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DOI: 10.4025/reveducfis.v21i4.8328 
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
ANÁLISE ELETROMIOGRÁFICA DOS MÚSCULOS POSTERIORES DA COXA NA 
CADEIRA E MESA FLEXORA 
ELECTROMYOGRAPHICAL ANALYSIS OF HAMSTRINGS IN PRONE LEG CURL AND SEATED 
LEG CURL 
Daniella Regina Crispim Schaefer∗ 
Lílian Gerdi Kittel Ries** 
RESUMO 
O objetivo do presente estudo foi analisar a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos bíceps femoral (BF) 
cabeça longa e semitendíneo (ST) durante movimentos de flexão do joelho em dois aparelhos: a cadeira e a mesa 
flexoras. Fizeram parte do estudo nove voluntários praticantes de musculação, com idades de 20 a 40 anos. Foi 
realizada uma série de cinco repetições de flexão do joelho em cada um dos aparelhos. A atividade EMG foi coletada 
utilizando-se eletrodos de superfície e os dados foram expressos em Roots Mean Square (RMS). Por meio do teste “t” 
para dados pareados verificou-se maior amplitude eletromiográfica dos músculos BF e ST na mesa flexora, com 
diferença estatisticamente significativa do músculo BF. A maior ativação muscular dos isquiotibiais durante os 
exercícios de flexão realizados na mesa flexora sugere que este equipamento seja mais eficiente que a cadeira para 
treinamentos que visem melhorar a capacidade de ativação muscular. 
Palavras-chave: Contração muscular. Músculo esquelético. Eletromiografia. 
 
∗
 Grupo de Pesquisa de Fisioterapia, Curso de Educação Física, Universidade do Estado de Santa Catarina, 
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. 
**
 Grupo de Fisioterapia, Laboratório de Biomecânica, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, Santa 
Catarina, Brasil. 
INTRODUÇÃO 
O treinamento de força é atualmente um dos 
métodos mais eficazes para a manutenção da 
saúde e da força (BENBEM; FETTERS, 2000). 
Seus benefícios vão desde complemento junto 
ao treinamento de atletas até a reabilitação 
(FLANAGAN; SALEM; WANG; SANKER; 
GREENDALE, 2003). 
Segundo Kraemer e Ratames (2004), o 
meio primordial para o alcance dos objetivos 
pretendidos com o treinamento de força 
consiste na elaboração apropriada do 
programa de treino. Para o êxito do programa 
podem-se manipular algumas variáveis, tais 
como a seleção e a ordem dos exercícios, a 
intensidade e o volume da carga, a frequência 
de treino e o intervalo entre os exercícios e as 
séries. Na busca por treinamentos mais 
eficientes é importante conhecer quão efetivo 
pode ser o posicionamento de um exercício 
em relação a outro e qual a melhor opção 
quando há uma diversidade de exercícios à 
disposição. 
A eletromiografia, como instrumento de 
medida do movimento humano, tem sido muito 
utilizada na última década com inúmeros fins, 
entre eles a verificação da especificidade e 
eficiência de métodos de treinamento e 
reabilitação (GONÇALVES, 2006). Além disso, 
é possível, por meio da eletromiografia, 
identificar possíveis alterações e desequilíbrios 
entre músculos ou grupos musculares que, em 
alguns casos, são determinantes na área da 
reabilitação e na busca de atletas pela obtenção 
da melhor performance (WIKSTROM; 
TILLMAN; CHMIELEWSKI; BORSA, 2006). 
Entre os estudos envolvendo a análise da 
atividade eletromiográfica para investigar a ação 
dos músculos isquiotibiais como agonistas da 
flexão do joelho encontram-se aqueles cujos 
objetivos foram: i) determinar o nível de 
atividade relacionado ao exercício executado 
BOMPA; CORNACCHIA, 2000), de relacionar 
618 Schaefer e Ries 
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
com diferentes ângulos articulares (LUNNEN; 
YACK; LEVEAU, 1981) de analisar os 
exercícios prescritos no treinamento resistido 
(LIMA; PINTO, 2006) de relacionar com o 
torque articular (LUNNEN; YACK; LEVEAU, 
1981; RODRIGUES; MORAES; OKANO; 
FONTES; ALTIMARI, 2007) e de analisar o 
equilíbrio com a musculatura antagonista 
(MESFAR; SHIRAZI-ADL, 2006; MILLER; 
CROCE; HUTCHINS, 2000; KELLIS; 
BALTZOPOULOS, 1999). 
