicos; 
 ● 8 
 ● Elaboração de um roteiro a ser distribuído entre os participantes; 
 ● 9 
 ● Redação de fichas-guia para orientar a exposição; 
 ● 10 
 ● Preparação do material de ilustração, como cartazes, slides e projeções; 
 ● 11 
 ● Revisão crítica do conteúdo, com verificação do material de ilustração, do roteiro, e 
 das fichas que guiarão a exposição; 
 ● 12 
 ● Fixação de critérios e ensaio para definir o vocabulário a ser empregado, uso de 
 ilustrações, tempo para a exposição e espaço para debates. 
 Diagrama 3 . Síntese do roteiro de seminário. Fonte : ANDRADE, 2002, p. 92. (Adaptado). 
 Além disso, o tema deve ser interessante para quem executar o trabalho de pesquisa, 
 ressaltando o item alusivo à delimitação do assunto. Escolhido o tema, as possibilidades de 
 pesquisa podem ser tantas que o encarregado pelo seminário se perde diante dos inúmeros 
 caminhos a se tomar. A presença do orientador é vital nestes momentos, auxiliando em 
 relação à focalização do tema, levando o olhar de quem pesquisa a se concentrar em um 
 determinado ponto. Quando não há quem cumpra tal papel, cabe ao pesquisador ficar 
 atento para não se perder frente às opções, o que pode incidir em um trabalho superficial e 
 que não contribua para a formação dos participantes. 
 Quanto às ilustrações, Andrade (2002) sugere atenção aos detalhes, devendo-se optar pela 
 elaboração de cartazes, slides e material de projeção com poucos dizeres, considerando 
 fontes e tamanhos que facilitem a leitura, com desenhos bem feitos, simples e claros, 
 acompanhados de legendas (se indispensáveis). 
 Antes do seminário, outros artigos merecem atenção, como a verificação dos meios físicos 
 ou virtuais que servirão de base para a materialização do texto. De nada adiantará preparar 
 em detalhes todos os itens se, por exemplo, não houver computador e projetor, se uma 
 tomada não estiver funcionando ou se a luminosidade for excessiva e não permitir que os 
 participantes acompanhem a exposição. 
 O DESENVOLVIMENTO E A CONCLUSÃO DO SEMINÁRIO 
 Observados todos os itens, é chegada a hora da exposição. A fim de evitar improvisações, 
 surge a obrigação de um novo planejamento de ações, como Severino (2002) indica, na 
 página 70 de seu livro: 
 ● 1 
 ● Introdução, feita por um professor ou coordenador; 
 ● 2 
 ● Apresentação, ponderando as obrigações e os procedimentos a serem adotados pelos 
 participantes durante o seminário, no caso de seminários feitos em grupo, e cronograma 
 das atividades previstas; 
 ● 3 
 ● Introdução breve sobre o tema do seminário; 
 ● 4 
 ● Eventual revisão da leitura do texto de base do seminário; 
 ● 5 
 ● Execução, de forma coordenada, das atividades previstas; 
 ● 6 
 ● Apresentação, realizada pelo coordenador, introdutória ao momento de discussão 
 geral da reflexão feita pelo(s) responsável(eis) pelo seminário; 
 ● 7 
 ● Síntese final, no caso da sala de aula, sob cuidado do professor que, nesse momento, 
 orienta, realiza sua crítica e avaliação. 
 Diagrama 4 . Roteiro de desenvolvimento do seminário. Fonte : SEVERINO, 2002, p. 70. 
 (Adaptado). 
 O grau de complexidade varia, dependendo dos diferentes tipos de seminários e dos 
 objetivos a serem alcançados. Além do mais, ele também deve ser interessante para os 
 participantes, imaginando que as pessoas se prepararam para o evento. 
 Seção 3 de 5 
 Pôster científico 
 De acordo com a NBR 6022, editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
 em 2006, o pôster científico é um instrumento de comunicação cuja exibição acontece em 
 diversos suportes, sintetizando e divulgando o conteúdo de uma pesquisa. Em encontros de 
 caráter científico ou conferências, o uso do pôster científico é corrente, dado que sua 
 finalidade é proporcionar, atingindo um grande número de pessoas, dados fundamentais a 
 respeito da pesquisa. 
 Com o pôster científico, ou pôster acadêmico, é possível mostrar os frutos da pesquisa 
 científica de forma rápida, diferenciada e com uma exposição de maior tempo, se 
 comparada exposição oral. Para sua elaboração, se conta com o auxílio de um designer 
 gráfico, mas o próprio autor é capaz de executar tal tarefa, isto sem contar o entendimento 
 sobre o conteúdo a ser transmitido para o público e como a pesquisa resultou em seu 
 trabalho. 
