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Trabalho Climatologia -Geoprocessamento

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA)
Professor: José Espínola Sobrinho 
Disciplina: Climatologia 
Grupo: 02
Francisco Izaac Silva Augusto 
Maria Vitória Moreira Freitas
Raysse Raquel rodrigues da silva
SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO:
USO E APLICAÇÃO NAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
Mossoró
Dezembro/2020
INTRODUÇÃO 
O desenvolvimento do geoprocessamento ao longo dos anos tem crescido a passos largos, e é de conhecimento de todos que tal ferramenta é de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade à qual conhecemos nos dias atuais. Porém esse desenvolvimento começou a milhares de anos atrás a partir do questionamento levantado pelo homem das cavernas, “onde estou?”. Essa foi a pergunta que deu origem aos avançados sistemas de informações geográficas atuais. Á partir deste questionamento o homem das cavernas passou a retratar nas paredes das rochosas informações do seu dia-a-dia que continham características da região como, a fauna, a flora, o relevo e até mesmo fenômenos naturais como grandes precipitações. Assim tem início as primeiras informações gráficas que se tem registro, informações essas que serviam para situar os primeiros humanos, mas que também serviria para impulsionar o desenvolvimento das gerações futuras.
É inegável a importância do ato de registrar as informações gráficas da sua região e armazená-las, no caso dos homens das cavernas esse armazenamento era feito nas próprias rochas, uma vez que utilizavam matérias de alta resistência, capazes de suportar os intemperes da região por milhares de anos. Contudo a partir do desenvolvimento das primeiras civilizações, e com o surgimento da escrita, as sociedades passaram a desenvolver seus próprios mapas, que eram mais elaborados e precisos e que continham informações gráficas importantes para o desenvolvimento local. Posteriormente essas sociedades foram além, e acrescentaram mais um passo importante, que era o tratamento das informações. Um bom exemplo aconteceu no ano de 1854 quando Londres estava passando por uma epidemia de cólera, doença na qual não se sabia ainda a forma de contaminação. Foi então que o Dr John Snow passou a referenciar onde ocorria as maiores incidências da doença, e de posse de um mapa contendo a localização dos poços de água da cidade, levantou a hipótese de que a contaminação se dava pelo consumo de água contaminada, principalmente a do poço de “Broad Street” o que levou ao seu fechamento e dos demais poços pelos governantes da cidade, que acarretou em uma drástica diminuição no número de casos. Posteriormente com o avanço da medicina foi possível a confirmação da hipótese de contaminação a partir da água poluída.
O caso do poço Broad Street foi um marco para as futuras gerações uma vez que a partir desse momento, tinha-se um modelo como base e que bastava apenas as mesmas darem sequência e aprimorarem o método, o que resultou no desenvolvimento do geoprocessamento. Que atualmente utiliza-se de três ferramentas principais, a primeira é o georreferenciamento, onde o termo, “geo” deriva da palavra grega “gê” que significa terra, já a palavra “referenciar” tem pôr significado tomar como referência um ponto ou localização. Atualmente devido aos avanços da tecnologia, a sociedade contemporânea conta com o GPS (Global Position System) que é uma ferramenta essencial para coleta de dados georreferenciados em todo planeta. Sendo a mesma um aprimoramento das primeiras informações gráficas já que atualmente ocorre a fixação de uma coordenada geográfica única que não se repete em nenhum local do planeta. A segunda ferramenta consiste em obter um banco de dados que apresente uma grande capacidade de armazenamento, para que os dados possam ser analisados e principalmente comparados ao longo do tempo. Por fim a terceira ferramenta consiste na utilização do SIG (Sistema De Informações Gráficas) ou sensoriamento remoto, que tem por finalidade possibilitar o uso integrado do processamento de imagens, análise espacial, modelagem numérica de terrenos e consulta a banco de dados espaciais, permitindo a utilização do geoprocessamento pelas mais variadas áreas do conhecimento, uma vez que é possível analisar a correlação de inúmeras variáveis independentes. 