Considerando-se a importância do estudo da 
função muscular, tanto para programas de 
reabilitação quanto para programas de 
treinamento, a análise da atividade muscular em 
diferentes situações de treino é essencial para 
determinar o exercício mais adequado. A 
aplicação de resistências durante os diferentes 
programas é bastante usual e pode ser feita por 
meio de alguns aparelhos de musculação, como 
a cadeira e a mesa flexoras. 
A flexão dos joelhos na posição sentada 
(cadeira flexora) e na posição deitada (mesa 
flexora) são exercícios de deslocamento 
monoarticular projetados para trabalhar os 
posteriores da coxa (CAMPOS, 2000). Na 
cadeira flexora, a flexão de joelhos apresenta 
uma amplitude reduzida de movimento para a 
maioria das pessoas, devido à falta de 
flexibilidade dos posteriores da coxa 
(AABERG, 2001), porém é uma ótima 
alternativa para as pessoas que tenham 
determinados problemas nas costas, pressão 
arterial ou outras dificuldades, como realizar o 
mesmo exercício na posição deitada (CAMPOS, 
2000). 
A mesa flexora representa uma opção para 
pessoas que apresentem flexibilidade limitada 
dos posteriores de coxa. O fato de estar deitado 
e provocar uma flexão profunda a partir dos 
quadris retira a carga dos posteriores da coxa, 
permitindo uma amplitude maior de movimentos 
para pessoas com rigidez nestes músculos 
(AABERG, 2001). 
A principal diferença entre o exercício 
realizado na cadeira e o realizado na mesa 
flexora é o grau de flexão do quadril. Como, em 
sua maioria, os músculos flexores do joelho são 
biarticulares, sua atividade pode ser influenciada 
pelo posicionamento das articulações que eles 
cruzam (CAMPOS, 2000). Os estudos realizados 
sobre a atividade eletromiográfica (EMG) dos 
músculos isquiotibiais em diferentes posições 
articulares, com comprimentos diversos, nem 
sempre apresentaram os mesmos resultados 
(LUNNEN; YACK; LEVEAU, 1981; 
RODRIGUES; MORAES; OKANO; FONTES; 
ALTIMARI, 2007; ONISHI; YAGI; OYAMA; 
AKASAKA; IHASHI; HANDA, 2000; 
MOHAMED; PERRY; HISLOP, 2002). 
A cadeira e a mesa flexoras são aparelhos 
bastante utilizados nos programas de 
treinamento de força dos isquiotibiais em 
academias, mas não foram encontrados estudos 
comparando ambos os aparelhos. Com base em 
tais afirmações, este estudo tem como objetivo 
avaliar a atividade eletromiográfica dos 
músculos bíceps femoral (BF) e semitendíneo 
(ST) durante a execução de flexão do joelho em 
tais aparelhos. O estudo aponta a hipótese de 
que ocorrem diferenças significativas na 
atividade dos músculos isquiotibiais, entre o 
exercício realizado na mesa flexora e o realizado 
na cadeira flexora. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Sujeitos 
Foram avaliados nove praticantes de 
musculação, com idades entre 20 e 40 anos 
(massa corporal 75,4 ± 10,56 Kg; estatura 
177,55 ± 5,47 cm) e tempo de prática de 2 a 8 
anos. Pelo critério para participar da pesquisa, 
os voluntários não poderiam apresentar 
antecedentes de lesões musculoesqueléticas, dor, 
trauma e/ou cirurgia nos membros inferiores 
anteriores a seis meses e deveriam ter pelo 
menos um ano de prática de musculação. As 
coletas de todos os dados apresentados neste 
estudo foram realizadas na Academia Racer, em 
Florianópolis, Santa Catarina. 
Após serem esclarecidos sobre as 
finalidades do estudo e os procedimentos aos 
quais seriam submetidos, os voluntários 
assinaram o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido. Este estudo foi aprovado pelo 
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade 
do Estado de Santa Catarina – UDESC 
(protocolo n.º 136/2007), para atender à 
Resolução N.º 196/96 do Conselho Nacional de 
Saúde. 
