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Estatística José Gilvan da Luz Jouberto Uchôa de Mendonça Reitor Amélia Maria Cerqueira Uchôa Vice-Reitora Jouberto Uchôa de Mendonça Junior Pró-Reitoria Administrativa - PROAD Ihanmarck Damasceno dos Santos Pró-Reitoria Acadêmica - PROAC Domingos Sávio Alcântara Machado Pró-Reitoria Adjunta de Graduação - PAGR Temisson José dos Santos Pró-Reitoria Adjunta de Pós-Graduação e Pesquisa - PAPGP Gilton Kennedy Sousa Fraga Pró-Reitoria Adjunta de Assuntos Comunitários e Extensão - PAACE Jane Luci Ornelas Freire Gerente do Núcleo de Educação a Distância - Nead Andrea Karla Ferreira Nunes Coordenadora Pedagógica de Projetos - Nead Lucas Cerqueira do Vale Coordenador de Tecnologias Educacionais - Nead Equipe de Elaboração e Produção de Conteúdos Midiáticos: Alexandre Meneses Chagas - Supervisor Ancéjo Santana Resende - Corretor Claudivan da Silva Santana - Diagramador Edivan Santos Guimarães - Diagramador Geová da Silva Borges Junior - Ilustrador Márcia Maria da Silva Santos - Corretora Matheus Oliveira dos Santos - Ilustrador Monique Lara Farias Alves - Webdesign Pedro Antonio Dantas P. Nou - Webdesign Rebecca Wanderley N. Agra Silva - Design Rodrigo Sangiovanni Lima - Assessor Walmir Oliveira Santos Júnior - Ilustrador Redação: Núcleo de Educação a Distância - Nead Av. Murilo Dantas, 300 - Farolândia Prédio da Reitoria - Sala 40 CEP: 49.032-490 - Aracaju / SE Tel.: (79) 3218-2186 E-mail: infonead@unit.br Site: www.ead.unit.br Impressão: Gráfica Gutemberg Telefone: (79) 3218-2154 E-mail: grafica@unit.br Site: www.unit.br Copyright © Universidade Tiradentes L979e Luz, José Gilvan da. Estatística. / José Gilvan da Luz. – Aracaju : Gutemberg, 2010. 160 p. : il. Inclui bibliografia 1. Estatística. I. Universidade Tiradentes (UNIT). Núcleo de Educação à Distância - NEAD. II. Título. CDU: 31 Prezado(a) estudante, A modernidade anda cada vez mais atrelada ao tempo, e a educação não pode ficar para trás. Prova disso são as nossas disci- plinas on-line, que possibilitam a você estudar com o maior confor- to e comodidade possíveis, sem perder a qualidade do conteúdo. Por meio do nosso programa de disciplinas on-line você pode ter acesso ao conhecimento de forma rápida, prática e eficiente, como deve ser a sua forma de comunicação e interação com o mundo na modernidade. Fóruns on-line, chats, podcasts, livespace, vídeos, MSN, tudo é válido para o seu aprendizado. Mesmo com tantas opções, a Universidade Tira- dentes optou por criar a coleção de livros Série Biblio- gráfica Unit como mais uma opção de acesso ao conhe- cimento. Escrita por nossos professores, a obra contém todo o conteúdo da disciplina que você está cursando na modalidade EAD e representa, sobretudo, a nossa preocupação em garantir o seu acesso ao conhecimento, onde quer que você esteja. Desejo a você bom aprendizado e muito sucesso! Professor Jouberto Uchôa de Mendonça Reitor da Universidade Tiradentes Apresentação iblio- onhe- ntém ando Sumário Parte I: Estatística Descritiva .....................................................11 Tema 1: Conceitos Básicos de Estatística ............................13 1.1 Elementos de estatística .............................................. 14 1.2 O planejamento de uma pesquisa ............................... 21 1.3 Séries estatísticas, tabelas ........................................... 29 1.4 Gráficos estatísticos ..................................................... 37 Resumo ............................................................................... 46 Tema 2: Distribuição de Frequência ......................................47 2.1 Elementos de uma distribuição de frequência ........... 47 Exercício ............................................................................. 54 2.2 Distribuição de frequência com dados agrupados ....... 55 Exercício ............................................................................. 64 2.3 Representações gráficas de uma distribuição de frequência ..................................................................... 65 Exercício ............................................................................. 73 2.4 Formas das curvas de frequência ................................ 74 Resumo ............................................................................... 83 Parte II: Medidas de Posição, Dispersão, Assimetria e Curtose, Números-Índices ..........................................................85 Tema:3 Medidas de Posição, Dispersão, Assimetria e Curtose .......................................................................87 3.1 Média aritmética simples ............................................. 88 3.2 Moda ............................................................................. 94 3.3 - Mediana .................................................................... 101 Exercício resolvido ........................................................... 109 3.4 Medidas separatrizes.................................................. 114 Resumo ............................................................................. 122 Tema 4: Medidas de Dispersão, Assimetria, Curtose e Números-Índices .....................................................123 4.1 Medidas de Dispersão ................................................ 123 4.2 Medidas de assimetria .............................................. 135 4.3 Medida de Curtose .................................................... 142 4.4 Números-Índices ....................................................... 148 Resumo ............................................................................. 153 ANEXO I .................................................................................154 Referências ............................................................................155 Concepção da Disciplina Ementa Conceitos Fundamentais de Estatística. O Planejamento de uma Pesquisa. Estatística Descritiva: Séries Estatísticas, Tabelas e Gráficos. Distribuição de Frequência. Medidas de Posição, Dispersão e Assimetria, Medidas de Curtose. Proba- bilidade, Distribuição Discreta de Probabilidade, Distribuição Normal. Correlação e Regressão Objetivos Geral Compreender a importância da Estatística no estudo dos fenômenos sociais e administrativos, desenvolvendo no discen- te melhor entendimento do raciocínio estatístico e da Estatística como ferramenta de alto valor nos processos econômicos e ad- ministrativos. Específicos • Entender os principais conceitos de Estatística como Ciência Social. • Proporcionar conhecimentos teóricos, métodos e técnicas que possibilitem a coleta de dados e o tratamento das informações. • Fazer aplicações de cálculos estatísticos em situações- problemas que possibilitem o entendimento dessa ciência como ferramenta para análise e interpretação de dados. • Desenvolver o pensar crítico visando à aplicação de forma contextualizada das medidas estatísticas. • Inter-relacionar conceitos probabilísticos em estudo de casos que possibilitem o melhor entendimento na tomada de decisão. Orientação para Estudo A disciplina propõe orientá-lo em seus procedimentos de estudo e na produção de trabalhos científicos, possibilitando que você desenvolva em seus trabalhos pesquisas, o rigor metodológico e o espírito crítico necessários ao estudo. Tendo em vista que a experiência de estudar a distância é algo novo, é importante que você observe algumas orientações: • Cuide do seu tempo de estudo! Defina um horário regular para acessar todo o conteúdo da sua disciplina disponível neste material impresso e no Ambiente Virtual de Apren- dizagem (AVA). Organize-se de tal forma para que você possa dedicartempo suficiente para leitura e reflexão; • Esforce-se para alcançar os objetivos propostos na disciplina; • Utilize-se dos recursos técnicos e humanos que estão ao seu dispor para buscar esclarecimentos e para aprofun- dar as suas reflexões. Estamos nos referindo ao contato permanente com o professor e com os colegas a partir dos fóruns, chats e encontros presencias. Além dos recursos disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Para que sua trajetória no curso ocorra de forma tranquila, você deve realizar as atividades propostas e estar sempre em contato com o professor, além de acessar o AVA. Para se estudar num curso a distância deve-se ter a clareza que a área da Educação a Distância pauta-se na autonomia, responsabilidade, cooperação e colaboração por parte dos envolvidos, o que requer uma nova postura do aluno e uma nova forma de concepção de educação. Por isso, você contará com o apoio das equipes pedagógica e técnica envolvidas na operacionalização do curso, além dos recursos tecnológicos que contribuirão na mediação entre você e o professor. Parte I ESTATÍSTICA DESCRITIVA 1 Conceitos Básicos de Estatística Você certamente já ouviu alguém dizer “vamos fazer a estatística disso ou daquilo”. Que queremos quando falamos assim? Eu diria que se pretende fazer um levantamento de dados, para se determinar a frequência em que o fenômeno/ acontecimento ocorre. Para se fazer Estatística, o primeiro passo é coletar dados junto à população, organizar esses dados em tabelas e gráficos, calcular suas medidas como a média, mediana, moda ou desvio padrão, etc., com a finalidade de conhecer melhor o perfil do fenômeno em estudo e analisar e interpretar esses dados para posterior tomada de decisão. Na idade média os reis, imperadores e senhores feudais precisavam conhecer o quantitativo de sua população para co- brança de impostos e para fins militares. Moisés fez a contagem do povo judeu que saía do Egito e se dirigia às terras de Canaã (Números 1:2-46), pois sabia que teria que lutar para conquistar a terra prometida. 