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COMPANHIA PARAIBANA DE GÁS - PBGÁS
Advogado
Concurso Público para provimento de cargos de
Conhecimentos Básicos
Conhecimentos Específicos
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS
Novembro/2007
I N S T R U Ç Õ E S
P R O V A
- Verifique se este caderno:
- corresponde a sua opção de cargo.
- contém 60 questões, numeradas de 01 a 60.
Caso contrário, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
- Para cada questão existe apenas UMAresposta certa.
- Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a resposta certa.
- Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que você recebeu.
VOCÊ DEVE:
- procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o número da questão que você está respondendo.
- verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que você escolheu.
- marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:
- Marque as respostas primeiro a lápis e depois cubra com caneta esferográfica de tinta preta.
- Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão.
- Responda a todas as questões.
- Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de máquina calculadora.
- Você terá 4 horas para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas.
- Devolva este caderno de prova ao aplicador, juntamente com sua Folha de Respostas.
- Proibida a divulgação ou impressão parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.
ATENÇÃO
A C D E
____________________________________________________
 Caderno de Prova, Cargo A01, Tipo 001
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 00001−0001−001
Nº de Inscrição
 MODELO
 
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CONHECIMENTOS BÁSICOS
Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
seguinte.
Alta velocidade
Não é fácil precisar, na história da civilização, quando foi
que o fator velocidade passou a ganhar prestígio por si mesmo:
o que é mais rápido é sempre melhor. Talvez tudo tenha
começado com as experiências pioneiras de viagens e trans-
portes. É provável que os primeiros navegadores já aspirassem
à maior velocidade possível de suas embarcações, pela razão
óbvia de que isso diminuiria os custos do empreendimento, os
riscos para a segurança e o tédio da tripulação. O mesmo
raciocínio vale para os transportes por terra: a impulsão de um
motor, substituindo a de um animal, criou novo parâmetro para
as viagens: em vez de semanas, dias; em vez de dias, horas.
Com o avião, em vez de horas, minutos. E continua, como se
sabe, nossa devoração progressiva de espaço e tempo.
O prestígio contemporâneo da velocidade manifesta-se,
sobretudo, no campo da informação: quanto mais rápido se
divulga, melhor. A informática foi alçada ao trono de divindade e
trouxe uma nova ansiedade: o potentíssimo processador de
ontem está obsoleto hoje, e o de hoje, amanhã. A banda larga
faz disparar as imagens na tela de um monitor, mas certamente
não terá como competir com a velocidade do próximo sistema
de acesso e navegação. Meninos de sete anos tamborilam os
dedos na mesa do computador, impacientes, enquanto
aguardam os longos segundos que leva o download de um
novo jogo.
Em nossos dias, atribui-se ao fator velocidade um
prestígio tão absoluto que parece tolice querer desconfiar dela:
uma das expressões acusatórias e humilhantes é, justamente,
“devagar, quase parando”, aplicada a quem não demonstre
muita pressa. Mas por que não ponderar que algumas das
capacidades humanas nada têm a ganhar – ao contrário, têm
muito a perder – com a aceleração do processo?
Estaria nesse caso a qualidade das nossas emoções e
das nossas reflexões. São mais intensas as emoções pas-
sageiras? A reflexão mais rápida é a mais conseqüente? Nes-
ses domínios da sensibilidade e da consciência, a velocidade
não parece ter muito a fazer. Quando alguém repousa os olhos
numa bela paisagem, a imobilidade não é paralisia: a
imaginação está ativa, e o espírito ganha tempo para dar-se
conta de si mesmo. Quando se ouve com atenção uma peça
musical ou quando se lê refletidamente um texto consistente,
sentimentos e reflexões gastam o tempo que precisam gastar
para que a linguagem da música e o encadeamento das idéias
se alojem e amadureçam dentro de nós. Amadurecer exige
tempo. É possível que nossa época tecnológica, maravilhada
com tantas e tão rápidas conquistas, represente para a futura
história da civilização uma espécie de adolescência. Para um
adolescente, o impacto das grandes novidades traduz-se como
paradoxal mistura de sentimento de insegurança e sensação de
onipotência.
(Justino Borba, inédito)
1. No primeiro parágrafo do texto, o autor está tratando
das
(A) prováveis origens da busca da velocidade, que só
veio a arrefecer nos tempos modernos.
(B) primeiras experiências humanas no sistema de
transportes, que culminaram com o advento das
embarcações a motor.
(C) prováveis origens da busca da velocidade, obsessão
que permanece viva em nossos dias.
(D) experiências primitivas dos navegadores, preocupa-
dos tão-somente com a rapidez dos deslocamentos.
(E) prováveis origens da busca da velocidade, identifica-
das com a antiga necessidade de informação e co-
nhecimento.
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2. A imagem representada na frase Meninos de sete anos
tamborilam os dedos na mesa do computador (segundo
parágrafo) pode ilustrar a seguinte afirmação do autor do
texto:
(A) Nesses domínios (...), a velocidade não parece ter
muito a fazer.
(B) A informática (...) trouxe uma nova ansiedade (...)
(C) (...) sentimentos e reflexões gastam o tempo que
precisam gastar (...)
(D) (...) capacidades humanas nada têm a ganhar (...)
com a aceleração (...)
(E) Estaria nesse caso a qualidade das nossas emo-
ções (...)
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3. Considere as seguintes afirmações, contextualizando-as
no último parágrafo do texto:
I. Nem sempre a imobilidade corresponde a falta de
ação.
II. Há domínios humanos em que a busca de
velocidade não faz sentido.
III. Tomar consciência de si é um processo que
demanda tempo.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, apenas.
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4. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o
sentido de uma expressão do texto em:
(A) não é fácil precisar (primeiro parágrafo) = é difícil
enfrentar a necessidade.
