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Manual do Botânico-Fitoterapeuta
- Evolução de plantas
- Identificação de plantas
- História de plantas na Medicina
- Cultivo experimental
- Preparações de Receitas
- 10 Plantas Medicinais
Guiadeplantasmedicinais.com - Estudos da Flora
facebook.com/eversonsa
Este livro não é vinculado a nenhuma instituição pública. Todas as informações contidas no livro são de responsabilidade do 
autor, ideias concebidas através de leitura de livros e artigos científicos, de estudos da universidade e aplicadas na prática. É 
uma produção autônoma, independente e de caráter informativo. Porém todo o material consultado foi referenciado, desde 
livros comprados ou consultados na universidade ou informações idôneas encontradas em revistas científicas, e se há 
alguma falha, até mesmo erros gramaticais, será corrigida nas versões posteriores.Para uma fitoterapia mais precisa, consul-
te o “Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira” atualizado da ANVISA. Pergunte ao médico se ele concorda com o uso 
de alguma planta no tratamento pois plantas medicinais não substituem o tratamento com remédios alopáticos. Qualquer dúvida 
ou sugestão para o livro mandar e-mail para contato@guiadeplantasmedicinais.com
vegetall.com.br
Este livro foi produzido pelo autor do site www.vegetall.com.br depois do 
mesmo ter estudado várias disciplinas sobre plantas na universidade em que 
frequenta. Destina-se a pessoas que desejam saber como as plantas se desen-
volveram na evolução da vida na terra, desejam saber como identificar espé-
cies de plantas do Brasil, como começou o uso em busca de cura para doen-
ças pela medicina antiga, como ocorreu um cultivo experimental e como 
usá-las para cuidar da saúde.
 
A abordagem do tema é feita de modo bem claro e sucinto, usando ilustrações 
para facilitar o entendimento. Ao término da leitura o leitor estará com uma 
bagagem grande sobre botânica aplicada ao uso de plantas medicinais.
Ass. Everson Azevedo ©
Editor: Everson Azevedo
Planejamento: Everson Azevedo
Desenhos à mão livre: Everson Azevedo
Ilustrações: Everson Azevedo (exceto Índia e Caricatura)
Projeto Gráfico: Everson Azevedo
Fotografia: Everson azevedo
Diagramação: Everson azevedo
Manual do Botânico-Fitoterapeuta
1ª Edição
Novembro - 2017
Índice
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas..........................4
Capítulo 2: História do uso de Plantas medicinais..............22
Capítulo 5: Cultivo Experimental...........................................50
Capítulo 6: Usos de Plantas Medicinais - Receitas..............73
Capítulo 7: 10 Plantas Medicinais..........................................89
Capítulo 3: Morfologia Vegetal e identificação botânica....32
Capítulo 4: Famílias de Plantas Medicinais no Brasil.........42
Capítulo 1
Origem e Evolução
das Plantas
As plantas tiveram origem muito cedo na evolução. Na biologia, os cientistas 
contam a idade da terra como tendo 4,5 bilhões de anos. O primeiro fóssil que 
prova a existência de vida na terra é de estromatólitos, que datam de 3,5 bilhões 
de anos e que são (pois ainda existem na Austrália) amontoados de cianobacté-
rias (bactérias azuis-esverdeadas) que viviam no ambiente marinho já fazendo 
fotossíntese como as plantas fazem hoje (Figura 1.1). 
Ao longo da evolução aconteceu o desenvolvimento das células de bactérias de 
várias espécies, surgindo organismos com várias formas e funções. A partir daí 
passaram a se fundir umas com as outras uma suprindo a necessidade da outra 
no metabolismo, vivendo em simbiose, terminando por formar uma célula maior 
(as células eucarióticas) (Figura 1.2). Agora já temos dois tipos de células, as de 
bactérias que (são procarióticas), e as eucarióticas (algas, animais, etc.), a 
primeira mais simples e sem membrana que reveste o núcleo, e a segunda com-
plexa morfologicamente e com revestimento nuclear (seja de um fungo unicelu-
lar como levedura, algas, protozoários ou as que se juntaram e formaram 
animais) (Ver Figura 1.2). É importante lembrar que não existe espécies mais 
desenvolvidas que outras, o que existem são espécies que se diferenciaram e 
que adquiriram funções e formas diferentes, mas ambas estão no mesmo tempo 
(a não ser que tenham sido extintas). As bactérias tem um metabolismo bioquí-
mico robusto, apesar de serem mais simples morfologicamente, por exemplo. 
(Dois tipos de células na Figura 1.3) 
Figura 1.1: Aparência de um 
estromatólito na beira do mar.
Figura 1.2: Lembre-se que a vida deixa rastros, todos esses tipos de organismos 
existem ainda hoje. Evolução da vida (Inspirado em Margulis et. al).
Figura 1.3: Acima (a) Estrutura de 
uma célula procariótica (bactérias) 
e uma célula eucariótica (b) a 
nossa, por exemplo, hoje em dia. 
Note que o nome “célula” significa 
“cela pequena”, ou seja, um 
compartimento fechado pequeno.
2ª etapa: Aparece, com evolução de cianobacté-
rias, bactérias de várias formas e com várias 
funções.
1ª etapa: Cianobactérias fazendo fotossíntese 
nos estromatólitos
a) Procarioto (bactéria)
b) Eucarioto (Fungos e animais)
3ª etapa: Fusão de várias bactérias formando 
um organismo diferente que se molda e vira um 
protozoário...
5ª etapa: O aparecimento das mitocôndrias foi 
crucial para manter o ciclo da vida, que é o uso 
do oxigênio na respiração (que nós fazemos 
captando Oxigênio da atmosfera que vem de 
plantas e algas - ver Figura 1.8). Assim se fundiu 
com uma cianobactéria e surgiu as algas e 
plantas verdes.
6ª etapa: Depois se deu o desenvolvimento por 
meio de junção de células e diferenciação no 
mesmo organismo (pluricelularidade e multice-
lularidade) formando as plantas (5º quadro), 
fungos e animais.
+ =
4ª etapa:...onde esse organismo ainda tinha 
capacidade de se fundir com as bactérias que já 
existiam, agora se fusionou com outra que tem 
a função de gerar energia (dando origem à 
mitocôndria dentro da célula)...
Protozoário
Protozoário
Móvel
gelatinosa
Parede celular
Citoplasma
Membrana
plasmática
Flagelo
Núcleo espalhado
Ribossomo Cápsulaenergizada (capta O2)faz fotossíntese
Cianobactéria Fungos Animais
Algas e Plantas
Protozoário
ORIGEM E EVOLUÇÃO DAS PLANTAS
Citoplasma
Membrana
plasmática
Núcleo organizado
(envolto por membrana)
Ribossomo Mitocôdria
Retículo
endoplasmático
Golgi
5
Capítulo1: Origem e Evolução das plantas
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
Células eucarióticas, diferentes das bactérias morfologicamente e com mais funções, há 1,2 
bilhões de anos, começaram a se juntar e formar os organismos multicelulares (com muitas 
células) como fungos e algas na água. Esse foi um ambiente favorável também para o aparecimen-
to e evolução dos peixes do mar para a terra, e transformação em animais tetrápodes (de 4 mem-
bros). Com o nível de oxigênio aumentando na atmosfera por causa das cianobactérias que faziam 
fotossíntese (Figura 1.4), os animais saíam da água começando por sapos, onde uma população 
deles, já na terra se separavam e por seleção natural (ver Figura 1.12) se transformavam até répteis e 
mamíferos. Assim também algas mais desenvolvidas já começaram a sair da água para ambientes 
lodosos, pela terra (Figura 1.5). Das algas que viviam na água e já em terrenos pantanosos surgiu uma 
espécie de Chara sp. (Figura 1.6) com uma morfologia parecida a uma planta que passou a adquirir 
características favoráveis a habitar em ambientes terrestres. Assim aconteceu a evolução das 
plantas (Figura 1.7)
Figura 1.7: Sabemos que existem as algas unicelulares e as 
algas multicelulares. Organismos unicelulares eucariotos que 
não fazem fotossíntese sabemos que podem ser ou protozoá-
rios ou fungos. Os unicelulares eucariotos que fazem fotossín-
tese são algas, porém elas também podem ser multicelulares, 
elas foram evoluindo até chegar em planta. Assim as algas são 
indivíduos unicelulares, filamentosos ou multicelulares. As 
macroalgas (Sargassum, por exemplo) não tem tecido especia-
lizado diferenciado como xilema e floema como nas plantas,mas tem junção de células chamado de parênquima.
Algas procarióticas unicelula-
res (cianobactérias) livres
Ex. Arthrospira (Spirulina)
Algas procarióticas unicelulares 
(cianobactérias) em colônia Ex. 
Microcystis
Algas eucarióticas multicelulares filamentosas (grudada 
em bainha mucilaginosa) Ex. Microspora
Figura 1.5: Ambientes lodosos onde as plantas primitivas, ou 
algas mais desenvolvidas viviam. Ao logno do tempo foram 
se afastando cada vez mais das margens.
Figura 1.6: Chara sp., um tipo de alga que já começava a se 
assemelhar com as plantas, ao longo do tempo, com ramos 
arbóreos. Sabemos que existem 3 grupos gerais de macroal-
gas (algas pluricelulares). As Phaeophyta que são as algas 
pardas e estão mais perto dos animais na evolução; as 
Rhodophyta, que são as algas vermelhas que apesar de terem 
clorofila, são vermelhas pois os pigmentos vermelhos sobre-
põem os verdes e as Clorophyta, que estão mais perto do 
reino Plantae e que tem riqueza de clorofila.
Algas eucarióticas unicelulares 
Ex. Chlorella
Macroalgas (Ex. Chara spp., Ulva spp.)
Plantas (Ex. Ginkgo biloba)
Figura 1.4: No surgimento da vida, as cianobactérias fazendo 
fotossíntese aumentaram o O2 na atmosfera. Esse nível 
aumentou mais ainda com o surgimento das algas e com o 
acúmulo de O2 mais ao alto, houve reação e criação da 
camada de Ozônio (O3). Assim ficou possível os organismos 
saírem da água com o bloqueio dos raios ultra-violeta.
Nível de Oxigênio
Tempo
6
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
Capítulo1: Origem e Evolução das plantas
Antes de prosseguirmos, é necessário entendermos mais alguma 
coisa sobre a vida até aqui formada. Há os seres autotróficos (que 
produzem sua energia) e os heterotróficos (que roubam energia de 
outros seres para sobreviver) (Figura 1.8). As plantas são autotróficas e 
nós os seres humanos somos heterotróficos. No caso, as cianobacté-
rias, as algas eucarióticas e as plantas são autotróficas (fazem fotos-
síntese, que basicamente é o uso de energia luminosa do sol para 
quebrar uma molécula de água (H2O), quebrar dióxido de carbono da 
atmosfera (CO2), e liberar O2 produzindo Glicose com o CH2O que 
sobrou). Do outro lado os fungos heterotróficos (decompositores que 
degradam matéria orgânica).
Para entendermos mais um pouco de evolução, recorreremos à teoria que Darwin criou segundo 
seus estudos na viagem de 5 anos que fez ao longo do mundo passando pelo arquipélago de Galápa-
gos (Equador), depois escrevendo um livro chamado “A origem das espécies”. Ele mostra que 
ocorre a seleção natural onde, por exemplo, em uma “ninhada” os indivíduos com características do 
pai e da mãe, nasciam eventualmente alguns diferentes (pois mutações ocorrem ao acaso). Mas ao 
longo da vida sobrevive e se reproduz somente os mais aptos às condições ambientais, o restante 
morrem com mais facilidade, seja por predação ou por não conseguirem comida.
Por outro lado, em outra ilha com sementes pequenas e insetos, os pássaros com bicos pequenos 
eram mais frequentes pois disso se alimentavam e iam mudando com o tempo. Como é uma teoria, 
podemos aplicar em qualquer área da biologia como em espécies de plantas que são distribuídas 
pelo Havaí (Figura 1.10), que uma espécie se adaptou para sobreviver em ambientes secos e ensolara-
dos e outras espécies diferentes em ambientes úmidos e na sombra, porém as duas descendem do 
mesmo ancestral. (Figura 1.11)
No caso, um exemplo tomado é o dos tentilhões (Figura 1.9) que são espécies de pássaros pratica-
mente iguais, somente o bico mudava de tamanho, em cada espécie, de acordo com a ilha que 
habitavam. Darwin viu que essa mudança era devida ao ambiente que tinha, por exemplo, sementes 
maiores e menores, dependendo da ilha, pelas quais os pássaros se alimentavam. Em cada geração, 
numa ilha que tinha sementes grandes, os pássaros com bico maiores que o de seus irmãos sobrevi-
veriam e se alimentavam bem, e se reproduziam fazendo com que seus filhos tivessem também essa 
característica, pois facilitaria de se alimentar.
O2 O2
CO2CO2 CO2
O2
Figura 1.9: Tentilhões de Darwin. a) G. parvula ocorre mais em locais com insetos e sementes 
pequenas. b) G. magnirostris ocorre mais em locais com sementes grandes.
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
7
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Figura 1.8: Quando expiramos, 
liberamos CO2 que as plantas 
absorvem para produzir glicose 
liberando O2 que inspiramos
Exemplos de evolução (de animais e plantas) por Seleção Natural
Tentilhão bico pequeno
Sem
ente
s
pequ
enas
Sem
ente
s
gran
des
Geospiza parvulaNão ocorre
Ocor
re
Ocorria mais em locais com abundância de insetos
Galápagos (Ilhas)
Tentilhão bico grande
Sem
ente
s
pequ
enas
Sem
ente
s
gran
des Geospiza magnirostris
Não
 oco
rre
Ocorre
Ocorria mais em locais com abundância de sementes.
Galápagos (Ilhas)
a) b)
Figura 1.10: Havaí é um conjunto de ilhas de propriedade dos 
Estados Unidos, situada à esquerda no mapa deste país, mas 
bem perto do mesmo. Após estudos, eles descobriram que uma 
espécie de planta colonizou o Havaí a muito tempo atrás e se 
distribuiu por diversos habitats, de secos a úmidos, com ou 
sem sol. Após milhares de anos, por seleção natural, as plantas 
foram mudando de acordo com o habitat
Figura 1.11:. Um outro exemplo é sobre essas espécies da Família Verbenaceae, onde todas tem o componentes 
Citral que dá o cheiro de limão a elas. A primeira (Gervão) é originária da Europa e é bastante cítrica, a segunda é 
conhecida como Limonete, com gosto forte de limão, a Erva-cidreira posteriormente, gosto cítrico mas bem suave 
e quando chega em Alecrim-pimenta, como o nome diz, é uma erva mais apimentanda, sendo até usada como 
antisséptica (mata ou inibe bactérias em mucosas) porque produz componentes mais fortes, e no fim a Erva-chum-
binho, como o nome sugere é a mais forte de todas, produz vários compostos que podem até matar gado agindo 
como hepatotóxico. Dá pra notar que as plantas foram evoluindo da mais fraca para a mais forte por seleção natural 
quando uma população da espécie acima se separa e passa a colonizar ambientes com clima, predadores e outros 
fatores ambientais diferentes. Assim nessa nova população vai sobreviver no ambiente somente aquelas que 
produzem compostos que sejam vantajosos para sua vida, como compostos tóxicos para que o animal pare de 
comê-las, por exemplo. Assim as plantas foram mudando a medida que colonizava outras áreas diferentes, mas a 
espécie da qual a população nova se originou continua lá e a outra passa por seleção natural e vira outra espécie.
Em locais secos e com sol direto, 
as plantas que sobravam e se 
reproduziam eram as que tinham 
folhas pequenas, finas na parte de 
baixo...
...ou desenvolvendo tricomas 
(pelos) prateados na superfície da 
folha. Essas características 
serviriam para refletir a radiação 
solar ou amenizar a perda de água.
Em locais com sombra e úmido, as 
plantas que sobravam e mais se 
reproduziam eram as que tinham 
folhas grandes...
...ou não possuíam tricomas (pelos) 
na superfície. Assim, facilitava ou 
otimizava a fotossíntese, pois o sol 
é pouco, precisa de uma área maior.
Como ficavam as folhas das plantas 
em SOL DIRETO E LOCAIS SECOS?
Como ficavam as plantas de SOMBRA 
E LOCAL ÚMIDO?
Kauai
Lihue
Honolulu Molokai
Lanai Maui Hana
Hawi
Honokaa
Kailua
Hawaii
Havaí
Waimea
Hilo
Pahoa
Oahu
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
8
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Verbena officinalis (Gervão)
Aloysia tryphila (Limonete-cidrão)
Plantas com mais 
citral (que dá cheiro 
e gosto de limão)
Plantas com 
mais alcaloides, 
terpenoides e 
c o m p o s t o s 
f e n ó l i c o s 
(tóxicos)
Lippia alba (Erva-cidreira)
Lippia sidoides (Alecrim-pimenta)
Lantana camara (Erva-chumbinho)
Baseado em: Peter Raven et al.
A evolução das plantas do Havaí e as da família Verbenaceae (acima), assim como a Camuflagem e 
Mimetismo (Figura 1.12) é um mecanismo que podemos entender bem chamadoSeleção Natural. 
Quando um organismo (seja bactérias, fungos, algas, plantas e animais) deixa seus descendentes, 
eventualmente alguns nascem diferentes dos demais, com outras características que podem ser ou 
não vantajosas para viver em seu ambiente. Com o crescimento da população, esses que tiveram 
características vantajosas para viver em seu ambiente, se alimentam melhor (no caso de plantas, tem 
mais acesso a sol, nutrientes do solo, etc.), vivem mais e consequentemente se reproduzem mais 
deixando mais descendentes parecidos com eles, enquanto os que tem caraterísticas menos vantajo-
sas deixam menos descendentes. 
Figura 1.12: Mariposas são borboletas da 
noite. Vamos supor que exista uma popula-
ção de mariposa com uma textura marrom-
-acinzentada (1) e que elas sejam natural-
mente predadas por animais no ambiente 
onde vive, devido a sua cor que dá pra os 
predadores verem em meio às folhas. 
Sabe-se que na biologia, toda essa mudan-
ça de características é ao acaso, aleatória 
como se fosse um sorteio. Nesta nossa 
população de mariposas acinzentadas de 
exemplo (1), a população está sempre em 
equilíbrio, homogênea. Mas ocorre, na 
reprodução, uma mutação genética que faz 
nascer algumas (2) de outras cores e com 
formatos diferentes. No ambiente, elas têm 
o hábito de pousar em cima de folhas ou 
troncos de árvores de modo que essas 
diferentes da ninhada fiquem imperceptí-
veis aos predadores (agora elas estão mais 
parecidas com folhas). Os animais 
predarão somente as mais escuras que são 
mais diferentes das folhas porque não 
vêem as mariposas claras. Assim, ao longo 
de milhares de anos só sobrarão as que 
tem características favoráveis à sua 
camuflagem e a população da espécie 
mudará de cor formando uma nova espécie 
(2, 3, e 4) ao longo do tempo. Acontecendo 
isso mais vezes em milhares de anos, a 
espécie mudará tanto que ficará diferente 
da primeira que deu origem (compare o 
quadro 1 com o 8). Isso explica por quê o 
Bicho-pau é tão parecido com galhos de 
árvores, ou seja, o porquê que determina-
das espécies tem uma fisionomia parecida 
com o ambiente onde vive. Mas isso pode 
ocorrer não somente com textura, mas 
como forma, hábitos, etc. e em vários tipos 
de seres vivos, de bactérias a plantas e 
animais. Mas note que se não houver 
pressão, ela permanecerá do jeito que está 
(os crocodilos, por exemplo, tem uma 
forma parecida desde a época dos 
dinossauros há mais ou menos 200 
milhões de anos em seu habitat meio 
áquático meio terrestre).
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
9
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Gerações
1
2
3
4
5
6
7
8
Te
m
po
Tipo de mariposa que
ocorre na geração
Um exemplo bem mais simples de se entender é sobre as bactérias e os antibióticos. O antibiótico é uma 
toxina que um fungo produz (Penicillium sp.) para, no meio ambiente, competir com bactérias (matando-as) 
e conseguir digerir substrato (planta, alimento, etc.) no lugar delas. Os homens usam as micotoxinas 
extraída dos fungos para matar as bactérias do seu próprio corpo, prevenindo ou remediando doenças 
(Penicilina do Penicillium sp., por exemplo). Os estudos feitos indicam que, quando milhares de bactérias 
são mortas pelo antibiótico, sobram algumas porque estas que sobraram são diferentes daquelas que 
foram mortas. Quando a população de bactérias voltar a crescer e se proliferar (Figura 1.13) a partir daquelas 
diferentes, elas terão essa característica de não serem mais mortas pelo antibiótico, este passando a ser 
ineficaz (Figura 1.14). Por isso a proibição do governo sobre só ser vendido antibiótico com receita do 
médico, pois as pessoas estavam cometendo esse erro, comprando, começando a usar e abandonando o 
tratamento, assim quando as bactérias voltavam a crescer no corpo da pessoa doente, e passava para a 
população, elas estavam resistentes ao remédio.
Figura 1.13: A reprodução das bactérias se dá por 
fissão quando replicam seu material genético, e se 
dividem em duas que crescem e reiniciam o ciclo.
Figura 1.14: Ao aplicar antibiótico em uma colônia de 
bactérias, várias morrem, mas algumas mais resistentes 
sobram. Quando a colônia cresce novamente a partir 
destas, ao aplicar o antibiótico ela será resistente e não 
morrerá.
Antibiótico
Bactéria com o seu material genético (informa-
ções para a produção de enzimas necessárias 
ao seu metabolismo) 
Replicação do material genético (DNA)
Se preparando para se dividir (citocinese)
Se preparando para se dividir (citocinese)
Duas bactérias com o mesmo material genético
Reinicia o ciclo em cada uma
Bactérias
Aplicação de antibióticos em bactérias
Morte da colônia e sobra de algumas
com mutações resistentes
Reaplicação de antibiótico na colônia resistente
Não morrem
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo 10
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Agora que você já sabe como funciona a seleção natural, podemos aplicar isso à evolução das 
plantas. As algas passaram a habitar os ambientes costeiros do mundo no lodo que se formava 
nas margens e crescer nesses lugares (como descrito na página 2) seja de água doce ou salgada. 
Os animais também, pois o nível de oxigênio aumentava gradativamente com as cianobactérias 
trabalhando fazendo fotossíntese. Das algas surgiram então as Briófitas (Figura 1.15) que são plantas 
que habitavam esses ambientes, as quais existem até hoje como aquelas plantinhas que nascem 
em rochas perto de rio, que deixam um lodo escorregadio porque estão úmidas. Elas não podiam 
crescer muito, pois as que nasciam maiories (de acordo com a seleção natural) morreriam pois a 
água não circulava direito pelo tecido, assim sobrava as menores na população, que tinham um 
sistema de difusão de água simples entre as células. O sistema de difusão era simples, não existia 
um sistema complexo de subida e descida de água (xilema no meio e floema ao redor, na parte 
interna do caule) como nas plantas atuais, mas a pressão de turgor da água era o que mantinha as 
plantas primitivas sustentadas.
Só depois, por eventualmente algumas nascerem diferentes, e com seleção natural dos mais aptos 
houve o desenvolvimento do tecido para conduzir melhor a água, e foi assim que apareceu outros 
tipos de plantas como as Cooksonia (Figura 1.16) do grupo das Plantas Vasculares depois das briófitas , 
estas agora com tecido vascular interno. Toda essa história é verídica pois está documentada em 
fósseis como esse da Figura 1.16 com 425 milhões de anos (eles sabem a idade pela contagem do 
tempo das rochas pela radiação). Essas plantas passaram a se afastar mais da água e a crescer mais, 
pois a água podia chegar a lugares mais distantes da planta grande mas note que ainda não tem 
folhas, a fotossíntese ainda ocorria pelo caule. Esse tecido é o que existe nas plantas hoje em dia o 
xilema e floema. Xilema é onde sobe água e sais minerais e o floema é onde é distribuída a seiva 
(substância feitas pela fotossíntese para alimentar o resto da planta, por exemplo) para outras partes 
da planta. Em suma, as plantas desenvolveram seu sistema circulatório.
Figura 1.15: As briófitas não tinham um sistema de 
sustentação complexo, mas a água era bem distribuída 
pelas células da planta de modo que a pressão de turgor 
as manteriam sustentadas.
Figura 1.16: Surgiram as plantas vasculares (Cooksonia), em ambientes mais longe da costa 
onde a água era mais escassa (a). Assim, das populações de briófitas que nasciam com um 
sistema vascular mais desenvolvido (b) que favorecia a vida no novo lugar, eram selecionadas 
aquelas que apresentavam essa características, pois tinham mais vantagem para viver mais 
longe da água e aproveitar bem a água que conseguia. Essa planta Cooksonia não existe mais 
na natureza, foi extinta, mas elas apareceram depois das briófitas.
a) b)
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
11
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Evolução das plantas
Xilema
Floema
As plantas são verdes porque, como sabemos, a luz branca na verdade é uma junçãode cores como as 
cores do arco-íris (Figura 1.17a) e desse gradiente absorve todas as cores, menos o verde (Figura 1.17b), o 
verde ela reflete, é por isso que as vemos verdes (algo semelhante acontece com algas vermelhas 
Rhodophytas, que refletem o vermelho por causa de seus pigmentos como ficoeritrina - fico = do grego 
“fûkos”, que quer dizer “alga”; eritrina do grego “erythrós” = que quer dizer “vermelho”, “sangue”), e as 
plantas verdes o pigmento responsável por isso é a clorofila. Isso é sobre uso de energia, aliado a isso, 
para produzir as proteínas, para elas desenvolverem, usam o nitrogênio da matéria orgânica extraídas 
do solo junto com minerais e água que elas absorvem. Por isso o esterco e composto orgânico é usado 
para ser colocado em horta, pois são importantes para elas se crescerem, além e aumentar os microrga-
nismos do solo que também produzem esses compostos que as plantas precisam.
Figura 1.17: a) Se desviarmos a luz que vem do sol em um prisma (ou até mesmo quando é refletida 
pela água como no arco-íris que aparece quando chove) vemos que na verdade a luz branca é a 
junção de várias cores. Os cientistas mediram a energia que tem nessas cores e viram que do violeta 
ao vermelho a energia vai diminuindo e o cumprimento de onda aumentando. É por isso que as ondas 
do rádio e TV (ver os retângulos) não destróem o material genético das nossas células, mas os raios-x 
e UV destróem podendo gerar câncer. b) As plantas são verdes porque reflete só a parte verde da luz 
que absorve.
Basicamente, nas plantas, onde 
tem cloroplastos, que é onde 
acontece a fotossíntese, elas 
absorvem toda a energia, mas 
reflete a verde, por isso vemos as 
plantas verdes e isso acontece 
mais nas folhas.
Raios
Gama
Raios X
10 -5 10
Comprimento de onda pequeno = muita energia Comprimento de onda grande = pouca energia
-3 10 -1 10 -1 10 3 10 5 10 7 10 9 10 11 10 13 10 15 10 17
Raios 
Ultra
violeta
Radar Rádio e Televisão Corrente
alternada
Raios 
infra
vermelhos
(pequeno) Comprimento de onda (grande)
400 500 600
LUZ VISÍVEL VINDA DO SOL
desviada e aumentada (A luz branca que
conhecemos, na verdade é a junção de várias cores)
Vamos pegar um raio solar e analisar
a)
b)
700
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
12
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Os fungos e algas, que surgiram nessa época e que também podem viver na terra úmida, são estrita-
mente relacionados, porém cada um tomará seu caminho agora, as algas para desenvolver as plantas 
e os fungos para dar origem aos protozoários e animais. A reprodução destes grupos, fungos (Figura 1.18) 
e algas (Figura 1.19) é por esporos onde o esporófito (significa “planta que libera esporos”), que é a alga 
ou fungo no ambiente, produz esporos e o dispersa (liberam para voar pelos ares, por exemplo) que 
germinam e crescem como uma fase de vida simples gametófito (significa “planta que libera gametas”) 
que serve como reprodutor para produzir gametas masculino ou feminino e se fundir entre eles geran-
do um novo esporófito. Gameta é um tipo de célula reprodutora simples (como o nosso espermatozói-
de e óvulo). Quando um gameta vindo de um gametófito do macho se funde com um gameta de um 
gametófito de outro indivíduo da mesma espécie fêmea, há a formação de um zigoto, depois o esporó-
fito (o indivíduo em si). Assim há a formação de outros indivíduos (esporófitos) descendentes de dois 
indivíduos diferentes (um filho), reiniciando o ciclo. Porém a propagação também pode ocorrer (seta 
vermelha), mas o inivíduo novo será um clone, com o mesmo material genético do que deu origem 
como ocorre com propagação de plantas nas nossas hortas.
F
M
M
F
M
F M
F
M
FPropagação (se distribui 
pelo ambiente com o 
mesmo material genéti-
co do fungo-mãe)
Figura 1.18: O Fungo adulto, pelos esporângios (marrom-escuro) libera esporos 
resistentes que quando encontram ambiente favorável germinam e criam 
gametófito com estruturas masculina e feminina. Essas estruturas liberam 
gametas no ambiente (semelhante em nós aos espermatozóides e óvulos) que 
se unem e formam um novo indivíduo.
Fase de vida
Esporófito
(Vida adulta)
Esporângio
Esporângio
Meiose (Divisão 
celular pra gerar 
esporos)
Liberam esporos 
no ambiente
Esporos
Esporos
Esporos
Germinação
Fase de vida Gametófito
(estrutura de reprodução)
Gametas para
formar zigoto
Germinação
Fecundação
Anterozoide
Oosfera
Embrião se 
transforman-
do em outro 
indivíduo por 
divisão celular
Esporófito (adulto) Gametófito MGametófito F
Figura 1.19: Ciclo de vida de uma alga Parda 
(Phaeophyta) é semelhante ao de um fungo) 
Apesar das algas pardas serem mais relaciona-
das a animais na Filogenia, são parecidas com 
as algas verdes Chlorophyta, que deram 
origem às plantas.
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo 13
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Nas briófitas (ver Figura 1.20) a reprodução já evoluiu, onde o gametófito é grande e fotossintetizante, ou 
seja, são os que vivem no ambiente e não são só uma estrutura de reprodução como nos fungos e 
algas. Nas plantas, com a inversão, o esporófito será maior (a planta no meio ambiente que conhece-
mos) e os gametófitos masculino e feminino menores (óvulo e pólen da flor que aprenderemos logo 
mais).
Depois apareceram a partir de Briófitas as Licófitas, Cavalinhas e Samambaias que são as conheci-
das como Pteridófitas, que quer dizer “plantas que voam” por causa de seus hábitos em locais altos. 
As Pteridófitas são plantas vasculares, que já tinham um sistema vascular de distribuição de água e 
produtos da fotossíntese (seiva) desenvolvido, parecido com a Cooksonia que vimos, mas a Cookso-
nia não existe mais na terra. As plantas começaram a produzir a lignina principalmente no xilema para 
sustentar a planta. Lignina é uma secreção dura que compõe a madeira.
Você já deve ter ouvido falar em Selaginella, elas são Licófitas. São importantes, pois foi onde surgiu 
as folhas, primeiro com aparecimento de enações (Figura 1.24), que são saídas do caule. Assim, antes 
das folhas aparecerem, apareceram as nervuras nas Licófitas (Figura 1.25a), isso está provado pois esse 
grupo de planta tem somente uma nervura. As cavalinhas (Figura 1.25b) praticamente não tem folhas, só 
caule (mas ainda assim possuem estruturas nos nós chamadas micrófilos - micro = “pequeno”; filo 
= “folha”). Ns samambaias (Figura 1.25c), a lâmina foliar já aparecia mas não era preenchida para formar 
uma folha como conhecemos. Na evolução por seleção natural, as folhas eram importantes pois 
aumentava a área verde para a fotossíntese (absorção de energia luminosa) e as samambaias já 
começaram a expandir essa lâmina.
Figura 1.24: Enações apareceram quando 
as plantas evoluíam para formar micrófi-
los depois folha.
Figura 1.25: a) Sellaginela b) Cavalinha c) Samambaia - Os três tipos de plantas que 
fazem parte do grupo das Pteridófitas.
Soros (esporângios com esporos)
Esporângios
Enação
Traço
Foliar
a) c)b)
Micrófilos
Figura 1.20: O gametófito, depois de fecundado (em ambiente aquático), gera um esporófito na parte de cima, pequeno e sem 
liberá-lo ao ambiente (em briófitas, o gametófito - a estrutura reprodutora - é mais importante que o esporófito, a situação vai 
inverter quando surgir as próximas plantas, como as samambaias que são pteridófitas). Na ponta do esporófito há a estrutura 
que libera o esporo (esporângio) no ambiente para nascer um gametófito masculino ou feminino em outro local.
Gametófito
fotossintetizante
Esporófito
(dará origem 
às plantas)
Esporos
Germinação
Estrutura
reprodutora
masculina
Estrutura
reprodutora
feminina
Embrião no
gametófito
feminino
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
14
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Gametófitos
antes da reprodução
Gemas
Fecundação
na água
Assim as plantas se desenvolviam, sempre por seleção natural (Ver: A seleção natural nas plantas 
Figura 1.28). 
A evolução das folhas se deu aqui nesse grupo quandodepois de aparecer os ramos e as nervuras 
que são prolongamentos dos ramos, com a junção destes, apareceu a lâmina foliar (Figura 1.26). Essas 
plantas foram selecionadas, pois é uma vantagem fazendo-as produzir mais seiva, a fotossíntese é 
otimizada a com a deposição de cloroplastos nas células das folhas (verdes) que ficam melhor 
expostas ao sol. A Figura 1.27 mostra como ficou o tecido vascular.
Figura 1.26: Esquema do aparecimento das 
folhas. Primeiro foi aparecendo plantas sem 
folhas com ramos cada vez mais juntos. 
Depois apareceu uma lâmina foliar entre 
esses ramos otimizando a fotossíntese onde 
se depositava os cloroplastos para otimizar 
a fotossíntese e assim produzir mais seiva 
para distribuir pela planta.
Figura 1.28: Esquema bastante simplificado mostrando 
como ocorre a seleção natural em plantas. Por mutações 
no material genético, que ocorre com pouca frequência, 
algumas plantas podem nascer diferentes das outras e, 
caso essa diferença for vantajosa (planta com folhas 
menores tem vantagens em ambientes secos porque 
diminui a perda de água, por exemplo), aumentando suas 
chances de sobrevivência nos ambientes, ao longo do 
tempo a população ficará toda daquele jeito formando 
novas espécies. Isso ocorre ininterruptamente, porém é 
mais comum precisar de milhares ou milhões de anos para 
ver diferença.