Análise eletromiográfica dos músculos posteriores da coxa na cadeira e mesa flexora 619 
R. da Educação Física/UEM Maringá,v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
Avaliação eletromiográfica 
A atividade eletromiográfica foi avaliada 
por meio do Eletromiógrafo Miotool USB da 
empresa Miotec e com placa conversora 
analógico-digital de 14 bits de resolução para 
uma taxa de aquisição de 2000 Hz. A mínima 
relação de rejeição de modo comum foi de 110 
dB. 
A atividade elétrica do músculo bíceps 
femoral (BF) e do músculo semitendíneo (ST) 
foi detectada por meio de eletrodos de superfície 
Carbogel, passivos, modelo F9079 I, com 
distância intereletrodos de 2cm, conectados a 
pré-amplificadores com ganho fixo de 100 
vezes. 
A localização dos eletrodos foi determinada 
respeitando-se as recomendações SENIAM do 
consórcio europeu para eletromiografia de 
superfície (FRERIK; HERMENS; SENIAM, 
1999; HERMENS et al., 2000). No músculo BF, 
os eletrodos foram colocados entre a 
tuberosidade do ísquio e o epicôndilo lateral da 
tíbia (ponto médio) e no músculo ST os 
eletrodos foram colocados entre a tuberosidade 
do ísquio e o epicôndilo medial da tíbia (ponto 
médio) – nos dois casos no membro inferior 
esquerdo (membro não dominante). O eletrodo 
terra (referência) foi colocado sobre o maléolo 
medial esquerdo. 
Para registrar o sinal eletromiográfico foi 
diminuída a impedância elétrica da pele, 
limpando-se o local com algodão hidrofílico 
embebido em solução alcoólica a 70% para 
remover gorduras e impurezas, e quando 
necessário, efetuou-se tricotomia no local da 
colocação dos eletrodos. 
Para fazer comparações do sinal 
eletromiográfico entre os voluntários e entre os 
aparelhos mesa e cadeira flexoras, os valores 
expressos em RMS da atividade de interesse 
foram normalizados por uma atividade 
isométrica obtida durante uma contração 
voluntária de referência (CVR). A maioria dos 
estudos normaliza a atividade de interesse por 
uma contração isométrica voluntária máxima 
(CIVM), porém a máxima ativação de todas as 
unidades motoras depende de muitos fatores, 
tais como ativação muscular e nível de 
treinamento e motivação (SODERBERG; 
KNUTSON, 2000). Uma tarefa de referência 
não muda, de modo que qualquer alteração na 
atividade mioelétrica é uma realidade biológica 
(LEHMAN; MCGILL, 1999). 
A CVR dos músculos BF e ST foi realizada 
nos voluntários na posição vertical, com o 
joelho, flexionado a 90º, sustentando 
isometricamente uma caneleira de 1 (um) kg no 
tornozelo da perna esquerda durante dez 
segundos. Esta tarefa foi escolhida pela maior 
facilidade de execução. Os valores absolutos da 
amplitude da atividade de interesse foram 
transformados em valores relativos referentes ao 
valor de amplitude da CVR caracterizada como 
100%. 
A padronização da carga externa utilizada 
na cadeira e mesa flexoras foi realizada por meio 
do teste de uma repetição máxima (1RM) 
(SIMÃO et al., 2006). No teste de 1RM, os 
voluntários realizaram um aquecimento de 15 
repetições no próprio aparelho (escolhido 
aleatoriamente) com uma carga confortável. A 
seguir, a intervalos de três minutos, adicionou-se 
carga ao aparelho enquanto o voluntário 
realizava repetições. O processo foi reproduzido 
com o aumento progressivo da carga de dois em 
dois quilogramas por no máximo seis tentativas 
ou até a carga máxima ser obtida. No momento 
da coleta foram realizadas cinco repetições com 
60% da carga de 1RM. Entre a execução da 
atividade na cadeira flexora e na mesa flexora 
foi respeitado um intervalo de recuperação de 
cinco minutos. Outros estudos utilizaram o 
tempo de recuperação de três minutos 
(LUNNEN; YACK; LEVEAU, 1981; 
RODRIGUES et al., 2007). Adotou-se um 
intervalo de tempo maior para a recuperação a 
fim de evitar a fadiga. Previamente ao teste, 
houve um período de adaptação e treinamento 
para orientar melhor o voluntário nas atividades 
propostas e na aquisição do sentido cinestésico 
para o controle da velocidade de execução. 