(B) pela razão óbvia (primeiro parágrafo) = pelo pretexto
alegado.
(C) alçada ao trono de divindade (segundo parágrafo) =
destituída de um patamar honroso.
(D) se alojem e amadureçam dentro de nós (quarto pa-
rágrafo) = invistam-se de nossas indecisões.
(E) paradoxal mistura (quarto parágrafo) = combinação
contraditória.
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5. A expressão nesse caso, no início do quarto parágrafo,
refere-se a um tipo de situação em que
(A) a aceleração de um processo acarreta óbvios bene-
fícios.
(B) o prestígio absoluto da velocidade se impõe inape-
lavelmente.
(C) a reflexão mais rápida é também a mais
conseqüente.
(D) a aceleração de um processo passa a representar
uma perda.
(E) o benefício da transitoriedade se torna evidente.
6. As normas de concordância verbal e nominal estão intei-
ramente respeitadas na frase:
(A) Diante das imagens que na tela se sucede, o usuário
de um computador parece hipnotizado.
(B) Principais responsáveis pelos primeiros meios de
transporte, a tração animal veio a ser substituída pe-
la dos motores.
(C) Se fossem mais intensos por serem mais velozes,
nossa reflexão e nossa emoção estariam hoje num
invejável patamar.
(D) Uma vez que passe a atrair toda a nossa atenção,
bons romances e belas peças musicais afastam
nossa obsessão pela velocidade.
(E) Aos meninos diante das telas não costuma ocorrer
que a velocidade que os preocupa acelera também apassagem da infância.
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7. A voz verbal da construção atribui-se ao fator velocidade
um prestígio tão absoluto permanecerá a mesma caso se
substitua o elemento sublinhado por
(A) atribuímos.
(B) há quem atribua.
(C) é atribuído.
(D) atribuem.
(E) costuma-se atribuir.
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8. Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:
(A) Há em nosso mundo paisagens belas, em cujas faz
bem pousar os olhos.
(B) São belas paisagens, cuja sedução nos leva a con-
templá-las.
(C) Há paisagens aonde nosso olhar se demora pra-
zerosamente.
(D) São belezas de um tempo onde o homem não tinha
tanta pressa.
(E) A reação de que toda beleza nos impõe é a calma
da contemplação.
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9. Apresenta-se de modo adequado a articulação entre tem-
pos e modos verbais na frase:
(A) Mais velocidade haja, mais velocidade desejamos,
na carreira alucinante de que todos estamos parti-
cipando.
(B) Mais velocidade houvesse, mais velocidade estamos
a desejar, nesta carreira de que nos dispuséramos a
participar.
(C) À proporção que nossa ansiedade aumentasse,
mais velocidade quisemos imprimir às nossas con-
quistas tecnológicas.
(D) Por mais que se potencie o fator velocidade, parece
que nunca haveríamos de estar satisfeitos.
(E) A menos que arrefeçamos nossa ânsia de velocida-
de, pagaríamos alto preço por esse ímpeto irracional.
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10. Está clara e correta a redação da frase:
(A) É tão absoluto o prestígio em que desfruta o fator
velocidade que não nos faz sequer suspeitar ser seu
preço tão caro.
(B) No campo da informática é que o prestígio contem-
porâneo da velocidade tem manifestado-se de forma
assim relevante.
(C) O que está obsoleto hoje era o moderno de ontem,
muito embora a própria idéia de novidade se renove
quando já for moderna.
(D) Na impaciência que demonstram diante de um moni-
tor, manifestam as crianças uma ansiedade que não
é estranha aos adultos.
(E) Quando se fala em imaginação e em sensibilidade, a
aceleração representa pouco para que sejamos bem
sucedidos em ambos.
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11. Meu dia foi muito agitado, ...... me dispus a ouvir música
meu espírito relaxou, ...... o prazer da arte pode nos livrar
de nossas ansiedades.
A frase acima guardará inteira coerência caso as lacunas
sejam preenchidas, na ordem dada, por
(A) desde que - tanto assim que
(B) mas quando - dado que
(C) por isso - conquanto
(D) haja vista que - portanto
(E) apesar disso - tendo em vista que
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12. A pontuação está inteiramente correta na frase:
(A) Deve-se considerar que, o fator velocidade, repre-
senta em nosso dias, um paradigma de prestígio
absoluto que ninguém se põe a questionar.
(B) Talvez devamos nos perguntar acerca do tempo
subjetivo, com o qual precisemos contar, para as-
similarmos uma bela peça musical?
(C) Em sua grande maioria, os internautas, não importa
onde estejam, viajam por imagens do mundo sem
saber o que buscam.
(D) Se antigamente, os homens saíam ao mar por
razões econômicas, hoje, há quem viaje pelas telas
de um computador, sem qualquer necessidade
real.
(E) De duas uma; ou estamos hipnotizados pela velo-
cidade, ou nos tornamos tão prepotentes, que senti-
mos dominá-la pondo-a a nosso serviço.
13. Desde que passou a gozar de um prestígio absoluto, o
fator velocidade impôs-se como parâmetro das ações
humanas, sobrepondo-se a qualquer outro critério.
Substituem de modo adequado as expressões sublinha-
das, respectivamente e sem prejuízo para o sentido da
frase acima:
(A) desfrutar de um - investiu como - destituindo a
(B) a alçar-se num - investiu-se a um - preterindo
(C) firmar-se como - determinou-se como - corroboran-
do a
(D) favorecer-se de um - consagrou-se a um - eximin-
do-se de
(E) desfrutar de um - firmou-se como - sobrepujando
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14. Justificam-se as duas ocorrências do sinal de crase em:
(A) Caberá à maioria das pessoas decidir se conti-
nuarão preferindo a velocidade à qualidade mesma
das experiências.