Cenário 3
Cenário 1
Cenário 2
Figura 1.27: Se fizermos 
um corte transversal em 
uma planta dessa, 
encontraremos já esses 
tipos de estruturas em 
laranja o xilema onde 
sobe água e sais 
minerais, e em rosa 
onde, depois de passar 
pela fotossíntese desce 
como seiva pelo floema 
para alimentar a planta
Dois tipos
de crescimento
primário (ervas)
Xilema (subida
de água, e nutrientes)
Floema (descida
para distribuição de seiva)
Crescimento
secundário
(madeira)
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
15
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Apareceu nesta época os estômatos e cutículas nas plantas, na epiderme das folhas principalmente 
(Figura 1.29). Elas precisavam de reter a água, pois cada vez mais longe dos rios e mares, era difícil 
conseguir e deveriam economizar a água que conseguiam captar e a cutícula serve para isso. Os 
estômatos são pequenos poros na superfície da parte fotossintetizante (verde) seja caule ou folhas 
(pois quando não existia folhas, a fotossíntese era feita no caule e algumas plantas, como as Cactá-
ceas, definharam as folhas posteriormente, ou a transformaram em espinhos para se proteger de 
predadores, e passaram a fazer fotossíntese pelo caule, como a Palma do Sertão). Pelos estômatos 
as plantas liberam água (H2O) e Oxigênio (O2) e capturam dióxido de carbono (CO2) da atmosfera 
para o processo de fotossíntese. O carbono C é usado para formar os açúcares da seiva, o O2 libera-
do na atmosfera, e a energia usada para esse fluxo vem da luz do sol. Já a cutícula é como uma cera 
que é depositada na superfície das plantas para também evitar perda de água, tornando uma parte 
impermeável ao ambiente. Mas as plantas ainda utilizam Nitrogênio do solo para se desenvolverem, 
não só o Carbono da Atmosfera (Figura 1.30).
As plantas já conseguiam se sustentar, mas outras coisas aconteceram para isto se concretizar. A 
parede celular é um espessamento com material mais duro (celulose) ao redor de cada célula e assim 
forma tecidos também que sustentam melhor a planta.
Figura 1.29: Uma folha de uma árvore é cortada transversalmente e 
vista ao microscópio. Nela se observa que a nervura (rosa-azul) é um 
prolongamento do Xilema e Floema vindo do caule, para passar água e 
sais minerais que vem do solo e seiva elaborada, respectivamente. 
Uma célula típica da folha é mostrada, também tricomas secretores 
(como pêlos) que estão na superfície da folha, bem como os estôma-
tos, um poro que se abre e fecha para saída de Água e Oxigênio, e 
entrada de CO2 para a fotossíntese.
Figura 1.30: O composto orgânico que fazemos na horta 
quando úmida e em temperatura alta, trabalham mais 
rápido as bactérias e fungos decompondo a matéria 
orgânica que com a ação de certas bactérias, há a 
transformação do Nitrogênio em Amônio / Nitrato e pode 
ser usado pelas plantas para se desenvolverem.
Compostos orgânicos
Bactérias do solo transformam 
tudo em amônio (amonificação)Nitrificação por
Bactérias
Nitrato (NO3-)
As plantas assimilam
(Síntese de aminoácidos,
Proteínas para a planta crescer)
Decomposição por
Bactérias e fungos
Composto orgânico
Amônio (NH3)
N
HH
H
N
HH
H
N
HH
H
N+
- -
OO
O
N+
- -
OO
O
N+
- -
OO
O
Folha simples
de uma árvore
Célula típica
Vacúolo
Núcleo
Cloroplastos
Cutícula
X
F
Tricomas secretores
Estômato aberto Estômato fechado
Secção transversal vista em microscópio
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16
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Aqui começa a transição entre Pteridófitas e Gimnospermas (plantas com sementes nuas) como os 
pinheiros. Uma coisa importante que já apareceu aqui é o crescimento primário e o secundário (Figura 
1.32) onde o primeiro é crescimento em extensão para o alto e para baixo, como no ápice da raiz e no 
ápice do caule, pela gema, e o segundo é o crescimento em largura (tronco). 
Nessas partes dos ápices das plantas é 
onde ocorre os meristemas que são 
células especializadas em se dividir e 
crescer indefinidamente fazendo a planta 
crescer. O segundo é para crescimento 
em diâmetro, pelo sistema vascular para 
produzir os troncos das árvores com 
madeira e casca, por exemplo. Por isso 
que árvores quando novas, tem caule 
verde e só quando começam a crescer 
formam troncos, por causa do cresci-
mento secundário.
A reprodução dessas pteridófitas é ainda com esporos (Figura 1.31). Essas plantas podem ser heteros-
poradas (esporângio masculino ou feminino na planta diferentes para soltar esporos e formar game-
tófitos com sexos distintos) ou homosporadas (esporângios para formar só um gametófito onde nele 
terá as estruturas masculina e feminina). Nas pteridófitas também o gametófito é menor e o esporófi-
to (a samambaia que conhecemos, por exemplo) é bem maior, diferente de como vimos com as briófi-
tas que era o inverso. As samambaias e cia (Figura 1.25c) formam os esporos nas folhas e liberam no 
ambiente que precisa de muita água para se reproduzirem, mas já tem um sistema vascular desenvol-
vido. Isto explica o fato dessas plantas serem sempre encontradas em ambiente com muita água, por 
isso elas não podem ir para muito longe, diferente das plantas com flores que veremos mais adiante, 
que podem ir mais para longe, sendo encontradas até em desertos como os cactos porque retém 
água dentro de si. No soros, aquelas bolinhas nas folhas das samambaias, estão os esporângios 
pendurados, que portam os esporos.
Figura 1.31: Nos ciclos de vida das algas, fungos, e 
briófitas, vimos somente Homosporia (um só tipo de 
esporo que gera gametófito masculino ou feminino). 
Nas Pteridófitas acontece a Heterosporia, quando há 
dois tipos de esporos diferentes. O restante é 
semelhante, o anterozoide na presença de água nada 
até a oosfera do gametófito feminino, fecunda, gera o 
embrião que cresce como outra planta. Note que, 
diferente das briófitas que o esporófito é totalmente 
dependente do gametófito, as pteridófitas só precisam 
se nutrir dele até crescer, depois ele definha e a planta 
passa a ser independente fazendo fotossíntese 
absorvendo nitrogênio do solo.
Figura 1.32: O crescimento primário é em extensão, e o secundário é 
em largura.
Crescimento secundário Crescimento primário 
Ápice
Esporo feminino
Esporo masculino
Gametófito masculino 
Gametófito feminino
Gametófito feminino
com embrião (pequena
planta/esporófito)
Planta crescendo
se nutrindo
do gametófito
Anterozoides
Gametófito feminino
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo 17
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
A próxima etapa ao longo da evolução das plantas é o aparecimento das sementes e assim o apareci-
mento das gimnospermas que significa “plantas comsementes nuas”. Nas pteridófitas vimos que as 
mesmas se reproduziam por esporos, que são estruturas resistentes que se dispersam para formar 
gametófitos que geram gametas, se fundem e geram uma nova planta. A partir de uma espécie de 
Pteridófita que era heterosporada (ou seja, com megásporos – estrutura de esporos grandes F - e 
micrósporos – de esporos menores M) que dão origem a gametófito masculino e gametófito femini-
no, houve o aparecimento das plantas com sementes.
Em uma planta há a estrutura (megasporângio) com os megásporos (que gera esporos femininos) e 
uma estrutura (microsporângio) com micrósporos (com esporos que geram gametófitos masculi-
nos). Um megasporângio é retido na planta e é isso que é o ovulo que conheceremos (que dá origem 
a semente quando fecundada). Não há mais crescimento de gametófito, tudo ocorre quando há a 
polinização que á quando o polen (gametófito bem pequeno) vai pelo vento ou animal até a estrutura 
feminina de outra planta com a necessidade de água ainda. Após a fecundação, ou seja, o microga-
metófito (pólen) chegar perto do óvulo e pelo tubo polínico depositar o gameta no óvulo, há a forma-
ção da semente. 
Mas ainda assim a água é necessária por perto, por isso as plantas gimnospermas como os pinheiros 
e araucárias do Paraná (Figura 1.33), são distribuídas em regiões temperadas. Gimnospermas são 
plantas grandes e que vivem muito. A maior do mundo são as Sequoias que chegam a ter 4.000 anos 
(que os turistas gostam de tirar foto abraçando-a, pois o tronco tem um diâmetro gigante). Nas 
gimnospermas, sementes nua, ou seja, planta com sementes e sem flor estão as coníferas que 
conhecemos como a Araucaria angustiolia do Rio grande do sul. Nessa etapa da evolução da vida foi 
onde sofisticou o lenho formando plantas grandes.
Figura 1.33: Ciclo de vida de Araucaria angustifolia, 
popularmente conhecida no Brasil como Pinheiro-do-Pa-
raná. As plantas produzem um estróbilo masculino 
contendo microgametófito masculino (Pólen) e o 
estróbilo feminino contendo microgametófito feminino 
(Escama ovulífera). O Pólen chega até outra planta e 
fecunda a escama ovulífera que se transforma em 
pinhão (semente)
Estróbilo masculino
Pólen (gametófito)
Escama ovulífera
(gametófito)
Fecundação
Pinha (estróbilo com vários pinhões - sementes)
Pinhão
(semente)Pinhão(semente)
Embrião
Árvore (esporófito)
Embrião
Estróbilo feminino (pinha)
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18
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Apesar de gimnospermas serem plantas sem flores, podem 
produzir frutos, como o conhecido Ginkgo biloba do Japão que são 
árvores muito usadas na medicina tradicional.
A partir daqui foi que surgiu as plantas com flores Angiospermas 
quando essas estruturas que davam origem somente as semen-
tes, as folhas nos arredores das estruturas reprodutivas foram se 
modificando para objetivos específicos, como por exemplo, 
ajudar a ocorrer a polinização (mudando de cor ou produzindo 
óleos voláteis, sempre por seleção natural). Os besouros que 
costumavam procurar nas plantas comida como seiva, néctar etc. 
ao longo de milhares de anos, as plantas foram desenvolvendo 
folhas mais coloridas ao redor para atraí-los, o besouro vir se 
alimentar com o néctar que fica abaixo dos óvulos das plantas e 
se sujar de pólen, de modo que quando eles fossem se alimentar 
em outra planta, “sujasse” o pólen no estigma (parte acima do 
ovário) da parte fêmea da planta onde está o óvulo, onde o pólen 
cria o tubo polínico e ocorre a junção do material genético de uma 
planta e de outra. Aqui as plantas não precisam mais de água, de 
molhar as flores para ocorrer a fecundação, elas podem se distri-
buir em regiões secas porque as plantas agora umedecem essas 
estruturas guardando água.
Tudo isso com base em seleção natural dá pra entendermos como várias plantas que tinham semen-
tes e em volta dela tinha estruturas mais coloridas (pétalas) se reproduziam mais do que as que não 
tinham por causa dos insetos que preferiam estas. E assim foram evoluindo até chegar nas Angios-
permas (plantas com flores), que são as plantas que mais conhecemos devido a grande quantidade 
de espécies.
Figura 1.34: O Ginkgo biloba não produz flor, mas 
já produz fruto e é uma gimnosperma (planta com 
semente nua).
Figura 1.35: Angiospermas, plantas com flores. a) Uma Hypericaceae, angiosperma típica, a família da Erva-de-são-João (Hypericum 
perforatum). b) Um estame e um ovário, componentes do androceu (estrutura masculina) e gineceu (estrutura feminina) das flores. c) 
Uma flor com o ovário crescendo depois de ocorrer a polinização e fecundação (o pólen que sai dos estames de uma flor de uma planta 
chegar ao estilete-estigma do ovário da flor de uma outra planta), o fruto começa a crescer com as sementes prontas na parte interna 
(d). A parte carnosa do fruto serve para animais como aves se alimentaram e defecarem em um local distante, nesse lugar que ficou fértil 
com esterco e sementes ocorrer germinação mais facilmente.
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19
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
a)
b)
c)
d)
A conclusão disso tudo está nas Angispermas, plantas com flores (Figura 1.36). Na imagem abaixo 
(Figura 1.37) dá para entendermos como se deu a evolução das plantas através de um cladograma, que 
funciona como uma linha do tempo ao longo de milhares de anos.
O legume cresce com seus óvulos (agora semente) e a planta 
dispersa para germinar e crescer uma planta em outro local. 
(Imagens de feijoeiro: Adaptado de Vieira, 1967; Raven, 2007 e 
Embrapa)
Figura 1.36: Ciclo de vida do feijão (Phaseolus vulgaris). As flores 
podem ter variações quanto a morfologia das pétalas, ovários e 
outras estruturas a ponto de ser difícil distinguirmos quais são essas 
partes. As estruturas de reprodução estão protegidas por uma pétala 
especial. Quando a planta fica adulta (florida) na estrutura reproduto-
ra masculina e feminina, que está protegida por uma pétala especial 
que se modificou na evolução (provavelmente a planta com flores 
com essas estruturas protegidas se reproduziam mais do que as que 
não tinham, com autopolinização por falta de insetos polinizadores) 
acontece a fecundação quando o pólen atinge o estigma e germina.
Figura 1.37: Cladograma com o desenvolvimento da vida que tem cerca de 3,5 bilhões de anos, na terra, 
que tem cerca de 4,5 bilhões de anos.
An
gio
spe
rm
as
Gim
no
spe
rm
as
Pte
rid
ófi
tas
Bri
ófi
tas
Alg
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ver
des
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rot
ozo
ári
os)
Arq
ueo
bac
tér
ias
Cia
no
bac
tér
ias
Ba
cté
ria
s
Origem da vida (Procariotos) - 3,5 b.a.
Eucariotos - 1,7 b.a.
460 m.a.
385 m.a.
100 m.a.
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20
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
Pólens
Micrópila
Tubo polínico
Óvulo se transforma
em semente
Fruto Legume
(Vagem)
Fruto maduro
Semente (Feijão)
Plântula se alimentando
pelos cotilédones
Planta
Adulta
Flor Estigma
Estilete
Ovário
Antera
Filete
♀ ♂
As plantas com flores, conhecidas como Angiospermas, têm diversas características, são divididas 
em vários grupos e são as mais ricas em quantidade de espécies na terra, cerca de 300.000 conheci-
das. Com a colonização do planeta pelas plantas foi que apareceram os animais que se alimentam 
delas, inclusive nós (porém os Dinossauros viveram quando as Gimnospermas estavam no auge no 
planeta). Nós podemos usar os metabólitos secundários (compostos químicos tóxicos ou não, que 
as plantas produzem para se defender) para nosso benefício. Estes são componentes químicos 
produzidos pelas plantas para se defender de predadores e outras formas de vida que a possam 
matar. Podemos usar para o nosso proveito na Fitoterapia, como os óleos voláteis da Erva-cidreira, 
também para nos nutrir como o seu amido e açúcares, por exemplo, como o Trigo e a Cana-de-açú-
car. Ainda há, principalmente no Brasil, um dos países com maior biodiversidade, muito o que se 
descobrir sobre as plantas.No próximo capítulo você vai conhecer como o homem desenvolveu o 
uso de plantas para fins medicinais ao longo da nossa história.
Guia de Plantas Medicinais - Everson Azevedo
21
Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
História do uso de
Plantas na Medicina
Capítulo 2
Em algumas civilizações antigas há registro de uso das plantas que datam 
mais de 3.000 anos antes de Cristo. Na Índia tem a Medicina Ayurveda 
(palavra que significa “Conhecimento de como viver”) e está mais ligada à 
espiritualidade (Figura 2.1). Os registros encontrados nessa época são de louvo-
res às plantas. As práticas de saúde desse sistema consistem em uso de 
plantas com fim de higiene, dieta saudável e aplicada a exercícios físicos 
como ajudadores para manter o corpo saudável. A medicina Árabe posterior-
mente foi influenciada pela medicina indiana, também nos arredores do 
Tibete, território com jurisdição na China (Figura 2.8). A Índia (Figura 2.2) é um 
país árido em sua maioria (Figura 2.6), e a população urbanizou a parte norte que 
faz fronteira com Himalaia (na beira de um rio, como todas as civilizações 
começaram).
A China tem arraigada nas práticas de saúde a dieta e procedimentos no 
corpo, assim como a fitoterapia. Seu sistema de saúde é conhecido como 
Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e os registros datam de 2.500 a.C com o 
livro do Imperador Shen Nong (Figura 2.3) conhecido como o imperador 
amarelo registrando 365 drogas vegetais neste.
Não é surpresa que estes países mais populosos (China e Índia) tenham a 
medicina natural como base dos seus sistemas de saúde, quando nem toda a 
população tem acesso aos medicamentos sintetizados que custam mais caro, 
assim nem toda a população tem acesso a bom tratamento e condições de 
saúde. Isso também nos diz que uma forma de nos mantermos saudáveis hoje 
em dia é mantendo uma boa dieta e hábitos de higiene. As pessoas desses 
países aprenderam isso na prática com o tempo. 
As civilizações egípcias foram umas das mais prósperas do tempo, pois se 
desenvolveu em uma região favorável, às margens do Rio Nilo, no Crescente 
fértil (Figura 2.8) que aumentava e diminuía de nível de tempos em tempos 
deixando uma camada rasa bem fértil vinda de peixes que morriam e deixa-
vam compostos nitrogenados na terra (Figura 2.7), sendo assim usada para 
plantio (consultar página 23). Algumas plantas já utilizadas naquele tempo são 
Ricinus comunis (Mamona ou Rícino) como purgante e dor de cabeça, Mentha 
spp. (espécies de Menta), Papaver somniferum (Papoula da morfina), a Commi-
phora molmol (da Mirra) e Rosmarinus officinalis (Alecrim) (Figura 2.4). Veja que são 
plantas altamente domesticadas que secretam óleos essenciais e são fortes. 
Ainda que o Egito não seja de cultura cristã, nas suas religiões existiam sacer-
dotes que cuidavam da fitoterapia assim como os monges da Europa mais 
recentemente, o que nos mostra que a fitoterapia antiga sempre esteve ligada 
à espiritualidade desde essa época até a cristã que é mais recente. A Mirra foi 
até usada no corpo de Jesus quando morreu, como descrito na bíblia, como 
bálsamo, e Aloés da babosa como retardadora de decomposição pois é 
antimicrobiano.
No fim do século XIX (por volta de 1890), foi descoberto um importante regis-
tro pelo estudioso da cultura egípcia, o egiptólogo alemão Yorg Ébers, um 
papiro de 1.600 anos. Nessa época a planta Cyperus papyrus, uma parente da 
Tiririca (Cyperus esculentus), era utilizada para fazer os papiros, usados na 
época como papéis para escrever. O “Papiro de Ébers” (Figura 2.5), como é 
conhecido pelos arqueólogos, tinha registro de 700 substâncias, a maioria de 
chá e macerado e muitas são consideradas válidas até hoje. 
No capítulo 1 vimos como as plantas evoluíram, neste capítulo você aprende 
como o homem as utilizou como forma de curar suas doenças, aborda o histó-
rico do uso de plantas medicinais pelos povos antigos.
HISTÓRIA DA FITOTERAPIA
Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Figura 2.1
Figura 2.2
Figura 2.3
Figura 2.4
Figura 2.5
Papoula (Papaver somniferum) Menta (Mentha spp.)
- Mau Hálito
- Bálsamo- Bálsamo
- Analgésico
Mirra (Commiphora molmol) Alecrim (Rosmarinus officinalis)
Medicina indiana
Plantas Medicinais no Egito
“Perfumei minha cama com mirra, aloe e canela” 
Provérbios de Salomão 7:17
23
Dhanwantari é considerado
o pai da Medicina Ayurveda
- Brasil
Crescente fértil (1), Himalaia (2) e principais mares no Velho mundo (3).
Acima do mediterrâneo é a Europa e abaixo, a África. à direita o Oriente Médio e Oriente.
- Portugal
- Espanha
- Macedônia
- Itália
- Grécia
- Líbano
- Israel
- Síria
- Iraque
- Jordânia
- Cisjordânia
- Arábia Saudita
- Índia
- China
- Egito
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Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
1
3
2
De tempos em tempos o 
Rio Nilo (ao norte do Egito) 
aumentava e diminuía de 
nível deixando uma 
camada fértil que era 
aproveitada para plantio. 
Por isso também faz parte 
do Crescente fértil (”Meia 
Lua” no mapa abaixo).
Índia
Índia
Himalaia
Tibete
Arábia
Saudita
Arábia
Saudita
Jordânia
Cisjordânia
Iraque
SíriaLíbano
Macedônia
Macedônia
Mar Negro
Mar Mediterrâneo
Oceano 
Atântico
Mar Vermelho
Oceano Índico
Itália
Itália
Espanha
Espanha
Portugal
Portugal
Brasil
Israel
Jordânia
Cisjordânia
Iraque
Síria
Líbano
Macedônia
Mar Cáspio
Israel
Grécia
Grécia
Egito
Egito
China
China
24
Mapa do mundo com os principais países na história da Fitoterapia
Figura 2.6: Mapa do 
desenvolvimento da 
medicina
Figura 2.7: Rio Nilo com margem fértil
Figura 2.8: Mapa também com os mares, a “meia-lua” representando o Crescente Fértil, o Tibete (na China) e o Himalaia que é 
formado pela colisão da Índia no Continente asiático há milhares de anos, com a tectônica de placas.
Os navegadores utilizavam a 
rota pelo continente africano 
para chegar à Índia com o fim 
de negociar especiarias. Em 
uma dessas viagens 
decidiram tentar o caminho 
oposto encontrando novas 
terras colonizando as 
Américas.
Surgiu Pitágoras 500 a.C. (Figura 2.10) com a dialética humoral (Figura 2.17), que foi um 
filósofo matemático grego. Nasceu na Grécia e em sua vida esteve em viagem para 
Egito e Índia e assim conheceu os ensinamentos espirituais dos Vedas e, conse-
quentemente, uso de plantas medicinas. Assim ele estudava buscando informa-
ções sobre a atuação dos medicamentos no organismo que até então acreditava 
ser místico. Influenciou Hipócrates (Figura 2.11) com a medicina humoral e dietética.
“o Velho” para diferenciar de um homônimo, um sobrinho que também se 
chamava Plínio. Era um escritor e oficial romano que ingressou na carreira 
militar servindo na África, mas era nascido na Europa . 
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Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
Hipócrates 466 a.C. é conhecido como o pai da medicina porque foi ele 
que buscou analisar de forma racional a atuação dos medicamentos no 
organismo, pelos sintomas das doenças, registrando-as, assim como as 
condições de moradia das pessoas, bem como suas emoções, relacionan-
do-as. Escreveu o livro Corpus hippocraticum no século 3 a.C. onde tinha a 
doutrina do sistema humoral (Figura 2.17), que dependendo da quantidade de 
alguns constituintes dos sistemas do corpo como sangue, bílis, ele podia 
estar em equilíbrio ou não, entre outras coisas. Nele tratava de 257 drogas 
vegetais que quase todas são usadas até hoje. A partir daqui, passou a 
influenciar vários estudiosos da medicina que surgiram depois. Veio de 
uma família que tinha por tradição estudar a saúde. 
Nesse tempo ele já começou a pensar como médico 
com evolução da doença e momento da atuação do 
médico, para o fim de obter a cura em tempo hábil.
850 a. C.
372 - 287 a. C.
Homero
Teofrasto
Teofrasto 372 a.C (Figura 2.12) é considerado o pai da 
botânica, pois, como discípulo de Aristóteles (que 
viveu bem antes de Cristo), passou a sistematizá-la (organizar),porém 
ainda descreveu os usos medicinais de algumas. Era ótimo orador. Antes 
de morrer, Aristóteles o delegou à direção da Escola Peripatética tendo um 
jardim para si mesmo nas dependências. Estudou fisiologia das plantas, 
cultivo, porém focou mais na Taxonomia (como Lineu).
Dioscórides 40 d.C. (Figura 2.14) era um médico do exército romano que 
acompanhava os soldados nas batalhas utilizando plantas para 
tratamento dos mesmos, registrando os usos e sucessos. Assim o 
conhecimento foi se acumulando e criou um livro chamado “Matéria 
Médica” com 500 drogas vindas de plantas, com suas características 
terapêuticas. Livro altamente divulgado nas gerações posteriores. 
Não seguiu nenhum sistema de medicina da 
época, trabalhou de modo independente, 
mas fez testes sobre as ações no organismo 
das preparações. Há registros também sobre 
a obra “História natural” de Plínio nascido 
em 60 d.C. (Figura 2.15) que foi influenciada por 
autores gregos. Plínio, era conhecido como 
25
Figura 2.9
Figura 2.10
Figura 2.12
Figura 2.11
Figura 2.14
Figura 2.13
Figura 2.15
Depois, da civilização da Grécia (um amontoado de ilhas no mar Mediterrâneo, mais de 1.000, porém nem todas 
habitadas) vem os próximos registros de plantas medicinais conhecidos na história. Homero (Figura 2.9) 850 
a.C., em suas poesias já descrevia plantas medicinais como Pharmakon (que significa “Remédio, ou “veneno”). 
O fato desse país ser uma ponte entre o mundo antigo - África e Ásia - ao continente Europeu ajudou a dissemi-
nar os conhecimentos na época entre as duas partes. Na bíblia, fala-se muito dessas regiões como Macedônia, 
Creta, etc. que são ilhas ou territórios ao redor pois a Grécia colonizava várias regiões ao longo do mediterrâ-
neo antigamente (Tales de Mileto, por exemplo é de Mileto, uma colônia grega na Ásia). Grécia é um território 
de clima temperado (como na parte sul do Brasil, típico de países do mediterrâneo) a alpino (muito frio, como 
nos Alpes suíços) e não é surpresa que várias plantas conhecidas e até introduzidas no Brasil pelos portugue-
ses sejam herbáceas dessa região, como o Alecrim.
Com o conhecimento das plantas tradicionais restritos agora à igreja, o 
conhecimento e uso de plantas medicinais dos árabes e indianos aumen-
tou, se desenvolveu juntando com o que já se sabia tradicionalmente 
pelos naturalistas anteriores.
Nessa época, “Cânon da Medicina” foi feito por Avicena (Figura 2.19) um 
árabe que viveu entre 980 a 1037. Era matemático, astrólogo e filósofo e foi 
influenciado pelos conhecimentos greco-romanos como Aristóteles, Hipó-
crates, Dioscórides e Galeno. Vê-se que o conhecimento naquela época 
passou a se acumular e ser registrado, onde os livros eram um compêndio 
de receitas com plantas vindas de diversas origens. Ele teve contato com 
grandes estudiosos da época.
Enfim, Índia (Figura 2.18), Egito e Grécia passaram a influenciar a medicina 
nesse tempo e a medicina árabe usava medicamentos como plantas 
alimentícias ou porções preparadas.
Na queda do império romano, ocorreram invasões bárbaras, a população 
ficou ao léu e a cidade jogadas às ruínas de hábito agora rural ou selva-
gem. A maioria do conhecimento foi perdido e o que restou passou a ser 
guardado nas igrejas onde ocorria transcrição do material, porém a Igreja 
Católica era contra o uso de plantas medicinais misturadas à religião. Os 
monges que detinham o conhecimento cultivavam hortos medicinais nos 
monastérios e criavam preparações com plantas, mas era restrito.
Plínio ainda estudou Direito em Roma e se dedicou a 
escrever sobre ciência naquela época onde lançou 
no ano de 77 d.C. a obra “História Natural”, que são 
vários livros usando muita referência bibliográfica. 
Era muito eloquente na escrita e rejeitava a prática 
de se expressar pelo desenho, tendência crescente 
na época, dizendo que por via escrita a comunica-
ção era mais eficaz.
Galeno (Figura 2.16) do segundo século d.C. era um médico que além de ter 
mostrado como várias partes do corpo funcionam, como o cérebro que 
controla os membros, e a diferenciação entre artérias (rica em oxigênio 
para alimentar os tecidos) e veias (ricas em gás carbônico para eliminar 
pelo pulmão), também era um terapeuta que se interessava pela farmaco-
logia. Seus ensinamentos, que foram muitos, influenciaram muitas gera-
ções de estudiosos da saúde a seguir. Foi influenciado por Hipócrates, 
mas apesar disso, era religioso. Assim, com suas ideias, tinha simpatia da 
Igreja Católica, foi um dos motivos que levou a medicina posterior a 
passar muito tempo ligada aos dogmas com os monges. Com a invenção 
da imprensa e disseminação de seus preceitos na época, pela Europa, foi 
que essa influência perdurou. Por meio do conhecimento de plantas medi-
cinais de egípcios e de gregos antigos, ele fez antídotos com misturas de 
plantas que ficaram conhecidas como formulas galênicas.
Teoria dos humores 
O sangue era quente e úmido como o ar, 
pois se pensava na época que o ar que 
respiramos corria na corrente sanguínea. 
Isso tinha um pouco de sentido, mas hoje 
sabemos que o sangue vermelho é o rico 
em oxigênio vindo do ar, para oxigenar os 
tecidos; e o sangue venoso mais escuro 
rico em gás carbônico com destino ao 
pulmão para liberar. A fleugma, úmido e 
frio como a água representava o cérebro. A 
bile amarela era relacionada ao fígado e a 
bile negra com o baço. Um corpo saudável 
deveria ter equilíbrio entre esses quatro 
humores ou fluídos. Daí também vem a 
origem da palavra “humor” e até hoje em 
dia diz-se que uma pessoa está com mau 
humor, ou seja, com esse sistema em 
desequilíbrio. Esse sistema não faz tanto 
sentido hoje em dia, mas nos mostra sim 
que devemos manter o organismo suprido, 
em equilíbrio para ter uma vida saudável. 
Na época foi rejeitada, mas Hipócrates 
estava de alguma maneira certo, pois 
naquela época o conhecimento científico 
era embasado em filosofia.
Como se formou a Índia?
A formação do território da Índia é 
curioso. Por datação radioativa em 
estudos de solos no mundo inteiro, 
verificou-se que depois da época dos 
Dinossauros (+-200 m.a.) até hoje, a Índia 
se desprendeu da Antártica, ficou como 
ilha vagando pelo mar e colidiu com o 
continente acima formando o Himalaia. 
Ainda hoje acontece esse movimento, 
gerando terremotos no lugar e fazendo o 
monte subir ainda mais. Esse processo é 
muito demorado, tanto que não dá pra se 
notar, pois precisa-se de milhares de 
anos para isso ocorrer.
Filho de um funcionário do governo, sua família era bem de vida. Decorou 
o Corão (livro Islâmico) ainda novo com 10 anos, porém estudava diver-
sos assuntos paralelamente. Com 16 anos livrou o 
Sultão de um mal incurável na época e ganhou pres-
tígio. Com 18 anos foi nomeado médico da corte.
A sua obra "Cânon da medicina" é bem estruturada com todos os conheci-
mentos médicos da época, seja do corpo humano (primeiro livro), farmaco-
logia (segundo livro), estudos de patologia dos órgãos e sistemas (no 
terceiro), febre, sintomas, cirurgia, diagnóstico e prognóstico (no quarto 
livro) e farmacopeia (no quinto). Entre outros.
Úm
ido
Frio
Quente
Sangue
Sanguíneo
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có
lic
o
Fleugmático
Colérico
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ne
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Bile Amarela
Se
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Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
26
Figura 2.16
Figura 2.17
Figura 2.18
Figura 2.19
130 milhões de anos
50 milhões de anos
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Teoria das Assinaturas
A renascença (O Renascimento) foi um período onde ocorreu muitas 
mudanças na cultura, política e na sociedade em geral naquela época Séc. 
XIV, XV e XVI, pela redescoberta e valorização das culturas antigas e pelo 
rompimento da religiosidade passando a ver o mundo através do método 
científico, um marco para a ciência. Era um movimento que tinha como 
base o individualismo e o racionalismo em contraste à sociedade cristã, 
porém naquela época existia vários artistas que criavam suas obras base-
adas na ciência ou no cristianismo como Leonardo da Vinci com suasinvenções e pinturas (“A última ceia” e “Mona Lisa”).
As Grandes Navegações (Figura 2.22) 1500 se seguiram nessa época. 
Quando antes as navegações ocorriam mais no Mar Mediterrâneo, nesse 
tempo passaram a navegar para locais distantes beirando o continente, 
como os espanhóis e portugueses para chegar à Índia. Assim descobri-
ram a América e posteriormente o Brasil em uma dessas viagens com 
destino à Índia por outra via. As colonizações aconteciam com o objetivo 
de buscar especiarias e ouro onde várias plantas foram levadas de volta 
para a Europa. No descobrimento do Brasil, várias plantas nativas da 
Europa foram trazidas para cá (introduzidas) e outras levadas daqui para 
lá.
José de Anchieta nasceu em 
1534 e faleceu em 1597. Foi um 
padre que nasceu na ilha de 
Tenerife, uma das Ilhas Canárias 
que hoje pertence à Espanha. 
Desde novo já mostrava talento 
quando foi enviado à Coimbra 
para estudar e ficou 3 anos em 
Portugal. No Brasil desembar-
cou na Bahia e andava pelo Rio 
de Janeiro e Espírito Santo. 
Ajudou a fundar o Estado de 
São Paulo com uma missa 
dedicada a esse santo. Andava 
em missão em contato com 
índios onde vivia os doutrinan-
do e curando as doenças dos 
mesmos onde vários foram 
convertidos ao catolicismo. Hoje em dia a Botânica não é mais vinculada à Medicina, as duas formam ciências 
distintas. O conhecimento científico não é mais vinculado à igreja, e na próxima 
página veremos o que ocasionou esse progresso na medicina.
Em 1493 existiu outro Teofrasto conhecido como Paracelso (Figura 2.21). 
Um médico alquimista (doutrina mística da época) que viajou vários 
lugares do mundo em busca de conhecimentos e levan-
do os conhecimentos que já sabia em tratamento 
médico. Já entendia e ensinava que uma planta tem um 
componente ativo que pode ser extraído por processo 
químico, e a partir daí surgia as ideias da sintetização 
dos medicamentos. Passou a difundir a ideia da teoria 
das assinaturas (Figura 2.20) quando uma parte da 
planta que tem a forma do órgão do corpo tem ação para 
tratar doenças nele como rim e caroço de feijão. Essa 
teoria não tem valor científico algum, mas esse cientista 
foi responsável pelas descobertas de outros fatos 
importantes como “Tratar cada doença sabendo que a 
mesma veio de fonte-causa específica”, dando o “pon-
ta-pé inicial” para a descoberta dos micróbios causado-
res de doenças.
O “Códice Badiano” ou “Libellus de medicinalibus 
indorum herbis”, ou Livro das Ervas Medicinais 
dos Índios (Figura 2.23) é um manuscrito ilustrado sobre 
plantas medicinais da civilização asteca que descreve 
plantas e suas propriedades medicinais usadas na época. Escrito em 
Nahuatl, foi traduzido para o Latim por Juan Badiano de um original feito 
por Martín de la Cruz. Trata-se da medicina tradicional indígena da época 
desde que os colonizadores espanhois e portugueses ainda não tinha 
chegado às Américas. Compõe um importante registro da história da 
medicina. Várias plantas no mesmo tem efeito psicoativo, característica 
do conhecimento indígena, e nele há muita verdade pois recentemente 
foram feitos testes sobre ação ocitócica (contrai o útero) em plantas que 
eram descritas para esses sintomas tendo resultados promissores. Ao ser 
traduzido, foi enviado da Nova Espanha, no México, para a Espanha, na 
Europa, e guardado na Biblioteca Real, porém foi mandado de volta ao 
México pelo Papa João Paulo II no final do século passado.
Feijão Rim
Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
27
Figura 2.20: Antigamente se pensava que 
determinada planta com sua fisionomia 
representava na morfologia o que ela tinha 
efeito no organismo. Por exemplo, o feijão, 
por ter um formato de um rim serviria para 
tratamento de doenças urinárias.
