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FCE - Geografia Agrária

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Geografia Agrária
Geografia agrária brasileira
1. 
A propriedade de terra no Brasil sempre esteve relacionada com a aquisição de poder. Acerca deste tema, a reforma agrária é fruto de um amplo debate no Brasil desde a década de 1950 e tem amplo apelo político, sendo regularizada, dentro dos contextos legais do Estatuto da Terra, em 1964. 
Sobre reforma agrária, assinale a alternativa correta:
D. 
A reforma agrária no Brasil fracassou devido à grande influência dos grandes produtores rurais no meio político brasileiro.
É consenso entre os autores que os lobbies dos grandes proprietários de terra – chamados de ruralistas – no Congresso Nacional foram e, ainda são, responsáveis pelo travamento da reforma agrária no Brasil. Tal fato ficou mais evidente durante a elaboração da Constituição de 1988. A reforma agrária no Brasil, de forma geral, fracassou.
2. 
Existem diversos indices que aferem a situação social e econômica dos países. O coeficiente de Gini foi desenvolvido pelo estatístico italiano Corrado Gini e publicado em 1912.
O coeficiente de Gini é um instrumento internacionalmente utilizado para medir o:
B. 
grau da distribuição das riquezas de determinado lugar.
O índice ou coeficiente de Gini é uma medida de desigualdade de dados que é muito utilizada para medir a desigualdade de renda. Quando mede a desigualdade social, indica se há muita ou pouca diferença entre os mais pobres e os mais ricos, em uma região ou país. Os valores deste coeficiente são representados entre 0 e 1, em que, quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade social. Sendo 1, a desigualdade atinge o máximo possível. Atualmente é um dos principais indicadores de desigualdade social para todos os países do mundo. Quando se trata de PIB, existem incontáveis fatores que afetam essa variável e, no caso do grau de superação do agricultor pequeno sobre o latifúndio, essa é uma métrica que nem beira a facilidade de ser medida por um coeficiente, devido às diferenciações e competições de mercados comerciais. Já as demais alternativas não contam com coeficientes específicos para sua medida.
3. 
Ao longo da história, o setor agrícola no Brasil passou por diversos ciclos e transformações, indo desde a economia canavieira, pautada principalmente na produção de cana-de-açúcar, durante o período colonial, até as recentes transformações e a expansão do café e da soja.
Atualmente, essas transformações ainda ocorrem, sobretudo garantindo um ritmo de sequência às transformações técnicas ocorridas, a partir do século XX, como a mecanização da produção e a modernização das atividades.
Sobre a história da agricultura no Brasil, assinale as assertivas corretas:
I. Mesmo no período conhecido por pré-colonização, o Brasil já possuía uma civilização agrícola desenvolvida.
II. Achados arqueológicos no vale dos rios amazônicos mostram que já existia agricultura antes mesmo da chegada dos colonizadores.
III. Os achados arqueológicos apontam que 10.000 anos antes de Cristo já existia produção de soja no Brasil.
Você acertou!
A. 
Apenas II está correta. 
As comunidades indígenas tinham necessidade de plantar para comer, de subsistência. Não se pode considerar essa agricultura como desenvolvida, e sim como primitiva. Há registros arqueológicos de cultivos no vale dos rios de 10 mil anos A.C. A soja foi inserida, sendo uma cultura originada na Ásia; não era cultivada antes  da colonização portuguesa. 
4. 
"Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram. Ali não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na costa. Somente deu-lhes um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, que querem parecer de aljaveira, as quais, peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza, e com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar." (Trecho da carta de Pero Vaz de Caminha)
O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período "pré-colonial" (1500-1530), foi marcado pelo(a):
Você acertou!
A. 
 envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil.
Nos primeiros trinta anos da colonização, observamos que os portugueses limitaram-se a enviar expedições de reconhecimento e proteção ao litoral brasileiro. Sob o ponto de vista econômico, a extração do pau-brasil era realizada por meio da mão de obra dos índios, que recebiam pequenas mercadorias pelo serviço prestado (escambo). O envio de expedições exploratórias ao interior e o escambo do mogno brasileiro, eucalipto e da produção de açúcar surgiram após esse primeiro período de colonização.
5. 
"Nas últimas cinco décadas, a ciência, a tecnologia e a inovação (CT&I), em conjunto com a disponibilidade de recursos naturais, as importantes políticas públicas, a competência dos agricultores e a organização das cadeias produtivas, tornaram o Brasil um grande protagonista na produção e exportação de produtos agrícolas." BOLFE, L. E. Visão 2030: o futuro da agricultura brasileira (Coord.). Brasília, DF: Embrapa, 2018.
