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Processo Civil I

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Processo Civil - 2º BIMESTRE
NULIDADES PROCESSUAIS
1. Noções Gerais.
2. Vícios/ Defeitos
a) Irregularidades: consistem em atos que possuem vícios que são considerados irrelevantes, não sendo capaz esse vício capaz de gerar a nulidade do ato. Ex.: erros de digitação.
b) Nulidades Relativas: atingem interesses privados, e por conta disso necessita do pedido da parte para que seja decretada a nulidade do ato. 
c) Nulidades Absolutas: são os atos considerados absolutamente nulos, sendo aqueles que violam regras de interesse público, é o que mais ocorre na prática. Ex.: arts. 279, 280 e 283.
“Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar feito em que deva intervir.
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.
 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.”
“Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais.”
“Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.”
d) inexistência: consiste nos atos que possuem um vício tão grave que é considerado como se o ato nem tivesse sido realizado. Ex.: efetuar pedidos, manifestações ou qualquer ato que necessite da participação de um advogado; Assessor do juiz assinar a sentença no lugar dele.
Princípios
a) Princípio da Instrumentalidade das Formas (ou Finalidade) – art. 277: consiste no princípio que determina que mesmo que um ato seja feito de maneira diversa do que é previsto em regra, se alcançada a finalidade, ele será válido.
“Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.”
b) Princípio do Prejuízo – art. 282 §§1º e 2º: determina que somente será nulo o ato praticado se ele gerar prejuízo para a parte.
“Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.”
c) Principio da Causalidade (ou Consequencialidade) – 281 e caput 282: determina que todo ato que for praticado em decorrência de outro ato que é nulo, também será nulo. Ex.: um processo chega ao seu trânsito em julgado, mas o réu nunca foi citado, acarretará na nulidade de todo o processo.
*Exceção: em uma audiência uma parte menor de idade (incapaz) não vai acompanhada de um representante, e é ouvida mesmo assim e em decorrência disso outra parte maior (capaz) também é ouvida. Nesta situação permite-se que seja aproveitado aquele ato que foi feito de maneira correta (testemunho da parte capaz) e anula somente o incorreto (testemunho da parte incapaz sem representante)
Antes do juiz declarar um ato nulo ele analisará todos que foram praticados, podendo então aproveitar aqueles que praticados de maneira correta, ou então declarar nulos.
d) Legitimidade (art. 278,
Quem são os que possuem legitimidade para alegar a nulidade de um ato?
Deve-se analisar qual o tipo de nulidade a ser declarada.
► Nulidade Relativa: por serem de interesse privado, somente poderá ser alegada pelos prejudicados pela prática daqueles atos. 
► Nulidade Absoluta: por serem de interesse público, pode ser alegado pelo juiz de oficio, pelo MP ou por qualquer uma das partes.
- Momento da alegação (art. 278)
Trata-se de fato de qual o momento certo para a alegação de uma nulidade.
Deve-se analisar qual o tipo de nulidade a ser alegada.
	
Nulidade Absoluta: pode ser alegada em qualquer momento (pelo juiz, MP ou qualquer parte), inclusive após o trânsito em julgado de uma sentença por meio de uma Ação Rescisória, pelo prazo de 02 (dois) anos do referido trânsito em julgado.
► Nulidade Relativa: pode ser alegada no primeiro momento seguinte (pelo prejudicado) à ocorrência da nulidade em que a parte terá oportunidade de se pronunciar no processo, se não alegada nesse momento ocorrerá preclusão do direito.
“Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falarmos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto nocautes nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.”
e) Convalidação e Sanação:
Consistem em dois atos distintos que irão acarretar no destino do ato passível de nulidade onde será:
► Sanação: vem da palavra sanar, resolver. Consiste no fato em que corrige uma nulidade praticada, onde se faz a pratica do ato da maneira correta após ter sido feita erradamente. 
Ex.: em uma citação o oficial de justiça não encontrou o réu e entregou a mesma para o seu marido, existe uma nulidade aqui, para se sanar essa nulidade, deve-se efetuar a citação novamente de maneira correta, entregando par ao réu de fato.
► Convalidação: vem da palavra convalidar. Consiste no fato em que se atua a partir da omissão, onde a parte não alega a nulidade dentro do prazo, então o ato será convalidado, pois se perde o poder de se alegar a nulidade do mesmo, ocorrendo assim a preclusão temporal.
	
f) Falta de Intimação do MP – art. 279:
A presença dessa situação no processo gera nulidade, pois se fere o princípio do contraditório, sendo assim a nulidade pode ser:
*Não confundir com manifestação, que é uma opção para ele fazer ou não.
► Nulidade Absoluta: onde o MP estiver atuando como fiscal da lei. Ex.: processo de guarda de filho entre um pai e uma mãe.
No entanto se o MP estiver atuando em uma das partes, não acarreta em nulidade.
“Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar feito em que deva intervir.”
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.”
g) Erro de forma do processo – art. 283.
Forma pode-se dizer que é a mesma coisa que procedimento, que consiste no caminho a ser percorrido ao longo do processo até o julgamento pelo poder judiciário, estando ele presente na lei, fato esse que faz com que deve ser seguido aquilo que está previsto.
		
“Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.”
AULA - 06/10/2021
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz
Distribuição
Ocorrerá quando houver mais de um órgão competente pra julgar um litígio, e então será executado um ato de modo que defina qual será o órgão para julgar.
Distribuição por Dependência: é aquela na qual pode-se unir ações que possuem um vínculo entre si, ou semelhança, e então poderá se solicitar que essas ações sejam julgadas pelo mesmo juízo.
Ex.: para ajuizar uma ação de indenização de acidente de trânsito, mas já existe uma ação aberta desse mesmo motivo, sendo assim, pode-se solicitar 
A distribuição por dependência para que sejam julgadas pelo mesmo juízo.
