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Estudo dirigido - Citologia e Histologia Aluna: Amanda Assis Lacerda - Turma 76 D I – Tecido cartilaginoso 1) Descrever a estrutura histológica geral do tecido cartilaginoso considerando suas células e a matriz extracelular. Células: condrócitos (localizados em lacunas: cavidades na matriz cartilaginosa) e condroblastos. Matriz cartilaginosa: colágeno, elastina, proteoglicanos hidratados, glicosaminoglicanos, glicoproteínas e ácido hialurônico. 2) Citar os tipos histológicos de cartilagem e correlacioná-los com suas funções. Hialina: primeiro esqueleto do embrião, responsável pelo crescimento em extensão do osso (Disco epifisário). Elástica: flexibilidade, resistentes a processos degenerativos. Fibrocartilagem: menos rígida, intermediária entre cartilagem hialina e tecido conjuntivo denso. 3) Descrever a estrutura da matriz cartilaginosa considerando a presença de colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas de adesão. Colágeno e elastina garantem a flexibilidade, ligações eletrostáticas entre GAGs sulfatados, colágeno + grande quantidade de moléculas água que se ligam nos GAGs negativamente carregados dão a rigidez. Os proteoglicanos atuam como transportadores e fazem a comunicação entre as células e as glicoproteínas, são responsáveis pela sustentação e flexibilidade. 4) Definir o que é pericôndrio e citar sua importância funcional para a nutrição da cartilagem. Pericôndrio é formado por tecido conjuntivo denso e é responsável pela formação de novos condrocitos. É dividido em fibroso (externo, formado por células semelhantes aos fibroblastos) e condrogênico (mais próximo a cartilagem, tem condroblastos) 5) Explicar o crescimento da cartilagem a partir do pericôndrio e dos grupos isogênicos de condroblastos (crescimento aposicional e crescimento intersticial). O crescimento aposicional da cartilagem se faz a partir das células do pericôndrio, os condroblastos. Estes vão se diferenciando até assumir a forma de condrócito. O crescimento intersticial ocorre por divisão mitótica dos condrócitos pré-existentes. Desse modo, duas células passam a ocupar uma única lacuna, criando assim os chamados grupos isogênicos. II – Tecido ósseo (Osseo) 1) Citar as células constituintes do tecido ósseo e suas respectivas funções. Osteogênicas: célula tronco que multiplica por mitose e se diferencia em osteoblasto, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos por aposição. Osteoblastos: sintetizam a parte orgânica da matriz óssea (colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas) e fatores que influenciam a função de outras células ósseas. Eles são capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. Osteoclatos células grandes e multinucleadas, responsáveis pela reabsorção do tecido ósseo. Os osteoclastos secretam ácido para o interior desse microambiente sob a forma de íons de hidrogênio (H+), além de colagenase e outras hidrolases que atuam localmente, tanto digerindo a matriz orgânica como dissolvendo os cristais de sais de cálcio. A atividade dos osteoclastos é coordenada por citocinas e por hormônios, como a calcitonina e o paratormônio. Osteócitos: após sintetizar matriz extracelular, o osteoblasto é aprisionado pela matriz orgânica recém-sintetizada e passa a ser chamado de osteócito. Nessa condição a célula possui pequena atividade sintética, mas ainda sim são essenciais para a manutenção da matriz óssea. Sua morte é seguida por reabsorção da matriz ao seu redor. 2) Explicar resumidamente a formação de tecido ósseo lamelar (maduro) e tecido ósseo não lamelar (imaturo). O osso primário ou não lamelar constitui da formação inicial do tecido ósseo, em condições normais adultos possuem poucos locais com a presença desse tipo de tecido, como os alvéolos dentais. Ele é majoritariamente encontrado durante a vida fetal, a remodelação óssea e a consolidação de fraturas. Além disso, o tecido imaturo possui fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida e tem menor quantidade de minerais. Nesse tecido as primeiras células osteoprogenitoras começam a se diferenciar, a partir de células mesenquimais, e produzir osteoblastos e osteócitos, bem como começa o processo de formação de trabéculas, que é a deposição de matriz calcificada. Com o passar dos anos esse tecido vai sendo substituído gradativamente por tecido ósseo lamelar ou secundário. Esse que possui como principal característica ser formado por fibras colágenas organizadas em lamelas. 