14 Estatística 1.1 ELEMENTOS DE ESTATÍSTICA “Bolsas de Valores registram alta de 6,41% enquanto o dólar fecha o dia com queda de 0,48 por cento. A Bolsa de valores de São Paulo liderou o ranking das aplicações do mês de julho, com alta de 6,41%. Já o dólar comercial caiu sexta-feira 0,48%, para terminar o dia vendido à R$ 1,965. Esse é o mais baixo valor registrado desde setembro passado. No mês, o dólar recuou 5,04%” (Correio de Sergipe, 02 e 03 de agosto de 2009). Hoje a Estatística é imprescindível em um mundo globaliza- do, onde as informações ou dados são trocados a cada minuto; e, fazer previsões probabilísticas torna-se uma importante ferra- menta para evitar uma crise financeira ou uma catástrofe. Mas, o que é Estatística? Como a definiríamos? Estatística é a ciência que fornece métodos e processos para coletar, organizar, analisar e interpretar dados quantitativos a fim de tomar decisões. Dados, População e Amostra: Agora você vai conhecer alguns elementos importantes em Estatística, que vai ajudá-lo a compreender melhor tudo quanto vai ser estudado. • Dados: são informações coletadas ou obtidas através de pesquisa de opinião ou de outras fontes. O “dado” é o ente mais valioso e mais primário de todo o processo estatístico. Quando você nasceu, automaticamente tornou-se um Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 15 dado estatístico para alguém – nasceu “José das Quan- tas”. O cartório de sua cidade registrou você como mais um habitante daquela cidade. E, ao nascer, você já recebe muitos dados que caracterizarão o seu perfil durante toda a sua vida – nome, filiação, data de nascimento, local de nascimento, etc. Tudo isso passa a compor o seu banco de dados. • População: é o conjunto de coisas ou pessoas sobre as quais você irá coletar dados ou gerar alguma con- clusão. Esse grupo deve possuir alguma característica em comum. Se você quer saber a média das idades dos alunos de sua classe, “os alunos de sua classe” será a sua população. • Amostra: é uma parte limitada da população. Se você de- seja fazer uma pesquisa com um grupo de pessoas que seja muito grande, será muito trabalhoso e oneroso o pro- cesso de coletar dados dessa população. Assim, você es- colhe uma pequena parte dessa população que apresente semelhantes características para representá-la. Se você pretende descobrir o percentual de alunos do sexo masculino e feminino de sua classe, não será necessário trabalhar com amostragem; mas, se você pretende descobrir esses percentuais de toda uma cidade, você terá que trabalhar com uma amostra. 16 Estatística Estatística Descritiva e Inferencial Podemos classificar a Estatística em Descritiva e Inferencial. • Estatística Descritiva: preocupa-se em descrever os dados coletados, organizá-los em tabelas e gráficos, fazendo aplicação com cálculos de medidas como média, mediana, moda, desvio padrão, etc., que facilitará a análise para a tomada de decisão. • Estatística Inferencial: tem por suporte a teoria das probabilidades e pode ser compreendida como um conjunto de métodos que possibilitam a generalização de aspectos coletados de uma população fundamentada em resultados amostrais. Um exemplo clássico seria as pesquisas de opinião que se faz em época de eleições. Toma-se uma amostra, verifica-se a opinião daquele pequeno grupo e infere-se o resultado para toda a população alvo da pesquisa. Variáveis • Variáveis: são atributos mensuráveis e observáveis que assumem determinadas características dentro de uma pesquisa e que variam entre indivíduos. As variáveis são classificadas em qualitativas e quantitativas. • Variável Qualitativa – os valores são expressos em atributos ou qualidades do pesquisado, não podendo ser mensuradas numericamente. Exemplo: cor da pele, time preferido, cor do cabelo, marca de automóvel, sexo, etc. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 17 • Variáveis Quantitativas – os valores podem ser mensu- rados numericamente e podem ser classificados como discretas e contínuas. • Variável Quantitativa Discreta: quando você pode contar. Os valores atribuídos à variável serão expressos por números inteiros. Exemplo: número de filhos, quanti- dade de livro em uma biblioteca, número de carteiras de uma escola, etc. • Variável Quantitativa Contínua: os valores atribuídos à variável foram oriundos de medições. São expressos por números reais. Exemplo: peso de objetos, estatura de indi- víduos de uma população, velocidade de automóveis, etc. A cada 10 anos o IBGE faz o Censo Demográfico, ou seja, a contagem de toda a população. Essa pesquisa não é por amostragem, é feita a contagem de toda a população. Amostras Probabilísticas: é um procedimento pelo qual você utiliza amostras para inferir sobre toda a população. Quer saber se a comida está boa de sal? Tira uma pitadinha em uma colher e experimenta. Você está fazendo uma amostragem. Os processos de amostragens são vantajosos por serem econômicos e operacionais, tendo em vista que se trabalha com uma amostra da população. Os processos envolvidos na amostragem podem ser aleatórios e não aleatórios. Você vai aprender alguns procedi- mentos aleatórios: 18 Estatística Amostragem Aleatória Simples: você define o tamanho da amostra, enumera todos os elementos da população e faz um sorteio entre eles. Você também pode utilizar uma tabela de nú- meros aleatórios, como a que está no Anexo I. Nesse procedi- mento todos os elementos da população têm a mesma probabi- lidade de participar da amostra. Exemplo: Considere que sua turma possua 43 alunos e que a coordenação do seu curso solicite de cada turma da UNIT uma amostra de cinco alunospara participar de um projeto de iniciação científica. Solução: neste caso não será preciso enumerar os alunos, pois se pode ganhar tempo recorrendo à numeração que já exis- te no diário de classe. Então, escreve-se em pedacinhos de papel os números de 01 a 43 e sorteiam-se cinco números. Utilizando a Tabela de Números Aleatórios Você também pode utilizar a Tabela de Números Aleatórios que está no Anexo I – escolha uma linha ou uma coluna qualquer, considerando a ordem da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita; ou também de cima para baixo ou de baixo para cima, se escolheu usar uma coluna; é também possível a utilização de diagonais ascendentes ou descendentes. No exemplo acima são 43 alunos já enumerados pelo di- ário de classe; e, se você escolheu a primeira linha, faça isso considerando as dezenas; devendo descartar aquelas que sejam maiores que 43 e as que vierem repetidas. Consultando a pri- meira linha da tabela os números seriam: 19, 34, 25, 88, 19, 07, 92 e 03. Como os números 88 e 92 são maiores do que 43, eles devem ser descartados. Também o número 19 não será conside- rado, pois está duplicado. Assim, a comissão será formada pelos alunos de número 19, 34, 25, 07 e 03. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 19 Amostragem Proporcional Estratificada Se a sua população possibilita a subdivisão em pequenos grupos, você pode formá-los tendo o cuidado de identificar as características de cada um deles. Exemplo: em uma pesquisa de opinião 15 alunos afirmaram ser vegetarianos e 29 comem carne. Aqui você tem dois estratos (ser vegetariano e não ser vegetariano); como você pretende obter uma amostra com 10 alunos, então teremos: Alunos Vegetarianos:10 15 3,41 44 ou 3 alunos. Alunos Não vegetarianos:10 29 6,59 44 ou 7 alunos. Para se selecionar os alunos que farão parte da amostra, numeram-se de 1 a 15 os alunos vegetarianos e escolhem-se três deles através de sorteio; e, procede-se de forma semelhan- te com os alunos não vegetarianos (numeram-se de 16 a 44 e escolhem-se através de sorteio sete deles); você também pode utilizar os números aleatórios, do anexo I. Para isso, escolha, por exemplo, a terceira coluna para os vegetarianos e a quarta linha para os não vegetarianos, qualquer outra linha, coluna ou diago- nal segundo a sua preferência. Assim, temos: Vegetarianos: 37, 14, 46, 07, 59, 32, 15 – os escolhidos seriam 14, 07 e 15, pois 73, 46, 59, 32 são descartados por serem maiores do que 15. Não vegetarianos: 44, 86, 32, 49, 57, 03, 28, 95, 67, 55, 17, 12, 38, 31, 27 – os números escolhidos foram 44, 32, 03, 28, 17, 38, 31 e 27, pois os números 86, 49, 57, 95, 67, 55, são maiores do que 44 e o número 12 é menor do que o número 15. Então, temos: 20 Estatística 14, 07, 15 – para vegetarianos; 44, 32, 03, 28, 17, 38, 31, 27 – para não vegetarianos. Finalizamos a primeira parte do Tema 1. Aprendemos muito sobre Estatística nessa etapa inicial; apesar de ela ser bastante teórica, mas são informações básicas e necessárias para que você possa estar preparado para compreender os próximos passos. Na próxima fase você aprenderá sobre “O Planejamento de uma Pesquisa” - como planejar uma pesquisa de opinião, quais são os passos que deveremos seguir, como calcular o número mínimo de pessoas de uma amostra, objetivos, metodologia, etc., são informações necessárias para elaboração de uma pesquisa. Para Refletir Você gostaria de fazer uma pesquisa de opinião? Imagine-se de prancheta na mão, questionando pessoas no supermercado, feira livre, escola, na rua, ou em outro lugar qualquer. Reflita agora sobre um tema..., um tema que seja curioso, polêmico ou desafiador! Não tem ideia? Então fique atento aos noticiários da televisão, do rádio, nos jornais e revistas; o que se pesquisa em uma comunidade ou sobre uma comunidade? Sobre pessoas ou comportamento humano, sobre a natureza, os animais, etc. Pense bem ... Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 21 1.2 O PLANEJAMENTO DE UMA PESQUISA Nesta Fase você aprenderá como fazer o planejamento de uma pesquisa. Essa parte é muito im- portante para que você tenha êxito em seu trabalho de campo. Você estará apto para fazer aplicação dos conhecimentos esta- tísticos que serão apresentados nos dados que você mesmo coletará em sua pesquisa. Escolha do Tema: o planejamento de uma pesquisa passa1 inicialmente pela escolha de um tema. O tema a ser escolhido deve ser de acordo com as suas inclinações, possibilidades de execução, aptidões e tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico. O assunto deve ser exequível, deve ser algo que mereça ser investigado cientificamente, que seja também preciso e bem determinado, específico e deve responder a pergunta: o que será explorado? Exemplo: maioridade penal Problema: após a definição do tema, você vai propor um problema que será respondido através de uma hipótese a ser confirmada ou não pela pesquisa. Considerando o exemplo “maioridade penal”, o problema poderia ser: O menor infrator é uma vítima da sociedade capitalista? Embasamento Teórico: você vai pesquisar sobre o tema escolhido. É necessário que você conheça muito bem o tema a ser pesquisado. Você deve levantar informações bibliográficas, leitura na internet, entrevistas, etc. até que você esteja seguro do tema a ser pesquisado. 1 Sobre o assunto, você deve consultar o livro Metodologia Científica no Tema 4 – Elabo- ração do Projeto de Pesquisa. 22 Estatística Hipótese: nesta fase do projeto você tenta responder ao problema levantado anteriormente. A sua suposição não é a solução do problema, quem vai dar a conclusão é o trabalho de pesquisa. Exemplo: considerando o tema acima, um exemplo de hipótese seria: A sociedade capitalista exclui o menor infrator desde a sua infância quando lhe nega os princípios básicos de sobrevivência: habitação, boa educação, saúde e alimentação básica. Justificativa: você deverá demonstrar que o seu tema merece ser pesquisado; você vai apresentar razões que justifiquem a importância do seu tema Objetivos: os objetivos devem ser elaborados de forma bastante clara, concisa, inovadora, ambiciosa e exequível, mui- to embora saibamos que envolvem riscos e incertezas. Objetivo não é um ideal; ao contrário, é uma meta a ser alcançada; é si- nônimo de propósito e deve responder a pergunta: “o que se pretende investigar? ”Os verbos usados devem ser verbos de ação (abrir, conduzir, sair, criar, gerenciar, bater, operar, planejar, ir, instalar, vir, revisar, produzir, beber, dirigir, gritar, etc. – o sujeito age) e não de estado (ter, amar, estar, - o sujeito não é agente). Os objetivos de uma pesquisa são: Geral e Específicos: - Objetivo Geral: anuncia de forma abrangente o propósito do projeto; Exemplo: ainda considerando o tema acima, podemos de- finir como exemplo de objetivo geral: Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 23 Identificar através de pesquisa de opinião na cidade de Aracaju, se a maioridade penal deve ser reduzida. Objetivos Específicos: definem os tipos de resultados que se esperam com a implantação do projeto e que levarão ao alcance do objetivo geral. Eles são estratégias particulares para se chegar a essa meta (objetivo geral). É preciso estar atento para que os objetivos específicos não sejam novos objetivos gerais. Exemplo: com relação ao tema proposto, um dos objetivos específicos poderia ser: - Verificar se os habitantes de Aracaju consideram que os menores infratores são vítimas da sociedade; - Identificar se a população aracajuana admite que os menores das “classes D e E” se tornam infratores devido à falta de princípios básicos de sobrevivência como habita- ção, boa educação,saúde e alimentação básica. Cuidado! “o que farei”, “como farei” e “com que farei” tem finalidades diferentes – o primeiro refere-se ao propósito dos objetivos específicos para o alcance do Objetivo Geral; já o segundo faz alusão à metodologia a ser aplicada e o último tem relação com as técnicas de pesquisas. Metodologia: nessa fase do projeto você deve descrever de forma clara, concisa e direta toda ação desenvolvida no método; os materiais e experimentos a serem utilizados, os processos para obtenção dos resultados, tais como coleta de dados, organização e análise dessas informações. 24 Estatística Cronograma: você deve aqui descrever as etapas compre- endidas na execução do projeto, fazendo previsão do tempo que será necessário para o efetivo desenvolvimento das atividades a serem cumpridas. Deve enfatizar como o objetivo geral e os objetivos específicos serão alcançados nos respectivos tempos. Você deve estabelecer os prazos que possam ser alcançados e que estejam de acordo com as atividades propostas. Nem tão curtos que você não possa realizar, nem tão demasiadamente longos que possibilitem acomodação ou dispersão. O tempo pode ser definido em dias, semanas, meses, bimestres, etc. con- forme o critério de tempo adotado pelo pesquisador. Abaixo um exemplo de cronograma que você pode adotar. ETAPAS MAIO Tema, Problema, Hipótese, Justifi cativa, Embasamento Teórico, Objetivos, Cronograma e Metodologia da Pesquisa 05 a 11 Questionário e Pré-testagem 12 Coleta de Dados 13 a 18 Organização dos Dados, Elaboração do Texto Final, Conclusão ou Relatório Final da Pesquisa e Referências Bibliográfi cas. 19 a 25 Culminâncias com apresentação e entrega dos trabalhos 26 Questionário: é a peça chave para se obter o bom resulta- do em uma pesquisa. Ele deve ser completo no sentido de atingir os objetivos da pesquisa, como também deve ser feito de forma a facilitar a análise dos dados; deve caracterizar bem as variáveis e deve conter uma ou mais perguntas para cada variável a ser observada. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 25 Pré-testagem: é aconselhável antes de iniciar a coleta de dados através de um questionário, fazer um pré-teste com a finalidade de identificar erros que possam colocar em risco todo o trabalho. Nessa verificação você aplica o questionário em uma amostra com características similares aos indivíduos da população em estudo. Um dos objetivos dessa fase do planejamento é estimar o tempo de aplicação do questionário, como também detectar algumas falhas que não tenham sido notadas em sua elabora- ção, tais como: ambiguidade de alguma pergunta; respostas que não haviam sido previstas; falta de variabilidade de resposta em alguma pergunta; respostas óbvias; perguntas que induzem às respostas, etc. Determinando o Tamanho da Amostra – vamos agora aprender como determinar o número de pessoas que farão parte da amostra; ou seja, o número mínimo de pessoas que você irá entrevistar por meio do questionário já elaborado. Existe uma fórmula que nos dará esse número. Você deve calcular da seguinte maneira: 12 ex x n onde, n = número mínimo da amostra para o erro desejado. e = erro tolerável da pesquisa. x = número estimado de toda a população. Exemplo I: se a sua população é de aproximadamente 500 pessoas e você admite um erro de 0,05; ou seja, 5% em sua pes- quisa, então você deverá entrevistar, 26 Estatística 2 500 500 500 (0,05) 1 500 0,0025 1 n 500 500 222 1,25 1 2,25 n pessoas. A porcentagem de pessoas entrevistadas em relação à população é alta, no exemplo acima em torno de 44%. Isso se dá porque a população é muito pequena. Essa porcentagem tende a cair à medida que a população também aumenta. Veja no segundo exemplo abaixo: Exemplo II: agora você vai elaborar uma amostra para uma população de 80.000 pessoas com um erro admitido 0,05, ou seja, 5% em sua pesquisa, então você deverá entrevistar ... 2 80.000 80.000 80.000 (0,05) 1 80.000 0,0025 1 n 80.000 80.000 398 200 1 201 n pessoas. Se você aumentar o erro admitido na pesquisa, você entre- vistará menos pessoas. Coleta e Crítica dos dados levantados: a coleta de dados pode ser realizada direta ou indiretamente. Ela é direta quando os dados são obtidos diretamente da fonte; e é indireta quando Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 27 os dados obtidos provêm da coleta direta. Os valores assim obtidos são denominados de dados secundários, como por exemplo, o cálculo do tempo de vida médio, obtido através de tabelas publicadas pelo IBGE. Quanto ao tempo, a coleta pode ser classificada em: Contínua: quando realizada permanentemente; Periódica: quando é feita de tempos em tempos; Ocasional: quando efetuada sem época preestabelecida. O processo de coleta dos dados apresentado aqui é me- diante a utilização do questionário que foi previamente produzido. O número de pessoas a serem entrevistadas foi calculado com a utilização da expressão anterior. Agora você está pronto para ir à sua população alvo e fazer a coleta. As pessoas que vão participar do processo de coleta de dados devem estar bem treinadas para não induzir os entrevistados. Após a coleta, os dados devem ser cuidadosamente sele- cionados e criticados. Aquele questionário que apresente falhas e distorções deve ser substituído para não incorrer em erros que possam influir no bom resultado de sua pesquisa. Organização dos Dados: na organização dos dados você irá construir tabelas e gráficos, que você aprenderá nos próximos capítulos. Conclusão: essa é a parte fundamental de toda a pesquisa. Você fará a sua conclusão de acordo com os dados que você coletou, organizou e analisou. Nesta fase você vai comparar a sua conclusão com a hipótese apresentada no início da pesquisa. A conclusão não deve ser monossilábica, escreva analisando todos os procedimentos observados na análise das variáveis. 