► Ela é um ato público, podendo ser fiscalizada pelaspartes e alegadas por elas se houver algum erro.
► Para que seja efetuada a distribuição deve-se efetuar o pagamento de uma taxa, que se não for anexada ao pedido o comprovante do pagamento das custas, terá 15 (quinze) dias para que apresente o comprovante do pagamento a partir da data do pedido.
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos doar. 55, § 3º, ao juízo prevento.
Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. 
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico.
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da procuração:
I - no caso previsto notar. 104;
II - se a parte estiver representada pela Defensoria Pública;
III - se a representação decorrer diretamente de norma prevista na Constituição Federal ou em lei. 
Art. 288. O juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, corrigirá o erro ou compensará a falta de distribuição.
Art. 289. A distribuição poderá ser fiscalizada pela parte, por seu procurador, pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. 
Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias.
Registro
É efetuado no cartório em que se ocorrerá o processo, e consiste no fato em que se realmente registra a petição inicial, dando assim inicio e validade ao processo que ocorrerá.
	
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais deum juiz.
Valor da Causa (arts. 291 a 293)
Trata-se de um requisito da petição inicial, não é um ato processual.
► Estará presente sempre no final da Petição Inicial.
► Importante para definição da competência (se será em Juizados Especiais Estaduais – 40 salários mínimos ou federais – 70 salários mínimos)
► Serve para definir o valor das despesas processuais.
► Serve de base para o valor de sentença a ser paga se for o caso.
► Importante também para a definição dos honorários do advogado.
Para se definir o valor da causa deve-se analisar o caso a fundo, onde:
→ Quando existir conteúdo econômico, será o referido valor envolvido.
→ Quando for sobre um imóvel, o valor do mesmo.
→ Se não existir conteúdo econômico, deverá o advogado analisar o caso e definir o valor da causa.
→ Se estiver previsto em lei o valor, deverá ser respeitado o mesmo, onde se o juiz ver que o valor está equivocado, poderá solicitar de oficio a correção.
*Pode-se colocar “valor inestimável”?
Não, por ele servir de base para a fixação de demais valores.
Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. 
► Há previsão no art. 292, definem-se os parâmetros gerais para se fixar o valor da causa.
Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - Na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - Na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - Na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - Na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - Na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.
§ 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras.
§ 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações.
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes. 
► A parte ré poderá contestar o valor fixado na petição inicial, devendo fazer em sua preliminar de contestação, conforme prevê o art. 293.
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
OBS: SEM VALOR DA CAUSA O JUIZ MANDARÁ PARA CORREÇÃO, POIS É UM REQUISITO ESSENCIAL PARA A PETIÇÃO INICIAL.
SUJEITOS DO PROCESSO
Poderão ser eles 04 (quatro) tipos de sujeitos:
► Principais
- Partes (autor e réu)
- Juiz
► Secundários
- Auxiliares da Justiça
► Sui Generis
	- Ministério Público
	- Advocacia Pública
	- Defensoria Pública
	- Advocacia Privada
► Desinteressados
- Testemunhas
1. Juiz (arts. 139 a 148)
Consiste na maeterialização da jurisdição.
1. Singular ou Monocrático: que é o único envolvido no processo independente do seu grau de jurisdição, são todos.
1. Coletivo ou Monocromático: tribunais
2. Poderes e Deveres (arts. 139 a 142)
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
► O juiz é aquele que deteminará tudo que será efetuado no processo, diz respeito ao princípio do Impulso Oficial.
I - Assegurar às partes igualdade de tratamento;
► Diz respeito ao princípio da isonomia processual, onde o juiz deverá assegurar que sejam dadas as mesmas oportunidades às partes.
II - Velar pela duração razoável do processo;
► Aborda sobre o princípio da celeridade processual, onde o tempo do processo deve ser feito o mais rápido possível, não havendo desperdício de tempo em meio ao processo.
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;
► Fazer com que as partes atuem de maneira correta ao longo do processo, diz respeito ao principio da lealdade ou boa fé. 
IV - Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
► Fazer com que sejam cumpridas as decisões judiciais a partir do estímulo, onde se oferece condições para o seu cumprimento ou a partir da coerção.
V - Promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores mediadores judiciais;
► Deverá o juiz fazer com que os litígios sejam resolvidos de maneira amigável e consensual, onde ele deverá fazer isso a qualquer momento no processo podendo fazer uso dos conciliadores e mediadores judiciais, que são os aptos para auxiliar nesse decurso do processo.
VI - Dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;
► O juiz poderá aumentar os prazos e alterar a ordem na produção de provas, em situações em que ele analisar que é necessária a prática esses atos para a consagração do direito.
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais;
► O juiz poderá tomar todas as providencias necessárias para fins de manutençãoda ordem, a partir do Poder de Polícia que ele possui.
Ex.: pedir para uma parte que não esteja atuando de maneira correta, ser retirada do juízo, pedir que ela se cale e afins, de modo que seja mantida a ordem.
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
► Diz respeito ao interrogatório da parte, que é um pedido que o juiz faz a parte, para que ela compareça perante ele para que se resolva uma situação especifica no processo. Caso a parte não compareça não há punição, pois esse ato não possui um caráter formal.
· Não confundir com pedido de depoimento, que possui sim punição se não efetuado pela parte.
IX - Determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
► O juiz analisará os atos praticados e buscar aproveitar o máximo possível, caso não seja possível ele então irá determinar a correção dos atos que possuem vícios.
X - Quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem orat. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
► Ex.: existem diversas ações (repetitivas) questionando o pagamento de um tributo tido como ilegal, poderá o juiz oficiar o MP ou DPU para que se analise a possibilidade de se efetuar abertura de uma ação para que defina a regularidade do referido tributo, ocorrendo isto, as demais ações serão paradas até que se tenha essa decisão. O juiz fará isso para economizar custos para o Poder Judiciário.
Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular.
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
► O juiz não pode deixar de decidir alegando lacunas ou ausência de clareza na lei, fazendo assim a execução do principio da Inafastabilidade do Poder Judiciário, que não pode deixar de julgar independente da situação.
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
► A partir do seu senso de justiça o juiz deverá decidir por equidade, quando for determinado ou previsto em lei.
Art. 142. Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.
► Diz respeito de um ato simulado ou fraudulento pelas referidas partes para ferir um terceiro, e caso o juiz notar a presença de um desses atos, deverá o mesmo impedir que alcance os objetivos das partes, e ele fará isso a partir de uma decisão terminativa processual, onde ele não julgará o mérito, dando somente fim aquele referido processo.
Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias.
Aula 13/10/2021
Continuação
“Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.”
- O referido artigo traz o principio da congruência, correspondência ou adstrição, que significa que tudo aquilo que a parte autora pede na sua petição inicial, delimitará o conhecimento e análise do magistrado. Ou seja, o juiz somente se manifestará a respeito do que está disposto na mesma. 
- É vedado ao juiz proferir três tipos de decisões: 
a) Extra Petita
Decisão que encontra-se fora do pedido, ou seja, ele não pode proferir uma decisão que se relacione a algo que não foi pedido. 
- Podendo a parte, apresentar recurso de apelação.
b) Ultra Petita
Tratam-se de decisões que ultrapassam o pedido realizado pela parte autora, se excedendo, indo além. 
- Aqui, ele fala sobre o pedido, mas vai além. 
Exemplo: reconhecimento de paternidade concedido, e o juiz ainda defere pensão alimentícia, quando não foi pedido. 
- Podendo a parte apresentar recurso de apelação. 
c) Citra ou Infra petita
A decisão citra ou infra traz a respeito da decisão magistral que não fala sobre nenhum dos pedidos feitos pela parte autora. 
Tem-se uma omissão do juiz para com os pedidos requeridos.
Exemplo: pedido de indenização moral e material, e o magistrado só trata de um deles. 
Podendo a parte apresentar recurso de Embargos de Declaração. 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO JUIZ
“Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias.”
a) dolo (inciso I);
b) fraude (inciso I);
c) culpa grave (inciso II);
- Para que responda civilmente, deverá cumprir a providência prevista no parágrafo único do artigo. 
- Depois do pedido realizado pela parte que não fora respondido, deverá entrar com outro pedido, onde após 10 dias se não obtiver novamente resposta, poderá ajuizar ação de responsabilidade civil contra o magistrado. 
IMPEDIMENTO OU SUSPEISÃO 
ART. 144/148
1. Semelhanças 
a) Ambos dizem respeito a imparcialidade; 
b) Toda vez que se alega impedimento ou suspeisão tem-se um objetivo em comum: retirar o juiz do julgamento daquele litigio.
c) Não altera a competência do juiz, somente mudará a pessoa física (magistrado) que está julgando o processo. 
d) O impedimento ou a suspensão do juiz, podem ser declaradas de oficio pelo próprio juiz, se ele não o fizer, qualquer das partes, inclusive o Ministério Público pode fazer. 
e) O pedido é apresentado no próprio processo, se eventualmente o juiz não se afastar, quem julgará será a instância superior a ele.
f) Uma vez feita a alegação de impedimento ou suspensão, o processo será suspenso.
OBS: se atentar que SUSPEIÇÃO é diferente de SUSPENSÃO. 
g) Uma vez que seja afastado o juiz do processo, seja pelo impedimento ou suspeição, quem julgará o processo será um juiz substituto. 
2. Diferenças:
a) Impedimento:
- É muito mais grave que a suspeição, pois significa a proibição do magistrado de julgar o processo. 
- Ocorre quando se tem a certeza da parcialidade do julgamento.
Exemplo: julgar em causa própria.
- Pode ser alegado em qualquer grau de jurisdição em qualquer tempo, ou seja, em qualquer fase processual, em qualquer instância. Podendo, inclusive ser proposto após o trânsito em julgado, no prazo de dois anos, através de ação rescisória.
- Gera nulidade absoluta do processo; 
- Baseado na ocorrência de critérios objetivos (art. 144 e 147).
b) Suspeição:
- Menos grave, pois não se tem certeza da parcialidade do juiz, apenas tem-se uma suspeita.
- Não pode ser alegada a qualquer tempo no processo, tendo o prazo de 15 dias a contar do momento em que se descobre que o magistrado é suspeito de parcialidade.
Exemplo: parte descobre que o juiz é afilhado de uma das partes. 
- Não existe ajuizamento de ação rescisória nos casos de suspeição, não prejudicando a coisa julgada.
- Gera nulidade relativa. 
- As hipóteses de suspeição não são tão claras quanto as de impedimento, requerendo esforço interpretativo e probatório maior.
Exemplo: provar que o magistrado é inimigo de uma das partes.
PROCEDIMENTO DE IMPEDIMENTOOU SUSPEIÇÃO
ART. 146
“Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.”
OBS: Erro previsto no código. O impedimento pode ser alegado a qualquer tempo, como prevê o artigo 966, inciso II do CPC.
- Feito o pedido por petição no processo, ocorrerá ou a concordância do juiz, ou ele discorda.
§ 1º Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. 
Se concorda: ele sai do processo e este vai para o juiz substituto, fluindo normalmente.
Se ele discordar:
- Deverá formar um processo apartado; 
- Deverá apresentar a sua defesa; e após
- Encaminhar ao Tribunal a ele superior. 
