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2021-2 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO - PCP Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial Prof. Me. Cícero Moura “A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces” (Aristóteles) Prof. Cícero Moura, Me. CRMOURA@IFCE.EDU.BR A P R E S E N TA Ç Ã O D A D IS C IP L IN A CURSO: TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL DISCIPLINA: PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO PROFESSOR: Cícero Roberto de Oliveira Moura E-MAIL: crmoura@ifce.edu.br CARGA HORÁRIA: 80h PERÍODO LETIVO: 2021-2 PERÍDO: 5º TURNO: Noturno DIAS/HORÁRIOS: 4ª Feira: 20:20 - 22:00 e 5ª Feira: 18:30 - 20:10 SALA DE AULA: Google Classroom e Meet OBJETIVOS: Descrever as funções executadas pelo Planejamento e Controle da Produção (PCP) dos sistemas produtivos. No longo prazo é introduzido o conceito de Planejamento Estratégico da Produção, gerando Planos de Produção. No médio prazo, é definido um Plano-Mestre de Produção para os produtos acabados. A Previsão da Demanda para planos de longo e médio prazos é tratada em detalhe. A Programação e Acompanhamento da Produção é estabelecido no curto prazo do PCP. METODOLOGIA: Aulas expositivas, atividades Individuais e/ou coletivos e uso de vídeos ou outros recurso didáticos. AVALIAÇÃO: Serão aplicadas, no mínimo, duas avaliações em cada uma das duas etapas do semestre letivo. O cálculo da Média Parcial (MP) de cada disciplina deve ser feito de acordo com a seguinte equação: Será considerado aprovado o estudante que, ao final do período letivo, tenha frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas e tenha obtido Média Parcial (MP) igual ou superior a 7,0 (sete), para disciplinas de cursos de graduação. Os estudantes aprovados com a nota da MP não precisarão realizar a Avaliação Final (AF). Deverá fazer AF o estudante de graduação que obtiver MP inferior a 7,0 (sete) e maior ou igual a 3,0 (três). A AF contemplará todo o conteúdo trabalhado no período letivo. O cálculo da Média Final (MF) o estudante deverá ser efetuado de acordo com a seguinte equação: Será considerado aprovado na disciplina o estudante que, após a realização da AF, obtiver MF igual ou maior que 5,0 (cinco). OBS.: Ver o Regulamento da Organização Didática (ROD) do IFCE A P R E S E N TA Ç Ã O D A D IS C IP L IN A ACORDO DE CONVIVÊNCIA: a) Existem Regras de cunho geral... E existe o Bom Senso. b) Contribuir para a manutenção da Limpeza das dependências da instituição e Zelar por seu Patrimônio. c) Frequentar as dependências do IFCE com Trajes Adequados, de acordo com o regimento interno do campus. d) Evitar situações que desviem o Foco da Aula. e) Tratar a todos com Igualdade. f) Aceitar as pessoas como elas são. g) Respeito entre os Alunos. h) Respeito entre Alunos e Professores. i) Chamada normalmente no início da aula. j) Grandes Atrasos implicarão em faltas. k) Saídas muito cedo implicarão em faltas. l) Gerencie seu tempo e Frequência!!! m) Participe!!! A P R E S E N TA Ç Ã O D A D IS C IP L IN A (Lei nº 14.146, de 25 de junho de 2008) Art. 1º Ficam os alunos proibidos de utilizar telefone celular, MP3/MP4 player, iPod e outros aparelhos similares, nos estabelecimentos de ensino do Estado do Ceará, durante o horário das aulas. Uma pesquisa, com jovens da Universidade de Maryland, nos EUA, constatou que a dependência de celulares causa efeitos semelhantes à dependência de drogas. NOMOFOBIA: “No Mobile Phone Phobia", ou fobia de ficar sem celular. “O Brasil têm milhões de Alunos e pouquíssimos Estudantes.” Pierluigi Piazzi Geralmente, o que é observado na maioria dos ALUNOS? • Simples: eles assistem às aulas, chegam em casa e dizem: "estudei sobre tal matéria!” • Na realidade, eles entenderam o que o professor discorreu e apresentou, mas a retenção do que foi entendido, ou seja, a aprendizagem (permanente) ainda não ocorreu. • Essa retenção ocorrerá da melhor forma se quem assistiu às aulas (ALUNO) reforçar o que foi apresentado, estudando em casa (ESTUDANTE). • Daí podemos ver uma diferenciação entre a situação de ALUNO e ESTUDANTE. • ALUNO é quem assiste aula e ESTUDANTE é quem estuda. ALUNO X ESTUDANTE Ø Proatividade: o profissional que têm um olhar 360º sobre as necessidades da empresa, é muito bem visto e valorizado. Ø Aptidão para Mudanças: Jogo de cintura é uma excelente característica no mundo corporativo, que exige domínio das emoções e um pensamento claro e objetivo. Ø Domínio de novas tecnologias: Independente se você trabalha no ramo da tecnologia, ter conhecimento das novas ferramentas que otimizam o trabalho e facilitam o dia-a-dia é essencial. Ø Falar um segundo idioma: Antes um luxo, hoje uma necessidade, compreender a língua inglesa pode aumentar os seus rendimentos consideravelmente. Ø Investir em si mesmo: Quem preza pelo desenvolvimento pessoal passa à frente de outros candidatos. Ter o habito de estudar e aprender é o pote de ouro do desenvolvimento profissional. Para fazer mais e melhor, você vai precisar de foco e esforço! CARACTERÍSTICAS MAIS VALORIZADAS PELAS EMPRESAS < PORTALEDUCACAO.COM.BR > "Bem vindo ao jogo das escolhas, afinal é você quem faz suas escolhas, mas no final, são suas escolhas que fazem você." Jacqueline Meireles Estudante Estudar Este Semestre ... Aluno Só Aula Próximo Semestre ? E M E N T A 1. PCP e Sistemas Produtivos - Conceitos, Importância, Benefícios e Propósitos do PCP - Níveis de Planejamento - Funções e Classificação dos Sistemas de Produção 2. Previsão da Demanda - Etapas de um Modelo de Previsão - Técnicas de Previsão - Manutenção e Monitorização do Modelo 3. Planejamento Estratégico da Produção - Missão e Visão Corporativa - Estratégia Corporativa, Competitiva e de Produção - Critérios Estratégicos e Áreas de Decisão na Produção - Plano de Produção 4. Planejamento-Mestre da Produção - Plano-Mestre de Produção (PMP) - Tempo no Plano-Mestre de Produção 5. Programação da Produção - Administração dos Estoques - Tamanho do Lote de Reposição e Lote Económico - Modelos de Controle de Estoques - Estoques de Segurança - Sequenciamento e Teoria das Restrições - Rede PERT/CPM - Emissão e Liberação das Ordens 6. Acompanhamento e Controle da Produção - Funções do Acompanhamento e Controle da Produção - Controle sob a Ótica do TQC e Ciclo PDCA para Controle de Processos - Medidas de Desempenho do Processo - Cartas de Controle 7. Sistema KANBAN BIBLIOGRAFIA: 1. TUBINO, Dalvio Ferrari. Planejamento e Controle da Produção: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009. 2. TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000. 3. CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento e Controle da Produção. 2.ed. Barueri: Manole, 2008. 4. RUSSOMANO, Victor Henrique. Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Pioneira, 2000. 5. LOBO, Renato Nogueirol; SILVA, Damião Limeira. Planejamento e Controle da Produção. São Paulo: Érica, 2014. 6. BEZERRA, Cícero Aparecido. Técnicas de Planejamento, Programação e Controle da Produção e Introdução à Programação Linear. Curitiba: InterSaberes, 2014. 7. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002. 8. CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A. Administração de Produção e Operações. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 9. SANTOS, Adriana de Paula Lacerda. Planejamento, Programação e Controle da Produção. Curitiba: InterSaberes, 2015. 10.MARTINS, Petrônio; LAUGENI, Fernando. Administração da Produção. São Paulo: Saraiva, 2002. 11.FERNANDES, Flávio C. F.; GODINHO FILHO, Moacir. Planejamento e Controle da Produção: dos fundamentos ao essencial. São Paulo: Atlas, 2016 Tudo é eficiente quando os objetivos empolgam todos os envolvidos. (Staníslaw Lew) EMPRESAS: São organizações sociais que utilizam recursos e competências específicos para atingir determinados objetivos. Elas exploram um determinado negócio visando a determinadoobjetivo. O objetivo pode ser o lucro ou simplesmente o atendimento de determinadas necessidades da sociedade (como nas empresas não-lucrativas). São classificadas quanto a: propriedade, tipo de produção e porte. Classificação quanto à PROPRIEDADE: Quanto a quem detém o poder de comando e decisão: EMPRESAS ESTATAIS: são de propriedade do Estado. Constituem o chamado setor público e seu objetivo é o bem-estar social. Por isso, são empresas não- lucrativas, voltadas para o beneficio da sociedade em geral. Ex.: Caixa Económica Federal, as Caixas Econômicas Estaduais etc. EMPRESAS PRIVADAS: são de propriedade de particulares. Fazem parte da iniciativa privada e constituem o chamado setor privado. Seu principal objetivo é o lucro. Ex.: Banco Itaú, Volkswagen, General Motors, Pão de Açúcar etc. EMPRESAS MISTAS: são sociedades por ações de participação pública e privada. Geralmente, a União, o Estado ou o Municípios são os sócios majoritários, detendo a maioria das ações e, portanto, o controle acionário e administrativo. São empresas que prestam serviços de utilidade pública. Ex.: Petrobras, Banco do Brasil etc. CONCEITOSSe eu fosse o dono do mundo, a primeira coisa que eu faria seria fixar o significado da palavra, uma vez que a ação depende da definição. Confúcio EMPRESAS: Classificação quanto ao TIPO DE PRODUÇÃO: Quanto ao que produzem: EMPRESAS PRIMÁRIAS ou EXTRATIVAS: são aquelas que desenvolvem atividades extrativas, como as agrícolas, pastoris, de pesca, de mineração, de prospecção e extração de petróleo, as salinas etc. São chamadas primárias porque se dedicam basicamente à obtenção e extração de matérias-primas, o elemento primário de toda a produção. EMPRESAS SECUNDÁRIAS ou DE TRANSFORMAÇÃO: são aquelas que processam as matérias-primas e as transformam em produtos acabados. São as empresas produtoras de bens (ou mercadorias), isto é, de produtos tangíveis ou manufaturados. Aqui se incluem as indústrias em geral, quaisquer que sejam seus produtos finais. EMPRESAS TERCIÁRIAS ou PRESTADORAS DE SERVIÇOS: são aquelas que executam e prestam serviços especializados. Aqui se incluem os bancos, as financeiras, o comércio em geral, os hospitais, as escolas e universidades, os serviços de comunicações (rádio, TV, imprensa, telefonia, internet etc.), e toda a extensa gama de serviços realizados por profissionais liberais (como advogados, contabilistas, engenheiros, médicos, dentistas, consultores etc.). CONCEITOS EMPRESAS: Classificação quanto ao PORTE: Representa o porte da empresa e o volume de recursos de que ela dispõe para suas atividades: A classificação de porte é realizada conforme a Receita Operacional Bruta (ROB) das empresas ou conforme a Renda Anual de clientes pessoas físicas. (BNDES) CONCEITOS CLASSIFICAÇÃO ROB ANUAL OU RENDA ANUAL Microempresa (maioria) ≤ R$ 360 mil Pequena empresa > R$ 360 mil e ≤ R$ 4,8 milhões Média empresa > R$ 4,8 milhões e ≤ R$ 300 milhões Grande empresa > R$ 300 milhões PORTE DA EMPRESA (SEBRAE) NÚMEROS DE EMPREGADOS Comércio e Serviços Indústria Microempresa (maioria) Até 9 empregados Até 19 empregados Pequena Empresa 10 a 49 empregados 20 a 99 empregados Média Empresa 50 a 99 empregados 100 a 499 empregados Grande Empresa > 99 empregados > 499 empregados BENS E SERVIÇOS: Bem ou mercadoria é um produto físico e tangível (que se pode ver, manipular ou usar). Os bens podem ser destinados ao consumo ou à produção de outros bens. BENS DE CONSUMO: quando destinados ao consumo, isto é, ao mercado consumidor, são comercializados pelo comércio, pelas lojas, pelos supermercados etc. Os bens de consumo podem ser duráveis (quando têm uma existência relativamente longa, como automóveis, eletrodomésticos, roupas etc.) ou perecíveis (quando têm uma durabilidade relativamente curta, como hortifrutigranjeiros, laticínios com prazo curto de utilização, a maioria dos alimentos etc.). BENS DE PRODUÇÃO: quando destinados à produção de outros bens ou serviços. É o caso de máquinas e equipamentos, tornos, prensas, teares, escavadeiras, ônibus etc. São bens que permitem a produção de outros bens ou serviços. Os bens de produção recebem o nome de bens de capital quando integram o património da empresa. CONCEITOS BENS E SERVIÇOS: OBS.: Muitas vezes, um mesmo bem pode ser dirigido ao Consumo ou à Produção. Exemplos: • Um computador que pode ser comprado por um usuário comum para o seu próprio uso ou diversão (bem de consumo) ou ainda ser comprado para integrar o escritório de uma empresa (bem de produção). • Um automóvel que pode ser comprado para atender ao bem-estar de um consumidor (bem de consumo) ou para ser utilizado como táxi (bem de produção). SERVIÇOS: atividades especializadas imprescindíveis à vida das pessoas, das empresas e da sociedade em geral. Empresas podem também produzir serviços, como é o caso das escolas e universidades, os escritórios de advocacia, de engenharia, de contabilidade, de propaganda e publicidade, os hospitais, os bancos e as financeiras, as lojas e o comércio em geral, as exportadoras etc. CONCEITOS EMPRESAS: EFICIÊNCIA E EFICÁCIA: Para atingir seus objetivos e aplicar adequadamente seus recursos, as empresas não produzem ao acaso, nem funcionam de improviso. Elas precisam planejar antecipadamente e controlar de forma adequada sua produção. Para isso, existe o PCP que visa aumentar a eficiência e a eficácia da empresa. EFICIÊNCIA - ocorre quando se utilizam adequadamente os recursos empresariais. EFICÁCIA - significa o alcance dos objetivos propostos pela empresa. A eficiência está ligada aos meios - métodos, normas, procedimentos e programas - e a eficácia se relaciona aos fins - objetivos a serem alcançados. A eficiência reside em fazer as coisas corretamente, enquanto a eficácia consiste em fazer as coisas que são importantes. O ideal seria uma empresa eficiente e eficaz ao mesmo tempo. Na linguagem de PCP, a Eficiência da máquina (E) é medida pela equação: onde: x = uso real da máquina, c = capacidade da máquina. c x E = CONCEITOS EMPRESAS: EFICIÊNCIA E EFICÁCIA: CONCEITOS Peter Drucker, o pai da Administração moderna, define da seguinte forma: "A eficiência consiste em fazer certo as coisas: geralmente está ligada ao nível operacional, como realizar as operações com menos recursos – menos tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-prima, etc…" "Já a eficácia consiste em fazer as coisas certas: geralmente está relacionada ao nível gerencial". SISTEMA DE PRODUÇÃO: As empresas são compreendidas por sistemas. SISTEMA: um conjunto de partes inter-relacionadas que existem para atingir um determinado objetivo. Cada parte do sistema pode ser um órgão, um departamento ou um subsistema. Todo sistema é constituído de vários subsistemas. Todo sistema faz parte integrante de um sistema maior (macrossistema). ENTRADAS Fornecedores SAÍDAS Clientes Retroação Ex.: Subsistemas de um sistema de produção de uma indústria têxtil. CONCEITOS SISTEMA DE PRODUÇÃO: É um conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens ou serviços a partir do uso de recursos (inputs) para mudar o estado ou condição de algo para produzir saídas/resultados (outpus). (GONSALEZ, 2008 - administradores.com.br/) É um conjunto de elementos (humanos, físicos e procedimentos gerenciais) inter-relacionadas que são projetados para gerar produtos finais cujo valor supere o total dos custos incorridos para obtê-los. (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2016) Envolve um conjunto de operações inter-relacionadas cujo objetivo consiste em atender à demanda do mercado ao menor consumo de recursos possível. (BEZERRA, 2014) É um processo planejado pelo qual elementos são transformados em produtos úteis, ou seja, um procedimento organizado para se conseguir a conversão de insumos em produtos acabados. (RUSSOMANO, 2000) CONCEITOS https://administradores.com.br/ PLANEJAMENTO: oAto ou efeito de planejar. o Trabalho de preparação para qualquer empreendimento,segundo roteiro e métodos determinados. oElaboração, por etapas, com bases técnicas, de planos e programas com objetivos definidos. CONTROLE: oAto ou poder de controlar; domínio; governo. o Fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabelecidas. PRODUÇÃO: oAto ou efeito de produzir, criar, gerar, elaborar, realizar. oAquilo que é produzido ou fabricado pelo homem, e, especialmente, por seu trabalho associado ao capital e à técnica. oO volume da produção de um indivíduo ou de um grupo, levando-se em consideração fatores circunstanciais, como tempo, qualidade, procura, etc. oCriação de bens e de serviços capazes de suprir as necessidades econômicas do homem. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, (Aurélio) CONCEITOS PLANEJAMENTO: O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e o que deve ser feito para atingi-los da melhor maneira possível. O planejamento está voltado para a continuidade da empresa e focaliza o futuro. É feito de um conjunto de planos. CONTROLE: O controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho para assegurar que os planos sejam executados da melhor maneira possível. A tarefa do controle é verificar se tudo está sendo feito de acordo com o que foi planejado e organizado, para identificar os erros ou desvios, a fim de corrigi-los e evitar sua repetição. CONCEITOS Deve definir: IMPORTÂNCIA DO PCP Ao adotar um setor de Planejamento e Controle de Produção, a indústria torna os processos mais ágeis, seguros e com alta produtividade. Importância de se aplicar o PCP na sua indústria: a) Com ferramentas utilizadas no PCP, os processos se tornam mais ágeis, além de garantir a qualidade da produção com correção rápida de erros. b) A partir da previsão de demanda, é mais fácil determinar o ritmo de entrega e se será necessário aumentar ou diminuir a capacidade para atender os clientes. c) Com o controle de forma mais assertiva, os dados estarão de fácil acesso e as informações mais claras, auxiliando no melhor resultado para a indústria. d) Melhora na comunicação entre o setor de produção e o comercial, com informações alinhadas, produtividade elevada e garantia da entrega. e) Com qualidade nas informações, reduz-se o retrabalho, o desperdício e se consequentemente os custos, com investimento onde é necessário. BENEFÍCIOS DO PCP - Suporte à Tomada de Decisões Essa ferramenta permite controlar todo o fluxo do processo produtivo da empresa. Os dados estarão sempre à mão e poderão ser consultados sempre que necessário. - Resultados Finais mais Atrativos Porque consegue identificar melhor os pontos fortes e fracos da produção e da logística, atacando os problemas conforme sua ordem de prioridade. - Mais Compatibilização entre os Setores de Produção e Vendas O departamento da produção precisa estar interligado a toda a empresa, especialmente com o setor de vendas. De nada adianta o vendedor fechar uma venda se o produto não estiver disponível. Sabe-se exatamente quantos produtos estão em estoque, quais é necessário produzir e quais estão em falta. - Sistematização do Processo Produtivo Traz mais agilidade, facilidade, segurança, qualidade, correção, rapidez e menor custo. - Redução de Custos Essa conta é bastante simples: mais controle é igual a menos perdas, menos retrabalho, menos desperdícios e, consequentemente, maior redução de custos. PROPÓSITOS E LIMITAÇÕES DO PCP Garantir que a produção ocorra com eficiência e eficácia, produzindo produtos e serviços adequados às necessidades dos clientes. Isto requer que os recursos produtivos estejam disponíveis: (1) na quantidade adequada; (2) no momento adequado; (3) no nível de qualidade adequado; e (4) com um preço justo. Limitações do Planejamento e Controle: Em qualquer operação, o fornecimento de recursos não é infinito. As limitações, de uma forma geral, são as seguintes: � Limitações de Custos: os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de custos determinados. � Limitações de Capacidade: os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de limites de capacidade projetados para a operação. � Limitações de Tempo: os produtos e serviços devem ser produzidos dentro de um intervalo de tempo, no qual eles ainda têm valor para o consumidor. � Limitações de Qualidade: os produtos e serviços devem ter conformidade aos dados limites de tolerância produzidos para o produto ou serviço. Apesar de planejamento e controle serem teoricamente separáveis, eles são usualmente tratados juntos: Planejamento é o ato de estabelecer as expectativas de o que deveria acontecer. Controle é o processo de lidar com mudanças quando elas ocorrem. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO Para atingir seus objetivos os Sistemas Produtivos devem exercer uma série de Funções Operacionais, desempenhadas por pessoas, que vão desde: • projeto dos produtos, até o controle dos estoques, • recrutamento e treinamento de funcionários, • aplicação dos recursos financeiros, • distribuição dos produtos, etc. Estas funções podem ser agrupadas em três Funções Básicas: O sucesso de um sistema produtivo depende da forma como estas três funções se relacionam. Convencionalmente, as funções desempenhadas dentro de um sistema produtivo se limitam a esfera imediata de sua autoridade. Tende a ser bilateral e fechado, com as funções exercendo suas atividades até o limite de sua delegação. Sistema de Produção Finanças Produção Marketing Atualmente as empresas sabem que estas barreiras funcionais devem ser quebradas, o compartilhamento de informações nas tomadas de decisões é fundamental para o eficiente desempenho do sistema como um todo. A estrutura funcional deve ceder espaço a uma Estrutura Operacional multilateral e aberta, onde a responsabilidade pelas ações vão até o ponto em que o efeito desta ação se fizer sentir. Outras Funções de Suporte ao Sistema de Produção: v Engenharia v Compras/Suprimentos v Manutenção v Recursos Humanos MARKETING PRODUÇÃOFINANÇAS Estrutura Operacional FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PRODUÇÃO: A Função de PRODUÇÃO consiste de todas as atividades que diretamente estão relacionadas com a produção de bens ou serviços. A Produção é o centro dos sistemas produtivos, sendo responsável por gerar os bens ou serviços comercializados pelas empresas. Transforma insumos em bens ou serviços através de um ou mais processos organizados de conversão. A essência da Função de PRODUÇÃO consiste em adicionar valor aos bens ou serviços durante o processo de transformação. Dentro deste conceito, todas as atividades produtivas que não adicionarem valor aos bens ou serviços devem ser consideradas como perdas e eliminadas. IN P U T INSUMOS Capital Trabalho Materiais Informações P R O C E S S O CONVERSÃO Cortar Alugar Transportar Montar O U T P U T SAÍDAS Bens Serviços FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PRODUÇÃO: Exemplos de Operações Produtivas Tipos de Operações Sistemas Produtivos Produção de Bens Manufatura, Construção Civil, Estaleiros, Minerações, Agropecuárias. Movimentação e Armazenagem Correio, Hotelaria, Transportadoras, Aero linhas, Entrepostos. Entretenimento e Comunicação Estações de TV e Rádio, Clubes, Estúdios de Cinema, Telecomunicações, Jornais. Aluguel, Permuta e Empréstimo Banco, Operadoras de Leasing*, Seguradoras, Locadoras de Bens. * Leasing (Arrendamento Mercantil) é um contrato através do qual a arrendadora (a empresa que se dedica à exploração de leasing) adquire um bem escolhido por seu cliente (o arrendatário) para, em seguida, alugá-lo, por um prazo determinado. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO PRODUÇÃO: Exemplos de Entradas, Conversões e Saídas FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO Insumos (Input) Conversões (Processos) Saídas (Output) Fábrica de Eletrodomésticos Matérias-primas ComponentesEquipamentos Instalações Mão-de-Obra Conformação Montagem Inspeção Armazenagem Expedição Liquidificadores Batedeiras Torradeiras Multiprocessadores Centrífugas Hospital Instalações Equipamentos Médicos e Enfermeiros Medicamentos Laboratórios Recepção Exame Terapia Medicação Cirurgia Pacientes Curados PRODUÇÃO: Os outputs e o propósito do processo de transformação são bens e serviços, geralmente vistos como diferentes. Em geral, os bens são tangíveis e os serviços são intangíveis. Parcialmente, em função de sua tangibilidade, os bens podem ser estocados, enquanto os serviços são geralmente não estocáveis. Outra consequência da tangibilidade é a habilidade para transportar bens. Entretanto, se os serviços forem intangíveis, são intransportáveis. A outra principal distinção entre bens e serviços diz respeito ao timing de sua produção. Os bens são quase sempre produzidos antes do consumidor recebê-los. Entretanto, os serviços são frequentemente produzidos simultaneamente com seu consumo. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO MARKETING: A Função de MARKETING está encarregada de vender e promover os bens e serviços produzidos por uma empresa, tomando decisões sobre estratégias de publicidade e estimativas de preços para os mesmos. Marketing está encarregada de contatar com os clientes e sentir o mercado visando: - No Médio e Curto Prazo: abastecer a Produção com informações sobre a demanda pelos produtos atuais, permitindo o planejamento e programação da produção. - No Longo Prazo: buscar informações sobre potenciais necessidades dos clientes visando o projeto de novos bens ou serviços a serem desenvolvidos. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO MARKETING: 4 Ps do Marketing: Formado pelas variáveis: Produto, Preço, Praça e Promoção. O Mix de Marketing é fundamental para criação do plano de ação de uma empresa, que busca atingir resultados e influenciar os consumidores em relação ao mercado. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO FINANÇAS: A Função de FINANÇAS está encarregada de administrar os recursos financeiros da empresa e alocá-los onde forem necessários. Com relação ao seu envolvimento com o sistema de produção e o planejamento e controle do mesmo, Finanças deve providenciar a orçamentação e acompanhamento de receitas e despesas, a provisão de fundos para atender este orçamento, e a análise econômica dos investimentos produtivos. Periodicamente Finanças deve, em conjunto com Produção e Marketing, preparar um orçamento de longo prazo prevendo as receitas e despesas que ocorrerão para o patamar de produção projetado dentro do planejamento estratégico da produção. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA: Assume todas as funções técnicas de projeto dos produtos e dos processos de fabricação e montagem dos bens ou serviços. Pode subdividir-se em: - Engenharia do Produto: envolvendo o projeto do produto com desenhos, parâmetros dimensionais, definição de materiais, etc., - Engenharia do Processo ou Industrial: envolvendo a definição do roteiro de fabricação e montagem dos produtos projetados. O PCP usa as informações da Engenharia para identificar o que e como produzir os produtos solicitados pelos clientes. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO COMPRAS / SUPRIMENTOS: Têm por responsabilidade suprir o sistema produtivo com as matérias- primas, componentes, materiais indiretos e equipamentos necessários à produção dos bens ou serviços. O PCP relaciona-se diretamente com Compras, passando-lhe informações sobre o planejamento das quantidades de materiais e prazos necessários para o atendimento de um programa de produção, solicitando-lhe a reposição dos materiais, e acompanhando o desempenho dos fornecedores no atendimento deste programa. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO MANUTENÇÃO: Encarrega-se em manter os equipamentos e instalações do sistema de produção em perfeito estado de uso. Pode ser responsável também pela produção do ferramental, pela produção de pequenas máquinas, e pelas condições ambientais de salubridade e segurança. O PCP tem interesse imediato no bom andamento das atividades de manutenção. A programação da produção exige o conhecimento das condições físicas dos equipamentos e instalações, e o replanejamento exige rapidez na troca de informações sobre a mudança de estado dos mesmos. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO RECURSOS HUMANOS: É de sua responsabilidade recrutar e treinar os funcionários, estabelecer as relações trabalhistas, a negociação de contratos, a política salarial, e fazer com que os mesmos sintam-se prestigiados e envolvidos (motivados) com a eficiência do sistema produtivo. O PCP relaciona-se com Recursos Humanos: • No Longo Prazo: definindo o patamar de produção necessário para atender a previsão de demanda, base para uma política de recrutamento e treinamento • No Curto Prazo: programando os recursos produtivos onde os funcionários serão alocados. FUNÇÕES DO SISTEMA DE PRODUÇÃO Um Sistema Produtivo pode ser dividido em três níveis: NÍVEIS DE PLANEJAMENTO PRAZOS ATIVIDADES OBJETIVOS Longo Prazo Médio Prazo Curto Prazo Plano de Produção Plano-Mestre Previsão de Vendas de LP Previsão de Capacidade de Produção Previsão de Vendas de MP Pedidos em Carteira Planejamento da Capacidade Vendas ProduçãoProgramação ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL Fluxo de Informações do PCP FUNÇÃO DO PCP Engenharia de Produto •Lista de Materiais •Desenhos Engenharia de Processo •Roteiros de Fabricação •Lead times Marketing •Plano de Vendas •Pedidos Firmes Manutenção •Plano de Manutenção Planejamento Estratégico da Produção Planejamento-mestre da Produção Programação da Produção •Ordens de Compra •Ordens de Fabricação •Ordens de Montagem Controle e Acompanhamento da Produção Recursos Humanos •Programa de Treinamento Finanças •Plano de Investimentos •Fluxo de Caixa Lead time: ou tempo de aprovisionamento - é o período entre o início de uma atividade, produtiva ou não, e o seu término. Visão Geral das Atividades do PCP FUNÇÃO DO PCP Dep. Compras Pedidos de Compras Planejamento Estratégico da Produção Plano de Produção Planejamento-Mestre da Produção Plano-Mestre de Produção Programação da Produção - Administração dos Estoques - Sequenciamento - Emissão e Liberação Ordens de Compras Ordens de Fabricação Ordens de Montagem Fabricação e MontagemEstoques CLIENTES Dep. Marketing Dep. Engenharia Fornecedores A c o m p a n h a m e n to e C o n tro le d a P ro d u ç ã o Previsão de Vendas Pedidos em Carteira Estrutura do Produto Roteiro de Fabricação A v a lia ç ã o d e D e se m p e n h o Planejamento Estratégico da Produção: Consiste em estabelecer um Plano de Produção para determinado período (longo prazo) segundo as estimativas de vendas e a disponibilidade de recursos financeiros e produtivos (capacidade de produção). A estimativa de vendas serve para prever os tipos e quantidades de produtos que espera- se vender no horizonte de planejamento estabelecido. A capacidade de produção é o fator físico limitante do processo produtivo, e pode ser incrementada ou reduzida, desde que planejada a tempo, pela adição de recursos financeiros. FUNÇÃO DO PCP Planejamento-Mestre da Produção: Consiste em estabelecer um Plano- Mestre de Produção (PMP) de produtos finais, detalhado no médio prazo, período a período, a partir do plano de produção, com base nas previsões de vendas de médio prazo ou dos pedidos em carteira já confirmados. Onde o Plano de Produção considera famílias de produtos, o PMP especifica itens finais que fazem parte destas famílias. A partir do estabelecimento do PMP, o sistema produtivo passa a assumir compromissos de fabricação e montagem dos bens ou serviços. FUNÇÃO DO PCP Programação da Produção: Com base no PMP e nos registros de controle de estoques e nas informações da Engenharia, a Programação da Produção estabeleceno curto prazo quanto e quando comprar, fabricar ou montar de cada item necessário à composição dos produtos finais. Para tanto, são dimensionadas e emitidas Ordens de Compra (OC) para os itens comprados, Ordens de Fabricação (OF) para os itens fabricados internamente, e Ordens de Montagem (OM) para as submontagens intermediárias e montagem final dos produtos definidos no PMP. FUNÇÃO DO PCP Acompanhamento e Controle da Produção (ACP): Através de informações, coleta e análise dos dados, busca garantir que o Programa de Produção emitido seja executado a contento. Quanto mais rápido os problemas forem identificados, mais efetivas serão as medidas corretivas visando o cumprimento do Programa de Produção. Além da informações de produção, o Acompanhamento da Produção está também encarregado de coletar dados para apoiar outros setores (índice de falhas de máquinas, máquinas/hora e homens/horas consumidas, consumo de materiais/sobressalentes, etc). FUNÇÃO DO PCP Relação entre o Plano de Produção, o PMP e o Programa de Produção: Plano de Produção: definidas estratégias de longo prazo da empresa segundo as estimativas de vendas e a disponibilidade de recursos financeiros e produtivos, sendo pouco detalhado e dividido em famílias de produtos. PMP: definido a médio prazo, são assumidos compromissos de fabricação e montagem de bens e serviços segundo estabelecido no Plano de Produção e com base nas previsões de vendas de médio prazo ou nos pedidos em carteira já confirmados, envolvendo ao invés de famílias de produtos, itens dessas famílias. Programa de Produção: estabelece-se a curto prazo quanto e quando comprar, fabricar ou montar de cada item necessário à composição dos produtos finas. São dimensionadas e emitidas OC, OF e OM dos produtos definidos no PMP. Em função da disponibilidade dos recursos produtivos, a Programação da Produção se encarrega de fazer o sequenciamento da ordens emitidas, de forma a otimizar a utilização dos recursos. FUNÇÃO DO PCP A classificação dos sistemas produtivos tem por finalidade facilitar o entendimento das características inerentes a cada sistema de produção e sua relação com a complexidade das atividades de planejamento e controle destes sistemas. A classificação que atende a complexidade do PCP está relacionada a com o grau de padronização dos produtos e o consequente volume de produção demandado pelo mercado. . Sistemas Contínuos: envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser identificados individualmente. . Sistemas Discretos: envolvem a produção de bens ou serviços que podem ser isolados em lotes ou unidades. - Em Massa - Em Lotes - Sob Encomenda CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO CONTÍNUOS: São empregados quando existe alta uniformidade de produção e demanda de bens e serviços, fazendo com que os produtos e os processos produtivos sejam totalmente interdependentes, favorecendo a sua automatização. Também conhecida como produção em série ou em linha. Produção por longo período de tempo, sem interrupção ou mudança. Exemplos: Cadeias produtivas de energia elétrica, petróleo e derivados, produtos químicos de uma forma geral, serviços de aquecimento e ar condicionado, monitoramento por radar, etc. Estoque Matéria Prima Estoque Produto Acabado MP PA + - PMP define a Velocidade do Fluxo PCP - Foco na Logística de Abastecimento de MP e Distribuição de PA Dinâmica do PCP Processo Produtivo CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS CONTÍNUOS - CARACTERÍSTICAS: a) Grande volume de produção e demanda de bens ou serviços; b) Grande quantidade de estoques de uma pequena variabilidade de MP; c) Grande quantidade de estoques de uma pequena variabilidade de PA; d) Não são exigidos estoques reguladores (intermediários) nas etapas do processo produtivo; e) Baixa flexibilidade na mudança de produtos, devido a automatização dos processos; f) Altos investimentos em equipamentos e instalações, implicando em altos custos fixos; g) Mão-de-obra apenas para a condução e manutenção de equipamentos e instalações, implicando em baixos custos; h) Baixo lead time produtivo, devido a automatização dos processos; i) Altos tempos de Setup (únicos), devido aos grandes lotes produtivos. j) Foco principal do PCP está na logística de abastecimento de MP e distribuição de PA, e é feito a longo prazo. Tempo de Setup: período em que a produção é interrompida para que os equipamentos fabris sejam ajustados. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM MASSA: São aqueles empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados, contudo, estes produtos não são passíveis de automatização em processos contínuos, exigindo participação de mão-de-obra especializada na transformação do produto. A demanda pelos produtos são estáveis fazendo com que seus projetos tenham pouca alteração no curto prazo, possibilitando a montagem de uma estrutura produtiva (linhas de montagem) altamente especializada e pouco flexível, onde os altos investimentos possam ser amortizados durante um longo prazo. A variação entre os produtos acabados se dá geralmente apenas em termos de montagem final, sendo seus componentes padronizados de forma a permitir a produção em grande escala. Exemplos: montadora de automóveis, eletrodomésticos, produtos têxteis, abate e beneficiamento de aves, suínos, gado, etc., e a prestação de serviços em grande escala como transporte aéreo, editoração de jornais e revistas, etc. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM MASSA: Consiste em Linhas de Montagem com pessoas que executam Rotinas de Operação Padrão (ROP) no produto dentro de um Ciclo de Tempo (TC). O TC é a variável-chave de controle deste sistema produtivo, definindo o ritmo de saída de produtos montados na linha, e é obtido pela divisão do Tempo Disponível de Trabalho (TD) pela Demanda (D) a ser atendida pela linha. A ideia é de que cada operador na linha execute um conjunto de atividades padronizadas (ROP), dentro deste tempo, de forma a sincronizar a velocidade da linha com a demanda solicitada. (SM) CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM MASSA CARACTERÍSTICAS: a) Grande volume de produção e demanda de bens ou serviços; b) Grande quantidade de estoques de MP e nos Supermercados (SM) de abastecimento; c) Grande quantidade de estoques de uma pequena variabilidade de PA; d) Baixo lead time produtivo, devido a automatização dos processos; e) Altos investimentos em equipamentos e instalações, implicando em altos custos fixos; f) Baixa flexibilidade na mudança de produtos, devido a automatização dos processos; g) Altos tempos de Setup (únicos), devido aos grandes lotes produtivos. h) Foco do PCP está voltado a determinação do TC, que ditará o ritmo em que a linha de produção irá ser acionada e mantê-la sincronizada com a demanda, que tem sua origem no PMP. i) O PMP é utilizado para cálculo de necessidade de materiais (MP e SM), via um planejamento de necessidade de materiais (MRP)* j) Foco do PCP também está na logística de abastecimento de MP, SM e distribuição de PA. * MRP - Material Requirement Planning CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM LOTES: Caracterizam-se pela produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes, sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada a medida que as operações anteriores forem realizadas. O sistema produtivo deve ser relativamente flexível, visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda. Emprega equipamentos pouco especializados e mão-de-obra polivalente, para diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda. Exemplos: Fornecedores da cadeia automobilística, da cadeia de eletrodo- mésticos, metal mecânico, cadeia têxtil em pequena escala, reparo de automóveis e eletrônicos, restaurantes, etc. PC - PeçaComponente CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM LOTES - CARACTERÍSTICAS: a) Médio volume de produção e demanda de bens ou serviços; b) Média flexibilidade no processo, para atendimento de pedidos e flutuações de demanda; c) Estoques centralizados em almoxarifados ou espalhados dentro da fábrica na forma de Supermercados (SM) de abastecimento; d) Lead time produtivo é maior que o sistema em massa, bem como o custo do processo; e) Muitos tempos de espera dos lotes (em programação, em filas, nos setups, etc). f) Foco do PCP está em função da programação de produção, na busca da organização das Ordens de Produção, visando reduzir estoques. g) A programação da produção pode ser realizada de forma empurrada e puxada. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM LOTES - CARACTERÍSTICAS: Produção Puxada: Aqui, o fluxo de materiais ganha relevante importância. A demanda gerada pelo cliente é o “start” da produção. O controle de o que, quando e como produzir é determinado pela quantidade de produtos em estoque. Cada processo produtivo “puxa” as peças fabricadas no processo anterior, eliminando, assim, a programação das etapas do processo produtivo através do MRP. Também conhecido por sistema Kanban. Produção Empurrada: Neste modelo, a produção em uma empresa começa antes da ocorrência da demanda pelo produto. A produção depende de uma ordem anteriormente enviada, geralmente advinda de um sistema MRP. É enviada uma ordem de produção ao setor responsável, que produz os itens e depois os “empurra” para a próxima etapa do processo produtivo. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO EM LOTES: PRODUÇÃO FOCALIZADA EM CÉLULAS - PRODUÇÃO ENXUTA: Desenvolvido a partir da experiência do Sistema Toyota de Produção. - Produção em Fluxo Unitário - Redução dos Setups - Redução dos Lotes - Redução dos Lead times - Redução dos Estoques - Polivalência da Mão-de-Obra - Padrão de Operação (TC) PA1 PA2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO SOB ENCOMENDA: Sistema produtivo voltado para o atendimento de necessidades específicas dos clientes, com demandas baixas, tendendo para a unidade - volumes de produção baixos. O produto tem uma data específica negociada com o cliente para ser fabricado e, uma vez concluído, o sistema produtivo se volta para um novo projeto. Compra de MP e peças componentes (PC) podem ser feitas com antecedência. Exige-se do Plano de Produção, alta flexibilidade dos recursos produtivos com foco no atendimento de especificidades dos clientes, gerando custos produtivos mais altos que os sistemas anteriores. Lead times produtivos longos. Exemplos: Fabricação de bens, como navios, aviões, usinas hidroelétricas, e nos setores de fabricação de máquinas e ferramentas, Prestação de serviços específicos, como agências de propaganda, escritórios de advocacia, arquitetura etc. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO SOB ENCOMENDA: Os sistemas sob encomenda organizam seus recursos produtivos por centros de trabalho ou departamentos com foco na função executada. A dinâmica do PCP começa com a negociação de um projeto específico com o cliente, que necessita saber em que data o sistema produtivo consegue elaborar seu projeto. Foco na data de atendimento da entrega. Exemplo: a encomenda de um motor elétrico de grande porte para trabalhar em uma usina hidrelétrica está atrelada a prazos de conclusão do projeto da usina, ou, ainda, a encomenda de uma matriz para a estamparia de uma fábrica de automóveis tem como data-limite o lançamento de um novo carro no mercado. O PCP deve dispor de um Sistema de Programação Avançado (APS), com um calendário do carregamento dos recursos (Gráfico de Gantt), que permita simular o novo pedido frente ao carregamento atual do sistema e datas futuras de conclusão. Pode ser utilizada a técnica PERT/CPM para gerenciamento de projetos. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS 1. Defina empresa e classifique-as quanto à sua propriedade. 2. Classifique as empresas quanto ao seu tamanho e diga suas diferenças básicas? 3. Classifique as empresas quanto ao tipo de produção. 4. Defina bens (mercadorias) e serviços. 5. Qual é a diferença entre bens de consumo e bens de produção? 6. Quando um bem de produção é denominado bem de capital? 7. Como são classificados os bens de consumo? 8. Qual a diferença entre eficiência e eficácia nas empresas? 9. O que é um sistema? 10. O controle como função administrativa na empresa, busca o que? 11. O planejamento como função administrativa deve definir o que para alcançar os objetivos? 12. Cite três itens sobre a importância do PCP. 13. O que é lead time? 14. Quais os benefícios do PCP para as empresas? 15. Quais as limitações do Planejamento e Controle? 16. Os sistemas de produção são agrupados em que funções básicas? 17. Quais as funções suportes ao sistema de produção? 18. Qual a essência da Função Produção? 19. Cite 4 (quatro) Inputs da Função Produção e seus Outputs. 20. Correio e Transportadoras, estão relacionados a que tipo de operações produtivas? 21. Manufatura e Estaleiros, estão relacionados a que tipo de operações produtivas? 22. Quais os objetivos da Função Marketing? 23. Os 4Ps do Marketing são formados por quais variáveis? 24. A Função Finanças está encarregada de que ações nas empresas? QUESTÕES PARA REVISÃO 25. Como é subdividida a Função Engenharia? 26. Qual a finalidade da Função Compras/Suprimentos e da Função Manutenção? 27. Quais as responsabilidades da Função Recursos Humanos? 28. Quais os níveis de planejamento dos sistemas produtivos e em que prazos são estabelecidos? 29. O Plano de Produção é estabelecido em qual nível de planejamento dos sist. produtivos? 30. Para que serve a estimativa de vendas no Planejamento Estratégico da Produção? 31. Qual o fator físico limitante do processo produtivo no Planejamento Estratégico? 32. Qual o documento do PCP é gerado a partir do Plano de Produção? 33. A Programação de Produção é elaborada com base em que informações e registros? 34. Que documento do PCP é estabelecido no curto prazo e define quanto e quando comprar, fabricar ou montar cada item necessário à composição dos produtos finais? 35. Que documentos são emitidos com a definição do Programa de Produção? 36. Qual a relação entre o Plano de Produção, o PMP e o Programa de Produção? 37. Que fase do PCP busca garantir que o Programa de Produção seja executado a contento, através de informações, coleta e análise dos dados? 38. Quais os principais parâmetros que definem a classificação dos sistemas produtivos? 39. Como é conhecido os sistemas produtivos que envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser identificados individualmente? 40. Como são classificados os sistemas produtivos discretos? 41. Qual o principal foco nos Sistemas de Produção Contínuo? 42. Cite 5 (cinco) características do Sistemas Contínuo e descreva (exemplifique) 2 (dois) sistemas de produção de bens e 1 (um) de serviços que caracterize este sistema. 43. O que significa o Tempo de Setup? QUESTÕES PARA REVISÃO 44. Como é conhecido o sistema de produção que consiste em linhas de montagem com pessoas que executam rotinas de operação padrão dentro de um ciclo de tempo? 45. Qual a variável-chave de controle do Sistema de Produção em Massa, que define o ritmo de saída de produtos montados na linha? 46. Como é obtido o Ciclo de Tempo (TC) no Sistema de Produção em Massa? 47. Qual o principal foco nos Sistemas de Produção em Massa? 48. Cite 5 (cinco) características do Sistemas em Massa e descreva (exemplifique) 2 (dois) sistemas de produção de bens e 1 (um) de serviços que caracterize este sistema. 49. Cite 5 (cinco) características do Sistemas em Lote e descreva (exemplifique) 2 (dois) sistemas de produção de bens e 1 (um) de serviços que caracterize este sistema. 50. Em qual sistema de produção a programação da produção pode ser realizadade forma empurrada e puxada? 51. Como é conhecida a produção em que a demanda gerada pelo cliente é o “start” da produção, no Sistema em Lotes? 52. Em que sistema de produção pode ser implementado o sistema Kanban? 53. Cite 5 (cinco) características da Produção Enxuta (Sistema Toyota de Produção). 54. Como é conhecido o Sistema de Produção voltado para o atendimento de necessidades específicas dos clientes, com demandas baixas, tendendo para a unidade? 55. Como é conhecido o Sistema de Produção que organiza seus recursos produtivos por centros de trabalho ou departamentos com foco na função executada? 56. Qual o principal foco nos Sistemas de Produção sob Encomenda (por Projeto)? 57. Qual o Sistema de Produção que pode utilizar a técnica PERT/CPM no seu gerenciamento? 58. Descreva (exemplifique) 2 (dois) sistemas de produção de bens e 1 (um) de serviços que caracterize o Sistema de Produção sob Encomenda. QUESTÕES PARA REVISÃO Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional. (Roger Crawford) Previsão da Demanda Uma PREVISÃO é uma afirmativa ou inferência sobre o futuro, usualmente baseada em informação histórica. Uma DEMANDA é a quantidade de material necessária ao atendimento dos clientes, relacionada a uma determinada unidade de tempo ou a um evento específico. A PREVISÃO DE DEMANDA consiste em métodos quantitativos e qualitativos utilizados para se obter informações que sirvam de embasamento para um planejamento a curto, médio, ou longo prazo. É a base para o planejamento estratégico da produção, vendas e finanças de qualquer empresa. Muito importante nos processos de planejamento dos sistemas de produção, pois permite que os administradores destes sistemas antevejam o futuro e planejem adequadamente suas ações. Usadas pelo PCP em dois momentos distintos: ü Para Planejar o Sistema Produtivo: - previsões estratégicas de longo prazo - usadas para elaborar o plano de produção, - definir que família de produtos e serviços oferecer ao mercado, - definir que instalações e equipamentos dispor, - em que nível de atividade trabalhar, - que qualificação da mão de obra buscar, etc. ü Para Planejar o Uso deste Sistema Produtivo: - previsões detalhadas de médio e curto prazo - empregadas para o planejamento-mestre e programação da produção - envolve a definição e armazenagem, planos de compras e reposição dos estoques, planos de cargas de mão de obra e sequenciamento da produção. Previsão da Demanda A responsabilidade pela preparação da Previsão da Demanda normalmente é do Setor de Marketing ou Vendas. Motivos para que o PCP entenda como esta atividade é realizada: ü A Previsão da Demanda é a principal informação empregada pelo PCP na elaboração de suas atividades - como estes dados foram obtidos, em que bases as técnicas de previsões empregadas estão assentadas, e quais suas limitações. ü Em empresas de pequeno e médio porte cabe ao pessoal do PCP (geralmente o mesmo de Vendas) elaborar estas previsões - não existe uma especialização muito grande das atividades. Apesar da evolução dos recursos computacionais e da sofisticação matemática das técnicas de projeção, a Previsão da Demanda dos produtos não é uma ciência exata, envolve uma boa dose de experiência e julgamento pessoal do planejador - sempre uma aproximação do valor real. Será sempre mais vantajoso basear os planos de longo e de médio prazo em informações confiáveis, vindo diretamente dos clientes parceiros (manufatura enxuta), do que fazer previsões sujeita a erros. Previsão da Demanda Pode ser dividida em cinco etapas básicas: Modelo de Previsão da Demanda 1. Objetivo do Modelo 2. Coleta e Análise dos Dados 3. Seleção da Técnica de Previsão 4. Obtenção das Previsões 5. Monitoração do Modelo 1. Objetivo do Modelo: consiste em definir a razão pela qual necessitamos de previsões. Que produto, ou famílias de produtos, será previsto, com que grau de acuracidade e detalhe a previsão trabalhará, e que recursos estarão disponíveis para esta previsão. 2. Coleta e Análise dos Dados: visa identificar e desenvolver a melhor técnica de previsão. 3. Seleção da Técnica de Previsão: existem técnicas qualitativas e quantitativas. Cada uma tendo o seu campo de ação e sua aplicabilidade. 4. Obtenção das Previsões: com a definição da técnica de previsão e a aplicação dos dados passados para obtenção dos parâmetros necessários, podemos obter as projeções futuras da demanda. 5. Monitoração do Modelo: a medida em que as previsões forem sendo alcançadas pela demanda real, deve-se monitorar a extensão do erro entre a demanda real e a prevista, para verificar se a técnica e os parâmetros empregados ainda são válidos. 1. Objetivo do Modelo: Modelo de Previsão da Demanda Consiste em definir a razão pela qual se necessita de previsões: Ø Que produto (ou famílias de produtos) será previsto, com que grau de acuracidade e detalhe a previsão trabalhará, e que recursos estarão disponíveis para esta previsão. Ø A sofisticação e o detalhamento do modelo dependem da importância relativa do produto (ou família de produtos) a ser previsto e do horizonte ao qual a previsão se destina. Itens pouco significativos podem ser previstos com maior margem de erro, empregando-se técnicas simples, assim como se admite margem de erro maior para previsões de longo prazo, empregando-se dados agregados de famílias de produtos. 2. Coleta e Análise dos Dados: Modelo de Previsão da Demanda Visa identificar e desenvolver a técnica de previsão que melhor se adapte. Alguns Cuidados básicos: a) Quanto mais dados históricos forem coletados e analisados, mais confiável a técnica de previsão será; b) Os dados devem buscar a caracterização da demanda real pelos produtos da empresa, que não é necessariamente igual as vendas passadas - podem ter ocorrido falta de produtos, postergando as entregas ou deixando de atendê-las; c) Variações extraordinárias da demanda, decorrentes de promoções especiais, por exemplo, devem ser analisadas e substituídas por valores médios, compatíveis com o comportamento normal da demanda; d) O tamanho do período de consolidação dos dados (semanal, mensal, trimestral, anual, etc.) tem influência direta na escolha da técnica de previsão mais adequada, assim como na análise das variações extraordinárias. Exemplo: Periocidades diferentes (mensal e trimestral) para dados idênticos. “A” apresenta sazonalidade associada a demanda e em setembro não seguiu o padrão (valor muito acima da média). 3. Seleção da Técnica de Previsão: Modelo de Previsão da Demanda Uma vez coletados e analisados os dados passados, pode-se decidir pela técnica de previsão mais apropriada. ü Existem técnicas qualitativas e quantitativas. ü Cada uma tem o seu campo de ação e sua aplicabilidade. ü Não existe uma técnica que seja adequada a todas as situações. Fatores para a escolha da Técnica de Previsão: a) Decidir em cima da curva de troca “custo-acuracidade”; b) A disponibilidade de dados históricos; c) A disponibilidade de recursos computacionais; d) A experiência passada com a aplicação de determinada técnica; e) A disponibilidade de tempo para coletar, analisar e preparar os dados e a previsão; f) O período de planejamento para o qual se necessita da previsão. 4. Obtenção das Previsões: Modelo de Previsão da Demanda Com a definição da técnica de previsão e a aplicação dos dados passados para obtenção dos parâmetros necessários, pode-se obter as projeções futuras da demanda. Obs.: Quanto maior for o horizonte pretendido, menor a confiabilidade na demanda prevista. 