Figura 2.21:
Figura 2.22:
Figura 2.23:
O conhecimento médico com plantas nas Américas foi também herdado de civilizações antigas como os 
Incas que viveram na América do sul antes da colonização de Cabral-Colombo, principalmente de forma 
xamânica onde é feito uso de compostos psicoativos com adoração da natureza. O que se via era uma 
semelhança no desenvolvimento (independente) da fitoterapia da Europa e Américas, pois os astecas, 
maias e incas que habitavam as Américas possuíam a sua medicina também ligada à espiritualidade (no 
caso, na Europa quem cuidava disso eram os monges). Pelas américas já existiam pequenas “cidades”.
A África, um continente árido a tropical possui também suas tradições interligadas à religião com uso de 
plantas em rituais, amuletos, oferendas, banho de ervas, cantos e dança, como os trazidos pelos africa-
nos para o Brasil, ou desenvolvidos aqui.
No século XVIII (1701 - 1800), com o desenvolvimento da química medicinal e a criação da botânica como 
ciência, os estudos específicos de plantas passaram a não ter vínculo direto com a medicina. Agora 
existiam os médicos para cuidar da saúde e os botânicos para estudar somente as plantas, assim Lineu 
(Figura 2.25) deu continuidade ao trabalho de estudiosos antigos como Teofrasto. Apesar desse naturalista 
ter iniciado a classificação com plantas e animais, o mesmo era mais focado em plantas. Seu nome pode 
ser visto como autor no nome científico de algumas plantas como abreviação “L.” no final, quando foi 
ele quem primeiro descreveu. Assim as espécies passaram a ser divididas em grupos de acordo com 
suas características entre si: Domínio (Eukaria), Reino (Plantae), Filo (Magnoliophyta), Classe (Equise-
topsida), Ordem (Ranunculales), Família (Papaveraceae), Gênero (Papaver) e espécie (Papaver somni-
ferum L.), para a Papoula, usada como potente analgésico em hospitais, por exemplo.
Edmund Stone (Figura 2.28) anunciou a ação febrífuga da casca de Spiraea ulmaria (Salgueiro) de onde 
foi isolada a salicina e depois acido salicílico sendo usado também como analgésico. Apareceu efeitos 
colaterais e a substância foi modificada para ácido acetil-salicílico e foi criada a Aspirina®, vendida em 
larga escala.
$
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Descoberta dos Papiros de Ébers
1632
1723
Leeuwenhoek Lineu1707
1778
Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
28
Química
Figura 2.24 Figura 2.25Figura 2.26
Figura 2.27
Figura 2.29
Figura 2.31
Figura 2.30
Figura 2.32
Figura 2.33
Figura 2.36
Figura 2.37
Figura 2.34
Figura 2.35
Figura 2.28
A Papaver somniferum (Papoula) era usada para extrair uma substância que ficou conhecida como ópio e 
era usada nas guerras para alívio de dores, porém houve um crescimento no vício dessa substância e as 
pessoas começaram a procurar alternativas para diminuir a dor sem ter esse problema do abuso da 
substância. Foi quando alguém utilizou o extrato bruto em água quente amoniatizada e obteve uma subs-
tância mais fraca. Injetaram em animais que morreram, e depois um pouco em si mesmo e viram que o 
efeito de alívio de dores era ainda maior. Deu à substância o nome de Morfina (Figura 2.27) em Homena-
gem ao Deus grego dos sonhos Morpheus.
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Com Leewenhoek (Figura 2.24), houve a descoberta da bacteriologia quando este estudioso vendedor de 
lentes poliu uma potente e fina lente, e associando à luz fez seu microscópio passando a analisar água 
de rios e cortiça de árvores, registrando em desenhos. Posteriormente, micróbios como bactérias e 
protozoários, assim foi descoberta a origem de várias doenças por comparação (se uma parte do corpo 
de pessoas saudáveis não tem aquele microorganismo e a mesma parte do corpo de pessoas doentes 
contém, então aquele microorganismo pode ser o causador).
Com a vinda da Família real portuguesa para o Brasil e a atuação da princesa Leopoldina, os naturalistas 
estrangeiros vieram estudar a natureza, entre eles Martius (Figura 2.30), um botânico Alemão. Martius fez 
o estudo da botânica pelo Brasil criando o primeiro mapa que era arcaico, bem simples e não cobria uma 
parte da Amazônia pois não conseguiu acesso, mas mesmo assim o material era bem rico em informa-
ções. Ele escreveu, juntocom Spix, um zolólogo, o livro “Viagem pelo Brasil”. Saiu do mar mediterrâ-
neo passando pelo estreito de Gibraltar, descrevendo toda a viagem, passando por Portugal, algumas 
ilhas e desembarcando no Rio de Janeiro, e já em terra foi viajando ao Norte do Brasil até a Amazônia.
O José Mariano da Conceição Veloso (Figura 2.26), o Frei Veloso era um estudioso de plantas no 
Brasil, primo de Tiradentes e viveu entre 1741-1811 na Freguesia de Santo Antônio da Vila de São José. 
Sempre gostou de estudar a natureza, tanto que às vezes faltava aula para adentrar matas. O seu quarto 
transformou em um herbário e classificava as plantas de acordo com o Sistema de Lineu, seu contempo-
râneo. 
Ao longo dos anos, muito conhecimento sobre plantas foram se acumulando pois o país era rico em 
diversidade e esse conhecimento era passado de geração em geração de forma oral sendo usado em 
larga escala até o início do século 20. Nessa época a Fitoterapia entrou em declínio (Figura 2.29) com 
o crescimento da indústria de medicamentos e desenvovimento da química. Isso se deve aos interesses 
da indústria que era aumentar seus lucros que passaram também a desqualificar o saber popular sobre 
as plantas. Com o tempo a população foi vendo que esse modo de cuidar da saúde somente com os 
remédios sintetizados geravam efeitos colaterais e também não cumpria o que prometia que era diminuir 
a incidência doenças nas pessoas, pelo contrário, os remédios eram caros e o acesso não cobria toda a 
população. Houve até um período que os Estados Unidos bloquearam subsídios (Figura 2.34) de 
modo que não mais incentivassem essa prática do saber popular, mas hoje os fitoterápicos são tratados 
como suplementos alimentares naquele país. Assim a população voltou a buscar formas de curas alter-
nativas por meio da natureza depois do ano de 1960 (Figura 2.37).
A Penicilina (Figura 2.35) é uma substância produzida pelo fungo Penicillium sp. para inibir a atividade de 
bactérias por competição, no meio ambiente, para prevalecer sobre a mesma quando estão decompon-
do a matéria orgânica. Foi descoberta por acaso pelo médico Alexander Fleming em 1928 durante 
estudos com uma cultura de bactérias do gênero Staphylococcus sp. Em estudos assim, os cientistas 
colocam em uma placa de Petri (vidraria redonda de laboratório) os esporos, ou mesmo as bactérias, 
com um instrumento semelhante a uma vara de aço molhando a placa. Depois de um tempo vê-se a olho 
nu a colônia crescida como manchas no lugar, pois uma bactéria se divide em duas de 40 em 40 minutos, 
aproximadamente. Porém ele viu que em uma de suas placas havia um bolor de um fungo crescendo por 
cima da colônia e ao redor do mesmo não crescia bactérias, ele imaginou que havia uma substância 
desconhecida que ele nomeou de penicilina. Depois foi visto que a substância também agia em bactéria 
em tecidos vivos, como o dos humanos. O próprio médico fez um experimento em um paciente com 
meningite causada por bactérias (que ataca as meninges causando inflamação, na membrana que envol-
ve o cérebro), injetando o medicamento no mesmo e houve um bom resultado no tratamento e assim 
viu-se que a substância agia de modo satisfatório nos sistemas. Assim houve investimento do governo 
para a produção dessa substância em larga escala que passou a ser usada em soldados feridos nas 
guerras.
Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
29
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Pio Corrêa (Figura 2.36), 1874 - 1934 era um botânico português que publicou livros em 6 volumes com 
título “Dicionário de Plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas” onde até hoje são usadas como 
referência em trabalhos acadêmicos.
Os conhecimentos tradicionais com plantas nessa época foram abandonados com o desenvolvimento 
da química e física (Figura 2.31), quando só se considerava válido o conhecimento científico, e permaneceu 
assim até a década de 60 quando grandes epidemias afetaram a população humana, mesmo com o 
desenvolvimento dessas ciências tornando claro que a sintetização de medicamentos era cara e 
também não resolvia o problema por completo. Hoje a fitoterapia cresce, as pessoas estão dando mais 
valor ao conhecimento popular adquirido de geração em geração que é feito na tentativa-e-erro. Grandes 
laboratórios e empresas já até foram ajudadas pelos conhecimentos populares indígenas como a Coca-
-cola® que vende seu refrigerante com Stevia rebaudiana (Estévia), que foi descoberta por índios guara-
nis, com o pagamento de royalties a estes, como reconhecimento. Também há médicos que prescrevem 
plantas medicinais para pacientes.
Capítulo 2: História do uso de plantas na Medicina
30
Capítulo 3
MORFOLOGIA VEGETAL
IDENTIFICAÇÃO DE PLANTAS
Para você ser um fitoterapeuta, você deve aprender sobre cada planta medicinal e suas propriedades 
medicinais, mas para você ser um botânico e saber reconhecer plantas, você deve decorar todas 
essas características listadas nas próximas páginas para reconhecer as plantas em um habitat. Uma 
vez com elas em mente, você deve ter uma tabela desenhada em um papel (que mostraremos adiante) 
e coletar um ramo fértil da planta que quer identificar que tenha várias folhas, que tenha flores ou 
inflorescência (galho de flores), e com frutos se possível. Assim você vai levar para casa e analisar 
anotando cada característica na tabela. Para que o reconhecimento seja eficaz, você deve fazer tudo 
certo usando até lupa para cortar o ovário com a navalha para saber quantos lóculos (local onde ficam 
os óvulos-sementes) tem no ovário (imagine uma tomate, que é um ovário inchado - portanto um fruto 
- cortada ao meio). Quando terminar de preencher a lista, sobrará Ordem, Família e Espécie, que ficará 
em branco. 
Depois de listar os dados da planta, você vai pegar a chave de identificação oficial e vai seguir de 
acordo com os dados da sua planta até chegar na Família indicada, identificando a família da planta, 
o que já é um grande avanço pois assim você pode fazer pesquisas para já saber se as mesmas 
produzem compostos tóxicos ou não ou consultar no próximo Capítulo 4 entre informações resumi-
das das Famílias de plantas medicinais do Brasil que listei. 
Chave é uma lista onde você vai começar do início, seguir um caminho, de acordo com as característi-
cas das pantas que você tem anotado até chegar na Família indicada; tem sites de empresas de botâ-
nicos como o Instituto Plantarum https://guiadeplantasmedicinais.com/acesse/chave-de-identifi-
cacao/ que vendem as chaves de reconhecimento de angiospermas no Brasil, mas estou fazendo uma 
para disponibilizar no site do livro http://guiadeplantasmedicinais.com/chave-de-identificacao). 
Sabendo da família da planta, você pode usar a chave específica de famílias de angiospermas do 
Brasil (se não encontrar gratuitamente na internet, terá que comprar) para descobrir o gênero ou 
estudar a família pela internet ou por livros especializados e tentar descobrir qual é o gênero com as 
características em mãos. Pelo gênero dá pra você ir no site tropicos.org ou sites como o do jardim 
Botânico do Rio de Janeiro http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/PrincipalUC/Principa-
lUC.do?lingua=pt e descobrir quais espécies desse gêneros existem e ir estudando-as uma por uma 
até descobrir a espécie do seu espécime.
Esse conhecimento é muito útil. Vamos supor que tenha um terreno comprado por alguma empresa e 
eles estejam querendo te contratar para você fazer um levantamento das famílias de plantas, ou até 
as espécies que ocorrem no local para usar como medicinal. O que você fará? Sair comparando por 
fotos da internet não dá, não é? Além de dar muito trabalho, ainda reconhece errado e pode fazer o 
dono consumir plantas tóxicas erroneamente. Com esse conhecimento você reconhecerá de modo 
mais eficaz as plantas e sabendo da família, já dá pra saber se ela pode ser tóxica. Como visto no 
capítulo 1, as plantas da mesma família são bastante relacionadas e caso uma espécie da família seja 
tóxica, é bem provávelque outras também sejam. Mesmo assim é muito arriscado sair por aí coletan-
do plantas e reconhecer para consumir, há vários casos de pessoas que consumiram plantas toxicas 
como uma família de Minas Gerais que comeu Couve-falsa (da família da Nicotiana tabacum) pensando 
que era Couve comestível havendo até hospitalização com fatalidade. Houve também uma pessoa no 
Oriente que comeu Agave tóxico pensando ser Babosa, teve que passar por lavagem estomacal.
Muito cuidado no que você faz.
Morfologia Vegetal
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
32
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Hábito
Caule
Erva ou herbácea: Não são 
lenhosas (tem caule verde). Maioria 
não passa de 1 metro, mas 
algumas exceções podem ser 
gigantes como o Bambu.
Tronco: Lenhosas Haste: Não são lenhosas
(geralmente tem caule verde, mas 
pode ter outra cor). Não são 
lenhosas
Colmo: quando a estrutura é 
dividida em nós e entrenós 
podendo ou não seroco. Ex. 
Bambu, cana-de-açúcar
Estipe: Caule cilindrico com 
marcas de folhas caídas. Ex. 
Palmeiras como o coqueiro
Rizoma: Caule prostrado que 
cresce prostrado de onde saem 
raízes e o caule
Raiz tuberosa: Raizes que 
crescem mas, geralmente por 
seleção artificial.
Tubérculo: Quando o caule emite 
ramificações onde na ponta cresce 
um antumescimento (batata) para 
reserva de amido protegido de 
predadores
Bulbo: Caule que cresce fora da 
terra e são suculentos e enrolados 
pelas escamas da plantas bem 
apertados. alguns autores dizem 
que são folhas suculentas e o caule 
é a estrutura menor embaixo
Trepadeira: São plantas 
herbáceas que não ficam eretas, 
porém pode ser uma liana jovem 
(dica: planta florida é adulta).
Liana: São trepadeiras lenhosas, 
porém pode ser confundida com 
trepadeiras quando são jovens.
Parasita: Vivem em outra planta, 
inclusive se alimentando da seiva 
(floema) pelos haustórios. As 
plantas produzem o alimento pela 
fotossíntese na parte verde, 
portanto parasitas não são verdes
Arbusto: Lenhosas, mas com 
tronco bem pequenos ramificando 
desde a base.
Árvores: Lenhosas de tronco 
único (monopodial) que se 
ramifica no alto)
Trata-se do porte da planta adulta (depois de florir) que pode ser:
Aéreo
Que liga as folhas à raiz. É util para identificar onde é a folha, pois pode ser dividido 
em nós e entrenós e as folhas estarem saindo nos nós.
Subterrâneo
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
33
Figura 3.1
Figura 3.5 Figura 3.6
Figura 3.7 Figura 3.8 Figura 3.9 Figura 3.10
Figura 3.11 Figura 3.12 Figura 3.13
Figura 3.2 Figura 3.3 Figura 3.4
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Látex Armada Odor
Folha composta
Substância produzida pela 
planta que geralmente libera 
quando injuriada podendo ter 
várias cores.
Espinhos: Órgãos modificados, 
Ex.: folha que perdeu a lâmina 
na evoluação para diminuir 
perda de água ou predação. 
Pode ser também ramo ou 
estípula modificada.
Composta pinada (como 
pena) Composta palmada (ou digitada): Como a palma da 
mão e seus dígitos (dedos)
Composta bipinada: 
Quando uma folha ancestral 
pinada se dividiu novamente 
se tornando pinada duas 
vezes.
Trifoliolada: Com três 
folíolos. Ex. Feijão
Folha simples
Não lobada
Lobada
São os órgãos fotossintetizantes das plantas e como tal podem se adaptar para otimizar o processo 
(irradiar luz pela sua superfície) ou para diminuir a perda de água, evitar predação, etc. A folha é simples 
tem só um limbo ligando as nervações, podendo ser lobado ou não. 
Quando, na evolução, foram dividindo a lâmina foliar de acordo com as leis da gravidade.Quando a 
folha das plantas se dividiram de tal modo que uma folha só ficou composta de vários foliolos e até 
foliólulos. Porém há varias formas de folhas compostas, o que se deve fazer é procurar no ramo o nó, 
quando o peciolo sai do nó é uma folha.
Acúleos: São um entumesci-
mento da epiderme do ramo. 
Geralmente são fáceis de 
destacar e não possuem 
vascularização como os 
espinhos.
Quando amassa um pedaço da 
planta, seja folha ou ramos e 
emitem cheiro. Geralmente 
quando acontece, as plantas 
produzem compostos importan-
tes.
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
34
Forma das folhas (folíolos e foliólulos)
Ovada: Em formato 
de ovo
Obovada: Em 
formato de ovo ao 
contrário
Elíptica: Como uma 
elipse, ou quando se 
dobra no meio 
formando dois cones. 
Uma folha com a 
parte do meio mais 
larga.
Oblonga: Como um 
retângulo contínuo, 
mas com base e 
ápice agudo nas 
mesmas proporções.
Lanceolada: como 
forma de ponta de 
lança, mais larga na 
base e mais aguda no 
ápice.
Peltada: Folha onde 
o peciolo está 
inserido em qualquer 
ponto do limbo que 
não seja na margem.
Figura 3.15 Figura 3.16 Figura 3.17 Figura 3.18
Figura 3.19
Figura 3.20
Figura 3.21 Figura 3.22 Figura 3.23 Figura 3.24
Figura 3.25 Figura 3.26
Figura 3.27 Figura 3.28 Figura 3.29 Figura 3.30
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Borda
Filotaxia
Estípula
Inteira: A borda é contínua.
A margem de folhas, foliolos e foliólulos.
Ondulada: Com ondas nas 
bordas.
Serreada: Como uma 
serra, mas com “dentes” 
leves.
Quando se põe a folha 
contra a luz e vê-se 
pequenos pontos mais 
claros que o restante da 
folha. Costuma guardar 
óleos voláteis como o da 
folha de laranjeira.
Alterna espiralada: Como um 
espiral
Oposta: Duas no mesmo 
vértice, mas uma de cada lado Oposta cruzada: Quando há 
alternância como cruz
Verticilada: Várias folhas no 
mesmo vértice
Alterna dística: Com alternân-
cia dupla
É a disposição que a planta organiza as folhas para 
melhorar a absorção de energia luminosa de modo que 
uma não atrapalhe a outra de baixo.
Crenada: Com os “dentes” 
redondos.
Dentada: Com os “dentes” 
bruscos.
Intrapeciolar: entre o peciolo e 
o ramo
Interpeciolar: entre peciolos Lateral: (ao lado do peciolo)
São pequenas lâminas geralmente na base 
do peciolo das folhas.
Terminal: No fim de um ramo
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
35
Pontuações translúcidas
Figura 3.31 Figura 3.32 Figura 3.33 Figura 3.34 Figura 3.35
Figura 3.36
Figura 3.37 Figura 3.38
Figura 3.39
Figura 3.40 Figura 3.41
Figura 3.42 Figura 3.43 Figura 3.44 Figura 3.45
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Inflorescência
Cálice
Estames
Corola
Sexo da flor
Ovário
Simetria
Um ramo que a planta produz para acomodar 
as flores. Pode variar em forma
Brácteas Uma folha diferente das demais, que ocorre 
na base das inflorescências. Se for na base 
da flor (abaixo do cálice) é bractéola
A parte da flor acima das brácteas (se houver) e 
embaixo da corola (se houver) compostas de 
sépalas divididas ou juntas.
Cálice dialissépala: 
quando são soltas entre 
si Cálice gamossépala: quando são 
fundidas entre si
Estruturas masculinas (com microgametófito, ou 
seja, pólen) que estão estrategicamente posicio-
nadas para melar o animal polinizador de pólen
Pode ter a deiscência Rimosa, 
Poricida ou Valvar.
Bilateral ou zigomorfa: quando 
divide-se no meio e obtêm-se duas 
partes iguaus, como nosso rosto.
Radial ou Actinomorfa: quando 
divide-se no meio e não obtêm-se 
duas partes iguaus. Essa simetrial 
se orienta do centro para fora, com 
varios raios
Diz respeito a orientação da 
corola
Qual sexo ocorre na flor
Flores bissexuadas: 
Masculino (laranja) e 
feminino(verde no centro)
Flores unissexuadas: Ou masculino com 
estames-polens (laranja) e feminino (verde 
no centro) com ovário-óvulos
Pode ser ou não dividido em 
Carpelos
Estruturas femininas (com microgametófito feminino, 
ou seja, ovário) que estão estrategicamente posicio-
nadas para o animal polinizador “sujo” de pólen 
melar o estigma (cume do ovário) para que o ovário 
com óvulos cresçam formando fruto e sementes
Parte da flor que serve para atrair polinizadores (insetos, 
morcegos, etc.) e costumam ter cores bem chamativas.
Racemosa = quando produz 
um racemo começando a 
abrir as flores de baixo
Cimosa = quandoproduz 
uma cimeira começando a 
abrir as flores de cima
Corola gamopétala: Quando 
são fundidas entre si Corola dialipétala: quando são 
livres entre si
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
36
♂♀ ♀
♀♂
♂
Figura 3.46 Figura 3.47
Figura 3.48
Figura 3.49
Figura 3.50 Figura 3.51
Figura 3.52
Figura 3.53 Figura 3.54
Figura 3.55
Figura 3.56 Figura 3.57 Figura 3.58
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Planta Monoica
Fruto
Planta Dioica
Aquênio: Quando o fruto é seco, uma 
só semente, unilocular e ligada ao 
pericarpo (fruto) em um ponto único.
Cariopse: Típico de cereais. 
Fruto seco e a semente é 
unida firmemente ao pericar-
po. Lembre-se que a espiga 
do milho é inflorescência, as 
palhas são brácteas e os 
caroços frutos. As sementes 
são essa parte amarelo-claro.
Sâmara: Um fruto 
geralmente unicarpelar 
onde desenvolve uma ala 
como uma asa que serve 
para planar no ar e facilitar 
que se propague a longas 
distâncias
Noz: Fruto seco, indeiscente (que não se abre 
na planta) com uma única semente interna.
Cápsula: Fruto seco, deiscente (que se 
abre na planta) com dois ou mais lóculos 
(lugar onde fica o ovulo-semente)
Legume: Fruto seco, 
deiscente, que se abre 
nas duas soldaduras.
Esquizocarpo: Fruto 
seco, deiscente, onde 
os carpelos se 
separam quando 
secos deixando 
expostas as semen-
tes.
Síliqua: Fruto que se 
abre em duas valvas e 
no meio uma estrutura 
que suporta as semen-
tes.
Baga: Um fruto carnoso e com 
muita sementes como o do 
tomate (e nao o quiabo que é 
fibroso)
Drupa: Fruto com parte carnosa 
dura que envolve uma única 
semente, como a azeitona. e o 
abacate.
Pomo: quando a flor tem ovário ínfero 
(abaixo dos verticilos florais como pétalas) 
e o receptáculo fica carnoso
Mono = “único”; Oikos = “casa”. Ou seja, uma casa para 
os dois sexos. Quando ocorre os dois sexos na mesma 
planta. Geralmente ocorre em plantas que se distribuem 
uma longe da outra, para facilitar a autopolinização.
Estrutura carnosa ou não que contém as sementes. São geralmente ovários inchados 
depois da polinização e fecundação. Porém há uma variedades de exceções, por 
exemplo, o morango que é uma inflorescência inchada/carnosa.
Di = “dois”; Oikos = “casa”. Ou seja, cada sexo em sua 
casa. Quando ocorre sexos separados em cada planta. 
Geralmente ocorre em palntas que se distribuem muito 
perto da outra, pois é mais fácil de polinizarem.
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
37
♂♀ ♂ ♀
Figura 3.59 Figura 3.60
Figura 3.61
Figura 3.62
Figura 3.63
Figura 3.64
Figura 3.65
Figura 3.66
Figura 3.67
Figura 3.68
Figura 3.69 Figura 3.70
Figura 3.71
Essas são as características mais básicas que você deve saber para trabalhar com reconheci-
mento de plantas, pois a partir delas você vai diferenciar uma espécie da outra e vai diagnosticar 
a espécie com mais precisão. Existem mais características como abertura de ovário para contar 
lóculos, pêlos glandulares, mas vamos abordar somente estas para facilitar. O processo de 
reconhecimento de plantas se dá quando a pessoa sai pelos arredores utilizando uma tesoura 
de poda ou podador de altura, coletando as plantas, de preferência um ramo que tenha uma boa 
quantidade de folhas para diferenciar se são simples ou compostas e que seja fértil, tenha flores 
e frutos, pois as flores nos dão os melhores caracteres para diferenciar uma planta da outra, e 
os frutos são ovários fecundados que crescem, portanto flores.
Quando você tiver decorado todas as características anteriores, pode imprimir essa tabela ou 
desenhá-la num rascunho para identificar o ramo florido da planta que você coletou. Listar 
todas as características de cada planta sobrando somente “Família”, “Gênero” e “Espécie”. 
Com ela em mãos, conseguir uma chave de identificação (O Instituto Plantarum tem, por exem-
plo, na página 31 no começo desse capítulo falei dele) e identificar a planta.
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Tabela com Características
Nº CARACTERÍSTICA
1 Hábito
2 Caule
3 Látex
4 Armada
5 Odor
6 Forma das folhas
7 Pontuações translúcidas
8 Folha simples ou composta
9 Se composta, qual tipo?
10 Borda das folhas
11 Filotaxia
12 Estípula
13 Inflorescência
14 Simetria floral
15 Cálice
16 Corola
17 Estames
18 Carpelos
19 Sexo da flor
20 Planta monoica ou dioica
21
22
23
24
Fruto
*Lembre-se: Cada espécie tem seu nome científico, por exemplo a Lippia sidoides é o nome científico do Alecrim-pimenta. Ela está classifica-
da assim na Biologia se formos consultar os cientistas (no tropicos.org, por exemplo): Domínio: Eukarya Reino: Plantae Divisão: Magnolio-
phyta Classe: Equisetopsida Ordem: Lamiales Família: Verbenaceae Gênero: Lippia Espécie (nome científico): Lippia sidoides Nome 
popular: Alecrim-pimenta. Assim, descobrindo o nome científico da planta, podemos encontrar diversas informações em sites de universida-
des pelo scholar.google.com.br, em livros de especialistas, etc.
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
PLANTA 1 PLANTA 2 PLANTA 3
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
38
Outra forma de trabalhar com manejo de plantas depois de listar as características de várias e 
identificar é criar a chave das suas plantas. Vamos supor que um empresário comprou um terre-
no onde tinha vários indivíduos de várias espécies de plantas e quer saber as famílias que ocor-
rem no local. Depois de identificar cada uma descobrindo as famílias, vi que tinha 4 famílias de 
plantas ocorrendo no local. Eu posso fazer a minha própria chave de identificação desse lugar 
de forma lógica. Assim, se um outro botânico tem essa chave que eu criar, ele pode chegar no 
terreno, coletar um ramo fértil de uma planta, listar suas características e seguir a chave que eu 
criei, então ele vai descobrir qual é a família da planta rapidamente.
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Identificando uma planta
Uma demonstração com a Lippia sidoides, vamo supor que não sabemos de nada sobre ela
Criando sua própria chave de identificação
Agora é só procurar uma chave de identificação de plantas do Brasil e descobrir qual é. 
No próximo capítulo você encontra informações sobre a família depois de identificar, 
por exemplo Verbenaceae da planta acima. Essa a gente fez já sabendo os dados, mas 
quando for trabalhar só pode correr a chave quando souber das características certas.
Nº CARACTERÍSTICA
1 Hábito
2 Caule
3 Látex
4 Armada
5 Odor
6 Forma das folhas
7 Pontuações translúcidas
8 Folha simples ou composta
9 Se composta, qual tipo?
10 Borda das folhas
11 Filotaxia
12 Estípula
13 Inflorescência
14 Simetria floral
15 Cálice
16 Corola
17 Estames
18 Carpelos
19 Sexo da flor
20 Planta monoica ou dioica
21
22
23
24
Fruto
Arbusto
Haste
Ausente
Não
Presente
Elíptica (peciolada)
Ausente
Simples
--------
Serreada
Oposta cruzada
Ausente
---------
Zigomorfa
--------
--------
5 estames
2 carpelos
---------
---------
Aquênio (muito pequeno)
Olhando de longe, a aparência
É quebradico
Esmaga folha ou quebra haste e não encontra
Sem espinhos e acúleos
Esmaga a flor e cheira, tem odor
Parece elíptica
Pega uma folha e coloca contra a luz, não tem
Folha simples, reconhece que é um ramo 
e vê que as folhas são únicas
Quando é composta, tem várias folhas
pequenas em uma folha que parece ramo
Parece crenada mas é levemente serreada (só 
completa se tiver certeza)
Duas folhas no mesmo vértice
Não tem folha vestigial no peciolo 
da folha original
Como é o galho de flores? Espiga,
mas deixei em branco
Toda a flor, quando divididas ao 
meio, tem simetria bilateral
Sem dados
Sem dados
5 estames na flor (ao redor do 
gineceu)
2 Carpelos na flor, no meio
Incerteza, não completar
Sem dados
É muito pequeno
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
PLANTA 1
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
39
Vamos supor que no terreno que eu fui designado para reconhecer as espécies que 
ocorriam lá, fiz a coleta de 4 ramos floridos de cada tipo de planta que eu não sabiao 
nome. Após, fiz a listagem das características como na tabela anterior e fiz o reconhe-
cimento usando a Chave de Reconhecimento de Angiospermas do Brasil do início do 
capítulo e depois de descobrir a Família descobri o nome científico das 4 plantas. Após 
isso separei essas características delas (abaixo), que são as que achei melhor de 
trabalhar. Agora eu posso criar uma chave para esse terreno para quando algum botâ-
nico quiser identificar, é só coletar, listar as características e seguir a chave que criei.
1. Folhas simples .............2
1’. Folhas compostas ........ Caryocaraceae
2.
1. Folhas simples .............2
1’. Folhas compostas ........ Caryocaraceae
2. Alterna espiralada ......3
2’. Oposta..... Verbenaceae
3.
Passo 1: Eu posso escolher a melhor característica para começar a fazer a 
chave. Vou começar pela “Planta 3” pois todas tem folhas simples, menos ela 
que tem folha composta e se diferencia entre elas...
Passo 2: Risco da tabela a que já resolvi para não atrapalhar e continuo a 
escolher outras características distintivas. Vi que agora somente uma das 
que sobraram possuem filotaxia oposta, então já resolvo ela continuando a 
chave.
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Nº CARACTERÍSTICA
1 Hábito
2 Caule
3
4
5
6
Forma das folhas
7
8
9
10
11
Folha simples ou composta
Se composta, qual tipo?
Borda das folhas
Filotaxia
Estípula
Nome popular
Espécie
Família
Arbusto
Haste
Elíptica
Simples
--------
Crenada
Oposta cruzada
Ausente
Verbenaceae Crhysobalanaceae Caryocaraceae Lauraceae
Alecrim-pimenta Guajiru Pequi
PLANTA 1
Arbusto
Tronco
Ovada
Simples
--------
Inteira
Alterna dística
Caduca
PLANTA 2
Árvore
Tronco
Elíptica
Composta
3-folioladas
Crenada
Oposta
Caduca
PLANTA 3
Árvore
Tronco
Elíptica/Lanceolada
Simples
--------
Inteira ondulada
Alterna-espiralada
Ausente
Abacate
Lippia sidoides Chrysobalanus icaco
Caryocar
brasiliense
Persea 
americana
PLANTA 4
Nº CARACTERÍSTICA
1 Hábito
2 Caule
3
4
5
6
Forma das folhas
7
8
9
10
11
Folha simples ou composta
Se composta, qual tipo?
Borda das folhas
Filotaxia
Estípula
Nome popular
Espécie
Família
Arbusto
Haste
Elíptica
Simples
--------
Crenada
Oposta cruzada
Ausente
Verbenaceae Crhysobalanaceae Caryocaraceae Lauraceae
Alecrim-pimenta Guajiru Pequi
PLANTA 1
Arbusto
Tronco
Ovada
Simples
--------
Inteira
Alterna dística
Caduca
PLANTA 2
Árvore
Tronco
Elíptica
Composta
3-folioladas
Crenada
Oposta
Caduca
PLANTA 3
Árvore
Tronco
Elíptica/Lanceolada
Simples
--------
Inteira ondulada
Alterna-espiralada
Ausente
Abacate
Lippia sidoides Chrysobalanus icaco
Caryocar 
brasiliense
Persea 
americana
PLANTA 4
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
40
Chave de identificação
1. Folhas simples .............2
1’. Folhas compostas ........Caryocaraceae
2. Alterna ...........................3
2’. Oposta............................Verbenaceae
3. Estípula (caduca) ...........Chrysobalanaceae
3’ Estípulas ausentes .........Lauraceae
Passo 3: Risco as que já resolvi e só sobraram duas plantas para resolver. Agora 
posso decidir pela Estípula, pois Chrysobalanaceae tem (caduca porque caiu, 
mas tem a marca, então tem essa caracteristica) e terminar a chave.
Pronto! Com a chave finalizada podemos usá-la para reconhecer 
qualquer espécie do nosso terreno com a chave de identificação 
acima (pois coletamos todas as espécies do terreno, reconhece-
mos e criamos a chave). Essa é uma forma básica de fazer uma 
chave, só para você entender como funciona. Agora imagine se 
alguém listasse todas as plantas do Brasil, reconhecesse e fizes-
se uma chave de identificação para quando alguém coletar uma 
planta em qualquer lugar pudesse listar as caracteristicas e fazer 
o reconhecimento com essa chave? Essa chave pode ser 
comprada no Instituto plantarum.com.br, porém é uma chave de 
angiospermas, não somente de plantas medicinas.
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Intrapeciolar: entre o peciolo e 
o ramo
Interpeciolar: entre peciolos Lateral: (ao lado do peciolo) Terminal: No fim de um ramo
Nº CARACTERÍSTICA
1 Hábito
2 Caule
3
4
5
6
Forma das folhas
7
8
9
10
11
Folha simples ou composta
Se composta, qual tipo?
Borda das folhas
Filotaxia
Estípula
Nome popular
Espécie
Família
Arbusto
Haste
Elíptica
Simples
--------
Crenada
Oposta cruzada
Ausente
Verbenaceae Crhysobalanaceae Caryocaraceae Lauraceae
Alecrim-pimenta Guajiru Pequi
PLANTA 1
Arbusto
Tronco
Ovada
Simples
--------
Inteira
Alterna dística
Caduca
PLANTA 2
Árvore
Tronco
Elíptica
Composta
3-folioladas
Crenada
Oposta
Caduca
PLANTA 3
Árvore
Tronco
Elíptica/Lanceolada
Simples
--------
Inteiraondulada
Alternaespiralada
Ausente
Abacate
Lippia sidoides Chrysobalanusicaco
Caryocar
brasiliense
Persea
americana
PLANTA 4
Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
41
Capítulo 4
PRINCIPAIS FAMÍLIAS DE 
PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL
Cap. 4: Famílias
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Uma Família de planta agrupa vários Gêneros. Um Gênero agrupa várias Espécies. Isso quer 
dizer que a espécie Lippia alba (Erva-cidreira) e a espécie Lippia sidoides (Alecrim-pimenta) 
fazem parte do mesmo gênero Lippia, porém são plantas diferentes, mas bastantes relaciona-
das e parecidas. Esse Gênero Lippia dessas duas plantas faz parte da família Verbenaceae que 
comporta outros gêneros como o Stachytarpeta que comporta a espécie Stachytarpeta cayen-
nensis (Gervão) e outras. Se você for comparar Gêneros / Espécies da mesma Família verá 
que elas são bastante parecidas, o Gervão tem cheiro e folhas simples com bordas serreadas, 
assim como a Erva-cidreira e o Alecrim-pimenta.