Quando chegar ao tribunal:
§ 2º Distribuído o incidente, o relator deverá declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for recebido:
I - sem efeito suspensivo, o processo voltará a correr;
II - com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente.
Chegará o processo ao relator do tribunal, que dirá se o processo terá andamento, com o juiz substituto ou decidirá pela suspensão. 
“§ 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal.”
A decisão do tribunal
a) REJEIÇÃO PELO TRIBUNAL:
O processo segue o juiz original; 
b) ACOLHIMENTO PELO TRIBUNAL:
- Afastará o magistrado;
- Decretará a nulidade dos atos praticados;
- Pode condenar o juiz ao pagamento de despesas do processo; 
- Fixa o momento do impedimento ou suspeição.
HIPOTESES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
1. Impedimento (art. 144 e 147):
 “Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
a) Tomou conhecimento antes de atuar no processo:
Inciso I:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
Exemplo: o magistrado teve atuações, mesmo que em outras esferas de serviço no processo, como por exemplo, foi advogado da parte.
Inciso II:
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
Processos em que o magistrado tenha proferido decisão, “caindo” novamente na mão do mesmo magistrado após a sua sentença em julgado. 
- Casos de decisão interlocutória e sentença. 
Aula 18/10/2021
Inciso III:
“quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive”
Trata do vinculo com o juiz, o advogado da parte ou com o Ministério Público. 
Ocorre quando se tem esse vínculo do juiz para com essas partes, vinculo esse que caracteriza com a descendência, ascendência, cônjuge, irmão, cunhado, tio ou sobrinho.
Caso trata-se de outros tipos de parentescos (quarto grau): primos, por exemplo, não impede, somente pode o tornar suspeito. 
Os parágrafos do artigo:
§ 1º Na hipótese do inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
O processo já tem que estar em andamento.
Exemplo: advogada que já está em uma ação, e o seu irmão que é juiz começa a atuar na mesma vara da ação, impedindo então, o magistrado de atuar e não a parte.
§ 2º É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.
Por exemplo: advogada ou membro do MP que é parente do juiz, não pode exercer a ação na mesma vara que o juiz. 
§ 3º O impedimento previsto no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
Inciso IV: 
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
Quando o próprio juiz é parte, não podendo julgar, bem como, não podendo julgar processo de parente, cônjuge e afins. 
Inciso V:
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
Exemplo: o juiz é diretor da escola da magistratura, onde, a mesma é parte no processo. Logo, o referido juiz não poderá julgar o caso. 
- única hipótese prevista, pois o juiz não pode ter nada em seu nome
Inciso VI: 
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes;
Exemplo: 
Herdeiro presuntivo: se o juiz for beneficiado como herdeiro na causa, não poderá julga-la. 
Donatário: quando o magistrado recebe doação de parentes ou pessoa diversa, não poderá atuar na causa. 
Empregador: 
- única hipótese: empregados domésticos
Não podem atuar como parte quando um de seus empregados forem partes. 
Pois juízes não podem ter nada no nome. 
Inciso VII:
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
Exemplo: juízes que são professores de instituições de ensino, não podem atuar em causa da referida instituição. 
Inciso VIII:
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
Inciso IX:
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
O juiz não pode julgar a causa contra parte que ele está processando.
Exemplo: juiz ajuíza ação contra a TIM, ou seja, não pode mais julgar as ações que envolvam a empresa ou o advogado da mesma. 
Última causa de impedimento:
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal.
2. SUSPEIÇÃO (art. 145):
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.
Exigem das partes maior comprovação, maiores provas para que fique exposto a suspeição. 
Parágrafo primeiro:
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
Não precisa dizer porque está se afastando do processo, apenas alegar o foro íntimo. 
Parágrafo segundo:
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
Exemplo: quando a causa da parte, como começar a falar mal do juiz para dar causa a inimizade.
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
A parte sabe durante o processo todo sobre o problema de afastamento do juiz, não podendo ser pedida depois. 
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO E AUXILIARES DA JUSTIÇA
As mesmas causas dadas ao magistrado serão aplicadas ao MP, aos auxiliares da justiça e aos demais sujeitos imparciais do processo(não tem, deve-se considerar somente o MP e os auxiliares). 
Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.
§ 1º A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos.
§ 2º O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e facultando a produção de prova, quando necessária.
§ 3º Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1º será disciplinada pelo regimento interno.
§ 4º O disposto nos §§ 1º e 2º não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de testemunha.
- Diferenças entre o juiz para os do MP e auxiliares:
a) prazo:
juízes: 
Impedimento: a qualquer tempo
Suspeição: 15 dias a partir do dia que se sabe
MP/auxiliares:
Impedimento e suspeição: deve ser alegada na primeira oportunidade que a parte tiver de falar no processo 
b) Suspensão do processo
Juiz: Suspende o processo quando se alega o impedimento ou a suspeição; 
MP/auxiliares: Já com os membros do ministério público e os auxiliares, não se tem a suspensão, seguindo o curso normal 
c) Julgamento da suspeição/impedimento
Juiz: tribunais superiores
Auxiliares: o próprio juiz da causa julgará
Ministério Público: a corregedoria do MP, pois não há subordinação para com o juiz. 
PARTES DO PROCESSO
ART. 70 até 138
Art. 70/76 – Capacidade das partes
*relembrou os pressupostos processuais das partes (capacidade processual, capacidade postulatória, capacidade de ser parte).
Aula 20/10/2021
Continuação
c) Capacidade processual das pessoas casadas – art. 73 e 74:
São plenamente capazes;
Podendo praticar os atos de forma isolada, sozinhos.
Existindo uma única exceção, que se encontra previsto no art. 73:
Traz que todas as vezes que pessoas casadas forem ajuizar ação em relação a bens imóveis, precisa-se ajuizar juntamente do cônjuge ou com a sua autorização.