(B) O valor atribuído à velocidade está prestes à ser
substituído por algum parâmetro que leve em conta
a ecologia.
(C) Desde que se alçou à tal poder, o fator velocidade
não tem encontrado oponentes à altura de seu
prestígio.
(D) Dada à importância que assumiu na informática, a
velocidade dos processos tornou-se indispensável à
massa dos internautas.
(E) Sabe-se que, à curto prazo, o fator velocidade
será submetido à uma mais rigorosa e justa ava-
liação.
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15. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se
numa forma do singular para preencher corretamente a
lacuna da frase:
(A) A ninguém ...... (abalar) os inconvenientes de nossa
vida tão apressada.
(B) A menos que ...... (vir) a perder o ímpeto, tais
obsessões pela velocidade nos custarão muito
caro.
(C) É inútil imaginar que ...... (partir) de um entusiasta
da informática iniciativas que ponham em questão o
preço da velocidade.
(D) Como não se ...... (cogitar) de quaisquer outros
critérios, o fator velocidade reina absoluto.
(E) São muitos os que se ...... (eximir) de opinar sobre
essa moderna e angustiosa ânsia de velocidade.
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Atenção: As questões de números 16 a 20 referem-se ao
texto que segue.
O jornal New York Times começou a publicar, para cada
soldado morto, capturado ou desaparecido no Iraque, um retrato
e um resumo de sua jornada. Essas pequenas galerias de ros-
tos evocavam, na memória, uma outra galeria, bem maior, que
ocupou as páginas do mesmo jornal durante meses depois do
atentado de 11 de setembro de 2001: os retratos e os obituários
de todas as vítimas do ataque. Um ano mais tarde, na cerimô-
nia do aniversário do atentado, em Nova York, não houve dis-
cursos de fundo, mas diversos oradores alternaram-se no palco
para ler em voz alta, um a um, os nomes das 2.801 vítimas.
A cultura americana, mais do que qualquer outra, vive e
pensa a coletividade como um conjunto de indivíduos.
Para um europeu ou um sul-americano, comemorar,
explicar e mesmo narrar um acontecimento é, no mínimo,
problemático se não se explorar sua dimensão propriamente
social: o encontro ou a luta de idéias, classes, nações, grupos,
grandes interesses econômicos etc.
(Contardo Calligaris, Terra de ninguém)
16. Considere as seguintes afirmações:
I. O autor do texto trata como essencialmente análo-
gas as referidas iniciativas do New York Times e a
atitude dos oradores no aniversário do atentado de
11 de setembro.
II. O segundo parágrafo do texto constitui uma réplica
e uma contestação ao que se narra no primeiro
parágrafo.
III. Europeus e sul-americanos, ao contrário dos norte-
americanos, consideram que um fato de relevância
social deve ser compreendido a partir de razões
individuais.
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se
afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.
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17. Essas pequenas galerias de rostos evocavam, na me-
mória, uma outra galeria, bem maior (...)
Transposta a frase acima para a voz passiva, a forma
verbal será
(A) eram evocadas.
(B) foram evocados.
(C) era evocada.
(D) tinha sido evocada.
(E) evocaram-se.
18. A cultura americana, mais do que qualquer outra, vive e
pensa a coletividade como um conjunto de indivíduos.
Numa nova redação da frase acima, que comece com
Nenhuma outra cultura, uma complementação correta e
coerente poderá ser
(A) exceto a americana, pensa a coletividade como um
conjunto de indivíduos que a vivem enquanto tal.
(B) a despeito da americana, impõe-secoletivamente
como soma de indivíduos que vivem e pensam.
(C) a par da americana, é mais do que qualquer outra
uma coletividade identificada como conjunto de indi-
víduos.
(D) contrastada com a americana, valoriza e vive a
convicção de que a sociedade é constituída pela
soma dos indivíduos.
(E) em que pese a americana, sabe que a coletividade é
como um conjunto onde o que importa são os indi-
víduos.
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19. O New York Times publicou uma galeria de rostos e
nomes, expôs rostos e nomes ao longo de vários núme-
ros, evocou esses rostos e nomes para que o público não
olvidasse esses nomes e rostos.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substi-
tuindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) expôs a eles - evocou-lhes - lhes olvidasse
(B) expô-los - evocou a eles - olvidasse-os.
(C) expôs-lhes - evocou-os - os olvidasse
(D) expôs eles - evocou-lhes - olvidasse eles
(E) expô-los - evocou-os - os olvidasse
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20. É preciso corrigir a redação da seguinte frase:
(A) Europeus e sul-americanos não explicam os fatos
sociais do mesmo modo que os norte-americanos.
(B) Há divergências segundo as quais os norte-ameri-
canos são incomparáveis com outros povos quanto
à compreensão da sociedade.
(C) As diferenças entre os povos decorrem, em grande
parte, da compreensão que tem cada um do que
seja, efetivamente, uma coletividade.
(D) O autor do texto sugere que o individualismo está na
base da concepção que os norte-americanos têm do
que seja uma coletividade.
(E) A valorização máxima de cada indivíduo estampou-
se, sob a forma de nomes e rostos, nas páginas
memoráveis do New York Times.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DIREITO CONSTITUCIONAL
21. No que diz respeito à denominada interpretação conforme
a Constituição, o Supremo Tribunal Federal tem o enten-
dimento de que essa técnica
(A) não é cabível para declarar a inconstitucionalidade
parcial do texto impugnado, no que se denomina
interpretação conforme com redução de texto, ainda
que esta seja compatível com a Constituição.
(B) é utilizável, não só quando a norma impugnada
admite, dentre as interpretações cabíveis, uma que a
compatibilize com a Constituição, como também
quando o sentido da norma é unívoco.
(C) será também cabível quando contrariar texto expres-
so da lei, que não permita qualquer interpretação em
conformidade com a Constituição, visto que o
Judiciário pode atuar como legislador.
