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Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. Disciplina: História Contemporânea “O longo século XIX” Discente: Fabiana da Silva Moreira - Licencianda em História - UFMA FICHAMENTO DE RESUMO DE CONTEÚDO Referências: KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. O presente texto visa abordar o texto “Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita”, escrito por Immanuel Kant em 1784. A versão utilizada é de 1986 com tradução de Rodrigo Naves e Ricardo R.Terra. Apesar de admitir a presença da liberdade de vontade, o autor propõe explicar e entender as ações humanas com base em leis predeterminadas, leis que ele intitula de “naturais universais”. Ao longo do texto ele desenvolve nove proposições explicando suas ideias e como elas se aplicam no universo das relações humanas, visto que isto estaria acima do controle do homem. Kant afirma haver um “fio conduto”, um caminho ao qual os homens seguem sem perceber, conforme o propósito da natureza, esse suposto fio condutor que Kant aproxima as leis da física, de modo, que o filósofo tenta descobrir a existência da história intrínseca a esta ação natural. Na primeira proposição, o autor diz que todas as disposições naturais das criaturas estão fadadas há algum dia se desenvolverem por completo, gancho utilizado na segunda proposição, onde diz que o homem para desenvolver suas disposições, terá que trabalhar em cima de sua inteligência. Ato seguinte, na terceira proposição, Kant afirma que a natureza decidiu que o homem não seguiria os instintos, assim como uma criatura irracional, mas a razão, modo pelo qual o homem conseguiria sua felicidade e suas características de sobrevivência, sem conhecimentos inatos, o ser humano deveria conseguir retirar todo conhecimento que precisasse de si mesmo. Na quarta proposição, entra a insociável sociabilidade do homem, característica principal do ser humano, interagir com o próximo, porem, antagonicamente, isolar-se da presença de outros. Nesses casos, surge a vontade própria de tomar rédeas sobre suas ações e as outrem, que encabeça a dominação, a cobiça e a busca pela glória, pelo respeito. Caminho que irrefreavelmente levaria a iluminação (Aufkläerung), que infelizmente, seria incentivada pela ânsia de poder, pela inveja; sentimentos humanos comuns em meio a sociabilidade. Na quinta e na sexta proposição, o autor desenvolve a ideia de uma organização social, a criação necessária de uma constituição civil, para o desenvolvimento de todas as disposições, assim é necessário um estado onde haja direito, liberdade sem coerção, para que o homem possa evoluir em direção às ciências, à ordem social, entre outros fatores necessários. Por dedução, após discorrer sobre a necessidade de uma constituição civil, Kant sustenta que o homem, assim como um animal, retém a carência de um senhor, de um líder, de alguém que possa manter a ordem segundo as leis impostas. Na sétima proposição, o texto se dirige a temática de ordem, principalmente entre os estados e a sociedade, para que não haja conflitos e que todos possam chegar a uma opinião unânime, de modo que todos devem se esforçar para sair desse estado caótico. Na oitava e nona proposição, o autor finaliza sua ideia inserindo sua intenção original explicita no título do texto, a história universal como parte dos planos naturais, a história seria um plano oculto da natureza que geraria uma constituição política, que de modo amplo, cultivaria na humanidade todas as suas características necessárias para a sua evolução. Assim, ter-se-ia uma ideia do curso da história, seus propósitos na sociedade, e mesmo o autor assumindo ser algo difícil entender, em sua opinião, deve ser algo fundamental tentar compreender, para ter em mente os propósitos que a natureza tem para a humanidade. Palavras-chave: Kant, Razão, Disposições naturais.
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