Isso acontece porque essas ações repercutem no patrimônio do casal em si, não somente apenas de um.
Em caso de autorização negada em ações de usucapião, pode-se requisitar autorização judicial. 
 
d) Capacidade Processual das Pessoas Jurídicas (art. 75): 
Há três tipos de pessoas jurídicas elencadas pelo Código Processual Civil:
a) pessoa jurídica de direito público (inciso I):
Se a União for parte do processo, quem a representará será o Advogado Geral da União. 
Em nome dos Estados e DF, o Procurador. (inciso II)
Em nome dos Municípios, o prefeito (inciso III)
b) pessoa jurídica de direito privado (inciso IIX 8, IX 9)
c) pessoa jurídica de direito estrangeira (inciso X)
e) Capacidade Processual das Pessoas Formais (art. 75):
São todas aquelas pessoas que não se enquadram no rol de pessoa física e nem de pessoa jurídica. 
a) massa falida (Inciso V)
b) herança jacente ou vacante (inciso VI)
*pessoa falece, deixa bens mas não deixa herdeiros
Tenta-se, através de edital, localizar herdeiros conhecidos. 
Caso não se encontre, o juiz declara a vacância da herança, ou seja, os referidos bens passarão a mão do poder público. 
c) espólio (inciso VII)
*conjunto de bens da pessoa falida
d) condomínio (inciso XI)
Capacidade processual e representação da parte: Art. 76 – CPC
Quando encontrar-se defeito nessas duas capacidades o juiz:
a) em primeiro lugar, intimará a parte para corrigir o vício; 
b) em caso de negativa da parte em arrumar o erro, dependendo da fase que o processo se encontra e as pessoas que devem corrigir o vício, o juiz determinará:
1. Instância originária: 
1.1 - Se a parte autora deveria corrigir e não corrigiu: o processo será extinto; 
1.2 - Se a parte ré deveria corrigir: ele será considerado revel (não é mais intimado, não podendo participar enquanto não corrigir o vício);
1.3 – Se um terceiro interveniente deveria ter corrigido, se:
Estiver no polo ativo: excluído do processo; 
Estiver no polo passivo: se torna revel. 
2. Instância Recursal: 
Caso ocorra o reconhecimento perante tribunal de justiça:
2.1 – Se quem tinha que recorrer o vício é o recorrente (aquele que pede o recurso):
Não será apreciado o recurso.
2.2 – Se quem tinha que recorrer o vicio é o recorrido: 
Terá retirada a suas contrarrazões do processo (defesa do recurso). 
DEVERES DAS PARTES
(Art. 77 e 78)
Não diz respeito tão somente as partes, mas sim a todos os participantes dos processos, devendo respeito aos dois referidos artigos, pois os mesmos se relacionam com o principio da lealdade processual ou boa-fé. 
“Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e, no caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações e intimações.    (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3 o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97 .
§ 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1º , e 536, § 1º .
§ 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
§ 7º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2º.
§ 8º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.”
  “Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.
§ 1º Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
§ 2º De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.”RESPOSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL
Art. 79 à 81
1. Conceito:
O referido rol de artigos trata da litigância de má-fé. Ou seja, todas as vezes que as partes (somente as partes) desrespeitarem o principio da lealdade processual/boa-fé podem ser condenadas pela litigância. 
*Somente as partes (autor e réu) porque somente eles são litigantes. 
“Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.”
Se estabelece quando uma das partes age com dolo de prejudicar a outra pessoa (a outra parte ou terceiros). 
OBS: há jurisprudências no sentido de condenar advogados pela litigância de má-fé, ocorrendo juntamente com as partes, ou até mesmo, de maneira isolada. 
- A referida condenação ocorre no mesmo processo em que a má-fé ocorreu, o magistrado analisa o direito material, julgando e proferindo a sentença e em sua sentença, julgará também a litigância de má-fé. 
- Pode ser pedida a condenação em qualquer fase processual; 
- Trata-se de uma condenação independente, analisadas de formas diferentes. 
Exemplo: a parte pode vencer em relação ao direito material e ser condenado pela litigância de má-fé. 
2. Atitudes que são consideradas litigância de má-fé: 
“Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.”
*Trata-se de um rol taxativo, ou seja, necessariamente deve-se se enquadrar em uma das hipóteses, para que se consiga, eventualmente, a condenação pela litigância de má-fé. 
Realização do pedido:
Quem pode fazer o pedido pela litigância de má-fé são as partes, e quando ambos estão agindo assim, o Ministério Público poderá requerer ou até mesmo o Juiz, podendo condenar de oficio. 
3. A condenação (art. 81):
“Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
§ 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
Aula 25/10/2021
DESPESAS, MULTAS, E HONORÁRIOS ADVOGATICIOS (ART. 97)
“Art. 97. A União e os Estados podem criar fundos de modernização do Poder Judiciário, aos quais serão revertidos os valores das sanções pecuniárias processuais destinadas à União e aos Estados, e outras verbas previstas em lei.”
- Principio dos honorários de sucumbência 
Sucumbência: fruto do seu trabalho, onde ao ganhar a ação deverá receber da parte perdedora.
1. Fixação da sucumbência de advogados particulares (art. 85, paragrafo segundo):
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
2. Fixação dos honorários de sucumbência dos advogados públicos: 
§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais:
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos;
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.
*mesmo atuando em causa própria o advogado particular tem direito aos honorários de sucumbência 
*quando ambas as partes saem vencedoras ou perdedoras, os honorários serão distribuídas proporcionalmente. 