28 Estatística Referências: você vai escrever todos os livros, portais da internet ou qualquer outra fonte que você pesquisou para na elaboração dos Pressupostos Teóricos. As referências devem estar de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Finalizamos o segundo tópico, no qual foram estudados a escolha do tema, definição do problema, embasamento teórico, formulação da hipótese, justificativa, objetivos e metodologia, cronograma e elaboração do questionário, pré-testagem, cálculo do tamanho da amostra, coleta e crítica dos dados levantados, organização dos dados, conclusão e referências. Foram informa- ções importantes que o ajudarão na elaboração de uma pesquisa de campo. Esperamos que você tenha aprendido a planejar uma pesquisa. Para Refletir Após ter estudado todo esse conteúdo, pense: você está pronto para fazer uma pesquisa de campo? Se você ainda estiver inseguro, sugiro uma nova e cuidadosa leitura em cada passo apresentado. Siga a sequência conforme foi orientado e temos certeza de que você estará apto a realizar um bom trabalho de pesquisa. Agora é com você. Já escolha o seu tema? Esse é o passo inicial. Depois, proceda conforme você aprendeu. E, vá em frente!!! Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 29 1.3 SÉRIES ESTATÍSTICAS, TABELAS Você já concluiu a fase da coleta de dados, agora você vai passar para a fase de organização dos dados coletados. Para isso você precisa conhecer um novo elemento da Estatística – as tabelas. Tabela: é um quadro que resume dados numéricos sobre uma ou mais variáveis, dispostos em forma de colunas e linhas para fins de apresentaçãoou comparação. As tabelas são importantes formas de representação de dados estatísticos, pelo seu aspecto descritivo e por promover maior facilidade na investigação. Elementos de uma tabela: Título: é a parte da tabela que informa o seu conteúdo de maneira completa, concisa e indicando a natureza do fato estudado. Deve responder às seguintes questões: o que? (tema ou fato abordado); Onde? (local de ocorrência); Quando? (época de ocorrência do evento). Corpo: é o conjunto de linhas e colunas que apresentam informações sobre a variável pesquisada. 30 Estatística Cabeçalho: é a parte da tabela onde é escrita a natureza do conteúdo de cada coluna. Fonte: são informações apresentadas no rodapé da tabela, mostrando a entidade responsável pela pesquisa. Linhas: é a parte do corpo que contém informações horizontais. Colunas: é a parte do corpo que contém informações verticais. Coluna Indicadora: é a parte do corpo da tabela onde se relaciona aspectos da variável em estudo. Coluna numérica: é a parte do corpo que contém valores numéricos relativos aos itens da coluna indicadora. Casa ou célula: é a parte da tabela que apresenta informações numéricas sobre os itens da coluna indicadora. As variáveis podem estar em linhas ou em colunas. Séries Estatísticas: é toda tabela que apresente uma coleção de dados estatísticos em função das variáveis época, local ou espécie. Nem toda tabela representa uma série estatística. Para ser considerada uma série estatística, ela precisa apresentar caracte- rísticas próprias em relação aos elementos, revelando uniformi- dade, apresentando consistência nos fatores que a configuram como uma série estatística. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 31 Tipos de Séries Estatísticas: as séries estatísticas são clas- sificadas conforme a variação de um dos três fatores: temporal, geográfico, específico ou conjugada ou de dupla entrada. Série Temporal: é a série que apresenta como principal característica a variação do fator cronológico (tempo ou época da ocorrência); e, como elementos fixos o local e a espécie. Também são conhecidas como série cronológica, série histórica, série evolutiva ou marcha. Abaixo apresentamos um exemplo de série histórica. Série Geográfica: neste tipo de série estatística os dados são observados segundo a localidade da ocorrência. Identifica- se pelo caráter variável do fator geográfico. Também chamadas de série territorial, série espacial ou ainda série de localização. Sua principal característica é a variação do local, mantendo fixos os elementos: tempo e espécie. 32 Estatística Exemplo: Série Específica: são as séries estatísticas em que os dados são agrupados segundo a modalidade de ocorrência. Identifica-se pelo caráter variável de fator específico. São conhecidas também como série categórica, série por categoria. Caracteriza-se pela variação da espécie e a fixação dos elementos local e época. Exemplo: Séries Conjugadas ou de Tabela de Dupla Entrada: as tabelas apresentadas anteriormente são tabelas estatísticas Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 33 simples, onde apenas uma variável está representada. É comum, todavia, haver necessidade de apresentar, em uma única tabela, mais de uma variável. Essas séries são chamadas de conjugadas ou tabela de dupla entrada. Duas variáveis se apresentam, uma na primeira coluna e a outra no cabeçalho. Elas podem se apresentar como: série específico-temporal e série geográfico-temporal, conforme sejam as suas variáveis. Exemplo: Distribuição de Frequência: é a série estatística com variável qualitativa ou quantitativa - com dados agrupados ou não - e com frequências absolutas apresentando valores mensurados a respeito da variável em estudo. A Distribuição de Frequência é uma disposição de dados numéricos, de acordo com o tamanho ou magnitude dos mesmos. Neste tipo de série não variam local, tempo e espécie. Quando na distribuição de frequência a variável é agru- pada por valores individuais, ela é chamada de distribuição de frequência com dados agrupados sem intervalo de classe; e 34 Estatística quando na coluna da variável a representação é feita por pequenas classes, ela passa a ser denominada distribuição de frequência com dados agrupados e com intervalo de classe. Distribuição de Frequência com Dados Agrupados, com Intervalos de Classe: Distribuição de Frequência com Agrupados sem Intervalos de Classe: Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 35 As Distribuições de Frequências também podem possuir variáveis qualitativas. Vejamos um exemplo: Foi encomendada uma pesquisa de opinião entre os clientes de uma loja de artigos masculinos na cidade de Propriá/SE, e foi questionado o fenômeno ”estilo de camisa que mais agrada aos clientes”. Os resultados obtidos foram agrupados em uma Distribuição de Frequência com dados qualitativos e dispostos na tabela abaixo: Qual o estilo de camisa que mais lhe agrada? Escolhas das respostas: quanto ao estilo de camisa, foi di- vidido o fenômeno em cinco itens: o primeiro, dos que preferem camisa de malha; o segundo, as camisetas; o terceiro, a camisa de estilo social; o quarto, camisa sport fino, e o quinto, Sport com gola polo. ( ) malha ( )camiseta ( ) social ( ) Sport fino ( ) Sport com gola “polo”. Estilo de camisa - xi fi Malha 30 Camiseta 21 Social 08 Sport fi no 14 Sport c/gola polo 27 Total 100 Análise do resultado: as opiniões continuaram na linha tra- dicional, com 30% dos entrevistados preferindo as camisas de malha; vindo em seguida os que preferem “camisa Sport com 36 Estatística gola polo, com 27% dos entrevistados; os que preferem a camiseta somou 21%; a Sport fino atingiu 14%; e por último os que preferem a camisa social com 8%. Podemos relacionar esse resultado com o clima da nossa cidade, que por ser bastante quente, propicia o uso de camisas bem arejadas. Finalizamos mais um tópico. É claro que você já sabia o que era uma tabela; mas, neste tópico os seus conhecimentos foram ampliados, você entrou em detalhes com os entes fundamentais de uma tabela – os seus elementos formadores e as condições necessárias para construí-la. Você também conheceu as séries estatísticas, suas classificações – cronológica, geográfica, espe- cífica e conjugada – e finalizou obtendo o primeiro contato com uma distribuição de frequência. Embora esse contato tenha sido bem singelo, você já visualizou as Distribuições de Frequência com dados agrupados sem intervalos de classe, com intervalos de classe e com variável qualitativa. Nessa última análise você viu o estabelecimento de um fenômeno de uma forma bem prá- tica e real; pois, essa questão transcrita foi um recorte de uma pesquisa real realizada por um grupo de alunos de administração na cidade de Propriá/SE da disciplina Estatística I, a escolha das respostas objetivas e a análise dos resultados tiveram a partici- pação desses alunos. Esse exemplo servirá de modelo para você construir o questionário que você irá utilizar em sua pesquisa de campo. Na próxima etapa, fechando o tema, você conhecerá os principais gráficos - os diagramas, os pictogramas e os carto- gramas. Entre os diagramas podemos destacar os gráficos de linhas, em barras horizontais e verticais e os gráficos de setores. Prepare-se para mais essa nova etapa, que certamente você sairá mais enriquecido. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 37 Para Refletir A organização dos dados em uma pesquisa é a parte onde se executa uma transformação dos dados brutos para dados or- ganizados; ou seja, eles tomam forma e a disposição necessária para as funções a que se destina – apresentam o seu perfil. Astabelas são formas de apresentação desses dados para se con- duzir a uma tomada de posição do gestor do negócio. Mas, refli- tam agora: para que servem os gráficos? As tabelas não seriam suficientes para a organização dos dados coletados, reflita você sobre a utilidade de mais essa ferramenta? 1.4 GRÁFICOS ESTATÍSTICOS É a forma de apresentação das séries estatísticas através de representação gráfica, cuja finalidade é produzir no observador uma conclusão rápida e global sobre a evolução do fenômeno em estudo ou dos dados estatísticos pesquisados. A observação gráfica de uma série estatística através dos gráficos possibilita no leitor uma visualização mais agradável do que as produzidas pelas tabelas, muito embora os gráficos não estejam comprometidos com a precisão. Para uma boa representação gráfica de uma série estatística os requisitos simplicidade, clareza e veracidade devem ser consi- derados como primordiais. Simplicidade: você pode entender como simples o gráfico que seja fácil de ler e interpretar; onde devem ser evitadas infor- mações desnecessárias e secundárias que produzam dificulda- des na leitura e interpretação; 38 Estatística Clareza: um gráfico claro é todo aquele que produza para o observador uma visualização rápida do fenômeno, as suas características e o seu perfil. Também deve ser destituído de traços que produzam dificuldade na leitura e interpretação. Veracidade: todo trabalho deve estar comprometido com a verdade. Qualquer que seja a ferramenta utilizada para a apre- sentação de uma pesquisa, ela deve ser primeiramente verdadeira; e um gráfico, apesar de não estar comprometido com o rigor da exatidão, deve ser fiel em veracidade; pois, de outra forma, perderia a razão de existir. É importante lembrar que o gráfico é uma ferramenta a mais para a apresentação dos seus trabalhos. O gráfico não dis- pensa o uso das tabelas, cada um tem a sua função. O gráfico retrata com beleza e rapidez os dados expostos nas tabelas; en- quanto estas estão comprometidas com a exatidão dos dados coletados, seus valores estão próximos da exatidão, conforme seja o tipo da tabela que se está apresentando. Representação gráfica de variáveis qualitativas É a representação gráfica de fenômenos estatísticos que possuem variável qualitativa. Esse tipo de gráfico é usado prin- cipalmente para representar as séries estatísticas. Normalmente, no eixo das abscissas (horizontal) ficam situadas as variáveis e no eixo das ordenadas (vertical) ficam os valores mensurados que se coletou sobre as variáveis. Os gráficos com variáveis qualitativas mais utilizados são classificados em: Diagramas, Pictogramas e Cartogramas. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 39 DIAGRAMAS: são gráficos geométricos bidimensionais, com estrutura baseada no sistema de coordenadas cartesianas, sobre o qual se faz a sua construção. Esta representação gráfica é a mais utilizada na representa- ção das séries estatísticas, principalmente nas séries cronológicas, onde a variável – tempo – fica no eixo das abscissas (x) e os valores mensurados no eixo das ordenadas (y). Apresentaremos abaixo alguns tipos de diagramas que despontam como mais importantes nas representações das séries estatísticas. Gráficos em linhas ou em Curvas O Gráfico em Linhas ou em Curvas permite visualizar as oscilações da variável em estudo, analisar tendências e repre- sentar séries longas; desta forma você pode observar melhor as variações do fenômeno pesquisado. A sua construção é feita colocando-se os dados em ordem crescente num sistema de coordenadas cartesianas, onde o eixo vertical (y) representa o valor medido da variável em estudo e na abscissa (x), as unidades desta variável. Veja o exemplo abaixo de gráfico em linhas com a sua res- pectiva tabela, para possibilitar a comparação entre os valores apresentados na tabelas e o traços construídos pelas linhas indi- cadoras do perfil do fenômeno estudado. 40 Estatística Vendas do Supermercado Brasil 2003 a 2009 Ano Faturamento (x R$ 1.000,00) 2003 280 2004 240 2005 320 2006 380 2007 310 2008 450 2009 435 Total 2.415 Gráficos em Colunas É a representação de uma série estatística por meio de retângulos, justapostos (lado a lado) e dispostos verticalmente cujas bases estão assentadas sobre o eixo das abscissas e cujas alturas são proporcionais aos dados mensurados e coletados so- bre o fenômeno em estudo. São bastante utilizados para repre- sentar séries específicas, muito embora possam ser empregados para representar qualquer tipo de série. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 41 Abaixo temos um exemplo de gráfico em colunas sobre o crescimento da população brasileira dos anos 1940 até o ano 2000. Gráficos em Barras Horizontais É a representação de uma série estatística por meio de re- tângulos, justapostos (lado a lado), separados ou não e dispos- tos horizontalmente. Nesse tipo de gráfico a variável fica sobre o eixo das ordenadas na altura dos retângulos. Os retângulos possuem a mesma altura, e o seu comprimento é proporcional aos dados mensurados. Apresentamos abaixo o mesmo exemplo anterior, desta vez sendo apresentado sobre o gráfico em barras horizontais. Veja que se trata de uma série cronológica e observe a mudança de posição da variável em estudos, no gráfico anterior ela estava assentada sob o eixo das abscissas e neste exemplo sobre o eixo das ordenadas. 42 Estatística Gráficos em Setores: Também conhecido como Gráfico em Pizza é a representação gráfica de uma série estatística por meio de um círculo, com suas variáveis inscritas nos setores. A soma total dos dados mensurados é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores quantas sejam as partes da variável. É recomendável quando se pretende comparar cada valor da série com o total e quando a comparação envolve poucos períodos. Para construí-lo divide-se o círculo em setores, cujas áreas serão proporcionais aos valores mensurados da série. Essa divi- são é obtida a partir de uma regra de três, conforme será exem- plificado abaixo. A tabela que vem em sequência, refere-se ao tamanho da cintura que veste o público masculino em uma pesquisa de opi- nião efetuada na cidade de Propriá/SE pelos alunos do curso de Administração do Campus da UNIT daquela cidade. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 43 Número que veste (calça/short/bermuda)? ( ) 36 a 40 ( ) 42 a 46 ( ) 48 a 52 ( ) Acima de 52 No que veste Frequência Valor em Graus 36 a 40 42 151,2o 42 a 46 51 183,6o 48 a 52 06 21,6o Acima de 52 01 3,6o Total 100 360,0o A regra de três se faz a partir das relações: 100 360 1 42 360 151,2 100 x 42 1x De forma semelhante se calcula os valores relativos às ou- tras linhas. Vejamos: 100 360 2 51 360 183,6 100 x 42 2x 100 360 3 6 360 21,6 100 x 42 3x 100 360 6,3 100 3601 4 x42 4x 44 Estatística PICTOGRAMAS É representação gráfica da série estatística por meio de figuras representativas e sugestivas que simbolizam o fenô- meno estatístico em estudo. Os símbolos devem ser sempre autoexplicativos e caracterizam-se por despertar a atenção do público devido a sua forma atraente de representar o fenômeno. Muito utilizados em publicidade e propaganda. Para a sua construção é necessária alta criatividade ar- tística, para fazer uma relação bem aproximada do fenômeno que se trabalha com as figuras a serem utilizadas. Os símbo- los são iguais em tamanho e valores com mensuração maior, demanda maiorquantidade de símbolos. Os símbolos compa- ram valores aproximados e não se exige exatidão ou detalhes minuciosos; embora os valores precisem ser representativos, para uma boa interpretação. O Pictograma na próxima página se refere à preferência de frutas e verduras pelos alunos da escola A. Tema I | Conceitos Básicos de Estatística 45 A representação gráfica em forma de pictograma repre- senta de modo simplificado um objeto, o qual pode ser mais ou menos semelhante como o modelo real do fenômeno estudado. CARTOGRAMAS É representação gráfica da série estatística por meio de cartas geográficas ou mapas A sua utilização é mais concorrida quando se pretende apresentar dados estatísticos relacionados com fenômenos geográficos ou políticos. Produção de petróleo, segundo regiões geográficas (milhões b/d) - 2003 46 Estatística Para Refletir Abra um jornal ou uma revista de grande circulação e identifique os fenômenos estatísticos apresentados. Você vai se deparar com muitas informações estatísticas que antes não lhe chamavam atenção. Reflita bem sobre a importância da Estatística nos dias de hoje. E coloque suas reflexões no fórum do AVA. RESUMO Neste Tema fizemos uma caminhada pelos fundamentos da Estatística. Conhecemos os seus elementos básicos como dados, população e amostra, vimos a diferença entre Estatística Descritiva e Estatística Inferencial, identificamos a variável, os tipos de variáveis, os processos de amostragem aleatória, aprendemos a planejar uma pesquisa, desde a coleta do material até a apre- sentação dos dados, passando pela definição dos objetivos, a identificação da hipótese, a elaboração do questionário e ficamos prontos para coletar os dados. Conhecemos as tabelas, as séries estatísticas, classificamos essas duas e fizemos um breve estudo dos gráficos estatísticos, chegando a conhecer a distribuição de frequência. No próximo tema você irá aprender o que fazer com os dados que você coletou no campo. No tema 1 você conheceu uma distribuição de frequência, no próximo você aprenderá a construir a partir dos dados coletados. Distribuição de Frequência2 No tema anterior conhecemos os elementos de Estatística, como planejar uma pesquisa de campo, os processos de amostra- gem aleatória, a diferença entre Estatística Descritiva e Inferencial, tabelas e gráficos estatísticos. Agora, no segundo tema, você vai aprender a construir uma distribuição de frequência para dados simples e para dados agrupados, a partir da coleta de dados, num processo semelhante ao que foi apresentado anteriormente. 