Sobre a agricultura no Brasil, leia as afirmações abaixo:
I. Foram fatores importantes de migração da população do campo para as cidades: o aumento da mecanização e a liberação de mão de obra na agricultura. 
II. A política agrária dos últimos anos foi muito insuficiente para superar a desigualdade extrema no meio rural e alimentar um rompimento com o nosso passado colonial.
III. As relações capitalistas modernas no campo foram marcadas pelos boias-frias, trabalhadores contratados apenas na época produtiva e sem contratos, além de sazonais. 
IV. O avanço da pecuária extensiva na Amazônia e a ocupação das áreas de Cerrado visando à cultura de grãos resultaram na redução da taxa de urbanização dos Estados do Mato Grosso e de Rondônia.
Assinale a alternativa cujas as afirmativas estão corretas.
Resposta correta.
A. 
Apenas I, II e III estão corretas. 
O aumento da mecanização e a liberação de mão de obra na agricultura influenciaram no êxodo de pessoas da zona rural para os centros urbanos. 
A desigualdade no campo ainda existe; marcas como o latifúndio são consideradas heranças do período colonial. Isso é relacionado com a insuficiência no desenvolvimento de políticas agrárias dos últimos anos.
As relações capitalistas modernas no campo foram marcadas pelos boias-frias, trabalhadores contratados apenas na época produtiva e sem contratos, além de sazonais. 
O avanço da pecuária extensiva na Amazônia e a ocupação das áreas de Cerrado visando à cultura de grãos resultaram no AUMENTO, e não na  redução, da taxa de urbanização dos Estados do Mato Grosso e de Rondônia.
Agricultura e modo capitalista de produção
1. 
Nas relações capitalistas de produção, o trabalhador é submetido a um regime de exploração do trabalho. O trabalho, por conseguinte, irá gerar o valor da mercadoria. Nesse contexto, o valor de troca é gerado, entre outras coisas, pela mão de obra exercida no processo produtivo, de acordo com a leitura de Karl Marx.
Tendo em vista esse contexto, para que o capitalista tenha lucro, ele paga ao trabalhador um valor menor que o da quantidade produzida. Essa diferença Marx chama de:
C. 
mais-valia.
É a mais-valia que caracteriza o valor não pago ao trabalhador; o valor de troca é caracterizado pelo preço da mercadoria no ato da venda; a alienação é caracterizada pela separação ou pela falta de consciência da relação do trabalho com a fabricação do produto/mercadoria à qual o proletário é submetido; a cultura capitalista e o lucro excedente também não correspondem à pergunta. 
2. 
A inserção da agricultura no contexto capitalista veio acompanhada de uma série de características; entre elas, pode-se destacar a formaçãode proprietários de terra capitalistas e assalariados camponeses.
Nas colônias, no entanto, a subordinação desses territórios ao poder dos impérios levou a agricultura capitalista a ser caracterizada a partir de:
D. 
uma agricultura voltada para exportação, calcada nos latifúndios e baseada na mão de obra escrava.
Uma agricultura voltada para exportação, em que predominou a formação de vastos latifúndios, a exploração do trabalho escravo efetuado por povos tradicionais e africanos que ficaram subordinados aos comandos dos europeus e a atividade vinculada à monocultura de produtos tropicais. Esse processo antecede a modernização da agricultura, demandando grande quantidade de mão de obra, que foi suprida, em grande parte, por escravos. 
3. 
A agricultura no contexto do capitalismo concorrencial na Europa foi sucedida por grandes crises no setor agrário. Ao mesmo tempo, a industrialização e a urbanização levaram países como a Inglaterra a um intenso processo de êxodo rural e de formação de uma mão de obra assalariada urbano-industrial.
Entre as características da agricultura no capitalismo concorrencial na Europa e os motivos que levaram à crise agrária, pode-se afirmar que:
B. 
a elevada produção efetuada pelos arrendatários e proprietários de terra que buscavam lucro levou a quedas drásticas de preços de mercadorias agrícolas devido à superprodução.