5. Monitoração do Modelo: À medida que as previsões forem sendo alcançadas pela demanda real, deve-se monitorar a extensão do erro entre a demanda real e a prevista para verificar se a técnica e os parâmetros empregados ainda são válidos. § Em situações normais, um ajuste nos parâmetros do modelo, é suficiente, para que reflita as tendências maisrecentes. § Em situações críticas, um estudo desde o primeiro passo, pode incluir um novo exame dos dados e a escolha de uma nova técnica de previsão. A definição da técnica de Previsão de Demanda que melhor se adapte a uma situação específica é apenas um dos passos do modelo de previsão, porém, o mais importante. Existe uma série de técnicas disponíveis, com diferenças substanciais entre elas. Características gerais presentes em todas as Técnicas de Previsão: a) Supõe-se que as causas que influenciaram a demanda passada continuarão a agir no futuro; b) As previsões não são perfeitas, pois não se é capaz de prever todas as variações aleatórias que ocorrerão; c) A acuracidade das previsões diminui com o aumento do período de tempo auscultado; d) A previsão para grupos de produtos é mais precisa do que para os produtos individualmente, visto que no grupo os erros individuais de previsão se minimizam. Técnicas de Previsão Técnicas de Previsão As Técnicas de Previsão podem ser divididas em dois grandes grupos: TÉCNICAS QUALITATIVAS: privilegiam principalmente dados subjetivos, os quais são difíceis de representar numericamente. Estão baseadas na opinião e no julgamento de pessoas chaves, especialistas nos produtos ou nos mercados onde atuam estes produtos; TÉCNICAS QUANTITATIVAS: envolvem a análise numérica dos dados passados, isentando-se de opiniões pessoais ou palpites. Empregam-se modelos matemáticos para projetar a demanda futura. Podem ser subdivididas em dois grandes grupos: a) Séries Temporais: modelo matemático da demanda futura relacionando dados históricos de vendas do produto com o tempo. b)Causais (Regressão): associar dados históricos de vendas do produto com uma ou mais variáveis relacionadas à demanda. Previsões: Séries Temporais A demanda futura será uma projeção dos valores passados, não sofrendo influência de outras variáveis. É o método mais simples e usual de previsão, e quando bem elaborado, oferece bons resultados. É necessário plotar os dados passados e identificar os fatores por trás das características da curva obtida (tendências, sazonalidades, variações irregulares e variações randômicas - aleatórias ou normais). Técnicas de Previsão 0 10 20 30 40 50 60 70 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. D e m a n d a Variação irregular Sazonalidade Tendência Variação randômica Gráficos com duas séries de dados em que se ilustra a influência destes fatores nos dados históricos Previsões: Séries Temporais Tendência: consiste num movimento gradual de longo prazo, direcionando os dados. Sazonalidade: refere-se a variações cíclicas de curto prazo, relacionadas ao fator tempo, como a influência de alterações climáticas ou férias escolares. Variações Irregulares: são alterações nas demandas passadas resultantes de fatores excepcionais, como greves ou catástrofes climáticas, que não podem ser previstos e, portanto, incluídos no modelo (esses dados devem ser retirados da série histórica e substituídos pela média) Variações Randômicas: aleatórias ou normais, que serão tratadas pela média. Em função dos fatores que influenciam os dados, a Previsão da Demanda baseada em séries temporais pode ser subdividida em passos, cada um deles relacionado ao dimensionamento de um destes fatores. A previsão final será o resultado da composição destes fatores. Existem técnicas para tratar a média (variações aleatórias), para tratar a tendência e para tratar a sazonalidade. Técnicas de Previsão Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Aplicam-se a dados históricos que contêm componentes randômicos. As causas que levam a essas variações são de difícil determinação, empregando-se técnicas de previsão baseadas na média. Técnicas de previsão da média procuram privilegiar os dados mais recentes da série histórica, que normalmente representam melhor a situação atual. Técnicas de Previsão n R P n t t t å = + = 1 1 1+t P t R n - Previsão para o próximo período; - Valor real observado no período t; - Número de períodos de vendas passadas Média Aritmética Simples: 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Períodos (meses) D e m a n d a ( k g ) Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Móvel Simples: Usa dados de um número predeterminado de períodos, normalmente os mais recentes, para gerar sua previsão. A cada novo período de previsão se substitui o dado mais antigo pelo mais recente. n RRRR MP ntttt tt )...( 121 1 +--- + ++++ == 1+t P - previsão para o próximo período; - média móvel no período t; - valor real observado no período t; - número de períodos considerados na média móvel. t Mm t R n Período Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Previsões para JULHO Demanda 60 50 45 50 45 70 60 Mm 5 50 45 50 45 70 5 52 00= + + + + = , Mm 3 50 45 70 3 55 00= + + = , Mm 3 45 70 60 3 58 33= + + = , Previsões para AGOSTO Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Móvel Simples: kgMm 32486 305133003560300633153256 6 = +++++ = kgMm 3276 6 342530513300356030063315 6 = +++++ = vVantagem: simplicidade operacional e facilidade de entendimento. vDesvantagem: armazenar um grande número de dados em função no número períodos. vUtilização: para produtos não muito relevantes e demandas estáveis. Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Móvel Simples: O numero de períodos determinam a sensibilidade com relação aos dados mais recentes. Pequenos períodos permitem uma reação maior a mudanças da demanda, enquanto que grandes períodos tratam a média de forma mais homogênea. 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Períodos (meses) D e m a n d a ( k g ) D.Real Mm3 Mm6 Mm12 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Móvel Ponderada: Pontos específicos podem ser ponderados mais ou menos do que outros, como parecerem adequados pela experiência. Visto que a média móvel simples dá peso igual para cada componente do banco de dados de média móvel, uma média móvel ponderada permite que quaisquer pesos sejam dados a cada elemento, contanto que a soma de todos os pesos seja igual a 1. Exemplo: Uma loja de departamentos poderá descobrir que, num período de seis meses, a melhor previsão é obtida utilizando-se 40% das vendas reais para o mês mais recente, 30% de dois meses atrás, 20% de três meses atrás e 10% de quatro meses atrás. Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 93 101 89 100 90 105 95 ? Mp5 = 95 * 0,4 + 105 * 0,3 + 90 * 0,2 + 100 * 0,1 = 97,5 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Exponencial Móvel: Nesta técnica, o peso de cada observação decresce no tempo em progressão geométrica, ou de forma exponencial. Cada nova previsão é obtida com base na previsão anterior, acrescida do erro cometido na previsão anterior, corrigido por um coeficiente de ponderação. (α) é fixado pelo analista dentro de uma faixa que varia de 0 a 1. Quanto maior o seu valor, mais rapidamente o modelo de previsão reagirá a uma variação real da demanda. - Valor muito grande: as previsões ficarão muito sujeitas às variações aleatórias da demanda. - Valor muito pequeno: as previsões poderão ficar defasadas da demanda real. - Os valores normalmente usados para (α) variam de 0,05 a 0,50. Mt = Previsão para o período t; Mt1 = Previsão para o período t1; α = coeficiente de ponderação; Dt1 = Demanda do período t1. Mt = Mt1 + α (Dt1 - Mt1) Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Exponencial Móvel:Exemplo 1: supondo que a previsão anterior foi de 100 unidades e que o valor real atingiu 110 unidades, para um valor de α = 0,1, a próxima previsão será: Exemplo 2: A tabela apresenta as demandas dos últimos 10 períodos. Empregada a média exponencial móvel para prever a demanda do período 11 utilizando α = 0,10 e α = 0,50. Mt = 100 + 0,1 (110 - 100) = 101 (10% do erro embutido na próxima previsão) Período Demanda Real α = 0,10 α = 0,50 Previsão ERRO Previsão ERRO 1 90 2 95 90,00 5,00 90,00 5,00 3 98 90,50 7,50 92,50 5,50 4 90 91,25 -1,25 95,25 -5,25 5 92 91,12 0,88 92,62 -0,62 6 95 91,20 3,80 92,31 2,69 7 90 91,58 -1,58 93,65 -3,65 8 100 91,42 8,58 91,82 8,18 9 92 92,27 -0,27 95,91 -3,91 10 95 92,25 2,75 93,95 1,05 11 92,52 25,41 94,47 8,99 = Previsão do período + α * Erro = 90 + 0,10 * (95 – 90) Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Exponencial Móvel: Exemplo 3: M3 = 3256 + 0,1 (3315 - 3256) M3 = 3262 kg para α = 0,10 M3 = 3256 + 0,5 (3315 - 3256) M3 = 3286 kg para α = 0,50 M3 = 3256 + 0,8 (3315 - 3256) M3 = 3303 kg para α = 0,80 A tabela emprega a média exponencial móvel utilizando: α = 0,10, α = 0,50 e α = 0,80. As previsões baseadas na média exponencial móvel são as mais utilizadas, principalmente em sistemas computacionais, pois o modelo exige apenas três dados por item (previsão passada, demanda e coeficiente de ponderação) Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Exponencial Móvel: Exemplo 3: A previsão empregando α = 0,10 fornece uma curva de previsão mais suave, não refletindo de forma imediata as alterações bruscas na demanda, porém pode ser interessante para se estabilizar o programa de produção, mas pode retardar o movimento em direção a um novo patamar de demanda. 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Períodos (meses) D e m a n d a ( k g ) D.Real Ma = 0,10 Ma = 0,50 Ma = 0,80 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Exponencial Móvel: Exercício 1: Admitindo que a demanda de um produto nos últimos 9 meses teve o seguinte comportamento: a) Prever a demanda para o mês 10, empregando a média móvel com 4 períodos e a média exponencial móvel com α = 0,20; b) Admitindo que a demanda do mês 10 foi de 40 unidades, fazer a previsão para o mês 11, com as duas técnicas. c) Verificar qual das duas técnicas de previsão gera o menor erro acumulado. Exercício 2: Uma empresa usa média exponencial móvel com ajuste de 0,30 para previsão de demanda. A previsão para a 1ª semana de julho foi de 800 unidades, ao passo que a demanda real foi de 850 unidades. Determine a previsão para a 2ª semana de julho. Mt = Mt1 + α (Dt1 - Mt1) Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Demanda 30 27 35 40 33 29 41 38 35 n RRRR MP ntttt tt )...( 121 1 +--- + ++++ == Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Exponencial Móvel: Exercício 3: Uma empresa, fabricante de peças, teve neste ano, o seguinte volume de vendas de seu produto: JAN = 4100, FEV = 3800, MAR = 3800, ABR = 4000, MAI = 4100, JUN = 4200 e JUL = 4900. Determine a previsão para agosto, considerando: a) O método da média móvel, considerando n = 3. b) A média exponencial móvel com α = 0,3 e 0,6. c) A média móvel ponderada utilizando 50% de vendas reais para o mês mais recente, 30% de dois meses atrás, 20% de três meses atrás. Exercício 4: Suponha que seu estoque de vendas de mercadorias é mantido a partir da previsão de demanda e sabendo-se que as vendas nos meses de junho, julho, agosto, foram respectivamente: 260, 290, 310 unidades. Calcule sua previsão de vendas para setembro, utilizando a média ponderada com valores de 0,10, 0,30 e 0,60 para junho, julho e agosto, respectivamente. Mt = Mt1 + α (Dt1 - Mt1) n RRRR MP ntttt tt )...( 121 1 +--- + ++++ == Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Média: Técnicas de Previsão Média Exponencial Móvel: Exercício: Apure as previsões de demanda para o 11º período utilizando a Média Exponencial Móvel e verifique o erro acumulado. Período Demanda α = 0,30 α = 0,60 Previsão ERRO Previsão ERRO 1 90 2 95 3 98 4 90 5 92 6 95 7 90 8 100 9 92 10 95 11 Período Demanda α = 0,20 α = 0,50 Previsão ERRO Previsão ERRO 1 20 2 25 3 30 4 43 5 26 6 32 7 40 8 43 9 27 10 30 11 Mt = Mt1 + α (Dt1 - Mt1) Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: A tendência refere-se ao movimento gradual de longo prazo da demanda. O cálculo é realizado por uma equação que descreva este movimento. A plotagem dos dados passados permitirá a identificação desta equação, que pode ser linear ou não linear (exponencial, parabólica, logarítmica etc.), porém, devido à maior aplicabilidade, será analisada a tendência linear. Existem duas Técnicas: a) Equação linear para a tendência b) Ajustamento exponencial para a tendência Técnicas de Previsão 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Períodos (meses) D e m a n d a ( k g ) Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exemplo 1: Técnicas de Previsão Y a bX= + ( ) ( )( ) ( ) ( ) b n XY X Y n X X = - - å å å å å 2 2 ( ) a Y b X n = - åå Semana X Demanda Y X² X*Y 1 450 1 450 2 430 4 860 3 470 9 1.410 4 480 16 1.920 5 450 25 2.250 6 500 36 3.000 7 520 49 3.640 8 530 64 4.240 Total 36 3.830 204 17.770 46,421 8 36*73,123830 = - =a 73,12 36204*8 3830*3617770*8 2 = - - =b XY 73,1246,421 += 03,536)9.(73,1246,421 9 =+=Y 76,548)10.(73,1246,421 10 =+=Y Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exemplo 1: Técnicas de Previsão Semana X Demanda Y X² X*Y Previsão ERRO 1 450 1 450 434,2 15,8 2 430 4 860 446,9 -16,9 3 470 9 1.410 459,6 10,4 4 480 16 1.920 472,4 7,6 5 450 25 2.250 485,1 -35,1 6 500 36 3.000 497,9 2,1 7 520 49 3.640 510,6 9,4 8 530 64 4.240 523,3 6,7 Total 36 3.830 204 17.770 0,0 XY 73,1246,421 += 03,536)9.(73,1246,421 9 =+=Y 76,548)10.(73,1246,421 10 =+=Y 4 5 0 4 3 0 4 7 0 4 8 0 4 5 0 5 0 0 5 2 0 5 3 0 434,2 446,9 459,6 472,4 485,1 497,9 510,6 523,3 536,1 548,8 420 440 460 480 500 520 540 560 1 3 5 7 9 y = 12,738x + 421,43 R² = 0,7668 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exemplo 2: Técnicas de Previsão 1,3935 24 300*)287,75(71856 = -- =a 287,75 3004900*24 71856*300811620*24 2 -= - - =b ( ) ( )( ) ( ) ( )22 åå ååå - - = XXn YXXYn b ( ) a Y b X n = - åå XY 287,751,3935 -= y = -75,287x + 3935,1 R² = 0,9199 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 )().( )( 22 yySxxS xyS R = Coeficiente de Determinação kgY 2053)25.(287,751,3935 =-= Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exemplo 2: Técnicas de Previsão Período X D. Real Y X² X.Y Y² 1 3.973 1 3.973 15.784.729 2 3.531 4 7.062 12.467.961 3 3.523 9 10.569 12.411.529 4 3.551 16 14.204 12.609.601 5 3.524 25 17.620 12.418.576 6 3.632 36 21.792 13.191.424 7 3.525 49 24.675 12.425.625 8 3.620 64 28.960 13.104.400 9 3.159 81 28.431 9.979.281 10 3.084 100 30.840 9.511.056 11 3.204 121 35.244 10.265.616 12 2.826 144 33.912 7.986.276 13 3.188 169 41.444 10.163.344 14 2.991 196 41.874 8.946.081 15 2.633 225 39.495 6.932.689 16 2.792 256 44.672 7.795.264 17 2.779 289 47.243 7.722.841 18 2.687 324 48.366 7.219.969 19 2.457 361 46.683 6.036.849 20 2.361 400 47.220 5.574.321 21 2.474 441 51.954 6.120.676 22 2.428 484 53.416 5.895.184 23 1.965 529 45.195 3.861.225 24 1.949 576 46.776 3.798.601300 71.856 4.900 811.620 222.223.118 1150 24 300 4900 )( )( 22 2 =-=-= å å n x xxxS 7086254 24 71856 222223118 )( )( 22 2 =-=-= å å n y yyyS 86580 24 71856300 811620 )()( )( -=-=-= å åå x n yx xyxyS 287,75 1150 86580 )( )( -= - == xxS xyS b 1,3935 24 300 ).287,75( 24 71856 . =--=-= xy ba 920,0 7086254*1150 86580 )().( )( 222 = - == yySxxS xyS R XY 287,751,3935 -= R² - quanto mais próximo de 1, mais aderente aos dados históricos está a equação de previsão. Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exemplo 2: Técnicas de Previsão kgY 2053)25.(287,751,3935 =-= Período X D. Real Y D. Prev Erro 1 3.973 3.860 113 2 3.531 3.785 -254 3 3.523 3.709 -186 4 3.551 3.634 -83 5 3.524 3.559 -35 6 3.632 3.483 149 7 3.525 3.408 117 8 3.620 3.333 287 9 3.159 3.258 -99 10 3.084 3.182 -98 11 3.204 3.107 97 12 2.826 3.032 -206 13 3.188 2.956 232 14 2.991 2.881 110 15 2.633 2.806 -173 16 2.792 2.730 62 17 2.779 2.655 124 18 2.687 2.580 107 19 2.457 2.505 -48 20 2.361 2.429 -68 21 2.474 2.354 120 22 2.428 2.279 149 23 1.965 2.203 -238 24 1.949 2.128 -179 Erro Acumulado = 0,00 kgY 3860)1.(287,751,3935 =-= kgY 3785)2.(287,751,3935 =-= kgY 2128)24.(287,751,3935 =-= y = -75,287x + 3935,1 R² = 0,9199 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 kgY 1978)26.(287,751,3935 =-= Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exercício 1: Técnicas de Previsão Mês (X) Demanda (Y) 1 18 2 17 3 22 4 19 5 24 6 21 7 22 8 20 9 25 10 26 11 23 12 26 ( ) ( )( ) ( ) ( )22 åå ååå - - = XXn YXXYn b ( ) a Y b X n = - åå Y a bX= + Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exercício 2: Técnicas de Previsão Semana (X) Demanda (Y) 1 200 2 250 3 220 4 210 5 250 6 280 7 350 8 300 ( ) ( )( ) ( ) ( )22 åå ååå - - = XXn YXXYn b ( ) a Y b X n = - åå Y a bX= + Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: a) Equação Linear para a Tendência: Exercício 3: Uma linha de eletrodomésticos tem apresentado as vendas dos últimos 7 meses conforme da Tabela abaixo. Realizar a previsão de vendas para os meses de agosto, setembro e outubro, utilizando a equação linear de tendência. Determine o Coeficiente de Determinação. Técnicas de Previsão Mês JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL Vendas 100 110 125 135 140 153 167 ( ) ( )( ) ( ) ( )22 åå ååå - - = XXn YXXYn b ( ) a Y b X n = - åå Y a bX= + )().