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TÉCNICA E EQUIPAMENTO FOTOGRÁFICO 2

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Técnica e Equipamento 
Fotográfico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Mário Gustavo Coelho
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Equipamentos Fotográfi cos e Suas Percepções Sobre Luz
Equipamentos Fotográficos 
e Suas Percepções Sobre Luz
 
 
• Explorar a estrutura física dos equipamentos fotográficos e como a câmera entende a luz;
• Compreender a aferição da reflexão da luz pelo cinza médio como mecanismo para o funcio-
namento do exposímetro da câmera.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Os Tipos de Equipamentos 
Fotográficos e suas Estruturas;
• A Exposição da Luz;
• Introdução ao Exposímetro da Câmera;
• O Cinza Médio e o Volume de Luz;
• Cenas Claras, Escuras e Meio Tom.
UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Os Tipos de Equipamentos 
Fotográficos e suas Estruturas
Existem muitos tipos de equipamentos fotográficos à disposição para os fotógrafos 
contemporâneos. O desenvolvimento das tecnologias amplia cada vez mais as possibilida-
des e tipologias de equipamentos e, deste modo, é importante que seja de conhecimento 
do profissional esta vasta gama para a escolha correta de acordo com as suas funcio-
nalidades e necessidades de atuação. Faremos uma abordagem tipo a tipo, apontando 
as vantagens e desvantagens de cada tecnologia, de modo que cabe a você analisar e 
entender qual o equipamento mais se adequará ao seu trabalho e dentro dos seus inves-
timentos disponíveis. 
Câmeras Compactas e Compactas Zoom
No início da fotografia digital, as câmeras compactas foram muito comercializadas 
devido ao ótimo custo/benefício. A linha da Sony Cyber Shot foi uma das câmeras mais 
comercializadas do início da fotografia digital para entusiastas. 
Figura 1 – Câmera compacta Cyber Shot Sony, de 1998
Fonte: Wikimedia Commons
Muitas marcas produziram câmeras do gênero, mas a grande diferença existente en-
tre as suas variações eram as normais e as zoom, isso porque, dotadas de uma objetiva 
fixa, não permitiam zoom ótico, que era realizado por meio de zoom digital, o que sig-
nificava perda considerável de qualidade, pois a aproximação era feita por meio de um 
recorte da imagem original captada, representando perda de resolução. Já as compactas 
zooms apresentavam um sistema ótico relativamente eficiente. 
Com o surgimento e a constante evolução das câmeras existentes nos telefones ce-
lulares, as versões compactas se tornaram obsoletas, não havendo mais interesse do 
mercado consumidor. 
8
9
Dentre os modelos de câmera compacta, algumas ainda perduram no mercado foto-
gráfico, pois mesmo sendo equipamentos compactos, possuem controle criativo manual, 
além de poderem entregar arquivos RAW, tipo tão desejado por fotógrafos profissionais 
que ficaram conhecidas como compactas de luxo. Mesmo com tais qualidades, as 
maiores fábricas de equipamentos, tais como Nikon, Canon e Sony, abandonaram ou 
reduziram consideravelmente a fabricação desses modelos devido ao surgimento das 
câmeras mirrorless, como veremos adiante.
No site da Nikon USA, é possível ver modelos de câmeras compactas, compactas luxo e bridge, 
ainda fabricadas e comercializadas pela marca. Disponível em: https://bit.ly/3dUTLuK
Câmeras Bridge
As câmeras bridge também foram um sucesso de comercialização, pois alguns mode-
los possuíam controles manuais de exposição e mesmo com uma objetiva fixa ao corpo 
da câmera, eram dotadas de um super zoom, capaz de aproximar até 125 vezes um 
assunto, o que era muito conveniente para fotógrafos amadores ou entusiastas em suas 
viagens. Outro fator é que em seu lançamento realizavam vídeo, função a qual as DSLR 
ainda não realizavam.
Ainda existem modelos comercializados, porém, há pouca procura no mercado 
consumidor, que prefere as vantagens da câmera de um telefone celular avançado e 
sua multifuncionalidade.
Suas principais desvantagens eram raramente oferecer arquivos RAW e mesmo pos-
suindo muito zoom, não entregavam boa qualidade ótica nas imagens e um tinham um 
preço médio, não muito acessível. Ainda assim, é um dos poucos equipamentos comer-
cializados que oferecem, por um custo admissível, um poder de zoom tão grande.
Assista ao poder do zoom das câmeras bridge, ao aplicar 3.000 mm de zoom ótico (125x) e o 
zoom digital extra em uma Coolpix P100 Nikon ao filmar a Lua. 