 O pôster está presente em eventos com vários trabalhos científicos e, , em alguns deles, o 
 autor do trabalho fica ao lado do pôster, convidando o público, o que o que permite uma 
 troca de ideias individualizada com os interessados sem a presença do pesquisador, o que 
 conta como vantagem na divulgação e visualização do conteúdo da pesquisa. O pôster traz 
 tanto linguagem verbal quanto imagens e gráficos, permanecendo em exposição em locais 
 abertos, conforme determinam os organizadores do evento. 
 Colocados em paredes ou divisórias, nas quais são afixados com cordões em pequenas tiras 
 de madeiras, os pôsteres são confeccionados em papel, plástico ou outros materiais. Por 
 isso, a NBR 15437/2006 recomenda que suas dimensões sejam de 0,60 m a 0,90 m de 
 largura, de 0,90 m a 1,20 m de altura e que o pôster seja legível a uma distância de, ao 
 menos, um metro. Todavia, o suporte escolhido pode ser o meio eletrônico. 
 O pôster precisa ter certo impacto visual. Por isso, é necessário se preocupar com a escolha 
 de um leiaute, isto é, uma forma de diagramaçãodos dados e das imagens que seja 
 agradável para o leitor. O conteúdo deve ser organizado de forma simples e lógica, 
 concebendo a sequência de elementos do canto superior esquerdo para o canto inferior 
 direito. A Associação Brasileira de Linguística – ABRALIN (2019) faz as seguintes 
 recomendações: 
 ● 1 
 ● Escolha um leiaute simples, colorido, atraente e criativo, mas sem exageros, posto 
 que mais de três cores distraem o leitor; 
 ● 2 
 ● No que tange às fontes escolhidas, facilite a legibilidade, escolhendo fontes grandes 
 (Arial ou Times New Roman, de 18 a 26, com títulos em caixa-alta e negrito, de 40 a 50), 
 prevalecendo o mesmo para as figuras, devendo-se optar pelo contraste (fonte clara sobre 
 fundo escuro, ou vice-versa); 
 ● 3 
 ● Ao usar imagens ou gráficos, opte por uma configuração simples e bem organizada; 
 ● 4 
 ● Não exagere na quantidade de texto, ele é apenas o ponto de partida para o 
 desenvolvimento das discussões durante a divulgação de sua pesquisa; 
 ● 5 
 ● Não elimine espaços em branco, a presença deles é significativa para que não haja a 
 impressão de excesso de informações; 
 ● 6 
 ● Faça a distribuição do texto em colunas, deixando espaço no entre elas; 
 ● 7 
 ● Não escreva parágrafos muito longos, mantendo regularidade no número de linhas 
 para cada um e buscando compreensão, concisão e correção gramatical. 
 A ESTRUTURA DO PÔSTER CIENTÍFICO 
 Os elementos que fazem parte do conteúdo do pôster científico são: 
 ● 1 
 ● Título e, se houver, subtítulo , aparecendo na parte superior do pôster. O subtítulo 
 vem separado por dois-pontos (:) ou abaixo do título; 
 ● 2 
 ● Nome completo do autor ou dos autores da pesquisa, abaixo do título e do subtítulo. 
 Na sequência, devem aparecer o nome do orientador e elementos adicionais, como o nome 
 da instituição na qual foi efetuada a pesquisa, cidade, estado e país, além do endereço 
 eletrônico, em campo separado ao final do pôster; 
 ● 3 
 ● Resumo sobre o problema estudado, os objetivos, a metodologia usada e os 
 resultados alcançados, não excedendo cem palavras; palavras-chave são colocadas 
 separadamente, após o resumo; 
 ● 4 
 ● O conteúdo é organizado em colunas, considerando os itens: Introdução , 
 Metodologia , Resultados , Discussão e Conclusão . No conteúdo são inseridas tabelas, 
 ilustrações ou gráficos; 
 ● 5 
 ● Por fim, são apresentadas as Referências, seguindo a NBR 6023. 
 Diagrama 5 . Estrutura do pôster (sugestão). 
 Se bem organizado, o pôster científico cumpre seu papel de exibir as partes mais notáveis 
 da pesquisa, com indicações sobre quem a realizou e orientou, seu processo de realização, 
 os resultados obtidos e sua base de referência. Junte-se a isso uma redação clara e precisa, 
 com boa argumentação, acompanhada de ilustrações ou gráficos, caracterizados pela 
 clareza e pela simplicidade, e uma boa organização visual. 
