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1 Lahyse Oliveira 2020.1 Responsabilidade Médica Platão: A coisa mais difícil a um ser humano é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento. RESPONSABILIDADE: Obrigação que tem todo ser livre de responder pelos seus atos e sofrer as consequências acarretadas por eles. COMPROMISSO: O compressivo do médico perante toda sociedade é com o conhecimento científico. A diligência é necessária (habilidade emocional para lidar com as questões que surgem), assim como a atenção, prudência, consentimento do paciente. Em momento de risco de morte, há a perda de autonomia. ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE: No caso do médico, estão presentes no código de ética Médica. CAPÍTULO I II – RESPONSABILIDADE PR OFISSIONAL: Art. 1o - É vedado ao médico, causar dano ao paciente, por ação ou omissão caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência. Imperícia é quando faz mal, o que deve ser bem feito. Negligência é quando o profissional deixa de fazer o que precisa ser feito. Imprudência é quase se faz o que não deve ser feito. Parágrafo único: a responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida. RESPONSABILIDADE CIVIL É quando você interage entre dois elementos, podendo ser pessoa física-física, física- jurídica, jurídica-jurídica, por exemplo, quando o sujeito se sente constrangido ou sente que tem alguma perda com uma loja ou comércio, assim, ele vai civilmente reclamar. Decorrente da ação humana, tendo como pressuposto a existência de um ato voluntário. A existência de um dano sofrido pela vítima; Nexo de causalidade entre o dano e a ação do agente. DELITO CIVIL/ATO ILÍCITO: pressupõe a infração de norma que tutela o interesse privado. Exemplo: O fabricante sendo obrigado a cumprir o que foi pedido, desde que preestabelecido em um contrato. RESPONSABILIDADE CRIMINAL: É quando ocorre um crime, que pode ser na área de pessoa física (pessoa sofreu um dano ou agressão física), como também pode ser crime contra o patrimônio público (envolve questões econômicas). DELITO PENAL: violação do preceito instituído para a defesa da sociedade, reprimida por uma pena. O sujeito representa um perigo para a sociedade, seja da ordem física ou econômica, por isso, o indivíduo é preso para não causar mais danos a sociedade. DANO: Todo prejuízo que alguém sofre em seu patrimônio, nos seus direitos ou na sua pessoa (pessoa física e psíquica), tudo isso contemplado na constituição brasileira. CULPA E DOLO: CULPA: violação de um direito por um fato imputável, mas praticado sem a intenção de prejudicar; ex.: erro médico geralmente é um ato culposo, isto é, foi algo sem intenção, alguém que mata em legitimar defesa. DOLO: houve um planejamento para causar dano. Exemplo: um planejamento de um assassinato. Previsibilidade: dolo e culpa. ERRO ESCUSAVEL OU INESCUSÁVEL ERRO ESCUSÁVEL: é o erro imprevisível. Podemos citar como exemplo um tumor descoberto na região em que se pretende operar. ERRO INESCUSÁVEL: caracteriza a culpa do profissional, o qual caracteriza-se o “erro médico”, sendo esse o dano provocado no paciente, por ação ou inação do médico no exercício da profissão, sem a intenção de cometê-lo (culposo). ERRO MÉDICO Dano provocado no paciente, por uma ação ou inação do médico no exercício da profissão, sem a intenção de cometê-lo (culposo). Pode ser um resultado adverso, acidente imprevisível (infelicitas fati) e mau resultado (curso inexorável). Nessa conjunta temos: 1. O autor / o agente (médico) 2. O ato (lícito, previsível) 3. A culpa que pode ser por negligência, imperícia, imprudência 4. O dano 5. O nexo causal: é obrigatório. NEGLIGÊNCIA Ato omissivo 2 Lahyse Oliveira 2020.1 Falta de atenção ou cuidado Inobservância de deveres e obrigações Desprezar, desatender, falta de diligência na prática ou realização de um ato Não observância de um dever a cargo do agente O paciente sente abandono, omissão do tratamento, deficiência de informação e ausência do consentimento. Exemplos: Não solicitar exames de imagem em acidentes e traumatismos Alta médica prematura Operar o órgão contralateral (MMS e MMII) A lesão causada por isso, será passível de uma ação indenizatória cobrada na justiça com o valor estabelecido pelo juiz. IMPRUDÊNCIA Caráter comissivo Ato de agir perigosamente Falta de moderação ou precaução Afoiteza, precipitação, audácia, agir sem a devida cautela, Desatenção Comum em fazer com jovens médicos que não tem a prática suficiente. Exemplos: Realizar procedimentos não reconhecidos cientificamente (em estudo); Praticar cirurgias sem os equipamentos necessários Fazer anestesias em instituições que não tem aparelhamento Realizar duas anestesias simultâneas Realizar tratamentos ainda em fase experimental Anestesiar e operar ao mesmo tempo (em procedimentos de grande porte); IMPERÍCIA Inábil, Ignorância, incompetência, falta de aptidão, inexperiência na arte ou profissão; Falta de experiência ou conhecimentos práticos necessários ao exercício profissional Exemplos de imperícia – indenização civil: Diagnósticos e tratamentos equivocados Lesão de órgãos durante procedimento cirúrgico Seccionar músculos durante ato cirúrgico comprometendo as funções e movimentos, inclusive de expressão Sequelas por lesão de nervos em cirurgias Podem ser passíveis de uma indenização civil por lesão corporal. OBRIGAÇÃO DE MEIO E NÃO DE FIM O profissional não se compromete com o resultado. Ele se compromete em usar todas as técnicas disponíveis para o melhor resultado. OBRIGAÇÃO DE RESULTADO: é aquela em que o profissional se obriga a alcançar um determinado objetivo desejado por quem o contratou. Causa uma relação de contrato. OBRIGAÇÃO DE MEIO: não há compromisso com o resultado. Exemplos: prestar um serviço com a diligência e cuidado exigidos dentro das condições que lhe são permitidas e com os recursos disponíveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS A responsabilidade médica tem dimensões múltiplas O médico responde eticamente e civilmente pelos seus atos e omissões A reflexão consciente sinaliza as escolhas do médico, acolhendo o ser humano como um todo e respeitando suas crenças e diversidades PARA QUE SERVE A EDUCAÇÃO? Educação está em oposição à alienação, pois este escraviza o sujeito. O sujeito alienado aceita o que lhe é imposto, impedindo seu próprio crescimento e o da sociedade. Educação traz a capacidade de pensar e questionar, fazer julgamentos morais, discernimento crítico, que levam ao crescimento do sujeito e, por fim, à transformação da sociedade. Paulo freire (1921-1997): educador e filosofo brasileira considerado um dos pensadores mais notáveis da pedagogia mundial, contrário a educação tecnicista e alienantes, pedagogia crítica. ”educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.” Pergunta na prova o que é imperícia, negligência, imprudência e as diferenças entre elas.
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