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Características gerais do planeta Terra A Terra está localizada no Sistema Solar, entre os planetas Vênus e Marte: é o terceiro planeta mais próximo do Sol e o quinto maior desse sistema. O avanço da ciência permitiu compreender que a Terra é um corpo de formato similar ao esférico, e não uma superfície plana, como se acreditou por muito tempo. Geoide é o nome utilizado para descrever esse formato arredondado, irregular e ligeiramente achatado nos polos, que foi evidenciado, principalmente, pela análise de dados obtidos por meio de satélites artificiais. Características gerais do planeta Terra Na superfície terrestre estão os elementos que garantem a existência da vida, como água, gases, rochas e minerais. Essa superfície é irregular: existem locais planos e elevados, áreas em regiões mais baixas, montanhas, vales e outras formas. A superfície do planeta está em constante transformação pela ação da natureza e também pela ação humana OS MOVIMENTOS DA TERRA A rotação e a translação são os movimentos mais importantes do planeta. Eles influenciam diretamente o dia e a noite, o clima e as paisagens de cada local. A rotação é o movimento que a Terra realiza em torno do seu eixo, ou seja, em torno de si mesma. Esse movimento ocorre de oeste para leste e dura cerca de 24 horas (ou, mais precisamente, 23 horas, 56 minutos e 4 segundos). Graças à rotação, o Sol aparece de um lado (aproximadamente no leste) e desaparece do outro (aproximadamente no oeste). Para um observador fixo, parece que ele está se movimentando, quando na verdade é a Terra que se move. movimento aparente do Sol. Ao longo do dia, o Sol é percebido em posições diferentes com o passar das horas. A translação A translação é o movimento que a Terra realiza em torno do Sol. Esse movimento completo dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos, o que, como unidade de medida de tempo, é chamado de ano solar. Para facilitar, o nosso calendário arredonda o ano para 365 dias, e a cada quatro anos é acrescentado um dia ao mês de fevereiro (chamado de ano bissexto). A distribuição desigual de luz e calor do Sol nos dois hemisférios (Norte e Sul) ao longo de um ano resulta nas quatro estações (primavera, verão, outono e inverno), que têm início nos equinócios e solstícios. Essa variação se deve principalmente à inclinação do eixo terrestre associada ao movimento de translação AS ZONAS TÉRMICAS Por causa da inclinação do eixo terrestre e da forma arredondada do planeta, a luz e o calor do Sol não chegam com a mesma intensidade a todos os locais da Terra. As diferenças de intensidade de luz e calor que ela recebe do Sol estão entre os fatores que possibilitam dividi-la em zonas térmicas, utilizando os principais paralelos. Essas divisões nos ajudam a compreender, por exemplo, os climas, as paisagens e a ocupação humana sobre a superfície. Zonas térmicas A Zona Tropical é formada pelas áreas entre a linha do Equador e os trópicos; elas recebem grande quantidade de calor e são mais iluminadas. Dos trópicos até os círculos polares estão as Zonas Temperadas do sul e do norte. Nas Zonas Polares, os raios solares atingem a superfície de maneira muito inclinada e, por essa razão, a quantidade de calor recebida é menor durante todo o ano. Há formação de calotas de gelo próximas aos polos Norte e Sul. AS ESTAÇÕES DO ANO Em algumas regiões do globo terrestre, principalmente nas Zonas Temperadas, as quatro estações do ano apresentam características bem definidas. No verão, os dias são mais quentes e longos, em consequência do maior tempo de exposição aos raios solares, e as noites são mais curtas. No outono e na primavera, as temperaturas tornam-se mais amenas. O dia e a noite têm a mesma duração, já que a iluminação é igual nos dois hemisférios. No inverno, a temperatura do ar é mais baixa. Faz mais frio, as noites são mais longas e os dias são mais curtos, em razão