Para saber a Família da planta é necessário seguir as dicas tratadas no capítulo anterior, mas 
vou deixar uma lista básica das famílias de plantas medicinais mais importantes que ocorrem 
no Brasil para você ter uma noção de como reconhecer ou para ver as informações depois de 
reconhecer (Baseado no livro de Judd et al. e em outros materiais). Quando você conseguir 
reconhecer a Família da planta que deseja, fica mais fácil chegar ao Gênero e depois à Espé-
cie. Lembro uma vez que eu peguei uma Cactácea (Cactaceae) arbustiva e com folhas, para 
identificar e sofri bastante correndo a chave, deu realmente Cactácea, mas como era arbusti-
va diferente das que eu tinha em mente, não acreditei e achava que tinha identificado errado. 
Depois eu vi que existia Cactácea arbórea como a Pereskia bleo, se eu tivesse visto essa lista, 
ficava melhor de identificar. As Pereskia spp. (espécies do gênero Pereskia) são como plantas 
arbóreas que ao longo da evolução, para se transformar de planta arbórea a suculentas foram 
perdendo as folhas, ganhando espinhos e começando a fazer fotossíntese pelo caule (o 
mesmo ficando verde, tomando a função da folha) na evolução, até chegar nos Cactos da 
Caatinga que conhecemos. Uma forma básica de dizer, para você entender (como você leu o 
capítulo 1) todas as Cactáceas do modo que conhecemos (Palmas e Cactos), descendem das 
Pereskia spp. ou tem um ancestral comum mais perto (Pereskia é um arbusto ainda com 
folhas, ainda que pequenas, mas com caule pouco suculento), como se tivessem retirado 
uma população das plantas que conhecemos, colocado em locais secos e ao longo das gera-
ções elas foram se adaptando, quando as Pereskia spp. estavam num local pouco seco e as 
restantes num local muito seco.
Para se entender o que é uma Família de planta, sugiro você ler o capítulo 1 sobre a evolução 
das plantas. Todos os organismos no mundo, inclusive as plantas, surgiram de 1 só ancestral 
que no tempo foi colonizando outras áreas, se multiplicando e se transformando, também 
mudando de forma e produzindo outros compostos químicos. Famílias são úteis para nomear 
um grupo de Gênero e Espécies (como dito no início do texto), que são parecidas mas 
diferentes, pois há poucas famílias de plantas, muitosgêneros e mais ainda espécies.
Você não deve ainda usar essa lista como uma forma definitiva de saber se o ramo fértil (com 
flores) que você coletou e está com ele na mão, é mesmo da Família, mas só para ter uma 
ideia! O certo é você listar as características e correr uma chave de identificação oficial, que 
pode ser comprada, para reconhecer a planta de verdade. 
Famílias de Plantas medicinais do Brasil
43
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
44
Acanthaceae
Hábito: Maioria ervas, poucas lianas, 
arbustos e árvores.
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais.
Folha: Folhas simples, opostas, 
alterna espiralada. Lobada. Borda 
inteira ou serreada.
Estípula: Sem estípula
Flor: Flores com brácteas coloridas. 4 
a 5 sépalas conatas. 5 pétalas 
conatas. 4 estames. 2 carpelos.
Fruto: Cápsula
Contém Glicosídeos fenólicos, 
iridoides, alcaloides, diterpenoides.
Ex. Justicia pectoralis
Polypodiaceae
Hábito: Epífitas ou rupícolas, principal-
mente. Com rizoma carnosos. Poucas 
são terrestres.
Distribuição: Ocorre nos trópicos, 
porém tem poucas espécies nas 
regiões temperadas. Ocorre mais em 
florestas de região tropical.
Folha: Folhas simples, pinada, com 
escamas no pecíolo. Soros (esporân-
gios) nas folhas.
Estípula: Sem estípula
Flor: Sem flor, possui esporângios nas 
folhas (consultar capítulo 1 - pteridófi-
tas).
Fruto: Sem fruto.
Ex. Phlebodium decumanum
Ginkgoaceae
Hábito: Árvore
Folha: Simples, espiralada, espaça-
das, em forma de leque de cor amarelo 
no outono.
Estípula: Sem estípula
Flor: Planta sem flor, mas com semen-
te, então possui estróbilos. As plantas 
são dioicas (só ocorre um sexo na 
planta).
Distribuição: Ocorre na China. É 
considerada extinta da natureza, mas 
nas regiões asiáticas são cultivadas 
até como ornamental.
Fruto: Sementes com testa carnosa 
com odor desagradável
Ex. Ginkgo biloba, única espécie da 
família.
Achariaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou ervas
Distribuição: Entre os tropicos.
Folha: Simples. Alterna dística ou 
espiralada
Estípula: Presente ou ausente
Flor: Unissexuadas ou bissexuadas. 
Simetria radial. Actinomorfa. 2 a 5 
sépalas, livres. 4 a 15 pétalas livres. 5 
estames, ou numerosos. 2 a 10 
carpelos.
Fruto: Baga ou cápsulas.
Ex. Carpotroche brasiliensis
Adoxaceae
Hábito: Árvores de pequeno porte, 
podendo também ser arbustos ou 
ervas.
Distribuição: Regiões temperadas do 
mundo ou regiões montanhosas com 
este clima
Folha: Simples. Quando simples com 
filotaxia oposta. Pode ser lobada. Pode 
também ser compostas contendo 3 
folíolos ou pinada. Pode ser com 
margem inteira ou denteada.
Estípula: Quando a estípula está 
presente, pode ser como glândulas de 
nectário.
Flor: Simetria radial. Bissexuada. 2 a 5 
sépalas conatas. 4 a 5 pétalas conatas 
formando tubo. 5 estames. 3 a 5 
carpelos.
Fruto: Drupa
Com glicosídeos cianogênicos
Ex. Sambucus australis, Viburnum
Alliaceae
Hábito: Ervas bulbosas com caule 
reduzido
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais, em locais semiáridos.
Folha: Simples. Alternas, dística. 
Margem inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Inflorescências helicoides. Flor 
radial. Bissexuais sem brácteas. As 
pétalas e sépalas são no número de 6 
podendo ser livres ou conatas com 
essa parte tubular. 6 estames livres a 
conatos. 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula
Ex. Allium sativum
Amaranthaceae
Hábito: Ervas ou arbustos, podendo 
ser suculentas, como babosa.
Distribuição: Ocorre em todos os 
locais habitáveis do planeta, porém é 
fácil ver em ambientes áridos degrada-
dos, com alterações. Também em 
ambientes salinos.
Folha: Simples. Alterna espiralada ou 
oposta. Margem inteira podendo, ser 
ondulada, em poucas vezes serreadas 
também lobadas.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexual, poucas são unissexu-
adas. Simetria radial com brácteas 
carnosas ou secas. 3 a 5 pétalas ou 
pétalas livres, mas podem ser conatas 
na base. 3 a 5 estames. 2 a 3 carpelos 
conatos.
Fruto: Aquênio, utrículo ou cápsula.
Ex. Amaranthus viridis
Amarilidaceae
Hábito: Ervas bulbosas
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais, bem diversa na América do 
sul e regiões semelhantes do mundo.
Folha: Simples. Alterna, geralmente 
dística, achatadas e com borda inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Inflorescências helicoides, às 
vezes com uma flor solitária. Flor 
bissexuada com brácteas finas. 
Simetria radial. Pétalas e sépalas 6 
podendo ser livres ou conatas. Estame 
6. Carpelo 3 conatos.
Fruto: Cápsula, mas poucas espécies 
como bagas.
Ex. Hippeastrum puniceum
Anacardiaceae
Hábito: Árvore, podendo também ser 
arbustos ou lianas.
Distribuição: Entre os trópicos 
(pantropical), podendo ocorrer em 
regiões temperadas.
Folha: Composta. Alternas espiralada. 
Pinadas, trifoliolada ou unifoliolada. 
Margem inteira ou serreada.
Estípula: Sem estípula, mas algumas 
espécies presentes.
Flor: Unissexuais em sua maioria. 
Plantas dioicas (um sexo em cada 
planta). Flor radial e bem pequenas. 5 
sépalas na maioria das vezes, livres e 
pouco conatas. 5 pétalas livres, 
também podendo ser conatas. 5 a 10 
estames.
Fruto: Drupa
Ex. Anacardium ocidentale
Annonaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou lianas 
com casca fibrosa (embira, quando 
quebra descasca muito).
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais em florestas úmidas.
Folha: Simples. Alternas dística. Borda 
inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 3 
sépalas livres ou pouco conatas (na 
base). 6 pétalas livres, porém algumas 
podem se diferenciar uma da outra, 
tomar cuidado. Mais de 10 estames, 
muito numerosos. 3 carpelos, mas 
pode ter muito mais.
Fruto: Várias bagas, um agregado, 
como a graviola.
Ex. Annona muricata
Alismataceae
Hábito: Ervas com rizomas ocorrendo 
em áreas alagadas
Distribuição: 
Folha: Simples, com borda inteira. 
Filotaxia alterna, espiralada ou dística.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexual ou unissexual. Simetria 
radial. Cálice e corola presente com 3 
sépalas livres e 3 pétalas livres. Cor 
branca ou rosa. 6 estames. 3 a 6 
carpelos.
Fruto: Um agregado de aquênios
Contém látex
Ex. Echinodorus grandiflorus, Chapéu 
de couro
Equisetaceae
Hábito: Herbáceas.
Distribuição: Ambientes úmidos. 
Ocorre em quase todos os continentes, 
ao norte do Equador em áreas 
alagadas.
Folha: As folhas ou os ramos do caule 
são verticilados (saem ao redor de um 
só local no caule). As folhas são muito 
pequenas, também verticiladas com 
pouco menos de 2 cm.
Estípula: Ausente
Flor: Esporângio no ápice do caule 
contendo esporangióforos, que fica 
amarelo (sem clorofila).
Fruto: Ausente
Ex. Equisetum giganteum
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
45
Apiaceae (Umbelliferae)
Hábito: Ervas aromáticas
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Pode ser composta e neste caso 
pinada, palmada. As simples podem 
ser divididas ou lobadas. Borda inteira 
ou serreada.
Estípula: Ausente, mas pode estar 
presente em algumas espécies.
Flor: Bissexual. Simetria radial, flores 
bem pequenas. 5 sépalas livres e 
pequenas. 5 pétalas livres. 5 estames. 
2 carpelos.
Fruto: Fruto esquizocarpo com 2 
segmentos secos.
Ex. Apium graveolens
Apocynaceae
Hábito: Árvores, arbustos, lianas e 
ervas. Por seu habitat, pode ser 
suculenta como cactos cheios de látex.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais, algumas espécies 
ocorrem em região temperada.
Folha: Folha simples. Oposta, porém 
também pode ser alterna espiralada, 
dística ou verticilada. Borda inteira.
Estípula: Quando presente, são bem 
pequenas, mas geralmente são 
ausentes.
Flor: Ás vezes só tem uma flor na 
inflorescência. Simetria radial. 5 
sépalas pouco conatas (na base). 
Pétalas 5 conatas, campanulada, em 
forma de funil ou tubo. 5 estames 2 
carpelos.
Fruto: Folículo carnoso como baga ou 
drupa.
Látex leitoso, potencialmente tóxica
Ex. Allamanda cathartica
Aquifoliaceae
Hábito: Árvores ou arbustos com 
casca lisa.
Distribuição: Floresta de montana em 
regiões tropicais em solos ácidos.
Folha: Simples. Alterna, espiraladas. 
Borda inteiraou serreada.
Estípula: Bem pequenas
Flor: Às vezes a inflorescência só tem 
uma flor. Flor unissexual. Planta dioica 
(com um só sexo em cada planta). 
Simetria radial. 4 a 6 sépalas 
ligeiramente conatas. 4 a 6 pétalas 
ligeiramente conatas. 4 a 6 estames. 4 
a 6 carpelos.
Fruto: Drupa colorida que pode ter 
várias cores como vermelha, cor-de-
-rosa, laranja, púrpura ou preto.
Algumas espécies tem alcaloides 
tóxicos
Ex. Illex paraguariensis
Araceae
Hábito: Ervas aquáticas ou terrestres 
com cormo, semelhante a cebola, mas 
pode ser liana com raízes aeres, 
plantas epífitas ou aquática flutuante.
Distribuição: Floresta tropical, brejo 
(pântano), também em regiões subtro-
picais.
Folha: Folha simples. Alterna espirala-
da ou dística. Pode ser lobada. 
Compostas pinadas a palmada com 
margem inteira.
Estípula: Ausente, mas pode conter 
pelos nos nós dentro da bainha.
Flor: Espiga com flores sobre um eixo 
carnoso sem flores na ponta. Flor 
bissexual a unissexual (planta monoica 
com os dois sexos numa planta só). 
Simetria radial. 4 a 6 pétalas e sépalas 
podendo ser livre ou conata. 1 estame, 
ou mais. 2 a 3 carpelos.
Fruto: Baga, utrículo, drupa ou noz.
Produz rafídeos, compostos cianogêni-
cos e alcaloides. Causa irritação na 
mucosa, tóxica.
Ex. Philodendron bipinnatifidium
Araliaceae
Hábito: Arbustos, lianas, árvores ou 
ervas.
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais.
Folha: Simples, +-lobada. Composta 
pinada ou palmada. Borda inteira ou 
serreada.
Estípula: Presente, algumas 
ausentes.
Flor: Bissexuais, porém às vezes 
unissexuais. Plantas monoicas ou 
dioicas (um sexo numa planta ou dois 
sexos numa planta). Simetria radial. 
Flor pequena. 5 sépala livres peque-
nas. 5 pétalas. 5 estames ou mais. 2 a 
5 carpelos ou mais.
Fruto: Baga ou drupa globosa com até 
5 caroços, ou esquizocarpo.
São aromáticas que produzem muitos 
compostos como resinas, óleos 
aromáticos, saponinas, cumarinas, etc.
Ex. Hydrocotyle bonariensis
Arecaceae (Palmae)
Hábito: Árvores ou arbustos
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Borda inteira. Pinada a palmada ao 
crescimento. Compostas pinado-loba-
das ou bipinadas.
Estípula: Ausente
Flor: Inflorescências vistosas parecen-
do espigas. Flor bissexual ou unisse-
xual. Planta monoica ou dioica. 
Simetria radial. 3 sépalas, 3 pétalas, 3 
a 6 estames ou mais. 3 a 10 carpelos.
Fruto: Drupa. Raramente baga.
Taninos ou polifenois.
Ex. Attalea speciosa
Aristolochiaceae
Hábito: Ervas, lianas ou arbustos.
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas.
Folha: Simples, pode ser lobada. 
Borda inteira. Palmada. Alterna 
espiralada.
Estípula: Ausente.
Flor: Bissexual. Simetria radial, pode 
também ser bilaterais. 3 sépalas 
conatas, como tubo ou cachimbo. 
Pétalas ausentes ou vestigiais, mas 
presente em alguns gêneros. 6 a 12 
estames. 4 a 6 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula com sementes achata-
da, com forma semelhante a asa ou 
carnosa.
Óleo aromático ou alcaloide.
Ex. Aristolochia cymbifera
Asphodelaceae
Hábito: Ervas, árvores ou arbustos.
Distribuição: Regiões tropicais da 
África, mais na parte sul em habitat 
temperado a árido.
Folha: Simples. Alterna, espiralada ou 
dística. Pode ser suculenta. Borda 
inteira ou serreada, com espinhos.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexual. Simetria radial ou 
bilateral, bem chamativa. 6 pétalas e 
sépalas, podendo ser livres ou 
conatas. 6 estames. 3 carpelos.
Fruto: Cápsula.
Produzem antraquinonas, cuidado.
Ex. Aloe vera
Asteraceae (Compositae)
Hábito: Ervas, arbustos ou árvores.
Distribuição: Regiões temperadas, 
floresta montana podendo ser de 
habitat secos ou campos abertos.
Folha: Folha simples. Alterna espirala-
da. Opostas. Verticiladas. Pode ser 
lobada ou secta (partidas). Borda 
inteira ou denteada
Estípula: Ausente
Flor: Em capítulos rodeados de 
brácteas, como girassol. Flor bissexual 
ou unissexual, pode ser estéril, com 
simetria radial ou zigomorfa. Não dá 
pra saber os números das sépalas, 
pois às vezes vem partidas. 5 pétalas 
conatas com corola radial tubular. 5 
estames. 2 carpelos.
Fruto: Aquênio
Com lactonas sesquiterpenicas
Ex. Mikania glomerata
Berberidaceae
Hábito: Ervas ou arbustos
Distribuição: Regiões temperadas 
como nos Andes ou Norte do mundo.
Folha: Simples. Alterna espiralada 
(pouquíssimas espécies opostas), 
lobadas, partidas. Quando compostas, 
unifolioladas. Borda inteira ou serreada 
com espinhos, às vezes margem só 
com espinhos, ou palmada.
Estípula: Ausente ou presente.
Flor: Vários tipos de inflorescências. 
Flores bissexuais. Simetria radial. 4 a 6 
sépalas livres. 4 a 6 pétalas livres. 
Estames parecidos com pétalas, 4, 6 a 
numerosos. 1 carpelo.
Fruto: Baga
Com alcaloides
Ex. Berberis laurina
Bignoniaceae
Hábito: Árvore, arbusto ou liana.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais. Algumas espécies em 
climas temperados. Grande diversida-
de na América do sul.
Folha: Composta. Oposta ou verticila-
da, alterna espiralada poucas vezes. 
Geralmente composta pinada ou 
palmada, poucas vezes simples. Borda 
inteira ou serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Zigomorfa, grandes e 
vistosas. 5 sépalas conatas. 5 pétalas 
conatas. 4 estames, às vezes 2, com 1 
reduzido. 2 carpelos.
Fruto: Cápsula, mas pode ser baga ou 
cápsula indeiscente.
Iridoides e glicosídeos fenólicos.
Ex. Tabebuia aurea
Bixaceae
Hábito: Árvore
Distribuição: América do sul, tropical
Folha: Alterna. Borda inteira.
Estípula: Presente, pequenas.
Flor: Pentâmera (5 em 5 tépalas). Cor 
rosa ou lilás. Carnosa. Estames 
numerosos. 2 carpelos.
Fruto: Seco, tegumento externo 
carnoso e vermelho.
Ex. Bixa orellana
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
46
Boraginaceae
Hábito: Ervas, arbustos ou árvores, 
poucas vezes lianas ou parasitas.
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Pode ser bastante lobadas, algumas 
espécies chegam a ser composta. 
Borda inteira ou serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Inflorescência escorpioide. 
Flores bissexuais. Simetria radial. 5 
sépalas livres ou conatas. 5 pétalas, 
muito conatas, formando corola como 
disco. 5 estames. 2 carpelos conatos.
Fruto: Drupa com caroço
Pode ter alcaloide
Ex. Borago officinalis
Brassicaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou ervas.
Distribuição: Pode ocorrer em todo o 
mundo, mas a maior diversidade é na 
região do mediterrâneo, Ásia e 
América do norte.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Pinado-partidas, lobadas. Compostas, 
palmadas ou pinadas. Borda inteira ou 
serreada.
Estípula: Presente ou ausente.
Flor: Bissexuais. Simetria radial ou 
bilateral. 4 sépalas. 4 pétalas livres 
como cruz. 6 estames ou numerosos. 2 
carpelos conatos.
Fruto: Baga ou cápsula.
Glicosídeos cianogênicos.
Ex. Brassica rapa
Bromeliaceae
Hábito: Ervas epífitas
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas, floresta montana úmida, 
porém há ocorrência em habitats 
secos.
Folha: Simples. Alterna espiralada, 
formando uma roseta que acumula 
água. Borda inteira serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 3 
sépalas livres ou conatas. 3 pétalas 
livres ou conatas. 6 estames livres a 
conatos. 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula ou baga.
Ex. Bromelia antiachanta
Burseraceae
Hábito: Árvores ou arbustos
Distribuição: Entre os trópicos do 
mundo. Área tropical da América e 
África.
Folha: Alterna espiralada. Composta 
pinada, trifoliolada ou unifoliolada. 
Borda inteira ou serreada.
Estípula: Ausente, mas pode estar 
presente em alguns gêneros.
Flor: Unissexuais. Planta dioica. 
Simetria radial, flor pequena. 4 a 5 
sépalas, pouco conatas. 4 a 5 pétalas. 
1 ou 2 verticilos de estames. 3 a 5 
carpelos conatos.
Fruto: Drupa
Resinas não-alergênicas na casca
Ex. Protium heptaphyllum
Cactaceae
Hábito: Ervas ou árvores com caule 
suculento e com espinho
Distribuição: América do Norte e do 
sul. Algumas na África, de deserto e 
regiões áridas como o nordeste do 
Brasil. Podem ser epífitas em florestas.
Folha: Simples. Dos ramos longos são 
alternas, espiralada.Borda inteira. Dos 
ramos curtos, modificadas em 
espinhos.
Estípula: Ausente
Flor: Inflorescência reduzida a uma 
flor. Bissexuais. Simetria radial, 
bilateral. Sépalas em várias quantida-
des. Pétalas em várias quantidades. 
Estames em várias quantidades. 3 a 
numerosos carpelos.
Fruto: Baga
Alcaloides e saponinas triterpenoides
Ex. Cereus jamacaru
Caprifoliaceae
Hábito: Ervas, arbustos, arvores ou 
lianas
Distribuição: Regiões temperadas
Folha: Simples. Oposta. Podem ser 
composta, algumas espécies. Borda 
inteira ou serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria zigomorfa. 5 
sépalas conatas. 5 pétalas conatas. 4 
a 5 estames. 2 a 5 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula, baga ou aquênio.
Glicosídeos fenólicos, iridóides, 
células secretoras.
Ex. Lonicera japonica
Caricaceae
Hábito: Arbórea
Distribuição: África equatorial, 
América central, América do sul e 
central.
Folha: Simples. Alterna. Borda inteira. 
Compostas lobadas.
Estípula: Ausente.
Flor: Unissexuadas. Amarelo esverde-
ado. 5 sépalas. 5 pétalas. 5 Carpelos.
Fruto: Baga
Contém látex
Ex. Carica papaya
Caryocaraceae
Hábito: Árvores, arbustos ou 
subarbustos.
Distribuição: Cerrado, Sudeste do 
Brasil.
Folha: Composta. Trifoliolada. Oposta 
ou alterna. Borda serreada, dentada ou 
crenada, poucas espécies são inteira.
Estípula: Presente, decídua, ausente.
Flor: Simetria radial. 5 sépalas 
grandes ou pequenas. 5 pétalas, livres, 
poucas espécies conatas. Muitos 
estames, conatos. 4 a 20 carpelos.
Fruto: Drupa, com espinho na superfí-
cie.
Ex. Caryocar brasiliense
Caryophyllaceae
Hábito: Ervas
Distribuição: Temperadas e subtropi-
cais. Habitats abertos alterados.
Folha: Simples. Oposta. Borda inteira.
Estípula: Ausente ou presente
Flor: Inflorescência pode ter só uma 
flor. Bissexuais. Simetria radial. 4 a 5 
pétalas e sépalas, pode ser livre ou 
conata. 4 a 10 estames. 2 a 5 carpelos 
conatos.
Fruto: Cápsula loculicida deiscente 
por valva.
Antocianinas, saponinas triterpenoi-
des.
Ex. Saponaria officinalis
Celastraceae
Hábito: Árvores, arbustos ou lianas
Distribuição: Regiões tropicais ou 
subtropicais. Poucas em regiões 
temperadas.
Folha: Simples. Alterna espiralada ou 
dística, poucas opostas. Borda serrea-
da.
Estípula: Presente ou ausente
Flor: Bissexuais, unissexuais poucas 
vezes. Plantas monoicas ou dioicas. 
Simetria radial. 4 a 5 sépalas livres ou 
pouco conatas. 4 a 5 pétalas livres. 3 a 
5 estames. 2 a 5 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula loculicida, drupa ou 
baga.
Contém taninos
Ex. Maytenus ilicifolia
Chrysobalanaceae
Hábito: Árvores ou Arbustos
Distribuição: Costa brasileira, Norte, 
Nordeste e Sudeste. Mata Atlântica e 
Amazônia.
Folha: Simples. Alternas. Coriáceas
Estípula: Decídua, caduca ou 
persistente.
Flor: 5 ou 6 pétalas e sépalas conatas. 
Simetria radial ou bilateral (actinomorfa 
ou zigmorfa). 1 ou 2 carpelos.
Fruto: Drupa
Ex. Crysobalanus icaco
Clusiaceae (Guttiferae)
Hábito: Árvores, arbustos ou lianas
Distribuição: Entre os trópicos no 
mundo
Folha: Simples. Opostas ou verticila-
das. Borda inteira. 
Estípula: Ausente, mas encontra-se 
glândulas nos nós.
Flor: Bissexuais ou unissexuais. 
Plantas geralmente dioicas. Simetria 
radial. 2 a 5 sépalas livres. 4 a 5 
pétalas livres.
Fruto: Cápsula, baga ou drupa
Látex
Ex. Calophyllum brasiliense
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
47
Fabaceae
Hábito: Ervas, arbustos, árvores ou 
lianas.
Distribuição: Em todos os locais 
habitáveis do planeta.
Folha: Composta. Alterna, espirala-
da ou dísticas. Pinada, bipinada, 
palmada, trifoliolada ou unifoliolada. 
Borda inteira, poucas tem borda 
serreada. Pulvino na base do pecíolo 
onde guarda água, quando se toca e 
as fecha, sugando a água da folha 
(mimosa).
Estípula: Presente, pequenas ou 
grandes, podendo ser modificadas 
em espinhos.
Flor: Bissexuais. Simetria radial a 
bilaterais. 5 sépalas livres ou 
conatas. 5 pétalas livres ou conatas. 
Estames 1 a vários, frequentemente 
10. 1 carpelo geralmente, mas 
poucas espécies tem mais.
Fruto: Legume geralmente. Porém 
também pode ser sâmara, lomento, 
folículo, cápsula, aquênio, drupa ou 
baga.
Taninos, alcaloides e compostos 
cianogênicos
Ex. Tamarindus indica
Humiriaceae
Hábito: Árvores ou arbustos.
Distribuição: Tropical, da Costa rica 
ao Brasil, e costa da África
Folha: Simples. Alternas. Borda 
inteira ou crenada.
Estípula: 5 sépalas livres. 5 pétalas 
conatas. Simetria radial.
Flor: 14 a 20 estames. 4 a 5 
carpelos.
Fruto: Drupa.
Ex. Humiria balsamifera
Hypericaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou ervas.
Distribuição: Em todo o planeta.
Folha: Simples. Composta. Filotaxia 
verticilada. Borda inteira.
Estípula: Ausente.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 4 a 
5 sépalas livres ou pouco conatas. 4 
a 5 pétalas, livres. Numerosos 
estames. 3 a 5 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula, baga ou drupa.
Cera resinosa.
Ex. Hypericum perforatum
Iridaceae
Hábito: Ervas, cormos ou bulbos.
Distribuição: Em todo o planeta
Folha: Simples. Alternas dísticas. 
Borda inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Inflorescência escorpioide. 
Bissexuais. Simetria radial ou 
bilateral com 1 a 2 brácteas. 6 
pétalas e sépalas livres ou conatas. 3 
estames. 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula
Oxalato de cálcio, taninos, triterpe-
nos.
Ex. Eleutherine bulbosa
Combretaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou lianas.
Distribuição: Entre os trópicos, em 
manguezais, savanas e florestas.
Folha: Simples. Alterna espiralada, 
opostas. Borda inteira.
Estípula: Pequenas, mas em muitas 
estão ausentes.
Flor: Unissexuadas ou bissexuadas. 
Plantas monoicas, dioicas ou 
polígamas. 4 a 5 sépalas, livres ou 
pouco conatas. 4 a 5 pétalas livres, 
às vezes ausentes. 4 a 10 estames. 2 
a 5 carpelos.
Fruto: Drupa
Ex. Combretum leprosum
Convolvulaceae
Hábito: Lianas, parasitas.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Lobada. Composta, podendo ser 
palmada. Borda inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 5 
sépalas livres ou pouco conatas. 5 
pétalas muito conatas. Corola funil. 5 
estames. 2 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula
Látex leitoso com alcaloides.
Ex. Operculina macrocarpa
Costaceae
Hábito: Ervas rizomatosas
Distribuição: Entre os trópicos. 
Grande diversidade na América, na 
Amazônia e Mata Atlântica.
Folha: Simples. Borda inteira. 
Alterna espiralada. Verde, vermelha 
ou variegada.
Estípula: Ausente
Flor: Brácteas grandes. Bissexuada. 
Bilateral, zigomorfa. 3 sépalas e 
pétalas. 1 estame e 5 estaminódios 
pequenos, maior que os sépalas e 
pétalas (6). 3 Carpelos.
Fruto: Cápsula
Ex. Costus spicatus
Crassulaceae
Hábito: Ervas suculentas, arbustos.
Distribuição: Regiões tropicais ou 
boreais, regiões áridas.
Folha: Simples. Alterna, espiralada, 
oposta ou verticilada. Composta 
pinada. Borda inteira ou crenada, 
dentada ou serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 4 a 
5 sépalas livres ou conatas. 4 a 5 
pétalas, livres ou conatas em corola 
tubulosa. 4 a 10 estames. 4 a 5 
carpelos.
Fruto: folículos, raramente cápsula
Taninos, alcaloides, compostos 
cianogênicos
Ex. Bryophyllum pinnatum
Cucurbitaceae
Hábito: Herbáceas, lianas.
Distribuição: Ocorre nos trópicos, 
sub-trópicos e regiões temperadas.
Folha: Simples. Alternas espirala-
das. Lobada palmada. Borda serrea-
da.
Estípula: Ausente
Flor: Unissexuais. Planta monoica 
ou dioica. 5 sépalas conatas. 5 
pétalas conatas, brancas, amarelas, 
alaranjadas ou vermelhas. 3 a 5 
estames. 3 carpelos conatos.
Fruto: Baga de casca coriácea ou 
dura. Pode ser cápsula carnosa ou 
seca.
Alcaloides e saponinas amargas
Ex. Momordica charantia
Cyperaceae
Hábito: Ervas.
Distribuição: Em todos os locais 
habitáveis do mundo, em locais 
úmidos.
Folha: Alterna trística. Caule triangu-
lar. Bainha fechada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais ou unissexuais. 
Planta monoica. Sem pétalas ou 
sépalas, ou reduzidas. 1 a 3 
estames. 2 a 3 carpelos conatos.
Fruto: Aquênio
Ex. Cyperus esculentus
Erythroxylaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou 
subarbustos lenhosos.
Distribuição:Subtropical e pantropi-
cal
Folha: Simples. Alterna ou oposta. 
Borda inteira.
Estípula: Presente, interpeciolares.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 5 
Sépalas. 5 pétalas livres. 10 
estames.
Fruto: Drupa
Ex. Erythroxylum vacciniifolium
Euphorbiaceae
Hábito: Árvores, arbustos, ervas ou 
lianas, podendo ser suculentas como 
cactos.
Distribuição: Regiões tropicais
Folha: Simples. Alterna espiralada 
ou dística, pode ser oposta em 
poucas espécies. Palmada, lobada. 
Compostas. Borda inteira ou serrea-
da.
Estípula: Presente
Flor: Unissexuais. Planta monoica 
ou dioica. Simetria radial. 2 a 6 
sépalas livres ou pouco conatas. 0 a 
5 pétalas, livres ou pouco conatas, 
podendo ser ausentes. 1 estame, ou 
vários. 3 carpelos conatos.
Fruto: Esquizocarpo
Alcaloides, diterpenos, triterpenos, 
taninos, glicosídeos cianogênicos, 
com látex venenosos
Ex. Ricinus comunis
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
48
Menispermaceae
Hábito: Lianas, arbustos ou árvores.
Distribuição: Entre os trópicos, 
alguns gêneros em regiões tempera-
das. Floresta tropical úmida de baixa 
altitude.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Borda inteira. Pode ser lobada. 
Composta palmada.
Estípula: Ausente.
Flor: Unissexuais. Planta dioica. 
Simetria radial. 6 sépalas livres. 6 
pétalas livres ou conatas. Estames 3 
a 6 ou numerosos. 3 a 6 carpelos 
livres.
Fruto: Drupas
Contém alcaloides venenosos, 
sesquiterpenos e diterpenos.
Ex. Cissampelos sympodialis
Moraceae
Hábito: Árvores, arbustos, lianas, 
algumas poucas são ervas.
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas.
Folha: Simples. Alterna dística, 
espiralada ou oposta. Às vezes 
lobada. Borda inteira ou serreada.
Estípula: Presente, podendo ser 
pequenas, grandes, ou caducas que 
deixam cicatriz.
Flor: Unissexuais. Planta monoica. 
Simetria radial. 4 a 5 pétalas ou 
sépalas podendo ser livres ou 
conatas. 1 a 5 estames. 2 carpelos 
conatos, às vezes um está reduzido.
Fruto: Drupa, drupa deiscente, 
aquênio.
Látex leitoso, taninos.
Ex. Brosimum gaudichaudii
Moringaceae
Hábito: Árvore com raízes e caules 
suculentos.
Distribuição: Subtropical e Tropical
Folha: Composta, alterna, pinada. 
Borda inteira.
Estípula: Sem estípulas, ou com 
marcas de caducas
Flor: Bissexual. Radiais ou bilaterais, 
actinomorfas ou zigomorfas. 5 
sépalas, parece com pétalas. 5 
pétalas, brancas. 5 estames.
Fruto: Cápsula
Ex. Moringa oleífera
Myrsinaceae
Hábito: Ervas, arbustos ou árvores, 
poucas são lianas.
Distribuição: Em todos os locais 
habitáveis.
Folha: Simples. Borda inteira. 
Alterna, verticilada ou oposta.
Estípula: Ausente
Flor: 4 a 5 sépalas, livres ou conatas 
na base. 4 a 5 pétalas, livres ou 
conatas na base. 4 a 5 estames. 1 
carpelo.
Fruto: Baga, drupa, ou cápsula.
Ex. Virola surinamensis
Lauraceae
Hábito: Árvores, arbustos ou lianas 
parasitas.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais, adjacências do 
Equador. Florestas tropicais em 
úmidas. 
Folha: Simples. Alterna, espiralada, 
oposta. Poucas são lobadas. Borda 
inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais ou unissexuais. 
Simetria radial. Receptáculos (que 
recebe o polinizador) pequeno, 
branco, amarelo ou verde claro. 
Pétalas e sépalas 6, livres ou pouco 
conatas. 3 a 12 estames. 1 carpelo.
Fruto: Drupa
Taninos, alcaloides, óleos aromáti-
cos.
Ex. Persea americana
Lecythidaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou lianas.
Distribuição: Trópicos e florestas 
úmidas da América do sul.
Folha: Simples. Alterna, espiralada, 
as vezes dísticas. Borda inteira ou 
denteada.
Estípula: Ausente ou presente.
