Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 A Divisão de População da ONU disponibilizou, no dia 17 de junho de 2019, as novas projeções populacionais para todos os países, para as regiões e para o total mundial. A população mundial para 2019 foi estimada em 7,70 bilhões, devendo chegar a 7,79 bilhões em 2020 e a 8 bilhões de habitantes em 2023. No cenário de projeção média, a população global seria de 10,87 bilhões de habitantes em 2100 (a revisão 2017 projetava um número de 11,18 bilhões). Crescimento Vegetativo e a Transição Demográfica A revisão 2019 das projeções populacionais da ONU para o século XXI 2 CV ou N = Taxa de Natalidade – Taxa de Mortalidade CRESCIMENTO VEGETATIVO ou NATURAL Taxa de Natalidade Nascimentos / 1000 habitantes / ano Taxa de Mortalidade Mortes / 1000 habitantes / ano Taxa de Fecundidade ou Fertilidade Filhos por mulher em idade fértil (Entre 15 e 49 anos) Nascimentos x 1000 População total Mortes x 1000 População total 3 Exemplo: BRASIL Taxa de Natalidade Nascimentos / 1000 habitantes / ano Taxa de Mortalidade Mortes / 1000 habitantes / ano Crescimento Vegetativo ou Natural 14 ‰ ou 1,4 % 6 ‰ ou 0,6 % 8 ‰ ou 0,8% 4 TAXA de NATALIDADE 5 TAXA de FECUNDIDADE ou FERTILIDADE 6 TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 7 Veja alguns destaques do estudo da ONU (2019) - Índia será o maior país do mundo em 2050, com 1,47 bilhão de pessoas - O Níger é o país com a mais alta taxa de fecundidade do mundo, de 6,95 - A Coreia do Sul tem o índice mais baixo: 1,11 - A população do Japão deverá encolher 21% entre 2020 e 2050 - O país deve seguir diminuindo até 2100, quando a população será cerca de 45% da atual Metade do crescimento se concentrará em nove países Para 2050, mais da metade do crescimento projetado para a população mundial se concentrará em nove países: - Índia - Nigéria - Paquistão - República Democrática do Congo - Etiópia - Tanzânia - Indonésia - Egito - Estados Unidos - Inversões econômicas - meio rural – meio urbano, - no custo da criação dos filhos; - Maior participação da mulher no mercado de trabalho; - Maior nível de instrução da população; - Maior nível de instrução da população; - Planejamento familiar. - Métodos contraceptivos. Fatores que contribuíram para a redução das taxas de natalidade / fecundidade: 8 - Acesso ao saneamento básico e água tratada - urbanização. - Aumento da produção de alimentos (FAO - ONU: fome aumenta no mundo e afeta 821 milhões de pessoas). - Avanços da medicina (antibióticos, vacinas, técnicas e equipamentos). - Entre outros fatores ligados ao processo de urbanização. A humanidade não chegará aos 10 bilhões de pessoas População do Brasil recuará a menos de 165 milhões até 2100, e a China será superada por Índia e Nigéria, segundo um estudo publicado na ‘The Lancet’ O prognóstico das Nações Unidas é de que haverá 11 bilhões de pessoas em 2100, ou mais dois bilhões a mais do que sugere o novo cálculo. É o que propõe um estudo publicado na revista médica The Lancet, segundo o qual o pico de população ocorrerá na década de 2060, com 9,7 bilhões. E a partir daí a humanidade irá se reduzindo lentamente, até chegar a 8,8 bilhões em 2100 https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-07-16/a-humanidade-nao-chegara-aos-10-bilhoes.html Fatores que contribuíram para a redução da mortalidade: CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO (% anual) 1 População – progressão geométrica Produção de alimentos – progressão aritmética Teorias Demográficas TEORIA MALTHUSIANA Thomas Robert Malthus Sacerdote anglicano – Economista Inglaterra - 1798 2 Controle de natalidade a partir do que chamou de “controle moral” ou “sujeição moral”. Abstinência sexual ou adiamento de casamentos. Ensaio sobre o princípio da população Livro Surge no contexto de elevado crescimento populacional pós Segunda Guerra mundial. A população, sobretudo a de baixa renda, deveria ter os seus índices de natalidade controlados. Difusão de métodos contraceptivos e políticas de Estado para o controle da natalidade, com destaque para os países subdesenvolvidos. TEORIA MALTHUSIANA O que fazer? O que aconteceu? As guerras, as epidemias e os desastres naturais servem como meios de controle do crescimento da população e que suas ausências permitem o rápido crescimento demográfico. TEORIA NEOMALTHUSIANA Elevada natalidade Pobreza Subdesenvolvimento 3 Oposição à TEORIA NEOMALTHUSIANA. O crescimento populacional exerce maior pressão sobre os recursos naturais. Assim como os NEOMALTHUSIANOS, também propõe o controle da natalidade. Crítica: A maior demanda por recursos naturais está associada somente ao número de habitantes? E o modelo consumista de algumas nações como os EUA? TEORIA REFORMISTA Elevada natalidade Pobreza Subdesenvolvimento Adoção de políticas sociais de combate à pobreza. Melhorias nas condições de vida da população. Redução da natalidade. Saúde e educação. TEORIA ECOMALTHUSIANA Maior população Maiores impactos ambientais 4 (Mackenzie 2018) Analise as informações do quadro abaixo. Teorias Demográficas Características 1 O crescimento da população acontece em Progressão Geométrica e o crescimento da produção de alimentos em Progressão Aritmética. O estudo, realizado no século XVIII, prevê que esse desequilíbrio e a quantidade limitada de terras agricultáveis, levariam, ao longo dos anos, à fome e a uma crise mundial no abastecimento de alimentos. 2 Teoria embasada no surto populacional do pós Segunda Guerra mundial defendiam a ideia de que a riqueza de um país, ao ser dividida por seus habitantes, é cada vez menor quanto maior for o número de sua população. Para frear esse crescimento desordenado, o Estado deveria intervir com políticas públicas de controle da natalidade e planejamento familiar, em especial, nos países subdesenvolvidos. 3 Teóricos desta vertente sustentam a premissa de que o aumento populacional é uma consequência da pobreza e do subdesenvolvimento, não o inverso. Nos países desenvolvidos, com elevados índices sociais, o controle de natalidade ocorre de maneira espontânea e paralela às melhorias nas condições de vida da população. 4 Teoria desenvolvida no contexto do século XX, onde a degradação ambiental passa a ser uma grande preocupação. Assim, o crescimento populacional descontrolado leva à necessidade da exploração cada vez maior de recursos naturais, acelerando o seu esgotamento. Identifique a alternativa que relaciona, corretamente, os números indicados na tabela, às respectivas Teorias Demográficas. MALTHUSIANA NEOMALTHUSIANA REFORMISTA ECOMALTHUSIANA 1 População absoluta = número total de habitantes População relativa = número de habitantes / área (km²) Densidade demográfica Populoso e Povoado POPULAÇÃO ABSOLUTA - POPULOSO Brasil – 212 milhões de habitantes (6º mais populoso) POPULAÇÃO RELATIVA - POVOADO Brasil: 212.000.000 habitantes 8.510.345 km² = 24,9 hab/km² PAÍSES MAIS POPULOSOS 2 PAÍSES MAIS POVOADOS 3 Anotações: PAÍSES MENOS POVOADOS DENSIDADE DEMOGRÁFICA ÁREAS ECÚMENAS E ANECÚMENAS 1 Estrutura e Pirâmides Etárias 2 3 45 O “bônus” ou “janela” demográfica corresponde ao período de elevação da população adulta com aumento da PEA (População Economicamente Ativa). Assim, a PEA é proporcionalmente maior do que a taxa de dependentes (jovens e idosos). Trata-se de um período favorável para a economia de um país, porém é necessário estimular o crescimento do PIB, a geração de empregos e os investimentos em educação. BÔNUS DEMOGRÁFICO 6 Em 2019, expectativa de vida era de 76,6 anos 26/11/2020 Uma pessoa nascida no Brasil em 2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Isso representa um aumento de três meses em relação a 2018 (76,3 anos). A expectativa de vida dos homens passou de 72,8 para 73,1 anos e a das mulheres foi de 79,9 para 80,1 anos. A probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida era de 11,9 para cada mil nascimentos, ficando abaixo da taxa de 2018 (12,4). Essa caiu 91,9% desde 1940, quando chegava a 146,6 óbitos por mil nascimentos. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/29502-em-2019-expectativa-de-vida-era-de-76-6-anos Para refrear a explosão demográfica, medidas como a Política do Filho Único (1978-2015) foram instituídas. Hoje a China dispõe de um cenário diferente, com queda na taxa de crescimento da sua população e aumento do fenômeno do envelhecimento populacional. (G1 - cftrj 2020) 7 (Fgv 2020) (Uerj 2018) 8 O que fez a expectativa de vida aumentar no mundo? Tenacidade humana e mais. Uol - 10/01/2021 Parece indiscutível que um dos maiores indicadores de desenvolvimento é o aumento da longevidade. A causalidade entre renda e saúde é facilmente estabelecida ao se comparar a expectativa de vida dos países ricos e pobres. Nas primeiras décadas do século 19 a expectativa de vida na Europa Ocidental rondava os 35 anos, enquanto nos continentes asiático e africano permanecia em torno de 28 anos. Leia mais: https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/danta-senrra/2021/01/10/o-que-fez-a-expectativa-de-vida- aumentar-no-mundo-tenacidade-humana-e- mais.htm#:~:text=O%20Jap%C3%A3o%20%C3%A9%20o%20pa%C3%ADs,e%20no%20Chile %2C%2080%20anos. Anotações: 1 POPULAÇÃO EM IDADE ATIVA (PIA) – para o IBGE, instituição oficial que acompanha os índices adotados por organizações internacionais, a população em idade ativa é a que tem entre 15 e 65 anos de idade. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define a PEA como a mão de obra com a qual o setor produtivo pode contar, ou seja, é o número de habitantes em idade e condições físicas para exercer algum ofício no mercado de trabalho. População desocupada (ou desempregada) - para a metodologia do IBGE, são aquelas que não tem nenhum trabalho, mas o procuram, tomando providências efetivas em busca de emprego, como consulta a classificados, envio de currículos, cadastro em empresas de recrutamento, entre outros. População Economicamente Ativa - PEA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA - PEA PEA População ocupada População desocupada Desemprego Estrutural Tecnologia Conjuntural Crises - cíclico Friccional 2 Anotações: SETORES DA ECONOMIA 1 O que é IDH? O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH (1990) foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq (economista paquistanês) com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento. Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver". Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate. IDH – Índice de Desenvolvimento Humano O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é uma das 23 agências especializadas. Para a ONU, melhorar os níveis de desenvolvimento humano, principal mandato do PNUD, é elemento-chave na criação de condições para a paz e segurança internacional. 2 Relatório de Desenvolvimento Humano – PNUD (relatório anual com os resultados do IDH) O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: I) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; II) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar. IDH SAÚDE EDUCAÇÃO RENDA IDH SAÚDE Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida. Fonte: Folha de São Paulo IDH EDUCAÇÃO 3 Fonte: Folha de São Paulo Fonte: Folha de São Paulo IDH RENDA E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP). Fonte: Folha de São Paulo 4 Fo nt e: Wi kk ipe di a 5 RANKING MUNDIAL 6 7 Meio Ambiente Em 2020, o Pnud apresenta uma variante experimental do IDH para incorporar dois outros elementos - emissões de dióxido de carbono e quantidade de recursos naturais utilizados nas cadeias produtivas dos países, proporcionalmente às suas populações. O novo indicador é chamado de Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado às Pressões Planetárias (IDHP). Considerando os ajustes ao considerar as pressões ao planeta (IDHP), o Brasil fica na 74ª posição. No caso da Noruega, que lidera a lista com IDH em 0,957, ao fazer o ajuste para o IDHP, o país perde 15 posições. Estados Unidos caem 45 posições e a Alemanha, apenas uma. Por outro lado, países como Costa Rica, Moldávia e Panamá subiram pelo menos 30 posições. Desenvolvimento humano em 2020 Fonte: Agência Brasil 8 Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) Historicamente, o Brasil perde muitas posições no IDH ajustado à desigualdade. Neste ano, a tendência permanece: quando a distribuição desigual de renda, educação e de expectativa de vida ao nascer são levadas em conta, o país perde 25,5% do índice e cai 20 posições no ranking. É a segunda maior queda do mundo, perdendo somente para a Ilha de Comores, no leste da África, que perde 21 posições. (CFTMG 2016) 9 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM IDHM - PNUD – CENSO - 2010 10 IDHM - PNUD - 2017 11 (Uerj 2016) O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) é composto por três indicadores: longevidade, educação e renda. No Brasil, o IDH-M cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, conforme os mapas. Geograficamente, o desenvolvimento humano no Brasil apresenta mudanças decorrentes dos seguintes fatores principais: a) erradicação do analfabetismo – elevação do PIB b) desaceleração do desemprego – incremento da industrialização c) decréscimo da natalidade –crescimento da qualificação profissional d) diminuição da mortalidade infantil – aumento da expectativa de vida Elaboração: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP, 2020. Fontes: dados do IBGE. 1 Brasil – População em Números 2 3 4 Municípios com mais de 1 milhão de habitantes, que totalizam 46.400.712: 1. São Paulo: 12.325.232 2. Rio de Janeiro: 6.747.815 3. Brasília: 3.055.149 4. Salvador: 2.886.698 5. Fortaleza: 2.686.612 6. Belo Horizonte: 2.521.564 7. Manaus: 2.219.580 8. Curitiba: 1.948.626 9. Recife: 1.653.461 10. 10. Goiânia: 1.536.097 11. 11. Belém: 1.499.641 12. 12. Porto Alegre: 1.488.252 13. 13. Guarulhos: 1.392.121 14. 14. Campinas: 1.213.792 15. 15. São Luís: 1.108.975 16. 16. São Gonçalo: 1.091.7371 17. 17. Maceió: 1.025.360 Principais destaques por estados • São Paulo permanece na frente como a unidade da Federação com mais habitantes: 46,289 milhões de pessoas, concentrando 21,9% da população total do país. Ano passado, a população paulista era de 45,9 milhões. Na sequência, os estados mais populosos são Minas Gerais (21,292 milhões) e Rio de Janeiro (17,366 milhões). 