GRATUIDADE DA JUSTIÇA
ART. 98 à 102
- Garante acesso a justiça sem custos aos hipossuficientes; sendo essa presumida
1. Pessoas Jurídicas e a gratuidade da justiça 
As PJs também têm direito a gratuidade da justiça, porém, para que se obtenham esse benefício, deverão provar antes do decorrer processual; 
2. Pedido:
Pode ser realizado em qualquer fase processual; 
3. Parcial ou total:
Pode ser concedida de forma percentual;
Permite então, um parcelamento da despesa, ou até mesmo um abatimento desta.
4. Impedimento
Não impede que a parte beneficiaria da gratuidade da justiça seja condenada aos honorários de sucumbência, ou a litigância de má-fé. 
- Porém, as dividas permanecem por cinco anos, se ele não conseguir paga-las, elas se darão por cumpridas.
5. Benefício personalíssimo e intransmissível 
Cada um deverá requerer o seu, devendo ser visto de maneira separada;
6. Advogado particular
Não é porque a parte tem advogado particular que significa que ela irá pagar ou ter condições, podendo ter o feito somente por necessidade, não perdendo a gratuidade da justiça por esse motivo. 
Demais características e requisitos: 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou as custas judiciais;
II - os selos postais;
III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;
V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;
VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;
VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbênciaficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
§ 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 7º Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3º a 5º , ao custeio dos emolumentos previstos no § 1º, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva.
§ 8º Na hipótese do § 1º, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo parcelamento de que trata o § 6º deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento.
PROCURADORES 
ART. 103/107
*advogados
1. Capacidade Postulatória 
Capacidade do advogado de postular em nome de alguém. 
- Procuração ad judicia
- Poderes especiais por meio da procuração (parte final do art. 105)
SUCESSÃO DAS PARTES E PROCURADORES
ART. 108/112
a) sucessão dos procuradores (art. 111/112):
Art. 111. A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa.
Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) dias, observar-se-á o disposto no art. 76 .
  Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor.
§ 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo
§ 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia.
Pode acontecer a sucessão pela revogação ou pela renúncia.
Revogação: a parte pede pela retirada do advogado
Renúncia: o advogado não quer mais.
DIA 27/10/2021
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL: é a possibilidade de pedir em nome próprio o direito de outra pessoa, como por exemplo, o MP formando o pedido de pensão alimentícia contra o pai do menor. 
SUCESSÃO PROCESSUAL: ocorre toda vez que a parte originaria do processo se retira do processo, e no lugar dela entra outra pessoa, é necessário que uma parte saia para outra entrar, como por exemplo, quando o credor está cobrando uma dívida do seu devedor, no curso do processo o credor morre deixando dois herdeiros, desta forma, o credor originário se retira do processo pois veio a óbito e seus herdeiros entram no processo, para pedir em nome próprio o direito do credor originário, conforme artigo 110 do CPC. 
ARTIGO 108, CPC: Assim como na substituição processual e a sucessão processual somente são possíveis se haver autorização legal, ou seja, somente são possíveis nos casos permitidos pela lei.
 
PRINCIPIO DA ESTABILIZALÇAO SUBJETIVA DA LIDE OU PERPETUATIVO LEGITIMAÇÃO: Ocorre quando as partes se estabilizem e permanecem até o final do processo em seus respectivos polos, sendo a única possibilidade de mudança nos casos previstos em lei, conforme a sucessão processual. 
LITISCONSÓRCIO – ARTIGOS 113/118, CPC
CONCEITO: litisconsórcio é a pluralidade de pessoas em um ou ambos polos do processo. 
CLASSIFICAÇÃO/MODALIDADES: 
QUANTO AO POLO DO PROCESSO: se dividem em polos ativos, em que há vários autores ajuizando uma ação contra um único réu, enquanto o polo passivo se tem um autor ajuizando a ação contra vários réus. Podendo ter um polo misto, em que há dois ou mais autores ajuízam ação contra dois ou mais réus. 
QUANTO AO MOMENTO DA FORMAÇÃO: Se subdividem em dois, o litisconsórcio inicial e inscidencial/ulterior, o litisconsórcio inicial ocorre no início do processo, na inicial, é ajuizado no início com vários autores e ou réus. O litisconsórcio inscidencial ou ulterior ocorre posteriormente a inicial, ou seja, no curso do processo, como por exemplo se tem a morte do autor original, e seus herdeiros por meio de sucessão processual adentram ao processo. 
QUANTO A EFICÁCIA DOS EFEITOS DA SENTENÇA: se verifica a forma em que o litisconsórcio é atingido, se divide em litisconsórcio unitário e não unitário ou simples. O litisconsórcio unitário está previsto no artigo 116, o litisconsórcio será unitário quando o juiz tem o dever de decidir de modo idêntico para as partes do mesmo polo, ou seja, o direito material é visto em conjunto de uma só forma, sendo assim, quando o Juiz analisar o direito material deve decidir de forma idêntica para com os litisconsórcios, os efeitos devem ser os mesmos, como por exemplo, quando o MP ajuíza um processo de nulidade de casamento contra o marido e a mulher (litisconsórcio passivo e inicial), o juiz anulará o casamento para ambos os réus. O litisconsórcio não unitário e ou simples, se entende que o Juiz pode decidir de modo diferente para os litisconsórcios, pois o direito material pode ser visto de forma separada, como por exemplo, quando os litisconsórcios entram com uma ação de indenização contra uma frota de ônibus por um acidente, cada litisconsórcio teve uma situação no acidente diferente, desta forma, o Juiz analisará o direito material de cada um dos litisconsórcios, quando for culpa dos litisconsórcios a sentença poderá ser decidida de modo igual, mas será analisado o direito material em separado. 