Flor: Bissexuais. Simetria radial ou 
bilateral. 4 a 6 sépalas livres ou 
conatas. 4 a 6 pétalas livres, às 
vezes ausente. Numerosos estames. 
2 a 8 carpelos
Fruto: Cápsula grande e dura. Drupa 
ou noz. Sementes grandes.
Saponinas, triterpenoides, taninos.
Ex. Bertholletia excelsa
Loganiaceae
Hábito: Ervas, trepadeiras, lianas 
com gavinhas ou espinhos, arbustos 
ou árvores.
Distribuição: Entre os trópicos 
(pantropical).
Folha: Simples. Oposta, poucas 
espécies verticiladas. Borda inteira, 
poucas vezes com espinhos.
Estípula: Presente, pode ser interpe-
ciolar também.
Flor: Branca ou colorida. 4 a 5 
pétalas e sépalas livres ou não. 
Simetria radial. 2 carpelos.
Fruto: Bagas ou cápsula.
Ex. Spigelia anthemia
Lamiaceae (Labiatae)
Hábito: Ervas, arbustos ou árvores.
Distribuição: Em todos os locais 
habitáveis do planeta
Folha: Simples, lobadas, partidas. 
Oposta, verticilada, às vezes. 
Compostos pinadas ou palmadas. 
Borda inteira, serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria zigomorfa. 
5 sépalas conatas. 4 estames. 2 
carpelos conatos.
Fruto: Drupa, cápsula, esquizocar-
po.
Iridóides e glicosídeos fenólicos, 
óleos aromáticos, terpenoides.
Ex. Plectranthus amboinicus
Lythraceae
Hábito: Árvores, arbustos ou ervas.
Distribuição: Maioria ocorre nos 
trópicos, em ambientes aquáticos ou 
semi-aquáticos.
Folha: Simples. Opostas, poucas 
são verticiladas, ocorre também 
alterna espiralada. Borda inteira.
Estípula: Reduzida, divididas em 
pelos.
Flor: Bissexuais. Simetria radial ou 
pouco bilaterais. 4 a 8 sépalas livres, 
poucas conatas. 4 a 8 pétalas livres. 
8 a 16 estames. 2 carpelos ou vários.
Fruto: Cápsula seca, ou baga.
Ex. Cuphea carthagenensis
Malpighiaceae
Hábito: Arbustos, árvores, lianas ou 
ervas perenes.
Distribuição: Entre os trópicos do 
planeta. Grande diversidade na 
América do sul.
Folha: Simples. Oposta. Borda 
inteira. Algumas são lobadas. 
Contém glândulas no pecíolo ou face 
abaxial da folha.
Estípula: Presentes
Flor: Bissexuais. Simetria de 
algumas são bilaterais. 5 sépalas 
livres ou conatas na base. 5 pétalas 
livres. 10 estames. 3 carpelos 
conatos.
Fruto: Esquizocarpo, drupa, 
mucoide.
Ex. Malpighia emarginata
Malvaceae
Hábito: Árvores, arbustos, lianas, 
ervas.
Distribuição: Em todos os ambien-
tes habitáveis.
Folha: Simples. Alterna, espiralada 
ou dística. Lobadas, palmada. Pode 
ser compostas, e assim, palmadas. 
Borda inteira ou serreada.
Estípula: Presente
Flor: Bissexuais ou unissexuais. 
Simetria radial. 5 sépalas, muitas 
conatas poucas livres. 5 pétalas 
livres, às vezes ausentes. 5 estames 
ou vários. 2 carpelos ou vários, 
conatos.
Fruto: Cápsula loculicida, esquizo-
carpo, noz, cápsula indeiscente, 
folículo, drupa, baga.
Ex. Gossypium hirsutum
Meliaceae
Hábito: Árvores ou arbustos.
Distribuição: Regiões tropicais ou 
subtropicais.
Folha: Composta. Alterna espirala-
da. Pinadas, bipinadas, trifoliolada, 
unifoliolada. Borda inteira.
Estípula: ausente
Flor: Unissexuais. Radial. 4 a 5 
sépalas livres, porém várias são 
conatas. 4 a 5 pétalas livres, algumas 
ligeiramente conatas na base. 4 a 10 
estames ou numerosos. 2 a 6 
carpelos conatos.
Fruto: Cápsula loculicida, septífraga, 
drupa ou baga.
Triterpenos amargos
Ex. Azadirachta indica
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
49
Myrtaceae
Hábito: Árvores ou arbustos.
Distribuição: Entre os trópicos. 
Regiões subtropicais.
Folha: Simples. Oposta ou alterna 
espiralada, algumas verticiladas. 
Borda inteira
Estípula: Pequenas ou ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 4 a 5 
sépalas livres ou conatas. 4 a 5 pétalas 
livres ou conatas, porém às vezes 
ausente. Estames numerosos. 2 a 5 
carpelos conatos.
Fruto: Baga ou cápsula loculicida, 
raramente noz.
Terpenos
Ex. Eugenia uniflora
Nyctaginaceae
Hábito: Ervas, arbustos ou árvores.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais
Folha: Simples. Oposta. Borda inteira.
Estípula: Ausente.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. Não 
confundir as brácteas que são 
grandes, com pétalas e sépalas. 5 
pétalas e sépalas conatas como tubo. 
5 estames. 1 carpelo.
Fruto: Aquênio ou noz.
Rafídeos, cristais de oxalato de cálcio.
Ex. Mirabilis jalapa
Olacaceae
Hábito: Árvore, arbustos ou lianas.
Distribuição: Predomina nos trópicos 
e poucas em subtrópicos. Mais nas 
regiões tropicais da América do sul.
Folha: Simples. Alternas. Borda 
inteira.
Estípula: ---
Flor: Bissexuadas. 3 a 7 sépalas. 
Simetria radial. 3 a 7 pétalas, livres ouconatas. 3 a 10 estames.
Fruto: Drupa
Ex. Ptychopetalum olacoides
Oxalidaceae
Hábito: Ervas com rizomas carnosos, 
arbustos ou árvores.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais
Folha: Composta. Alterna espiralada. 
Palmada a pinada, podendo ser 
trifoliolada ou unifoliolada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 5 
sépalas. 5 pétalas livres, algumas 
pouco conatas. 10 estames. 5 carpelos 
conatos.
Fruto: Cápsula loculicida, ou baga.
Oxalatos solúveis.
Ex. Averrhoa carambola
Papaveraceae
Hábito: Ervas, arbustos sublenhosos.
Distribuição: Regiões temperadas.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Lobadas ou partidas. Borda inteira. 
Poucas espécies com folhas espinho-
sas.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexual. Simetria radial ou 
bilateral, actinomorfa ou zigomorfas. 2 
a 3 sépalas, às vezes livre. 4 a 6 
pétalas livres, podendo ser numero-
sas. Estames numerosos. 2 carpelos a 
numerosos e conatos.
Fruto: Cápsula, noz ou lomento.
Látex branco, creme, amarelo, alaran-
jado ou vermelho. Alcaloides.
Ex. Fumaria officinalis
Passifloraceae
Hábito: Trepadeira, liana, algumas 
arbustos ou árvores.
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Lobadas. Borda inteira ou serreadas.
Estípula: Presente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 
Brácteas grandes. 5 sépalas livres ou 
ligeiramente conatas. 5 pétalas livres. 
5 estames. 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula loculicida ou baga.
Glicosídeos cianogênicos, alcaloides.
Ex. Passiflora edulis
Pedaliaceae
Hábito: Ervas terrestres ou aquáticas. 
Pode ser subarbustos ou arbustos. 
Distribuição: África do Sul e Ásia, ou 
locais semelhantes.
Folha: Simples. Oposta, podendo ser 
alterna no ápice da planta. Borda 
inteira, denteada. Pode ser lobada.
Estípula: Ausente.
Flor: Bissexuais. Simetria bilateral, 
zigomorfa. Sépalas 5 livres, mas pode 
ser conata como espata. Bractéolas na 
base, em numero de 1 ou 2. 4 a 5 
pétalas, conatas na base ou totalmente 
conatas. Branca ou amarela. Até 5 
estames, pode ter estaminódios em 2 a 
4. 2 carpelos.
Fruto: Esquizocarpo
Ex. Sesamum orientale
Phyllanthaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou ervas.
Distribuição: Regiões tropicais.
Folha: Simples. Alterna dística. Borda 
inteira ou serreada.
Estípula: Presente
Flor: Unissexuais. Planta monoica ou 
dioica. Simetria radial. 5 sépalas livres 
ou pouco conatas. Até 5 pétalas livres, 
pouco conatas. 3 a 8 estames em 
maioria. 3 carpelos.
Fruto: Esquizocarpo, às vezes baga 
ou drupa.
Alcaloides, saponinas triterpênicas, 
taninos. Muitas são venenosas
Ex. Phyllanthus niruri
Phytolaccaceae
Hábito: Ervas
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais. 
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Borda inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 
Pétalas e sépalas 5, livres. 10 estames 
ou mais. 3 carpelos.
Fruto: Baga
Saponinas triterpenoides, com 
rafídeos, cristais de oxalato de cálcio.
Ex. Petiveria alliaceae
Piperaceae
Hábito: Ervas, árvores, pode ser 
epífita.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais. Algumas epífitas de 
florestas úmidas.
Folha: Simples. Alterna espiralada ou 
oposta, em poucas espécies. Borda 
inteira.
Estípula: Ausente, mas em alguns 
gêneros presente.
Flor: Inflorescências como espigas. 
Unissexuais ou bissexuais. Plantas 
monoicas ou dioicas. Simetria radial. 
Sem pétalas e sépalas. 1 a 10 
estames, mas geralmente 6. 1 a 4 
carpelos.
Fruto: Drupa.
Óleos aromáticos, algumas com 
alcaloides
Ex. Piper nigrum
Plantaginaceae
Hábito: Ervas. Às vezes arbustos.
Distribuição: Em todos os ambientes, 
ocorre mais em regiões temperadas. 
Às vezes aquáticos.
Folha: Simples. Alterna espiralada ou 
oposta, também verticilada. Borda 
inteira denteada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria bilateral. 4 a 
5 sépalas conatas. 5 pétalas (parece 
ser 4 , mas são 5) conatas. 4 estames. 
2 carpelos.
Fruto: Cápsula.
Glicosídeos fenólicos e saponinas 
triterpenoides, iridoides, glicosídeos 
cardíacos.
Ex. Plantago major
Plumbaginaceae
Hábito: Ervas, subarbustos ou 
arbustos.
Distribuição: Cosmopolita, em todos 
os locais habitáveis. Ambientes secos 
e salinos. Regiões litorâneas e secas 
no Brasil.
Folha: Simples. Alternas.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. 5 pétalas e sépalas 
conatas. Simetria radial, actinomorfa. 1 
Carpelo.
Fruto: Aquênio com 1 semente.
Ex. Plumbago scandens
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
50
Poaceae (Graminae)
Hábito: Ervas, podendo ser ou não 
rizomatosas. Árvores (bambu).
Distribuição: Em todas as regiões 
habitáveis, incluindo desertos, semiári-
dos, marinho, água doce. Campos, 
pampas, estepe. Não ocorre em grandes 
altitudes. Nas florestas tropicais, os 
bambus.
Folha: Alterna dística com bainha aberta 
que envolve o caule. Lígula na dobra da 
bainha (lâmina como pelos).
Estípula: --
Flor: A inflorescência pode ser espiga, 
panícula, cima ou racemo ou espiguetas. 
Não tem pétala ou sépala, mas glumas 
com 2. Flor pequena. Bissexuais ou 
unissexuais. Plantas monoicas ou 
dioicas. Estas são características de 
plantas polinizadas pelo vento, que 
perdem algumas estruturas, como 
pétalas e sépalas. 1 a 3 estames, 
algumas com 6 a numerosos. 3 carpelos, 
se não souber diferenciar, pensa-se que 
tem 2. 
Fruto: Cariopse uniseminado (grão)
Ex. Cymbopogon citratus
Polygalaceae
Hábito: Ervas, árvores ou lianas.
Distribuição: Região tropical e tempera-
da.
Folha: Simples. Alterna espiralada ou 
dística. Borda inteira.
Estípula: Ausente, porém pode aconte-
cer pares de glândulas ou espinhos no 
pecíolo.
Flor: Bissexual. Simetria mais ou menos 
bilateral. 5 sépalas livres podendo ser 
conatas. 3 a 5 pétalas. 4 a 8 ou 10 
estames. 2 a 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula, sâmara, drupa, baga ou 
noz.
Saponinas triterpenoides e salicilato de 
metila
Ex. Polygala spectabilis
Polygonaceae
Hábito: Ervas, arbustos, árvores ou 
lianas com nós engrossados.
Distribuição: Regiões temperadas.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Borda inteira.
Estípula: Presente, conata podendo ter 
bainha ao redor do caule.
Flor: Bissexual ou unissexual. Plantas 
dioicas. Simetria radial. 6 sépalas e 
pétalas. Pode ter 3 pétalas e 3 sépalas. 
Às vezes, todas elas (tépalas, ou seja, as 
pétalas e sépalas) pode chegar ao 
numero de 5, livres ou pouco conatas. 5 a 
9 estames. 2 a 3 carpelos conatos.
Fruto: Aquênio, núcula, podendo ter 
irregularidades em sua superfície
Ex. Polygonum hydropiperoides
Portulacaceae
Hábito: Ervas pouco suculentas.
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas. Diversa na América do sul.
Folha: Simples. Oposta ou alterna 
espiralada. Borda inteira.
Estípula: Presente, podendo ser como 
pelos.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. Tem 
brácteas. 4 a 6 pétalas e sépalas 
(tépalas), às vezes numerosas e conatas. 
4 a 6 estames podendo também ser 
numerosos. 2 a 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula loculicida.
Betalaína e mucilagem
Ex. Portulaca oleraceae
Rhamnaceae
Hábito: Árvores, arbustos com espinhos 
ou lianas, tendo ou não gavinhas.
Distribuição: Em todas as regiões 
habitáveis do planeta. Diversa nas 
regiões tropicais em solo calcário como 
no nordeste do Brasil em zonas semi-ári-
das.
Folha: Simples. Alterna espiralada, mas 
pode ser oposta. Borda inteira ou 
serreada.
Estípula: Presente, podendo ser como 
espinhos.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 4 a 5 
sépalas livres. 4 a 5 pétalas livres. 4 a 5 
estames livres. 2 a 3 carpelos conatos.
Fruto: Drupa esquizocárpico.
Taninos
Ex. Ziziphus joazeiro
Rosaceae
Hábito: Ervas, arbustos ou árvores, 
muitas são lenhosas. Pequena parcela 
de lianas.
Distribuição: Em todo o planeta, com 
mais diversidade na parte Norte.
Folha: Simples ou compostas. Alterna 
espiralada. Palmadas, podendo ser 
pinada.
Estípula: Presente.
Flor: Bem vistosa. Bissexuais ou unisse-
xuais. Plantas dioicas ou monoicas. 
Simetria radial. 5 sépalas. 5 pétalas. 
Estames numerosos, mas pode ter 
pouco, não dá pra quantificar. 1 carpelo 
ou muitos.
Fruto: Folículo, aquênio, pomo, drupa, 
cápsula.
Glicosídeos cianogênicos e sorbitol.
Ex.Prunus domestica
Rubiaceae
Hábito: Árvores, arbustos, lianas ou 
ervas.
Distribuição: Diversa em regiões 
tropicais em subtropicais.
Folha: Simples. Opostas ou veticiladas. 
Borda inteira.
Estípula: Presente, interpeciolar, conata 
ou foliáceas.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 4 a 5 
sépalas conatas. 4 a 5 pétalas conatas. 4 
a 5 estames. 2 a 5 carpelos.
Fruto: Cápsula, baga ou drupa.
Alcaloides, iridoides e rafídeos.
Ex. Coutarea hexandra
Rutaceae
Hábito: Árvores, arbustos com espinhos 
ou acúleos.
Distribuição: Regiões tropicais em 
subtropicais.
Folha: Alterna espiralada ou oposta, 
podendo ser verticilada. Composta 
pinada, trifoliolada ou unifoliolada, 
também composta palmada. Borda 
inteira ou crenada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais ou unissexuais. Plantas 
monoicas ou dioicas. Simetria radial. 4 a 
5 sépalas livres ou pouco conatas na 
base. 4 a 5 pétalas livres ou conatas. 8 a 
10 estames, mas pode ter mais. 4 a 5 
carpelos ou mais, conatos.
Fruto: Drupa, cápsula, sâmara, folículos, 
baga.
Triterpenos amargos, alcaloides e 
compostos fenólicos e glândulas com 
óleos aromáticos.
Ex. Ruta graveolens
Salicaceae
Hábito: Árvores ou arbustos.
Distribuição: Regiões tropicais a 
temperadas.
Folha: Simples. Decídua (que cai). 
Alterna espiralada ou dística. Borda 
serreada ou denteada.
Estípula: Presentes.
Flor: Bissexuais ou unissexuais. Planta 
dioica. Simetria radial. 3 a 8 sépalas, 
livres ou pouco conatas, às vezes 
vestigiais formando disco. 3 a 8 pétalas, 
livres ou ausentes. 2 estames ou vários, 
livres ou conatos. 2 a 4 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula loculicida, baga ou drupa.
Heterosídeos fenólicos, salicina, 
populina, glicosídeos cianogênicos, 
taninos.
Ex. Casearia sylvestris
Santalaceae
Hábito: Parasitas de caule ou raiz. 
Caules cilíndricos
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas.
Folha: Simples. Oposta ou alterna 
espiraladas. Coriáceas ou suculentas e 
brilhantes. Borda inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Difícil de notar. Bissexuais ou 
unissexuais. Plantas monoicas ou 
dioicas. Simetria radial. 3 a 5 pétalas e 
sépalas livres ou conatas. 3 a 5 estames. 
3 a 4 carpelos conatos.
Fruto: Noz, drupa ou baga.
Ex. Jodina rhombifolia
Sapindaceae
Hábito: Árvores, arbustos ou lianas com 
gavinhas.
Distribuição: Tropical e subtropical, 
poucos em regiões temperadas.
Folha: Composta. Alterna espiralada ou 
oposta. Pinada ou palmada, trifoliolada 
ou unifoliolada. Borda serreada ou inteira.
Estípula: Ausente ou presente
Flor: Unissexuais. Planta monoica ou 
dioica. Simetria radial a bilateral. 4 a 5 
sépalas livres ou conatas. 4 a 5 pétalas, 
mas pode ser ausente e são livres. Até 8 
estames. 2 a 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula, baga, esquizocarpo, 
drupa.
Saponinas triterpenoides. Aminoácidos 
ciclopropano.
Ex. Paullinia cupana
Sapotaceae
Hábito: Árvores ou arbustos que podem 
ter espinhos.
Distribuição: Entre os trópicos. Diverso 
em florestas úmidas. Floresta de baixa 
altitude.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Borda inteira.
Estípula: Presente ou ausente.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 4 a 8 
sépalas livres, mas pode ser conata na 
base. 4 a 8 pétalas conatas. 8 a 16 
estames. 2 carpelos, mas pode ter mais e 
são conatos.
Fruto: Baga. Semente dura e com 
grande hilo (riscado ao lado).
Corpos silicosos, taninos, compostos 
triterpenoides, compostos cianogênicos. 
Látex.
Ex. Sideroxylon obtusifolium
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Cap. 4: Famílias
51
Scrophulariaceae
Hábito: Ervas e arbustos.
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais.
Folha: Simples. Alterna espiralada 
ou oposta. Com borda inteira ou 
denteada.
Estípula: Ausente.
Flor: Bissexuais. Simetria bilateral ou 
radial, em poucas vezes. 3 a 5 
sépalas conatas. 4 a 5 pétalas 
conatas. 5, 4 ou 2 estames. 2 
carpelos conatos.
Fruto: Cápsula, drupa, aquênios.
Com iridóides
Ex. Capraria biflora
Simaroubaceae
Hábito: Árvores, arbustos com 
espinhos, às vezes.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais, alguns em regiões 
temperadas.
Folha: Composta. Alterna espirala-
da. Pinada ou unifoliolada. Borda 
inteira serreada.
Estípula: Ausente.
Flor: Unissexuais. Plantas monoicas, 
mas pode ser dioicas em poucas 
espécies. 4 a 5 sépalas livres ou 
conatas. 5 pétalas livres, mas pode 
ser ausentes. 10 estames, em 
algumas espécies são menos. 5 
carpelos (pode ser 1 em algumas 
espécies).
Fruto: Sâmaras ou drupas carnosas.
Compostos triterpenoides amargos.
Ex. Quassia amara
Siparunaceae
Hábito: Arvoreta, arbustos, ou 
árvores.
Distribuição: Neotrópicos, muitas 
nos Andes.
Folha: Simples. Oposta ou verticila-
da. Borda inteira, denteada ou 
serreada.
Estípula: Ausente.
Flor: Monoica ou dioica. Simetria 
radial. 4 a 6 sépalas livres. Estames 
numerosos. 3 ou mais carpelos.
Fruto: Drupa, envolvido por tecido 
carnoso.
Odor cítrico, óleos essenciais. 
Ex. Siparuna guianensis
Smilacaceae
Hábito: Lianas ou ervas, às vezes 
com rizomas tuberosos.
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Borda inteira, serreada pode ser 
espinhosa. Com acúleos na maioria 
das vezes.
Estípula: ----
Flor: Unissexuais. Planta dioica. 
Simetria radial. Pétalas e sépalas 6, 
livres ou conatas. 6 estames. 3 
carpelos conatos.
Fruto: Baga contendo 1 a 3 semen-
tes.
Saponinas esteroides.
Ex. Smilax japicanga
Solanaceae
Hábito: Ervas, arbustos, árvores ou 
lianas.
Distribuição: Trópicos do novo 
mundo, principalmente na América 
do sul. Em habitats alterados.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Pode ser lobada, quase partida. 
Composta pinada. Borda inteira ou 
serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 5 
sépalas conatas. 5 pétalas conatas 
com corola tubulosa. 5 estames. 2 a 
5 carpelos.
Fruto: Baga, cápsula, esquizocarpo 
de núculas.
Alcaloides
Ex. Solanum lycopersicum
Theaceae
Hábito: Árvores ou arbustos.
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais
Folha: Simples. Alterna espiralada 
ou dística. Denteadas.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria radial, com 
brácteas. 5 sépalas livres ou conatas 
na base. 5 pétalas livres ou conatas 
na base. Muitos estames. 3 a 5 
carpelos conatos.
Fruto: Cápsula.
Taninos
Ex. Camellia sinensis
Tropaeolaceae
Hábito: Ervas e trepadeiras
Distribuição: Regiões dos Andes e 
Peru. Montanhas costeiras. Tropicais 
e Subtropicais.
Folha: Simples. Alternas. Pode ser 
lobada partida.
Estípula: Presente, algumas vezes 
sem estípulas.
Flor: Poucas Zigormofas bilaterais. 5 
sépalas conatas. 5 a 2 pétalas (3 se 
reduzem) livres, os que se reduzem 
podem formar uma estrutura 
unguiculada. 8 estames livres não 
soldados a corola. 3 carpelos, as 
vezes 2.
Fruto: Sâmara
Ex. Tropaeolum majus
Urticaceae
Hábito: Árvores, arbustos, ervas ou 
lianas.
Distribuição: Regiões tropicais e 
temperadas.
Folha: Simples. Alterna espiralada, 
dística ou oposta. Pode ser lobada. 
Borda inteira ou serreada.
Estípula: Presente
Flor: Unissexuais. Planta monoica 
ou dioica. Simetria radial. 2, 4 ou 6 
sépalas e pétalas (tépalas), livres ou 
conatas. 2 a 5 estames. 2 capelos 
parecendo 1
Fruto: Aquênio ou drupa.
Látex leitoso, com laticíferos que 
produzem seiva transparente. Pode 
ter tanino.
Ex. Urtica dioica
Verbenaceae
Hábito: Ervas, lianas, arbustos ou 
árvores. Pode ter acúleos ou 
espinhos.
Distribuição: Regiões temperadas e 
tropicais
Folha: Simples. Oposta ou verticila-
da. Pode ser lobada. Borda inteira ou 
serreada.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria bilateral. 5 
sépalas conatas, cálice tubuloso. 5 
pétalas, às vezes duas vem fundidas, 
saber diferenciar. 4 estames. 2 
carpelos conatos.
Fruto: Drupa 2 ou 4 caroços ou 
esquizocarpo.
Iridóides, glicosídeos fenólicos, óleos 
aromáticos vindo de pelos glandula-
res microscópicos
Ex. Lippia alba
Violaceae
Hábito: Ervas, arbustos ou árvores.
Distribuição: Ervas de regiões 
temperadas
Folha: Simples. Alternas espiraladas 
ou dísticas, podendo ser oposta. 
Borda Inteira ou serreada.
Estípula: Presente
Flor: Bissexuais. Pode ser bilateral. 5 
sépalas livres. 5 pétalas livres. 5estames. 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula loculicida.
Saponinas ou alcaloides
Ex. Hybanthus calceolaria
Vitaceae
Hábito: Lianas com gavinhas. 
Arbustos sem gavinhas.
Distribuição: Regiões tropicais e 
subtropicais
Folha: Simples ou composta. Alterna 
espiralada ou dística. Palmada ou 
pinada.
Estípula: Presente
Flor: Bissexuais ou unissexuais. 
Simetria radial. 4 a 6 sépalas pouco 
conatas, bem pequenas, como anel 
dentado. 4 a 6 pétalas livres ou 
conatas. 4 a 6 estames, podendo ser 
conatos. 2 carpelos.
Fruto: Baga com 4 sementes.
Rafídeos
Ex. Cissus verticilata
Winteraceae
Hábito: Árvores ou arbustos.
Distribuição: Ambientes áridos 
como o Norte do Brasil.
Folha: Simples. Alterna espiralada. 
Borda inteira.
Estípula: Ausente.
Flor: Bissexuais. Simetria radial. 2 a 
4 sépalas, livres ou conatas. 5 
pétalas ou muitas, livres. Muitos 
estames livres. 1 carpelo ou muitos, 
geralmente livres.
Fruto: Folículos ou bagas, conatos 
quando maduros.
Óleos aromáticos, terpenoides.
Ex. Drimys brasiliensis
Zingiberaceae
Hábito: Pequenas ou grandes ervas
Distribuição: Regiões tropicais, 
sub-bosque sombreado, brejos.
Folha: Simples. Alterna dística. 
Borda inteira.
Estípula: Ausente
Flor: Bissexuais. Simetria bilateral. 3 
sépalas conatas. 3 pétalas conatas. 1 
estame. 3 carpelos conatos.
Fruto: Cápsula seca ou carnosa. 
Pode ser baga.
Células secretoras de óleos aromáti-
cos, terpenos, compostos fenil 
propanoides.
Ex. Zingiber officinale
Capítulo 5
Cultivo
Experimental
Alguns cuidados devem ser tomados ao se fazer o plantio das plantas medicinais. Primeiro que o terre-
no do cultivo não deve ser perto de fossas e lixões, ou qualquer depósito de resíduos que possam 
liberar água contaminada (Figura 5.1); não deve ser feitos também em beiras de estradas por causa da 
poluição; não deve ter criação de animais por perto como gatos e cachorros, pois os mesmos, princi-
palmente gatos, tem o costume de procurar terreno arenoso para defecar. Outro ponto importante que 
se deve atentar é sobre as pragas, um dos que mais apareceram aqui foi o Caramujo-africano (Achatina 
fulica Figura 5.2) que transmite doenças aos humanos por meio de parasitas que “moram” nele. Eles 
devoram algumas plantas nutritivas sem tanto compostos químicos secundários, como hortaliças. Já 
sobre a coleta da planta para consumo, você deve coletar a planta em um momento em que o metabo-
lismo da mesma esteja baixo, como quando inicia-se o dia, de manhã cedo ou no final da tarde (para 
mais informações sobre coleta, consulte o Capítulo 6 - Usos de Plantas Medicinais). Este capítulo 
mostra de modo informal, apenas como demonstração, como eu cultivei minhas plantas em um terre-
no que consegui acesso.
As sementes coletadas devem ser secas ao sol para evitar mofo e germinação e devem ser guardadas 
num recipiente hermético após isso. As folhas e ramos, para consumo, devem ser secas à sombra, 
principalmente se a planta tem óleos voláteis como o Capim-santo (Cymbopogon citratus) para que 
estes não sejam perdidos. O ideal é pegar um pregador de roupa limpo e estendê-las no varal, à 
sombra, ou amarrando com linha de costura pendurando-a. Ao secar no vento quente, guardar em um 
recipiente fechado. Não precisa destacar as folhas das plantas, para ficar melhor o manuseio (isso 
tudo está descrito no capítulo de usos de plantas). As fossas em locais de secagem das plantas, 
mesmo que um pouco longe, podem prejudicar, pois partículas de água que não vemos estão sendo 
disseminadas pelo vento e podem atingir as plantas.
Figura 5.1: As fossas despejam microorganismos no ar, podendo contaminar 
a planta e indo parar no nosso organismo quando consumimos.
Figura 5.2: Os Caramujo-africanos (Achatina fulica) se tornaram uma praga no 
Brasil, introduzido no Paraná e presente em 25 dos 27 estados brasileiros.
Uma demonstração de Cultivo
53
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
A primeira coisa que fiz foi limpar o terreno (Figura 5.3). Tinha muitas folhas secas no solo quando na 
natureza se formaria naturalmente uma serapilheira. Como na Amazônia, essas áreas são ricas em 
produtividade (Horizonte O e A na Figura 5.4), tem uma estrutura orgânica muito grossa na parte de fora. 
O “cheiro de floresta” vem dos microorganismos trabalhando para decompor a matéria orgânica. As 
folhas vão secando e sendo molhadas e quando tampadas com mais folhas secas que cai em cima da 
serapilheira, aumenta a temperatura embaixo fazendo com que se degradem mais rápido por fungos e 
organismos unicelulares como bactérias, pois umidade e temperatura altas até certo ponto, aumenta 
a o processo de decomposição. 
Figura 5.3: Três fotografias do terreno escolhido. 
a) Vista Norte-sul. b) Vista Leste-oeste. c) Vista 
Leste-oeste depois de limpo.
Então, essas folhas que limpei e as plantas daninhas que eu tinha arrancado do terreno, assim como 
os galhos, retirei e juntei tudo colocando num amontoado e misturando (porém o recomendado é não 
usar as “plantas daninhas” para isso, pois elas podem carregar junto doenças no futuro composto, 
que contaminaria a horta). Coloquei em um buraco no chão (mostrado mais à frente) tudo isso, molhei 
e mexi. De dois em dois dias voltava para ir mexendo e notava que ele ia se decompondo por causa do 
calor e da umidade. Repetia o processo molhando e deixando mais tempo tampado. No fim sobrou 
como uma terra preta (com aparência de borra de café), com cheiro fresco de floresta (se estiver com 
cheiro ruim, de podre, não deu certo e se você misturar à sua terra prejudicará) e eu usei colocando na 
terra do plantio para torná-la fértil. Não se deve usar resto de comida para não apodrecer o material.
Outra forma de torná-la fértil para o plantio é adicionar esterco, seja de vaca ou de galinha, que seja 
curtido e não fresco. O curtimento é feito deixando no sol e revirando de tempos em tempos até ficar 
mais seco, mas quando se compra em lojas que vende plantas (uma flora ou granja, por exemplo) já 
vem curtido. 
Figura 5.4: Horizonte O é a parte aérea com 
plantas e animais. A é matéria orgânica. B 
menos matéria orgânica mais areia. C terra 
vermelha. Demais, rochas.
O
A
B
C
54
Escolha e preparação do terreno
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Comprei as sementes, peguei algumas pelos arredores e deixei para secar (lá na universidade tinha 
muitas medicinais do mesmo tipo das plantas que estudei na disciplina de Fitoterapia) e também 
comprei mudas em lojas especializadas. A dica é plantar muitas plantas medicinais em um lugar, pois 
elas competem entre si aumentando a produção e metabólitos e isso é bom. Pode também procurar 
mais informações sobre a espécie pois algumas podem ser associadas plantando uma do lado da 
outra. 
Fiz cada canteiro de 1 metro por 5 metros e coloquei no sentido Norte - Sul (Figura 5.5) por causa do sol 
que tem que atingir o canteiro na mesma quantidade. Eu tive que podar as árvores que ficavam em 
cima deixando um lado livre e outro coberto, pois as plantas competem por luz e vão crescendo para 
isto, ter as folhas iluminadas por raios solares. Já fiz um experimento com Feijão (Phaseolus vulgaris) 
em garrafa PET cortada dentro de um quarto onde a iluminação vinha de uma janela de vidro fosca e a 
planta cresceu no sentido da janela e depois a face adaxial (cima) das folhas ficaram coladas nela para 
absorver a energia luminosa. No terreno, se houver uma copa de árvore que cubra do sol, as plantas 
de baixo não crescem e vai dar errado (como ocorre com plantas na natureza).
Ao longo do canteiro você também pode plantar algumas plantas medicinas em vasos, se quiser. Isso 
pode ser feito com plantas que tenha alguma restrição quanto a quantidade de sol que poderá receber, 
por isso é bom buscar informações por meio de fontes confiáveis (de preferência de sites de universi-
dades ou pessoas ligadas a elas) sobre cada planta que irá plantar para saber a tolerância de condi-
ções e recursos. A busca pode ser feitono scholar.google.com.br com o nome científico como Palavra-
-chave. Os vasos devem ter furos embaixo (caso não tenha, a planta morre “afogada”) e ser também 
preenchido com solo adubado. Porém aqui usei uma sementeira para primeiro produzir as mudas.
Na natureza, a adubação acontece naturalmente quando as aves, por exemplo, comem uma fruta com 
sementes de um lugar e defecam em outro distante. Ali no lugar onde ela defecou, as fezes servem 
para fertilizar o solo para que as sementes que sobrou da fruta que ela comeu germinem e a planta 
cresça. No que se refere às relações do homem com a natureza, devemos sempre imaginar como acon-
tece na natureza. Recomenda-se também que para plantio, a pessoa use terra estéril que está no “Hori-
zonte B” (Figura 5.4) vermelha e compre ou faça o composto orgânico para misturar, mas preferi usar a 
terra preta fértil que já estava ali, pois eu já sabia a procedência do terreno.
Figura 5.5: a) terreno já preparado com algumas babosas que já estavam no 
terreno, onde aproveitei. b) Ficaram na direção Norte-sul para que os raios 
solares sejam bem distribuídos pelas plantas.
Norte
Sul
55
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Figura 5.7: Puxe a muda com cuidado a partir das folhas apertando a parte de baixo para o torrão se soltar. Você 
também pode usar um graveto para empurrar a muda para fora a partir do buraco abaixo da célula da sementeira.
0 dias
1
3 4
5 6
7 8
2
7 dias
9 dias 9 dias
13 dias
18 dias
21 dias 24 dias
Cebolinha
Coentro
Tomate
Alface
Pimenta Bico
Pimenta de cheiro
Pimenta doce
56
Figura 5.6: Evolução do crescimento das plantas na sementeira. O tempo ideal de transplante está 
entre 15 a 24 dias Como se ve da figura 5 a 8, dependendo da espécie. Na fotografia 8 as espécies 
que trabalhamos.