APLICAÇÃO
Como antes dito, o geoprocessamento envereda pelas mais diversificadas áreas do conhecimento, o que não seria diferente com as ciências agrárias tendo papel fundamental em diversos seguimentos. Atualmente as grandes fazendas produtoras de alimento utilizam o geoprocessamento na implantação da agricultura de precisão que busca tornar os seus processos mais eficientes, evitando desperdícios de insumos e recursos naturais, minimizando assim os impactos ambientas da atividade agrícola, já que a área em exploração será menor e calculada, com um melhor manejo e conservação do solo, promovendo uma maior eficiência da cultura aumentando a produtividade e consequentemente lucros (SOUZA et al., 2013). É possível também a partir do sensoriamento remoto a utilização de imagens de satélite para determinar possíveis manchas de solo nas áreas cultiváveis e empregar a mesma técnica no monitoramento das pragas e ervas daninhas.
Outro setor que tem utilizado bastante as técnicas do geoprocessamento para melhorar seu desempenho é o de maquinas agrícolas. As grandes montadoras do seguimento veem apostando cada vez mais em recursos para tornar seus equipamentos precisos. É possível atualmente executar uma pulverização ou semeadura com extrema precisão, uma vez que as maquinas possuem sensores de velocidade do vento, umidade do ar e topografia do talhão, assim com todas essas variáveis é possível aplicar o geoprocessamento e executar uma operação extremamente precisa. 
O Sensoriamento e o geoprocessamento são aplicados também em analises dentro dos recursos florestais, uma pesquisa realizada em Cachoeiras do Sul- RS obteve bases temáticas variáveis através das imagens de satélites, trabalho de campo carta topográfica e cruzamentos geoespaciais, obtendo o uso da terra, espécie implantada, área ocupada, além da localização dos povoamentos florestais quanto à declividade, tipo de solo, rede hidrográfica e disponibilidade viária. Assim, essas informações permitiram analisar a situação da cobertura florestal da região de estudo, fornecendo subsídios ao gerenciamento dos recursos florestais e a preservação do meio ambiente. A utilização de matéria prima de origem florestal aumentou significativamente nas últimas décadas. Como causa dessa demanda, destaca-se o aumento populacional, o crescimento no consumo de celulose e papel, a tecnificação da indústria moveleira e a produção de energia. Porém, são crescentes as restrições impostas pela legislação na exploração florestal. A partir dos dados obtidos pelo sensoriamento remoto, torna-se necessário distinguir e identificar as informações existentes sobre a superfície.
 Esse procedimento é efetuado através do método de classificação digital, que segundo DUTRA et al. apud PEREIRA (1995), é constituído basicamente por um alvo, um sistema sensor ou receptor, um sistema e/ou seletor de canais e um algoritmo classificador. Nesse contexto, definiu-se trabalhar com a classificação digital supervisionada pelo método de máxima verossimilhança, na qual o algoritmo de classificação consiste num princípio estatístico paramétrico, considerando as classes envolvidas uma função densidade de probabilidade gaussiana (PEREIRA 1995)
CONCLUSÃO
Com tudo que foi dito acima podemos ver o quão útil é o geoprocessamento para um planejamento adequado de uma propriedade rural, sabemos que o geoprocessamento aliado as técnicas atuais de mapeamento possibilitam a aquisição de mapas temáticos e a quantificação de áreas, onde poderemos ver com clareza qual o destino de cada porção de terra no mapa. Não podemos esquecer que também é importante ter o conhecimento dos recursos naturais e socioeconômicos da área.
Quando consideramos todo esse volume de dados torna-se indispensável a adoção de métodos não convencionais, para que se possa realizar amanipulação, planejamento e simulação dos dados coletados, e é nessa parte que entram o geoprocessamento e o sensoriamento remoto, já que apresentam grande potencial de aplicação.
Mas o que poderá ser feito no caso da adoção de um sistema de geoprocessamento? Tal adoção permitirá ao agricultor associar seu mapa a um banco de dados, o qual será implantado em função do que se é feito na propriedade, promovendo assim uma maior produtividade sem maior degradação do solo. Por meio do geoprocessamento podemos avaliar o potencial de aptidão ou restrição da área para a agricultura, e assim podemos definir quais as praticas mais adequadas para o manejo e conservação do solo e da água, a parti da consideração e cruzamento de seus diversos aspectos.
Engana-se quem pensa que o geoprocessamento se limita apenas a aptidão agrícola, o mesmo pode ser aplicado em áreas como, mecanização, fertilidade dos solos, potencial para produtividade, dentre outros.