( )( 22 yySxxS xyS R = å å -= n x xxxS 2 2 )( )( å å -= n y yyyS 2 2 )( )( å åå -= n yx xyxyS ))(( )( Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: b) Ajustamento Exponencial para a Tendência: Técnicas de Previsão Pt+1 = Previsão da demanda para o período t+1; Pt = Previsão da demanda para o período t; Pt-1 = Previsão da demanda para o período t-1; Mt = Previsão média exponencial móvel da demanda para o período t; Tt = Previsão da tendência para o período t; Tt-1 = Previsão da tendência para o período t-1; α1 = coeficiente de ponderação da média; α2 = coeficiente de ponderação da tendência; Dt = Demanda do período t. P M T t t t+ = + 1 ( )M P D Pt t t t= + -a 1 ( )( )T T P P Tt t t t t= + - -- - -1 2 1 1a Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: b) Ajustamento Exponencial para a Tendência: Técnicas de Previsão Período t Demanda D Mt = Pt + α1 (Dt - Pt) Tt = Tt-1 + α2 ((Pt - Pt-1) - Tt-1) Pt+1 = Mt + Tt 1 200 Estimativa inicial da tendencıa = (240-200)/2 = 20 2 250 Estimativa inicial da demanda = 240 + 20 = 260 3 240 240 + 20 = 260,0 4 300 260 + 0,2 (300 - 260) = 268 20 + 0,3 ((260 - 240) - 20) = 20 268 + 20 = 288,0 5 340 288 + 0,2 (340 - 288) = 298,4 20 + 0,3 ((288 - 260) - 20) = 22,4 298,4 + 22,4 = 320,8 6 390 320,8 + 0,2 (390 - 320,8) = 334,6 22,4 + 0,3 ((320,8 - 288) - 22,4) = 25,5 334,6 + 25,5 = 360,2 7 350 360,2 + 0,2 (350 - 360,2) = 358,1 25,5 + 0,3 ((360,2 - 320,8) - 25,5) = 29,7 358,1 + 29,7 = 387,6 8 400 387,8 + 0,2 (400 - 387,8) = 390,2 29,7 + 0,3 ((387,8 - 360,2) - 29,6) = 29,1 390,2 + 29,1 = 419,3 150 200 250 300 350 400 450 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Demanda Real PrevisãoExemplo 1: α1= 0,2 α2 = 0,3 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: b) Ajustamento Exponencial para a Tendência: Exemplo 2: Técnicas de Previsão Período Demanda Mt Tt Previsão t D α1 = 0,7 α2 = 0,3 Pt+1 1 3.973 2 3.531 -225,0 3.306 3 3.523 3.523,0 -225,0 3.298 4 3.551 3.475,1 -159,9 3.315 5 3.524 3.461,4 -106,8 3.355 6 3.632 3.548,8 -62,9 3.486 7 3.525 3.513,3 -4,7 3.509 8 3.620 3.586,6 3,6 3.590 9 3.159 3.288,3 27,0 3.315 10 3.084 3.153,4 -63,6 3.090 11 3.204 3.169,7 -112,2 3.058 12 2.826 2.895,5 -88,2 2.807 13 3.188 3.073,8 -136,8 2.937 14 2.991 2.974,8 -56,9 2.918 15 2.633 2.718,5 -45,5 2.673 16 2.792 2.756,3 -105,4 2.651 17 2.779 2.740,6 -80,4 2.660 18 2.687 2.679,0 -53,5 2.626 19 2.457 2.507,6 -47,8 2.460 20 2.361 2.390,6 -83,2 2.307 21 2.474 2.424,0 -104,0 2.320 22 2.428 2.395,6 -69,0 2.327 23 1.965 2.073,5 -46,3 2.027 24 1.949 1.972,5 -122,2 1.850 P M T t t t+ = + 1 ( )M P D Pt t t t= + -a 1 ( )( )T T P P Tt t t t t= + - -- - -1 2 1 1a 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 D. Real D. Prevista Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: b) Ajustamento Exponencial para a Tendência: Exercício: α1 = 0,4 / α2 = 0,7 Técnicas de Previsão P M T t t t+ = + 1 ( )M P D Pt t t t= + -a 1 ( )( )T T P P Tt t t t t= + - -- - -1 2 1 1a Período t Demanda D Mt Tt Pt+1 1 22 2 27 3 23 4 32 5 35 6 38 7 32 8 41 9 45 10 47 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Tendência: b) Ajustamento Exponencial para a Tendência: Exercício: α1 = 0,4 / α2 = 0,7 Técnicas de Previsão P M T t t t+ = + 1 ( )M P D Pt t t t= + -a 1 ( )( )T T P P Tt t t t t= + - -- - -1 2 1 1a Período (t) Demanda (D) Mt Tt Pt+1 1 18 2 17 3 22 4 19 5 24 6 21 7 22 8 20 9 25 10 26 11 23 12 26 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: A sazonalidade caracteriza-se pela ocorrência de variações, para cima e para baixo, a intervalos regulares nas séries temporais da demanda. Exemplos de período de ocorrência da sazonalidade: - Anual: demanda por ar-condicionado. - Mensal: atendimento bancário no final do mês. - Semanal: atendimentos em um restaurante no final de semana. - Diário: fluxo de veículos no horário do rush. A sazonalidade é expressa em termos de uma quantidade, ou de uma percentagem, da demanda que se desvia dos valores médios da série. O valor aplicado sobre a média, ou a tendência, é conhecido como índice de sazonalidade (IS). Técnicas de Previsão 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Períodos (meses) D e m a n d a ( k g ) D.Real 1 D.Real 2 Figura: Demandas com Sazonalidade Simples (9 períodos) e com Tendência crescente (6 períodos). Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: A forma mais simples de considerar a sazonalidade nas previsões da demanda consiste em empregar o último dado da demanda, no período sazonal em questão, e assumi-lo como previsão. Exemplo: a demanda por casacos em julho deste ano seria igual à demanda de julho do ano passado. Se existir tendência, ela deverá ser adicionada, ou retirada, do valor obtido. A forma mais usual de inclusão da sazonalidade nas previsões da demanda consiste em obter o índice de sazonalidade para os diversos períodos, empregando a Média Móvel Centrada, e aplica-los sobre o valor médio (ou tendência) previsto para o período em questão. O índice de sazonalidade é obtido dividindo-se ovalor da Demanda no período pela Média Móvel Centrada neste período. O período empregado para o cálculo da Média Móvel Centrada (MMC) é o ciclo da sazonalidade. Quando se dispõem de dados suficientes, calculam-se vários índices para cada período e tira-se uma média. Técnicas de Previsão Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Técnicas de Previsão 30 40 50 60 70 80 90 100 S e g T e r Q u a Q u i S e x S á b D o m S e g T e r Q u a Q u i S e x S á b D o m S e g T e r Q u a Q u i S e x S á b D o m S e g T e r Q u a DIA Demanda MMC IS Seg 50 Ter 55 Qua 52 Qui 56 63,29 0,885 Sex 65 64,00 1,016 Sáb 80 63,29 1,264 Dom 85 64,14 1,325 Seg 55 63,29 0,869 Ter 50 64,00 0,781 Qua 58 63,29 0,916 Qui 50 62,57 0,799 Sex 70 62,14 1,126 Sáb 75 62,14 1,207 Dom 80 61,57 1,299 Seg 52 63,00 0,825 Ter 50 62,29 0,803 Qua 54 63,71 0,848 Qui 60 65,14 0,921 Sex 65 64,86 1,002 Sáb 85 65,29 1,302 Dom 90 65,43 1,376 Seg 50 Ter 53 Qua 55 Demanda Med. = 63,5 7 DomSabSexQuiQuaTerSeg Qui DDDDDDD MMC ++++++ = 28,63 7 443 7 85806556525550 == ++++++ =QuiMMC 0,64 7 448 7 55858065565255 == ++++++ = Sex MMC Exemplo 1: Demandas diárias de refeições em um restaurante durante 3 semanas. 885,0 29,63 56 === Qui Qui Qui MMC D IS 016,1 64 65 === Sex Sex Sex MMC D IS Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Técnicas de Previsão 847,0 2 )825,0869,0( 2 )( 21 )( = + = + = SegSeg MEDSeg ISIS IS DIA Demanda MMC IS Seg 50 Ter 55 Qua 52 Qui 56 63,29 0,885 Sex 65 64,00 1,016 Sáb 80 63,29 1,264 Dom 85 64,14 1,325 Seg 55 63,29 0,869 Ter 50 64,00 0,781 Qua 58 63,29 0,916 Qui 50 62,57 0,799 Sex 70 62,14 1,126 Sáb 75 62,14 1,207 Dom 80 61,57 1,299 Seg 52 63,00 0,825 Ter 50 62,29 0,803 Qua 54 63,71 0,848 Qui 60 65,14 0,921 Sex 65 64,86 1,002 Sáb 85 65,29 1,302 Dom 90 65,43 1,376 Seg 50 Ter 53 Qua 55 Demanda Med. = 63,5 792,0 2 )803,0781,0( 2 )( 21 )( = + = + = TerTer MEDTer ISIS IS 882,0 2 )848,0916,0( 2 )( 21 )( = + = + = QuaQua MEDQua ISIS IS IS Médio ISSeg 0,847 ISTer 0,792 ISQua 0,882 ISQui 0,868 ISSex 1,048 ISSab 1,258 ISDom 1,333 868,0 3 )921,0799,0885,0( 3 )( 321 )( = ++ = ++ = QuiQuiQui MEDQui ISISIS IS 048,1 3 )002,1126,1016,1( )( = ++ = MEDSex IS 258,1 3 )302,1207,1264,1( )( = ++ = MEDSab IS 333,1 3 )376,1299,1325,1( )( = ++ = MEDDom IS 2 )( )º2(1)º1(1 )(1 CC MED ISIS IS + = Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Técnicas de Previsão DIA Demanda D.Média IS Médio D. Prev. Erro Seg 50 63,5 0,847 53,8 -3,8 Ter 55 63,5 0,792 50,3 4,7 Qua 52 63,5 0,882 56,0 -4,0 Qui 56 63,5 0,868 55,2 0,8 Sex 65 63,5 1,048 66,6 -1,6 Sáb 80 63,5 1,258 79,9 0,1 Dom 85 63,5 1,333 84,7 0,3 Seg 55 63,5 0,847 53,8 1,2 Ter 50 63,5 0,792 50,3 -0,3 Qua 58 63,5 0,882 56,0 2,0 Qui 50 63,5 0,868 55,2 -5,2 Sex 70 63,5 1,048 66,6 3,4 Sáb 75 63,5 1,258 79,9 -4,9 Dom 80 63,5 1,333 84,7 -4,7 Seg 52 63,5 0,847 53,8 -1,8 Ter 50 63,5 0,792 50,3 -0,3 Qua 54 63,5 0,882 56,0 -2,0 Qui 60 63,5 0,868 55,2 4,8 Sex 65 63,5 1,048 66,6 -1,6 Sáb 85 63,5 1,258 79,9 5,1 Dom 90 63,5 1,333 84,7 5,3 Seg 50 63,5 0,847 53,8 -3,8 Ter 53 63,5 0,792 50,3 2,7 Qua 55 63,5 0,882 56,0 -1,0 Demanda Med. = 63,5 -4,6 1)-(IS*D.MédD.MédD.Prev Seg+= 8,531)-(0,847*63,563,5D.PrevSeg =+= 3,501)-(0,792*63,563,5D.PrevTer =+= 30 40 50 60 70 80 90 100 S e g Te r Q u a Q u i S e x S á b D o m S e g Te r Q u a Q u i S e x S á b D o m S e g Te r Q u a Q u i S e x S á b D o m S e g Te r Q u a IS Médio IS Seg 0,847 IS Ter 0,792 ISQua 0,882 IS Qui 0,868 IS Sex 1,048 IS Sab 1,258 ISDom 1,333 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Técnicas de Previsão Exemplo 2: Demandas para 24 períodos - sazonalidade de 9 períodos. Período D. Real MMC IS 1 3.600 2 3.416 3 2.682 4 2.250 5 2.107 2.921 0,7213 6 2.352 2.906 0,8092 7 2.841 2.899 0,9800 8 3.322 2.906 1,1432 9 3.720 2.906 1,2799 10 3.468 2.904 1,1942 11 3.349 2.909 1,1511 12 2.745 2.910 0,9432 13 2.254 2.913 0,7738 14 2.086 2.896 0,7204 15 2.400 2.908 0,8254 16 2.850 2.909 0,9798 17 3.344 2.909 1,1496 18 3.564 2.917 1,2219 19 3.576 2.903 1,2320 20 3.360 2.903 1,1576 21 2.745 22 2.325 23 1.960 24 2.400 2921 9 372033222841235221072250268234163600 5 = ++++++++ =MMC 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 7213,0 2921 2107 5 ==IS Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Técnicas de Previsão Exemplo 2: Período D. Real MMC IS 1 3.600 2 3.416 3 2.682 4 2.250 5 2.107 2.921 0,7213 6 2.352 2.906 0,8092 7 2.841 2.899 0,9800 8 3.322 2.906 1,1432 9 3.720 2.906 1,2799 10 3.468 2.904 1,1942 11 3.349 2.909 1,1511 12 2.745 2.910 0,9432 13 2.254 2.913 0,7738 14 2.086 2.896 0,7204 15 2.400 2.908 0,8254 16 2.850 2.909 0,9798 17 3.344 2.909 1,1496 18 3.564 2.917 1,2219 19 3.576 2.903 1,2320 20 3.360 2.903 1,1576 21 2.745 22 2.325 23 1.960 24 2.400 Demanda Med. = 2.907 IS Médio IS 1 1,2131 IS 2 1,1543 IS 3 0,9432 IS 4 0,7738 IS 5 0,7209 IS 6 0,8173 IS 7 0,9799 IS 8 1,1464 IS 9 1,2509 2131,1 2 )2320,11942,1( )(1 = + = MED IS 1543,1 2 )1576,11511,1( )(2 = + = MED IS 9432,03)(3 == ISIS MED 7738,04)(4 == ISIS MED 7209,0 2 )7204,07213,0( )(5 = + = MED IS Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Técnicas de Previsão Exemplo 2: IS Médio IS 1 1,2131 IS 2 1,1543 IS 3 0,9432 IS 4 0,7738 IS 5 0,7209 IS 6 0,8173 IS 7 0,9799 IS 8 1,1464 IS 9 1,2509 Período D. Real D.Média IS Médio D. Prev. Erro 1 3.600 2907 1,2131 3527 73 2 3.416 2907 1,1543 3356 60 3 2.682 2907 0,9432 2742 -60 4 2.250 2907 0,7738 2250 0 5 2.107 2907 0,7209 2096 11 6 2.352 2907 0,8173 2376 -24 7 2.841 2907 0,9799 2849 -8 8 3.322 2907 1,1464 3333 -11 9 3.720 2907 1,2509 3637 83 10 3.468 2907 1,2131 3527 -59 11 3.349 2907 1,1543 3356 -7 12 2.745 2907 0,9432 2742 3 13 2.254 2907 0,7738 2250 4 14 2.086 2907 0,7209 2096 -10 15 2.400 2907 0,8173 2376 24 16 2.850 2907 0,9799 2849 1 17 3.344 2907 1,1464 3333 11 18 3.564 2907 1,2509 3637 -73 19 3.576 2907 1,2131 3527 49 20 3.360 2907 1,1543 3356 4 21 2.745 2907 0,9432 2742 3 22 2.325 2907 0,7738 2250 75 23 1.960 2907 0,7209 2096 -136 24 2.400 2907 0,8173 2376 24 Demanda Med 2907 37 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 35271)-(1,2131*29072907D.Prev1 =+= Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Exercício 1: Técnicas de Previsão Período D. Real 1 36 2 34 3 30 4 25 5 26 6 29 7 34 8 35 9 33 10 28 11 25 12 25 13 31 14 35 15 37 16 35 17 33 18 26 19 25 7 7654321 4 DDDDDDD MMC ++++++ = 4 4 4 MMC D IS = 2 )( )º2(1)º1(1 )(1 CC MED ISIS IS + = 1)-(IS*D.MédD.MédD.Prev 1(MED)+= Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade Simples: Exercício 2: As demandas diárias de refeições em um restaurante apresentaram-se como visto na tabela abaixo. Determine as demandas previstas para os dias da semana, considerando sua sazonalidade. Técnicas de Previsão DIA D. Real Seg 33 Ter 26 Qua 24 Qui 33 Sex 45 Sáb 60 Dom 65 Seg 35 Ter 30 Qua 28 Qui 32 Sex 39 Sáb 55 Dom 60 Seg 32 Ter 30 Qua 34 7 DomSabSexQuiQuaTerSeg Qui DDDDDDD MMC ++++++ = Qui Qui Qui MMC D IS = 2 )( 21 )( SegSeg MEDSeg ISIS IS + = 1)-(IS*D.MédD.MédD.Prev Seg+= Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade com Tendência: Passos para determinação da previsão: a) Obter os índices de sazonalidade através da média móvel centrada; b) Retiraro componente de sazonalidade da série de dados históricos, dividindo-os pelos correspondentes índices de sazonalidade; c) Com esses dados, desenvolver uma equação que represente o componente de tendência; d) Com a equação da tendência, fazer a previsão da demanda e multiplica-la pelo índice de sazonalidade. Técnicas de Previsão 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade com Tendência: Exemplo: Técnicas de Previsão kgMMC 2112 6 250328012717210914601083 5,3 = +++++ = Período D. Real MMC½ MMC IS 1 1.083 2 1.460 3 2.109 2.112 4 2.717 2.220 1,2237 2.329 5 2.801 2.470 1,1342 2.611 6 2.503 2.766 0,9050 2.921 7 2.381 3.081 0,7727 3.242 8 3.154 3.416 0,9233 3.590 9 3.969 3.743 1,0604 3.896 10 4.642 4.009 1,1578 4.123 11 4.892 4.263 1,1475 4.404 12 4.338 4.557 0,9520 4.710 13 3.742 4.885 0,7660 5.061 14 4.839 5.226 0,9259 5.392 15 5.805 5.504 1,0547 5.616 16 6.747 5.761 1,1711 5.907 17 6.880 6.020 1,1429 6.133 18 5.683 6.286 0,9041 6.439 19 5.487 6.612 0,8299 6.785 20 6.194 6.917 0,8955 7.049 21 7.642 7.171 1,0657 7.292 22 8.821 23 8.469 24 7.139 Nesse caso, o ciclo de sazonalidade é de 6 períodos e quando o ciclo da sazonalidade for um número par, com o centro dos dados caindo no meio de um período, primeiro se calculam as médias móveis centradas no meio dos períodos (MMC½) e, se corrige esses valores para que coincidam com os períodos analisados, fazendo a média de dois valores descentrados: kgMMC 2329 6 238125032801271721091460 5,4 = +++++ = kgMMC 2220 2 23292112 4 = + = 2237,1 2220 2717. 4 4 4 === MMC RD IS IS Médio IS 1 0,7895 IS 2 0,9149 IS 3 1,0603 IS 4 1,1842 IS 5 1,1415 IS 6 0,92047895,0 3 )8299,07660,07727,0( )(1 = ++ = MED IS Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade com Tendência: Exemplo: Técnicas de Previsão IS Médio IS 1 0,7895 IS 2 0,9149 IS 3 1,0603 IS 4 1,1842 IS 5 1,1415 IS 6 0,9204 Período D. Real IS Med. Tend.1 1 1.083 0,78955 1372 2 1.460 0,91491 1596 3 2.109 1,06026 1989 4 2.717 1,18418 2294 5 2.801 1,14152 2454 6 2.503 0,92036 2720 7 2.381 0,78955 3016 8 3.154 0,91491 3447 9 3.969 1,06026 3743 10 4.642 1,18418 3920 11 4.892 1,14152 4286 12 4.338 0,92036 4713 13 3.742 0,78955 4739 14 4.839 0,91491 5289 15 5.805 1,06026 5475 16 6.747 1,18418 5698 17 6.880 1,14152 6027 18 5.683 0,92036 6175 19 5.487 0,78955 6950 20 6.194 0,91491 6770 21 7.642 1,06026 7208 22 8.821 1,18418 7449 23 8.469 1,14152 7419 24 7.139 0,92036 7757 1372 78955,0 1083. 1. )(1 1 1 === MED IS RD Tend 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade com Tendência: Exemplo: Técnicas de Previsão 1150 24 300 4900)( 2 =-=xxS 94723842 24 112505 622111992)( 2 =-=yyS 329301 24 112505300 1735610)( =-= x xyS 3,286 1150 329301 )( )( === xxS xyS b 3,1108 24 300 ).3,286( 24 112505 . =-=-= xy ba XY 3,2863,1108 += Período (X) Tend. 1 (Y) X² y² X.Y 1 1.372 1 1.881.487 1.372 2 1.596 4 2.546.535 3.192 3 1.989 9 3.956.632 5.967 4 2.294 16 5.264.366 9.178 5 2.454 25 6.020.914 12.269 6 2.720 36 7.396.097 16.317 7 3.016 49 9.094.170 21.110 8 3.447 64 11.884.126 27.579 9 3.743 81 14.013.116 33.691 10 3.920 100 15.366.576 39.200 11 4.286 121 18.365.769 47.141 12 4.713 144 22.215.699 56.560 13 4.739 169 22.462.176 61.613 14 5.289 196 27.974.036 74.047 15 5.475 225 29.976.227 82.126 16 5.698 256 32.462.970 91.162 17 6.027 289 36.325.624 102.460 18 6.175 324 38.127.313 111.145 19 6.950 361 48.296.336 132.042 20 6.770 400 45.833.845 135.401 21 7.208 441 51.950.123 151.361 22 7.449 484 55.488.435 163.879 23 7.419 529 55.042.795 170.639 24 7.757 576 60.166.625 186.161 300 112.505 4.900 622.111.992 1.735.610 9955,0 94723842*1150 329301 2 2 ==R y = 286,35x + 1108,3 R² = 0,9955 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade com Tendência: Exemplo: Técnicas de Previsão Período D. Real IS Med. Tend.2 D.Prev. Erro 1 1.083 0,78955 1.395 1101 -18 2 1.460 0,91491 1.681 1538 -78 3 2.109 1,06026 1.967 2086 23 4 2.717 1,18418 2.254 2669 48 5 2.801 1,14152 2.540 2900 -99 6 2.503 0,92036 2.826 2601 -98 7 2.381 0,78955 3.113 2458 -77 8 3.154 0,91491 3.399 3110 44 9 3.969 1,06026 3.685 3908 61 10 4.642 1,18418 3.972 4703 -61 11 4.892 1,14152 4.258 4861 31 12 4.338 0,92036 4.545 4183 155 13 3.742 0,78955 4.831 3814 -72 14 4.839 0,91491 5.117 4682 157 15 5.805 1,06026 5.404 5729 76 16 6.747 1,18418 5.690 6738 9 17 6.880 1,14152 5.976 6822 58 18 5.683 0,92036 6.263 5764 -81 19 5.487 0,78955 6.549 5171 316 20 6.194 0,91491 6.835 6254 -60 21 7.642 1,06026 7.122 7551 91 22 8.821 1,18418 7.408 8772 49 23 8.469 1,14152 7.694 8783 -314 24 7.139 0,92036 7.981 7345 -206 300 -45 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1395)1(*3,2863,11082. 1 =+=Tend XY 3,2863,1108 += 11011)-(0,78955*13951395D.Prev1 =+= 65261)-(0,78955*82668266D.Prev25 =+= 8266)25(*3,2863,11082. 25 =+=Tend Tend2 = Y 𝑫.𝑷𝒓𝒆𝒗𝟏 = 𝑻𝒆𝒏𝒅𝟐𝟏 + 𝑻𝒆𝒏𝒅𝟐𝒂 ∗ (𝑰𝑺𝟏 𝑴𝑬𝑫 − 𝟏) Previsões: Séries Temporais Técnicas para Previsão da Sazonalidade: Sazonalidade com Tendência: Exercício: Técnicas de Previsão Período D. Real 1 10 2 14 3 21 4 27 5 28 6 25 7 23 8 31 9 39 10 46 11 48 12 43 13 37 14 48 15 58 16 67 17 68 18 56 Previsões: Baseada em Correlações Ao contrário das previsões anteriormente vistas, que relacionam a demanda de um produto com a demanda passada deste produto, estas buscam prever a demanda de determinado produto com base na previsão de outra variável que esteja relacionada com o produto. Exemplo: • Demanda de sabão em pó pode estar relacionada com as vendas de máquinas de lavar roupa; • Demanda por vidros planos pode estar relacionada com o número de novas residências em construção. • Número de serviços de revisões de motores está relacionado ao número de veículos vendidos pela concessionária. Objetivo: estabelecer uma equação que identifique o efeito da variável de previsão sobre a demanda do produto em análise. Dois tipos de dados precisam ser levantados: • Histórico da demanda do produto em questão (variável dependente); • Histórico da variável de previsão (variável independente). Com estes dados, através da técnica conhecida como regressão, pode-se estabelecer essa equação matemática. Técnicas de Previsão Previsões: Baseada em Correlações Quando a correlação entre as variáveis leva a uma equação linear, ela é conhecida como regressão linear e quando leva a uma equação curvilínea, chama-se regressão não linear. No caso de duas variáveis estarem envolvidas, chama-se de regressão simples, e com mais de duas variáveis, chama-se de regressão múltipla. O objetivo da regressão linear simples consiste em encontrar uma equação linear de previsão, do tipo Y = a + bX (onde Y é a variável dependente a ser prevista e X a variável independente da previsão). Técnicas de Previsão mínimoÞå 2b b Y = a + bX Y X ( ) ( )( ) ( ) ( )22 åå ååå - - = XXn YXXYn b Y a bX= + ( ) a Y b X n = - åå Previsões: Baseada em Correlações Exemplo: Uma cadeia de fastfood verificou que as vendas mensais de refeições em suas 13 casas estão relacionadas ao número de alunos matriculados em escolas situadas num raio de 2 km em torno da casa. A empresa pretende instalar uma nova casa numa região onde o número de alunos é de 13.750. Qual a previsão da demanda para estanova casa? Técnicas de Previsão ( ) ( )( ) ( ) ( )2143100166337000013 450710143100522486000013 - - =b XY 99,21757 += 1757 13 143100*99,2450710 = - =a n Vendas por Casa (Y) Número de Alunos (X) Y² X² X.Y 1 31.560 10.000 996.033.600 100.000.000 315.600.000 2 38.000 12.000 1.444.000.000 144.000.000 456.000.000 3 25.250 8.000 637.562.500 64.000.000 202.000.000 4 47.200 15.000 2.227.840.000 225.000.000 708.000.000 5 22.000 6.500 484.000.000 42.250.000 143.000.000 6 34.200 11.000 1.169.640.000 121.000.000 376.200.000 7 45.100 14.500 2.034.010.000 210.250.000 653.950.000 8 32.300 10.100 1.043.290.000 102.010.000 326.230.000 9 29.000 9.200 841.000.000 84.640.000 266.800.000 10 40.900 13.400 1.672.810.000 179.560.000 548.060.000 11 40.000 12.700 1.600.000.000 161.290.000 508.000.000 12 24.200 7.600 585.640.000 57.760.000 183.920.000 13 41.000 13.100 1.681.000.000 171.610.000 537.100.000 450.710 143.100 16.416.826.100 1.663.370.000 5.224.860.000 99,2=b 13750*99,21757 +=Y refeiçõesY 5,42869= Previsões: Baseada em Correlações Exemplo: Técnicas de Previsão y = 2,9895x + 1762,4 20.000 25.000 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000 5.000 7.000 9.000 11.000 13.000 15.000 17.000 88169231 13 143100 1663370000 )( )( 22 2 =-=-= å å n x xxxS 790710400 13 450710 01641682610 )( )( 22 2 =-=-= å å n y yyyS 263583000 13 450710143100 5224860000 )()( )( =-=-= å åå x n yx xyxyS 998,0 79071040088169231 263583000 )().