Disponível em: https://youtu.be/5v6Od6M7o74
Câmeras SLR e DSLR
Antes de tudo, é importante conceituar a sigla SLR, que deriva da abreviação Single 
Lens Reflex, ou seja, reflexo por uma única lente/objetiva. Significa que o fotógrafo en-
xerga a imagem que a objetiva realmente está enquadrando, possibilitando que tenha a vi-
são exata que será projetada no filme/sensor na captura por uma sequência de espelhos.
Uma característica única deste tipo de equipamento é que, ao efetuar o disparo, 
o espelho principal se levanta, interrompendo a visualização pelo ocular da câmera, 
projetando-se a imagem sobre o sensor ou filme. 
9
UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Figura 2 – Corte de uma câmera DSLR
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons
A linha vermelha representa a luz entrando pela objetiva e sendo conduzida até o ocu-
lar por meio dos reflexos do espelho principal e do penta prisma.
O sistema criado pela Nikon em 1959 perdurou nos equipamentos digitais, sendo 
substituído o filme fotográfico pelo sensor digital e renomeando a sigla para DSLR 
(D = Digital).
Note que na Figura 2 o espelho se encontra abaixado, logo, o fotógrafo consegue vi-
sualizar diretamente o que a objetiva “enxerga”. Ao realizar o disparo, o espelho principal 
se levanta e a imagem é projetada após um outro mecanismo se abrir – o obturador –, 
expondo o sensor ou filme à imagem que era visualizada. 
As câmeras DSLR são, sem dúvidas, os equipamentos mais utilizados na fotografia 
digital contemporânea por profissionais e existem modelos de entrada, intermediários 
e avançados. Todos os equipamentos DSLR fornecem a produção de arquivos RAW. 
A grande diferença entre eles são que, para oferecer preços acessíveis, as câmeras de 
entrada normalmente não possuem dois discos de controles – velocidade e abertura, 
menor resolução, sensores/processadores menos eficientes à alta sensibilidade a luz 
(ISO) e modos automáticos. Além disso, as câmeras de entrada normalmente são 
oferecidas em um kit com uma objetiva; já as câmeras intermediárias e profissionais 
possuem todos os itens mencionados, além de processadores de imagens muito rápi-
dos, o que possibilita um aumento significativo de fotos por segundo e comumente é 
vendido somente o corpo.
Outra característica intrínseca às câmeras SLR/DSLR é terem objetivas intercam-
biáveis, o que possibilita o fotógrafo possuir um acervo de acordo sua especialidade, 
motivo o qual faz com que as câmeras avançadas elas sejam vendidas somente o corpo, 
sem objetivas.
Atualmente, as duas marcas mais consagradas com câmeras de tecnologia DSLR são 
Nikon e Canon – a Sony também oferece tais equipamentos, mas que fazem parte da 
tipologia – mirrorless – que veremos no próximo tópico.
10
11
Quadro 1
Modelos em 2020 de 
câmeras DSLR 
de entrada
• Nikon: D5600 | D5300 | D3500 | D3400;
• Canon: toda a linha EOS Rebel (SL3 | T100 | T7 | T7+ | T5i | T5...).
Modelos em 2020 
de câmeras DSLR 
intermediárias
• Nikon: D700 | D7200 | D7500 | D500 | D610 | D750 e 780;
• Canon: EOS 6D | EOS 7D Mark II | EOS 7D | EOS 80D | EOS 70D.
Modelos em 2020 
de câmeras 
DSLR avançadas
• Nikon: D810 | D850 | Df | D5 | D6;
• Canon: EOS 1D X Mark II e Mark III | EOS 5D Mark IV e III.
Câmeras Mirrorless
Surgiram no mercado para valer a partir de 2011 e competem com grande força 
com as câmeras DSLR, “caindo no gosto” de muitos profissionais, principalmente pe-
las altas qualidades de fotografia e filmagem que foram adquirindo no decorrer de sua 
evolução tecnológica. 
Em seu surgimento não possuíam boa velocidade de foco, que foram aprimoradas em 
sua evolução e ganharam um enorme acervo de objetivas para mirrorless. Sua grandeforça reside nas qualidades de vídeo alcançadas, de modo que atualmente é comum que 
cinegrafistas utilizem equipamentos deste gênero para produções audiovisuais.
Possuindo um sistema sem espelho, ocular, comumente utilizado pelos fotógrafos, 
apresenta um micromonitor que permite a visualização do que é captado pelo sensor. 
Sem o espelho, o equipamento apresenta um ruído quase nulo a cada disparo e uma alta 
velocidade de fotos por segundo, muito superior às DSLR. Além disso, são equipamen-
tos mais compactos e, por consequência, mais leves que as DSLR e é possível adquirir 
anéis para adaptar objetivas projetadas para as DSLR.