A crise agrária no contexto do capitalismo concorrencial decorre da superprodução efetuada pelos capitalistas agrários, o que ocasionou na queda do preço das mercadorias agrícolas. Apesar do êxodo rural, não houve ausência de trabalhadores rurais, e os produtos oriundos das colônias entravam no mercado europeu intensamente, o que acabou contribuindo para a diminuição dos preços das mercadorias agrícolas. Também não houve ausência de mercadorias no mercado popular; justamente as elevadas quantidades produzidas é que permitiram a queda dos preços. Nesse contexto, os países europeus adotavam taxações de mercadorias que iam de um país a outro como forma de proteger a economia.  
4. 
A agricultura no contexto do capitalismo monopolista se diferencia drasticamente da agricultura do capitalismo concorrencial. A subordinação dos vários setores agropecuários às cadeias produtivas industriais é uma das características que marcam a agricultura nessa fase.
Diante desse contexto enunciado, pode-se afirmar que:
C. 
a agricultura no contexto do capitalismo monopolista é marcada pela atuação de grandes empresas multinacionais que dominam o mercado global de sementes, insumos, maquinários e agroquímicos.
A agricultura no contexto do capitalismo monopolista é marcada pela atuação de grandes empresas multinacionais que dominam os mercados em que atuam, elevando a produtividade, principalmente, de commodities agrícolas. Com isso, favorece a concentração de terras em um modelo fundiário de grandes propriedades, dispensa a mão de obra sem especialização, dá lugar a uma mão de obra técnica e especializada, com baixo nível de empregabilidade, e concentra a riqueza gerada pela terra na mão de grandes grupos econômicos. 
5. 
A agricultura científica globalizada demandou uma incorporação enorme de tecnologias na atividade agropecuária, cujas indústrias tecnológicas e informacionais passaram a desempenhar papel significativo. As grandes redes de comércio global, de informação e de logística passaram a influenciar diretamente nos mecanismos do mercado agrícola, levando os territórios a se globalizarem por intermédio dessas redes que, ao chegarem ao campo, promoveram grandes transformações na base da organização produtiva, territorial, do trabalho, entre outras.
Uma das características geográficas desse processo foi:
E. 
a alteração drástica das paisagens rurais, que passaram a se tornar cada vez mais homogêneas devido ao desmatamento e à introdução de monoculturas agrícolas modernas.
A resposta correta é a última alternativa, pois o avanço da agricultura científica globalizada permitiu grandes alterações na paisagem a partir da implementação de extensas monoculturas, ampliando, assim, o desmatamento. Dessa forma, não houve valorização do potencial produtivo local/regional, pelo contrário, trata-se de um modelo cada vez mais hegemônico e globalista que, ao mesmo tempo, diminuiu as diferenças entre os espaço urbanos e rurais, visto que eles se tornaram complementares. O espaço agrário moderno demanda um conjunto de tecnologias e infraestrutura urbana. Esse modelo também provocou grande desmatamento devido à ampliação das fronteiras agrícolas, tendo como base grandes propriedades rurais. 
Fatores históricos e culturais na formação das paisagens agrárias
1. 
A paisagem rural é caracterizada por atividades relacionadas ao campo, ligadas às atividades econômicas, sociais e culturais, com uma configuração própria de elementos que podem ser analisados para compreender as dinâmicas espaciais.
Sobre o fundamento da formação da paisagem, esse conceito se relaciona:
C. 
ao arranjo de objetos construídos em diferentes períodos históricos, que se transformam e que podem ser visualizados.
Na ciência geográfica, o conceito paisagem se baseia na disposição de objetos e construções de diferentes momentos históricos que existem atualmente e são perceptíveis pela visão. A paisagem é modificada por ações humanas e naturais ao longo do tempo e revela elementos sociais, naturais e culturais.
2. 
As atividades econômicas características do espaço rural influenciam nos variados tipos de paisagens que podem ser vistos e analisados para compreender como se dão os arranjos sociais, culturais e as mudanças que ocorrem permanentemente.
Essas atividades são principalmente:
B. 
a pecuária, a agricultura, o extrativismo de minérios e a pesca.
A paisagem rural, espaço do campo em que são desenvolvidas atividades do setor primário da economia, fornece matérias-primas originadas da produção da agricultura, pesca, pecuária e extrativismo de minérios para uso alimentar ou para serem transformadas pela indústria.
3. 
A agricultura familiar brasileira é incumbida do abastecimento de grande parte dos alimentos que são consumidos pela população, e seu funcionamento contrasta com outros tipos de produção de diferentes escalas e tipos de mercados consumidores.
Esse tipo de produção está baseado em:​​​​​​​
B. 
trabalho familiar, pequena propriedade rural e policultura.