5 • O Distrito Federal agora tem uma população de mais de 3 milhões de habitantes. Já Roraima tema menor população: 631.181. • Roraima foi mais uma vez o estado com maior crescimento populacional na comparação com o ano anterior: um crescimento de 4,19% frente a 2019. De 2018 para 2019, havia crescido 5,1%. • Já o menor crescimento foi no Piauí, de 0,25%, seguido por Bahia (0,39%) e Rio Grande do Sul (0,40%). • Os cinco estados menos populosos, que somam cerca de 5,7 milhões de pessoas, estão todos na região Norte: Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia. Principais destaques por municípios • São Paulo continua sendo o município mais populoso, com 12,3 milhões de pessoas, seguido por Rio de Janeiro (6,75 milhões), Brasília (3,05 milhões) e Salvador (2,88 milhões). • Com apenas 776 habitantes, Serra da Saudade (MG) é a cidade brasileira com menor população, seguido por Borá (SP), com 838 habitantes, Araguainha (MT), com 946 habitantes, e Engenho Velho (RS), com 982 habitantes. • 21,9% da população está concentrada em 17 municípios, todos com mais de um milhão de habitantes, sendo que 14 são capitais estaduais. • Em 2020, eram 49 os municípios com mais de 500 mil habitantes. • O grupo de municípios com até 20 mil habitantes é aquele que, proporcionalmente, apresentou maior número de municípios com redução populacional, com 1.410 (37,3%). • Os municípios entre 100 mil e 1 milhão de habitantes são os com maior contingente com crescimento superior a 1%, totalizando 142 (46%). • Em 28,1% dos municípios (ou 1.565 cidades) houve redução populacional, enquanto apenas 205 municípios (3,7% do total) tiveram crescimento igual ou superior a 2%. • O conjunto das 27 capitais supera os 50 milhões de habitantes, representando 23,86% da população total do país. https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/08/27/brasil-atinge-2117-milhoes-de-habitantes-diz-ibge.ghtml 1 Em função das orientações do Ministério da Saúde relacionadas ao quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE adiou a realização do Censo Demográfico para 2021. O instituto também decidiu pela suspensão da coleta domiciliar presencial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (IPCA, IPCA-15, IPCA-E e INPC) e do Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI). Crescimento Vegetativo do Brasil https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html Censo é adiado para 2021; coleta presencial de pesquisas é suspensa 2 CV ou N = Taxa de Natalidade – Taxa de Mortalidade CRESCIMENTO VEGETATIVO ou NATURAL Taxa de Natalidade Nascimentos / 1000 habitantes / ano Taxa de Mortalidade Mortes / 1000 habitantes / ano Taxa de Fecundidade ou Fertilidade Filhos por mulher em idade fértil (Entre 15 e 49 anos) Nascimentos x 1000 População total Mortes x 1000 População total TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 3 Exemplo: BRASIL Fonte: IBGE Crescimento Vegetativo ou Natural Taxa de Natalidade Nascimentos / 1000 habitantes / ano Taxa de Mortalidade Mortes / 1000 habitantes / ano Crescimento Vegetativo ou Natural 14 ‰ ou 1,4% 6 ‰ ou 0,6% 8‰ ou 0,8% 4 (Uel 2019) 5 (CFTMG 2019) 6 População brasileira chegará a 233 milhões em 2047 e começará a encolher, aponta IBGE Hoje, total de habitantes é de mais de 208 milhões e idade média é de 32,6 anos. Piauí, Bahia e Rio Grande do Sul serão os primeiros estados a apresentar redução da população. Por Carlos Brito e Darlan Alvarenga, G1 — Rio de Janeiro e São Paulo - 25/07/2018 A revisão 2018 da Projeção da População do Brasil detalha a dinâmica de crescimento da população brasileira, acompanhando variáveis como fecundidade, mortalidade e migrações, e projeta o número de habitantes para as 27 unidades da federação. Doze estados – Piauí, Bahia, Rio Grande do Sul, Alagoas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Norte – deverão ter sua população reduzida antes de 2048 por conta de fluxos migratórios negativos. Ou seja, maior saída do que ingresso de habitantes. Por outro lado, para 8 estados não há previsão de diminuição da população até 2060. São eles: Goiás. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Amapá, Roraima, Amazonas e Acre. Piauí, Bahia e Rio Grande do Sul deverão ser os primeiros estados a apresentar redução da população, impactados tanto pela perda de moradores para outros estados como também pela queda das taxas das taxas de fecundidade. https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/07/25/populacao-brasileira-chegara-a-233-milhoes-em-2047-e-comecara-a-encolher-aponta-ibge.ghtml Anotações: 1 Brasil - Estrutura e Pirâmide Etária 2 3 https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/index.html (Fatec 2017) 4 (Ufrgs 2019) Observe o gráfico abaixo, a respeito da sobremortalidade masculina (maior mortalidade da população masculina em relação à feminina) no Brasil, entre 1940 e 2015. (Ueg 2020) 5 Expectativa de vida dos brasileiros aumenta 3 meses e chega a 76,6 anos em 2019 26/11/2020 Uma pessoa nascida no Brasil em 2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Desde 1940, a esperança de vida aumentou 31,1 anos. E a longevidade feminina é, em média, sete anos acima da dos homens. Mulheres e homens A longevidade feminina é, em média, sete anos acima da dos homens. A expectativa de vida das mulheres aumentou 2 meses e 23 dias – foi de 79,9 para 80,1 anos. Para a população masculina, o aumento foi de 3 meses e 7 dias, passando de 72,8 para 73,1 anos. 6 7 BRASIL – ESTRUTURA ETÁRIA 8 (Ufrgs 2017) Observe a tabela abaixo. Sobre os dados apresentados, é correto afirmar que a) os números indicam o processo de envelhecimento da população brasileira, a subsequente diminuição da população jovem e a entrada do país no período chamado “bônus demográfico”. b) a estrutura da população é típica de um país não desenvolvido, com predominância de jovens sobre idosos, devido às taxas de natalidade ainda altas e à baixa expectativa de vida. c) a baixa variação apresentadanas porcentagens mostra que nada mudou sobre a estrutura da população, nos últimos 50 anos, no Brasil. d) a razão de dependência é extremamente alta nos dois últimos censos, o que provoca pouca arrecadação e problemas para o sistema de previdência social. e) a população brasileira está estagnada em seu crescimento, o que se reflete nas porcentagens, ao longo do período de 50 anos, mostradas na tabela. Anotações: 1 POPULAÇÃO EM IDADE ATIVA (PIA) – para o IBGE, instituição oficial que acompanha os índices adotados por organizações internacionais, a população em idade ativa é a que tem entre 15 e 65 anos de idade. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define a PEA como a mão de obra com a qual o setor produtivo pode contar, ou seja, é o número de habitantes em idade e condições físicas para exercer algum ofício no mercado de trabalho. População desocupada (ou desempregada) - para a metodologia do IBGE, são aquelas que não tem nenhum trabalho, mas o procuram, tomando providências efetivas em busca de emprego, como consulta a classificados, envio de currículos, cadastro em empresas de recrutamento, entre outros. O desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser consideradas desempregadas: • um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos • uma dona de casa que não trabalha fora • uma empreendedora que possui seu próprio negócio Brasil – População Economicamente Ativa - PEA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA - PEA PEA População ocupada População desocupada 2 Desalentados Os desalentados são pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuraram trabalho por acharem que não encontrariam. Vários são os motivos que levam as pessoas de desistirem de procurar trabalho, entre eles: - não encontrar trabalho na localidade, - não conseguir trabalho adequado, - não conseguir trabalho por ser considerado muito jovem ou idoso, ou - não ter experiência