Figura 3 – Diferença estrutural entre DSLR e mirrorless
Fonte: Reprodução
11
UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Atualmente, todas as marcas de equipamentos fotográficos produzem câmeras mirroless, 
mas o mercado é bastante dominado pelas marcas Sony e Fuji. A grande desvantagem de 
tais equipamentos é o preço ainda bastante elevado, assim como as suas objetivas também 
têm qualidades óticas incríveis, mas por preços muitas vezes exorbitantes. 
Figura 4 – Sony Alpha 7R, um dos equipamentos mirroless de última geração (2019)
Fonte: Divulgação
Você Sabia?
A maioria das câmeras mirrorless possui um sistema de acompanhamento de foco ao se 
marcar um assunto chamado follow focus. Para cinegrafistas este sistema é muito útil, 
pois permite o assunto/ator se mover dentro do enquadramento, de modo que a câmera 
mantém o foco no assunto desejado.
Câmeras de Médio e Grande Formato
As câmeras de médio e grande formato existem tanto na tecnologia analógica quanto 
na digital e uma importante diferença é a resolução das imagens criadas. Dotados de 
sensores maiores, seguem os formatos dos seus respectivos filmes analógicos, possuindo 
dimensões muito maiores que as câmeras tradicionais de 35mm. Essa dimensão do filme 
pode gerar ampliações muito maiores que as obtidas nas câmeras DSLR, compactas e 
telefones celulares, além de altíssima definição, uma vez que operam, em sua maioria, 
com objetivas fixas e de alta qualidade. 
Figura 5 – À esquerda câmera de médio formato e à direita câmera de grande formato
Fonte: Adaptada de Getty Images
12
13
As câmeras de grande formato, como já indicam, possuem filmes ainda maiores 
que as de médio formato e as suas medidas são dadas em polegadas; mas a sua maior 
característica técnica é a capacidade de corrigir distorções de perspectiva, sendo ótimos 
equipamentos para a fotografia de paisagem e arquitetura. São dotadas com sistema de 
fole em suas extremidades nos planos da objetiva e do plano focal para correções – já 
que as suas objetivas são exclusivamente fixas e sem zoom. Existem objetivas para câ-
meras de pequeno formato (tilt-shift) que geram esse tipo de correção, mas são muito 
limitadas em relação às de grande formato – observe a seguinte Tabela e as respectivas 
dimensões de filmes e média de resolução digital:
Tabela 1
Câmeras Dimensão do fi lme Resolução média digital
Pequeno formato 
ou SLR/DSLR
2,4 × 3,6 cm Aproximadamente 20 Mpx
Médio formato 4,5 × 6 cm 6 × 6 cm Aproximadamente 60 Mpx
Grande formato
4” × 5” polegadas ou 10,16 × 12,7 cm 
5” × 7” polegadas ou 12,7 × 17,78 cm 
8” × 10” polegadas ou 20,32 × 25,4 cm 
Podem chegar a 192 Mpx*
* Câmeras de grande formato permitem sistemas de múltiplos disparos em uma única foto, somando-se a resolução de cada foto.
A maior desvantagem, sem nenhuma dúvida, é o preço. Câmeras de médio e grande 
formato, tem preços altíssimos para o mercado brasileiro, principalmente quando utiliza-
das com sensores e não filmes. Além disso, as câmeras de grande formato, necessitam 
tripés especiais, não sendo possível a portabilidade em mãos para fotografar e seu ma-
nuseio é bastante complexo até a obtenção de um primeiro disparo.
Veja os movimentos e resultados possíveis com uma objetiva para DSLR equivalentes aos 
efeitos tilt-shift de uma câmera de grande formato – é possível ativar as legendas e traduzir 
para português. Disponível em: https://youtu.be/gvV5sINKnT8
Câmeras de Telefone Celular
Nos últimos 10 anos os telefones celulares ganharam muita força quando o assunto é 
câmera fotográfica. Apesar de ainda ser muito debatido sobre fotografar com o telefone 
celular de forma profissional, o fato é que um fotógrafo profissional sempre utiliza o tele-
fone celular como uma segunda câmera, ou como se costuma dizer, a câmera midiática, 
isto porque fotografar ou filmar pelo telefone celular permite o instantâneo compartilha-
mento nas mídias sociais, o que é uma necessidade no competitivo mercado da fotografia. 
Apesar de não ser um equipamento projetado unicamente para a fotografia, os tele-
fones celulares cada vez mais possuem uma qualidade exorbitante em suas câmeras, de 
modo que para driblar o problema de não poder trocar as objetivas, são projetados com 
múltiplas câmeras a fim de se ter uma vasta opção de ângulos de visão.