2.1 ELEMENTOS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA O que é uma Distribuição de Frequência? Distribuição de Freqüência é a série estatística com variável qualitativa ou quantitativa - com dados são agrupados ou não - e com freqüências absolutas apresentando valores mensurados a respeito da variável em estudo. 48 Estatística Uma Distribuição de Frequência também pode ser entendida como uma tabela que você cria com a finalidade de solucionar um problema real fornecido por um cliente seu, ou como parte da solução de um problema de sua empresa. Veja o exemplo abaixo • Imagine que uma rede de supermercados encomenda uma pesquisa para avaliar o perfil dos seus clientes. São três lojas pertencentes à rede; e para você coletar os dados, deve construir uma amostra com 40 clientes selecionados aleatoriamente de cada loja. • No final da coleta, dificilmente você terá condições de visualizar algum resultado, tendo em vista a grande quantidade de informações. • Você deverá organizar esses dados em tabelas, formando várias séries estatísticas, uma para cada variável determi- nada, em que os dados agrupados ou não são mensurados conforme o número de frequências absolutas apresentadas. Como você viu no Tema 1, as Distribuições de Frequências podem ser com dados simples e com dados agrupados. Vamos detalhar essa diferença. Distribuição de Frequência para Dados Simples Considere que na pesquisa encomendada feita na loja A, cada entrevistado deve indicar o seu estado civil: Estado Civil: 1 – Solteiro; 2 – Casado; 3 – Viúvo; 4 – Divorciado. Tema II | Distribuição de Frequência 49 Os resultados da coleta de dados foram: 3 3 4 1 1 2 2 1 2 4 1 1 4 1 1 2 4 3 4 2 2 2 2 2 1 4 1 4 2 2 2 1 4 1 1 1 2 2 1 1 Você vai construir a distribuição de frequência considerando os dados acima coletados. Inicialmente você observa que a variável é qualitativa e expressa o fenômeno estado civil, ou seja, a qualidade do entrevistado ser solteiro, casado, viúvo ou divorciado. Esse é um caso típico de Distribuição de Frequência com Dados Simples; para construí-la você descreve cada item da va- riável em estudo, identificando a quantidade de resultados ob- servados (frequência) conforme a natureza da variável. Distribuição de frequência do fenômeno “estado civil” ob- servado em pesquisa com uma amostra de 40 pessoas na Loja A, na cidade de Aracaju/SE, no ano de 2009. Estado Civil Frequência Absoluta Freqüência Percentual 1 – Solteiro 15 37,5 % 2 – Casado 14 35 % 3 – Viúvo 03 7,5 % 4 - Divorciado 08 20 % Total 40 100 % Na primeira coluna da tabela você encontra a natureza da variável “estado civil”. Na segunda coluna a tabela apresenta a frequência; ou seja, a quantidade dos dados coletados da amostra que corresponde ao total de pessoas de cada uma das 50 Estatística categorias. Já na terceira coluna você encontra a percentagem que foi obtida com a frequência dos dados levantados. O gráfico abaixo melhora a visualização. As porcentagens são obtidas pela divisão de cada frequência pelo valor total de todas as frequências multiplicado por 100. Essa última faz comparativos importantes para a visualização do perfil da amostra. Na interpretação dos dados organizados podemos observar que a grande maioria dos elementos da amostra são solteiros ou casados, com percentagem respectivamente de 37,5% e 35%, muito aproximadas e ressalte-se o pequeno percentual de viúvos (7,5%) além do percentual médio de divorciados (20%). Dados coletados na Loja B para o fenômeno “estado civil”: 1 3 1 3 1 1 2 2 1 2 2 1 2 4 2 3 2 4 2 4 2 1 3 1 2 4 3 3 1 3 1 3 2 2 2 1 2 2 1 3 Tema II | Distribuição de Frequência 51 Distribuição de frequência do fenômeno “estado civil” na Loja B, na cidade de Aracaju/SE no ano de 2009. Estado Civil Frequência Absoluta Freqüência Percentual 1 – Solteiro 13 32,5 % 2 – Casado 15 37,5 % 3 – Viúvo 08 20,0 % 4 - Divorciado 04 10,0 % Total 40 100,0 % Dados coletados na Loja C para o fenômeno “estado civil”: 1 1 2 1 4 1 2 1 2 1 1 2 1 2 4 2 1 2 1 4 4 1 1 1 2 1 1 1 1 3 1 3 2 4 2 1 2 2 1 2 Distribuição de frequência do fenômeno “estado civil” na Loja C, na cidade de Aracaju/SE no ano de 2009. 52 Estatística Estado Civil Frequência Absoluta Frequência Percentual 1 – Solteiro 20 50,0 % 2 – Casado 13 32,5 % 3 – Viúvo 02 5,0 % 4 - Divorciado 05 12,5 % Total 40 100,0 % Considerando os levantamentos de dados das três lojas, podemos construir uma tabela única envolvendo todos os dados para que possamos visualizar melhor as comparações. Distribuição de freqüência do fenômeno “estado civil” nas Lojas A, B e C, na cidade de Aracaju/SE - ano 2009. Estado Civil Empresa A Empresa B Empresa C fi fri fi fri fi fri Solteiro 15 37,5% 13 32,5% 20 50,0% Casado 14 35 % 15 37,5% 13 32,5% Viúvo 03 7,5 % 08 20,0% 02 5,0 % Divorciado 08 20 % 04 10,0% 05 12,5% Total 40 100 % 40 100,% 40 100,0% fi - frequência absoluta fri - frequência absoluta relativa Tema II | Distribuição de Frequência 53 Interpretação da Tabela - as amostras das três empresas apresentam perfis com pequenas diferenças entre os clientes das Lojas A, B e C. NaLoja A os clientes em sua maioria são casados ou solteiros com predominância dos solteiros e uma pequena participação de divorciados e viúvos. A Loja B, apresenta maioria dos seus clientes com es- tado civil casados ou solteiros, porém com predominância de casados; enquanto que o número de viúvos supera o de divorciados. Na Loja C exibe um perfil com metade dos clientes solteiros, aproximadamente a terça parte de casados, oitava parte de divorciados e apenas a vigésima parte de viúvos. Tomada de Decisão: - De acordo com os resultados apre- sentados no fenômeno “estado civil”, o empresário vai priori- zar os seus estoques em produtos que sejam de interesses dos solteiros e casados, tendo em vista que a grande maioria dos clientes das três lojas tem predominância nesta natureza de pú- blico. É claro que vai haver produtos que sejam de interesses dos divorciados e viúvos, mas estes serão alvos menores a serem atingidos. Observe que a Estatística está comprometida com os fenômenos coletivos; o comportamento geral de uma variável é o objeto da Estatística. 54 Estatística EXERCÍCIO No questionário da pesquisa supra mencionada existe a seguinte pergunta: Qual o seu nível de renda? 1 – Até um salário mínimo; 2 – Acima de um e até dois salários mínimos; 3 – Acima de dois e até cinco salários mínimos; 4 – Acima de cinco e até dez salários mínimos; 5 – Acima de dez salários mínimos. Os resultados coletados na Loja A foram: 2 4 2 5 3 3 1 2 1 1 1 3 2 2 4 2 2 1 4 5 1 2 2 1 2 2 3 3 1 2 3 1 1 2 1 2 4 3 4 1 Os resultados coletados na Loja B foram: 2 4 2 5 3 3 1 2 1 1 1 3 2 2 4 2 2 1 4 5 1 2 2 1 2 2 3 3 1 2 3 1 1 2 1 2 4 3 4 1 Os resultados coletados na Loja C foram: 2 4 2 5 3 3 1 2 1 1 1 3 2 2 4 2 2 1 4 5 1 2 2 1 2 2 3 3 1 2 3 1 1 2 1 2 4 3 4 1 Organize os dados das três lojas, construa tabelas e gráficos e faça a interpretação dos dados organizados; Que tomada de decisão faria o empresário que encomendou a pesquisa ao analisar os resultados apurados para esse fenômeno? Tema II | Distribuição de Frequência 55 Finalizamos o tópico 1 em que estudamos a tabela chama- da Distribuição de Frequência. Nessa parte inicial você aprendeu a construir uma distribuição de frequência para dados quali- tativos e quantitativos para dados simples. Conheceu os seus elementos fundamentais – frequência absoluta e a frequência percentual. Aprendeu a interpretar a tabela e reconheceu a im- portância da tomada de decisão. No próximo tópico serão es- tudados com mais precisão as distribuições de frequências de todos os elementos. Você aprenderá a construir a distribuição de frequência quantitativa para dados agrupados a partir dos dados coletados no campo. Para Refletir Nesse estudo inicial sobre distribuição de frequência você deve ter notado a semelhança dessa tabela com as séries estatísticas estudadas no Tema 1. Seriam as distribuições de frequências também séries estatísticas? Haveria alguma diferença entre elas e as séries cronológicas, geométricas ou específicas? Coloque suas reflexões no fórum do AVA. 2.2 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA COM DADOS AGRUPADOS A Distribuição de Frequência com Dados Agrupados tem a característica de formar grupos de mesma natureza para serem mensurados em conjunto. Vamos utilizar a pesquisa anterior sobre o perfil dos clientes de uma rede de supermercados, já analisada para o fenômeno “estado civil”; e agora, explorando a variável “faixa etária” dos entrevistados. 