3) Descrever a constituição histológica de um osteônio ou sistema de Havers. Lacunas, Lamelas, Osteócitos, Canalículos, Canal de Havers, Canal de Volkmann. 4) Citar a localização dos canais de Havers e canais de Volkmann no osteônio e explicar sua função. Os canais de Havers ficam localizados no centro dos anéis concêntricos(lamelas), na vertical do osteônio e tem a função de nutrir, mineralizar e inervar o osso. Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de túneis transversais ou oblíquos à diáfise, situados no interior do osso, chamados de canais de Volkmann, que se distinguem dos de Havers por não serem envolvidos por lamelas ósseas concêntricas. 5) Explicar a importância das lacunas e dos canalículos ósseos para a nutrição dos osteócitos As lacunas abrigam os osteócitos. Numerosos canalículos partem de cada lacuna e estabelecem comunicação com canalículos de outras lacunas, os mais próximos do centro do sistema abrem-se no canal de Havers e são o local de entrada e saída de nutrientes, gases e metabólitos para os osteócitos do sistema. No geral, as lacunas e os canalículos são espaços vazios em forma de célula e de extensão citoplasmática, respectivamente, que impedem que o material extracelular sólido mineralizado do osso esmague os osteócitos e suas extensões. 6) Citar a localização dos sistemas circunferencial externo, sistema circunferencial interno e sistema intersticial de lamelas no osso compacto. Os sistemas circunferenciais interno e externo formam duas faixas, o interno situado na parte interna do osso compacto, em volta do canal medular, e o externo na parte mais externa, próximo ao periósteo, sendo ele mais desenvolvido. Além disso, entre ambos se encontra o sistema intersticial de lamelas. 7) Citar a estrutura histológica do endósteo e do periósteo e explicar sua participação na nutrição e crescimento ósseos. O periósteo é uma membrana de tecido conjuntivo denso (externo e interno), e contém fibroblastos, células-tronco, células osteogênicas, osteoblastos e fibras de Sharpey. Essa região contém vasos sanguíneos que penetram no osso por pequenos orifícios (canais de Havers) garantindo a nutrição do osso. Na sua porção profunda, o periósteo é mais celular e apresenta células osteoprogenitoras, morfologicamente parecidas com os fibroblastos. As células osteoprogenitoras multiplicam-se por mitose e se diferenciam em osteoblastos, desempenhando papel importante no crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. O endósteo possui tecido conjuntivo frouxo e contém células osteogênicas e osteoblastos. Ele é geralmente constituído por uma camada de células osteogênicas achatadas, que reveste as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Havers e os de Volkmann. As principais funções do endósteo e do periósteo são a nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e a recuperação do osso. 8) Explicar as funções do paratormônio e calcitonina da mineralização (calcificação) da matriz óssea. O tecido ósseo está em equilíbrio dinâmico, com alta regulação da mobilização e deposição de minerais. Esse processo é mediado pelos osteoclastos, osteócitos e osteoblastos. Alguns hormônios fazem a regulação desses eventos, como a calcitonina e o paratormônio. O paratormônio é secretado pela glândula paratireóide e atuapromovendo a calcemia, ou seja, promovendo a desmineralização óssea e aumentando os níveis de cálcio no sangue. Isso é feito pelo aumento da atividade osteoclástica e inibição da atividade osteoblástica. A secreção dele é intimamente sensível ao nível de cálcio no sangue, varia de forma inversamente proporcional. Já a calcitonina é um hormônio secretado nas células parafoliculares da tireóide. Ela atua promovendo a deposição de cálcio nos ossos, nos osteoclastos, diminuindo a sua atividade e consequentemente a reabsorção óssea. Isso é acompanhado pelo aumento de cálcio no citosol e produção de AMP cíclico. Também se acredita que ela atua inibindo a atividade dos osteócitos e estimulando os osteoblastos. 