O procedimento experimental compreendeu 
a avaliação da atividade mioelétrica do BF e do 
ST em cinco ciclos de atividade durante as 
posições sentado e em decúbito ventral na 
cadeira e mesa flexoras (Tecnoflex Advanced), 
respectivamente. Para a normalização da 
amplitude do movimento, esta foi limitada a 90º 
de flexão dos joelhos para todos os indivíduos, 
iniciando-se com os joelhos estendidos - 0º - 
paralelamente à horizontal, com a ajuda de um 
goniômetro. 
620 Schaefer e Ries 
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
A ordem de execução do teste nas duas 
posições foi aleatória. Na cadeira flexora, o 
voluntário foi posicionado sentado com encosto 
ajustável a 80º. Para evitar que os eletrodos 
tivessem contato com a superfície do assento da 
cadeira, o voluntário foi posicionado sobre uma 
chapa de isopor da dimensão 50 X 50cm, com 
50mm de espessura, e rebaixamento de 30mm na 
área esquerda da chapa para encaixar a região da 
localização dos eletrodos da perna testada. A 
altura e regulagem do encosto foram ajustadas 
para que a articulação do joelho estivesse 
alinhada ao eixo de rotação do aparelho. Este 
aparelho possui um rolo, o qual prende as coxas, 
para estabilizar o quadril, e os joelhos, a fim de 
evitar movimentos compensatórios durante a 
execução dos movimentos de flexão. O 
tornozelo foi posicionado sobre a manopla da 
roda. 
Na posição decúbito ventral o voluntário 
deitou-se mantendo a articulação do joelho fora 
da mesa e alinhada ao eixo de rotação do 
aparelho. 
Análise dos dados 
A atividade elétrica unilateral dos músculos 
BF e ST de três ciclos intermediários de 
contração foi apresentada por meio dos valores 
Root Mean Square (RMS) expressos em 
microvolts (µV). O início do movimento foi 
determinado como o ponto onde a amplitude do 
sinal eletromiográfico tornou-se maior do que 
duas vezes em relação àquela observada para a 
atividade basal entre as contrações. Depois de 
submeter os dados a um filtro Butterworth, passa 
alta de 10Hz e passa baixa de 500Hz, os valores 
RMS obtidos durante a atividade com a cadeira 
e com a mesa foram normalizados. Para a 
normalização, os valores RMS foram expressos 
como uma porcentagem do máximo valor RMS 
obtido em um segundo durante a CVR para cada 
músculo e sujeito (valor RMS 
normalizado=(RMS da atividade/RMS da 
CVR)*100). 
Análise estatística 
Os dados descritivos foram relatados como 
médias e desvio padrão calculados sobre os três 
ciclos intermediários de contração realizados por 
cada voluntário para cada variável nas duas 
posições de análise. As variáveis analisadas 
foram: atividade (RMS) do BF e atividade 
(RMS) do ST. Para avaliar o efeito das duas 
posições, após verificar a normalidade dos dados 
por meio do teste de Shapiro-Wilk, utilizou-se o 
teste “t” para dados pareados. Foi utilizado para 
análise o pacote estatístico SPSS versão 17.0, e 
para todos os procedimentos foi adotado o nível 
de significância de 5% (p<0.05), com 
distribuição bicaudal. 
RESULTADOS 
A Figura 1 apresenta, como exemplo, dados 
referentes à captação simultânea dos sinais 
EMG brutos (µV) dos músculos BF e ST de um 
voluntário obtidos durante três ciclos 
intermediários de atividade na cadeira e mesa 
flexoras. Foi observada maior amplitude da 
atividade EMG em ambos os músculos na mesa 
flexora. 