(D) só é utilizável quando a norma impugnada admite,
dentre as várias interpretações possíveis, uma que a
compatibilize com a Carta Magna, mas não quando
o sentido da norma constitucional é unívoco.
(E) é inaplicável na hipótese de excluir da norma
impugnada determinada interpretação incompatível
com a Constituição, porque não se pode reduzir o
alcance valorativo da norma impugnada.
_________________________________________________________
22. Em matéria de Poder Constituinte, é correto afirmar que o
(A) derivado decorrente consiste na possibilidade da
União de se auto-organizar por meio da Constituição
Federal, observando preponderantemente as regras
constitucionais limitativas, estando presente nas
constituições rígidas e flexíveis.
(B) originário tem como características, dentre outras,
ser inicial, por ser a base da ordem jurídica e
condicionado, porque seu exercício deve seguir as
regras previamente estabelecidas no texto da Cons-
tituição, que deverá ser flexível.
(C) derivado reformador consiste na possibilidade de
alterar o texto constitucional, respeitando-se a regu-
lamentação especial prevista na própria Constituição
Federal, e só está presente nas constituições
rígidas.
(D) derivado tem como características, dentre outras,
ser secundário porque retira sua força do poder
originário e autônomo uma vez que não precisa
respeitar os limites postos pelo direito positivo
antecessor, estando presente nas constituições
flexíveis.
(E) originário decorrente refere-se à possibilidade que
os Estados e Municípios têm de se auto-organi-
zarem por meio de suas constituições e leis orgâ-
nicas, mesmo sem limites da Constituição em razão
da autonomia, e só está presente nas constituições
semi-rígidas.
23. É certo que a ação direta de inconstitucionalidade
(A) não engloba possibilidade da incidência do controle
abstrato de constitucionalidade em relação às medi-
das provisórias e a atos revestidos de conteúdo nor-
mativo, a exemplo da resolução administrativa dos
Tribunais.
(B) não tem cabimento para analisar a constitucionali-
dade, ou não, de uma emenda constitucional, tendo
em vista que, nesse caso, o legislador exerceu a
prerrogativa do poder constituinte derivado.
(C) é também cabível quando o objeto tratar de atos
estatais de efeitos concretos, estando assim exposta
à jurisdição constitucional abstrata do Supremo
Tribunal Federal.
(D) não é instrumento juridicamente idôneo ao exame da
constitucionalidade de atos normativos do Poder
Público que tenham sido editados em momento
anterior ao da vigência da constituição atual.
(E) é também cabível para declarar normas constitu-
cionais originárias como inconstitucionais, visto que
o sistema constitucional brasileiro adota a teoria
alemã nas normas constitucionais com vício de
inconstitucionalidade.
_________________________________________________________
24. Em matéria de direitos e deveres individuais e coletivos,
analise:
I. Também cabe a ação penal privada subsidiária
quando o inquérito policial for arquivado por requeri-
mento do Ministério Público, por estar caracterizada
como um dos direitos fundamentais da pessoa.
II. O princípio da presunção da inocência está circuns-
crito ao âmbito penal, não se aplicando, em sua
inteireza, à esfera administrativa.
III. Não viola o princípio da vedação as provas ilícitas
quando a prova for obtida mediante gravação de
diálogo transcorrido em local público.
IV. O privilégio contra a auto-incriminação traduz direito
público subjetivo assegurado a pessoa, mas só na
condição de réu, e que deva ser interrogado peran-
te o órgão competente do Poder Judiciário.
É correto o que consta APENAS em
(A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) III e IV.
(E) II e IV.
_________________________________________________________
25. Dentre as atribuições do Congresso Nacional, é também
de sua competência exclusiva
(A) sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa.
(B) eleger os membros do Conselho da República quan-
to à escolha de seis cidadãos brasileiros natos.
(C) autorizar operações externas de natureza finan-
ceira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e Municípios.
(D) dispor sobre limites e condições para a concessão
de garantia da União em operações de crédito exter-
no e interno.
(E) suspender a execução, no todo ou em parte, de lei
declarada inconstitucional por decisão definitiva do
Supremo Tribunal Federal.
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26. Analise:
I. Legislar sobre registros públicos.
II. Fomentar a produção agropecuária e organizar o
abastecimento alimentar.
Tais situações dizem respeito, respectivamente, à compe-
tência
(A) remanescente ou reservada dos Estados e comple-
mentar dos Municípios.
(B) privativa da União e comum da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
(C) privativa dos Estados e Distrito Federal e concor-
rente da União, Estados e Municípios.
(D) concorrente da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios e exclusiva dos Municípios.
(E) suplementar dos Estados, Distrito Federal e Municí-
pios e remanescente ou reservada dos Estados.
_________________________________________________________
27. Os decretos legislativos e as resoluções têm, respectiva-
mente, as seguintes características:
(A) normascomuns, de caráter geral, formuladas pelos
Poderes Legislativos da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, de efeitos internos e externos;
e atos legislativos internos, expedidos pelo Congres-
so Nacional com efeitos externos.
(B) atos internos de natureza administrativa, expedidos
pelos três Poderes, com efeitos internos; e atos
legislativos internos, expedidos pelo Congresso
Nacional com efeitos externos.
(C) normas comuns, de caráter geral, formuladas pelos
Poderes Legislativos da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, de efeitos internos e externos;
e atos expedidos pelos chefes dos três Poderes,
com efeitos individuais ou gerais.
(D) atos expedidos pelos chefes dos três Poderes, com
efeitos individuais ou gerais; e normas comuns, de
caráter geral, formuladas pelos Poderes Legislativos
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
(E) atos legislativos internos, expedidos pelo Congresso
Nacional, com efeitos externos; e atos de natureza
administrativa internos, expedidos pelos três Pode-
res, com efeitos internos.