da menor exposição aos raios solares. OS FUSOS HORÁRIOS Para facilitar as relações políticas e comerciais entre os países, o deslocamento das pessoas pelo globo e outras atividades das sociedades, foi realizada, em 1884, nos Estados Unidos, uma convenção internacional que padronizou a contagem do tempo. A padronização permite saber o horário preciso em uma localidade e também a posição aproximada do Sol em relação a outros locais. O meridiano de Greenwich (0º) se tornou, então, a referência mundial na determinação das horas. A partir desse meridiano, o globo terrestre foi dividido em 24 faixas de 15º, segundo a longitude; cada uma dessas faixas corresponde a uma hora e é chamada de fuso horário OS FUSOS HORÁRIOS as localidades a leste do fuso horário de Greenwich têm a hora adiantada em relação a esse fuso, e as localidades a oeste têm a hora atrasada em relação a Greenwich. O meridiano de 180º, oposto ao meridiano de Greenwich no globo terrestre, foi estabelecido como a linha internacional que marca a mudança de data. Ao cruzar a Linha Internacional de Mudança de Data em uma viagem, devemos atrasar um dia, se estivermos indo de oeste a leste, ou adiantar um dia, se estivermos indo no sentido contrário, de leste a oeste O TEMPO GEOLÓGICO E A FORMAÇÃO DA TERRA Para estudar o tempo de formação da Terra, utilizamos uma escala que se refere a milhões e bilhões de anos, chamada de tempo geológico. A maior parte dos cientistas que estudam o passado da Terra associa a origem do planeta à teoria do Big Bang (Grande Explosão). De acordo com essa teoria, há aproximadamente 15 bilhões de anos o Universo era um único ponto muito quente e com muita energia, que, por razões ainda pouco conhecidas, explodiu, dando origem a todos os astros O TEMPO GEOLÓGICO E A FORMAÇÃO DA TERRA A Terra, dessa forma, seria resultado do acúmulo de poeira cósmica e de fragmentos gerados pelo Big Bang. Esses materiais se atraíram e se compactaram, formando o planeta em que vivemos. Estudos geológicos indicam que a Terra surgiu há aproximadamente 4,5 bilhões de anos. A análise de rochas e a descoberta de vestígios muito antigos de animais e vegetais, chamados de fósseis, permitiram compreender as mudanças que ocorreram no planeta e estudar sua história. A ESTRUTURA INTERNA DO PLANETA TERRA O interior da Terra ainda é pouco conhecido, por causa das dificuldades em alcançar suas camadas mais profundas. As escavações e sondagens no interior do planeta chegaram a apenas 13 quilômetros de profundidade, enquanto o raio da Terra (distância entre o centro do planeta e sua parte mais exterior) mede aproximadamente 6 400 quilômetros. Mesmo assim, há maneiras de obter dados e pesquisar sobre as camadas mais internas sem examinar diretamente esses locais A ESTRUTURA INTERNA DO PLANETA TERRA Internamente, a Terra é formada por três camadas principais: a crosta terrestre, o manto e o núcleo. A crosta terrestre é a camada externa, formada por rochas e minerais, também chamada de litosfera. Trata-se da camada mais fina e mais importante para os seres vivos, pois a vida se desenvolve sobre ela. A crosta está dividida em duas partes, que têm espessuras diferentes: a crosta oceânica e a crosta continental. A crosta oceânica situa-se abaixo dos oceanos e mares. A crosta continental, mais espessa que a oceânica, fica acima do nível das águas, formando os continentes e as ilhas. A ESTRUTURA INTERNA DO PLANETA TERRA O manto é a camada intermediária, situada entre a crosta e o núcleo, e divide-se em duas partes: manto superior e manto inferior, que apresentam temperaturas diferentes. O manto também é composto de rochas sólidas; porém, sob condições especiais, pode se tornar uma massa pastosa e extremamente quente, formando o magma. O núcleo é o centro da Terra. Ele é composto principalmente de ferro e níquel e apresenta temperaturas muito elevadas: cerca de 6 000 °C.
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