A mão de obra na agricultura familiar é realizada por uma família em propriedades de menor extensão, com cultivos variados e destinados à subsistência e ao mercado interno. As outras alternativas tratam de tipos diferentes de agricultura. 
4. 
A paisagem rural também pode conter elementos da produção pecuária, que consiste, por exemplo, na criação de bovinos, caprinos e suínos, e que pode ser realizada de forma intensiva ou extensiva, contando com variados tipos de sistemas e técnicas que podem ser familiares ou industriais. A principal diferença é que:​​​​​​​
E. 
a familiar é realizada em pequena escala e produz ovos e derivados de leite, e a industrial produz ovos, derivados de leite e corte e couro em grande escala.
A produção pecuária familiar é realizada em pequena escala para abastecer um mercado menor, e a produção principal são ovos, leite e derivados. A indústria pecuária realiza a produção de leite e derivados, a criação de animais para corte e couro e conta com maiores propriedades em grande escala, além de ser voltada para os consumidores brasileiros e para a exportação.
5. 
A paisagem rural brasileira possibilita verificar que a história se baseia no tipo de ocupação das propriedades (que difere conforme a região) e é um importante elemento influenciador na sociedade até hoje.
Nesse contexto, a região Sul do Brasil tem como principal característica:​​​​​​​
A. 
unidades menores de produção familiar em propriedades menores.
A formação das paisagens rurais no Sul do Brasil contou com elementos políticos, econômicos e sociais, que resultaram na produção de alimentos de forma familiar, em pequenas propriedades. As outras alternativas apresentamcaracterísticas da agricultura de outras regiões. 
Produção agropecuária no Brasil
1. 
A transformação da terra em mercadoria, a partir da produção no campo, foi impulsionada principalmente na transição do sistema de produção feudal para o sistema capitalista. A privatização da terra ainda é praticada atualmente, resultando em concentração de terras nas mãos dos grandes proprietários.
Neste contexto, qual foi e ainda é a consequência para os camponeses?​
C. 
Expropriações das terras, que são o meio de produção e sustento, e transformação em trabalhadores assalariados.
A privatização da terra, que a transformou em mercadoria, se consolidou na ascensão da burguesia, durante a transição do sistema feudal para o sistema capitalista de produção. A lógica permeada pelo comércio e pelo lucro acentuou as desapropriações dos camponeses de suas terras com produção de subsistência e, assim, eles começaram a constituir a força de trabalho em troca de salário.
2. 
Houve uma série de políticas e formulação de leis no Brasil baseadas na terra como mercadoria.
Qual foi a mais importante delas, com consequência até os dias atuais na distribuição das terras e no tipo de produção no campo? E qual foi sua principal consequência?
E. 
Lei de Terras. A principal consequência é a concentração em latifúndios, com restrição do acesso aos pobres.
Uma lei que impactou e ainda impacta na organização e distribuição de terras no Brasil foi a Lei de Terras, implementada no século XIX, em 1850. Ela concretizou a terra como mercadoria na produção do campo, com valor acessível somente às elites, inibindo a aquisição por trabalhadores de baixa renda.
​​​​​​​
3. 
A criação de gado é a atividade pecuária mais amplamente realizada no Brasil, iniciada no século XVI, fundamentando a expansão econômica no território e, também, para os mercados interno e externo.
Essa atividade tem uma vantagem competitiva importante em relação à produção baseada em qual fator?
D. 
Pastagens de alto valor nutricional convertidas em proteína animal, a carne do gado.
O resultado positivo para produtores e comercializadores da carne de gado tem como um dos principais elementos o baixo custo de produção, já que as pastagens são ricas em nutrientes, crescem de forma abundante em várias regiões do país e são transformadas em proteína animal. A competitividade parte daí e, com o desenvolvimento técnico e de pesquisas científicas, torna esse setor crescente na economia brasileira.
4. 
O território brasileiro é capaz de uma grande produção agropecuária, que impacta de forma importante na economia do país, baseada no tamanho do território, no tipo de clima e nas pesquisas nacionais, principalmente realizadas por institutos públicos.
Quais são algumas das principais culturas realizadas em grandes extensões de terra, chamadas de commodities e orientadas principalmente para a exportação?
C. 
Pecuária bovina, soja, cana-de-açúcar, laranja.
As atividades agropecuárias no Brasil são desenvolvidas desde o início da formação de seu território. A extensão territorial e o clima são oportunos para o plantio e para a colheita de várias culturas. Também são desenvolvidas técnicas, principalmente mais recentemente, para aumento da produtividade, sendo uma das finalidades a exportação de produtos agrícolas, como a soja, a cana-de-açúcar, a carne bovina e a laranja.