profissional ou qualificação. Desalentados 5,8 milhões 4º trimestre 2020 https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php 3 População brasileira, de acordo com as divisões do mercado de trabalho, 4º trimestre – 2020 (IBGE) 4 A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. Desemprego Estrutural Conjuntural Friccional Tecnologia Crises - cíclico 5 País tem taxa de informalidade de 39,5% no trimestre até dezembro, mostra IBGE 26/02/2021 O País alcançou uma taxa de informalidade de 39,5% no mercado de trabalho no trimestre até dezembro de 2020, com 34,029 milhões de trabalhadores atuando na informalidade, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Em apenas um trimestre, mais 2,391 milhões de pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. No entanto, o contingente de informais ainda é 4,706 milhões inferior ao de dezembro de 2019. https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2021/02/26/pais-tem-taxa-de-informalidade-de-395-no-trimestre-ate-dezembro-mostra- ibge.htm O que é trabalho escravo De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente. Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. https://reporterbrasil.org.br/trabalho-escravo/ 6 (Ufjf-pism 2 2017) (Ifsc 2015) 7 (Ufsc 2020) Considere os seguintes trechos de reportagens a respeito de aplicativos de serviços. A primeira delas trata dos aplicativos Uber, 99, iFood e Rappi; a segunda, das dificuldades enfrentadas pelas pessoas que utilizam esses aplicativos. Quase 4 milhões de trabalhadores autônomos utilizam hoje as plataformas como fonte de renda. Se eles fossem reunidos em uma mesma folha de pagamento, ela seria 35 vezes mais longa do que a dos Correios, maior empresa estatal em número de funcionários, com 109 mil servidores […]. Para um autônomo, o ganho gerado com os apps acaba se tornando uma das principais fontes de renda. Esses 3,8 milhões de brasileiros que trabalham com as plataformas representam 17% dos 23,8 milhões de trabalhadores nessa condição, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre até fevereiro. ESTADÃO CONTEÚDO. Uber, iFood e mais: aplicativos viram fonte de renda de quase 4 milhões. 28 de abril de 2019. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/tecnologia/noticias/redacao/2019/04/28/uber-ifood-e-maisaplicativos-viram-fonte-de-renda-de-quase-4-milhoes.htm. Acesso em: 12 maio 2019. A explosão de aplicativos de delivery é provavelmente o caso mais representativo das rupturas geradas no Brasil pelo avanço da gig economy – a economia dos bicos. Até poucos anos atrás, os serviços de entrega eram pulverizados entre empresas de pequeno porte, que contratavam motoboys, reconhecidos como categoria profissional regulamentada […]. Hoje a atividade está ao alcance de qualquer um que aceitar termos e condições de plataformas digitais. FOLHA DE SÃO PAULO. Euforia com aplicativos de serviços dá lugar à frustração de trabalhadores. Ilustríssima, 3 de março de 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2019/03/euforia-com-aplicativos-de-servicos-da-lugar-a-frustracao-de-trabalhadores.shtml. Acesso em: 12 maio 2019. Com base nos textos acima, é correto afirmar que: 01) a gig economy é uma situação econômica na qual os trabalhadores autônomos encontram trabalho por meio de aplicativos de serviço. 02) os aplicativos de prestação autônoma de serviços substituíram toda forma de contratação de profissionais de atividades regulamentadas. 04) os aplicativos de serviço propiciam aos trabalhadores uma possibilidade de dispor de sua força produtiva desde que aceitem os termos e condições da plataforma digital em que se inscrevem. 08) o fato de que, juntas, algumas empresas possuem uma folha de pagamentos mais extensa do que a da maior empresa estatal prova que o desenvolvimento econômico se dá por meio do abandono de atividades estatais. 8 16) a emergência de uma economia de bicos mediada pelo acesso a aplicativos de oferta de força de trabalho é característica de uma fase da economia capitalista na qual a regulamentação de atividades de serviços enfrenta contestações. 32) a gig economy atinge 23,8 milhões de trabalhadores, que sofrem com a precariedade do uso de aplicativos. 64) a desregulamentação de ofertas de emprego e sua posterior concentração nas mãos de grandes conglomerados, comoas plataformas citadas, gera efeitos predatórios sobre empresas de pequeno porte que operam dentro da economia de oferta de emprego regulamentado. Anotações: 1 Indicadores Sociais PIB per capita - Brasil 2 O Coeficiente de Gini (Índice de Gini) – é um dado estatístico utilizado para avaliar a distribuição das riquezas de um determinado lugar. O indicador foi criado pelo estatístico italiano Corrado Gini em 1912. A desigualdade brasileira continua a ocupar os primeiros lugares no ranking mundial. O IBGE mostrou nesta quinta-feira que o país é o novo mais desigual do mundo, usando dados do Banco Mundial. O Brasil está pior inclusive que Botsuana. O mais desigual é a África do Sul e a Bélgica é o mais igualitário. O Índice de Gini, que mede a concentração de rendimentos e quanto mais perto de um, pior a distribuição, ficou em 0,543 em 2019, pelos dados da Síntese dos Indicadores, uma leve queda em relação a 2018, mas perdemos terreno. Em 2012, esse mesmo índice era de 0,540. Chegamos a 0,523 em 2015, mas a recessão entre 2015 e 2016 e a recuperação seguinte mais forte para a camada mais rica da população pioraram a distribuição de renda no Brasil. https://exame.com/economia/brasil-e-nono-pais-mais-desigual-do-mundo-diz-ibge/ Como avaliar a distribuição de renda? 0,0 - 1,0 0 (zero) representa um lugar totalmente igualitário – isto é, em que toda a sua população possui a mesma renda 1 (um) representa um lugar totalmente desigual, em que apenas um indivíduo ou uma parcela muito restrita de pessoas concentra toda a renda existente. Brasil é nono país mais desigual do mundo, diz IBGE Distribuição de renda continua concentrada e aumentou frente a 2015, quando o indicador de desigualdade chegou ao menor patamar Publicado em: 12/11/2020 3 (Uerj 2015) (CFTMG 2017) 4 Brasil é o 7º país mais desigual do mundo 09/12/2019 A desigualdade de renda no Brasil é um dos destaques de um relatório de desenvolvimento humano divulgado hoje pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O levantamento tem como base o coeficiente Gini, que mede desigualdade e distribuição de renda. Segundo o Pnud, para esse indicador, zero representa igualdade absoluta e 100 representa desigualdade absoluta. Em 2017, o índice do Brasil foi de 53,3. O mesmo valor foi registrado por Botsuana. https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2019/12/09/brasil-e-o-7-mais-desigual-do-mundo-melhor-apenas-do-que-africanos.htm Os 20 países mais desiguais do mundo 1. África do Sul - 63 2. Namíbia - 59,1 3. Zâmbia - 57,1 4. República Centro-Africana - 56,2 5. Lesoto - 54,2 6. Moçambique – 54 7. Brasil - 53,3 8. Botsuana - 53,3 9. Suazilândia - 51,5 10. Santa Lúcia - 51,2 11. Guiné Bissau - 50,7 12. Honduras - 50,5 13. Panamá - 49,9 14. Colômbia - 49,7 15. Congo - 48,9 16. Paraguai - 48,8 17. Costa Rica - 48,3 18. Guatemala - 48,3 19. Benin - 47,8 20. Cabo Verde - 47,2. Brasil tem 2ª maior concentração de renda do mundo, diz relatório da ONU O 1% mais rico concentra 28,3% da renda total do país, conforme ranking sobre o desenvolvimento humano. Brasil perde apenas para o Catar em desigualdade de renda, onde 1% mais rico concentra 29% da renda. 