Na Tabela 1 são apresentadas as médias e 
os desvios padrões dos valores RMS 
normalizados dos músculos BF e ST. Na 
comparação entre a cadeira e mesa flexoras 
com a utilização do teste “t” para dados 
pareados, verifica-se maior amplitude da 
atividade eletromiográfica normalizada dos 
músculos BF e ST na mesa flexora, isto é, na 
posição em decúbito ventral, com diferença 
estatisticamente significativa para o músculo 
BF. Apesar do grande desvio padrão, esta 
conclusão é confirmada pelo intervalo de 
confiança a 95% para a diferença entre as 
posições do BF,que não inclui o zero. A 
diferença média entre as posições é negativa, 
isto é, a mesa flexora aumentou a amplitude da 
atividade eletromiográfica normalizada do BF. 
Análise eletromiográfica dos músculos posteriores da coxa na cadeira e mesa flexora 621 
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
 
Figura 1 - Representação gráfica da atividade eletromiográfica (Root Mean Square - RMS) dos músculos 
bíceps femoral e semitendíneo durante três ciclos de atividade na cadeira flexora e mesa flexora de 
um voluntário. 
Tabela 1 - Valores das médias, desvio padrão e diferença da atividade eletromiográfica (Root Mean Square 
normalizado - RMSn) dos músculos bíceps femoral (BF) e semitendíneo (ST) durante atividade na 
cadeira flexora (posição sentada) e mesa flexora (posição deitada) (n=9). 
 Cadeira Flexora (RMSn) Mesa Flexora (RMSn) Diferença Pareada Entre Posições 
 
Média ± DP Média ± DP Média ± DP 
Intervalo de Confiança da 
Diferença (95%) p 
 Inferior Superior 
BF 189,00 ± 102,04 267,70 ± 126,25 -78,70 ± 54,61 -120,68 -36,72 0,003* 
 
ST 269,88 ± 150,95 314,66 ± 164,87 -44,78 ± 72,96 -100,86 11,30 0,103 
Teste t para dados pareados: * Diferenças estatisticamente significativas entre as posições (p<0,05). 
 
DISCUSSÃO 
O estudo dos exercícios de musculação tem 
sido cada vez mais valorizado, em vista de sua 
intensa difusão entre a população. É comum a 
realização de exercícios para a musculatura 
flexora do joelho em aparelhos, porém na 
prescrição destes exercícios muitas vezes não 
são levadas em consideração as características 
do aparelho relacionadas aos objetivos do 
treinamento. 
O tempo da prática de musculação dos 
voluntários avaliados variou de dois a oito anos. 
Os limites biológicos estão mais próximos aos 
dos indivíduos mais treinados e musculosos, 
622 Schaefer e Ries 
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
diminuindo o seu potencial de desenvolvimento 
(FETT; FETT, 2003). Estes também terão maior 
conhecimento na técnica de execução, contudo 
acredita-se que tal fato não tenha interferido nos 
resultados encontrados, pois a comparação não 
ocorreu entre diferentes voluntários, e sim, entre 
a mesa e a cadeira flexoras. 
A mesa flexora, apesar de ser um 
equipamento mais antigo, apresenta o melhor 
desenho biomecânico para o fortalecimento dos 
isquiotibiais. A cadeira flexora, ao contrário, 
embora seja um equipamento atual e sofisticado, 
perde para a mesa flexora no que tange à 
eficiência (MATOS, 2002). 
Entre as implicações observadas na análise 
eletromiográfica de flexão do joelho, pôde-se 
perceber que as variações na forma de execução 
desse movimento podem alterar a intensidade da 
ativação dos músculos envolvidos no 
movimento (LIMA; PINTO, 2006). Os músculos 
avaliados BF e ST são biarticulares e sua ação 
sobre o joelho depende da posição do quadril 
(KAPANDJI, 2000). 
No presente estudo, a atividade EMG 
durante a flexão do joelho foi modificada por 
mudanças no ângulo do quadril. Na cadeira 
flexora os isquiotibiais estão em posição 
alongada e realizam a flexão da perna 
contraindo um músculo que está sendo mantido 
em extensão (MATOS, 2002). A maior 
amplitude da atividade eletromiográfica dos 
músculos BF e ST foi observada em decúbito 
ventral com o quadril em 0º (mesa flexora), com 
diferença estatisticamente significativa do 
músculo BF, ou seja, numa posição encurtada, o 
que vai ao encontro de outros estudos (BOMPA; 
CORNACCHIA, 2000; LUNNEN; YACK; 
LEVEAU, 1981; MOHAMED; PERRY; 
HISLOP, 2002). 