A cada lançamento de um novo smartphone, o que mais se diz é sobre a melhoria 
aplicada às câmeras, resolução e versatilidade de suas múltiplas objetivas.
13
UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
A Exposição da Luz
Compreender o conceito de exposição da luz é fundamental para realizar uma boa 
fotografia. Entender e estabelecer a quantidade de luz para registrar uma foto é o conhe-
cimento denominado exposição da luz ou fotometria.
Para começar é necessário entender que a luz na fotografia é estabelecida por uma 
relação de volume (3 aspectos determinantes para tal medida) – e não de área (onde 2 
aspectos são determinantes para tal mensuração), sendo eles:
• A quantidade de luz que será admitida para a realização da fotografia. Este fator é 
controlado pelo diafragma que determina uma abertura maior ou menor de acordo 
com a necessidade, por onde a luz entrará no sistema ótico da câmera, sendo cole-
tado pela objetiva. Este conceito se denomina diafragma e é comumente chamado 
de abertura pelos fotógrafos;
• O tempo de exposição ao qual o volume de luz que entra pelo diafragma será 
admitido até o sensor/filme. Esse tempo de exposição é controlado pelo obturador 
e é determinado em segundo ou frações de segundo. Tal conceito se denomina 
obturador e é comumente chamado de velocidade pelos fotógrafos;
• Sensibilidade à luz, ou seja, o quanto o material que registrará a imagem é sensível 
à luz. Na fotografia analógica, é a sensibilidade do material fotossensível do filme e 
na fotografia digital o quanto o sensor está estimulado aos impulsos eletromagnéti-
cos provindos da luz. Este conceito se chama ISO ou ASA.
Voltemos ao conceito de exposição da luz. Este fator é dado pela sigla EV (do inglês, 
Exposure Value, ou valor de exposição). Para exemplificar tal sistema consideremos 
duas analogias.
Analogia 1 
Veja o seguinte desenho, notando a caixa quadrada na Figura A. Podemos dizer que 
nela cabe um volume X dentro. Mesmo que as outras caixas sejam de formatos diferentes 
– Figuras B, C e D –, todas conseguem armazenar o mesmo volume que a da Figura A, 
pois embora tenham dimensões diferentes, resultam na mesma capacidade volumétrica. 
Figura A
Figura B
Figura C
Figura D
E.V. = X
E.V. = X
E.V
. =
 X
E.V
. =
 X
Figura 6 – Analogia da exposição da luz e volumes equivalentes nas caixas
14
15
Agora façamos uma modificação e analisemos as mesmas caixas com as informa-
ções dos conceitos de controle da exposição da luz junto a elas. Percebemos, então, que 
podemos obter o mesmo valor de exposição com diferentes atribuições aos fatores que 
controlam a referida exposição. 
Figura A
Velocidade
Velocidade
Velocidade
Velocidade
Ab
ert
ura
Ab
ert
ura
Ab
ert
ura
Ab
ert
ura
Figura B
Figura C
Figura D
E.V. = X
E.V. = X
E.V
. =
 X
E.V
. =
 X
IS
O
IS
O
IS
O
IS
O
Figura 7 – Analogia das caixas demonstrando que diferentes valores de abertura, 
velocidade e ISO podem ser utilizados para se obter a mesma exposição da luz
Analogia 2 
Presente em quase todosos livros didáticos de fotografia, imagine uma torneira e 
um balde e considere que neste cabe um certo volume de água. Se a torneira for aberta 
somente um pouco, o balde se encherá, mas demorará muito tempo. Se a torneira for 
aberta completamente, o balde se encherá bem rápido. Em ambos os casos o volume 
final de água no balde será o mesmo.
Figura 8 – Analogia do balde de água
Fonte: Getty Images
15
UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Nesta analogia debatemos dois conceitos da exposição da luz, sendo a abertura – o 
volume de água admitido com a abertura parcial ou total da torneira – e a velocidade – 
quanto tempo demorará para o balde se encher completamente. Em tais condições o 
ISO poderia ser dois fatores: 
• A pressão da água: onde uma pressão maior de água no sistema significaria um 
ISO elevado, correspondendo à alta sensibilidade à luz; ou seja, mesmo que aberta 
somente um pouco, a pressão seria alta e, portanto, mais água passaria que em uma 
pressão pequena que, por sua vez, significaria um ISO baixo (baixa sensibilidade à 
luz), ou seja, em relação à alta pressão, se aberto pouco, demorará mais para encher;
• O tamanho do balde: em que um balde pequeno representaria um ISO elevado, 
ou seja, se enche rápido, representando uma alta sensibilidade à luz; e um balde 
grande representaria um ISO baixo, ou seja, demoraria mais para encher, indepen-
dentemente de outros fatores, representando baixa sensibilidade à luz. 