28. No que diz respeito ao Ministério Público, é correto
afirmar:
(A) A Constituição Federal fala em mandato dos
Procuradores Gerais, mas, doutrinariamente, o
regime dessa investidura não é de mandato. Esse
tipo de mandato é, na realidade, mera investidura a
tempo certo.
(B) O Ministério Público não é, em seus lineamentos
básicos, uma só instituição, visto que atua no plano
federal e estadual, assim como, na justiça comum e
na especial.
(C) Dentre as funções institucionais do Ministério
Público encontram-se as de representação judicial e
de intervenção em procedimentos administrativos,
excluídas as de garantidor do respeito aos Poderes
Públicos e de custos legis junto ao Tribunal de
Contas.
(D) Como agente político, goza de privilégios pessoais
como a irredutibilidade absoluta de vencimentos e a
inamovibilidade, em qualquer situação, assim como
a vitaliciedade, após um ano de exercício.
(E) Cabe ao Conselho do Ministério Público, dentre
outras atribuições, rever, desde que haja
provocação, os processos disciplinares de membros
do Ministério Público, julgados há menos de dois
anos.
_________________________________________________________
29. NÃO compete ao Superior Tribunal de Justiça processar
e julgar, originariamente, dentre outras situações,
(A) os conflitos de atribuições entre autoridades
administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas
de outro.
(B) as ações rescisórias de seus julgados, a
homologação de sentenças estrangeiras e a
concessão de exequatur às cartas rogatórias.
(C) nos crimes comuns, os membros dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito Federal e os do
Ministério Público que oficiem perante Tribunais.
(D) os mandados de segurança e o habeas data contra
ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, Exército e Aeronáutica.
(E) as causas e os conflitos entre a União e os Estados,
a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros,
inclusive as respectivas entidades da administração
indireta.
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8 PBGAS-Advogado-A01
30. No que se refere à fiscalização contábil, financeira e
orçamentária, é correto afirmar:
(A) Um terço dos Ministros do Tribunal de Contas serão
escolhidos pelo Senado Federal e dois terços pelo
Presidente da República com aprovação da Câmara
dos Deputados.
(B) Dentre os requisitos para nomeação dos Ministros
dos Tribunais de Contas da União, é necessário
mais de cinco anos de exercício e efetiva atividade
profissional que exija conhecimentos gerais.
(C) O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as
mesmas garantias e impedimentos do titular e,
quando no exercício das demais atribuições da
judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.
(D) A prestação de contas a que está sujeita a
Administração Pública se aplica a toda pessoa
jurídica, salvo a física, pública ou privada que utilize,
gerencie, arrecade ou administre valores públicos.
(E) O Tribunal de Contas da União, ainda que no
exercício de suas atribuições, não pode apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder
Público, por ser prerrogativa do Judiciário.
_________________________________________________________
DIREITO ADMINISTRATIVO
31. Sobre as espécies do ato administrativo, considere:
I. Permissão é ato administrativo, vinculado ou
discricionário, segundo o qual a Administração
Pública outorga a alguém o direito de prestar um
serviço público ou de usar, em caráter privativo, um
bem público.
II. Licença é ato administrativo discricionário por meio
do qual a Administração Pública outorga a alguém
o direito de realizar certa atividade material que
sem ela lhe seria vedada.
III. Autorização é ato administrativo discricionário
mediante o qual a Administração Pública outorga a
alguém o direito de realizar certa atividade material
que sem ela lhe seria vedada.
IV. Admissão é ato administrativo discricionário pelo
qual a Administração Pública faculta o ingresso de
administrado em estabelecimento governamental,
para que desfrute de um serviço público.
V. Concessão é ato administrativo mediante o qual a
Administração outorga aos administrados um status
ou uma honraria.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) I, III e V.
(C) II e III.
(D) III, IV e V.
(E) IV e V.
32. Conforme a teoria dos motivos determinantes, é correto
afirmar:
(A) Quando forem falsos ou inexistentes os motivos que
determinaram o seu cometimento, só são inválidos
os atos administrativos se a explicitação dos motivos
for obrigatória.
(B) Os atos discricionários nunca ficam vinculados aos
motivos determinantes do seu cometimento.
(C) Havendo desconformidade entre os motivos
determinantes e a realidade, os atos discricionários,
por serem praticados à discrição da autoridade, não
são inválidos.
(D) Os atos administrativos, quando tiverem sua prática
motivada, ficam vinculados aos motivos expostos,
para todos os efeitos jurídicos.
(E) Os motivos que determinam a vontade do agente,
isto é, os fatos que serviram de suporte à sua
decisão, não integram a validade do ato
administrativo.
_________________________________________________________
33. Em relação ao controle que o Poder Público exerce sobre
o comportamento de quem executa serviços concedidos
ou permitidos, é INCORRETO afirmar:
(A) O Poder concedente ou permitente pode impor
novas medidas ou tomar providências para que
sejam observados os encargos da execução e
fiscalizada a lisura da atuação do concessionário ou
permissionário.
(B) O Poder concedente ou permitente deve verificar se
o prestador está atendendo de modo satisfatório e
desejado as obrigações assumidas.
(C) O controle pode chegar à declaração de cassação
ou ao resgate, se os interesses coletivos indicarem
uma ou outra dessas medidas.
(D) O controle sempre está presente, mesmo que não
expresso em lei ou regulamento.
(E) O Poder concedente ou permitente não pode
examinar livros, registros, documentos e
assentamentos referentes ao serviço concedido ou
permitido porque estes são de exclusivo interesse do
concessionário ou permissionário.
_________________________________________________________
34. Se um serviço público objeto de concessão for,
individualmente, negado ou retardado pelo
concessionário, o usuário
(A) tem direito de obter em ação judicial o serviço ou a
sua regularidade.