Na avaliação EMG do BF (cabeça longa) e 
ST com variação da posição do quadril em 0º, 
60º e 90º (MOHAMED; PERRY; HISLOP, 
2002) também observaram maior ativação 
durante flexão do joelho quando o quadril estava 
posicionado em extensão (0º), mas esta 
diferença foi significativa apenas para o 
músculo ST. Não obstante, diferentemente de 
nosso estudo, a posição do quadril em extensão 
foi realizada com os sujeitos em decúbito dorsal 
durante uma contração isométrica. 
Na análise da flexão do joelho com o 
quadril em diferentes amplitudes (0º, 45º, 90º, 
135º), Lunnen et al. (1981) notaram que a 
atividade EMG do BF aumentou com a 
diminuição do comprimento do músculo. A 
diferença foi maior quando foi desenvolvido um 
torque constante durante uma contração 
isométrica máxima, contudo a posição do 
quadril em 0º foi em decúbito dorsal. 
Onishi et al. (2000) também relataram que a 
atividade eletromiográfica de cada um dos 
músculos isquiotibiais varia de diferentes 
maneiras conforme o comprimento muscular ou 
o ângulo articular. Neste estudo, a atividade 
EMG da cabeça longa do BF foi sensivelmente 
diferente em relação ao ST e a cabeça curta do 
BF. O pico da atividade da cabeça longa do BF 
foi obtido com o ângulo de flexão do joelho 
entre 15º e 30º, enquanto a cabeça curta do BF e 
o ST mostraram maior atividade entre 90º e 
105º. Respectivamente; porém a posição 
avaliada foi somente em decúbito ventral, ou 
seja, com a manutenção do quadril na mesma 
posição, variando somente na amplitude do 
joelho. 
A diminuição da atividade EMG quando o 
músculo está alongado pode ser explicada pelo 
efeito mecânico dos componentes elásticos em 
paralelos, que permitem uma diminuição da 
força desenvolvida pelos elementos contráteis e 
consequente diminuição da taxa de disparo das 
unidades motoras (LUNNEN; YACK; 
LEVEAU, 1981). 
A maior ativação do BF e do ST durante a 
atividade na mesa flexora mostra que, nesta 
posição, é necessária maior ativação do 
componente contrátil dos músculos. Para 
executar a flexão do joelho no referido aparelho, 
torna-se indispensável maior recrutamento das 
unidades motoras - com a mesma carga – em 
comparação àquela efetuada na cadeira flexora. 
A força muscular é influenciada pelo 
número de sarcômeros em paralelo, pelo 
comprimento do braço de momento e pelo 
ângulo de inserção das fibras musculares no 
tendão (ERSKINE; JONES; MAGANARIS; 
DEGENS, 2009). Normalmente, é na posição de 
comprimento ótimo que as unidades motoras do 
músculo são totalmente recrutadas, e cada 
músculo que compõe o grupo muscular 
isquiotibial poderia alcançar esta posição na 
Análise eletromiográfica dos músculos posteriores da coxa na cadeira e mesa flexora 623 
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
curva comprimento-tensão em um ângulo de 
flexão diferente (ONISHI et al., 2000). 
Na posição supina, durante a flexão do joelho, 
o braço de momento dos isquiotibiais é maior nas 
amplitudes entre 100º e 120º, tendendo depois a 
diminuir (HERZOG; READ, 1993). A manutenção 
da postura em flexão do quadril alonga os 
isquiotibiais aumentando o braço de momento. Não 
foram encontrados estudos com os valores do braço 
de momento dos isquiotibiais durante a flexão do 
joelho na posição sentada. Quanto mais o quadril 
estiver flexionado, maior é o encurtamento relativo 
dos isquiotibiais, isto é, maior é a distância entre as 
fixações do grupo muscular, ocorrendo maior 
tensão e assim aumentando sua eficácia 
(KAPANDJI, 2000). Esta posição melhora a 
relação comprimento-tensão dos isquiotibiais, 
sendo necessário menor recrutamento das unidades 
motoras para executar o movimento com o mesmo 
nível de carga. 