Lembre-se destes conceitos da exposição e que o EV pode ser obtido da combinação 
de vários dos fatores de exposição, pois mais à frente será importante para realizar a 
inversão dos fatores de acordo com a necessidade estética da imagem.
Baseado na luminância obtida dos diferentes volumes de luz, existe um regramento 
sobre os valores de exposição que podem ser obtidos, considerando um valor de sensi-
bilidade constante de ISO 100.
Tabela 2
Condições de iluminação EV a ISO 100 (valores aproximados)
Luz do dia
Areia ou neve sob luz solar forte ou levemente difusa (sombras nítidas) 16
Cena típica sob luz solar forte ou levemente difusa (sombras nítidas) 15
Cena típica sob luz solar levemente difusa (sombras suaves) 14
Cena típica, céu nublado (sem sombras) 13
Cena típica, céu encoberto 12
Áreas à sombra, luz clara 12
Externas, 
luz natural
Logo antes do pôr-do-sol 12-14
Ao pôr-do-sol 12
Logo após o pôr-do-sol 9-11
Externas, 
luz artificial
Néon e outros signos brilhantes 9-10
Esportes noturnos 9
Fogo e incêndios 9
Cenas em estradas iluminadas 8
Cenas noturnas em estradas e displays iluminados 7-8
Tráfego noturno de veículos 5
Praças e parques de diversões 7
Edifícios luminosos, monumentos e fontes 3-5
Vistas distantes e prédios iluminados 2
Internas, 
luz artificial
Galerias 8-11
Eventos esportivos, shows em palcos e semelhantes 8-9
Circos, holofotes 8
Shows no gelo, holofotes 9
Escritórios e áreas de trabalho 7-8
Interiores de casas 5-7
Fonte: Adaptada de American national standard for photography expures guide
16
17
E o que de fato querem dizer esses números? A fotografia é medida numa relação 
de dobros e metades de volume de luz disponível. Com base nessa condição podemos 
afirmar que um a cada número crescente dá o dobro da luz do número anterior – por 
exemplo, EV 14 tem o dobro de luz que EV 13 –; cada número decrescente tem a 
metade da luz de seu superior como, por exemplo, EV 8 tem a metade da luz que EV 
9. Por enquanto estas considerações podem parecer estranhas, mas conforme você 
for evoluindo nos conceitos técnicos da fotografia, isto ficará absolutamente claro em 
sua mente. 
A exposição da luz é um fator determinante para que o fotógrafo saiba a condição de 
luz disponível no ato fotográfico e que, combinado aos fatores que as controlam, serão 
fundamentais para determinações estéticas das imagens e como serão obtidas. 
Introdução ao Exposímetro da Câmera
Toda câmera fotográfica possui um exposímetro. Estes são projetados para medir a 
reflectância da luz, ou seja, a luz que é refletida da cena que é enquadrada pelo fotógrafo. 
É com base nele que a câmera fotográfica entende a quantidade correta de luz de cada 
cena a ser fotografada e o fotógrafo define os três fatores da exposição – velocidade, 
abertura e ISO – para captar a imagem – normalmente são identificados conforme a 
imagem apresentada a seguir:
Figura 9 – Detalhe do exposímetro de câmeras fotográfi cas. Algumas câmeras 
apresentam variações de 3 pontos a mais ou a menos e outras apenas 2 pontos
Fonte: Adaptada de Getty Images
Conforme visto no conteúdo da exposição da luz, os exposímetros indicam os EV de 
uma cena. Logo, quando posicionado no número 1 à esquerda do traço central, consi-
derado como “zero”, significa que a imagem está com a metade da luz para a qual é con-
siderada ideal para realizar a foto. Quando posicionado no número 1 à direita do traço 
central, a imagem tem o dobro da quantidade de luz ideal considerado pelo exposímetro, 
e assim consequentemente para os números 2 e 3, considerando-se que se estiver no 
3 a foto terá o dobro, do dobro, do dobro (3 dobros, ou seja, um fator exponencial) da 
luz – e não 3 vezes mais luz. 
17
UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Importante!
Veremos mais à frente que nem sempre a resposta do zero do exposímetro (traço ao cen-
tro) será o valor de exposição correta de uma cena, mas é uma importante referência para 
entendermos se estamos próximos ou não do valor de exposição da cena enquadrada.
Durante o ato fotográfico, é fundamental que o fotógrafo realize essa leitura e o de-
vido ajuste, enquadrando a cena que deseja fotografar, pois o exposímetro lerá a luz da 
cena enquadrada. É um erro realizar esse ajuste apontando a câmera para baixo, pois 
ela lerá a luz do chão que dificilmente terá a mesma quantidade de luz da cena que se 
deseja registrar. 