(B) não tem direito de obter em ação judicial o serviço
ou exigir a sua regularidade, devendo aguardar que
o Poder concedente tome as providências cabíveis.
(C) deve fazer representação ao Poder concedente,
porque somente este tem legitimidade para cobrar a
prestação do serviço ou a sua regularidade.
(D) deve representar ao Ministério Público para que este
defenda os seus interesses particulares em juízo.
(E) somente tem direito de processar o Poder
concedente, fiador que é da regularidade do serviço
delegado.
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35. Considerando a classificação dos serviços públicos, é
correto afirmar que serviços
(A) de água domiciliar, telefone e energia elétrica
domiciliar são considerados serviços uti universi.
(B) públicos e serviços de utilidade pública são
expressões sinônimas.
(C) próprios do Estado são aqueles que dizem respeito
às atribuições do Poder Público e não podem ser
objeto de delegação a particulares.
(D) industriais são próprios do Estado por
consubstanciarem atividade econômica que só
poderá ser explorada diretamente pelo Poder
Público quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo.
(E) impróprios do Estado somente podem ser prestados
por concessionários, permissionários ou
autorizatários.
_________________________________________________________
36. São entidades paraestatais
(A) as fundações de direito público e os serviços sociais
autônomos.
(B) as autarquias, as sociedades de economia mista e
os serviços sociais autônomos.
(C) as autarquias e as fundações de direito público.
(D) os serviços sociais autônomos e as organizações
sociais.
(E) as organizações sociais, as sociedades de economia
mista e as fundações públicas.
_________________________________________________________
37. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois
últimos quadrimestres do último ano do mandato, cuja
despesa NÃO possa ser paga no mesmo exercício
financeiro, constitui
(A) crime previsto no Código Penal, sujeitando o agente
à pena de detenção.
(B) crime previsto no Código Penal, sujeitando o agente
à pena de reclusão.
(C) mera infração administrativa.
(D) mera irregularidade, sem conseqüência
administrativa ou penal.
(E) crime previsto no Código Penal, sujeitando o agente
somente à pena de suspensão dos direitos políticos.
38. Nos termos da Lei de Improbidade, ao agente que negar
publicidade a atos oficiais está sujeito, além de outras, às
penas de perda
(A) da função pública; suspensão dos direitos políticos
de três a cinco anos e pagamento de multa civil de
até cem vezes o valor da sua remuneração.
(B) da função pública; suspensão dos direitos políticos
de cinco a oito anos e pagamento de multa civil de
até duas vezes o valor do dano.
(C) dos bens; da função pública e proibição de contratar
com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
dez anos.
(D) da função pública; suspensão dos direitos políticos
de cinco a oito anos e ressarcimento integral do
dano, se houver.
(E) da função pública; suspensão dos direitos políticos
de sete a doze anos e pagamento de multa civil de
até duas vezes o valor do dano.
_________________________________________________________
39. Considerando-se que a Lei de Improbidade, em
determinadas circunstâncias, aplica-se mesmo a quem
não seja agente público, é correto afirmar que
(A) está sujeito a ela o cônjuge de quem concorreu para
a prática do ato de improbidade, mesmo que não
tenha nenhuma participação nesse ato nem dele se
beneficie, desde que casado no regime de
comunhão universal.
(B) não está sujeito a ela quem induza ou concorra para
a prática do ato de improbidade, se tratar-se de
pessoa física sem vínculo com a Administração.
(C) não está sujeito a ela a pessoa que, não sendo
agente público, acabe beneficiando-se do ato de
improbidade praticado por funcionário público.
(D) só está sujeito a ela quem concorra efetivamente
para a prática do ato de improbidade.
(E) está sujeito a ela quem, não sendo agente público,
induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade.
_________________________________________________________
40. Retrocessão é
(A) a modalidade de venda de bem público que se opera
quando a Administração Pública institui empresa
governamental e participa do seu patrimônio com
bens.
(B) a obrigação do Poder expropriante de devolver ao
expropriado o bem objeto de desapropriação quando
não lhe der o destino declarado no ato expropriatório.
(C) a devolução do bem móvel cedido por particular ao
Poder Público quando não há mais interesse deste
na sua manutenção.
(D) a desistência da desapropriação e a devolução do
bem pela revogação do ato expropriatório.
(E) o nome da ação judicial pela qual o expropriado
busca a anulação do ato expropriatório quando
ocorre desvio de finalidade do bem desapropriado.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
41. Dentre outras hipóteses, extingue-se o processo com
resolução de mérito
(A) quando o juiz pronunciar a decadência.
(B) quando o autor desistir da ação.
(C) quando o juiz acolher a alegação de perempção.
(D) pela convenção de arbitragem.
(E) quando o juiz indeferir a petição inicial.
_________________________________________________________
42. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito
e no juízo já houver sido proferida sentença de total
improcedência em outros casos idênticos,
(A) não poderá ser dispensada a citação, podendo,
apenas, ocorrer o julgamento antecipado da lide.
(B) poderá ser dispensada a citação e proferida
sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente
prolatada.
(C) não poderá ser dispensada a citação, sendo
obrigatório o exame dos fundamentos deduzidos em
sede de contestação.
(D) não poderá ser dispensada a citação, por ser
indispensável a instauração de relação processual
válida.
(E) não poderá ser dispensada a citação, em razão da
obrigatoriedade do exercício da jurisdição.
_________________________________________________________
43. É de 10 (dez) dias o prazo para interpor recurso de
(A) agravo retido.
(B) apelação.
(C) embargos de divergência.
(D) recurso especial.
(E) embargos infringentes.
_________________________________________________________
44. A respeito do processo cautelar é correto afirmar:
(A) As medidas cautelares conservam sua eficácia na
pendência do processo principal e só podem ser
modificadas ou revogadas quando for prolatada a
sentença.