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Após semear as sementes nos vasos ou na sementeira e crescerem até mais ou menos 10 cm (Figura 
5.6), vem a hora de transplantá-la para o local definitivo (Figura 5.7). Puxe a planta pelas folhas mais gros-
sas não pelo caule, assim diminui a chance de você perdê-la caso ele se rompa (rompe só na folha, não 
no talo que é fatal). Você também pode apertar o fundo do vaso para que ela saia e terminar de puxar. 
Faça assim também se você está usando sementeiras, pois elas saem com o formato das células 
(buracos). Observe se a raiz não tem problemas, se estão inteiras e se não cresceram demais ou de 
menos. Se você deixar por muito tempo as plantas na sementeira, quando for transplantar elas não 
vingarão. As sementeiras servem para isso para lhe poupar de fazer dois serviços, pois a pessoa 
planta e escolhe as melhores da sementeira, descartando o restante.
Caso a planta seja dos arredores do mar mediterrâneo na Europa, como o Alecrim (Rosmarinus officina-
lis), a terra deve ser misturada com calcário para tornar mais alcalino. Como visto no Capítulo 3, o mar 
Mediterrâneo é um mar alimentado pelo oceano Atlântico onde se entra água pelo canal de Gibraltar 
entre a Espanha (Europa) e Turquia (África). A passagem é bem pequena de modo que um dia, há 
milhares de anos, esse mar já se secou devido ao fechamento dessa passagem. As plantas dos arredo-
res do mediterrâneo possuem exigências diferentes das daqui da América do sul tropical visto que o 
clima lá é mais frio e o solo diferente (está bem acima da linha do Equador, pega menos raios solares).
Sobre os Caramujos. Aqui no Brasil há uma infestação de Caramujo-africano (Achatina fulica) devido a 
antigamente por se pensar ser apreciado como iguaria e ser trazido da África para o Brasil para o 
cultivo, inicialmente no Paraná. Não houve venda e eles foram descartados vivos, hoje em dia é encon-
trado como praga em quase todos os estados, pois não tem predador. Assim a população tem técnicas 
de matar esses caramujos jogando sal nas partes moles ou coletando e os afundando em solução de 
cloro+água, quebrando e enterrando no outro dia. Se no seu terreno tem o Caramujo-africano, isso 
pode significar duas coisas: No solo pode ter doenças, pois os caramujos são “casa” de vários proto-
zoários que podem causar doenças (esses protozoários vivem no corpo mole do mesmo e pode estar 
presente na “baba” que o caramujo deixa), ou seja, nas plantas que ele passar podem estar contamina-
das. Também pode significar que o solo está muito salino, pois as pessoas jogam sal direto para matá-
-los, no que também pode afetar o cultivo de plantas que não toleram salinidade. Os caramujos gostam 
de atacar a horta e são bem rápidos para se locomover, então fique de olho.
Planeje com estratégia o seu horto estudando cada espécie. Você pode colocar as espécies que 
gostam de sombra embaixo das plantas maiores usando vasos. As que você sabe que se desenvolvem 
bem em sol, pode colocá-las no canteiro.
Figura 5.8: Alecrim (Rosmarinus officinalis), 
um arbusto lenhoso que se espalha e 
possui um cheiro forte peculiar. Na 
antiguidade era usado como incenso e 
outros usos relacionado ao seu aroma. 
Hoje em dia provou-se que os óleos 
essenciais (voláteis) da planta servem até 
para estimular o funcionamento do 
cérebro prevenindo Alzheimer e outras 
doenças relacionadas. Consultar página 
x.
57
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Se for plantar em jarros, você tem a opção de colocar fita cobre em volta do mesmo, como fazem na 
Europa, assim ao subir, eles tomam um choque e caem impedindo de predarem a planta.
Figura 5.9: O caramujo-africano (Achatina fulica) atacando um couve.
Figura 5.10: Repare que o tempo estava chuvoso e que as 
plantas nasceram naturalmente de sementes que já se 
encontravam na terra. Se eu tivesse usado terra vermelha 
do horizonte B misturado com esterco e composto orgânico 
não teria acontecido isso.
Figura 5.11: Arranquei todas depois de 
duas semanas e deixei pronto.
Fiz quatro fileiras de 5,0 metros por 1 m no sentido Norte-Sul. O horto todo ficará ao redor de muros, e 
na parte que não ficará, fiz uma fileira maior para plantar as espécies maiores de arbustos medicinais 
para protegerem dos ventos. Você pode colocar telhas ao redor dos canteiros para que cada elevação 
de terra não caia desmoronando. Note que se você peneirou a terra como eu fiz em todos, quando 
regar as plantas, vai fazer com que a raiz fique nua, então é bom socar um pouco para que fique firme. 
Pode também usar cercas de arames que são vendidas em depósito de materiais de construção para 
deixá-los seguros de animais e para ficar mais bonitos. No tronco do coqueiro que sobrou vou colocar 
um vaso com uma planta depois.
O solo deve ser nem muito arenoso, nem muito argiloso, nem muito úmido. A umidade ideal é a que 
quando pegamos na mão e enfiamos o dedo, ele não fica com a impressão do dedo, como massa de 
modelar, mas deve ficar o buraco ainda. Assim é um solo ideal. Revolva toda a terra, tire o máximo de 
pedras e outros entulhos, misture a terra dos lugares para deixar homogêneo. Retire todos os resquí-
cios de daninhas (use luvas!).
Na hora de escolher as espécies a serem plantadas: Além do Brasil ser monitorado pela IUCN (União 
Internacional de Conservação da Natureza) e ser proibida essa prática, a coleta selvagem não garante 
bons exemplares. Como vimos no Capítulo 1, as plantas são moldadas a sobreviver em seu habitat e 
no Capítulo 2, as plantas podem ser moldadas (por seleção artificial ou domesticação) a ter uma carac-
terística vantajosa (muito amido para a alimentação, por exemplo) para o homem. No caso, as plantas 
medicinais que cultivamos são melhores do que a mesma espécie na natureza, pois o homem já esco-
lheu as melhores, dentre várias gerações. Porém o Brasil tem riqueza de plantas ainda não conhecidas 
e que podem ter potencial medicinal. Concluindo que, caso já conheçamos a espécie (Como a Mandio-
ca - Manihot esculentus página x, por exemplo), é melhor usar uma domesticada em vez da encontrada 
na natureza. 
Depoisde preparar, deixei uma ou duas semanas para depois arrancar as ervas daninhas indesejáveis 
que venham a crescer (Figura 5.10, 5.11). Estima-se que cerca de 100 mil sementes estejam em 1 metro 
quadrado de solo de superfície (pelo menos na Europa é assim). Esse também é um motivo para a 
pessoa cavar e pegar solo estéril para misturar com compostos e plantar. Na verdade eu tinha caído de 
moto e deixei esse tempo parado, mas é verdade mesmo, é bom fazer isso, regar por uma a duas sema-
nas para nascer as plantas e arrancar para só depois começar o plantio.
58
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Figura 5.12: Manjericão (Ocimum basilicum)(a) e Orégano (Origanum vulgare) (b) 
Após o ataque, uma se regenerou, a outra não.
Formigas (e insetos em geral) são responsáveis por muitas perdas em plantações aqui no Brasil, 
embora o gafanhoto não ataque tanto como ocorre na África. Fungos também destróem plantações e 
eles podem vir com besouros (assim como formigas levam fungos para o lambedor, quando fazemos). 
Os insetos são o grupo de seres vivos com mais espécies e indivíduos no mundo e possuem habilida-
de de se adaptar a vários habitats, porém com predominância no litoral e perto de rios.
As plantas podem resistir ao ataque de pragas. Algumas quando são consumidas, matam os insetos. 
Também podem resistir por não serem palatáveis e não apresentarem boas condições dos insetos 
viverem nela ou também a planta pode ser tolerante, se regenerando depois do ataque. 
No meu plantio, o que tenho notado é que algumas plantas, como couve e manjericão, não se regene-
raram, mas orégano se regenerou depois de um ataque de destruição de todas as folhas feitas por 
caramujos (Figura 5.12). Isso pode ser porque algumas plantas produzem componentes químicos que a 
praga não tem afinidade, bem como lignina, sílica ou tricomas (pêlos microscópicos), pêlos glandula-
res nas folhas que secretam componentes químicos ou até porque eles preferiram uma planta que 
tenha nutrientes para atacar.
Porém, quando não acontece a predação pelos insetos mas estão presentes, eles são importantes 
para as plantas, eles evoluíram juntos, eles vão se alimentar na flor (órgão reprodutor) de planta em 
planta, se melam de pólen (masculino) que está nos estames e quando chegam em outra planta melam 
o estigma (feminino) de pólen e há a fecundação onde o ovário, que é a base do estigma-estilete, ou da 
flor, vai se transformar em fruto inchando e os óvulos em sementes, assim as plantas foram especiali-
zando flores com cores e cheiros para chamar mais insetos e otimizar esse processo (Figura 1.30). Estes 
são os insetos do bem que vem ou para polinizar (para a planta dar fruto) ou para predar as pragas. 
Ex.: Abelhas, moscas ou até morcegos e aves em alguns casos.
Porém, os ataques mais conhecidos são de mastigação das folhas, suga de seiva, comer sementes, 
induzir galhas (aquelas deformidades como bolhas que aparecem nas folhas, por exemplo), abrir bura-
cos no tecido da planta ou fazer furos nas folhas. Os tecidos mais suscetíveis quando a planta é mais 
velha são os ramos e folhas novas que possuem riqueza de compostos e ainda são frágeis.
Uma frase que ficou na minha memória que um professor de conservação da natureza me passou 
“Estima-se que exista 80.000 espécies de plantas comestíveis na natureza, mas só 
20 espécies alimentam 90% dos seres humanos”
As pragas que aparecem
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
As plantas produzem meios para se proteger como espinhos e acúleos, sílica (semelhante a vidro 
cortante nas folhas), esclerênquima (cristais cortantes dentro das folhas como a Comigo-ninguém-po-
de - Dieffenbachia seguine que ao ser consumida, irrita a mucosa e pode até matar), folhas camufladas 
(parecidas com mariposas, por exemplo) etc. Produzem também compostos químicos que são resídu-
os químicos que sobraram pela seleção natural e ficaram na planta na evolução. Em algum momento 
no tempo geológico apareceu, por exemplo, uma condição que as plantas que nasciam com a capaci-
dade de produzir esses compostos, por mutação genética, tinham vantagens e sobreviviam mais do 
que as que não produziam e herdaram essa característica até hoje). Eles podem que podem ser vene-
nosos como compostos fenólicos, taninos, compostos terpenoides, óleos essenciais, alcaloides, 
glicosídeos cianogênicos, glicosinolatos com enxofre, etc. Nas plantas esses compostos podem repe-
lir, inibir alimentação ou deposição de ovos, envenenar ou reduzir acesso ao conteúdo nutritivo aos 
insetos.
Figura 5.13: Dizem que deixar as plantas que 
crescem normalmente pelo terreno e ao redor das 
nossas plantas medicinais (Como ao redor dessa 
Lippia sidoides), sem arrancá-las é pertinente, pois 
isso faz com que os insetos do bem que predam 
as pragas morem nos arredores, usem essas 
pantas indesejáveis como casas. Outros dizem 
que é melhor controlar essas plantas pois elas 
competem com nutrientes da terra e luz solar 
impedindo a nossa planta cultivada de se 
desenvolver. O ideal é um meio termo, não deixar 
plantas “daninhas” demais no terreno. Mas você 
decide o que faz.
Os insetos mastigadores, como você verá mais à frente, são besouros, borboletas e mariposas, (Cole-
optera e Lepidoptera). No ciclo de vida dos besouros também ocorre larva, assim como das borboletas 
e mariposas. 
Há espécies ditas minadoras que se alimentam embaixo da epiderme da planta podendo deixar na 
lâmina foliar como túneis lineares, manchas ou vesículas (bolhas). Essas são larvas de alguns insetos.
Inseticidas químicos na agricultura são usados para controlar, surgiram na segunda guerra mundial 
com a fabricação de explosivos. O uso de inseticidas não é muito bom, pois destróem sim as pragas, 
mas podem acabar também com os insetos do bem como abelhas e outros polinizadores. Podem 
também ocorrer a seleção natural quando morrem todos os que atacam as plantas, sobra uns resisten-
tes que colonizam novamente mais fortes tornando o inseticida ineficaz, como ocorre com os antibióti-
cos (ver pagina 9). Esses químicos também causam contaminação do solo com a água que escoa para 
outros ambientes, causando exposição humana a químicos cancerígenos (em Ecologia, tudo o que 
vai, volta).
Porém o bom é que há alternativas viáveis naturais para controlar insetos e até nas grandes fazendas 
usa-se inseticidas à base de produtos naturais como o fumo da planta Tabaco - Nicotiana tabacum 
(como tintura de fumo de corda para borrifar). 
60
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Capítulo 5: Cultivo Experimental
Alguns inseticidas naturais usados até por fazendeiros
Fumo: Alcaloides - Nicotina do Tabaco Nicotiana tabacum. Usa-se fumo para fazer de forma caseira um 
macerado ou tintura diluída para borrifar nas plantas e espantar ou matar pragas. É fraco, mas pode 
ser tóxico a esses animais paralisando o inseto e matando. Após a aplicação, as plantas podem ser 
usadas para consumo em 4 dias. Aplicar somente em cima do inseto. Cuidado na hora de aplicar pois 
quando borrifamos, podemos respirar o jato que fica no ar causando tontura.
Leguminosas: Rotenona é um químico das raízes de leguminosas (Fabaceae), como da planta Derri sp. 
(Timbó). Sufocam os insetos quando aplicado. A desvantagem é que quando chegam através do esco-
amento nos lagos, podem envenenar peixes, assim não aplicar perto de lagos e rios. Causa Mal de 
Parkinson quando administrado em mamíferos.
Tanaceto: Tem a Piretrina, um químico retirado das flores de Tanacetum cinerariifolium. Mata larvas 
quando usado em poucas quantidades. Também atentar à Ecologia, são tóxicos para peixes e não-tóxi-
cos a animais terrestres.
Plantas com cheiro forte: Essas plantas tem óleos essenciais fortes e geralmente são plantadas em 
locais estratégicos em hortas para espantar insetos. Algumas como a Citronela Cymbopogon winteria-
nus (uma espécie irmã do Capim-santo Cymbopogon citratus) são usadas desse modo ou até pela extra-ção de seus compostos que tem cheiro de Eucalipto, para espantar o mosquito da dengue. Alguns 
sprays anti-mosquito tem citronela em sua composição, como o SBP®. Algumas plantas que servem 
para espantar insetos por meio do cheiro: Arruda - Ruta graveolens, Hortelã - Mentha spp., Cravo-de-de-
funto - Tegetes erecta, Urtiga - Urtica dioica, Gerânio - Pelargonium hortorum, Cebolinha e Alho.
Nim (Azadiracta indica) da família Meliaceae: Produz um óleo não-tóxico, mas que repele. Repele os 
insetos, reduz crescimento deles, fertilidade, etc. Esta é a mais usada até por fazendeiros que querem 
economizar sem danificar a plantação nem o meio ambiente. Vende-se até os sprays prontos em casas 
especializadas.
Fungos – Como explicado no capítulo 1, são seres que não fazem fotossíntese que divergiram de algas 
(algas são unicelulares ou multicelulares fotossintetizantes, autotróficas, que produzem energia por 
fotossíntese) mas são bastante relacionados. Os fungos se especializaram em decompor a matéria 
orgânica à medida que crescem “derretendo-as” por meio de enzimas e se alimentando, portanto 
heterotróficos, que se alimentam de outros seres. Não acontece muito deterioração por fungos em 
ervas aromáticas.
Bactérias – Organismos unicelulares que digerem matéria orgânica, mas que são procariotos (com 
exceção de cianobactérias, que fazem fotossíntese e são autotróficos e portanto são algas).
Vírus – Não são seres vivos, mas são partículas de DNA ou RNA que podem ser envoltas por membra-
na com proteínas que ao entrarem nas células (como de plantas) quando sua membrana se junta à 
membrana da célula e o “vírus interno”, se multiplica e as danificam. Causa pontinhos brancos e 
amarelos ou verdes nas folhas. Sintomas são geralmente enroscamento da folha e mudança de cor, 
que a indicação e tratamento é cortar as partes infectadas e descartar longe, esterilizando a tesoura de 
poda.
Nematoides – São animais parasitas multicelulares que atacam para se alimentar, parecidos com 
lesmas.
Doenças das plantas são causadas por:
Ao tratar as plantas com tesouras e alicates, esterilize-as para não passar para outras plantas. Os 
compostos devem ser bem filtrados, diluídos e postos no borrifador para não perder o equipamento 
com entupimento. 61
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Lagarta Lepidoptera – São um estágio no ciclo de vida da borboleta (diurna) ou mariposa 
(borboleta noturna). São predadas por pássaros, maribondos ou vespas. Furam folhas, 
cortam caule (impedindo a distribuição da seiva pelo floema), impedem crescimento (como 
a lagarta-rosca faz), penetram fruto (como a broca faz), abrem canais, ou seja, furam sem 
atravessar, fazendo a parte secar e cair (como os minadores fazem). Para controlar, fazer 
catação à mão, esmagar e enterrar. Aplicar a solução de Arruda ou Fumo.
As principais pragas que atacam plantas são:
Figura 5.14
Figura 5.15
Figura 5.16
Figura 5.17
Figura 5.18
Figura 5.20
Figura 5.21
Figura 5.22
Figura 5.23
Figura 5.19
Pulgão Homoptera – São bem pequenos, mas em grande número na planta. Se não cuidar, 
encherá de formiga e será criada uma camada em cima das folhas por causa das substân-
cias doces produzidas por eles, que chamam formiga, assim a planta será impedida de 
realizar fotossíntese por causa da falta de sol. Sugam a seiva da planta. A retirada com 
escova de dentes é eficaz. Moer semente de coentro e fazer um macerado para aplicar. Solu-
ção de Arruda ou de Fumo também é eficaz.
Besouro Coleoptera – Fazem furos nas folhas (como a vaquinha faz) e a larva ataca as 
raízes. São verdes com coloração amarela. Pode ser usado Tatujá, uma Cucurbitaceae (famí-
lia da abóbora) para o controle. 
Mosca branca Diptera - Vive por baixo das folhas e são transparentes quando pequenas e 
brancas quando adultas. Além de sugar seiva, pode transmitir doenças e secretam substân-
cias doces que atraem formigas. Pode ser usado Arruda, Fumo e Sabão de coco.
Tripes Thysanoptera - É um sugador de asas franjeadas. Muito pequeno, alguns com milíme-
tros de comprimento. Insetos pequenos pretos ou amarelos podem ser vistos nas flores ou 
brotos. Se não cuidar mata a planta. Usar chá de alho, sabão e pimenta.
Cochonilhas Homoptera – Insetos bem pequenos, as fêmeas se fixam nas folhas, caules e 
raízes e os machos voam. Secretam substâncias doces que atraem formigas. Pode ser feita 
retirada com escova de dentes. Usa-se no controle Arruda ou Fumo.
Ácaro Arachnida – São pequenos, sugam a planta, as folhas ficam retorcidas e mudam de 
cor ou ficam com pontos brancos. São pequenos, constróem teia de aranha, podem causar 
outras doenças às plantas. Moer semente de coentro e aplicar Fumo, Arruda e Sabão de 
coco.
Percevejo Hemiptera - Percevejos se alimentam de floema, como a cochonilha que atacam 
todo tipo de planta. Cuidado com o barbeiro (um besouro da mesma família) que pode trans-
mitir a doença de Chagas ao homem, eles habitam locais onde há deterioração de madeira 
misturado a barro como casas de taipa. Sugam a seiva e exalam mau-cheiro. Arruda é usada 
no controle.
Formiga Hymenoptera – Conhecido como Quém-quém (marrom-escuro e pequenos). Para 
controle destrói-se o ninho e joga-se água quente. Na saúva (marrom cortadeiras grande), 
corta-se a folha e leva-se para o ninho. Foi o que atacou a minha Erva doce.
Lesma Gastropoda – Não tem conchas. Ao andar, produzem mucilagem “gosma” e podem 
ser hospedeiros de parasitas deixando eles nessa gosma que se chegar ao intestino 
humano, pode perfurar e provocar uma série de doenças. Usa-se leite com água, molhar um 
pano com a solução, colocar de noite na horta e às 5h da manhã eles vão estar lá e é só 
coletar e matar.
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Figura 5.24 Caramujo Gastropoda – Com concha, pode ser o africano ou não. Preferem plantas jovens e 
nutritivas e é só coletar às 5h da manhã, colocá-los num balde com água sanitária e água fria 
deixando 24h depois enterrar. Pode também fechar o cerco da horta com pó de cal.
Cigarrinha Homoptera – Parecidas com as cigarras grandes que fazem tanto barulho no 
entardecer. Se alimenta do xilema das plantas (parte interna do caule onde sobe água e 
minerais). Borrifar fumo.
Outros insetos secundários que aparecem geralmente para predar as pragas
Gafanhotos Orthroptera - Devoram a planta inteira.
Tatuzinho Malacostraca – Vivem em tocos de madeira como de coqueiros. São inofensivos.
Embuá Diplopoda – Vive em locais úmidos como folhas em decomposição do composto 
orgânico. Solta um fluido amarelado e mau-cheiroso quando mexemos nele.
Abelha Hymenoptera – Produzem colmeias ao redor da horta e se alimentam de pólen 
ajudando na polinização.
Vespa Hymenoptera– São parecidos com abelha, estão bem relacionados na evolução. 
Controla pulgões, lagartas e cochonilhas. Costumam ser grandes e com tom de cinza. Induz 
galhas nas plantas. Borrifar fumo.
Cupim Isoptera – Habitam madeira em decomposição geralmente na parte interna.
Aranha Arachnida - As maiores predadoras e predam diversos tipos de parasitas.
Joaninha Coleoptera – Controla pulgões. A ocorrência de joaninhas na horta pode significar 
que a mesma tem pulgão, tripes, colchonilhas, moscas brancas ou ácaros, pois são preda-
dores deles. São inofensivas, e podem beneficiar nossa horta
Tesourinhas Dermaptera - Aparecem em épocas quentes. Se alimentam de ovos e lagartas.
Figura 5.25
Figura 5.26
Figura 5.28
Figura 5.29
Figura 5.30
Figura 5.31
Figura 5.32
Figura 5.33
Figura 5.34
Figura 5.27
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Figura 5.35
Figura 5.36
Figura 5.37
Figura 5.38
Figura 5.39
Nematoides Nematoda– São parasitas parecidos com lesmas, geralmente nas partes moles 
das plantas. Usar aplicação de Cravo-de-defunto.
Aedes sp. Diptera – Você não pode deixar água parada nos locais como a concha do caramu-
jo, ou recipientes, pois junta água e esses mosquitos depositam ovona borda do nível da 
água que nascem larvas que podem estar contaminadas com dengue ou outros vírus e gerar 
mosquitos infectados que nos picam e transmitem a doença.
Cobra coral Serpente – Possuem coloração vermelha, branca e preta. Não atacam, só 
quando se sentirem ameaçadas e o ataque ainda precisa morder nossa pele, portanto é 
muito difícil de ocorrer. Mas se ocorrer, pode ser mortal se a espécie for coral-verdadeira. 
Levar o animal ou fotos juntos para o pronto-socorro urgente.
Escorpião – É venenoso e seu veneno é neurotóxico. A picada dói bastante e o mesmo 
habita locais úmidos. Ficam procurando insetos para predar e caso se sinta ameaçado, se 
escondem ou se camuflam, deitando a cauda sem se mexer.
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Capítulo 5: Cultivo Experimental
Borboletas e mariposas Lepidoptera - Tem larvas que se alimentam de plantas e algumas 
destas podem ser adaptadas para plantas com látex. Borrifar fumo.
Ovo
Ciclo de vida
Lagarta
Casulo
Borboleta
Prosseguindo no cultivo
No terreno escolhi um local que não tivesse inclinações demais e comecei a limpar, tirei todos os 
“matos” (capim e daninhas) que ocorriam naturalmente no local. Cuidado ao manusear “tocos” (tron-
cos de árvores cortados) pois encontrei alguns escorpiões (Figura 5.37) quando fui manejar um, uma 
picada dói e pode até matar, dependendo da imunidade da pessoa (crianças, idosos, gestantes e 
imunodeprimidos principalmente). Locais onde tem umidade, é frio, principalmente com madeira 
úmida é ambiente propício para insetos, que podem conter escorpiões que os predam.
As plantas precisam de sol direto. A regra é “Não existe sol demais para as plantas, mas sim água de 
menos”. Podei as árvores e deixei o espaço aberto. Lembre-se que não pode ser perto de fossa, não 
porque vai contaminar a terra, mas o próprio vento leva vapores de água contaminada com microoga-
nismos que causam doenças aos humanos, contaminando as plantas que você vai consumir. Não 
pode ser feito em locais perto da rua visto que a poluição do ar prejudica também as plantas, e portan-
to, nós. O local pode ser cercado com tela, quando estiver pronto e isso pode ser feito com ripas ou 
ferros fincados no chão e envoltos com tela de arame que vende em depósitos de construção, ou 
plantio ao redor como cercas vivas, de plantas arbustivas com folhas coriáceas como Rubiaceae (Ixora 
coccinea) que as mudas são bem baratas. Animais não podem circular para evitar parasitas, também 
gatos gostam muito de mexer na areia depois que revolvemos, tem que vigiar o terreno.
Figura 5.40: a) alguns troncos de coqueiro cortados perto do tronco da aceroleira. b) o local escolhido para o 
plantio.
Figura 5.41: Aspecto da terra depois de revolvida.
É só limpar, tirar pedras, revolver a terra, 
quebrar os torrões (terra dura). 
Como o local tinha muitas árvores que caem 
folhas no chão que se decompõem gerando 
nitrogênio para o solo, o mesmo era fértil na 
camada superficial, na hora que cheguei, 
porém peguei terra de um local com mais 
fertilidade e trouxe para onde eu ia fazer a 
horta que já tinha, para misturar e enriquecer 
mais ainda (como dito anteriormente, uma das 
alternativas é cavar terra avermelhada estéril 
e misturar composto orgânico).
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Com muito esforço, fiz 4 montes de terra, reguei e deixei por duas semanas (como mostrado no início). 
Coloquei essas babosas para aproveitar que eram plantas que já existiam nesse terreno e suportam 
grandes períodos sem água, bem como solo pobre, visto sua origem da África, já que eu não ia come-
çar a trabalhar naquela hora. Deve ficar no sentido Norte-Sul, ou seja, ao contrário do nascente e 
poente do sul, pois assim o sol vem de igual modo por cima de tudo (Figura 5.5). Ajeitei a terra de um 
modo que ficou com uma inclinação da água da chuva para escoar e não encharcar. Com muita água 
prejudica a respiração das plantas pelas raízes, apodrecendo e matando-as. O solo não deve ser nem 
argiloso demais nem arenoso demais. Arenoso faz a água escoar e argiloso demais apodrece as 
plantas ou se secam de modo abrupto quebrando as raízes, pois o solo racha.
Figura 5.42: Sobre a retirada de entulhos.
Figura 5.43: Só com a separação, com 10 dias na chuva já vi resultados
Ver figura 5.10
Guardei várias folhas secas do local para fazer o composto orgânico, já molhando. Antes de consegui-
-las, é necessário saber a procedência, pois existem árvores que produzem substâncias que, ao cair a 
folha no chão, ao se decompor, tiram a fertilidade do solo para outra planta, isso é chamado de Alelopa-
tia. Era um Abacateiro, Aceroleira e Pitangueira que juntava essas folhas, nem me preocupei. Mas é 
importante para a produção do composto você buscar informações (no Google acadêmico scholar.-
google.com.br, por exemplo, você pode buscar por artigos científicos com a palavra-chave “nome da 
espécie alelopatia” ou “nome da espécie decomposição”, para saber sua produção de compostos que 
inibem ou aumentam o desenvolvimento de outra planta ou seu tempo para se decompor, respectiva-
mente).
Peguei um pouco de terra de um local e despejei em outro. Depois de 3 semanas, cresceram também 
esses "matos" de daninhas (ver Figura 5.10). As plantas sofisticaram a semente para que o embrião (plan-
tinha) guardado e se alimentando de endosperma (lipídio) passem milhares de anos assim. Há até 
histórias de múmias encontradas no Egito de milhares de anos atrás que foi achada sementes que os 
mesmos faziam oferendas e elas foram postas para germinar, funcionou perfeitamente.
Então, remover as daninhas antes que produzam sementes ou suas raízes cresçam demais fazendo-as 
brotar novamente (tem plantas que se multiplicam também pelas raízes que sobram como a Cyperus 
esculentus, que é problema em plantações).
O ideal é peneirar a terra com uma peneira grande. 
Você pode fazer em casa comprando a tela em um 
depósito de constução, cortando-a de modo quadra-
do e fixando com tábuas ao redor. Preparei os 
“montes” de terra, mas posteriormente eu peneirei.
0 dias 10 dias
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Mesmo antes de começar a plantar notei um problema. Os caramujos causaram um sufoco, começa-
ram a aparecer em horas úmidas, principalmente depois que chovia e eles se camuflam no terreno com 
folhas molhadas. Só na primeira coleta no primeiro dia foram mais de 40 indivíduos. Coloquei dentro 
de uma bacia com água e muito cloro. Depois, no dia posterior, 24h depois, quebra-se e enterra. Tem 
que matar assim, pois mantém longe também o parasita que causa doenças a nós, caso o caramujo 
esteja infectado. Também evita que as conchas fiquem pelo terreno juntando água e o Aedes aegypti se 
dissemine mais ainda depositando ovos nelas, que produzirão larvas e em uma semana libere no 
ambiente mais mosquitos.
Figura 5.44: a) Caramujo no chão. b) Caramujos 
pelo muro. c) Caramujos pelos arbustos. d) Contro-
le indicado pelos especialistas, misturar água e 
cloro e deixar 24 horas mergulhados, no outro dia 
quebrar pisando com a bota e enterrar
Um erro que as pessoas cometem é jogar no lixo os caramujos vivos. Assim só estão piorando a situa-
ção aumentando a população deles no lixão para onde o lixo será destinado. Também tem que pegar 
os ovos que são amarelados e ficam enterrados e fazer o mesmo com água sanitária / cloro. Fiz isso 
várias vezes, vários dias e cansei, eles nunca desapareciam. Comecei a jogar sal neles, dia pós dia. 
Com o tempo eles foram diminuindo em quantidade. Eu chegava no terreno 5 da manhã depois de 
chuva e começaram a aparecer menos quantidade deles, só conseguia achar 4 ou 5 e novinhos agora. 
Era sinal de que sobraram só os que nasceram dos ovos. Há um estudo de populações que indicam 
que quando chegam em determinado numero de indivíduos a população tende a desaparecer. O Objeti-
vo é diminuir a população até menos de 100 indivíduos. Então continuei a matarcom sal agora, com 
cuidado para não salinizar o solo. Ao jogar ele "ferve", morre e a concha fica lá e a pessoa tem que 
coletar depois, mas não é certeza de matar o parasita também. Nessa hora acho que a população 
escondida no terreno chegou a uns 150. (Eu tinha quase erradicado os caramujos do terreno, mas 
depois de uns dias eles voltaram a aparecer). Tem que falar com os vizinhos também para controlar.
Eles ficam no chão, nos muros, nos tocos, nas plantas, em todos os lugares. São rápidos para se 
deslocar. Na próxima edição deste livro, tomara que eu anuncie a solução para este problema.
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
a) b)
c) d)
Para fazer a composteira de forma mais prática, fiz um buraco no chão quadrado ou retângulo, 
coloquei o material orgânico com folhas, pedaços de pau (demora a decompor), papel, enfim tudo o 
que pode se encontrar de orgânico. Colocando todas as folhas, misturando com um pouco de terra de 
floresta ou algum outro composto orgânico que você já tenha, alternando camadas de areia e dessa 
terra, molhando e tampando com lona. Jogar algumas minhocas no composto é bom, aumenta a 
produtividade, elas comem a terra para aproveitar as partículas orgânicas e defecam a terra deixando 
tanto a terra mais fertilizada quanto mais solta, mas elas podem aparecer naturalmente. Poderá apare-
cer Embuá também nesse lugar. É só ir molhando e revolvendo a terra a cada semana e deixando 
coberta e estará boa quando estiver com cheiro de terra molhada, cheiro de floresta.
Só não colocar alimentos cozidos, restos de comida pois pode apodrecer. Adicione também um pouco 
de esterco curtido no local. Com um mês você já vai ver resultado, o material vai se transformando 
num pó preto e com cheiro de floresta e aparência de pó de café. Isso deve ficar tampado com uma 
lona com pedras na ponta pois fica abafado e com o aumento da temperatura e umidade, faz os micro-
ganismos trabalharem mais, será mais rápido para chegar até o composto.
Figura 5.45: a) Cavei um retângulo (pode aproveitar 
a terra estéril para misturar com composto e 
esterco que você tenha e plantar). b) buraco 
pronto. c) Adição das folhas, terra de floresta 
esterco e composto em camadas. d) Adição de um 
pouco de terra do ambiente para aumentar os 
microoganismos. e) depois de alguns dias com 
rega e revolução de terra. f) É bom adicionar 
minhocas, mas no caso elas apareceram. g) Manter 
coberto com lona.
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
a) b) c)
d) e) f)
g)
Sobre a sementeira (Figura 5.46), como descrito na página 55, colocar terra de preferência peneirada com 
composto orgânico e fazer pequenos furos com palito para colocar as sementes, pelo menos 3 em 
cada buraco. Regar com borrifador ou com pequenos pingos de água, para não tira-las do lugar devido 
a tensão superficial da água. Coloquei não só uma espécie como é o recomendado, mas várias e anotei 
fazendo o desenho da sementeira para não perder “quem-é-quem”. A Evolução, como descrito na 
figura 55, foi com 9 dias já tinha plântulas e 25 dias já dava para transplantar para o local definitivo, 
porém a única que tive dificuldade de fazer crescer foi a cebolinha (à esquerda, na foto). Proteger do 
vento pois elas podem crescer tortas. Algumas plantas, por causa do vento enquanto estavam 
crescendo, ficaram tortas grandes e ainda estão tortas até hoje como um tomateiro. O resultado é que 
elas adultas ainda apresentam essa característica.
Figura 5.46: a) Sementeira com as plântulas.
Você deve deixar a sementeira ao sol direto, mas com palha em cima para o sol não queimar as plântu-
las, que significa “Plantas pequenas” (plant = plantas; ula = diminutivo, como “célula” que quer dizer 
“Cela pequena”, “compartimento fechado pequeno”). Ou então, sem palha mas em um local coberto 
(Figura 6.1) com a lateral aberta de modo que só pegue o sol da manhã antes das 10h e depois das 15h 
ao fim da tarde. Porém é necessário sol, como aprendemos quando discutimos Fotossíntese, as 
plantas usam a energia solar para produzir os compostos.
O melhor é conseguir mudas de plantas com quem entende do assunto em vez de fazer coleta extrati-
vista na natureza. Assim você garante conseguir um bom exemplar que produza compostos em boa 
quantidade e que seja adaptado ao meio urbano. Você pegar um da natureza, pode ser que venha mais 
fraco e menos resistente a pragas urbanas. Já os que são cultivados sofreram domesticação que é a 
escolha de um bom exemplar, replantio de descendentes, escolha dos melhores novamente e descarte 
dos piores até que se tenha um exemplar que seja mais produtor de compostos. Conseguir também 
sementes de locais duvidosos podem vir com fungos e infectar a planta adulta e acabar com sua horta. 