Importante!
Todas as informações desta Unidade são consideradas utilizando o exposímetro no 
modo matricial, que avalia a média da luz de todo o quadro em composição. Em outra 
Unidade debateremos outros modos de operação possíveis no exposímetro.
Com o avanço da tecnologia, as câmeras fotográficas, no intuito de obter um ajuste 
mais preciso, dividiram esses intervalos entre um EV em terços de exposição. Por este 
motivo os exposímetros apresentam 2 barras entre cada valor de exposição.
–3 –2 –1 0
As setas nas extermidades
indicam que a exposição está
com mais ou menos que 3 EV’s
em relação ao zero.
metade da luz
–1/3 +1/3
dobro da luz
+1 +2 +3
Figura 10 – Detalhamento do exposímetro da câmera 
fotográfica e as variações de EV em pontos e terços
Portanto:
–3 –2 –1 0 +1 +2 +3
–22/3 –21/3 –12/3 +12/3–11/3 +11/3 +12/3+11/3 +22/3+21/3–2/3 –1/3
Figura 11 – Detalhamento do exposímetro da câmera 
fotográfica e as variações de EV em pontos e terços
Como a câmera decide a quantidade de luz correta para uma fotografia é o que ana-
lisaremos no próximo tópico.
18
19
O Cinza Médio e o Volume de Luz
Para padronizar o funcionamento dos exposímetros, mundialmente foi adotado um 
sistema de leitura de reflectância da luz. A câmera não sabe o que é gente, casa, pai-
sagem, arquitetura etc., não sabe também entender as cores da cena, mas somente a 
quantidade de luz refletida da cena, ou seja, os tons da cena. De certa forma, é como se 
entendesse tudo em preto e branco e com base na reflexão da luz, decidisse a quanti-
dade correta com base no cinza médio. Ilustremos esta ideia imaginando uma escala de 
cinzas de 0 a 100%, onde 0% seria preto e 100% seria branco:
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Cinza
médio
60% 70% 80% 90% 100%
Figura 12 – Escala de cinzas
Importante!
As câmeras possuem como referência o cinza médio, isto porque a superfície de material 
fosco de cinza médio reflete 18% da luz que sobre ele incide – padrão aplicado a todos 
os equipamentos fotográficos.
 Uma analogia interessante seria um diapasão, instrumento que mede a frequência 
de onda de som emitida pelas cordas de um violão.Por ele sabe-se que aquela corda 
se encontra com a afinação correta. Para a câmera, toda a cena que se é enquadrada 
é comparada com essa reflexão do cinza médio e, então, é decidido o EV da cena a se 
fotografar, ou seja, o volume de luz necessário para que o fotógrafo ajuste os três fatores 
– velocidade, abertura e ISO – para obter a quantidade de luz refletida. 
Cabe lembrar que o exposímetro realiza leitura pela luz refletida – e não pela luz que 
incide sobre o assunto. Isto nos leva a um raciocínio crítico, tais como nas imagens a 
seguir, que nem sempre as cenas refletem ou estão na mesma sintonia do cinza médio, 
fazendo com que o exposímetro ofereça, em algumas situações, um parâmetro equivo-
cado ao ajustá-lo no zero. 
Figura 13 – À esquerda uma imagem muito mais clara que o cinza médio; 
à direita uma imagem muito mais escura que o cinza médio
Fonte: Adaptada de Getty Imagens e Acervo do Contedista
19
UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Outra diferenciação importante é entre o fotômetro e exposímetro da câmera. Como 
já visto, o exposímetro da câmera é projetado para medir a luz refletida de uma cena, 
enquanto o fotômetro de mão é projetado para medir a luz incidente, além de alguns 
modelos medirem também a luz de relâmpago, ou seja, flash. São conhecidos como 
flashmeter/fotômetros, pois podem medir tanto a luz contínua (artificial e natural) quanto 
o flash. Todos os equipamentos digitais do gênero, na atualidade, são capacitados para 
medir ambos os tipos de iluminação. 
Fonte de iluminação
Fotômetros de mão
leem a luz incidente
Assunto
Exposímetros em câmeras
leem luz re�etida
–3 –2 –1 0 +1 +2 +3
Figura 14 – Diferença de leitura da luz entre 
exposímetros de câmeras e fotômetros de mão
Fonte: Adaptada de Getty Images
Figura 15 – Fotômetro de mão
Fonte: Getty Images
Os fotômetros de mão não estão sujeitos aos erros de leitura que os exposímetros 
podem apresentar. Isto porque lendo a luz que incide sobre a cena ou o assunto a ser fo-
tografado, não considera se o assunto é mais claro ou mais escuro que o cinza médio, tal 
como o exposímetro da câmera o faz. É um equipamento de extrema relevância dentro 
do acervo de investimentos do fotógrafo, pois permitirá maior autonomia e exatidão na 
leitura da exposição da luz e para aqueles que desejam trabalhar em estúdio, seja com 
luz de flash ou contínua. Além de mostrar o EV da cena, apresenta as diversas combi-
nações possíveis para a velocidade, abertura e ISO para a cena desejada.