(B) O requerido será citado para, no prazo de 15
(quinze) dias, contestar o pedido, indicando as
provas que pretende produzir.
(C) O procedimento cautelar só pode ser instaurado
antes do processo principal e deste é sempre
dependente.
(D) O indeferimento da medida cautelar, se o juiz
acolher alegação de decadência ou prescrição do
direito do autor, obsta que a parte intente a ação
principal.
(E) Se por qualquer motivo cessar a eficácia da medida
cautelar, é lícito à parte repetir o pedido, ainda que
pelo mesmo fundamento.
45. A respeito da execução em geral, considere:
I. É lícito ao credor cumular várias execuções contra
o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos
diferentes, desde que para todas elas seja
competente o juiz e idêntica a forma do processo.
II. O credor ressarcirá ao devedor os danos que este
sofreu, quando a sentença, passada em julgado,
declarar inexistente, no todo ou em parte, a
obrigação que deu lugar à execução.
III. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a
condição, o credor poderá executar a sentença,
sem provar que a mesma se realizou, cabendo ao
devedor argüir a inocorrência desta através de
embargos.
Está correto o que consta APENAS em
(A) III.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II.
(E) I e II.
_________________________________________________________
DIREITO CIVIL
46. A respeito da estipulação em favor de terceiro, considere:
I. O que estipula em favor de terceiro não pode exigir
o cumprimento da obrigação, direito que cabe
apenas ao terceiro beneficiado pela estipulação.
II. O estipulante pode reservar-se o direito de
substituir o terceiro designado no contrato,
independentemente da sua anuência e da do outro
contratante.
III. A substituição do terceiro designado no contrato
pode ser feita por ato entre vivos.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e III.
(B) I e II.
(C) II e III.
(D) I.
(E) III.
_________________________________________________________47. Nas obrigações alternativas,
(A) se todas as prestações se tornarem impossíveis sem
culpa do devedor, o pagamento deve ser feito pelo
equivalente em dinheiro.
(B) o devedor pode obrigar o credor a receber parte em
uma prestação e parte em outra.
(C) se uma das duas prestações não puder ser objeto
de obrigação ou se tornar inexeqüível, não subsistirá
o débito quanto à outra.
(D) quando a obrigação for de prestações periódicas, a
faculdade de opção poderá ser exercida em cada
período.
(E) a escolha cabe ao credor, se nada tiverem as partes
estipulado a respeito no contrato.
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48. Paulo é tutor do menor Pedro, de 13 anos de idade, órfão
de pai e mãe. Na ausência de Paulo, Pedro atirou uma
pedra na vitrine de uma loja, danificando-a. Nesse caso,
Paulo
(A) não responde pelos danos causados por Pedro,
porque, no momento da ocorrência, não estava em
companhia do menor.
(B) não responde pelos danos causados por Pedro, se
comprovar que sua conduta foi incensurável quanto
à vigilância e educação do menor.
(C) responde pelos danos causados por Pedro, ainda
que não tenha havido culpa de sua parte.
(D) não responde pelos danos causados por Pedro,
porque não era titular do pátrio poder.
(E) só responde pelos danos causados por Pedro se
ficar comprovado que concorreu culposamente para
o evento.
_________________________________________________________
49. No condomínio edilício, a realização de obras em partes
comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes
facilitar ou aumentar a utilização, sem prejudicar a
utilização, por qualquer condômino, das partes próprias ou
comuns, depende, em assembléia, da aprovação
(A) de dois terços dos votos dos condôminos.
(B) do voto da maioria dos condôminos.
(C) do voto da unanimidade dos condôminos.
(D) de dois terços dos votos dos condôminos presentes.
(E) do voto da maioria dos condôminos presentes.
_________________________________________________________
50. A respeito dos títulos de crédito é INCORRETO afirmar:
(A) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só
ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de
medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos
e mercadorias que representa.
(B) O pagamento de título de crédito, que contenha
obrigação de pagar soma determinada, pode ser
garantido por aval parcial.
(C) O título de crédito não pode ser reivindicado do
portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade
das normas que disciplinam a sua circulação.
(D) Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que
tem, lança a sua assinatura em título de crédito,
como mandatário ou representante de outrem, fica
pessoalmente obrigado.
(E) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao
escrito a sua validade como título de crédito, não
implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu
origem.
NOÇÕES DE DIREITO FINANCEIRO
51. Dentre outras atribuições constitucionais, compete
privativamente ao Senado Federal, em matéria de dívida
pública,
(A) estabelecer, mediante proposta de um terço dos
seus membros, os limites globais e parciais para o
montante da dívida consolidada e mobiliária dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, salvo
da União.
(B) estabelecer, por sua própria iniciativa e pela maioria
simples de seus membros e em duas votações,
limites parciais para o montante da dívida mobiliária
da União, dos Estados e dos Municípios.
(C) fixar, por proposta da Câmara dos Deputados,
limites parciais para o montante da dívida mobiliária
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios.
(D) dispor, por proposta do Congresso Nacional, sobre
limites globais para o montante da dívida consoli-
dada e mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, salvo da União.
(E) fixar, por proposta do Presidente da República,
limites globais para o montante da dívida consoli-
dada da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
_________________________________________________________
52. Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão
escolhidos da seguinte maneira:
(A) dois terços pelo Senado Federal, com aprovação da
Câmara dos Deputados, sendo dois necessaria-
mente dentre auditores junto ao Tribunal, indicados
em lista tríplice pelo Chefe da Controladoria-Geral
da União, segundo os critérios de merecimento e
dois terços pelo Congresso Nacional.
(B) dois terços pelo Presidente da República, com
aprovação do Congresso Nacional, sendo três
alternadamente dentre auditores e membros do
Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em
lista sêxtupla pelo Tribunal, segundo os critérios de
antiguidade e um terço pelo Senado Federal.
