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As primeiras bibliotecas brasileiras foram compostas por livros trazidos pelos jesuítas

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As primeiras bibliotecas brasileiras foram compostas por livros trazidos pelos jesuítas e pela corte portuguesa no período colonial, com o objetivo de evangelizar e catequizar índios e colonos e para o aperfeiçoamento dos mestres. Ao final do século XVI, já havia uma biblioteca em cada uma das cidades de Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. 
Tais bibliotecas de colégios e conventos foram as responsáveis por formar a elite brasileira daquela época. 
Até 1870, as poucas bibliotecas escolares existentes se situavam em escolas privadas e católicas, cujas somente tinham acesso pessoas com status econômico e social privilegiados.
Já as bibliotecas escolares, que conhecemos atualmente, surgiram no país com a implantação das escolas chamadas “normais” na época, sendo a primeira a “Biblioteca da Escola Normal Caetano de Campos”, em São Paulo, nos anos de 1880. A partir dos anos de 1930/40, novas bibliotecas escolares foram criadas, de maneira mais significativa, conforme crescia o número de escolas.
Na década de 1970 ocorreu uma reforma do ensino de 1º e 2º graus. onde o papel da biblioteca escolar no ensino tornou-se mais importante.
Desta forma, as bibliotecas escolares passaram a ser incluídas dentro do plano de ensino escolar. Ainda que tenham sido necessários programas de iniciativa do Estado Brasileiro para que ocorresse distribuição de livros às escolas e construções e adequação de bibliotecas, algumas ainda precárias no Brasil até os dias de hoje.
Alguns programas e projetos de governo foram implementados ao longo dos últimos anos para a distribuição e socialização de livros para as bibliotecas escolares, como o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) e encontra-se vigente até os dias atuais.
Foi com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e inclusão em 1997 no PCN de Língua Portuguesa, que a biblioteca passou a ser inserida no ambiente da escola. 
Nos últimos anos, a Lei 12.224, de 24 de maio de 2010 foi aprovada, que prevê a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do país. De acordo com ela, as instituições de ensino, sejam públicas ou privadas, deverão ter uma biblioteca, e será obrigatório um acervo de no mínimo um título por aluno matriculado, obrigando o sistema de ensino a se adequar, como também será responsável pela guarda, preservação, organização, funcionamento e divulgação da biblioteca, devendo estar
em pleno funcionamento até 2020. E o Projeto de Lei do Senado nº
28 de 2015, que institui a Política Nacional de Bibliotecas, propõe a normalização de alguns conceitos de bibliotecas – pública, especializada, escolar, universitária, comunitária, especial e nacional, e seus acervos – além de responsabilidades do Estado com as bibliotecas.
Guida, Rosemarilany. Breve histórico da biblioteca escolar no Brasil. IV Fórum de Biblioteconomia Escolar: pesquisa e práticas rumo ao desenvolvimento humano. Vitória, ES. Disponível em: https://portal.febab.org.br/anais/article/view/2027. Acesso em 16 de novembro de 2021.

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