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Para o preciso ajuste da exposição pelo exposímetro da câmera existe uma ferramenta 
de aferição chamada de cartão cinza, o qual oferece a perfeita reflexão de 18% da luz 
sobre ele incidida e que a câmera entende como correta. 
Figura 16 – Exemplo de cartão cinza
Fonte: Wikimedia Commons
Desta forma, basta que o fotógrafo enquadre o cartão para realizar a leitura da expo-
sição, ajustando os fatores de velocidade, abertura e ISO para obter o zero no exposíme-
tro. Cabe lembrar que o cartão deve ser posicionado para a mesma incidência de luz do 
assunto a fim de garantir a aferição.
Uma vez realizada a medição, bastará o fotógrafo enquadrar o seu assunto e realizar 
a foto, mesmo que o exposímetro apresente resposta diferente de zero – no próximo 
tópico analisaremos melhor esta diferença entre cenas claras, escuras e de meio tom. 
Cenas Claras, Escuras e Meio Tom
Como vimos, o exposímetro da câmera pode se equivocar na leitura de cenas que 
não dialogam com a reflectância de 18% de luz exigidos pelo cinza médio. Portanto, é 
importante que o fotógrafo desenvolva o olhar a fim de realizar a compensação neces-
sária para o tipo de luminância na cena.
Toda esta teoria se embasa em uma quantidade de luz equivalente à que enxergamos de 
uma cena. Não significa, em termos artísticos, que é a correta. De um modo geral, a expo-
sição correta é a mais próxima daquilo que enxergamos. Principalmente para aqueles que 
estudam a fotografia pela primeira vez, buscar essa exposição dada como “correta” é um 
passo importante para obter o domínio técnico do equipamento e da aferição da exposição. 
A partir daí, obter a estética desejada, seja de subexposição ou superexposição da cena ficará 
mais simples (menos luz e mais luz que a exposição tecnicamente correta, respectivamente).
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UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Podemos definir 3 tipos de cena que o fotógrafo pode se deparar:
• Meio tom: onde não há necessidade de realizar nenhuma correção de exposição e 
o exposímetro estará no zero;
• Clara: onde há necessidade de realizar correção, ou seja, o marcador do exposíme-
tro tenderá ao lado positivo da régua;
• Escura: onde há necessidade de realizar correção, ou seja, o marcador do exposí-
metro tenderá ao lado negativo da régua.
Pode parecer um pouco estranho sugerir uma exposição com mais luz em uma cena 
muito clara, como também sugerir uma exposição com menos luz em uma cena escura, 
mas analisaremos isto tecnicamente: observe a Figura 17A e lembre-se que o exposí-
metro não enxerga cores, mas somente os tons da imagem, portanto, seria como se a 
câmera enxergasse apenas em preto e branco (Figura 17B).
Figura 17
Fonte: Acervo do Conteudista
O exposímetro lerá a média de todos os tons que existem na imagem. Se pudésse-
mos misturar todos os tons da cena até deixá-la uniforme, obteríamos um tom de cinza 
tal como se vê na Figura 18:
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Cinza
médio
60% 70% 80% 90% 100%
Figura 18
Perceba que a média dos tons da cena equivale ao cinza médio. Assim, ela é uma 
cena meio tom, ou seja, ela não precisa de correção de exposição, bastando ajustar os 
fatores da exposição para atingir o zero na régua.
Durante o dia é muito comum nos depararmos com cenas meio tom, o que leva pes-
soas que compram uma câmera a obterem fotos bem expostas, pois a câmera no modo 
automático ajustará os fatores para se obter o zero no exposímetro, que é sua fonte de 
referência como certo. 
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Já na próxima figura realizaremos a mesma análise: temos a foto de uma caneca 
branca em um fundo também branco (Figura 19A). Transformando a imagem em preto 
e branco (Figura 19B) e realizando a mescla da média dos tons obteremos a Figura 20: 
Figura 19
Fonte: Acervo do Conteudista
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Cinza
médio
60% 70% 80% 90% 100%
Figura 20
Perceba que a média dos tons da imagem é mais claro que o cinza médio (cerca de 70 a 
80%). É uma situação de cena clara. Necessita de correção de exposição; entenda também 
que é necessário sugerir uma resposta para o lado positivo do exposímetro, ou seja, mais 
luz que 0. Se seguisse a sugestão do exposímetro no zero, teríamos uma foto subexposta 
(Figura 21A), pois ele tenderá a trazer os tons para algo próximo ao cinza médio que é a 
sua referência de correto, tornando necessária a compensação da exposição com mais luz.