(C) um terço pelo Congresso Nacional, sendo três
alternadamente dentre auditores e membros da
Controladoria-Geral da União, segundo os critérios
de antiguidade e merecimento indicados em lista
sêxtupla pelo Senado Federal, e dois terços pelo
Congresso Nacional.
(D) um terço pelo Presidente da República, com
aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do
Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em
lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de
antiguidade e merecimento e dois terços pelo
Congresso Nacional.
(E) um terço pela Câmara dos Deputados, com
aprovação do Senado Federal, sendo dois os
membros do Ministério Público Federal, indicados
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios
de antiguidade e merecimento e dois terços pelo
Presidente da República.
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12 PBGAS-Advogado-A01
53. No que diz respeito às receitas públicas, considere:
I. Receita pública é todo ingresso ou entrada de
dinheiro público ou privado nos cofres públicos.
II. Receita extraordinária é a arrecadada regularmente
em cada período financeiro, para fazer frente à
emissão de moeda ou tributos exigidos
coercitivamente.
III. Receitas de capital são provenientes, dentre outras
situações, de operações de crédito, amortização de
empréstimos concedidos e alienação de bens
móveis.
IV. Receitas originárias são as produzidas pelos bens e
empresas de propriedade pública.
É correto o que consta APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I e II.
(C) II e III.
(D) I, II e IV.
(E) III e IV.
_________________________________________________________
54. Com relação aos princípios que informam o orçamento
público, é INCORRETO afirmar que, pelo Princípio da
(A) Universalidade, recomenda-se que todas as receitas
e todas as despesas governamentais devem ser
incluídas no orçamento, com a eliminação de
qualquer vinculação entre umas e outras.
(B) Unidade, é, em qualquer caso, proibida a vinculação
de receita de impostos, taxas e contribuições de
melhoria a órgão, fundo ou despesa.
(C) Especialização, a discriminação das receitas e das
despesas deve ser feita por unidade administrativa,
de modo a se poder saber quanto poderá render ou
despender cada unidade.
(D) Exclusividade, o orçamento não poderá conter
dispositivo estranho à fixação da despesa e à
previsão da receita.
(E) Anualidade, a fixação do orçamento com perio-
dicidade anual objetiva proporcionar a possibilidade
de alterações do seu conteúdo, em vista das
oscilações econômicas que envolvem a receita e a
despesa.
55. No que tange à despesa pública, analise:
I. O pagamento constitui-se em mecanismo de
controle da execução da despesa, estabelecendo
um limite no uso das dotações para as finalidades a
que se destinam.
II. A despesa é o gasto da riqueza pública autorizada
pelo poder competente, com o fim de atender a
uma necessidade pública.
III. O empenho consiste na apuração do montante da
dívida que deverá ser paga, como forma de saldar
a dívida.
IV. A liquidação ocorre após o empenho e consiste na
necessidade de determinar o montante da dívida
que deverá ser paga.
É correto o que consta APENAS em
(A) II e IV.
(B) I e III.
(C) I e II.
(D) II, III e IV.
(E) I, II e III.
_________________________________________________________56. O processo de execução da despesa pública deve
obedecer, cronologicamente, aos estágios de:
(A) ordenação, precatório, pagamento, liquidação e
empenho.
(B) empenho, liquidação, ordenação, pagamento e
precatório.
(C) precatório, ordenação, empenho, liquidação e
pagamento.
(D) ordenação, pagamento, liquidação, empenho e
precatório.
(E) liquidação, pagamento, ordenação, precatório e
empenho.
_________________________________________________________
57. É INCORRETO afirmar que orçamento
(A) desempenho é aquele que estima e autoriza as
despesas pelos produtos finais a obter ou tarefas a
realizar.
(B) funcional é aquele que estima e autoriza as
despesas por funções face às atividades exercidas
pelo Estado.
(C) plurianual não é programático, sendo meramente
operativo, porque é executável.
(D) corrente corresponde às operações relativas à
manutenção e funcionamento de serviços já
existentes.
(E) programa é a espécie orçamentária em que os
recursos se relacionam a objetivos, metas e projetos
de um plano de governo.
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PBGAS-Advogado-A01 13
58. Dentre outras, são receitas correntes as de
(A) transferências de capital.
(B) operações de crédito.
(C) alienação de bens.
(D) contribuições agropecuária e industrial.
(E) amortização de empréstimos.
_________________________________________________________
59. Nos termos da Constituição Federal, o Poder Executivo
publicará o relatório resumido da execução orçamentária
em até
(A) dez dias após o encerramento de cada mês.
(B) quinze dias após o encerramento de cada trimestre.
(C) sessenta dias após o encerramento de cada mês.
(D) noventa dias após o encerramento de cada
quadrimestre.
(E) trinta dias após o encerramento de cada bimestre.
_________________________________________________________
60. Considere:
I. Dívida pública consolidada ou fundada é a
representada por títulos emitidos pela União,
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e
Municípios.
II. Se a dívida mobiliária de um ente da Federação
ultrapassar o respectivo limite ao final de um
trimestre, deverá ser a ele reconduzida, reduzindo o
excedente em pelo menos 15% (quinze por cento)
no primeiro bimestre.
III. Refinanciamento da dívida imobiliária é a emissão
de títulos para pagamento do principal acrescido da
atualização monetária.
IV. Integram a dívida pública consolidada as operações
de crédito de prazo inferior a doze meses cujas
receitas tenham constado do orçamento.
V. Os precatórios judiciais não pagos durante a
execução do orçamento em que houverem sido
incluídos integram a dívida consolidada, para fins
de aplicação dos limites.
É correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) III, IV e V.
(D) II e V.
(E) I e IV.
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