QUANTO A OBIRGATÓRIEDADE DA FORMAÇÃO: se refere a ser ou não obrigatório a formação do litisconsórcio, podendo ser de duas formas, o litisconsórcio facultativo e necessário. O litisconsórcio facultativo, previsto no artigo 113, CPC, é aquele que dá a opção de formar ou não o litisconsórcio, geralmente a parte autora tem direito de escolha, sendo de forma rara pela parte ré quando ter o chamamento para o processo, os litisconsórcios facultativos são mais fáceis de ocorrer. Litisconsórcio facultativo multitudinário, parágrafo 1°, decorre de uma multidão de pessoas, o juiz poderá solicitar de oficio, ou a parte, em qualquer fase do processo quando houver a percepção da dificuldade do processo.
Falta aula do dia 01/11/2021 
- Modalidades de Litisconsórcio 
- Intervenção de terceiros
1. Conceito
2. Finalidade
3. Cabimento
4. Momento
5. Procedimento
7. Assistência simples ou adesivaCOLOCAR EM DIA: Classificação de litisconsórcio 
Quanto ao polo: ativo ou passivo;
Quanto ao momento: inicial (quando começa o processo ou anterior;
Quanto a obrigatoriedade: necessário ao facultativo; 
Efeitos da sentença: unitário (sentença igual aos litisconsorciantes) ou não unitário (podem ser diferentes).
Aula 03/11/2021
8. Assistência Litisconsorcial ou qualificada (art. 124)
Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
- A doutrina entende que o assistente gera mera assistência, não se tornando parte no processo, haja vista o exposto, há um duplo posicionamento: parte em litisconsórcio, com aquele quem ele ajuda, e de que não é, sendo somente ajuda a parte que ele possui interesse. 
Essa discussão repercute nos poderes do assistente perante o processo, ou seja, quais atos ele pode praticar.
Se for entendido como parte: poderá praticar todos aos atos processuais; casofor entendido como mera assistência, atuará com relativa autonomia (não pode praticar atos típicos de parte, como propor acordos, desistir e etc).
- Para a sentença, não importará qual dos dois está sendo aplicado ao processo, os efeitos da sentença serão os mesmos para ambos entendimentos, (art. 109, parágrafo terceiro).
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
	 Art. 125 à 129
- Uma das modalidades de intervenção de terceiros que mais acontece.
Conceito:
É o pedido que o autor ou o réu de um processo fazem de citação de um terceiro que é considerado garante do seu direito para o caso de perda na ação. 
- Deve haver o risco de perca e alguém que possa indenizar na perca, nesse caso, o garante do direito. 
- Não é uma ação autônoma, é um pedido realizado dentro do processo, ou seja, em seu curso.
Finalidade:
Visa garantir o direito de regresso, ou seja, esse direito determina que quem pagou a indenização de alguém em nome de outra pessoa pode cobrar reembolso do verdadeiro culpado. Ou seja, de quem causou o dano.
Legitimidade (Art. 125, caput):
As partes (autora ou ré) podem fazer a denunciação da lide
Momento:
Autor: só poderá ser pleiteada na petição inicial;
Réu: só poderá apresentar a denunciação na defesa preliminar. 
Caso não seja oferecido nesse tempo, deverá ser pleiteada uma ação autônoma, após o fim do processo atual, para pleitear a ação de regresso. 
Tipo processual que cabe a denunciação da lide: somente em processos de conhecimento, jamais nos de execução. 
Hipóteses de admissibilidade (art. 125, incisos I e II):
“I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.”
a) Inciso I: Direito de evicção 
*evicção: é uma garantia legal ofertada ao adquirente, já que se ele vier a perder a propriedade, a posse ou o uso em razão de uma decisão judicial ou de um ato administrativo, que reconheça tal direito à terceiro, possa ele recobrar de quem lhe transferiu esse domínio, ou que pagou pela coisa.
- Feito pela parte autora
Inciso II: Direito de regressão
- Feito pela parte ré; 
Obs: único processo, podendo ser feito dois pedidos. 
Procedimento da denunciação da lide:
Ele poderá sofrer mudanças dependendo de quem fez o pedido, parte autora ou ré.
a) feito pelo autor (art. 126, primeira parte e art. 127):
“Art. 126. A citação do denunciado será requerida na petição inicial, se o denunciante for autor...”
“Art. 127. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte (assistente simples) do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.”
- Citação em primeiro lugar: a parte em que não faz parte da denunciação da lide, pois o mesmo poderá trazer mais argumentações para o oferecimento de denunciação da lide contra a outra parte.
- O denunciado será assistente simples (pois irá defender o direito e se livrar da ação regressiva) e não litisconsorte, como o código traz, e nem assistente litisconsorcial - pois o direito não é dela.
b) feito pelo réu (art. 126, segunda parte e art. 128): 
“Art. 126 ...... ou na contestação, se o denunciante for réu, devendo ser realizada na forma e nos prazos previstos no art. 131.”
“Art. 128. Feita a denunciação pelo réu:
I - se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal, em litisconsórcio, (assistência simples) denunciante e denunciado;
II - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.”
- O réu poderá ser assistente simples da parte denunciada, para auxiliar no processo, buscando se livrar de denunciação da lide, podendo vir a contribuir com a defesa que será dada pelo denunciado. 
Aula 08/11/2021
Efeitos da Sentença
Art. 129
- Denunciação da lide, pela parte autora e parte ré:
“Art. 129. Se o denunciante for vencido na ação principal, o juiz passará ao julgamento da denunciação da lide.
Parágrafo único. Se o denunciante for vencedor, a ação de denunciação não terá o seu pedido examinado, sem prejuízo da condenação do denunciante ao pagamento das verbas de sucumbência em favor do denunciado.”
1ª possibilidade: o denunciante sai vencedor
O pedido de denunciação da lide não será analisado, restara prejudicado, em detrimento de que o denunciante venceu. 