Figura 21
Fonte: Acervo do Conteudista
Foto realizada de uma cena clara com o exposímetro no zero, provocando a subexpo-
sição da cena. Foi realizada a correção de 1 ponto e dois terços a mais do que zero para 
obter uma exposição mais correta.
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UNIDADE Equipamentos Fotográficos e 
Suas Percepções Sobre Luz
Na próxima análise teremos uma questão parecida, porém invertida, já que ela é uma 
cena escura: como podemos ver na Figura 22A, temos uma câmera fotografada com a per-
feita exposição, em um cenário também escuro. Transformando-a em preto e branco (Figura 
22B) e analisando a média dos tons, obtemos a Figura 23. Perceba que o tom médio da ima-
gem é muito mais escuro que o cinza médio, indicando que ela necessita de correção; logo, 
em uma cena escura devemos optar pela subexposição da cena, ou seja, menos luz que 0. 
Figura 22
Fonte: Acervo do Conteudista 
0% 10% 20% 30% 40% 50%
Cinza
médio
60% 70% 80% 90% 100%
Figura 23
Ao seguir a sugestão de 0 no exposímetro teríamos uma cena superexposta (Figura 
24A) em relação ao “correto técnico”. Novamente, a câmera tentará expor a cena de 
acordocom a sua referência de cinza médio, clareando a cena escura.
Figura 24
Fonte: Acervo do Conteudista
À esquerda, foto realizada de uma cena escura com o exposímetro no zero, provocando 
a superexposição da cena; ademais, foi realizada a correção de 2 pontos a menos do 
que zero na imagem à direita.
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Na literatura é comum encontrarmos termos como stop ou step para se referir a pon-
tos de exposição.
Saber a quantidade de compensação de exposição das cenas claras e escuras, assim 
como saber se é uma cena meio tom dependerá única e exclusivamente da sua prática. 
Cada cena terá uma correção de exposição diferente, pois é impossível determinar todas 
as possibilidades de reflexões da luz do que você comporá em sua vida como fotógrafo(a).
O mais importante é entender e praticar sempre, lembrando que todo equipamento 
fotográfico, ainda que opere somente no modo automático, possui alguma função para 
realizar a compensação da exposição.
Tente identificar cenas de diferentes tons e faça testes, expondo-as no zero e realizando pe-
quenas alterações a mais e a menos e registrando todas com as devidas anotações à parte. 
Compare com a cena real e verifique qual foto mais se aproxima ao “certo técnico”. Pronto! 
Você já começará a entender se é uma cena clara, escura ou de meio tom. Quanto maior for 
a sua prática, maior será a sua capacidade de identificá-las durante o ato fotográfico.
Importante!
Muitos fotógrafos da Era Digital optam por operar a câmera em modos automáticos e re-
alizar a correção da edição na pós-produção ou no tratamento de imagens. Isso pode até 
funcionar, mas é importante lembrar que uma correção exagerada de exposição acaba 
afetando fatores como o contraste da imagem e a saturação das cores, que podem não 
ter a sua correção tão bem-sucedida devido à alteração da exposição. Todo fotógrafo 
deve sempre buscar a exposição mais correta possível dentro de suas especificidades 
estéticas e visuais, deixando o mínimo para a correção na edição. Portanto, quanto mais 
correta a exposição de uma cena na captura, menos trabalho de edição haverá. Na vida 
profissional de qualquer área, tempo é dinheiro.
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Suas Percepções Sobre Luz
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Como utilizar o cartão cinza
https://youtu.be/i7my8-ilUOg
 Leitura
Escolhendo entre DSLR ou mirrorless
https://bit.ly/3tPiC8C
Princípios básicos da exposição
https://bit.ly/3sVfGpL 
Cartão cinza – um brinquedo quase esquecido
https://bit.ly/3nnV1JF
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Referências
HEDGECOE, J. O novo manual de fotografia. 4. ed. São Paulo: Senac, 2005.
KELBY, S. Fotografia digital na prática. v. 1. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2013.
LANGFORD, M. Fotografia avançada de Langford – guia completo para fotógrafos. 
8. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2013.
PALACIN, V. Fotografia: teoria e prática São Paulo: Saraiva, 2012.
PRAKELL, P. Iluminação. 2. ed. Porto Alegre, RS: Bookman, 2011.
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