Entre os músculos biarticulares do grupo 
isquiotibial, Mohamed et al. (2002) demonstraram 
haver diferença significante na atividade 
eletromiográfica do ST apenas entre a posição mais 
alongada (90º quadril com 0º joelho) para a posição 
mais encurtada (0º quadril com 90º joelho). Neste 
estudo, a diminuição da atividade EMG do ST na 
posição mais alongada foi explicada pela posição 
do seu tendão, que, estando muito próximo ao eixo 
da articulação do joelho, produz um fraco braço de 
momentopara a flexão de joelho, sugerindo uma 
insuficiência na flexão do joelho. 
Também se observou uma significativa 
diminuição da ativação do BF durante a posição 
alongada; contudo, este músculo pode apresentar 
comportamento diferente dos outros músculos do 
grupo isquiotibial, com diminuição de sua ativação 
durante o aumento do ângulo do joelho (ONISHI et 
al., 2000), por isso se aconselham novos estudos 
com diferentes graus de flexão de joelho. 
Sugerem-se mais pesquisas com o objetivo de 
relacionar o comprimento muscular com atividade 
EMG dos isquiotibiais em diferentes exercícios, 
pois não foram encontrados resultados 
semelhantes. 
É importante conhecer o efeito da atividade 
que está sendo proposta nos programas de 
treinamento ou reabilitação. Se o objetivo do 
programa for mudança estrutural em músculos 
encurtados, o treinamento da força deve ocorrer em 
posição alongada (AQUINO, 2010). Não obstante, 
os resultados do presente estudo sugerem que, se o 
objetivo do treinamento dos isquiotibiais for o 
recrutamento do maior número de unidades 
motoras, este deve ocorrer em posição encurtada. 
Se os músculos isquiotibiais mantidos mais 
encurtados causam maior atividade EMG com 
simultânea diminuição da força, no caso de cirurgia 
após lesões, esta posição pode minimizar a dor e 
evitar danos em suturas ou em tecidos adjacentes 
(LUNNEN; YACK; LEVEAU, 1981). 
CONCLUSÃO 
De acordo com os resultados obtidos neste 
estudo, pode-se concluir que há uma maior 
ativação muscular dos isquiotibiais durante os 
exercícios de flexão realizados na mesa flexora, 
o que indica que este equipamento pode ser mais 
eficiente que a cadeira flexora para treinamentos 
que visem aumentar a ativação muscular. Além 
disso, propõe-se que seja analisada a relação do 
torque com a EMG, para uma compreensão mais 
ampla da especificidade de cada um desses 
aparelhos. 
ELECTROMYOGRAPHICAL ANALYSIS OF HAMSTRINGS IN PRONE LEG CURL AND SEATED LEG CURL 
ABSTRACT 
The objective of the present study was to analyze the electromyographic activity (EMG) of long head Bíceps Femoris (BF) 
and Semitendinosus (ST) muscles during knee flexion movements in two different machines: Prone leg curl (decubitus 
ventral position) and Seated leg curl (sitting position). Nine bodybuilders aged 20 to 40 years old participated in this study. 
They followed a protocol specifying 5 repetitions of flexion of the knee in each machines. EMG activity was recorded using 
surface electrodes and data were expressed in terms of root mean squares (RMS). Statistical analysis employed T Test (data 
paired). There was greater EMG amplitude of BF and ST in decubitus ventral position with a statistically significant 
difference for the BF muscle. There is greater muscle activation of the hamstrings during flexion exercises performed on the 
prone leg curl suggesting that this equipment is more efficient than the chair for training with the aim of improving the 
capacity of muscle activation. 
Keywords: Muscle Contraction. Muscle Skeletal. Electromyography. 
624 Schaefer e Ries 
R. da Educação Física/UEM Maringá, v. 21, n. 4, p. 617-624, 4. trim. 2010 
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Recebido em 24/09/09 
Revisado em 19/06/10 
Aceito em11/07/10 
 
 
Endereço para correspondência: Daniella Regina Crispim Schaefer. Rua Elpídio Barbosa, nº 320 apto 107, Trindade, 
CEP 88036-300, Florianópolis-SC, Brasil. E-mail: dani_schaefer@hotmail.com

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