Haja vista que o direito de regresso só existe caso o denunciante perca, tudo isso na mesma sentença. 
2ª possibilidade: denunciante perdeu/denunciado ganha
O juiz irá julgar a denunciação da lide, podendo o magistrado entender pelo direito de regresso ou o negar. 
Deverá comprovar os fatos, caso perca na denunciação da lide, poderá perder no processo principal também, devendo estar munido de provas. 
- Denunciação da lide: somente pela parte ré:
Art. 128, parágrafo único: se refere exclusivamente a denunciação da lide feita pelo réu. (nunca pela parte autora).
Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.
No caso explicito no paragrafo único, o denunciante ganhará o processo, e poderá, através da denunciação da lide, solicitar que o denunciado também responda pelo cumprimento da sentença.
Exemplo: Juliane (denunciante) processa o Shopping (litis) por dano ao seu carro, que aciona a empresa de vigilância (denunciado na lide pelo shopping, que os acionou para responder.
Juliane, como vencedora, poderá cobrar de ambos, tendo em vista de que a empresa também possui direito de regresso a ela pelo seu direito. 
*Só acontece nas hipóteses em que há denunciação da lide feita pela parte RÉ.
DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA
Art. 125, parágrafo 2º 
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
§ 2º Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.
Conceito: Trata-se de uma nova denunciação da lide, da denunciação da lide anteriormente já realizada.
Ocorre nos casos em que o denunciado pela lide, devolve no processo, ao invés de sua defesa, uma nova denunciação de lide para outra pessoa diversa.
Exemplo: Juliane processo o Shopping, que culpa a seguradora, a impondo uma denunciação da lide. Desta forma, a empresa ao invés de se defender, através da denunciação da lide sucessiva culpa outra pessoa/empresa como responsável. Não podendo ser realizadas mais do que essa. 
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Art. 130 à 132
Conceito: Trata-se do pedido que o réu faz de citação de um corresponsável ou responsável direto pela obrigação, de modo que ele também responda por ela. 
Exemplo: Juliane é citada por uma cobrança, sendo que Carlos também é devedor em conjunto dessa dívida. Dessa forma, Juliane chama Carlos ao processo, para que ele responda juntamente como responsável pela obrigação que é dele também. 
Finalidade: Para executar o direito de regresso, onde consegue-se por meio do chamamento ao processo resolver o direito chamando o responsável da obrigação.
Quem pode realizar:
Somente o réu poderá realizar esse ato.
Em que momento:
No prazo de defesa do réu. 
Tipo de processo: somente pode ocorrerno processo de conhecimento, possuindo sentença condenatória, se não houver condenação, não cabe chamamento ao processo. 
Requisitos
1. Existência de vinculo de direito material entre todos os envolvidos no processo (não só o autor e o réu, mas aquele que é chamado ao processo);
2. Exista o direito do réu originariamente citado receber do chamado o que ele pague ao credor, ou seja, que haja o direito de ressarcimento do devedor pelo qual a pessoa que ele chamar ao processo.
Hipoteses de admissibilidade de chamamento ao processo
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
Nesse artigo, cita-se quem pode ser chamado ao processo;
I – Afiançado, o devedor principal; 
II – Dos demais fiadores, aqueles que se deram por garantia da dívida; 
II – Devedores solidários, varias pessoas que devem juntas. 
O credor poderá escolher quais dos três, em seu caso concreto, entrará com ação contra. 
Recebimento:
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2 (dois) meses.
*Com o chamamento ao processo gera litisconsórcio, que é passivo; 
Prazo: Deverá ser requerido na contestação, ou seja, na defesa do réu o referido chamamento. 
O prazo do artigo 131 trata de que a citação deve ser PROMOVIDA em 30 dias, não tratando do prazo para fazer o chamamento, e sim, para fazer a citação do referido chamado. 
Passando os prazos, por tratar-se de citação, por mais que ele não apareça, fará parte do processo igual, até o final, respondendo pela sentença. 
- O chamado se torna parte do processo, parte ré; 
Efeitos da sentença com o chamamento (art. 132):
Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar.
- Sub-rogação de direito aos credores:
Ocorre quando o credor ganha o processo, e fica destinado ao fiador para que pague toda a dívida, e nesses casos, ele poderá realizar o chamamento ao processo, visando facilitar, para que os demais arquem com as custas que ele gastou, não sendo necessário que seja aberto outro processo. 
Pode vir a ocorrer também nos casos de devedores solidários, onde poderá exigir o pagamento da divida aos demais, no valor correspondente a ele, através do chamamento ao processo. 
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURIDICA 
ART. 133 À 137
- 4ª modalidade de intervenção de terceiro
Conceito: A desconsideração da pessoa jurídica consiste na possibilidade de se ignorar a personalidade jurídica autônoma da entidade moral para chamar à responsabilidade seus sócios ou administradores, quando utilizam-na com objetivos fraudulentos ou diversos daqueles para os quais foi constituída.
Tendo em vista disso, o incidente de desconsideração da personalidade é o pedido que o credor ou o Ministério Público fazem para não levar em consideração a personalidade jurídica da empresa. 
Finalidade: Alcançar os bens da empresa que estão em posse do sócio/empresário
Legitimidade (quem pode fazer): Ministério Público ou o credor;
Em que momento: Em qualquer fase do processo (art. 134, caput);
Em que tipo de processo: de conhecimento e execução 
Requisitos (art. 133, parágrafo primeiro):
“§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.”
Ou seja, os requisitos não estão previstos no CPC, e sim em legislações por fora que tratem do direito material (CC, CDC, CT); 
Isso ocorre porque o CPC trata apenas do incidente, a desconsideração da PJ advém de outros ramos.
Exemplos: confusão de patrimônio, desvio de finalidade, etc.

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