09/12/2019 No Brasil, o 1% mais rico concentra 28,3% da renda total do país (no Catar essa proporção é de 29%). Ou seja, quase um terço da renda está nas mãos dos mais ricos. Já os 10% mais ricos no Brasil concentram 41,9% da renda total. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/12/09/brasil-tem-segunda-maior-concentracao-de-renda-do-mundo-diz-relatorio-da-onu.ghtml ÁFRICA – 12 PAÍSES AMÉRICA LATINA – 8 PAÍSES 5 (Unicamp 2021) 6 Pobreza extrema aumenta pela primeira vez em 20 anos, diz Banco Mundial O Banco Mundial divulgou nesta quarta-feira que, em 2020, a extrema pobreza global deverá aumentar pela primeira vez em mais de duas décadas. Extrema pobreza significa viver com menos de US$ 1,90 por dia. Além disso, até 2021, a Covid-19 e a recessão global podem fazer com que até 150 milhões de pessoas caiam na pobreza extrema. Isso representa cerca de 1,4% da população mundial. Até 2021, 150 milhões de pessoas devem cair na extrema pobreza devido à Covid- 19, recessão, conflitos e mudanças climáticas, segundo novo estudo; economias de médio rendimento terão 82% dos novos pobres do mundo. 7 outubro 2020 7 (Ufjf-pism 3 2019) 8 9 O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Oxford Poverty and Human Development Initiative (OPHI) lançaram na semana passada o relatório sobre o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) global de 2019, mostrando que o conceito tradicional de pobreza precisa ser atualizado e ampliado. Definir os domicílios como ricos ou pobres apenas com base na renda é uma simplificação excessiva. Definição A pobreza multidimensional, diferente da pobreza calculada pela renda, usa como indicadores a saúde, educação e o padrão de vida da população. Aqueles que sofrem privações em pelo menos um desses três indicadores se enquadram na categoria de multidimensionalmente pobre. ÍNDICE DE POBREZA MULTIDIMENSIONAL - IPM IPM SAÚDE Desnutrição Mortalidade infantil EDUCAÇÃO Anos de estudo Criança não matriculada PADRÃO DE VIDA Eletricidade Água tratada Saneamento básico Piso adequado (moradia) Combustível para cozinhar Bens materiais 10 Mensagens chave do IPM Global 2020 (PNUD – ONU): • Dos 1,3 bilhão de pessoas multidimensionais pobres; 82,3% são privados de pelo menos cinco indicadores, o que sublinha que a pobreza vai além da renda monetária e pode se manifestar de maneiras múltiplas e sobrepostas. • 84,3% das pessoas multidimensionalmente pobres vive na África Subsaariana (558 milhões) e no Sul da Ásia (530 milhões). • 84,2% das pessoas multidimensionais pobres vivem nas áreas rurais: Brasil tem 3,8% da população em situação de pobreza multidimensional MORTALIDADE INFANTIL 11 Taxa de mortalidade antes de um ano de vida é de 11,9 óbitos por mil nascimentos Entre 1940 e 2019 a mortalidade infantil apresentou declínio da ordem de 91,9%, sendo que a taxa de mortalidade entre 1 a 4 anos de idade diminuiu 97,3%. Neste período foram poupadas aproximadamente 135 vidas de crianças menores de 1 ano para cada mil nascidas vivas e 198 vidas de crianças de até 5 anos. Em 1940, a taxa de mortalidade na infância (crianças de até 5 anos) era de aproximadamente 212,1 óbitos para cada mil nascidos vivos. Em 2019, a taxa foi de 14,0 por mil. IBGE MORTALIDADE INFANTIL BRASIL - IBGE Espírito Santo - 7,8 Amapá - 22,6 12 Analfabetismo cai, mas Brasil ainda tem 11 milhões sem ler e escrever É o que mostram dados da Pnad Contínua Educação, divulgados hoje Publicado em 15/07/2020 - 10:02 Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, divulgada hoje (15). Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples. https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-07/taxa-cai-levemente-mas-brasil-ainda-tem-11-milhoes-de- analfabetos#:~:text=As%20regi%C3%B5es%20Sul%20e%20Sudeste,analfabetos%2C%2013%2C9%25.Desigualdades Além das diferenças entre as idades, o levantamento mostra que existem desigualdades raciais e regionais na alfabetização no Brasil. Em relação aos brancos, a taxa de analfabetismo é 3,6% entre aqueles com 15 anos ou mais. No que se refere à população preta e parda, segundo os critérios do IBGE, essa taxa é 8,9%. A diferença aumenta entre aqueles com 60 anos ou mais. Enquanto 9,5% dos brancos não sabem ler ou escrever, entre os pretos e pardos, esse percentual é cerca de três vezes maior: 27,1%. As regiões Sul e Sudeste têm as menores taxa de analfabetismo, 3,3% entre os que têm 15 anos ou mais. Na Região Centro-Oeste a taxa é 4,9% e na Região Norte, 7,6%. O Nordeste tem o maior percentual de analfabetos, 13,9%. https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-07/taxa-cai-levemente-mas-brasil-ainda-tem-11-milhoes-de analfabetos#:~:text=As%20regi%C3%B5es%20Sul%20e%20Sudeste,analfabetos%2C%2013%2C9%25. TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (%) 13 O que é analfabetismo A taxa de analfabetismo medida pelo IBGE é o porcentual de pessoas com mais de 15 anos de idade que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. O que é analfabetismo funcional Analfabeto funcional é a pessoa que sabe ler e escrever, mas é incapaz de entender ou interpretar um texto que acabou de ler. O termo analfabetismo funcional está relacionado ao uso prático da linguagem pra fins específicos e tarefas cotidianas. Para o IBGE, a taxa de analfabetismo funcional é a porcentagem de pessoas de uma determinada faixa etária que tem escolaridade de até 3 anos de estudo em relação ao total de pessoas na mesma faixa etária. Há uma outra medição, criada pela ONG Ação Educativa, o Índice Nacional de Analfabetismo Funcional (Inaf), feita em parceria com o Ibope. O Inaf 2018 apontou que cerca de 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. Fonte: Gazeta do Povo https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/07/15/ibge-analfabetismo-cai-no-pas-mas-fica-estagnado-no-nordeste.ghtml 14 Adotada em setembro de 2015 por 193 Estados Membros da ONU (UN General Assembly Resolution 70/1), a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável resultou de um processo global participativo de mais de dois anos, coordenado pela ONU. Sua implementação teve início em janeiro de 2016, dando continuidade à Agenda de Desenvolvimento do Milênio (2000-2015), e ampliando seu escopo. Abrange o desenvolvimento econômico, a erradicação da pobreza, da miséria e da fome, a inclusão social, a sustentabilidade ambiental e a boa governança em todos os níveis, incluindo paz e segurança. https://odsbrasil.gov.br/ AGENDA 2030 1 Movimento horizontal da população Migrações - Conceitos Migração é o deslocamento de pessoas pelo espaço geográfico Fatores: Econômicos, sociais, políticos, religiosos, étnicos, naturais (físicos) e ambientais. 