9) Explicar a ação das enzimas lisossômicas e do hidrogênio (H+) na reabsorção óssea executada pelos osteoclastos. Na reabsorção óssea as enzimas contidas nos lisossomos originadas no complexo de Golgi, são exocitadas para o microambiente fechado pela zona clara, onde também são transferidos íons de H+, produzidos pelo osteoclasto, o qual acidifica esse ambiente. O pH ácido promove a dissolução dos minerais da matriz e fornece o ambiente ideal para a ação das enzimas hidrolíticas dos lisossomos. Assim, a matriz é removida e capturada pelo citoplasma dos osteoclastos, onde possivelmente a digestão continua sendo seus produtos transferidos para o exterior do osteoclasto. 10) Citar a relação existente entre osteoporose e estrogênio. O estrogênio é um hormônio sexual feminino que age como estimulador da formação do tecido ósseo, influenciando sobre o aparecimento e o desenvolvimento dos centros de ossificação, sendo a sua regulação um fator importante para se evitar a osteoporose. Vale ressaltar que na osteoporose a concentração de cálcio na matriz orgânica é normal, mas a quantidade de tecido ósseo é menor, e o osso apresenta amplos canais de reabsorção. Assim tal problema é resultado de um desequilíbrio na remodelação dos ossos, com predomínio da reabsorção sobre a neoformação do tecido. Logo, a baixa concentração estrogênio é uma das principais causas de osteoporose em mulheres, principalmente após a menopausa, podendo tal condição ser revertida por meio da reposição desse hormônio. III -- TECIDO MUSCULAR 1) Classificar os tecidos musculares de acordo com a presença ou ausência de estriações do citoplasma visíveis à microscopia de luz. Músculo Estriado Esquelético: formado por feixes de células cilíndricas muito longas e multinucleadas, que apresentam estriações transversais. Músculo Estriado Cardíaco: células alongadas e ramificadas, ligadas por discos intercalares, que apresentam estrias transversais. Músculo Liso: formado por aglomerado de células fusiformes que não possuem estrias transversais. 2) Em relação ao tecido muscular esquelético definir os seguintes termos: miônio, sarcolema, sarcoplasma, retículo sarcoplasmático, miofibrilas, mioglobina. Mionio: Célula do tecido muscular; Sarcolema: Membrana da célula muscular; Sarcoplasma: Citoplasma da célula muscular; Retículo sarcoplasmático: Retículo endoplasmático da célula muscular - rede de cisternas do retículo endoplasmático liso que envolve grupos de miofilamentos; Miofibrilas: feixes de células longas, cilíndricas, multinucleadas que contém muitos filamentos. Mioglobina: é uma proteína globular encontrada nos músculos estriados, responsável por se ligar ao oxigênio e armazená-lo até que haja necessidade de usá-lo. 3) Descrever a estrutura de um sarcômero considerando a organização da actina e miosina e a formação de estrias. Os sarcômero são a unidade funcional básica das fibras contráteis dos músculos, são os compartimentos onde estão organizados os microfilamentos, que podem ser finos ( a actina) ou podem ser as espessos ( a miosina). Um músculo é composto de diversos sarcômeros que ao contrair ao mesmo tempo geram encurtamento da fibra muscular. Suas extremidades são delimitadas por linhas escuras, chamadas de linha Z, portanto, um sarcômero é compreendido como um espaço entre duas linhas Z. Ao lado dessa linha tem a região mais clara chamada de banda I que é composta de filamentos finos. Na parte central, a área mais escurecida chama banda A, na região central dessa banda tem a zona H composta apenas de filamentos grossos, nas outras regiões da banda A tem a sobreposição de filamentos finos e filamentos grossos. Essa estrutura gera a alternância de faixas escuras e claras, o que confere característica de estriações. 4) Descrever a localização da troponina e tropomiosina no sarcômero. Troponina: é um complexo de três subunidades: TnT, que se liga fortemente à tropomiosina; TnC, que tem grande afinidade pelos íons cálcio; e TnI, que cobre o sítio ativo de actina, onde ocorre a interação de actina com a miosina. Tropomiosina: é uma molécula longa e fina, constituída por duas cadeias polipeptídicas uma enrolada na outra. As moléculas de tropomiosina se ligam umas às outras pelas extremidades, para formar filamentos que se localizam ao longo do sulco existente entre dois filamentos de actina F. A troponina e a tropomiosina formam um complexo que, em repouso, impede a ligação da miosina e da actina. Para ocorrer a contração muscular, esse complexo tem que sair do lugar, isso ocorre quando a troponina se liga a molécula de cálcio que expõe o sítio de ligação entre a actina e a miosina. 