5. 
Para exportar, as commodities, que têm grande peso na economia brasileira, demandam grandes extensões de terra para a monocultura e são implantadas técnicas para o aumento da produção orientada em grande parte para o mercado externo, como base do agronegócio.
Esse tipo de cultivo se distingue da agricultura familiar. Qual a principal base produtiva da agricultura familiar?
B. 
Policultura, produção de alimentos para o mercado interno em propriedades de menor tamanho.
No modelo da agricultura familiar sobressai a policultura voltada para produzir alimentos, como os hortifrutigranjeiros, para a população brasileira, em pequenas e médias propriedades rurais distribuídas por todo o território nacional.
Reforma Agrária
1. 
A reforma agrária é um conjunto de medidas adotado no fim do século XVIII por vários países europeus, bem como pelos Estados Unidos, Argentina, China e Rússia (antiga URSS). No Brasil, a distribuição de terras ainda não foi efetivada.
A reforma agrária no Brasil tem como potenciais transformações sociais:
C. 
a segurança alimentar, a geração de empregos e a diversificação de lavouras.
A reforma agrária está ligada à segurança alimentar, que garante alimentos básicos para a população, às policulturas, à geração de empregos e à renda no campo. O processo capilariza os serviços públicos básicos para o campo, reduzindo o êxodo rural.
2. 
No período inicial da colonização portuguesa no Brasil, que ocorreu no começo do século XVI, foi desenvolvida a produção de açúcar por meio de plantation, principalmente na região Nordeste, no Estado de Pernambuco, um dos primeiros polos econômicos brasileiros.
As heranças desse padrão de agricultura existem até os dias atuais no uso do solo brasileiro e podem ser observadas por meio dos seguintes aspectos:​​​​​​​
B. 
monocultura, concentração fundiária, desigualdade de acesso à terra e trabalho escravo.
Sistema de monocultura, grandes unidades produtoras, baixos salários para trabalhadores do campo, concentração fundiária na maior parte do território e aumento do êxodo rural e de conflitos no campo.
3. 
No Brasil, o processo de industrialização e de transformações no campo ocorrido no século XX (entre 1930 e 1955) teve como um dos resultados a expansão da fronteira agrícola dos estados do Pará, Mato Grosso, Goiás e Paraná.
Como resultado dessa expansão, pode-se citar:​​​​​​​
E. 
o trabalho precário, o aumento dos latifúndios a concentração da renda e o desmatamento.
As consequências dessa expansão foram o trabalho no campo sem estrutura, de forma precária e escrava, o aumento do número de latifúndios, a concentração de renda e de terras, os problemas ambientais, de riqueza e de exploração perversa da mão de obra e os eventos ligados ao movimento em prol da reforma agrária.
4. 
Ao observar a história brasileira, notam-se as heranças da concentração de terras no Brasil, principalmente no século XX. É o caso das políticas empreendidas no período entre 1965 e 1985, décadas de ditadura militar, em que várias ações dos governos provocaram transformações profundas por meio de:​​​​​​​
Você acertou!
A. 
modernização excludente no campo e subsídios aos grandes proprietários.
As políticas empreendidas nesse período visaram ações de modernização da produção agropecuária, que beneficiaram proprietários de grandes extensões de terras, geralmente monocultores, com incentivos à agricultura capitalista e industrial em detrimento da agricultura dos pequenos produtores, intensificando as desigualdades que já existiam no campo brasileiro.
5. 
As Ligas Camponesas foram um movimento que surgiu na Região Nordeste na década de 1940, sob influência do Partido Comunista Brasileiro (PCB). A iniciativa era uma nova forma nova de luta pela reforma agrária, concretizada por meio de um movimento social que existiu até 1964, ano do golpe militar no Brasil.
Sua principal repercussão foi:
C. 
desenvolver uma percepção sobre o subdesenvolvimento da região e reivindicar a reforma agrária.
As Ligas Camponesas foram uma organização de reivindicação nacional pela reforma agrária, que surgiu pelas tensões e injustiças enfrentadas pelos trabalhadores do campo, que geravam e intensificavam as desigualdades. As Ligas Camponesas nasceram na Região Nordeste e, com o movimento, foi possível desenvolver uma consciência sobre o subdesenvolvimento da região, além de organizar as demandas para modificá-lo.

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