Além disso, a coleta extrativista leva a extinção de espécies da natureza e você pode reconhecer 
errado uma espécie e acabar se intoxicando. 
A propagação por estaquia é fácil. Colhi ramos de Guaco (Mikania glomerata), por exemplo, plantei e 
reguei todos os dias (Figura 5.47). Ela foi criando pêlos radiculares, raízes e depois de se fixarem bem 
passando várias semanas do mesmo tamanho por fora, só crescendo raízes, chega uma hora que 
começa a nascer as folhas e a crescer quando a mesma se fixa na terra. Outra forma é colocar o ramo 
na água que nascerá raiz, trocando a água todos os dias para evitar proliferação de bactérias e apodre-
cimento. Quando nascer é só plantar. Os ramos, mesmo se perderem as folhas, passam mais de duas 
semanas verdes, sem crescer, depois que se estabelecem começam a crescer bem rápido.
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Outra técnica de plantio para economizar água acontece em grandes fazendas onde eles colocam uma 
lona fina em todo o canteiro deixando só a planta de fora, evitando perda de água por evaporação, que 
é grande perda.
Figura 5.47: a) Hortelã-homem (Plectrantus barbatus) foi predada pelo 
caramujo, porém já estava criando raiz na propagação. Os caramujos 
não atacam plantas com cheiro forte como Alecrim (Rosmarinus 
officinalis), Alecrim pimenta (Lippia sidoides) e outras, só as nutritivas 
como Couve, porém o Hortelã-homem foi o único com cheiro forte que 
ele predou. b) c) A propagação do Guaco (Miaknia glomerata) deu certo 
na terra plantando normal, mas também pode ser feito por mergulhia 
em vez de estaquia. d) Para propagar babosa, basta pegar uma “planta-
-filha” que nasce a partir da raiz de uma planta adulta, brotando no 
chão, como na imagem e plantar em outro local.
Há diversas formas de fazer estaquia. Muita gente, para melhorar o processo não faz nem só com água, 
nem só com terra mas com os dois, cortam uma garrafa PET no meio, sobrando um funil e um pote, 
furam a tampa da largura do ramo, colhem um ramo de uma planta (arrancando sem faca na parte de 
baixo) fazem um corte na vertical na casca na ponta, na parte que vai ficar na água, cortam a extremida-
de na diagonal e deixa algumas folhas no ramo. Colocam o ramo na tampa furada e colocam água de 
modo que as folhas fiquem fora da garrafa e o ramo dentro, depois colocam o substrato de modo que 
a base do galho fique submerso em água (funil de cabeça para baixo), um pouco acima em contato 
com a terra no funil e as folhas fora. Assim o galho enraiza dentro de poucos dias. O que se faz com 
isso é um clone da planta com o mesmo material genético da que foi pega, então com as mesmas 
características de secreção de compostos, frutos, etc. diferente se fosse feito pantio com sementes, 
que daria uma planta nova com características de duas plantas depois da polinização. Você também 
pode usar essa garrafa PET para colocar um cordão que ficará afogado na água e ligado no substrato 
(terra) no funil assim ele se manterá sempre molhado sem precisar irrigar dando para plantar semen-
tes. Porém o uso de garrafas PET é controverso devido estudos de que soltam quimicos tóxicos. 
Esterco serve para alimentara planta, assim como o composto orgânico. As plantas precisam de Nitro-
gênio para crescer produzindo suas proteínas (Figura 1.30), além de usar CO2 do para produzir a seiva 
usando a energia luminosa (do sol ou de lâmpadas) como energia. A deficiência desse alimento nutri-
cional, ou seja, plantar em areia sem composto orgânico deixam elas amarelas e sem crescer . Você 
deve usar esterco curtido em vez de fresco. Fresco é quando eles já saem do intestino do animal, cheio 
de microrganismos e pouco digerido, quente. Curtir significa juntar muito em algum lugar ensolarado 
e ficar molhando dia em dia, assim por cerca de 20 dias. No início ficará quente no meio quando as 
bactérias estão trabalhando. Quando não acontecer mais isso é porque está bom e pode ser usado 
para plantar, mas pode ser comprado já pronto. 
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
a) b) c)
d)
A cebolinha cresce muito rápido, ao cortar, dois dias já estão bem grandes. Elas ajudam a espantar os 
insetos também devido ao cheiro, assim como alho. Porém plantá-las a partir de sementes dá muito 
sacrifício, demora muito para levantar. Comprar mudas é mais prático, R$ 4,00 e elas já vem prontas, 
basta rasgar o saco e colocá-las na cova.
Na hora de tirar as mudas da sementeira, puxar pelas folhas para não quebrar o caule, ou então empur-
rar por baixo. Olhar na embalagem a distância que deverão ser plantadas uma da outra. De primeiro 
pode-se usar o borrifador para umedecer com cuidado e lembre-se, a germinação acontece com a 
combinação ou alternância de sol e água. O canteiro deve ter largura de 1m por 5m de comprimento e 
cerca de 20 a 30 centímetros de altura. A distância entre eles deve ser de 30 a 40 centímetros. Não 
precisa ser esse valor exato, basta você ajustar ao local que você tem. O tamanho dos mesmos ideal 
é para facilitar a locomoção e manejo das plantas. Procurar saber quais as espécies podem fazer 
consorciação (plantar uma junta da outra), tem espécies que se ajudam outras competem. Procurar 
também saber a distância ideal entre elas. Variar também é ótima alternativa visto que plantas medici-
nais quando uma junto da outra por causa da competição faz elas produzirem mais compostos e se 
tornarem mais fortes pois é pra isso que esses compsotos químicos existem na planta na natureza, 
para elas se defenderem e nós aproveitamos algumas que servem para cura de doenças.
Figura 5.49: a) Regar com água da chuva com borrifador com cuidado, nas etapas iniciais. b) aplicar esterco 
c) resultado. Agora é só esperar crescer.
Figura 5.48: a) Poucos dias depois de cortar as folhas elas cresceram. b) O canteiro pronto 
para receber as plântulas.
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
a)
b)
Regar com água de boa qualidade como água da chuva. Esse é o melhor tipo de água para usar na 
horta. Há também alternativas que ajudam na fertilização do solo como água de açude que tem riqueza 
de nutrientes, mas você deve saber a procedência pois ele pode estar poluído. Regar pela manhã antes 
do sol aparecer ou no fim da tarde que é quando os estômatos abrem para transpirar. Há métodos para 
otimizar a irrigação como, por exemplo, o Irrigas® da Embrapa para plantações grandes e que é auto-
matizado. Quando o agricultor começa a irrigar, o dispositivo que está enterrado perto da raiz reconhe-
ce quando tem água demais (água se infiltra muito e se perde pelo solo) ou quando há falta da mesma 
(pouca água a planta não se desenvolve) desligando e ligando a mangueira com esse controle. Porém 
de modo caseiro fazem o uso de garrafa PET cheia de água, tampada e com um furo bem pequeno na 
tampa deixando-a de cabeça para baixo onde fica pingando durante o dia. Evita o gasto de água e auto-
matiza o trabalho, também por causa da temperatura e evaporação mantém a água por mais tempo do 
que se regasse somente uma vez.
Este foi um capítulo experimental para mostrar como foi a evolução dos meus testes. Na próxima 
edição deste livro, que será divulgada no mesmo lugar que você encontrou, vou aprimorar este capítu-
lo.
Figura 5.50: Resultado das minhas experiências.
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 5: Cultivo Experimental
Capítulo 6
Uso de
Plantas
Medicinais
USOS DE PLANTAS MEDICINAIS
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Apesar do preparo ser fácil e empírico, deve ser seguida a dosagem certa para que o efeito da droga 
vegetal não seja menor (não faça efeito) ou maior (podendo ser tóxico). Este capítulo traz dicas de 
como fazer cada preparação como farmacêuticos trabalham. Lembrando de sempre avisar ao seu 
médico quando estiver usando algum fitoterápico, pois apesar de ajudar na maioria das vezes, pode 
até atrapalhar o tratamento convencional em alguns casos, devido a interações medicamentosas.
Antes de usar as plantas, é necessário sair ao terreno de cultivo para a coleta, 
e ao fazer, atente para estas dicas nesta hora: Escolher plantas com aspecto 
sadio, sem pragas, doenças, mudança de cor, que esteja com todas as folhas 
na tonalidade parecida; Escolher um ramo sem ainda ter florido, pois prova-
velmente esteja ainda se desenvolvendo e a energia ainda não foi usada para 
florir, como se faz popularmente com ramo de goiabeira, onde se coleta a 
parte nova do ramo conhecida como “olho” que tem riqueza de taninos para 
usar para “dor de barriga” com chá gelado, por exemplo. Algumas plantas 
exigem que esteja adulta (em floração) para coletar para uso, como aquelas 
em que se usam as inflorescências para fazer o chá logicamente (como 
Achillea milefolium - Mil-folhas). Você poderá colher somente as folhas para 
usar, mas é melhor pegar um ramo todo da planta, pois além de ser mais fácil 
de manusear, vai demorar para murchar. Com essa coleta você pode amonto-
á-los em uma embalagem de papel que é poroso e passa vento. Caso você 
use sacola fechada de plástico vai abafar e no caminho deteriorar a planta, 
pois o ramo ainda fica transpirando depois do corte. Ao chegar no ambiente, 
secar ao sol em área ventilada imediatamente (Figura 6.1). Cuidado, não colocar 
embaixo de árvore para não cair dejetos de aves em cima. Uma ideia boa que 
eu faço é pegar uma linha de costura ou cordão limpo, amarrar os galhos e 
pendurar num varal da área de serviço onde seja coberto, mas passa vento 
quente dos lados e não tenha sol direto. Quando estiver seca, ela conservará 
os compostos químicos, ou seja, somente a água será evaporada. Mas você 
deve ficar atento ao tipo de planta, se for aromática como o Capim-limão 
(Cidreira no RS) - Cymbopogon citratus que tem óleos voláteis, deve ser seco à 
sombra, se for feita com sol direto, muito será perdido. Secando à sombra, 
você notará que mesmo depois de seca ficará com cheiro forte conservando 
tudo.
Nem todos tem estufa, mas esse é um bom método para secagem a partir de temperatura. A estufa é uma tela 
em forma de rede de arame com lâmpadas na parte de baixo onde a temperatura dessa lâmpada seca a planta.
Figura 6.1: Ideal colocar as plantas para secar 
em uma área coberta no quintal, mas que seja 
ventilado e não tenha sol direto.
Figura 6.2: Você pode fazer uma estufa caseira 
com tela, caixa e lâmpadas para secar suas 
plantas. O Calor gerado por lâmpadas incandes-
centes seca a planta bem rápido.
Figura 6.3: Um forno microondas comum. 
Baixar a potência para secar plantas é melhor.
Em herbários onde se coleta a planta e se seca na estufa, não para usar como medicinal, mas para 
guardar, há dispositivos para a retirada da umidade do ambiente. A umidade nas peças favorece a 
ação de enzimas, proliferação de fungos e bactérias deteriorando a plantas. Você vai notar que 
demorará secar naturalmente, mas quando secar o cheiro forte persistirá, diferente seria se a seca-
gem fosse no sol.
As plantas acumulam muita água dentro dos tecidos, tanto que há dois modos de fazer a extração, 
por tintura e alcoolatura, uma se usa partesda planta seca com álcool com muita concentração de 
água, e outra frescas com álcool com menor concentração de água, respectivamente. Na que usa 
planta fresca deve ser colocado álcool numa concentração-
Forno micro-ondas (Figura 6.3) também serve, porém você deve 
baixar a potência para não secar demais deteriorando as molécu-
las, pois a radiação age na água da planta e com a potência alta, 
cozinha a planta antes de secar. A potência do forno micro-ondas 
funciona da seguinte maneira: Quando em potência alta, a radia-
ção age continuamente e quando se baixa a potência, a radiação 
age de modo intermitente / alternado. Ele age excitando os 
elétrons da molécula de água aumentando a temperatura e não 
danificam a planta, a menos que coloque em potência alta.
Os procedimentos acima são feitos com folhas, cascas e 
ramos, e não com brotos, gemas e gomos foliares.
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Por fim, preste atenção se tem locais contaminados por perto do local que você irá secar as plantas 
como fossas, que mesmo sendo longe do varal, pode cair resquícios de água que são jogados ao 
vento e que vem microrganismo juntos. Isso acontece mais em dias de chuva ou no sereno, portanto, 
prefira colher no final da tarde quando a planta passou o dia trabalhando na fotossíntese e está cheia 
de seiva elaborada para levar às outras partes. Não retirar todos os ramos da planta, deixar grande 
parte para a planta se recuperar.
As raízes são os que deve ter mais atenção na coleta, pois estão em contato direto com o solo e se 
contaminado pode ser perigoso para quem vai consumir. Há algumas famílias, com a Fabaceae (do 
feijão, tamarindo etc.) que as raízes podem ter nódulos (bolinhas que são amontoados de bactérias 
fixadoras de nitrogênio), se não forem dessa família e tiver, cuidado. Avaliar os vermes (nematóides) 
que podem estar associados às partes coletadas. Lavar o coletado com água corrente e se for muito 
grande, cortar em pedaços pequenos para colocar no sol. Colher raízes de planta adulta!
Outras coletas como dos frutos para uso medicinal não pode ser feita com estes verdes, mas sucu-
lentos e devem ser consumidos frescos. Ao coletar, lavar com água corrente. Há plantas como 
algumas especiarias que o uso é feito do fruto seco, então nestes casos coletar maduro, lavar e secar 
à sombra pois provavelmente tem alguma substância que não pode ser perdida secando-se ao sol. 
Algumas espécies de pimenta são usadas assim com coleta do fruto verde postas para secar, prestar 
atenção na forma de uso da planta. Guardar em recipiente fechado de preferência escuro e longe do 
sol. Na coleta de sementes, colocar o fruto maduro, lavar, secar ao sol e guardar em recipiente fecha-
do escuro e longe de sol. A flor para consumo devem ser coletada no início da floração.
Na coleta das cascas (Figura 6.5), coletar de plantas adultas (depois da floração) e 
também saudáveis e não circundar o caule, mas fazendo o corte de baixo para cima. Se 
circundar o caule tirando as cascas pode matar a planta, pois o floema, que leva a 
seiva produzida pelas folhas até a raiz é bem perto da casca. Antes de tudo, raspar a 
superfície para tirar a parte que fica exposta à atmosfera cheia de microorganismos e 
descascar. Depois disso, fazer uma lavagem com água corrente (sem medo de perder 
o principio ativo, pois o mesmo está dentro). Pelo menos esquentar bem rápido no 
forno microondas e secar ao sol (pode ser no varal, mas não deixar encostar no 
mesmo). Amarrá-los, como dito anteriormente, com uma linha de costura que é limpa 
ou um cordão limpo e pendurar. Cascas pode secar ao sol. Guardar seca, pois se guar-
dar ainda úmida, cria mofo e deverá ser descartada, pois os fungos e bactérias produ-
zem toxinas prejudiciais, lembrando que mesmo que você tente matar os microoganis-
mos, se eles já estiveram ali, podem ter deixado toxinas, não adianta.
Figura 6.5: Se cortar um tronco, verá 
que tem o súber mais grosso 
(externo) como uma cortiça e várias 
camadas (interno).
Figura 6.4: As raízes são as partes (pelo menos no uso medicinal) das plantas que tem mais 
água. As que tem menos água são as cascas.
maior (álcool menos hidratado, a 90%) do que na seca (álcool a 70%) por causa da quantidade de 
água que sai delas (como veremos adiante). Os locais onde tem mais água nas plantas são, depen-
dendo da espécie, raiz, flores, folhas e cascas, em ordem de maior quantidade para menor.
O ideal é que mesmo que você veja que a planta secou, ainda deixar mais um tempo, pois ainda sobra 
água na parte interna (Figura 6.4). As partes que podem ser expostas ao sol, não deixar por longos 
períodos ou diretamente no sol do meio-dia por exemplo, para não chegar a temperatura alta e 
cozinhe (modificando a estrutura das moléculas) em vez de secar (assim como no micro-ondas).
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Muita água Pouca água
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Chá
2 Tipos de Infusão
Infusão prática (fácil de fazer)
Primeiro coloca-se a erva seca na panela/bule na quantidade de 1 colher (chá) para cada xícara de 
água (175 ml). Se for erva fresca dobra-se a quantidade, ou seja, 2 colheres para cada xícara de 
água. Junta à panela e leve ao fogo alto.
Assim que ferver, tampa-se e desliga o fogo deixando 10 minutos.
Coar e adicionar à xícara para beber o chá na quantidade indicada para a planta. Algumas plantas tem 
o efeito melhor quando bebidas sem adoçar, outras quando adoçadas com mel de abelha tem seu 
efeito potencializado por causa de reações químicas, outras ainda podem ser adoçadas com açúcar. 
Para males do sistema digestivo, beber sem açúcar e frio ou gelado. Para febre e problemas respira-
tório beber morno.
Ingredientes
- Erva seca picada 
(No exemplo, usei 
Ginkgo biloba seca)
- Água potável
Materiais
- Panela
- Xícara
- Faca
- Colher de chá
- Tábua limpa
Dica: Use sempre 
panelas de vidro, 
cerâmica ou de 
barro, pois 
alumínio ou cobre 
altera o chá devido 
a reações 
químicas.
Sobre o chá, chamamos de chá qualquer bebida quente que seja usada para a cura e que tenha sido 
feita com alguma planta, ou seja, o extrato da planta na água. As preparação dessa bebida deve ser 
usada no mesmo dia, se guardar na geladeira, que seja para usar no mesmo dia. Eles podem ser de 
dois tipos: Infusão e Decocção. Vamos começar com a infusão (prática e recomendada).
Infusão é o chá comum da maneira que conhecemos, mas sem cozinhar a planta. 
Pega-se a planta e coloca-se no recipiente de cerâmica (ou que não seja de alumínio) e despeja-se 
água fervente em cima (essa água guardada tem que ter sido filtrada ou fervida) tampa-se e espera 
10 minutos. Só adoçar se for para bronquite, febre etc. Adoçar com mel melhora a interação com a 
planta e os seus efeitos. Não tomar o chá doce se for para problemas intestinais, pois o mesmo deve 
ser frio ou gelado sem açúcar. Sempre a quantidade da droga fresca deve ser dobrada da seca, pois 
planta fresca tem ainda o peso da água pra ser contado. 1 colher de chá da planta seca para cada 
xícara de água (175 ml) e 2 colheres de chá da planta fresca para cada xícara de chá de água.
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Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Ingredientes
- Erva seca picada (No 
exemplo, usei Ginkgo biloba)
- Água potável
Materiais
- Panela
- Xícara
- Faca
- Colher de chá
- Tábua limpa
Infusão recomendada (mais preciso)
No caso, a forma tradicional de fazer uma 
infusão é adicionando 1 colher de chá da 
erva seca (ou 2 colheres da erva fresca) em 1 
xícara de água fervente (175ml) por cima, 
tampando em seguida até passar os 10 minu-
tos. Coar e servir.
Ingredientes
- Erva seca picada 
(No exemplo, usei 
Losna / Artemisia 
absinthium)
- Água potável
Materiais
- Frasco de vidro
- Colher
- Faca
Maceração
Picar ou amassar a erva e repousar em água fria em um recipiente, tampando super-
ficialmente (sem pressão) e deixar da noite para o dia por 12 horas ou 24 horas 
dependendoda planta, se forte ou fraca. No Absinto basta 12 horas pois é forte. 
Algumas plantas usadas em muitas quantidades são tóxicas, outras demoram a 
soltar as substâncias. Também depende da parte utilizada, se for folhas, flores, 
sementes e olho (gema ou ápice caulinar) deixa-se 12 horas. Já cascas, ramos sem 
folhas, raízes, deixa-se 24 horas, sempre em temperatura ambiente e em local 
escuro. Coar e colocar num recipiente, de preferência uma garrafa com rótulo e 
esparadrapo. A quantidade é até 30g em meio litro de água. A losna usei 1/2 colher 
para cada xícara (175ml) de água.
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Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Ingredientes
- Erva seca picada (No 
exemplo, usei Alcaçuz 
Glycyrrhiza glabra)
- Água potável
Materiais
- Panela
- Xícara
- Faca
- Colher de chá
- Tábua limpa
Decocção
É um chá, só que feito com as partes duras da planta como folhas 
coriáceas (como couro, duras), cascas, raízes secas e qualquer 
parte da planta que seja difícil extrair os componentes como 
infusão. Para isso a planta é cozida (por isso o nome Decocto). Para 
fazer é só adicionar água em uma panela que possa ser levada ao 
fogo e ferver por 15 minutos. Desligar e esperar em repouso mais 
15 minutos. 
Lavar antes de cortar ou cortar antes de lavar, pois ao comprar ou coletar, a raiz vem 
cheia de terra. Eu lavei mergulhando o picado em água.
Depois de lavar coar, ou mesmo lavar derramando água corrente na peneira em cima do 
picado. Coloque na panela e ligue o fogo tampando. 2 colheres de chá para duas xícaras 
de água (350ml).
Depois de cozido por 15 minutos e descansado por mais 15 minutos, é só coar e beber.
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Óleo medicinal
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Picar as ervas secas, colocar em um recipiente com óleo vegetal (Azeite de oliva, mas pode ser de Óleo de 
semente de girassol também) ou despejar óleo até cobrir. 
Ingredientes
- Azeite de Oliva
- 4 colheres (sopa) de 
Erva seca (no exem-
plo, Calendula officina-
lis). Se for fresca, 8 
colheres.
Materiais
- Tábua
- Recipiente estéril
- Faca
Deixe por 2 horas em banho-maria (água para ferver e com a embalagem entreaberta dentro)
Dica: Em vez disso você pode deixar no sol por 30 dias ou na sombra por 60 
dias e ele ficará ainda melhor, porém demora muito.
No Banho-maria, eu coloquei um chumaço de algodão embaixo do recipiente 
de vidro, dentro da panela, para diminuir o contato com o calor do fogo.
As sementes das plantas armazenam energia em forma de óleo para 
quando acontecer a germinação, suprir o embrião da plântula (planta 
pequena) até que esta comece a fazer fotossíntese, para se manter e 
continuar o desenvolvimento sem mais precisar dessa energia. 
Dessas sementes são extraídos esses óleos e um dos mais utilizados 
e que contém triacilgliceróis com ácidos graxos mais insaturados é o 
azeite de oliva, também de semente de girassol. O processo de extra-
ção dos componentes da erva é feito com o aumento da temperatura 
do óleo para absorver as propriedades da erva à qual está misturado, 
mas deve ser feito em fogo brando para não ocorrer modificações 
bioquímicas no óleo. O melhor a se fazer é colocar em repouso por 30 
dias se for no sol e 60 dias em sombra, mas com o aquecimente que 
faremos, acelerará o processo e usaremos algumas horas para isso.
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Faça isso novamente (colocar mais erva seca e despejar o óleo resultante por cima para pôr em banho-maria com o 
recipiente no fogo) sendo que por 1 hora.
Coar novamente e colocar em uma garrafa de vidro apropriada com o nome “óleo de” seguido do nome da planta e seu 
nome científico (Óleo de Calêndula - Calendula officinalis) com a data de fabricação.
De vez em quando abrir pra mexer e não tampar totalmente, deixar entreaberta.
Ao findar as 2 horas, retirar e filtrar com a peneira, mas pra ficar ainda mais limpo, você pode usar um filtro de pano 
limpo como coador de café.
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Ingredientes
- Erva seca picada (No exemplo, usei 
Espinheira-santa / Maytenus ilicifolia)
- Álcool a 70%
Materiais
- Recipiente de vidro com tampa
- Tábua
- Espátula
Proporção
Aproximadamente 
250 gramas da 
planta seca para 1 
litro de álcool a 70%
ou
125 gramas para 1/2 
litros.
Tintura
Triturar a planta seca, colocar em um recipiente que possa ser fecha-
do e vedado e cobrir com álcool a 70% no mesmo nível da planta. 
Cuidado onde compra o álcool, não pode ser de hospitais (pois tem 
desnaturante dentro). Álcool de cereais é melhor, pois não deixa o 
gosto ácido nos preparos, mas tem que saber a concentração. 
Quando fizer, deixar repousar em lugar escuro por uma semana 
agitando diariamente. Filtrar com um pano limpo de algodão, ou um 
coador de café estéril recém comprado e colocar em uma garrafa, de 
preferência escura, e caso queira aumentar a quantidade acrescentar 
o mesmo tipo de álcool. Colocar o rótulo com o nome e guardar 
longe da luz. Para usar põe-se 30 gotas em um copo d’água.
Peguei o álcool a 70% para usar. Antes peguei as ervas cortadas e secas, despejei no recipiente.
O ideal é despejar álcool no mesmo nível da planta, como está à esquerda (4), mas decidi acrescentar mais uns 
frascos e deixar com 200ml, pra ficar mais fraco.
Agora é só guardar em local escuro por 7 dias, filtrar e guardar na embalagem.
Atenção: Muito cuidado 
antes de comprar o Álcool. 
Existe alguns que são para 
limpeza de prateleiras de 
hospitais e vem com desna-
turante, esses não podem 
ser consumidos, ele serve 
para romper a membrana 
das células das bactérias, já 
imaginou o que acontece na 
mucosa da boca por 
exemplo? Peça dicas ao 
farmacêutico.
Dica: O Álcool etílico de 
cereais é melhor que o 
convencional pois fica 
menos ácido. Peça dicas ao 
farmacêutico sobre álcool 
que se possa consumir.
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Álcool 70%
Álcool 90%
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Ingredientes
- Erva fresca picada 
(No exemplo, usei 
Alecrim Rosmarinus 
officinalis)
- Álcool a 90%
Materiais
- Faca
- Tábua limpa
- Recipiente
Proporção
500g da erva 
fresca em 1 litro 
de álcool a 
92º para uso 
farmacêutico
ou
250g em 1/2 litro 
de álcool a 
96ºpois vai sair 
água da planta
e assim vai...
Alcoolatura
É a forma de fazer um tipo de tintura com a parte fresca da 
panta, então como tem água, é para usar um álcool com 
pouca água como álcool a 90%. Cortar bem as partes frescas, 
colocar em um recipiente e cobrir com esse álcool. Deixar em 
repouso por uma semana agitando de tempos em tempos. 
FIltrar com um coador de café estéril nunca usado e colocar 
em uma garrafa de 1 litro, lembrar de colocar os rótulos. O 
uso é o mesmo da tintura, 30 gotas em um copo d’água.
Fui no canteiro, colhi Alecrim e lavei em água corrente. Depois piquei bem com a faca.
Adicionei no recipiente e cobri com o álcool proporcionalmente à medida indicada ao lado.
Fiz o procedimento cobrindo com álcool e fechando, bem como colocando etiqueta com nome da planta e data.
Esperar 7 dias guardado em local escuro, coar e guardar no mesmo recipiente em local escuro.
Dica: Para saber a proporção, você pode fazer a regra de três. Por exemplo, você tem 
330 gramas da erva fresca e deseja saber quanto de álcool a 92 deve usar, faz uma 
regra de três...
ora, se...
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Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
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500g = 1litro
330g = x
500g = 1litro
330g = 660ml
500g = 1000ml
330g = x
500g 1000ml
330g x
500x = 1.000 x 330 500x = 330.000 x = 330.000 x = 660ml500
Um litro é igual
a 1000ml
A lógica é: Se 500 gramas é igual a (1000ml), 330 
será menos que 1000ml, então multiplica o menor 
número (330) pelos (1.000) do outro lado. Se a lógica 
fosse que 330 daria mais, os 500g que é maior do 
lado esquerdo seria multiplicado pelos 1.000.A conta montada, 500 multiplicado por x (que ainda 
não sabemos) é igual a 330.000
Seguindo a conta, se o número de um lado está 
multiplicando (500 vezes X), então ele passará para 
o outro lado dividindo (330.000 dividido por 500) que 
dá 660. 
Então, voltando ao início, se a quantidade necessária 
de álcool a 90% é de 1 litro para cada 500g da planta 
fresca, então 330g da planta fresca precisa-se usar 
660 ml de álcool
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Ingredientes
- Erva fresca picada (No 
exemplo, usei Alecrim-pi-
menta - Lippia sidoides)
- Água potável
Materiais
- Cassamba de gelo
- Tábua
- Faca
- Jarra
Congelamento
Pode ser feito com ervas aromáticas, quando a pessoa colhe 
ramos de uma planta mas não vai usar de imediato, congelando 
para conservar suas propriedades medicinais. Lavar as folhas, 
picar com a faca, colocar em formas de gelo com azeite de oliva 
ou água e levar ao congelador. Suporta vários meses ainda com 
as propriedades. 
Colher e lavar Picar
Colocar na forma de gelo e despejar água Resultado
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Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
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Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Ingredientes
- 1,5 cm de fumo de corda
- 150 ml de álcool de cereais
Materiais
- Garrafa
- Faca
- Tábua
Tintura de fumo
A tintura de fumo serve para você dissolver na 
água e borrifar pelo local de plantio, assim 
mantém alguns insetos longe das mesmas. 
Note que o fumo é tóxico e deve ser tratado 
como inseticida, é até usado por fazendeiros 
em grandes safras. Manter longe do alcance 
de crianças. Enrole um pano no rosto e não 
respire o borrifado.
Picar com a faca o fumo de rolo
Colocar dentro de uma garrafa e cobrir com álcool a 70% (aqui quantidade relativa a 1,5 cm)
Dica: O fumo vai sugar todo o álcool, então você pode depois de 1 dia adicionar 
mais um pouco de álcool. Depois dos 7 dias, coar e guardar no mesmo recipiente 
completando com mais álcool, para diluir em água e aplicar na plantação.
84
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
1
3
2
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Ingredientes
Erva seca picada (No exemplo, 
usei Guaco / Mikania glomerata)
Água potável
Açúcar
Materiais
Panela
Xícara
Colher (sopa)
Tábua limpa
Lambedor
É so fazer o xarope simples com chá, infusão ou maceração, porém este tem 
que ser forte. A proporção é para cada 50 ml do chá que você preparar, usar 
100g de açúcar. No exemplo (1, 2) eu fiz um chá com 15 colheres de chá da 
erva seca em 300ml de água, coei e coloquei na jarra para fazer o lambedor. 
Chá pronto. Pode fazer forte assim pois a pessoa quando toma a dose do 
lambedor, é de só uma colher. Adicionar no açúcar proporcionalmente (regra 
de três, se 50 ml de chá forte eu uso 100g de açúcar, então 300g de açúcar eu 
uso 150ml de chá). Esquentar em fogo baixo mexendo, coar e guardar numa 
garrafa escura quando esfriar. Tomar 1 colher de sopa 3x por dia.
Adicionar o açúcar na panela (300g) e colocar o chá de Guaco forte (150 ml).
Levar ao fogo brando mexendo até que se transforme em um melado. Não se assuste se ficar muito fino (pouco viscoso) 
que quando levar a garrafa e esfriar ele ficará na consistência certa. Se adicionar açúcar demais fica açucarado.
Note: O resultado vai ser um fluido bem líquido, não parecido com mel ou lambedor, é assim 
mesmo, quando esfriar ele fica mais grosso. Se colocar açúcar demais fica duro, açucara!
85
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
1 2 3
4 5 6
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Ingredientes
- Sabão de coco
Tintura ou alcoolatura de 
planta de uso tópico (usei 
de Alecrim)
Materiais
- Tábua
- Faca
- Garrafa de vidro
Sabão Líquido Medicinal
Basta comprar 200g de sabão de coco puro (uma barra 
pequena) e derreter no fogo misturado com água e depois 
misturar a tintura da planta que seja de uso tópico como 
Confrei, Alecrim, etc.
Cortar a barra de sabão de coco em pedaços pequenos
Adicionar água até cobrir e levar a fogo brando. Em poucos minutos já começa a derreter.
86
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
1
2
3
Álcool 70%
Álcool 90%
1
2 3
4 5
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
quando derreter, misture a tintura como eu fiz com a de Alecrim e mexa, desligue o fogo. A quantidade da tintura 
depende de cada planta.
Coloque em uma garrafa e use no banho.
4 5
87
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Ingredientes
- Casca de planta medici-
nal (usei Catuaba)
Materiais
- Recipiente
- Peneira fina
- Pilão
- Forno microondas
Às vezes precisamos transformar nossas plantas medicinais em pó 
para melhor obter seus benefícios e o processo é fácil, basta secar 
bem e bater em um pilão de madeira para depois peneirar.
Cortar as cascas em pedaços pequenos e deixar secar ao sol. Para 
secar bem, você pode ligar o forno comum do fogão e quando esquen-
tar com ele fechado, desligar o fogo e adicionar as cascas dentro até 
esfriar. Pode também colocar em forno microondas com potência 
baixa.
Colocar em um pilão e socar
Passar em peneira fina, colocar as sobras no pilão e bater novamente, peneirando de novo 
depois até acabar.
Esse pó adicionado ao vinho, tampando a garrafa e escon-
dendo em local escuro por 7 dias, depois peneirado é ótimo 
para impotência sexual, uma receita bem requisitada na 
medicina tradicional e que muitos procuram.
Pó medicinal
88
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Capítulo 7
10 PLANTAS
MEDICINAIS
Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra)
Alcaçuz são plantas nativas da região do Mediterrâneo (Europa) e Ásia. O gênero Glycyrrhiza possui 
em torno de 30 espécies dentre elas G. glabra, a mais conhecida, G. uralensis da Medicina Tradicional 
Chinesa e G. glandulifera do leste da Ásia, perto da Rússia. O nome do gênero vem do grego onde 
Glykos significa “doce” e rhiza raiz. 
Rizoma (caule subterrâneo) e raiz descascados ou não, estes secos que podem ser feitos 
extratos e pó. No comércio encontra-se as raízes desidratadas à venda.
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Glicirrizina, uma Saponina que está presente em mais ou menos 15% da infusão feita, é também 
responsável pelo efeito como adoçante. Também Cumarinas (do trato respiratório) e Flavonoides.
Alivia tosse e inflamações na garganta também devido ao efeito demulcente e anti-inflamatório, 
além de broncodilatador, lubrificando aumentando também o muco no local. Os flavonoides são 
responsáveis pelo efeito antioxidante tanto que são usados em produtos de beleza para ser aplica-
dos na pele evitando os danos causados pelos raios solares. Os flavonoides também são responsá-
veis pela cor amarela do chá. Esse composto tem a propriedade de diminuir a acidez no estômago 
inibindo a secreção dos ácidos e protege contra gastrite e úlceras. Também é comprovado o efeito 
contra doenças das glândulas adrenais, situada acima do rim quando estas produzem pouco 
hormônio, estimula a produção dos mesmos e faz o fígado e rins diminuirem a degradação de 
esteroides. A Glicirrizina também mostrou atividade protetora do fígado em testes em laboratório 
com substância hepatotóxicas (tóxicas a células de fígado). Por causa da propriedade demulcente, 
age melhorando desde a boca até a eliminação no trato genitourinário, tratando de cistite (inflama-
ção na bexiga).
Anti-inflamatória, Bactericida, Antiviral, Antifúngico, Antialérgico, Emoliente, Demulcente, Edulco-
rante, Hipolipemiante, Hepatoprotetora, Antitussígena, Expectorante, Antioxidante, Broncodilata-
dor.