5) Descrever a relação topográfica do retículo sarcoplasmático e dos túbulos T com as miofibrilas do miônio e dos cardiomiócitos. Os túbulos T são invaginações do sarcolema que atravessam o cardiomiócito (fibra muscular cardíaca) transversalmente aprofundando-se no seu interior. Dentro da fibra, o retículo sarcoplasmático envolve as miofibrilas e serve como reservatório para íons cálcio. O retículo se dilata nos intervalos entre os sarcômeros e forma as cisternas terminais que entram em contato com os túbulos T, o que permite uma onda de despolarização que percorre o sarcolema que vai da superfície da fibra até as cisternas terminais comandando a liberação de cálcio do retículo e início da contração muscular. 6) Explicar a participação do retículo sarcoplasmático e dos túbulos T no processo de contração dos miônios e dos cardiomiócitos. As membranas reticulares do retículo sarcoplasmático são os locais de armazenamento do cálcio das fibras em repouso e o túbulo T é responsável pela transmissão do potencial de ação, o qual provoca a contração muscular para o interior das fibras musculares, atingindo assim todas as organelas contráteis dos músculos. 7) Descrever o mecanismo de contração muscular pelo processo de deslizamento dos filamentos de actina e miosina. O mecanismo de contração muscular acontece em resposta à transmissão neuromuscular realizada pelo sistema nervoso somático. O sarcolema constitui a membrana que separa o meio interno, rico em íons potássio, e o meio externo, rico em íons sódio. Esta membrana permite apenas a passagem de íons positivos, e só no sentido de dentro para fora, assim, as cargas positivas ficam para fora do sarcolema e as cargas negativas, para dentro. A partir da junção neuromuscular o neurônio motor sofre despolarização de sua membrana, abre canais de cálcio voltagem-dependentes e esse cálcio se liga a uma proteína chamada calmodulina, e esse complexo libera as vesículas contendo a acetilcolina. Ela é capaz de despolarizar a membrana sarcolêmica e, quando esta despolarização atinge um certo limiar, forma-se uma onda de despolarização, que se propaga pela fibra muscular, provocando a contração. A actina e a miosina estão dispostas em filamentos. O filamento grosso é formado pela miosina, que é formada por hélices e por cabeças globulares. Já o filamento fino é formado por filamentos de actina entrelaçados por tropomiosina, e com moléculas de troponina dispostas ao longo da tropomiosina. A tropomiosina bloqueia o sítio de ligação da miosina na actina e quando o cálcio chega ao citoplasma,ele se liga à troponina, e essa ligação altera a conformação da tropomiosina, e, assim, deixa livre o sítio de ligação da miosina. A miosina, então, liga-se à actina, e, utilizando energia da quebra de ATP, ocorre o deslizamento entre o filamento fino e o filamento grosso, encurtando o sarcômero e gerando, assim, a contração muscular. Dessa forma, a contração tem início na faixa A, onde a actina e a miosina estão se sobrepondo. Durante a contração, a faixa I diminui e os filamentos de actina penetram na faixa A. https://www.infoescola.com/sistema-muscular/actina-e-miosina/ Ao mesmo tempo, a faixa H, formada somente pelos filamentos grossos também se reduz, à medida que esses filamentos são sobrepostos pelos filamentos finos. 8) Explicar a participação da proteína distrofina no processo de contração muscular e sua relação com a distrofia muscular. Localizada no citoesqueleto de músculos esqueléticos e cardíacos, a distrofina se liga pelo domínio N-terminal aos filamentos de actina e pelo domínio C-terminal ao complexo distrofina-glicoproteínas associadas, que por sua vez se ligam à lâmina 2, na lamina basal. Desta forma, a distrofina promove a ligação entre as proteínas contráteis do músculo e a matriz extracelular, estabilizando e protegendo a membrana da fibra muscular contra o estresse mecânico ocasionado pela contração muscular. Na distrofia muscular, a distrofina é inexistente ou sua molécula é defeituosa, impossibilitando de realizar sua função protetora e estabilizadora. 