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Prova Analise e intervenção em psicologia social


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Discente: Eliza Cedro da Silva 
Período: 3ª 
 
Prova A1: Analise e intervenção em psicologia social 
 
A psicologia social estuda a interação dos sujeitos na sociedade (AROLDO 
RODRIGUES,1972 apud BOCK, 2009), ou seja, uma pessoa se percebe na outra. Nesse 
sentido, Wilhelm Wundt considerado o pai da psicologia experimental desenvolveu um projeto 
sobre introspecção para investigar a mente de forma científica, utilizando-se da abordagem 
estruturalista. Um dos seus objetivos foi a criação da psicologia social, por isso, estudou 
também a estrutura de pensamento e investigou como esses interagem entre si. 
Durante a época da Guerra Fria na União Soviética surgiu a psicologia sócio-histórica, 
que procura entender o sujeito em seu contexto social e histórico, essa percepção tem influência 
do filósofo Heráclito (pré-socrático), pois tem a concepção de que a história não é estática, a 
sociedade passa por diversas transformações e assim as pessoas que estão inseridas nela 
também. (LANE, 2006). 
A psicologia social teve sua emergência na América do Norte a partir do século XX, 
pelo viés da Segunda Guerra Mundial onde foi possível estudar a adequação dos soldados a 
vida no exército, a importância das mudanças de atitude e a comunicação em massa que era 
feita em relação a esses sujeitos e a população. 
Com isso, a construção dessa psicologia no Brasil foi primordialmente influenciada pela 
norte-americana, onde se utilizava os problemas desses países e tentava inserir na brasileira. 
Contudo, em 1980 foi criado a Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), que 
tem como objetivo construir a sua própria ciência a partir das relações e problemas do seu meio, 
assim, no ano de 1984 Silvia Lane e Codo organizaram um movimento de ruptura com 
psicologia social norte-americana. (STREY, 2013). 
No caso exposto, é possível observa o objetivo desse campo de atuação, na prática. Os 
discentes do curso de psicologia da Faculdade Ages de Jacobina participaram de um projeto 
junto à comunidade no distrito de Paraíso (que pertence à Jacobina). Por meio desse elaboraram 
uma atividade na casa de um morador para explanar sobre o que psicologia comunitária 
procurando buscar resgatar o contexto histórico do local. 
Com essa postura, a intervenção da psicologia comunitária (FREITAS, 1998b apud 
SILVA, 2011) pode ser pautada no compromisso real com transformação social e a busca de 
mudanças das condições vivenciada por essa população, assim como os alunos procuraram 
demonstrar e fazer refletir a importância da responsabilidade de cada morador do local, 
apresentando que eles são sujeitos ativos. Portanto, a proposta dessa intervenção é de 
desenvolver cidadãos autônomos, comprometidos com a sua realidade, e ao criar possibilidades 
para isso poderá acontecer a saída da situação de vulnerabilidade social em que se encontram. 
Ademais, é interessante ressaltar os serviços do psicólogos no SUAS que tem dois 
níveis, o primeiro se refere a proteção social especial que ainda se subdivide em média e alta 
complexidade. Em primeiro, a média: tem função de oferecer cuidado às famílias e indivíduos 
com seus direitos violados, mas cujo vínculo familiar e comunitário não foi rompido, inclui-se 
os CREAS. A de alta alude-se a proteção integral de moradia, alimentação, higienização e 
trabalho, protegendo os que se encontram sem referência e/ ou em situação de ameaça, e que 
necessitam sair de seu núcleo familiar e/ou comunitário. E a proteção social básica presta 
serviços no CRAS (importante ponto de partida para o desenvolvimento das comunidades). As 
atividades devem ser desenvolvidas de acordo com as demandas da comunidade, e na prestação 
de serviço e programas socioassistenciais às famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, 
visando a orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário, destinado à população em 
situação de vulnerabilidade (SILVA, 2011). 
Além disso, a psicologia social abrapsiana tem essa forma de trabalhar, com 
compromisso e a atuação com aplicação de conhecimentos nas comunidades como alternativa 
de transformação (LOPES, 2015). As discussões entre os moradores estava direcionada aos 
problemas que ocorriam no local como problema de iluminação, descarte de lixo inadequado, 
ruas esburacadas, entulho e matos próximo às casas, e a circulação de caminhões de uma 
empresa que além de danificar o calçamento estava causando (pelo seu peso) rachaduras nas 
paredes de algumas casas. Essa maneira de intervenção é a partir de objetivos a posteriori, onde 
o profissional junto aos formandos primeiro tem contato com a comunidade e com seus 
membros, para que após isso possam juntos traçar resolutivas. 
No segundo encontro, ao rever os moradores foi solicitado para que falassem o que é 
comunidade tinha feito para solucionar as demandas discutidas no encontro anterior. Bem 
como, foi possível observar que os próprios moradores em conjunto com a prefeitura agiram de 
maneira ativa e em coletivo para a solução dos problemas concretos, assim houve a chamada 
conscientização da identidade psicossocial. 
Por meio desse projeto foi possível observar a subjetividade como um processo 
revolucionário que se constituiu por meio do engajamento subjetivo, de modo a promover o 
compromisso e a transformação social. Essas práticas de intervenção psicossocial nas 
comunidades começam no aspecto indivíduo/sociedade em movimento, onde o sujeito constitui 
e é constituído pelo próprio mundo social (AFONSO, 2011 apud CASTRO, 2019). Através do 
Construtivismo é possível desenvolver a identidade psicossocial no indivíduo com papel ativo 
na construção do seu próprio conhecimento, além de romper com a situação de alienação e 
desenvolver conscientização da identidade social, da autenticidade e da consciência de classe 
(BOCK, 2009). 
REFERENCIAS: 
CASTRO, Ricardo Dias de; MAYORGA, Claudia. Decolonialidade e pesquisas narrativas: 
contribuições para a Psicologia Comunitária. Pesqui. prát. psicossociais, São João del-Rei , v. 
14, n. 3, p. 1-18, set. 2019. 
 
BOCK, Ana Mercês Bahia (Org.). Psicologia e o compromisso social. 2. ed. São Paulo/SP 
Cortez, 2009. 
 
LANE, S. T. M. O que é Psicologia Social? São Paulo: Brasiliense. Coleção primeiros 
passos, v. 39, 2006. 
 
LOPES, L.P.; NASCIMENTO, A.R.A. O QUE FAZ UMA PSICOLOGIA SOCIAL? 
INTERVENÇÃO NA PSICOLOGIA SOCIAL BRASILEIRA. Psicologia & Sociedade, ahead 
of print. 2015. 
 
SILVA, Janaína Vilares da; CORGOZINHO, Juliana Pinto. Atuação do psicólogo, 
SUAS/CRAS e Psicologia Social Comunitária: possíveis articulações. Psicol. Soc., 
Florianópolis, v. 23, n. spe, p. 12-21, 2011 
 
STREY, Marlene Neves et al. Psicologia social contemporânea. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 
2013. p. 19-30. E-book. Disponível em: 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/114717/pdf.