2 São pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados. 3 M IG RA ÇÕ ES te m po rá ria s Consiste em uma prática onde um homem ou grupos humanos vagueiam por diferentes territórios. Historicamente um processo de locomoção pelo espaço, essas comunidades utilizam-se dos recursos oferecidos pela natureza até esses se esgotarem, como a coleta e a caça. NOMADISMO TRANSUMÂNCIA MIGRAÇÃO SAZONAL Deslocamento populacional por um período do ano. Normalmente associada à agropecuária no período de plantio/colheita ou pastoreio dos rebanhos. Ex: Sertão – Zona da Mata – Sertão (Corumbá) M IG RA ÇÕ ES te m po rá ria s MIGRAÇÃO ou MOVIMENTO PENDULAR Migrações Diárias – Realizado por trabalhadores e estudantes diariamente entre duas cidades. Muito comum nas regiões metropolitanas. NOVOS ARRANJOS POPULACIONAIS (CENSO 2010 - IBGE) Mais de metade da população vive em grupos de duas ou mais cidades, diz IBGE Mais de 7,4 milhões de pessoas se deslocam entre municípios para trabalhar ou estudar 4 Anotações: 1 Número de migrantes internacionais chegou a 281 milhões, menos que o esperado, devido a restrições para conter pandemia; Estados Unidos continuam sendo maior destino; Índia é o país com mais cidadãos vivendo no exterior. OIM – ONU 15 janeiro 2021 https://news.un.org/pt/story/2021/01/1738822 O número de migrantes chegou a 281 milhões. Em 2010, eram 221 milhões. Na década passada: 173 milhões. A quantidade atual de migrantes internacionais equivale a 3,6% da população mundial. Os migrantes desempenham um papel nas economias especialmente por causa do envio de remessas financeiras à casa. Em 2019, a Europa e a Ásia receberam, cada um, cerca de 82 milhões e 84 milhões de migrantes internacionais. Migrações Internacionais 2 Segundo a pesquisa, dois terços de todos os migrantes vivem em apenas 20 países. O informe da ONU aponta também 16 países que, na segunda metade do século XX, tiveram saldo migratório sempre negativo e sete países que, no mesmo período, tiveram saldo migratório positivo. Os primeiros podem ser considerados países de emigração (entre eles, México, Cuba, Bolívia, Colômbia, Bulgária, Polônia, Bangladesh e Índia), e os segundos, de imigração (EUA, França, Canadá, Suécia, Israel, Austrália e Costa do Marfim). Estados Unidos - 51 milhões Alemanha - 16 milhões Arábia Saudita-13 milhões Rússia - 12 milhões Reino Unido - 9 milhões. Imigrantes Índia - 18 milhões México e Rússia 11 milhões China 10 milhões. Ucrânia, Polônia, Reino Unido e Alemanha. Emigrantes PRINCIPAIS FLUXOS MIGRATÓRIOS Percentual de imigrantes por país - 2017 Fo to : P EW S EA RC H CE NT ER 3 Atlas e livro produzidos por pesquisadores do Nepo-Unicamp revelam as mudanças ocorridas nos fluxos migratórios contemporâneos JORNAL DA UNICAMP - 22 FEV 2018 As migrações internacionais contemporâneas apresentam características distintas dos fluxos registrados nos séculos XIX e XX. Uma das novidades relacionadas ao fenômeno é a intensificação da migração Sul-Sul, configurada pelo movimento cada vez mais vigoroso de pessoas entre e em direção aos países da América Latina e Caribe, bem como de movimentos migratórios oriundos da África e de países como Síria, Líbano, Paquistão, Bangladesh e Nepal. As novas faces das migrações internacionais (UFSC 2016) 4 Remessas A estimativa de remessas de dinheiro por migrantes passou de US$ 126 bilhões na edição do relatório do ano de 2000 para US$ 689 bilhões, na última publicação. Um aumento de mais de 446%. Desde meados da década de 1990, as remessas superaram largamente os níveis oficiais de assistência ao desenvolvimento, definidos como ajuda governamental destinada a promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar dos países em desenvolvimento. Os três principais destinatários das remessas foram Índia, com US$ 78,6 bilhões e China e México, com US$ 67,4 bilhões US$ 35,7 bilhões respectivamente. Os Estados Unidos continuaram sendo o principal país remetente, com US$ 68 bilhões, seguidos pelos Emirados Árabes Unidos, com US$ 44,4 bilhões e pela Arábia Saudita, com US $ 36,1 bilhões. A ONU – Organização das Nações Unidas, através do ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, éque cuida e mantém sob sua proteção os refugiados, asilados, repatriados e outros, sendo que na Ásia é que estão os maiores números de refugiados. A questão dos REFUGIADOS 5 REFUGIADOS - São pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados. A Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados - 1951 Protocolo relativo ao Estatuto dos Refugiados - 1967 A Convenção de 1951 e o Protocolo de 1967, por fim, são os meios através dos quais é assegurado que qualquer pessoa, em caso de necessidade, possa exercer o direito de procurar e receber refúgio em outro país. 6 7 8 (UFRGS-2015) Considere as afirmações abaixo, sobre a questão dos refugiados. I - Os refugiados procuram principalmente países considerados ricos e desenvolvidos. II - Estados Unidos, Alemanha e França são os países que mais recebem refugiados. III- O maior número de refugiados localiza-se em países da África e da Ásia. O que é o Pacto Global de Migrações da ONU? O Pacto Global para Migrações Seguras, Ordeiras e Regulares (GCM), é uma resposta conjunta dos países do sistema ONU à atual crise migratória. O Pacto consiste na ideia de que os Estados não devem agir de forma isolada frente a essa crise, mas sim, atuar de forma coletiva, cooperando para se alcançar resultados significativos. O pacto procede a Declaração de Nova Iorque, que ocorreu em 2016 e teve como objetivo formular diretrizes para enfrentar os problemas relacionados às migrações. O objetivo do Pacto Global é servir como um norteador para as ações dos países que aderirem a ele. Ele foi baseado em análises profundas sobre a migração internacional e apresenta possíveis medidas a serem tomadas. Entre estas medidas, estão previstas ações para controlar a imigração irregular, combater o tráfico de pessoas, gestão de fronteiras, cooperação documental entre os países, remessas de fundos e gestão de diáspora. 9 XENOFOBIA – EXTREMA-DIREITA - EUROPA (Uerj 2020) O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) considera a xenofobia como: “Atitudes, preconceitos e comportamentos que rejeitam, excluem e frequentemente difamam pessoas, com base na percepção de que eles são estranhos ou estrangeiros à comunidade, sociedade ou identidade nacional”. 10 Bangladesh: 270 mil refugiados apátridas do Mianmar obtêm cartões de identidade ONU – News - 18 maio 2019 Os Rohingya são uma minoria muçulmana apátrida de Mianmar. O último êxodo começou em 25 de agosto de 2017, quando a violência eclodiu no estado de Rakhine, em Mianmar, levando mais de 742.000 pessoas a buscar refúgio em Bangladesh. A maioria chegou nos primeiros três meses da crise. Estima-se que 12.000 chegaram a Bangladesh durante o primeiro semestre de 2018. https://www.acnur.org/portugues/rohingya/ Migrantes econômicos são indivíduos que se deslocam por opção própria em busca de trabalho ou educação com vistas a uma melhor perspectiva econômica para si ou para sua família. Refugiados são indivíduos que se deslocam em busca de segurança porque seu país de origem está em guerra ou em clima de perseguição, colocando sua vida em risco. Apátrida é o indivíduo que não possui nacionalidade ou cidadania, ou seja, seu elo com o Estado é inexistente. 11 Várias crises importantes contribuíram para o deslocamento massivo na última década, e os números incluem pessoas que foram deslocadas várias vezes. Essas crises incluem, mas não se limitam às listadas aqui: • a eclosão do conflito sírio no início da década, que continua até hoje • Crise de deslocamento do Sudão do Sul, que se seguiu à sua independência • o conflito na Ucrânia • a chegada de refugiados e migrantes na Europa por mar • o fluxo maciço de refugiados apátridas de Mianmar para Bangladesh • a saída de venezuelanos pela América Latina e Caribe • a crise na região do Sahel na África, onde conflitos e mudanças climáticas estão colocando em perigo muitas comunidades • conflito renovado e preocupações de segurança no Afeganistão, Iraque, Líbia e Somália • conflito na República Centro-Africana • deslocamento interno na Etiópia • novos surtos de combates e violência na República Democrática do Congo • a grande crise humanitária e de deslocamento no Iêmen. CARAVANAS DA AMÉRICA CENTRAL - EUA 1 IMIGRAÇÃO - BRASIL Migrações Externas – Parte 1 2 (Unesp 2019) 3 https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento.html Portugueses Atividade destaque: comércio, atividades administrativas e ao setor de serviços. Principal ocupação do território: regiões do litoral nordestino ou do Sudeste. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco. Italianos Atividade destaque: Agricultura - Lavouras de café (SP) e minifúndios policultores no Sul. Principal ocupação do território: São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Alemães Atividade destaque: Agricultura - minifúndios policultores no Sul e atividades industriais. Principal ocupação do território: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. 4 Espanhóis Atividade destaque: Agricultura – Lavouras de café - SP Ocupação do território: São Paulo. Em menor número no Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais e no Sul. Japoneses Atividade destaque: Agricultura – Lavouras de café – SP, chá e banana no Vale do Ribeira – SP e pimenta-do-reino – PA. Ocupação do território: São Paulo. Em menor número no Paraná, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina. Sírio-Libaneses Atividade destaque: Comércio – mascates. Ocupação do território: São Paulo. Em menor número no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Anotações: 1 Imigração atual e emigração no Brasil Fonte: Agência Brasil Nos anos 1980 e 90, brasileiros migraram para o exterior em razão das sucessivas crises econômicas que o país viveu e, também, dos índices de desemprego. Na década dos anos 2000, a visibilidade econômica e social do Brasil passou a atrair de volta os migrantes brasileiros. Migrações Externas – Parte 2 BRASILEIROS QUE VIVEM NO EXTERIOR (2015) 2 Fonte: Estado de Minas Brasil registra mais de 700 mil migrantes entre 2010 e 2018 3 Fonte: Uol 4 Brasil registrou 1 milhão de imigrantes em dez anos A maior parte é de venezuelanos, 142 mil pessoas, que elevaram o fluxo migratório de 2016 para cá 17 de dezembro de 2020 O Ministério da Justiça divulga nesta quinta-feira (17) que o Brasil atraiu diversos estrangeiros nos últimos anos, tendo registrado 1.085 milhão de imigrantes, de 2010 a 2019. A maior parte é de venezuelanos, 142 mil pessoas, que elevaram o fluxo migratório de 2016 para cá. https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2020/12/17/brasil-registrou-1-milhao-de-imigrantes-em-dez-anos Segundo dados divulgados pelo Cômite Nacional para os Refugiados (CONARE) na 4º edição do relatório “Refúgio em Números”, o Brasil reconheceu, apenas em 2018, um total de 1.086 refugiados de diversas nacionalidades. Com isso, o país atinge a marca de 11.231 pessoas reconhecidas como refugiadas pelo Estado brasileiro. Desse total, os sírios representam 36% da população refugiada com registro ativo no Brasil, seguidos dos congoleses, com 15%, e angolanos, com 9%. Refugiados no Brasil - ACNUR 5 (Uel 2018) Sobre os fenômenos da imigração, emigraçãoe migração de retorno, no Brasil, considere as tendências de fluxos migratórios internacionais a partir de 1980, exemplifique e explique: a) 1 (um) fluxo de emigração e de migração de retorno. b) 1 (um) fluxo de imigração. Anotações: 1 Migrações Internas – Parte 1 Candido Portinari Retirantes, 1944 BRASIL – ECONOMIA ARQUIPÉLAGO 2 (Upe-ssa 2 2017) 3 Migrantes nordestinos embarcam no veículo “pau de arara”, em maio de 1958. Arquivo Nacional. NORTE - Atração populacional - Ciclo da Borracha (1879- 1912) - Zona Franca de Manaus (1960-70) - Projeto Grande Carajás (1970 - 80) SUDESTE - Atração populacional - Urbanização – construção civil. - Industrialização - com fortalecimento do setor terciário; NORDESTE - Repulsão populacional - Estagnação econômica; - Desigualdade – pobreza; - Concentração de terras (fundiária); - Desafios da seca no sertão diante da miséria e da falta de investimentos. 4 CENTRO-OESTE e NORTE – Atração populacional - Menor custo das terras. - Geomorfologia – relevo planáltico. - Avanço das técnicas agrícolas (correção do solo – genética de sementes) - Expansão da fronteira agrícola - soja. SUL (Oeste) - Repulsão populacional - Mecanização das lavouras. - Inviabilidade da divisão de pequenas e médias propriedades. - Expansão do agronegócio. 1950 - 1970 (ESPM 2007) 5 Quanto ao ÊXODO RURAL, ele está relacionado ao desenvolvimento industrial do país e à concentração de terras em mãos de poucos. Mecanização agrícola, seca, baixa remuneração, falta de infraestrutura, falta de apoio à agricultura familiar são alguns motivos que provocam esse deslocamento. 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 31% 36% 45% 56% 67% 75% 81% 84% (CFTMG 2015) POPULAÇÃO URBANA - BRASIL 5% 9% 11% 11% 8% 6% 3% Urbanização anômala, desordenada, marcada por um processo de metropolização e macrocefalia urbana. 6 Os migrantes do campo também são atraídos em busca de melhores condições e oportunidades de vida, melhores moradias, educação e assistência médico-hospitalar. As consequências para os espaços urbanos são diversas, como: macrocefalia urbana, isto é, crescimento rápido e desordenado, inchaço urbano - favelização, aumento da informalidade, entre outras. Anotações: 1 Migrações Internas – Parte 2 Redução das migrações INTER- REGIONAIS Ampliação das migrações INTRARREGIONAIS 2 (Espm 2018) NORDESTE - Migração de RETORNO - Crescimento econômico; - Expansão da fronteira agrícola (MAPITOBA / MATOPIBA) - Descentralização industrial; - Programas de transferência de renda – consumo - dinamismo econômico. SUDESTE - Informalidade – baixa renda - desemprego. - Problemas urbanos. 3 (Leila R. Ervatti et al. Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI, 2015. Adaptado.) 28. (Unesp 2016) 4 (FGV-SP 2019) Analise a tabela a seguir, que representa as taxas médias de crescimento anual (%) das cidades brasileiras, segundo as classes de tamanho da população urbana, entre 2000 e 2012. Mapa de fábricas fechadas pelo Brasil – Março de 2020 Revista Auto Esporte 5 (UEPB 2014) Nos meses de setembro e outubro, período em que ocorre o corte da cana na Mata pernambucana, trabalhadores rurais do Agreste da Paraíba chamados de “corumbas” ou “catingueiros” migram para trabalhar nas usinas da Zona canavieira do Estado de Pernambuco, onde permanecem precariamente instalados, até o fim da colheita, nos meses de março ou abril, quando caem as primeiras chuvas do Agreste e estes retornam para suas casas e seus roçados. M IG RA ÇÕ ES te m po rá ria s MIGRAÇÃO ou MOVIMENTO PENDULAR Migrações Diárias – Realizado por trabalhadores e estudantes diariamente entre duas cidades. Muito comum nas regiões metropolitanas. NOVOS ARRANJOS POPULACIONAIS (CENSO 2010 - IBGE) Mais de metade da população vive em grupos de duas ou mais cidades, diz IBGE Mais de 7,4 milhões de pessoas se deslocam entre municípios para trabalhar ou estudar 6 Anotações: MUNICÍPIOS – Região Metropolitana 1 (Unesp 2015) Surgimos da confluência, do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos. Nessa confluência, que se dá sob a regência dos portugueses, matrizes raciais díspares, tradições culturais distintas, formações