9) Citar o nome da substância mediadora química liberada na placa motora do músculo esquelético de vertebrados. Acetilcolina 10) Comparar relação da tríade do miônio com a do cardiomiócito. No miônio, o ponto de transição entre as bandas A e I das miofibrilas apresentam duas cisternas do retículo sarcoplasmático que entram em contato com um túbulo T. Cada conjunto de duas cisternas e um túbulo T constitui uma tríade. O sistema T associa-se às cisternas do retículo sarcoplasmático para formar tríades. Já no cardiomiócito, as tríades (túbulo T + duas cisternas de retículo sarcoplasmático) não são frequentes, pois os túbulos T geralmente se associam apenas a uma cisterna. Por isso, ao microscópio eletrônico, uma das características do músculo cardíaco é o achado de díades,constituídas por um túbulo T e uma cisterna do retículo sarcoplasmático. 11) Conceituar o termo automatismo cardíaco em relação ao estímulo contrátil do tecido cardíaco. Automatismo cardíaco é a capacidade do coração de gerar os próprios potenciais de ação que levam a contração de suas fibras miocárdicas. É essa característica, peculiar ao órgão, que permite gerar os próprios batimentos. Isto ocorre através da alteração do potencial elétrico da membrana nas células cardíacas, isto é, mudança de voltagem positiva para negativa (polarização) e vice-versa (despolarização). Este processo ocorre de forma espontânea nas células marca-passo (sem necessidade de estímulo do sistema nervoso), ao contrário de outros tipos celulares presentes no corpo humano. A transmissão de impulso nervoso pelas células marca-passo produz os batimentos cardíacos de um indivíduo. Este processo está relacionado às mudanças na concentração dos íons cálcio, sódio e potássio no interior destas células, as quais estão associadas à abertura e fechamento de canais na membrana plasmática. A permeabilidade das células marca-passo aos íons irá, por sua vez, determinar a voltagem das células cardíacas, desencadeando o potencial de ação. 12) Descrever a estrutura dos cardiomiócitos que compõem o sistema de condução do coração. Os cardiomiócitos possuem em sua estrutura desmossomos, zônulas de adesão e junções comunicantes que mantêm as fibras musculares interligadas, promovendo uma contração rítmica e homogênea do coração 13) Descrever a estrutura histológica do tecido muscular liso. https://www.infoescola.com/fisica/potencial-eletrico/ https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso/ https://www.infoescola.com/corpo-humano/ https://www.infoescola.com/corpo-humano/ https://www.infoescola.com/biologia/celula/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/calcio/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/sodio/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/potassio/ https://www.infoescola.com/citologia/membrana-plasmatica/ O músculo liso é formado pela associação de células alongadas de formato fusiforme, isto é, mais espessas no centro e delgadas nas extremidades, com o núcleo único e central, sem a presença de estriações no seu citoplasma. Essas células também podem ser chamadas de leiomiócitos. São revestidos por lâmina basal e mantêm-se unidos por uma rede delicada de fibras reticulares. 14) Descrever a participação das cavéolas na endocitose de cálcio pelos leiomiócitos A superfície das membranas celulares não é lisa, mas cheia de irregularidades e buracos que têm muitas funções e há muito são estudadas. As cavéolas servem de veículo na endocitose e comandam bombas que deixam entrar e sair íons como o cálcio, indispensáveis à vida celular e cujo eventual defeito poderia causar doença. Encontram-se associadas às cavéolas, microdomínios de membrana enriquecidas com fosfolipídios, esfingolipídios e colesterol. As cavéolas são particularmente abundantes em células endoteliais, as quais podem constituir 10 a 20% das proteínas da membrana plasmática. São também encontradas em adipócitos, fibroblastos e células de músculo liso. A característica marcante da cavéola é a presença