 Seção 4 de 5 
 Projetos científicos 
 O termo “projeto” tem acepções como plano para a realização de um ato, uma intenção, 
 um esboço inicial de um trabalho que se pretende desempenhar ou a demonstração de algo 
 que alguém planeja ou pretende fazer. Portanto, projetar é um passo básico para a 
 efetivação de uma ideia e o início de uma estratégia para a concretização de algo. 
 A expressão “projeto científico” diz respeito aos passos iniciais para a materialização do 
 trabalho científico, isto é, o momento, em que ele começa a tomar vida. Não se pode, 
 porém, confundir o projeto de pesquisas, com um mero planejamento ou um plano para as 
 pesquisas nem imaginar para ele o detalhamento esperado para o trabalho científico em si. 
 A ELABORAÇÃO DE PROJETOS CIENTÍFICOS 
 Como lembra Andrade, na página 98 de seu livro de (2002), há a necessidade de 
 composição e de demonstração de um projeto científico, por exemplo, nos casos de 
 obtenção de bolsa de estudos; para conseguir o patrocínio para uma pesquisa; ao final de 
 um curso, para ser mostrado a um orientador; ou para ingressar em um curso de 
 pós-graduação, pleiteando a continuidade de estudos em busca de uma especialização, um 
 mestrado ou um doutorado, deixando o possível orientador a par da pesquisa que pretende 
 ampliar. 
 Projetos dessa natureza oferecem ao examinador inicial não só os aspectos científicos da 
 pesquisa, como também os aspectos práticos do desenvolvimento do trabalho, visto que as 
 questões técnicas e as exigências previstas pelas instituições devem estar explícitas. 
 Conforme Severino (2002) define, na página 159 de sua obra, um projeto bem feito acaba 
 desempenhando várias funções, tais como: 
 ● A definição e o planejamento do percurso para o desenvolvimento do trabalho do 
 próprio estudante/pesquisador, a fim de adquirir disciplina com o trabalho, sendo fiel aos 
 procedimentos elencados, cumprindo a organização, a sequência e os prazos que ele 
 mesmo estabelece no projeto; 
 ● Possibilitar o atendimento às exigências dos professores no aspecto didático; 
 ● Possibilitar que os orientadores avaliem os aspectos gerais do trabalho de pesquisa e 
 as possibilidades de desenvolvimento, facilitando a orientação e a apresentação de novas 
 perspectivas de ampliação da análise; 
 ● Fornecer condições de discussão e avaliação à banca examinadora para a qualificação 
 do trabalho do estudante; 
 ● Contribuir para a concretização, no caso de solicitação de bolsa de estudos ou de 
 financiamento de pesquisas; 
 ● Embasar a coordenação de programas de pós-graduação para a aceitação de 
 candidatos, em especial nos cursos de doutorado. 
 A APRESENTAÇÃO DO PROJETO CIENTÍFICO 
 Alguns elementos são observados para o projeto de pesquisa, tais como: 
 Clique nos botões para saber mais 
 Folha de rosto 
 – 
 Com indicação da entidade destinatária do projeto, o título do trabalho, sua finalidade, autoria, local 
 e data. 
 Título 
 – 
 Mesmo que provisório, seu valor está no fato de ele indicar o assunto do trabalho. Severino (2002), 
 em seu livro, indica que a nomeação da pesquisa deve ter um título geral e um título técnico, sendo 
 este último apontado como um subtítulo que especifica o tema abordado. 
 Delimitação do assunto 
 – 
 É o item fundamental do projeto, já que delimita o tema e o problema da pesquisa. Neste item, o 
 problema e o conteúdo, alvos do estudo, são caracterizados e desdobrados. 
 Objetivos gerais e específicos 
 – 
 Neste ponto, o autor determina o que pretende com a pesquisa e quais resultados aguarda 
 conseguir, fazendo referência ao tema em geral e, em seguida, a pontos específicos do assunto 
 escolhido. 
 Justificativa 
 – 
 O autor declara por qual motivo escolheu o tema e sua importância. 
 Objeto da pesquisa 
 – 
 Evidencia a tese ou hipótese do que se pretende demonstrar. Tais informações devem estar 
 inequívocas desde o início, tomando-se o cuidado de preparar hipóteses sobre algo que ainda 
 precisa ser demonstrado, caso contrário, não há avanço de conhecimento com sua pesquisa. 
 Metodologia 
 – 
 Esse item aborda os métodos utilizados na pesquisa e as técnicas escolhidas. 
 Cronograma 
 – 
 Delimita momentos e etapas do desenvolvimento da pesquisa, estabelecendo quantas semanas ou 
 meses serão reservados para cada etapa. 
 Orçamento 
 – 
 Em alguns casos, são indicados os recursos humanos ou materiais

Outros materiais