sociais defasadas se enfrentam e se fundem para dar lugar a um povo novo. Novo porque surge como uma etnia nacional, que se vê a si mesma e é vista como uma gente nova, diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras. Velho, porém, porque se viabiliza como um proletariado externo, como um implante ultramarino da expansão europeia que não existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis pelo exercício da função de provedor colonial de bens para o mercado mundial, através do desgaste da população. (...) (...) Sua unidade étnica básica não significa, porém, nenhuma uniformidade, mesmo porque atuaram sobre ela forças diversificadoras: a ecológica, a econômica e a migração. Por essas vias se plasmaram historicamente diversos modos rústicos de ser dos brasileiros: os sertanejos, os caboclos, os crioulos, os caipiras e os gaúchos. Todos eles muito mais marcados pelo que têm de comum como brasileiros, do que pelas diferenças devidas a adaptações regionais ou funcionais, ou de miscigenação e aculturação que emprestam fisionomia própria a uma ou outra parcela da população. (Darcy Ribeiro. O povo brasileiro, 1995. Adaptado.) A atual composição do povo brasileiro tem sua origem a partir do século XVI. A miscigenação envolveu três grupos fundamentais; branco-europeu, o indígena e os negros. No século XX, chegaram os asiáticos, em especial japoneses, chineses e coreanos. O resultado da mistura desses povos é um povo miscigenado, que deu as bases para a estrutura étnica brasileira. Composição da População Brasileira – Parte 1 2 Distribuição percentual dos indivíduos segundo a cor/raça Censos demográficos – Brasil – 1872-2010. (Ufjf-pism 2 2017) A atual população indígena brasileira, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, é de 896,9 mil indígenas. De acordo com a pesquisa, foram identificadas 305 etnias, das quais a maior é a Tikúna, com 6,9% da população indígena. Também foram reconhecidas 274 línguas. Dos indígenas com 5 anos ou mais de idade, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português. Os Povos Indígenas estão presentes nas cinco regiões do Brasil, sendo que a região Norte é aquela que concentra o maior número de indivíduos, 342,8 mil, e o menor no Sul, 78,8 mil. Do total de indígenas no País, 502.783 vivem na zona rural e 315.180 habitam as zonas urbanas brasileiras. Adaptado de: http://www.brasil.gov.br/governo/2015/04/populacao-indigena-no-brasil-e-de-896-9-mil. OS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL 3 Ocorreu um etnocídio, isto é, o extermínio da cultura dos povos indígenas do continente americano. Não se trata apenas de um extermínio físico, pois aí o termo seria genocídio, mas, sim, do desaparecimento forçado das línguas, das crenças, dos costumes, enfim, da cultura indígena. - O Serviço de Proteção aos Índios (SPI) foi criado em 1910 com o objetivo de ser o órgão do Governo Federal encarregado de executar a política indigenista. - A Funai foi criada em 1967 em substituição ao extinto SPI. É o órgão do governo brasileiro que aplica a política indigenista oficial,dando cumprimento ao que está determinado pela legislação do País. 4 Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá- las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Fonte: Constituição da Rep. Fed. do Brasil, 1988. Sob Bolsonaro, Funai e Ministério da Justiça travam demarcação de terras indígenas Presidente não homologou nenhum território, e 70% dos processos estão parados entre Funai e Ministério da Justiça 03/01/2021 5 (ENEM 2013) 6 1. Demarcações paralisadas 2. Mineração em terras indígenas 3. Expansão do agronegócio 4. Cultura e integração 5. Órgãos indigenistas Reportagem sobre o tema: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51229884 Tensões atuais 1 Distribuição percentual dos indivíduos segundo a cor/raça Censos demográficos – Brasil – 1872-2010. (Fonte: PETRUCCELLI, 2012; IBGE, 2010) Com alta crescente de autodeclarados pretos e pardos, população branca tem queda de 3% em 8 anos, diz IBGE Entre 2012 e 2019, aumentou em 36% a população autodeclarada preta e em 10% a parda. Pardos são maioria no país desde 2015. Por Daniel Silveira, G1 — Rio de Janeiro - 06/05/2020 De acordo com o IBGE, na comparação com 2012, a população autodeclarada preta teve um crescimento de 36%, enquanto a parda aumentou em 10%. Com isso, o número de brancos encolheu 3% no período. Composição da População Brasileira – Parte 2 “A autodeclaração é como a pessoa se percebe em relação à sua cor ou raça. Não é o pesquisador do IBGE que a determina”, enfatizou a analista da pesquisa Adriana Beringuy. 2 De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2019, 42,7% dos brasileiros se declararam como brancos, 46,8% como pardos, 9,4% como pretos e 1,1% como amarelos e 0,4% indígenas. 3 Fo nt e: IB GE 4 5 6 O tamanho da desigualdade racial no Brasil em um gráfico Negros são 54% da população mas sua participação no grupo dos 10% mais pobres do país é muito maior: 75%. https://exame.abril.com.br/economia/o-tamanho-da-desigualdade-racial-no-brasil-em-um-grafico/ 7 O Território Remanescente de Comunidade Quilombola, reconhecido pela Constituição Federal de 1988, é uma das conquistas da comunidade negra no território brasileiro. As comunidades quilombolas representam uma forma de preservar os aspectos culturais (organização social comunitária, artesanato, dança, música etc.) e econômicos (práticas agrícolas de subsistência nas comunidades familiares) vigentes nesses territórios. Em 2010, entrou em vigor o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal determinou por unanimidade que as cotas raciais são constitucionais e necessárias para corrigir o histórico racista e escravocrata do Brasil. “As ações afirmativas não são a melhor opção, mas são uma etapa. O melhor seria que todos fossem iguais e livres”, disse na ocasião a ministra Carmem Lúcia. (Feevale 2016) (Adaptado de: IBGE – Censos demográficos) 8 (Ufpr 2018) (UFSC) “Restava ainda a senzala dos tempos do cativeiro. Uns vinte quartos com o mesmo alpendre na frente. As negras do meu avô, mesmo depois da abolição, ficaram todas no engenho, não deixaram a rua, como elas chamavam a senzala.” REGO, José Lins do. Menino de engenho. São Paulo: José Olympio, 2005. p. 83 9 A partir da análise do exposto acima e com base nos seus conhecimentos, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S). 01. O IBGE faz diferentes levantamentos da população brasileira. O mais completo deles é o Censo Demográfico, realizado de cinco em cinco anos. 02. Os japoneses, que pertencem à etnia amarela, no ano de 2008 comemoram o centenário de imigração no Brasil. 04. Devido exclusivamente às questões econômicas, a concentração de negros é superior nas Regiões Sul e Sudeste, em relação às demais regiões brasileiras. 08. Se analisarmos os indicadores econômicos brasileiros, fica visível que os longos processos de intensa exploração, principalmente dos negros e dos pardos, resultaram na desigual distribuição de renda, oportunidade e escolaridade. 16. O elemento branco que participou da formação étnica do Brasil pertence ao grupo anglo-saxão, o único a colonizar o Brasil. 32. Os primeiros escravos negros chegaram ao Brasil somente com a cafeicultura, ou seja, no século XIX. 64. No conjunto dos elementos brancos, os portugueses constituem o grupo mais numeroso na formação étnica do Brasil. Anotações:
Compartilhar