de uma proteína de membrana com estrutura grampo chamada caveolina-1 (Cav1), a qual é indispensável para a formação da cavéola. A Cav1 faz com que a cavéola assuma sua estrutura em forma de frasco e possa envolver moléculas que se ligam em sua superfície. Proteínas como cavina, responsáveis pela indução da curvatura da membrana, e dinamina, que realiza a constrição da membrana plasmática liberando o endossomo no citoplasma, são essenciais para a endocitose de cálcio pelos leiomiócitos. Há relatos na literatura de diversos nanomateriais internalizados pela via da caveolina. Essa via tem atraído grande atenção na nanomedicina por ter sido sugerida como via de escape à degradação lisossomal. Além disso, a endocitose mediada por caveolina é a via fisiológica para transcitose. Dessa forma, ela pode ser empregada para entrega trans-vascular de nanomateriais, por exemplo para a entrega de ativos no sistema nervoso central, onde há a necessidade de atravessar barreira hematoencefálica. 15) Descrever a participação dos filamentos de actina e miosina e dos corpos densos na contração das células musculares lisas. Actina e miosina se dispõem diagonalmente e quando see contraem a célula se “enrruga”. A actina se liga aos corpos densos, que são pontos de ancoragem para a proteína. Filamentos intermediários também se ancoram pelos corpos densos mantendo a estrutura da célula. IV – TECIDO NERVOSO 1) Citar os nomes das membranas constituintes das meninges, sua localização e função. Dura-máter: é a mais externa das 3 meninges que envolve o cérebro e a medula. A dura envolve o cérebro e a medula espinhal e é responsável por manter o líquido cefalorraquidiano. Aracnóide: é uma membrana sem vascularização que se divide em duas partes: uma em contato com a dura-máter e sob a forma de membrana, e a outra formada por traves que conecta a aracnóide com a pia-máter. Os espaços entre as traves dão origem ao espaço subaracnóide, onde está presente o líquido cefalorraquidiano, protegendo o sistema nervoso central contra traumatismos. https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido_cefalorraquidiano https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido_cefalorraquidiano https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/liquido-cefalorraquidiano/ Pia-máter: é extremamente vascularizada e encontra-se aderida ao tecido nervoso, contudo não está em contato com as células ou fibras nervosas. Ela permite que os vasos sanguíneos atravesseme nutram o cérebro. 2) Citar os nomes dos dois tipos celulares existentes no tecido nervoso. Os neurônios e as células da glia, também chamadas de gliócitos. 3) Descrever a estrutura histológica da substância cinzenta e a substância branca do tecido nervoso. A substância cinzenta é formada principalmente de corpos de neurônios (pericário), axônios amielinizados e células da glia. Os corpos celulares é a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma que envolve o mesmo. Apresenta um formato piramidal, com núcleo grande e arredondado e nucléolo evidente, além dos corpúsculos de Nissl (ribossomas livres ou associados ao retículo endoplasmático rugoso). No centro da substância cinzenta localiza-se o canal ependimário, revestido por células cilíndricas dispostas em uma única camada, as células ependimárias. A substância branca não contém corpos de neurônios (pericário), mas apenas prolongamentos deles.Os principais constituintes da substância branca são axônio mielinizados, oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui também outras células da glia. A substância branca tem um aspecto fibrilar, devido ao grande número de axônios presentes. 4) Citar a localização da substância cinzenta em relação à substância branca no encéfalo e na medula espinhal. No cérebro, é possível observar que a substância cinzenta está na região mais externa do órgão e em locais mais centralizados chamados de núcleos. A substância branca é encontrada no interior do órgão. Na medula espinal, a disposição dessas substâncias é diferente. A substância cinzenta fica disposta na forma de H na parte interna da medula. Já a substância branca apresenta-se mais externamente. 