Quando falamos de fertilidade dos solos, é possível questionar sobre qual será quantidade de fertilizantes e calcário necessários, para que seja feita a correção, por meio da manipulação de modelos numéricos do terreno ou MNT, o qual é uma representação digital de um modelo numérico da superfície da terra, obtido por meio do conjunto de coordenadas (x,y e z) dos pontos que foram distribuídos pelo terreno, em conjunto com os dados de perfis do solo é possível elaborar mapas de isovalores de pH, teores de nutrientes, que ao se cruzarem com os mapas de ocupação da terra, mostrarão a distribuição espacial da regiões que necessitarão de determinada correção e a quantidade, vale lembrar que a confiabilidade e precisão destes resultados estão altamente relacionadas a base de dados utilizadas. 
Já na parte do maquinário, sabemos que a má utilização do mesmo pode gerar a sua subutilização pois sabemos que cada máquina deve ser usada em um terreno especifico com uma finalidade também especifica, devemos levar em consideração dados como: tamanho da área, declividade, tipo de relevo, características do solo e a precipitação, vale ressaltar que o último é importante em diversos caso, como uma relação de dias secos ou com chuva, onde termos uma precipitação média inferior a determinado valor, o qual pode ser concebido por meio de MNTs, podendo ser organizados e classificados em isolinhas. Com o cruzamento dessas informações obteremos informações que definirão qual o tamanho da máquina em questão de potência, dimensionamento dos implementos agrícolas que deverão ser utilizados, além dos dias prováveis para a realização de determinados trabalhos.
Sabemos que a produtividade agrícola depende de vários fatores, como: fertilidade, genéticos, pragas, condições climáticas e doenças, a materialização destas informações em formas de mapas é de grande importância para avaliarmos temporalmente e espacialmente como determinadas culturas se adaptam, sua produtividade e déficits hídricos. Com essas informações podemos gerar modelos agroclimáticos, onde serão estudadas as variações de temperatura, radiação solar, precipitação, velocidade de ventos, umidade relativa do ar, com todos esses dados, será possível saber quais são as regiões mais propícias para o desenvolvimento de determinada cultura.
Tais aplicações estão relacionadas a agricultura de precisão, a qual visa o aumento da eficiência na utilização de insumos e o lucro da cultura, além de auxiliar o produtor na hora de tomar decisões, as quais diminuíram o impacto causado no meio ambiente por conta da atividade agrícola, aplicando-as nas áreas de: manejo de pastagens e solos, reflorestamento, monitoramento de áreas irrigadas, pragas e doenças.
Podemos por fim concluir que as técnicas de geoprocessamento aliadas ao sensoriamento remoto, tornaram-se indispensáveis para o desenvolvimento da sociedade, principalmente pela quantidade atual de habitantes no planeta que demanda uma enorme produção de alimentos. Por tanto é de extrema importância o aprimoramento da agricultura tornando os processos eficientes e sustentáveis com a extração dos mínimos recursos possíveis
REFERÊNCIAS 
DUTRA, L.V.; SOUZA, R.C.M. de; MOREIRA, J.C. Análise automática de imagens multiespectrais. São Paulo: INPE, 1981.139p.
RODRIGUES, Mikael Timóteo; POLLO, Ronaldo Alberto; RODRIGUES, Bruno Timóteo; MALHEIROS, Jessica Moraes; CAMPOS, Sergio. SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO APLICADO AO USO DA TERRA PARA AVALIAÇÃO ENTRE CLASSIFICADORES A PARTIR DO ÍNDICE KAPPA. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, Graça, Sp, v. 23, n. 1, p. 1-11, fev. 2014.
ROSA DE PAULA, M.; PEREIRA CABRAL, J. B. USO DE TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO E GEOPROCESSAMENTO NA CARACTERIZAÇÃO DO USO DA TERRA DA BACIA HIDROGRÁFICA DA UHE CAÇU – GO. REVISTA GEONORTE, v. 3, n. 6, p. 127 - 139, 16 nov. 2012.
JOSÉ LUIS GAFFRÉE MOTTA E LUCIANO FARINHA WATZLAWICK - A IMPORTÂNCIA DO GEOPROCESSAMENTO NO PLANEJAMENTO RURAL (https://mundogeo.com/2000/02/02/a-importancia-do-geoprocessamento-no-planejamento-rural/)

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