Prefere solo arenoso, fértil, alcalino, com sol direto. Com 3 a 4 anos a planta está pronta para a 
colheita, quando as raízes são coletadas e secas. Costuma-se também usar os rizomas e as folhas, 
mas as raízes contém mais compostos. Tem um tom amarelado na parte interna e o chá fica bem 
amarelado.
Pode ser feita a tintura (ver capítulo 6) e tomar 40 a 100 gotas (2 a 5 ml) ou 1 colher de chá, isso 
misturado numa xícara d’água 3 vezes por dia. Tomar uma xícara da decocção 3 vezes por dia. A 
aplicaçãotópica é feita adicionando 1 colher de chá da tintura em 1/4 xícara de água (cerca de 
100ml) pra ficar mais forte e usar aplicando sobre a pele em casos de alergia. Por causa das proprie-
dades edulcorantes, como adoçante, é usado em produção de balas. Nos países de origem da 
planta são esmagadas e filtradas no que é feito um emplastro quando se coloca essa substância 
resultante para ferver até se formar uma pasta resinosa com a evaporação da água, que são chama-
das de extrato de Alcaçuz.
Fabaceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
PLANTIO
Pessoas idosas e mulheres, pessoas com hipocalemia (baixa de potássio) e hipertensão mostram-
-se mais suscetíveis a efeitos da glicirrizina, sobretudo quando se trata de superdosagem, usar com 
cuidado. Não usar na gravidez. Não usar por longos períodos para evitar intoxicação crônica.
RISCOS
PELE
PULMÃO
GARGANTA
BOCA
ADRENAIS
90
ESTÔMAGO
BEXIGA
FÍGADO
CHÁ DE ALCAÇUZ
Alecrim, como seu nome científico indica, é um arbusto (“Ros” do grego Rhops) aromático (“Marinus” 
de Myrinus), é a espécie oficial dos Alecrins (Officinalis) originária da região costeira do mar mediterrâ-
neo na Europa. Começou sendo usado pelos egípcios para embalsamar múmias. Posteriormente 
pelos gregos onde era usada em buquê de noivas simbolizando o “amor” e também com suas folhas 
depositadas no caixão, significando “morte”. Os portugueses no século 19 usavam na aromaterapia 
como incenso. Hoje em dia é cultivada em várias partes do mundo contendo mais de 10 variedades da 
planta com diversas características aromáticas. Pode ser usada tando medicinalmente para tratamen-
to interno e externo, quanto na culinária, melhorando o gosto da comida.
As folhas mais novas são mais usadas internamente para tratamento de doenças. Os ramos, os 
talos, folhas menores, flor e fruto secos triturados são empregados na culinária para temperar 
carnes, até churrasco. Em cozimento, após aplicada, é difícil sair o gosto dos alimentos, o recomen-
dado é usar com moderação. Também é usado na preparação de bolos e biscoitos. As flores tem 
aroma mais fraco, deixa um gosto leve nos pratos. O óleo essencial é largamente vendido e é obtido 
por destilação hidroalcoólica.
Óleos voláteis (que evaporam) como borneol, canfeno, cineol, alfa-pineno e cânfora. Compostos 
não-voláteis como Ácido cafeico, diterpenos amargos, flavonoides e triterpenoides.
Problemas neurológicos como Dor de cabeça, Memória, Alzheimer, Falta de concentração e Mau-hu-
mor. Digestivos como Má digestão, Gases, Enterocolite (inflamação no intestino), Hemorroidas, 
Falta de Apetite. Cistite (inflamação na bexiga) Dismenorreia (menstruação). Nas articulações com 
uso tópico para Reumatismo e Artrite.
Analgésica (suprime dor), Antioxidante (reduz radicais livres prevenindo acidentes celulares - 
câncer), Colerética (aumenta a secreção da íilis), Colagoga (estimula o fluxo da bílis), Antitumoral 
(previne acidentes celulares), Adstringente (fecha o tecido diminuindo secreção), Antisséptica 
(controla bactérias na mucosa), Carminativa (melhora digestão), Antiespasmódica (reduz tensão 
nos músculos), Antidepressiva (melhora o funcionamento dos neurônios), Circulatória (melhora 
circulação, Diaforética (faz suar), Diurética (aumenta o fluxo de urina), Cicatrizante (cura feridas).
Pesquisas indicam que na aromaterapia, ao atingir os neurônios, a substância inibe uma enzima 
que bloqueia as transmissões sinápticas fazendo com que as mesmas trabalhem mais melhorando 
memória, concentração, e curando depressão, aumentando o estado de alerta, também prevenindo 
Alzheimer futuramente.
Pode comprar o óleo essencial para aplicação tópica na pele ou aromaterapia. O óleo essencial 
pode ser aplicado em algodão para massagear áreas doloridas de articulações misturando 5 gotas 
em azeite de oliva, ou preparando o óleo medicinal (Capítulo 6). Pode usar as folhas novas para 
fazer o chá colocando 1 colher de chá da erva seca (ou duas da erva fresca) em uma xícara de água 
fervente, abafar por 15 minutos, coar e beber 1 xícara 3 vezes por dia. Esse chá pode também ser 
aplicado no cabelo para aumentar o crescimento, ou para controlar caspas. Caso tenha feito tintura, 
pingar 50 gotas em uma xícara de água e beber. Fazer um chá forte com 10 colheres de sopa em 1 
litro de água para banho de assento para hemorroidas. Nos preparos na culinária, usa-se desde as 
flores em saladas, que são menos aromáticas, como as folhas, flores e os talos verdes picados, 
porém deve-se ter prudência, pois o gosto não sai depois de aplicado.
É fácil de ser feito propagação a partir de um ramo por estaquia direto na terra ou mergulhia em 
água (Ver capítulo 5). Logicamente é preferível obter uma planta nova por semente, pois propagação 
é uma continuação da planta de origem e flora mais rápido pois é como se ela já viesse adulta. Os 
arbustos são espalhados e fáceis de ser coletados. Preferir simular o ambiente de origem que é solo 
rico em calcário, de neutro a pouco alcalino de sol direto. Por causa da riqueza de compostos a 
planta é resistente a pragas.
Alecrim (Rosmarinus officinalis)
Lamiaceae (mesma família da Menta)
HISTÓRICO
CÉREBRO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
PLANTIO
FÍGADO
BEXIGA
MENSTRUAÇÃO
HEMORROIDAS
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
91
CHÁ DE ALECRIM
DIGESTÃO
ARTICULAÇÕES
CIRCULAÇÃO
Alecrim-Pimenta (Lippia sidoides)
Planta arbustiva comum na vegetação do Nordeste (Semi-árido e Cerrado) do Brasil, mas muito distri-
buída pelo país. É usada mais para tratamento Anti-inflamatório, pois é mais forte que sua “espécie 
irmã” a Erva-cidreira Lippia alba, sendo usada também topicamente para tratar de odores no corpo e 
chá forte para gargarejo contra mau hálito sem engolir. Os frutos são bem menores, as flores mais 
esbranquiçadas (embora as cores das flores destas espécies variem bastante) e as folhas com aspecto 
coriáceo brilhoso com pecíolo grande. Pode ser confundida com Lippia gracilis onde seu uso não é 
recomendado. Há uma outra espécie muito parecida, a Lippia microphyla que é usada para inalação, que 
tem cheiro forte de eucalipto e faz bem, mas Lippia gracilis pode fazer mal por características irritantes 
da mucosa do pulmão.
Folhas e flores
Nas folhas o óleo essencial timol e corvacrol. Tem também flavonoides e quinonas que agem como 
antisséptico.
Usar na culinária para temperar alimentos. Doenças como Rinite alérgica, Espirros, Alergia, 
Doenças na pele, Garganta, Micose, Infestação de caramujo, Mosquito da dengue, Acne, Sarna, 
Pano-branco, Impingem, Mau-cheiro nas partes do corpo como axila, virilha e pés.
Bactericida, Fungicida, Antisséptica, Moluscicida (mata moluscos como caramujo), Larvicida (mata 
larvas da dengue), Anti-cárie.
Propagar a planta a partir de ramo fino com rega frequente até enraizar ou por mergulhia trocando 
a água frequentemente.
Chá, Tintura diluída em água para gargarejo, Desodorante antisséptico intimo feminino. Colocar 3 
colheres de chá das partes picadas em 1 xícara de chá de água fervente, tampar e coar após 10 
minutos.
Verbenaceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
PLANTIO
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
AXILAS, VIRILHA E PÉS
92
ACNE
PELE
GARGANTA
VIAS AÉREAS
Babosa (Aloe vera)
Aloe vera (Sinônimo de Aloe barbadensis) é uma das três babosas mais utilizadas no Brasil como A. 
arborescens (com espinhos maiores) e A. ferox (com folhas mais grossas), porém Aloe vera é mais eficaz. 
Não se sabe se é originária da África tropical ou da região do Crescente fértil no Rio Nilo que se situa 
mais ao norte da África, devido a ser distribuída no mundo inteiro. Começou sendo usada como antído-
to pelos povos da África, depois como cicatrizante pela Europa. Até na bíblia tem relatos de uso de 
aloés (quando se deixa secar a mucilagem das folhas tornando uma resina com a evaporaçãoda água), 
como quando Jesus foi crucificado, onde era aplicado para retardar putrefação do corpo junto com a 
mirra aromática (feita com cascas de Commiphora myrrha).
As folhas que são grossas são coletadas com um corte na base. Na parte internada folha tem uma 
substância como baba que dá nome a planta babosa. Porém é dividida em duas partes, o látex e o 
gel. O látex está mais perto da folha nesta secção transversal (corte) e tem coloração amarelada e o 
gel está na parte interna sendo transparente.
O látex contém antraquinonas e glicosídeos (aloína e aloe emodina) e o gel contém muitos polissa-
carídeos (aloeferon). Há efeito sinestésico quando usados juntos, mas o uso isolado também 
apresenta certas características. Outros como saponinas e cromonas.
Uso externo para Queimaduras, Pele ressecada, Feridas, Infecções por fungos e Bactérias, Micose, 
Irritação na pele, Picadas de insetos, Alergias e Coceiras, Condicionador para cabelos (sobretudo 
misturado com Camomila sem ir para o sol para não mudar o cabelo de cor), Hemorroidas (fazendo 
um supositório cortando com a faca para deixar a camada do gel exposta onde a parte do gel entra 
e a parte do látex sobrepõe a parte externa do ânus), Contusões (pancadas). Uso interno no trato 
digestivo para Constipação, Falta de apetite, Má-digestão. Diabetes (a parte externa da camada 
interna, ou seja, parte do látex amarelo perto das folhas tem comprovada ação para diminuir os 
níveis de glicose no sangue), Gastroprotetora (tanto por causa da mucilagem resinosa dos polissa-
carídeos, que revestem o estômago, quanto por agir impedindo úlceras) e Anticâncer (devido ao gel 
interno que aumenta proliferação de células boas e inibem proliferação de células cancerosas).
Laxante (aumenta movimento peristálticos do intestino), Purgativa (laxante forte), Colagoga 
(aumenta produção da bile), Cicatrizante, Anti-inflamatória, Bactericida, Fungicida (cicatriza 
ferimentos e evita inflamação controlando microorganismos), Emoliente (mantém o local de aplica-
ção hidratado), Vermífuga (mata vermes no intestino), Hipoglicêmica em diabéticos (do látex, 
camada mais perto da folha). O excesso de uso do látex com antraquinonas causa nefrite, inflama-
ção nos rins que pode provocar retenção de água no corpo, o que é prejudicial.
O plantio geralmente é feito coletando dos arredores de uma planta uma planta filha que nasce pela 
raiz da mesma. Não tolera muita rega devido a reservar muita água na parte interna. Plantar em solo 
arenoso, bem drenado e não muito argiloso com sol direto. 
Cortar uma folha no sentido vertical e aplicar sobre a pele. Raspar o gel incolor interno para formar 
um amontoado e aplicar, ou o composto com látex amarelado e gel misturado. Cortada em rodelas, 
também pode ser usada para fazer uma tintura (ver Capítulo 6). Colocar 1 colher de sopa da tintura 
de babosa em uma xícara de água e tomar 3 vezes por dia para purgante, e metade da dosagem ou 
uma colher de chá em água 3 vezes por dia para estimular o apetite, constipação e outros problemas 
mais leves. popularmente é feito a mistura de álcool e água com alguns pedaços da folha para 
aplicação tópica.
Asphodelaceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
PLANTIO
PELE
INTESTINO
ESTÔMAGO
HEMORROIDAS
SANGUE
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
93
CIRCULAÇÃO
FÍGADO
CABELO
PLANTA BABOSA CULTIVADA
Capim-santo (Cybopogon citratus)
Capim-santo, Capim-limão ou Capim-cidreira é uma planta herbácea muito aromática cultivada no Brasil para uso 
de chá ou extração de seu óleo essencial. É originário da Ásia em regiões de savanas, porém bem distribuído 
pelo mundo para cultivo. É apreciada não só pelas propriedades medicinais, mas pelo gosto. Pertence ao gênero 
Cymbopogon onde existe a C. citratus, mais usada, e uma espécie com as mesmas propriedades, porém de tama-
nho maior, a C. flexuosus e C. winterianus conhecida como Citronela usada na medicina tradicional como agente 
repelente de insetos, sobretudo o mosquito Aedes aegypti, vetor da Dengue e Zika, porém também pode ser usada 
para gripe.
Na medicina tradicional, usa-se as folhas de preferência frescas e não desidratadas, pois assim os 
óleos, que são voláteis, não escapam na secagem se for feita diretamente ao sol, além disso, usar 
as folhas frescas dá um gosto melhor ao chá. Mas se a planta for seca do modo certo (à sombra) não 
tem problema. Na culinária em diversos países as touceiras são coletadas e vendidas, porém só as 
partes brancas bulbosas e são descartadas as folhas, o que sobra são desidratadas e cortadas em 
rodelas para usar como condimento na cozinha ou temperar vinagres. O óleo essencial também é 
vendido para uso tópico. O Capim-santo liofilizado (congelado e bruscamente transformado em pó 
para conservar) é vendido no exterior, pois nesta forma conserva mais as suas propriedades essen-
ciais em contraste com os talos desidratados. O óleo essencial extraído deve ser guardado em 
temperatura ambiente ao abrigo da luz para evitar deterioração. A secagem não deve exceder 50º 
para evitar perda dos compostos.
O componente em maior quantidade nos óleos voláteis é o Citral chegando até a 86%, porém 
também existe o geraniol, nerol, citronelol, mircenol e borneol. Na planta tem também Triterpenoi-
des e Flavonoides.
Na medicina popular é mais usada para Dor de cabeça, Dores nas articulações (com uso tópico), 
Depressão, Ansiedade e Insônia. Repelente contra insetos, Cólica intestinal, Cólica menstrual, 
Digestão, Gases.
Antiespasmódica (relaxa musculatura), Calmante (estabiliza a tensão), Depressor do sistema nervo-
so central (estabiliza o humor curando ansiedade), Antidepressiva (estabiliza o humor curando 
depressão), Analgésica (para dor de cabeça). Mas também se usa como Carminativa (melhora diges-
tão), Febrífuga (cura febre), Antisséptica, Bactericida, Fungicida (age contra micróbios), Adstringen-
te (bloqueia secreção), Sedativa (provoca sono) e Tônica (revigora as energias).
Solo fértil, úmido, bem drenado. Multiplica-se por touceiras e pode ser coletada em qualquer época 
do ano. Geralmente, no exterior, mesmo em locais onde se cultiva e se usa na culinária, a planta é 
coletada e posta à venda sendo removidas as folhas e deixado o talo para venda pois são mais 
valorosos para isto.
Tomar 1 xícara do chá 3 vezes por dia fazendo com 1 colher de chá da erva seca picada (ou 2 colhe-
res da erva fresca) em 1 xícara (175 ml) de água fervente, tampando para abafar por 10 minutos e 
coar com uma peneira fina para não sobrar resquícios da folha que são irritantes da mucosa. O 
emplastro geralmente é feito com as folhas machucadas e transformadas em uma pasta, mas aqui 
pode-se adicionar azeite para molhar mais e levar ao fogo por 1 minuto mexendo aplicando nas 
articulações quando esfriar. Fica bom com limão em um suco. Como as raspas da casca de limão 
são usadas em cozidos para dar gosto, o Capim-santo é usado por cozinheiros, sobretudo a parte 
bulbosa, pois é mais suave, em vez das folhas que são irritantes da mucosa.
Poaceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
PLANTIO
CÉREBRO
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
94
SISTEMA RESPIRATÓRIO
ARTICULAÇÕES
SISTEMA GENITURINÁRIO
DIGESTÃO
Erva-cidreira (Lippia alba)
Planta comum no Nordeste brasileiro (Caatinga e Cerrado). Arbustiva, mas distribuída por todo o 
Brasil, usada principalmente como Calmante e Antiespasmódica, porém também possui atividade 
antimicrobiana (Bactericida e Fungicida) assim como uma espécie relacionada, o Alecrim pimenta 
(Lippia sidoides) que é mais forte para uso tópico. Possui folhas com pecíolo menor, membranáceas 
(sem muito brilho e com epiderme fina), com flores coloridas arroxeadas / cor-de-rosa e frutos maio-
res. Pode ser confundida com Lippia gracilis, seu uso não é recomendado e também com a Lippia micro-
phylla que é usada para inalação com cheiro deEucalipto, mas Lippia gracilis pode fazer mal por caracte-
rística irritante da mucosa do pulmão. Há uma espécie conhecida como Melissa officinalis que é da 
Europa, que também é conhecida como Erva-cidreira e tem as mesmas propriedades Sedativas, 
Antidepressiva e Bactericida que os naturalistas colonizadores perceberam a semelhança no uso 
medicinal entre as duas, mas esta é da família da Menta (Lamiaceae) e não da família das Ervas-cidrei-
ras comum no Brasil (Verbenaceae) como a Lippia alba.
Usar as folhas maiores e mais ásperas da planta, também as inflorescências maiores pois tem mais 
citral mirceno. Inflorescências menores com flores não desenvolvidas em ramos delicados tem 
mais citral e limoneno. Inflorescências menores podem ter carvona e limoneno que é potente expec-
torante.
O Citral é calmante. O Mirceno analgésico. Citral e Limoneno tem característica sedativa e ansiolíti-
ca. Carvona e Limneno expectorante com ação no sistema respiratório.
Cólica uterina e intestinal.
Calmante, Espasmolítica, Analgéstica, Sedativa, Ansiolítica, Expectorante, Antiespasmódico, 
Emenagogo, Digestivo, Antitussígeno, Diaforético.
As sementes são difíceis de germinar, mas é muito fácil de ser propagadas a partir de um ramo 
saudável e novo.
Não usar em hipotensos
1 colher de chá da planta seca em água fervente, tampar por 10 minutos, coar e beber 3 vezes por 
dia. 3 gotas da tintura em 1 xicara de água e beber após as refeições como carminativo (melhora a 
digestão). 1 colher de chá 3 vezes por dia.
Verbenaceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
PLANTIO
CÉREBRO
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
95
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA DIGESTIVO
MENSTRUAÇÃO
Árvore-avenca (Ginkgo biloba)
Uma espécie arbórea de até 20 metros que sobreviveu à época dos dinossauros, considerada um 
fóssil vivo. Surgiu há mais de 200 milhões de anos. Apesar de ser primitiva a ponto de não produzir 
flor (ser do grupo das gimnospermas, ver capítulo 1) é uma das plantas mais usadas na Fitoterapia 
mundial. É natural da China sendo popular no Japão e na Medicina Tradicional Chinesa, mas pode ser 
encontrada à venda a erva seca no Brasil. Também é cultivada no sul do Brasil onde floresce e frutifi-
ca bem. Nos locais de origem também se usa as sementes, mas houve depois a popularização mun-
dial do uso das folhas sendo mais eficaz.
Folhas que são amargas e adstringentes e sementes
Flavona, Flavonoides, Beta-sisterol, Lactonas e Antocianina. Ginkgolídeos A, B e C que são trilacto-
nas diterpênicas, e bilobalídeos (trilactonas sesquiterpenicas)
Alzheimer, Problemas cardiovasculares, Memória. Pode ser usada no tratamento depois do desma-
me de Clonazepam (que afeta a memória) com acompanhamento médico. Melhora a impotência em 
homens, sobretudo depois de cirurgia (pois a ereção é envolvida com a circulação).
As folhas tem propriedades circulatórias (Vasodilatadora, Circulatória), age na respiração (Bronco-
dilatadora) e as sementes também tem propriedades antisséptica, antifúngica e antibacteriana, (são 
antimicrobianas). A principal ação se dá pela mistura de suas substâncias que ocorre em uma planta 
saudável formando o que na fitoterapia se chama complexo fitoterápico (ginkgolídeos, bilabolídeos, 
flavonoides glicosilados da rutina, flavonoides glicosilados da isoramnetina acoplados ao ácido 
cumárico, biflavonoides ginkgonetina, bilobetina, amentoflavona, etc.).
Não usar se estiver tomando Aspirina, ou se estiver em período antes de cirurgia.
Fazer a decocção com as sementes (3 sementes em meio litro de água).
Fazer a tintura das folhas e tomar 1 colher de chá (5 ml) diluído em uma xicara de água 3 vezes por dia. 
Há pessoas que ingerem diariamente 1 colher de suas folhas amassadas, porém deve-se saber da 
procedência.
Ginkgoaceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
96
CÉREBRO
IMPOTÊNCIA
CIRCULAÇÃO
RESPIRAÇÃO
Guaco (Mikania glomerata)
Planta rasteira nativa da América do sul conhecida por Guaco, como era chamada uma ave que comia 
a planta para depois predar cobras e não serem afetadas pelo veneno, tendo assim os nativos desco-
berto empiricamente a atividade antiofídica da planta. O nome Mikania vem uma homenagem a um 
botânico de sobrenome Mikan. Foi usada popularmente pelos nativos do Brasil, pelos Maias da Améri-
ca do sul (os povos que colonizaram a América do sul vindos da África/Ásia com a evolução humana 
dando origem aos indígenas locais de hoje). Começou sendo usada depois do descobrimento do 
Brasil, como aplicação tópica na pele, nos nervos, reumatismo, etc. Depois descobriu-se ser um pode-
roso expectorante. Outra espécie de nome Mikania laevigata também tem efeitos parecidos.
Folhas desidratadas secas, ou frescas
Cumarinas (que dá o cheiro forte quando se ferve as folhas na água), Taninos, Óleo essencial, 
Glicosídeos e Saponinas.
No sistema respiratório como Gripes, Resfriados, Tosses, Bronquite, Asma, Faringite, Laringite, 
Rouquidão, Garganta inflamada. Contusões, Alergia, Nevralgia (que atinge nos nervos), Reumatis-
mo, Artrite.
Antigripal, Peitoral, Broncodilatador, Antitussígena, Expectorante, Relaxante da musculatura da 
árvore brônquica, Emoliente. Também trata Alergia por causa do efeito anti-inflamatório. Bacterici-
da, Tônica (revigora as energias), Depurativa, Febrífuga, Aperiente, Relaxante da musculatura 
uterina.
Plantar por propagação com estaquia ou mergulhia, como descrito no capítulo 5. Ao se plantar, 
como a planta é trepadeira, criar um suspensor de madeira para que a mesma se desenvolva ao 
longo dela. Certifique-se de que a planta suba no mesmo enrolando quando ela estiver recém-plan-
tada.
Decocção, que é o cozimento da erva, serve para gargarejo para infecções na boca e garganta 
devido ao seu efeito anti-inflamatório, emoliente e bactericida.
Tintura para aplicação local e para consumo. Colocar 1 colher de chá da tintura em um copo de água 
e beber dois desses por dia.
Lambedor colocando 1 xícara da erva seca picada e 10 xícaras de água para ferver e quando der 
cheiro coar, juntar o açúcar e deixar em fogo brando até adquirir consistência (tem outras formas de 
se fazer um lambedor no capítulo 6).
Com Glicerina e extrato de Guaco se faz um produto para aplicação tópica.
Asteraceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
PLANTIO
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
97
ÚTERO
CONTUSÕES
ARTICULAÇÕES
SANGUE
RESPIRATÓRIO
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
Mastruz (Chenopodium ambrosioides)
Uma planta herbácea que tem um cheiro característico canforáceo, um pouco enjoado, originária de 
partes tropicais do continente americano, no Brasil ocorre no sul e sudeste crescendo espontanea-
mente, é também cultivada em regiões subtropicais. Ocorre também em outros continentes com 
clima propício como no da África.
Folhas, frutos, óleo e raízes de plantas em idade adulta (floração).
Nas folhas, 9% de óleo essencial com 90% de ascaridol, nos frutos 20% de óleo essencial com até 
90% de ascaridol. Porém varia de acordo com o método de extração e procedência da planta de 
acordo com condições de cultivo e linhagem genética. Contém ácido palmítico, ácido oleico, ácido 
linoleico, Vitamina C, Carotenoide, Flavonoide, Terpenoides e Saponinas.
Bronquite, Tuberculose, Contusões, Fraturas, Verminoses intestinais, Pneumonia, Gripe. Em alguns 
países a planta é usada para tratar pragas em locais de armazenamento de cereais, seja contra 
insetos ou contra fungos em alternativa a inseticidas e fungicidas do mercado. Além de matar os 
insetos e espantar, é fungistático, ou seja, inibe o crescimento de fungos. Como é um Anti-helmínti-
co (age contra parasitas) é usado para tratar feridas de Leishmania, doença conhecida como calazar 
(quandoo Mosquito-palha que vive em bordas de mata, pica um reservatório infectado que pode ser 
um cachorro ou roedor, por exemplo, se contamina com o parasita e pica o homem), também do 
Trypanosoma (parasita da doença de Chagas que dentro do besouro conhecido como Barbeiro se 
prolifera, com picada no rosto frio descoberto do homem na cama à noite, entra e se polifera no 
sangue humano colonizando células de músculo como o do coração deixando-o fraco) e Trichomo-
nas (que causa Infecção sexualmente transmissível).
Estomáquica, Antirreumática, Anti-helmíntica. Também Acaricida e Inseticida devido o ascaridol. 
Em aplicações como inseticida, age no sistema nervoso do inseto. Anti-inflamatório, Antitumoral. 
Por causa dos flavonoides e terpenoides tem ação anticâncer. Pode ser tóxica, usar com cuidado. 
Na medicina tradicional há relatos de causas de surdez com o uso frequente.
Consumida em excesso causa náuseas, tonturas e prostração.
É cultivada para fazer uma bebida conhecida como “Mastruz com leite” usada popularmente contra 
vermes intestinais. Usa-se também para Compressa e Ataduras em feridas. Óleo medicinal extraído 
das folhas e frutos por arraste de vapor (colocar numa panela com água embaixo e as folhas em 
cima, como de fazer cuscuz, com tampa vedada e coloca uma mangueira de cobre saindo da tampa, 
passando por um recipiente de água fria como galão de água mineral e recuperando a água pecipita-
da que desce para depois separar o óleo). Também usado na culinária em feijões e outros pratos na 
América do sul por nativos locais.
Amaranthaceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
CUIDADOS
SANGUE
CONTUSÕES
98
VAGINA
REUMATISMO
SISTEMA DIGESTIVO
RESPIRATÓRIO
ESTÔMAGO
Everson Azevedo - Guia de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
Mil-folhas (Achillea milefolium)
Membro do gênero Achillea com 85 espécies pelo mundo, dentre elas a Mil-folhas Achillea milefolium. O 
nome Achillea é uma homenagem ao deus Grego Aquiles que utilizava a planta para curar hemorragias 
e feridas e segundo a lenda, utilizou a planta para tratar um rei; o epíteto millefolium vem da aparência 
das folhas, uma folha composta dividida em vários folíolos bem pequenos, chamando assim de Mil-fo-
lhas. Foi encontrada em cavernas utilizadas pelos Neandertais (outra espécie dos hominídeos que 
conviveu conosco) há mais de 60 mil anos (descoberta pelo pólen que estava nesta caverna, a estrutu-
ra mais resistente da planta). Possivelmente foi levada até a América no curso da colonização do 
mundo pelos europeus, mas os nativos americanos inígenas já usavam uma espécie mais potente 
parecida Achillea lanulosa. É nativa da Europa, Ásia e América do Norte, foi trazida pelos nossos coloni-
zadores para o Brasil, no Brasil inteiro é bastante cultivada para fins medicinais.
Inflorescências picadas, a parte que tem mais componentes químicos na planta.
Produz um óleo essencial de cor azul, devido a azuleno e germacreno. Contém terpenos, sesquiter-
penos, taninos, mucilagens, cumarinas, resinas, saponinas, esteroides, ácidos graxos, alcaloides, 
princípios amargos, lactonas, flavonoides, aminoácidos essenciais que precisamos na dieta 
(histidina, leucina, lisina), ácidos fenólicos, ácido ascórbico e acido fólico. 
Infecção nas vias respiratórias (a infusão é eficaz devido as cumarinas), astenia (indisposição), 
flatulência, dispepsia (desconforto digestivo), diarreia, febre, gota, hemorroidas (estanca hemorra-
gia por ser adstringente por causa dos taninos), contusões, feridas na pele, dor muscular e de 
cabeça (analgésica), gases intestinais, cálculo renal, prostatite, fissura anal, dor reumática, cólicas 
menstruais, cólicas renais devido a cálculo, por causa de seu efeito diurético, hipertensão, furúncu-
los, doenças hepato-biliares.
Sistema cardiovascular, sistema respiratório, sistema gastrintestinal, sistema nervoso central. 
Hipotensora, vasodilatadora, ansiolítica, antiespasmódico, anti-inflamatório, hepatoprotetora, 
colerética, aperiente, anti-dispéptico, diurética, cicatrizante, analgésica, tônica e estimulante, vulne-
rária, carminativa, antioxidante.
As lactonas sesquiterpênicas podem causar alergia, algumas
pessoas com problemas de dispepsia podem ter sensibilidade
ao uso. Não recomendado na gravidez. Pode apresentar
propriedade anticoagulante.
Usa-se internamente como chá ou externamente como loção, pomada caseira e cataplasma. 1 
colher de inflorescências picadas em uma xícara de chá (175 ml) adicionando água fervente, 
tampando deixando por 10 minutos, coando e bebendo duas xicaras dessas
por dia. Fazer banho de assento com o chá aplicando por 15 minutos.
Faz-se cataplasma com as inflorescências aplicando no local por 
15 minutos. Fazer o suco com as inflorescências da planta fresca. 
Pode ser feito rapé, como os índios usam. Na cosmetologia orgânica 
é usada pra fazer xampu.
Asteraceae
HISTÓRICO
AÇÃO
PRA QUE SERVE
COMPONENTES
PARTES USADAS
FAMÍLIA
USOS
CUIDADOS
99
RINS
FÍGADO
ÚTERO
FERIDAS
HEMORROIDAS
ARTICULAÇÕES
CONTUSÕES
CORAÇÃO
FEBRE
DOR DE CABEÇA
SISTEMA DIGESTIVO
RESPIRATÓRIO
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Capítulo 1: Origem e Evolução das plantas
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Pé de feijão http://www.blogdajulieta.com.br/wp-content/uploads/2010/01/2007_feijao_beanstalk.jpg
Huperzia http://www.carolinanature.com/trees/hulu1280886.jpg
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Cap. 3: Morfologia Vegetal e identificação de Plantas
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Fossa séptica protege o solo e a água da contaminação http://g1.globo.com/economia/agronegocios/vida-rural/noti-
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VTDZ0=/1200x630/filters:max_age(3600)/s01.video.glbimg.com/deo/vi/00/36/1573600
70 PERFIL E HORIZONTES DO SOLO https://www.passeidireto.com/arquivo/4911450/unidade-9---per-
fil-e-horizontes-diagnosticos https://files.passeidireto.com/2becd639-ade0-4116-ae5e-515974b9f848/bg1.png
Borrifador, Bom cultivo https://www.bomcultivo.com/dimy-inseticida-pronto-uso-500ml https://cdn.awsli.-
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Lagarta Agrius convolvuli https://it.wikipedia.org/wiki/Agrius_convolvuli https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com-
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Pulgão - What Do Ladybugs Eat? https://www.ladybug-life-cycle.com/what-ladybugs-eat.html
Besouro preto https://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-ideia-a%C3%A9re-
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Tripes http://www.weblabor.com.br/tag/tubo-longo-perfurador-sugador/
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Acaro http://www.bonsaidocampo.com.br/loja/index.php/dicas/2016-06-15-11-01-28/pragas-e-doencas https://www.agro-
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Coreoidea do Mundo (Insecta: Hemiptera: Heteroptera) https://www.flickr.com/groups/coreoidea/pool/wi-
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Referências Bibliográficas do Capítulo 5
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Título Original: Herbs & Spices.
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Imagens para inspiração nos desenhos
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Estufa http://www.botanicaamazonica.wiki.br/labotam/doku.php?id=pro-
jetos:sgc:natura:protocolos:coleta#fotografia
Sobrado quintal - Adriana S. https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g1517366-
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Demais Fotografias: Everson Azevedo
Referências bibliográficas do Capítulo 6
106
Capítulo 6: Uso de Plantas Medicinais
Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
107
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAP. 7
LIVROS E ARTIGOS CIENTÍFICOS
Lorenzi, Harri. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas / Harri Lorenzi, Francisco José de Abreu Matos - 2ed - Nova Odessa, SP: 
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Curtis, Susan. O livro de receitas das ervas medicinais - São Paulo / SP: Publifolha, 2011
Saad, G. A., 2016 Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica 2. ed. Editora GuanabaraKoogan, Rio de Janeiro
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%2C10%5D&lingua=&grupo=5&genero=Lippia&especie=origanoides&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato
=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&i
lhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca
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Capítulo 7 - 10 Plantas Medicinais
108
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Verbena inflorescencia http://c8.alamy.com/comp/BA0W14/blossoms-and-leaves-of-the-me-
dicinal-plant-eisenkraut-druidenkraut-BA0W14.jpg
Aloysia tryphila http://hortuscamden.com/images/plants/Aloysia_triphylla.jpg
Aloysia tryphila http://www.plantsystematics.org/users/jdelaet/9_2_12_4/je00121a/nDSC_1957.jpg
Lantana http://www.carolinanature.com/trees/laca3245.jpg
Lantana http://www.pitchandikulam-herbarium.org/img/plants/flower/lantana_camara_flower6.jpg
Flor Lantana https://en.wikipedia.org/wiki/Lantana#/media/File:LantanaFlowerLeaves.jpg
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Chenopodium ambrosioides L. http://www.zimbabweflora.co.zw/speciesdata/species-record.php?record_id=38568
Chenopodium ambrosioides A patita Flora de Alicante http://www.apatita.com/herbario/Amaranthaceae/Chenopo-
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A new ecotype of Mikania glomerata Spreng. (Asteraceae) rich in essential oil in southern Brazil FIGURA 1. Plasticida-
de fenotípica foliar de Mikania glomerata.https://www.researchgate.net/figure/281426015_fig1_-
FIGURA-1-Plasticidade-fenotipica-foliar-de-Mikania-glomerata
Canguçu em cores - Guaco https://cangucuemcores.blogspot.com.br/2009/09/guaco.html
Guaco https://eco4u.files.wordpress.com/2012/05/guaco.jpg
Demais fotografias: Everson Azevedo
www.guiadeplantasmedicinais.com

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