5) Definir e exemplificar neurônios bipolares, pseudounipolares e multipolares. Neurônios bipolares: Possuem apenas dois prolongamentos, ou seja, um axônio e outro prolongamento que pode se ramificar em dendritos; Neurônios multipolares: Possuem muitos prolongamentos celulares, vários dendritos e um axônio. São os mais comuns; Neurônios pseudounipolares: que apresentam junto ao corpo celular um prolongamento único que logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o SNC. 6) Diferenciar axônios de dendritos considerando o sentido de deslocamento do impulso nervoso. Os impulsos nervosos são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo celular e atingem a extremidade dos axônios. Isso significa que os dendritos recebem o impulso do neurônio anterior e o axônio o transmitem para o próximo neurônio. 7) Citar as características do fluxo axonal anterógrado e retrógrado e a participação dos microtúbulos nesse processo. As moléculas que migram no sentido dos axônios seguem o fluxo anterógrado. Já as substâncias que seguem no sentido contrário ao anterógrado estão no sentido retrógrado. Os microtúbulos funcionam como trilhos por onde proteínas motoras (ex. dineína e cinesina) caminham, carregando vesículas, organelas ou moléculas. https://www.infoescola.com/biologia/tecido-nervoso/ https://www.infoescola.com/histologia/fibras-nervosas/ 8) Descrever a estrutura, citar a localização e citar as funções dos plexos corióides. Os plexos corióides são dobras de pia-máter ricas em capilares fenestrados e dilatados, que fazem saliência para o interior dos ventrículos. Estão localizados no teto do terceiro e do quarto ventrículos e parte das paredes dos ventrículos laterais. Sua principal função é secretar o líquido cefalorraquidiano, importante para o metabolismo do SNC e para proteção contra traumatismos. 9) Citar os nomes das células neurogliais do sistema nervoso central e suas funções. Astrócitos: são as maiores células, possuem núcleo central e esférico. Têm como função a sustentação e a nutrição, uma vez que suas ramificações se ligam a capilares sanguíneos fazendo o transporte de nutrientes. Micróglia: apresentam o corpo alongado e pequeno, com um núcleo também alongado e denso. São células macrofágicas, responsáveis pela fagocitose de corpos estranhos e restos celulares. Oligodendrócitos: são caracterizadas por apresentarem poucos e curtos prolongamentos celulares. Produzem a mielina do SNC. No SNP, essa função é exercida pelas células de Schwann. Ependimárias: são cilíndricas, com núcleos alongados, apresentando arranjo epitelial. Sua função é o revestimento das cavidades do SNC. 10) Explicar a participação dos oligodendrócitos, na mielinização das fibras nervosas da substância branca. Na formação da bainha de mielina os oligodendrócitos envolvem o axônio em múltiplas camadas, até que o citoplasma quase desapareça, formando assim uma capa de isolamento lipídico do axônio. 11) Definir o termo barreira hemato-encefálica e explicar a participação dos neurogliócitos em sua formação. É uma barreira estrutural e funcional que dificulta a passagem de diversas substâncias, como antibióticos, agentes químicos e toxinas, do sangue para o tecido nervoso. Sua formação é envolve neurogliócitos, os astrócitos. É possível que os prolongamentos dos astrócitos, que envolvem completamente os capilares, também façam parte da barreira hematencefálica. Além de uma possível participação direta na barreira, há estudos que mostram que a formação das junções oclusivas desses capilares é induzida pelos prolongamentos dos astrócitos. 12) Definir sinapses (junções) e descrever a estrutura das junções neuronais e das junções neuro-efetuadoras. As sinapses são locais de grande proximidade entre neurônios, responsáveis pela transmissão unidirecional de sinalização. Os axônios originam ramificações em ângulo reto próximo a sua terminação, denominadas colaterais. A terminação é muito ramificada e se chama telodendro. Nele se concentram pequenas dilatações do citoplasma, denominadas botões sinápticos ou botões terminais, em que se acumulam sinalizadores químicos e os axônios estabelecem sinapses com outras células. 