56 Estatística Os resultados da coleta de dados na Loja A para o fenômeno “faixa etária”, foram: 17, 35, 72, 45, 36, 28, 23, 15, 52, 27 19, 22, 27, 35, 43, 14, 59, 47, 31, 33 44, 18, 17, 35, 15, 25, 38, 24, 32, 70 39, 34, 17, 26, 37, 15, 18, 16, 17, 37 Os dados acima estão na ordem em que foram pesqui- sados; observe que não houve nenhum tratamento, nenhuma organização neles. Quando os dados se apresentam na forma como foram coletados são chamados de Dados Brutos ou Tabela Primitiva. Você vai fazer agora a primeira organização da Tabela Primitiva – colocando em ordem crescente (também poderia ser em ordem decrescente). Fazendo assim você vai obter uma nova tabela que será chamada agora de rol. 14, 15, 15, 15, 16, 17, 17, 17, 17, 18 18, 19, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 27, 28 31, 32, 33, 34, 35, 35, 35, 36, 37, 37 38, 39, 43, 44, 45, 47, 52, 59, 70, 72 Observe que se você elaborar uma tabela com todos esses números estará formando uma séria com 30 linhas; que seria bem trabalhosa e inconveniente, pois ocuparia um espaço muito grande. Então você vai formar pequenos agrupamento e traba- lhar cada grupo como se fosse um único valor. A variável em estudo é quantitativa discreta, pois estamos utilizando a idade em anos completos; com exemplos assim, a utilização de dados agrupados torna-se uma opção para facilitar a compreensão e a conveniência do trabalho. Caso fosse contínua, ou seja, se estivéssemos trabalhando com uma variável numérica Tema II | Distribuição de Frequência 57 real, não teríamos outra opção senão a utilização de dados agrupados. Esta é a razão pelo qual chamamos esse modelo de Distribuição de Frequência com Dados Agrupados. Classes de freqüência: são agrupamentos de valores em intervalos de variação da variável. O processo adotado aqui é o mesmo utilizado para se operar com intervalos reais. As distribuições de frequências com intervalos de classes possuem um contador para cada um desses agrupamentos (classe) que identificaremos pela letra minúscula i. Na primeira classe i = 1, na segunda classe i = 2, na terceira classe i = 3, etc., na n-ésima classe i = n e k é o número total de classes da distribuição. Frequência de uma classe: é o número de observações dos valores da variável daquele intervalo. A frequência simples é sim- bolizada por fi. (lê-se: f índice i ou frequência da classe i) Frequência Total (n): é a soma de todas as frequências simples e é representada pelo símbolo de somatório: 1 k i n fi Limites de Classe: são os valores extremos de cada inter- valo de classe. O número menor ou o limite inferior da classe será representado pela letra minúscula (li); enquanto que o maior número ou o limite superior da classe pela letra maiúscula (Li). Número de Classes (y): o número de classes de uma dis- tribuição de frequência depende muito do pesquisador e do seu objetivo com a variável em estudo; cabe ao pesquisador escolher esse número ou recorrer a um dos métodos que existem para calcular esse número. Abaixo temos dois métodos muito utilizados para você escolher segundo a sua preferência. 58 Estatística Método da Raiz: para determinar o número de classe você calcula a raiz quadrada do número de termos da amostra (n). Então, temos: ny , no exemplo acima a distribuição de frequência terá 40y = 6,3 classes. Observe que número de classes será sempre inteiro positivo e dificilmente teremos um valor de n que nos forneça uma raiz quadrada exata. Desta forma, teremos sempre que nos submeter a uma aproximação; e o mais aconselhável é estimar para o valor que está mais próximo. No exemplo acima y = 6. Método de Sturges: calcula-se o número de classes a partir da expressão: ny log3,31 . Aplicando essa expressão no exem- plo anterior, teremos: 1 3,3log 40y 6,13,31 y 1 5,28y 6,28y De forma semelhante ficamos com um número inexato e necessitando estimar para o valor mais próximo. Note também que os valores nos dois métodos estão bem aproximados. Para valores maiores do que 100 o Método de Sturges passa a ser mais recomendado, tendo em vista que as raízes de n tornam-se muito grandes em valores absolutos. Exemplo: Usando o método da raiz para n = 300; 300y e 17,32y . Se utilizarmos o método de Sturges, para essemesmo valor teremos um resultado bem inferior e mais fácil de lidar; vejamos: 300log.3,31y 1 3,3 2,48y e 1 8,18 9,18 9y y y . Observe que trabalhar com 9 classes é bem mais prático do que com 17. Tema II | Distribuição de Frequência 59 Amplitude da Amostra (AA): é a diferença entre o maior e o menor valor da amostra. No exemplo acima, a Amplitude da Amostra seria: AA = 72 – 14 AA = 58 Amplitude do Intervalo de Classe (h): É a razão entre a Amplitude da Amostra (AA) e o número de classes y. y AA h . Você aplica essa fórmula se pretende utilizar todas as classes com a mesma amplitude. No exemplo acima temos que 58 9,666... 10 6 h Se você já tem construída a distribuição de frequência, a Amplitude do Intervalo de Classe também pode ser determinada pela expressão: iii lLh . Agora você já pode construir a distribuição de frequência com intervalos de classes. São 10 classes começando pelo menor valor da amostra e usando a representação de Interva- los Reais (Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita). Frequência Relativa fri - é a razão entre a frequência absoluta da classe pelo total de frequências. i i i f fr f ou i i f fr n ٥ 60 Estatística Agora vamos construir uma Distribuição de Frequência com Dados Agrupados, considerando os elementos já estudados: 14, 15, 15, 15, 16, 17, 17, 17, 17, 18 18, 19, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 27, 28 31, 32, 33, 34, 35, 35, 35, 36, 37, 37 38, 39, 43, 44, 45, 47, 52, 59, 70, 72 |— 24 |— 34 Atente bem para o símbolo ٥; ele representa o intervalo fechado à esquerda e aberto à direita. Isso quer dizer que os li- mites inferiores pertencem ao intervalo de classe; mas os limites superiores não pertencem a esse intervalo. Na contagem que fiz não foi incluído o número 24 na primeira classe; o número 24 pertence à segunda classe. Assim como não foi incluído o núme- ro 34 na segunda classe, sendo incluído na terceira classe, etc. Frequência Acumulada de uma Classe (Fi): é o somatório das frequências absolutas de todas as classes anteriores com a classe atual. No exemplo acima temos: ik fF Tema II | Distribuição de Frequência 61 F1 = 14 F2 = 14 + 9 = 23 F3 = 23 + 10 = 33 F4 = 33 + 4 = 37 F5 = 37 + 1 = 38 F6 = 38 + 2 = 40 Frequência Acumulada Relativa de uma Classe (Fi): é a razão entre a frequência absoluta da classe pelo total de frequências. i i i F Fr f Ponto Médio de uma Classe (xi): é o valor que divide o intervalo de classe em duas partes iguais. No exemplo acima temos os pontos médios: 2 ii i Ll x No exemplo acima temos: 1 14 24 38 19 2 2 x 2 24 34 58 292 2x 3 34 44 78 39 2 2 x 4 44 54 98 49 2 2 x 5 54 64 118 59 2 2 x 6 64 74 138 69 2 2 x 62 Estatística O ponto médio é representante da classe; ou seja, na segunda classe os valores vão de 24 anos a 34 anos incom- pletos. Se você necessitar efetuar uma operação com valores que sejam dessa classe, você utiliza o ponto médio – 29 que está entre o maior e menor valor. E finalmente, completamos a nossa Distribuição de Frequência com dados agrupados. i Classes Fi Fri xi Fi Fri 1 14 |— 24 14 0,350 19 14 0,350 2 24 |— 34 9 0,225 29 23 0,575 3 34 |— 44 10 0,250 39 33 0,825 4 44 |— 54 4 0,100 49 37 0,925 5 54 |— 64 1 0,025 59 38 0,950 6 64 |— 74 2 0,050 69 40 1,000 Total ∑ 40 1,000 - - - A Distribuição de Frequência na forma acima apresenta os seus resultados em classes de frequências; na primeira classe temos informações sobre clientes que possuem de 14 a 24 anos incompletos – o relatório não apresenta dados individualizados por pessoas e sim por grupo de pessoas. Na coluna classes fi- cam as variações do fenômeno. Você também poderia escrever “faixa etária” ao invés de classes naquele espaço. Quando utilizamos classes ao invés dos números individu- alizados estamos cometendo um erro já esperado; esse erro não compromete o resultado da pesquisa e em compensação se ganha muito tempo agrupando a variável em classes. Tema II | Distribuição de Frequência 63 As colunas seguintes já foram analisadas anteriormente e na coluna seguinte vem o ponto médio xi que é o representante da classe. Nos próximos capítulos vamos efetuar operações com dados agrupados e vocês terão a oportunidade de utilizar o ponto médio para substituir a classe em estudo. As frequências acumuladas servem para facilitar a leitura; por exemplo: na segunda linha dessa coluna podemos visualizar o número 23 – ele informa que existem 23 clientes com idade abaixo de 23 anos. Na quarta coluna você tem o número 37; isso quer dizer que são 37 pessoas com idade abaixo de 54 anos e também que temos apenas 3 clientes com idade igual ou superior a 54 anos (40 – 37 = 3). A última coluna mostra a frequência percentual acumulada e a sua leitura é semelhante em raciocínio com a coluna anterior. Na segunda linha – 0,575 informa que 57,5% das pessoas entre- vistadas tem idade abaixo de 24 anos e na quarta linha o 0,925 informa que temos 92,5% de pessoas com idade abaixo de 54 anos e que apenas (100 – 92,5 = 7,5) 7,5% dos clientes tem idade igual ou superior a 54 anos. Interpretação da Tabela - a amostra coletada de 40 entre- vistados da Loja A apresentaram uma predominância de jovens (14 pessoas abaixo de 24 anos) e adultos (19 pessoas com idades entre 24 e 44 anos incompletos). São 33 clientes com idades abaixo de 44 anos, perfazendo o percentual de 82,5% de toda a amostra. Tomada de Decisão: - De acordo com os resultados apre- sentados no fenômeno “faixa etária”, o empresário tende direcio- nar seus estoques ou a exposição de produtos de interesses dos clientes desta faixa etária. Alguns produtos devem ser adquiridos e expostos para as outras faixas de idade; mas a pesquisa mos- tra que a grande maioria dos clientes tem idade até 44 anos. 64 Estatística EXERCÍCIO No questionário da pesquisa acima você construiu uma distribuição de frequência para dados agrupados com os dados retirados da amostra da Loja A. Agora você vai construir uma distribuição de frequência para os dados coletados das lojas B e C, com o fenômeno “faixa etária”. Qual a sua faixa etária? Os resultados coletados na Loja B foram: 18, 23, 62, 55, 26, 38, 53, 14, 59, 77 19, 12, 47, 45, 33, 54, 59, 57,51, 23 34, 68, 12, 36, 75, 25, 37, 24, 62, 19 49, 64, 57, 36, 37, 45, 28, 54, 15, 33 Os resultados coletados na Loja C foram: 15, 55, 42, 15, 26, 18, 13, 19, 42, 27 13, 29, 17, 55, 48, 17, 29, 67, 35, 31 54, 28, 67, 65, 55, 45, 15, 14, 35, 16 19, 14, 27, 56, 17, 25, 48, 56, 57, 17 Organize os dados das duas lojas, construa as suas distribuições de frequência e faça a interpretação dos dados organizados. Que tomada de decisão faria o empresário que encomendou a pesquisa ao analisar os resultados da pesquisa para esse fenômeno? Tema II | Distribuição de Frequência 65 Para Refletir Como foi dito no início do livro, a Estatística é uma ferramen- ta auxiliar para o Administrador. Você está percebendo a utilidade da pesquisa de campo na exemplificação dos elementos estatís- ticos. O gestor empresarial pode prescindir dessa ferramenta na alavancagem dos seus negócios? Coloque sua reflexão no AVA. 2.3 REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA Uma Distribuição de Frequência quantitativa para dados agrupados pode ser representada graficamente pelo histo- grama, pelo polígono de frequência absoluto e pelo polígono de frequência acumulada. A escolha para utilização de cada um delesvai depender da forma como se pretende apresentar o fenômeno. Cada um deles tem características próprias. Histograma: é a representação gráfica de um fenômeno estatístico, agrupados em intervalos de classes ou não e que permite distinguir a forma e a variação da distribuição, além da amplitude de cada intervalo de classe. Para a construção de um histograma é utilizado o primeiro quadrante do sistema de coordenadas cartesianos ortogonais, em que no eixo das abscissas (horizontal) fica a variável definida pelo fenômeno em estudo e no eixo das ordenadas (vertical) ficam as frequências absolutas. Nos histogramas sem intervalos de classe cada valor da variável é representado por meio de segmentos de retas verticais, de comprimento proporcional à frequência de cada um deles. 66 Estatística Os histogramas com intervalos de classes são construídos com retângulos justapostos (lado a lado) contíguos (não separados), um para cada intervalo, onde as bases são equivalentes às clas- ses da Distribuição de Frequência, os seus pontos médios coinci- dem com os pontos médios dos intervalos de classes e as alturas são proporcionais às frequências absolutas. Considerando as observações acima, podemos concluir que a área de um histograma é proporcional à soma total das frequências. Você também pode construir um histograma para dados agrupados com alturas proporcionais às frequências relativas; e, se você pretende comparar dois fenômenos através dos seus histogramas, você deve utilizar as frequências relativas, por possuírem áreas totais iguais a 1. Veja o histograma da Distribuição de Frequência abaixo: i Classes fi fri xi Fi Fri 1 14 |— 24 14 0,350 19 14 0,350 2 24 |— 34 9 0,225 29 23 0,575 3 34 |— 44 10 0,250 39 33 0,825 4 44 |— 54 4 0,100 49 37 0,925 5 54 |— 64 1 0,025 59 38 0,950 6 64 |— 74 2 0,050 69 40 1,000 Total ∑ 40 1,000 - - - Tema II | Distribuição de Frequência 67 Um histograma se insere como mais uma ferramenta de análise e representação de dados quantitativos. Com ele podemos visualizar e distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição, além de amplitude e simetria na distribuição dos dados. Podemos construir uma distribuição de frequência a partir do seu histograma. Para isso, alguns aspectos devem ser observados: 1. No histograma a variável situa-se no eixo das abscissas e na distribuição de frequência ela está representada pelas classes de frequência; 68 Estatística 2. No histograma o número de retângulos tem relação direta com o número de intervalos de classe na distribuição de frequência; 3. No histograma a amplitude do intervalo de classe também está situada sob o eixo das abscissas; 4. No histograma os valores relativos às alturas dos retân- gulos representam na distribuição de frequência pela frequência absoluta; Com esses dados você pode construir as colunas relativas ao número de classe i, às classes com as respectivas amplitudes dos intervalos de classe e às frequências absolutas. Os demais elementos podem ser construídos a partir desses. Polígono de Frequências é a representação gráfica em seg- mentos de uma distribuição de frequências com a forma de um polígono, no qual os pontos no quadrante são obtidos a partir dos pontos médios das classes, levantadas do eixo horizontal por meio de perpendiculares com alturas proporcionais às frequências absolutas das classes. Partindo-se do histograma, é possível construir um polígo- no de frequência a partir da identificação dos pontos médios nos retângulos. Por se tratar de um polígono, devemos completar a figura fechando tanto a direita da primeira classe, como a esquerda da última classe. No exemplo anterior, podemos traçar o polígono de frequência a partir do histograma marcando os pontos-médios das classes em suas abscissas e com altura proporcional às frequências absolutas, em seguida unimos em sequência esses pontos por segmentos de reta e finalizamos fechando a curva poligonal pelo acréscimo de um ponto de frequência zero que esteja equidistante em cada extremidade da escala horizontal. Tema II | Distribuição de Frequência 69 Polígono de Frequência Acumulada ou Ogiva de Galton: é a representação gráfica de uma distribuição de frequências por meio de segmentos, formando um polígono sempre crescente, em que os pontos são obtidos com base no eixo horizontal pelos intervalos de classe e no eixo vertical pelas frequências acumuladas. Inicia-se a sua construção do ponto de ordenada zero no limite inferior da primeira classe, dirigindo-se ao limite superior dessa mesma classe com ordenada (altura) igual à frequência acumulada da classe. A partir daí, sempre considerando o limite superior de cada classe e altura com proporcionalidade relativa às frequências acumuladas. 70 Estatística No exemplo anterior, podemos traçar o polígono de frequência acumulada: A Curva de Frequência é a suavização curvilínea do Polígono de Frequência, por meio de uma curva regular construída a partir da eliminação dos vértices nas linhas poligonais, procurando-se tornar o mais próximo possível a igualdade entre a área sob a curva e a área do polígono de frequência. Para obter essa suavização, utiliza-se a expressão abaixo, a qual chamamos de frequência calculada da classe i: Tema II | Distribuição de Frequência 71 1 12 4 i i i i f f f fc Onde: ifc é a frequência calculada da classe considerada; if é a frequência simples da classe considerada; 1if é a frequência simples da classe anterior à classe considerada; 1if é a frequência simples da classe posterior à classe considerada. Assim, tomando o exemplo em estudo, podemos fazer a suavização criando uma coluna na Distribuição de Frequência, a qual chamamos de frequência calculada (fci): 0 1 2 1 2 0 2 14 9 37 9,25 9,3 4 4 4 f f f fc 1 2 3 2 2 14 2 9 10 42 10,5 4 4 4 f f f fc 2 3 4 3 2 9 2 10 4 33 8,25 8,3 4 4 4 f f f fc 3 4 5 4 2 10 2 4 1 19 4,75 4,8 4 4 4 f f f fc 4 5 6 5 2 4 2 1 2 8 2,0 4 4 4 f f f fc 5 6 7 6 2 1 2 2 0 5 1,25 1,3 4 4 4 f f f fc 72 Estatística i Classes fi fci 1 14 |— 24 14 9,3 2 24 |— 34 9 10,5 3 34 |— 44 10 8,3 4 44 |— 54 4 4,8 5 54 |— 64 1 2,0 6 64 |— 74 2 1,3 Total ∑ 40 - Tema II | Distribuição de Frequência 73 EXERCÍCIO Utilizando os dados do exercício no final da seção 2.2, com o fenômeno “faixa etária”, você organizou os dados das duas lojas e construiu as distribuições de frequências. Agora, volte-se para a tabela que você construiu (distribuição de frequência) e construa os histogramas, polígonos de frequência absoluta, polígono de frequência acumulada e finalize fazendo o polimento da curva. Finalizamos mais um tópico no qual você conheceu as representações gráficas de uma distribuição de frequência. Viu que os principais tipos de gráficos representativos da distribuição de frequência são: histograma, polígono de frequência absoluto, polígono de frequência acumulada ou Ogiva de Galton finalizando o tópico você aprendeu a suavizar a curva, transformando um polígono em uma curva de frequência. No próximo tópico, o último deste tema, você vai conhecer as formas das curvas de frequência. Para Refletir As distribuições de frequência são originadas de coletas de dados que são feitas a partir de uma necessidade gerada por um pesquisador ou um gestor; quando estamos com os dados brutos pela primeira vez, dificilmente vamos imaginar que aqueles valores venham a produzir uma curva de frequência, por exemplo. Pense bem, um histograma ou outra representação
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