13) Citar os tipos morfológicos de junções neuronais considerando as partes dos neurônios que se tocam. Os neurônios podem ser classificados, de acordo com sua morfologia, em neurônios multipolares, neurônios bipolares e neurônios pseudounipolares. Neurônios multipolares: possui mais de dois prolongamentos celulares. Neurônios bipolares: possuem apenas um axônio e um dendrito. Pode ser encontrado na mucosa olfatorio, na retina e nos gânglios coclear e vestibular. Neurônios pseudounipolares: possui um prolongamento único que se divide em dois, é observado nos gânglios espinais. 14) Definir o que são sinapses excitadoras (ativadoras) e sinapses inibidoras. O afluxo de íons na membrana pós sináptica provoca uma despolarização local da membrana pós-sináptica que pode ser conduzida ao longo da membrana dos dendritos e do pericário do neurônio pós-sináptico. Esse neurônio integra o sinal com muitos outros recebidos simultaneamente de outros neurônios e pode gerar um potencial de ação que é transmitido ao longo do seu axônio em direção às sinapses que esse neurônio estabelece. Assim, de maneira simplificada, pode-se dizer que essa sinapse é do tipo excitatório, e há sinapses que podem inibir a geração de um potencial de ação, as inibitórias. 15) Citar a função da substância mediadora química na transmissão sináptica. Mediadores químicos são liberadas na região sináptica quando se desenvolve um impulso nervoso num neurônio pré-sináptico, atingindo as vesículas e estimulando o neurônio seguinte que, por sua vez, desenvolve um impulso nervoso. As substâncias químicas são transmissoras do impulso nas sinapses. O mediador mais comum é a acetilcolina. 16) Definir o que são sinapses elétricas (eletrônicas). As sinapses elétricas são constituídas por junções do tipo comunicante, que possibilitam a passagem de íons de uma célula para a outra, promovendo, assim, uma conexão elétrica e a transmissão de impulsos. Elas existem em vários locais do SNC, e a transmissão de informaçãopor meio delas é mais rápida, porém com menor possibilidade de controle. 17) Descrever a participação das células de Schwann na mielinização dos nervos. As células de Schwann estão presentes no Sistema Nervoso Periférico e têm a mesma função dos oligodendrócitos (SNC) de produzir mielina. Assim, os axônios que formam os feixes de fibras nervosas dos nervos são envolvidos por uma sequência de tais células revestidas por uma lâmina basal. Nessa sequência, há estreitos espaços nos quais o revestimento do axônio se interrompe, formando pequenas descontinuidades que são chamadas de nódulos de Ranvier. 18) Citar as características da condução nervosa contínua (fibras nervosas amielínicas) e condução nervosa saltatória (fibras nervosas mielínicas) A condução nervosa saltatória acontece em fibras nervosas mielínicas, ou seja, com sequência de células de Schwann. Como dito anteriormente, entre tais células há a presença dos chamados nódulos de Ranvier, consequentemente, o impulso nervoso salta de um nódulo a outro ao longo da fibra, sendo uma condução mais rápida. Já a condução nervosa contínua se dá em fibra amielinizadas, em que o potencial de ação é gerado ao longo de todo o comprimento do axônio, levando mais tempo e gastando mais energia para transmitir o impulso. 19) Citar as diferenças entre terminações nervosas receptoras e terminações nervosas motoras. Os nervos que contêm apenas fibras de sensibilidade (aferentes) são chamados de sensoriais, podendo ser: exteroceptores (calor, frio, tato, pressão, luz e som), proprioceptores (profundamente a músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares) e interceptores (vísceras e vasos). As terminações que são formados apenas por fibras que levam a mensagem dos centros para os efetores são os motores, adrenérgicas ou colinérgicas, podem apresentar varicosidades contendo vesículas sinápticas granulares (colinérgicas ou adrenérgicas) e agranulares (colinérgicas). 20) Citar exemplos de terminações nervosas receptoras (sensitivas). Corpúsculos de Meissner (detectam tato, pressão e vibração em baixa frequência; são abundantes nas pontas dos dedos, lábios e outras áreas onde sensação de tato é bem desenvolvida); corpúsculos de Ruffini (detectam toques pesados) e corpúsculo de Pacini (tem ampla distribuição; adapta-se rapidamente; ocorre em territórios mais profundos).
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