( )( === xyySxxS xyS r Coeficiente de correlação de Pearson (r), que varia de +1 a -1. Quando próximo de +1, corresponde a uma correlação positiva forte das variáveis. Próximo de -1, indica correlação negativa forte. Perto de Zero, não existe correlação entre as variáveis. Previsões: Baseada em Correlações Exercício: Fazer o gráfico de correlação, determinar o valor previsto de Y para X=16, e determinar o coeficiente de correlação linear. Técnicas de Previsão (X) (Y) 10 31 12 40 8 25 15 47 6 20 11 28 14 50 10 32 9 35 13 45 12 35 7 26 13 41 ( ) ( )( ) ( ) ( )22 åå ååå - - = XXn YXXYn b Y a bX= + ( ) a Y b X n = - åå å å -= n x xxxS 2 2 )( )( å å -= n y yyyS 2 2 )( )( å åå -= n yx xyxyS )()( )( )().( )( yySxxS xyS r = Manutenção e Monitoração do Modelo Decidida a técnica de previsão e implantado o modelo, é necessário manter atualizada a previsão e monitorar esse modelo para que se tenham previsões confiáveis da demanda. Esta monitoração é realizada pelo cálculo e acompanhamento do erro da previsão. A manutenção e monitoração do modelo de previsão busca: a) verificar a acuracidade dos valores previstos; b) identificar, isolar e corrigir variações anormais; c) permitir a escolha de técnicas, ou parâmetros, mais eficientes. Para acompanhar o desempenho do modelo pode-se verificar o comportamento do erro acumulado, que deve tender a zero, pois se espera que o modelo de previsão gere, aleatoriamente, valores acima e abaixo dos reais, devendo assim se anular. Pode-se aplicar o Controle Estatístico de Processos (CEP) como uma ferramenta mais de monitoração, sendo que os limites superior e inferior de controle, correspondem a 4xMAD (Mean Absolute Deviation), que equivalem a três desvios-padrões, para cima ou para baixo. A fórmula para o cálculo do valor do MAD é: Técnicas de Previsão n DD MAD previstaatualå - = Datual = demanda ocorrida no período; Dprevista = demanda prevista no período; n = número de períodos. Manutenção e Monitoração do Modelo A cada nova previsão, o erro deverá ser plotado no gráfico De controle, e caso exceda esses limites, ações corretivas deverão ser tomadas. Exemplo: Técnicas de Previsão -400 -350 -300 -250 -200 -150 -100 -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Erro LSC LIC Período D. Real D.Prev. Erro MAD 1 1.083 1101 -18 18 2 1.460 1538 -78 78 3 2.109 2086 23 23 4 2.717 2669 48 48 5 2.801 2900 -99 99 6 2.503 2601 -98 98 7 2.381 2458 -77 77 8 3.154 3110 44 44 9 3.969 3908 61 61 10 4.642 4703 -61 61 11 4.892 4861 31 31 12 4.338 4183 155 155 13 3.742 3814 -72 72 14 4.839 4682 157 157 15 5.805 5729 76 76 16 6.747 6738 9 9 17 6.880 6822 58 58 18 5.683 5764 -81 81 19 5.487 5171 316 316 20 6.194 6254 -60 60 21 7.642 7551 91 91 22 8.821 8772 49 49 23 8.469 8783 -314 314 24 7.139 7345 -206 206 300 -45 95,2 2,95 24 2284 == - = å n DD MAD previstareal 8,3802,9544 === xxMADLSC 8,3802,9544 -=-=-= xxMADLSC Manutenção e Monitoração do Modelo O valor do erro de previsão servirá de base para o planejamento e dimensionamento dos estoques de segurança do sistema de PCP. Fatores que podem afetar o desempenho de um modelo de previsão: a) A técnica de previsão pode estar sendo usada incorretamente, ou sendo mal interpretada; b) A técnica de previsão perdeu a validade devido à mudança em uma variável importante, ou devido ao aparecimento de uma nova variável; c) Variações irregulares na demanda podem ter acontecido em função de greves, formação de estoques temporários, catástrofes naturais etc.; d) Ações estratégicas da concorrência, afetando a demanda; e) Variações aleatórias inerentes aos dados da demanda. Um modelo de previsão para a demanda funciona adequadamente quando apenas os erros decorrentes de variações aleatórias ocorrem. Quando outros tipos de erros aparecem, eles devem ser investigados para identificar suas causas e corrigir o problema. Técnicas de Previsão Manutenção e Monitoração do Modelo Exercício 1: Técnicas de Previsão DIA Demanda D. Prev. Seg 50 53,8 Ter 51 50,3 Qua 52 56,0 Qui 56 55,2 Sex 65 66,6 Sáb 80 79,9 Dom 85 84,7 Seg 55 53,8 Ter 50 50,3 Qua 58 56,0 Qui 45 55,2 Sex 67 66,6 Sáb 79 79,9 Dom 80 84,7 Seg 52 53,8 Ter 50 50,3 Qua 54 56,0 Qui 57 55,2 Sex 65 66,6 Sáb 85 79,9 n DD MAD previstarealå - = ).(4 MADLSC = ).(4 MADLSC -= previstareal DDERRO -= Manutenção e Monitoração do Modelo Exercício 2: Técnicas de Previsão Período Demanda α = 0,10 α = 0,50 Previsão Erro Previsão Erro 1 90 - 2 95 90,00 5,00 90,00 5,00 3 98 90,50 7,50 92,50 5,50 4 90 91,25 -1,25 95,25 -5,25 5 92 91,12 0,88 92,62 -0,62 6 95 91,20 3,80 92,31 2,69 7 90 91,58 -1,58 93,65 -3,65 8 100 91,42 8,58 91,82 8,18 9 92 92,27 -0,27 95,91 -3,91 10 95 92,25 2,75 93,95 1,05 92,52 25,41 94,47 8,99 n DD MAD previstarealå - = ).(4 MADLSC = ).(4 MADLSC -= Uma coisa só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário. (Albert Einstein) O Planejamento Estratégico busca maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos nas tomadas de decisões das empresas. Os impactos de decisões são de longo prazo e afetam a natureza e as características das empresas visando garantir o atendimento de sua missão. A empresa deve entender os limites de suas forças e habilidades no relacionamento com o meio ambiente, de maneira a criar vantagens competitivas em relação à concorrência, aproveitando-se de todas as situações que lhe trouxerem ganhos. Planejar estrategicamente consiste em gerar condições para que as empresas possam decidir rapidamente perante oportunidades e ameaças, otimizando suas vantagens competitivas em relação ao ambiente concorrencial onde atuam, garantindo sua perpetuação no tempo. Com base na definição da missão e visão corporativa, existem três níveis hierárquicos dentro de uma empresa onde se encontram estratégias de planejamento: v Nível Corporativo v Nível da Unidade de Negócios v Nível Funcional Planejamento Estratégico da Produção Nível Corporativo: define estratégias globais, a estratégia corporativa, apontando as áreas de negócios nas quais a empresa irá participar, e a organização e distribuição dos recursos para cada uma destas áreas ao longo do tempo, com decisões que não podem ser descentralizadas. Planejamento Estratégico da Produção Missão/Visão Corporativa Estratégia Corporativa Estratégia Competitiva Estratégia Funcional Finanças Marketing ProduçãoPlano Financeiro Plano de Marketing Plano de Produção Táticas Funcionais Operações Funcionais Nível da Unidade de Negócios: é uma subdivisão do nível corporativo, no caso de a empresa atuar com unidades de negócios semiautônomas. Cada unidade de negócios terá uma estratégia de negócios, também chamada de estratégia competitiva, definindo como o seu negócio compete no mercado, o desempenho esperado, e as estratégias que deverão ser conduzidas. Nível Funcional: estarão associadas as políticas de operação das diversas áreas funcionais da empresa, consolidando as estratégias corporativa e competitiva. Como resultados da definição de uma Estratégia Funcional são gerados: ü Plano Financeiro ü Plano de Marketing ü Plano de Produção Estes planos são detalhados e desmembrados a nível tático no sentido de fornecer os métodos e a direção que os vários setores da empresa necessitarão para pôr em prática tal estratégia. O Planejamento e Controle da Produção (PCP), como setor de apoio à produção, atua dentro destes três níveis de decisões: oNo nível Estratégico: colabora com a formulação de um Plano de Produção consolidado com o Plano Financeiro e o de Marketing. oNo nível Tático: desmembra o Plano de Produção em um Plano-mestre de Produção, detalhando os bens ou serviços que serão executados. oNo nível Operacional: programa e acompanha cada implementação deste plano-mestre. Planejamento Estratégico da Produção MISSÃO E VISÃO CORPORATIVA A missão e a visão corporativa são as bases sobre as quais a empresa é constituída, razão de sua existência. Fazem parte dessa questão a definição clara de qual é seu negócio atual (sua missão), e qual deverá ser no futuro (sua visão), bem como a filosofia gerencial da empresa para administrá-lo e expandi-lo no futuro. Uma vez definida a missão e a visão da empresa, os gerentes poderão priorizar suas ações e criar um padrão de decisões para todos os níveis hierárquicos dentro da empresa. A missão e a visão corporativa raramente nasce com a empresa; elas são amadurecidas com o crescimento da organização e desenvolvidas pela alta administração da empresa para dar um rumo a suas estratégias. Representam os interesses dos diversos públicos que compõem o negócio, como acionistas, funcionários, clientes, fornecedores etc. Devem ser entendidas por todos, inspirar e desafiar a organização para atingi-la. Além disso, deve ter alcance social. Planejamento Estratégico da Produção MISSÃO E VISÃO CORPORATIVA Na definição da missão e visão corporativa, algumas questões devem ser levantadas: a) Qual o escopo do negócio: industrial, comercial ou de prestação de serviços? b) Qual a essência do negócio? c) Qual o sentido e intensidade do crescimento que se está buscando? d) Como se propõe a atender às necessidades dos clientes? Exemplos: “Ser o número um em participação de mercado e atingir acima de 1% de margem de lucro líquido”. (missão de uma montadora de automóveis) “Ser a solução em serviços e intermediação financeira, atender às expectativas de clientes e acionistas, fortalecer o compromisso entre os funcionários e a Empresa e contribuir para o desenvolvimento do País”.- missão Banco do Brasil “Facilitar as relações pessoais e empresariais mediante a oferta de serviços de correios com ética, competitividade, lucratividade e responsabilidade social”. (missão dos Correios) ”Ser reconhecida pela excelência e inovação na prestação de serviços de correios”. (visão dos Correios) Planejamento Estratégico da Produção MISSÃO E VISÃO CORPORATIVA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará MISSÃO Produzir, disseminar e aplicar os conhecimentos científicos e tecnológicos na busca de participar integralmente da formação do cidadão, tornando-a mais completa, visando sua total inserção social, política, cultural e ética. VISÃO Tornar-se padrão de excelência no ensino, pesquisa e extensão na área de Ciência e Tecnologia. VALORES Nas suas atividades, o IFCE valorizará o compromisso ético com responsabilidade social, o respeito, a transparência, a excelência e a determinação em suas ações, em consonância com os preceitos básicos de cidadania e humanismo, com liberdade de expressão, com os sentimentos de solidariedade, com a cultura da inovação, com ideias fixas na sustentabilidade ambiental. Planejamento Estratégico da Produção MISSÃO E VISÃO CORPORATIVA Algumas empresas expressam a missão e a visão na forma de princípios e valores a serem seguidos: Exemplo: A Toyota coloca como princípios, entre outros: “Dedicar todos os esforços para criar produtos que mantenham a harmonia com o meio ambiente, para conseguir melhorar a qualidade de vida em todas as regiões em que a Toyota está presente”, e “Criar e desenvolver tecnologias de ponta e oferecer excelentes produtos e serviços que satisfaçam as necessidades dos clientes de todo o mundo”. Para a Tigre (fabricante de tubos e conexões, dentre outros produtos): "cooperação; transparência; fazer acontecer; inovação; foco estratégico e prestação de serviços são os valores que tornam o ambiente de trabalho agradável e estimulante" Como a missão e a visão corporativa são metas a serem alcançadas, elas devem ser operacionalizadas através da definição e implementação das estratégias corporativa, competitiva e funcional. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA CORPORATIVA O planejamento estratégico subdivide-se em três níveis de decisões: - Corporativo - Unidades de Negócio - Funcional. Cada um deles serão norteadas pela missão e visão da empresa. Estes níveis estão interligados e formam uma sequência de planejamentos: a estratégia funcional atende a uma estratégia competitiva, que por sua vez deriva do nível corporativo da organização. A estratégia corporativa define as áreas de negócios em que a empresa deverá atuar, e como ela deverá adquirir e priorizar os recursos corporativos no sentido de atender às reivindicações de cada unidade de negócios. Faz com que os diversos negócios da empresa tenham um sentido comum, evitando superposições e estimulando colaborações entre as unidades de negócios de maneira que obtenham resultados superiores à mera soma dos resultados individuais. Com o crescimento, as empresas diversificam seus negócios e podem surgir custos que restrinjam estas expansões. A estratégia corporativa deverá especificar em que condições a diversificação de negócios contribuirá para o crescimento sustentável da corporação como um todo. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA CORPORATIVA Ao se diversificarem os negócios da empresa, deve-se verificar: - se o novo negócio é financeiramente atrativo; - qual o custo de entrar neste novo negócio; - quanto a empresa ganhará de competitividade ao incorporar este novo negócio. É muito importante a experiência e habilidade que a empresa possui em cada unidade de negócios, e como esta experiência pode ser absorvida pela nova diversificação que se pretende. Como a competição pelo mercado ocorre no nível das unidades de negócios, é neste nível que as estratégias serão detalhadas, cabendo à estratégia corporativa apenas consolidar as várias estratégias competitivas na direção que a empresa se propõe a seguir. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA Unidades de Negócios são organizações semiautônomas dentro de uma corporação que atuam em determinada área de negócio. Dependendo da estrutura corporativa, as Unidades de Negócios podem ser: - divisões do grupo, - empresas em particular, - unidades fabris, ou - mini fábricas dentro da fábrica. A Estratégia Competitiva, ou Estratégia da Unidade de Negócios, propõem as bases nas quais os diferentes negócios da empresa irão competir no mercado, suas metas de desempenho e as estratégias que serão formuladas para as várias áreas funcionais do negócio, no sentido de suportar a competição e buscar tais metas. Uma Estratégia Competitiva, em dado instante, é a escolha por determinada posiçãocompetitiva. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA Dinâmica da Estratégia Competitiva A escolha por uma Estratégia Competitiva define a alocação de recursos e as habilidades organizacionais necessárias para a produção dos bens e/ou serviços oferecidos ao mercado. Uma gama de custos produtivos gera um conjunto de benefícios (bens e/ou serviços) para os clientes. A opção custo/benefício tomada pela empresa irá competir com as demais opções dos concorrentes no mercado. Planejamento Estratégico da Produção Estratégia Competitiva Benefícios para Clientes Custos para Empresa Margem de Lucro Volume de Vendas ESTRATÉGIA COMPETITIVA A melhor relação entre margem de lucro e volume vendido definirá a escolha por determinada estratégia competitiva. Normalmente, a margem de lucro é inversamente proporcional ao volume vendido. Existem três estratégias genéricas de margem/volume que podem ser empregadas pelas empresas na competição pelo mercado: ü Liderança de Custos; ü Diferenciação; ü Focalização. Elas definirão como o sistema produtivo irá atuar. Planejamento Estratégico da Produção Estratégias Competitivas Liderança de Custos Diferenciação Focalização Sistemas Produtivos Contínuos Em Massa Em Lotes Sob Encomenda ESTRATÉGIA COMPETITIVA Liderança de Custos: a empresa deverá buscar a produção ao menor custo possível, podendo com isto praticar os menores preços do mercado e aumentar o volume de vendas. Características necessárias para se competir dentro desta estratégia: - produção em grande escala com redução de custos fixos, - experiência adquirida, - padronização dos produtos e métodos que permite certa automatização, - facilidade de acesso aos mercados fornecedores e compradores. É aplicada em sistemas produtivos do tipo contínuos e em massa. Diferenciação: se busca a exclusividade em alguma característica do produto que seja mais valorizada pelos clientes. Não desprezando as questões referentes a custo, pode-se trabalhar: - na qualidade do produto, - na imagem da marca, - na assistência técnica, - na entrega imediata e pontual, etc. Procurar diferenciar seus produtos e obter uma margem maior de lucro. É praticada em sistemas de produção repetitivos em lotes. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA Focalização: a empresa deverá focar suas habilidades em um determinado grupo de clientes e com isto atendê-los melhor do que os demais competidores do mercado oferecendo-lhes exclusividade no projeto do produto. É a estratégia aplicada aos sistemas de produção sob encomenda. Na prática isto pode não ocorrer tão fácil assim dado que um sistema produtivo pode estar atendendo diferentes mercados simultaneamente. Exemplo: uma cerâmica que usa sua linha de produção para fazer pisos que são colocados no mercado dentro de uma coleção pré-formatada e, com a mesma linha de produção, atende aos pedidos especiais de grandes construtoras sob projeto. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA As empresas podem dividir seus negócios por tipo de sistema produtivo, geralmente separando a linha de montagem (produção em massa) da fabricação de componentes (produção em lotes) para essa linha. A unidade de negócios “linha” tem liberdade de comprar seus componentes de qualquer fornecedor que lhe seja mais vantajoso (foco na redução de custos), assim como, a unidade de negócios “componentes” pode vender seus produtos para clientes de fora da corporação. O equacionamento destas estratégias de competição deve ser feito à luz do posicionamento dos concorrentes diretos e indiretos que atuam no mercado, conhecidos como as Cinco Forças Competitivas de Porter (Michael Porter): 1. Rivalidade entre as empresas concorrentes 2. Ameaça de novos entrantes potenciais 3. Ameaça de produtos substitutos 4. Poder de negociação dos clientes 5. Poder de negociação com os fornecedores A escolha da melhor estratégia competitiva inclui a avaliação destas forças e o seu impacto sobre o desempenho das alternativas de custo/volume disponíveis à empresa. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA 5 FORÇAS DE PORTER: ü Rivalidade entre empresas concorrentes: antes de decidir sobre o mercado do seu negócio é necessário estudar o que os concorrentes já fazem. Quanto maior a rivalidade mais difícil de entrar neste mercado. ü Poder de negociação com os fornecedores: é preciso analisar o quão dependente a empresa está do seu fornecedor. Ter uma grande rede de fornecedores é uma saída para melhorar o poder de negociação. ü Poder de negociação dos clientes: com uma oferta de produtos e/ou serviços abrangente, os consumidores acabam pressionando para redução de preços ou melhoria da qualidade dos produtos/serviços. ü Ameaça de produtos substitutos: são diferentes bens e serviços que estão disponíveis e que podem vir a substituir o produto oferecido inicialmente. ü Ameaça de novos entrantes potenciais: avaliar a possibilidade de outros concorrentes entrarem. É importante ter a sua marca bem posicionada e outras questões que farão com que os clientes queiram o seus produtos e/ou serviços. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA A visão de confronto de forças entre clientes e fornecedores em grande parte foi substituída pela cooperação dentro da cadeia produtiva, onde o ganho na melhora do relacionamento entre os elos desta cadeia é repassado ao cliente final, fazendo com que a posição competitiva da cadeia como um todo melhore. Planejamento Estratégico da Produção É o chamado sistema “ganha-ganha” na estratégia de negociação. Só interessa quando ambas as partes saem vitoriosas e fortalece a relação com credibilidade e harmonia. ESTRATÉGIA COMPETITIVA ANÁLISE SWOT Tem como objetivo analisar como a relação de fatores externos e internos podem influenciar na performance de uma empresa, possibilitando identificar os pontos fortes (strengths), pontos fracos (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats) do empreendimento. Planejamento Estratégico da Produção FATORES POSITIVOS FATORES NEGATIVOS ESTRATÉGIA COMPETITIVA ANÁLISE SWOT EXEMPLO: Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA COMPETITIVA ANÁLISE SWOT FORMULÁRIO: Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA FUNCIONAL: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Uma Estratégia Produtiva consiste na definição de um conjunto de políticas, no âmbito da função de produção, que dá sustento à posição competitiva da unidade de negócios da empresa. Deve especificar como a produção irá suportar uma vantagem competitiva, e como ela irá complementar e apoiar as demais estratégias funcionais. Baseia-se em dois pontos chaves: a) Prioridades relativas dos critérios de desempenho, b) Política para as diferentes áreas de decisões da produção. Planejamento Estratégico da Produção Políticas da Produção Critérios de Desempenho • Custo • Qualidade • Desempenho de Entrega • Flexibilidade • Ético-Social Áreas de Decisão • Instalações • Capacidade de Produção • Tecnologia • Integração Vertical • Etc. A Estratégia de Produção consiste em estabelecer o grau de importância relativa entre os critérios de desempenho, e formular políticas consistentes com esta priorização para as diversas áreas de decisão. ESTRATÉGIA FUNCIONAL: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO O objetivo da Estratégia de Produção é fornecer à empresa um conjunto de características produtivas que deem suporte à obtenção de vantagens competitivas de longo prazo. O ponto de partida para isto consiste em estabelecer quais critérios, ou parâmetros, de desempenho são relevantes para a empresa e que prioridades relativas devem ser dadas aos mesmos. Estes critérios deverão refletir as necessidades dos clientes que se buscam atingir para um determinado produto de maneira a mantê-los fieis à empresa. Os critérios de desempenho são colocados em cinco grupos: PlanejamentoEstratégico da Produção CRITÉRIOS DESCRIÇÃO Custo Produzir Bens/Serviços (B/S) a um custo mais baixo do que a concorrência. Qualidade Produzir B/S com desempenho de qualidade mais alto do que a concorrência. Desempenho de Entrega Ter confiabilidade e velocidade nos prazos de entrega dos B/S melhores que a concorrência. Flexibilidade Ser capaz de reagir de forma rápida a eventos repentinos e inesperados. Ético-Social Produzir B/S respeitando a ética nos negócios e a sociedade em geral. ESTRATÉGIA FUNCIONAL: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Convencionalmente, trabalhava-se com a chamada curva de troca (trade offs), ou seja, para aumentar o desempenho de um critério, perdia-se em outro. Hoje em dia as empresas trabalham com o enfoque de que estes critérios são classificados em três grupos: • Qualificadores, • Ganhadores de Pedidos, ou • Indiferentes. Critérios Qualificadores: possibilitam que a empresa participe do mercado que se pretende atingir. Exemplo: oUma empresa para entrar no mercado de produção em massa tem que ter seu custo produtivo compatível com o da concorrência. oEmpresas que utilizam mão-de-obra infantil ou que agridem a natureza estão fora dos mercados mais desenvolvidos onde os clientes acompanham estas ações. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA FUNCIONAL: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Critérios Ganhadores de Pedidos: definem a escolha do cliente pela empresa, uma vez que ela esteja qualificada. Exemplo: No mercado de produção em massa uma empresa que permite que o cliente monte e compre seu computador ou carro pela internet (flexibilidade), da forma que lhe convier, sem aumento de custos ou de prazos de entrega, tem uma vantagem competitiva em relação aos fabricantes que comercializam seus produtos de forma convencional. Sempre que atingido o nível mínimo exigido pelo mercado nos critérios qualificadores, a empresa deve trabalhar estrategicamente na busca da excelência dos critérios ganhadores. Contudo, na medida em que os concorrentes identificam uma ação em cima de critérios ganhadores, eles agem no sentido de também implantá-los, de forma que, ao final, um critério ganhador acaba virando qualificador. Critérios Indiferentes: que são aqueles que não afetam a decisão do cliente na escolha pela empresa. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA FUNCIONAL: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Estabelecer Políticas de Ação nas Áreas de Decisão do Sistema Produtivo. Planejamento Estratégico da Produção Áreas de Decisão Descrição Instalações Qual a localização geográfica, tamanho, volume e mix de produção, que grau de especialização, arranjo físico e forma de manutenção. Capacidade de Produção Qual seu nível, como obtê-la e como incrementá-la. Tecnologia Quais equipamentos e sistemas, com que grau de automação e flexibilidade, como atualizá-la e disseminá-la. Integração Vertical O que a empresa produzirá internamente, o que comprará de terceiros, e qual política implementar com fornecedores. Organização Qual a estrutura organizacional, nível de centralização, formas de comunicação e controles das atividades. Recursos Humanos Como recrutar, selecionar, contratar, desenvolver, avaliar, motivar e remunerar a mão-de-obra. Qualidade Atribuição de responsabilidades, que controles, normas e ferramentas de decisões empregar, quais os padrões e formas de comparação. PCP Que sistema de PCP empregar, que política de compras e estoques, que nível de informatização das informações, que ritmo de produção e formas de controles. Novos Produtos Com que frequência lançar e desenvolver produtos e qual a relação entre produtos e processos. ESTRATÉGIA FUNCIONAL: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO As políticas definidas para cada área do sistema de produção orientam a operação e evolução deste sistema, portanto a formulação e implementação de uma estratégia de produção deve dar consistência e coerência ao conjunto das decisões. Exemplo: § Uma empresa A que prioriza o critério de flexibilidade como ganhador de pedidos, suas políticas de instalações, capacidade de produção e tecnologia devem privilegiar equipamentos que permitam a produção econômica de pequenos lotes, com setups rápidos. § Uma empresa B que busca o critério redução de custos, suas políticas nestas áreas devem estar voltadas para grandes instalações automatizadas, onde o ritmo de produção pode ser acelerado pela fabricação de grandes lotes homogêneos. Planejamento Estratégico da Produção ESTRATÉGIA FUNCIONAL: ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO Como existe uma relação intensa entre os sistemas de produção e o meio ambiente onde ele está inserido, as decisões estratégicas devem ser entendidas como um processo dinâmico, sofrendo alterações conforme o mercado e a concorrência forem se posicionando. Exemplo: Caso as duas empresas do exemplo anterior estejam competindo pelo mesmo mercado, e este mercado vier a crescer, a empresa B terá uma vantagem competitiva de custos sobre a empresa A, pois seus custos fixos serão baixos em função da grande quantidade produzida. Provavelmente a empresa A nem terá capacidade produtiva para suprir o mercado. Já se o viés for de baixa na demanda, a empresa A que buscou flexibilizar sua produção terá condições de atender pequenos lotes, enquanto que a empresa B verá seus custos fixos disparar. Conforme se pode verificar neste exemplo, cada decisão estratégica num determinado momento é resultado da missão atual e da visão futura da posição competitiva que a empresa deve seguir. A melhor alternativa é aquela que trouxer um bom resultado para o momento, prejudicando o mínimo possível as alternativas futuras. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO Como resultado das decisões estratégicas no âmbito da produção é elaborado um Plano de Produção de longo prazo, que tem por meta direcionar os recursos produtivos no sentido das estratégias escolhidas. Este Plano servirá de base para equacionar os níveis de produção e compras, estoques, recursos humanos, máquinas e instalações necessários para atender a demanda prevista de bens e serviços. O Planejamento Estratégico da Produção, e o Plano de Produção resultante, é realizado em consonância com as áreas de Finanças e Marketing, envolvendo negociações com relação aos recursos financeiros (plano financeiro) e esforços de marketing (plano de marketing) necessários para implementá-lo. O Plano de Produção trabalha com informações agregadas de vendas e produção, normalmente com o agrupamento de produtos em famílias afins. Os períodos de planejamento são de meses ou trimestres, abrangendo um, ou mais anos, para frente. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO No nível tático, o Plano de Produção servirá de base para desenvolver o Planejamento-mestre da Produção, onde as informações serão desmembradas de forma a permitir o acionamento (Programação) do sistema produtivo. Planejamento Estratégico da Produção Estratégia Funcional Finanças Marketing Produção Plano Financeiro Plano de Marketing Plano de Produção Planejamento-mestre da Produção Programação da Produção Origem do Planejamento-mestre e Programação da Produção PLANO DE PRODUÇÃO Como o Plano de Produção trabalha com um horizonte de longo prazo, onde as incertezas são grandes, há necessidade de desenvolver uma dinâmica de replanejamento que seja empregada sempre que uma variável importante do plano se alterar substancialmente. As empresas desenvolvem sistemas informatizados, muitas vezes simples planilhas, para permitir a simulação e análise de alternativas de políticas produtivas de maneira a permitir a escolha da que melhor atenda aos critérios competitivos estabelecidos. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção Há uma série de informações necessárias para a elaboração de um plano que atenda as políticas definidas para a área de produção. Inicialmente, os recursos produtivos para o período de planejamento analisadodevem ser conhecidos para cada setor da empresa que entrar no plano, e a possibilidade de alterações potenciais na capacidade de produção, seja com a aquisição ou venda de equipamentos, sejam com alterações na política de mão-de-obra, ou ainda, com terceirizações. Padrões de consumo destes recursos, taxas de produtividade e tempos de setups por família de produto devem ser conhecidos. O fluxo da demanda previsto para o mesmo período deve ser também avaliado para cada família de produtos, visto que o Plano de Produção busca equilibrar a capacidade de produção com o nível de vendas esperado. Além disto, informações de receitas e custos que permitirão avaliar as várias alternativas devem fazer parte do conjunto de informações em mãos na elaboração do plano. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção Ao se projetar um Plano de Produção, busca-se atender as necessidades dos clientes com um sistema produtivo eficaz, ou seja, que atenda aos critérios estratégicos da produção. Quanto mais equilibrada estiver a demanda com a produção, mais provavelmente o plano terá eficácia em atender a estes critérios. Existe uma área de atuação dos sistemas produtivos mais eficaz para cada nível de demanda. Planejamento Estratégico da Produção Informações necessárias a um Plano de Produção Informações Descrição Recursos Equipamentos, instalações, força de trabalho, taxa de produção. Previsão da demanda Demanda prevista para as famílias de itens. Políticas alternativas Subcontratações, turno extras, postergar a produção, estoques, etc. Dados de custos Produção normal, armazenagem, subcontratações, turno extra, etc. PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção Para atender a um mercado com demandas médias, um sistema produtivo em massa (grandes equipamentos) terá custos fixos altos pela subutilização de seus recursos instalados, ou, caso produza à plena capacidade para reduzir seus custos fixos, terá altos custos de manutenção de estoques não absorvidos pelo mercado. Entretanto, para atender a este mesmo mercado, um sistema produtivo sob encomenda (equipamentos pequenos e flexíveis), mesmo que multiplique sua capacidade de produção, terá custos variáveis altos em função da falta de foco aos produtos demandados. Neste caso, um sistema montado de forma a trabalhar em lotes repetitivos (equipamentos de médio porte e média flexibilidade) será mais eficaz no atendimento da demanda. Planejamento Estratégico da Produção DEMANDA SISTEMAS DE PRODUÇÃO Contínuos / Em Massa Repetitivo em Lotes Sob Encomenda Grande Volume Baixa Variedade Eficaz Custos Variáveis Altos Custos Variáveis Altos Médio Volume Média Variedade Custos Fixos / Estoques Altos Eficaz Custos Variáveis Altos Pequeno Volume Grande Variedade Custos Fixos / Estoques Altos Custos Fixos / Estoques Altos Eficaz PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção A função então do Plano de Produção é permitir que a diretoria anteveja estes problemas e tome ações proativas no sentido de minimizar seus efeitos no futuro. Algumas providências que podem ser planejadas no sentido de alterar tanto a Demanda como a Capacidade de Produção para obter este equilíbrio. Ações que atuam sobre a Demanda: pode-se considerar no Plano de Produção (obviamente suportado pelo Plano de Marketing e Financeiro) reduções de preços, promoções, ou outras alternativas para estimular a demanda nos períodos de baixa. A inclusão de produtos novos ou a aceitação de pedidos especiais como forma de aproveitar ociosidades das instalações e reduzir os custos fixos deve ser avaliada. O aumento de preços visando conter a demanda dentro dos níveis de produção não é uma alternativa viável, pois em uma economia aberta sempre existirão outras empresas dispostas a atender os clientes pelo preço do mercado, e, além disto, com o aumento da margem de lucro do negócio se estará estimulando a entrada de concorrentes. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção Ações que atuam em cima da Capacidade de Produção: algumas podem ser usadas para aumentar apenas a capacidade instalada atual, como planejar um segundo ou terceiro turno, ou terceirizar parte da produção, bem como, algumas ações podem buscar a diminuição desta capacidade instalada com a redução dos turnos ou a antecipações de férias, por exemplo. Quando um aumento da demanda se mostrar mais consistente, a expansão da capacidade instalada via compra de novos equipamentos deve ser avaliada. No sentido inverso, se a previsão da demanda futura estiver apontando um declínio, a capacidade instalada deve ser reduzida com a venda dos ativos no sentido de reduzir os custos fixos. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção Ao se traçar os rumos estratégicos da produção, decidindo em cima de um aumento ou redução produção de forma a atender a demanda, têm-se três grupos de alternativas básicas que poderão ser seguidas, cada uma delas com reflexos diferentes nos custos produtivos: a) Manter uma Taxa de Produção Constante: Independente das variações previstas na demanda, se mantém um plano de produção com níveis constante. Esta alternativa privilegia a manutenção de um ritmo produtivo constante, fazendo com que os recursos produtivos trabalhem mais eficientemente. Em contra partida, tem-se que carregar estoques cujos custos podem ser significativos, e até, muitas vezes pelas próprias características dos produtos fornecidos (perecíveis, vida útil curta, serviços, etc.) pode se tornar inviável sua estocagem. Planejamento Estratégico da Produção 0 5 10 15 20 25 30 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Períodos Q u a n ti d a d e s Produção Vendas PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção b) Manter uma Taxa de Produção casada com a Demanda (Vendas): Busca evitar estoques através da flexibilização da produção. Para os sistemas produtivos onde os bens ou serviços são perecíveis, ou exijam a presença do consumidor no momento de sua execução, esta é a alternativa mais viável. Porém, normalmente procura-se não variar em demasia os níveis de produção visto que os custos de contratação e demissão de mão-de-obra, turnos extras, terceirizações, etc. são altos e devem ser empregados com cautela. Planejamento Estratégico da Produção 0 5 10 15 20 25 30 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Períodos Q u a n ti d a d e s Produção Vendas PLANO DE PRODUÇÃO - Entradas para o Plano de Produção b) Variar a Taxa de Produção em Patamares: É a alternativa mais empregada na prática e consiste na combinação das duas alternativas anteriores, onde se procura acompanhar a demanda alterando-se a taxa de produção em patamares de tempo que permitam certo ritmo de produção e reduzam os níveis de estoques. Exemplo: A empresa trabalha com taxa de produção de 20 unidades de setembro a março, acima da demanda, formando estoques. Em abril, eleva sua capacidade produtiva para 22 unidades, mas abaixo da demanda de 25, passando a consumir os estoques formados até agosto, a partir do qual retorna ao nível anterior de 20 unidades. Planejamento Estratégico da Produção 0 5 10 15 20 25 30 Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Períodos Q u a n ti d a d e s Produção Vendas PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Várias técnicas podem ser utilizadas para auxiliar na elaboração de um Plano de Produção. Algumas delas, dado um conjunto de restrições, procuram soluções via aplicação de algoritmos, outras se aproveitam da experiência e do bom senso dos planejadores na tomada de decisões. De uma forma geral, pode-se dividi-las em duas categorias: a) As Técnicas Matemáticas: empregam modelos matemáticos (programação linear, programação por objetivos, simulação, algoritmos genéticos, etc.) para buscar amelhor alternativa. b) As Técnicas Informais de Tentativa e Erro: empregam tabelas e gráficos para visualizar as situações planejadas e permitir ao tomador de decisão decidir pela mais viável. Nos dois casos, o objetivo é gerar um Plano de Produção que atenda aos objetivos estratégicos atuais da empresa ao menor custo e que, se possível, coloque a empresa em uma situação futura de menor risco. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Na prática, as técnicas informais são as mais empregadas principalmente porque: ü o número de variáveis é muito grande, a inter-relação entre estas variáveis não é fácil de definir, ü estas variáveis no horizonte de longo prazo estão sujeitas a grandes variações, principalmente no que tange ao rumo da economia (previsões da demanda). As questões político-estratégicas quando usam modelos matemáticos, os usam apenas como mais uma fonte de informações a serem ponderadas pelos tomadores de decisão da empresa. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Os Passos básicos para gerar um Plano de Produção: 1. Agrupar os produtos em famílias afins; 2. Estabelecer o horizonte e os períodos de tempo a serem incluídos no plano; 3. Determinar a previsão da demanda para os períodos, no horizonte de planejamento; 4. Determinar a capacidade de produção pretendida por período, para cada alternativa disponível (turno normal, turno extra, subcontratações etc.); 5. Definir as políticas de produção e estoques que balizarão o plano (por exemplo: manter um estoque de segurança de 10% da demanda, não atrasar entregas, ou buscar estabilidade para a mão-de-obra para pelo menos seis meses etc.); 6. Determinar os custos de cada alternativa de produção disponível; 7. Desenvolver Planos de Produção alternativos e calcular os custos decorrentes; 8. Analisar as restrições de capacidade produtiva; 9. Eleger o plano mais viável estrategicamente. Os planos de produção são desenvolvidos em planilhas que ajudam a calcular e resumir as alternativas pesquisadas e, com as facilidades computacionais atualmente disponíveis, pode-se empregar formas gráficas de apresentação dos resultados para permitir a visualização e tomada de decisões. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exemplo: Desenvolver um plano de produção de uma família de produtos, para os próximos dois anos com períodos trimestrais. Os dados de estoques, previsão de demanda e custos são os seguintes: Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL DEMANDA 200 200 200 300 400 300 200 200 2000 Estoque Inicial = 50 unidades Custos: Produtivos: Turno normal = 4 $/unidade Turno extra = 6 $/unidade Subcontratação = 10 $/unidade De Estocagem: 2 $/unidade/trimestre sobre o estoque médio De Atraso na Entrega: 20 $/unidade/trimestre PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exemplo: Na primeira alternativa a ser analisada, vamos supor que a estratégia adotada seja de manter a capacidade produtiva constante de 250 unidades (2.000/8 = 250) por trimestre, e utilizar os estoques para absorver as variações da demanda. Nesta primeira alternativa de plano vamos admitir atrasos e transferências de entregas para os períodos seguintes. Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL DEMANDA 200 200 200 300 400 300 200 200 2.000 Produção: Normal 250 250 250 250 250 250 250 250 2.000 Turno Extra Subcontratação Prod. - Demanda 50 50 50 -50 -150 -50 50 50 0 ESTOQUES: (Inicial = 50 unidades) Inicial 50 100 150 200 150 0 0 [-50] 0 Final 100 150 200 150 0 0 [-50] 0 50 Médio 75 125 175 175 75 0 0 25 650 ATRASOS: 0 0 0 0 0 50 0 0 50 CUSTO: (Normal = $4/un – Extra = $6/un – Sub. = $10/un – Estoq. = $2/un – Atraso = $20/um) Produção: Normal 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 8.000 Turno extra Subcontratação Estoques 150 250 350 350 150 0 0 50 1.300 Atrasos 0 0 0 0 0 1.000 0 0 1.000 TOTAL $ 1.150 1.250 1.350 1.350 1.150 2.000 1.000 1.050 10.300 PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exemplo: Na segunda alternativa vamos admitir a introdução de turnos extras de até 40 unidades por trimestre, um ritmo de produção normal de 230 unidades e a possibilidade de atrasar e entregar pedidos nos períodos seguintes. Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL DEMANDA 200 200 200 300 400 300 200 200 2.000 Produção: Normal 230 230 230 230 230 230 230 230 1.840 Turno Extra 20 40 40 40 140 Subcontratação Prod. - Demanda 30 30 50 -30 -130 -30 30 30 -20 ESTOQUES: (Inicial = 50 unidades) Inicial 50 80 110 160 130 0 0 [-30] 0 Final 80 110 160 130 0 0 [-30] 0 30 Médio 65 95 135 145 65 0 0 15 520 ATRASOS: 0 0 0 0 0 30 0 0 30 CUSTO: (Normal = $4/un – Extra = $6/un – Sub. = $10/un – Estoq. = $2/un – Atraso = $20/um) Produção: Normal 920 920 920 920 920 920 920 920 7.360 Turno extra 0 0 120 240 240 240 0 0 840 Subcontratação Estoques 130 190 270 290 130 0 0 30 1.040 Atrasos 0 0 0 0 0 600 0 0 600 TOTAL $ 1.050 1.110 1.310 1.450 1.290 1.760 920 950 9.840 PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exemplo: Para uma terceira alternativa, vamos supor que o ritmo de produção normal seja de 200 unidades por trimestre, e que até 40 unidades por trimestre possa ser obtida com turnos extras e o restante subcontratado de terceiros em lotes de 25 unidades. Não se aceitam atrasos na entrega. Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL DEMANDA 200 200 200 300 400 300 200 200 2.000 Produção: Normal 200 200 200 200 200 200 200 200 1.600 Turno Extra 40 40 40 120 Subcontratação 25 150 75 250 Prod.- Demanda 0 0 0 -35 -10 15 0 0 -30 ESTOQUES: (Inicial = 50 unidades) Inicial 50 50 50 50 15 5 20 20 Final 50 50 50 15 5 20 20 20 Médio 50 50 50 32,5 10 12,5 20 20 245 ATRASOS: 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CUSTO: (Normal = $4/un – Extra = $6/un – Sub. = $10/un – Estoq. = $2/un – Atraso = $20/um) Produção: Normal 800 800 800 800 800 800 800 800 6.400 Turno extra 0 0 0 240 240 240 0 0 720 Subcontratação 0 0 0 250 1.500 750 0 0 2.500 Estoques 100 100 100 65 20 25 40 40 490 Atrasos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL $ 900 900 900 1.355 2.560 1.815 840 840 10.110 PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Planejamento Estratégico da Produção 8.000 0 0 1.300 1.000 10.300 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 N o rm a l T u rn o e x tr a S u b c o n tr a ta çã o E st o q u e s A tr a so s T O T A L $ Alternativa 1 7.360 840 0 1.040 600 9.840 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 N o rm a l T u rn o e x tr a S u b c o n tr a ta çã o E st o q u e s A tr a so s T O T A L $ Alternativa 2 6.400 720 2.500 490 0 10.110 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 N o rm a l T u rn o e x tr a S u b c o n tr a ta çã o E st o q u e s A tr a so s T O T A L $ Alternativa 3 75 125 175 175 75 0 0 25 65 95 135 145 65 0 0 15 50 50 50 32,5 10 12,5 20 20 0 50 100 150 200 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. Estoque Médio Médio 1 Médio 2 Médio 3 PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Estas são apenas três das várias alternativas passíveis de serem desenvolvidas. Poderíamos analisar a ampliação da fábrica a partir do quarto trimestre, ou obrigar o plano a manter um estoque mínimo de segurança de 50 unidades etc. Como o método de análise é de tentativa e erro, quanto mais alternativas forem pesquisadas, mais provavelmente uma alternativa boa aparecerá. Além disso, como o Plano de Produção é elaborado em conjunto com o Plano Financeiro e o de Marketing, poderíamos verificar a possibilidadede alterar a demanda visando distribuí-la de forma mais homogênea pelos trimestres. Por estarmos tratando de longo prazo, este é o momento certo para analisar o reflexo financeiro e comercial das várias alternativas, e chegar a uma solução satisfatória. No exemplo, apesar da segunda alternativa apresentar custos totais mais baixos, por questões estratégicas, poderíamos optar pela terceira alternativa, que não gera atrasos de entrega. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exercício: Desenvolva um Plano de Produção de uma família de produtos, para o próximo ano com períodos trimestrais. Baseado na análise de três alternativas, escolha a melhor: a) Capacidade produtiva constante por trimestre, com produção normal atendendo a demanda total no ano. Admitir atrasos e transferências de entregas para os períodos seguintes. b) Produção com ritmo normal de 400 unidades, podendo-se usar turno extra de um total de 80 unidades, com possibilidade de atrasos e entrega de pedidos nos períodos seguintes. c) Produção constante em turno normal de 350 unidades, podendo-se usar turno extra de até 30 unidades por trimestre e subcontratações em lotes de 20 unidades. Deve-se terminar com estoque de 110 unidades no quarto trimestre. Os dados de estoques, previsão de demanda e custos estão apresentados na Tabela abaixo. Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. DEMANDA 500 400 300 500 Estoque Inicial = 50 unidades Custos Produtivos: Turno normal = $ 5 por unidade Turno extra = $ 7,5 por unidade Subcontratação = $ 10 por unidade Custo de Estocagem: $ 5 por unidade por trimestre sobre o estoque médio Custo de Atraso na Entrega: $ 10 por unidade por trimestre PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exercício: a) Capacidade produtiva constante por trimestre, com produção normal atendendo a demanda total no ano. Admitir atrasos e transferências de entregas para os períodos seguintes. Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL DEMANDA Produção: Normal Turno Extra Subcontratação Prod. - Demanda ESTOQUES: (Inicial = 50 unidades) Inicial Final Médio ATRASOS: CUSTO: (Normal = $5/un – Extra = $7,5/un – Sub. = $10/un – Estoq. = $5/un – Atraso = $10/um) Produção: Normal Turno extra Subcontratação Estoques Atrasos TOTAL $ PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exercício: b) Produção com ritmo normal de 400 unidades, podendo-se usar turno extra de um total de 80 unidades, com possibilidade de atrasos e entrega de pedidos nos períodos seguintes. Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL DEMANDA Produção: Normal Turno Extra Subcontratação Prod. - Demanda ESTOQUES: (Inicial = 50 unidades) Inicial Final Médio ATRASOS: CUSTO: (Normal = $5/un – Extra = $7,5/un – Sub. = $10/un – Estoq. = $5/un – Atraso = $10/um) Produção: Normal Turno extra Subcontratação Estoques Atrasos TOTAL $ PLANO DE PRODUÇÃO - Montagem e Análise do Plano Exercício: c) Produção constante em turno normal de 350 unidades, podendo-se usar turno extra de até 30 unidades por trimestre e subcontratações em lotes de 20 unidades. Deve-se terminar com estoque de 110 unidades no quarto trimestre. Planejamento Estratégico da Produção PERÍODO 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL DEMANDA Produção: Normal Turno Extra Subcontratação Prod. - Demanda ESTOQUES: (Inicial = 50 unidades) Inicial Final Médio ATRASOS: CUSTO: (Normal = $5/un – Extra = $7,5/un – Sub. = $10/un – Estoq. = $5/un – Atraso = $10/um) Produção: Normal Turno extra Subcontratação Estoques Atrasos TOTAL $ PLANO DE PRODUÇÃO - Análise da Capacidade de Produção Um bom planejamento estratégico da produção deve se preocupar em balancear os recursos produtivos de forma a atender a demanda com uma carga adequada para os recursos da empresa. Ø Se os recursos disponíveis e previstos não forem suficientes, mais recursos deverão ser planejados, ou o plano reduzido. Ø Se os recursos forem excessivos e gerarem ociosidade, a demanda planejada no plano poderá ser aumentada, ou os recursos excessivos poderão ser dispensados e transformados em capital. De qualquer forma é importante analisar a necessidade futura de capacidade e confrontá-la com a capacidade atual e a previsão de expansão pretendida. A análise da capacidade produtiva no Planejamento Estratégico da Produção tem caráter exploratório, com objetivo de permitir à gerência tomar decisões que envolvam prazos maiores, e que só se tornam efetivas quando planejadas e implantadas antecipadamente, como mudanças nas instalações físicas, compra de equipamentos, inclusão de um novo turno de trabalho, admissão e treinamento de mão-de-obra, contratos de fornecimento e terceirização etc. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Análise da Capacidade de Produção Existem várias formas de se obter a capacidade de produção de um plano. Depende basicamente de como este plano foi obtido, de como foram agrupados os produtos em famílias dentro da unidade de negócio, e de qual nosso interesse em consolidar os recursos em grupos (departamentos, células, máquinas etc.) para análise. Uma rotina que pode ser seguida para esta análise é apresentada a seguir: 1. Identificar os grupos de recursos a serem incluídos na análise; 2. Obter o padrão de consumo (horas/unidade) de cada família incluída no plano para cada grupo de recursos; 3. Multiplicar o padrão de consumo de cada família para cada grupo de recursos pela quantidade de produção própria prevista no plano para cada família; 4. Consolidar as necessidades de capacidade para cada grupo de recursos. Planejamento Estratégico da Produção PLANO DE PRODUÇÃO - Análise da Capacidade de Produção Exemplo: Vamos admitir que uma unidade de negócios (ou uma fábrica focalizada) trabalhe com quatro famílias de produtos e possua uma linha de montagem e cinco células de fabricação em sua estrutura produtiva. Os dados padrões de consumo, em horas por unidade, para cada família em cada grupo de recursos, e o plano de produção das quatro famílias são apresentados nas Tabelas abaixo. Planejamento Estratégico da Produção Padrões de Consumo (horas/unidade) Montagem Célula 1 Célula 2 Célula 3 Célula 4 Célula 5 Família 1 0,3 0,5 0,4 0,0 0,2 0,5 Família 2 0,4 0,5 0,0 0,5 0,6 0,3 Família 3 0,5 0,3 0,2 0,6 0,4 0,5 Família 4 0,5 0,4 0,5 0,0 0,0 0,4 Plano de Produção 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL Família 1 230 230 250 270 270 270 230 230 1.980 Família 2 450 450 450 450 450 450 450 450 3.600 Família 3 400 400 400 420 420 400 400 400 3.240 Família 4 200 200 200 200 200 200 200 200 1.600 TOTAL 1.280 1.280 1.300 1.340 1.340 1.320 1.280 1.280 10.420 PLANO DE PRODUÇÃO - Análise da Capacidade de Produção Exemplo: Com o cruzamento dos dados das tabelas, pode-se obter o consumo em horas de cada família para cada trimestre, e totalizar as cargas de trabalho por grupo de recursos. Montagem = (0,3x230) + (0,4x450) + (0,5x400) + (0,5x200) = 549 horas Célula 1 = (0,5x230) + (0,5x450) + (0,3x400) + (0,4x200) = 540 horas .... Planejamento Estratégico da Produção Total das Cargas de Trabalho em horas 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. TOTAL Montagem 549 549 555 571 571 561 549 549 4.454 Célula 1 540 540 550 566 566 560 540 540 4.402 Célula 2 272 465 280 292 292 288 272 272 2.433 Célula 3 465 465 465 477 477 465 465 465 3.744 Célula 4 476 476 480 492 492 484 476 476 3.852 Célula 5 530 530 540 560 560 550 530 530 4.330 TOTAL 2.832 3.025 2.870 2.958 2.958 2.908 2.832 2.832 23.215 PLANO DE PRODUÇÃO - Análise da Capacidade de Produção Com as informações obtidas podemos agora comparar e analisar estes valores frente àdisponibilidade atual dos recursos, e frente à potencial alteração destes valores, procurando adequá-los ao plano previsto. Exemplo: O plano de produção está prevendo um carregamento de 549 horas para o primeiro trimestre na linha de montagem, de 549 horas para o segundo etc., enquanto dispomos de 480 horas no turno normal (40 horas/semana x 12 semanas). Logo, devemos planejar e agir com tempo suficiente para buscar esta capacidade produtiva adicional, por meio da criação de um turno extra, de subcontratações, de alteração dos ritmos de trabalho na linha, de compra de novos equipamentos etc. O importante do planejamento estratégico da produção e da elaboração de um plano de produção para o longo prazo reside no fato de visualizarmos o futuro e prepararmos a empresa para o mesmo. Planejamento Estratégico da Produção 549 549 555 571 571 561 549 549 480 480 480 480 480 480 480 480 0 100 200 300 400 500 600 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim. 5º Trim. 6º Trim. 7º Trim. 8º Trim. Plano de Produção x Capacidade Normal Montagem Turno Normal O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las. (Francis Bacon) Planejamento-Mestre da Produção Planejamento-Mestre da Produção Plano de Produção PMP Inicial Viável? PMP Final Programação da Produção Sim Não A partir do Planejamento-Mestre da Produção, a empresa passa a assumir compromissos de montagem dos produtos acabados, fabricação das partes manufaturadas internamente, e da compra dos itens e matérias primas produzidos pelos fornecedores externos. Como resultado do Planejamento- Mestre da Produção temos um plano, chamado de Plano-Mestre de Produção (PMP), que formalizará as decisões tomadas quanto à necessidade de produtos acabados para cada período analisado. O PMP faz a conexão entre o Planejamento Estratégico (Plano de Produção) e as atividades operacionais da produção. Planejamento-Mestre da Produção Planejamento-Mestre da Produção Plano de Produção PMP Inicial Viável? PMP Final Programação da Produção Sim Não É obtido por um processo de tentativa e erro, em que a partir de um PMP inicial busca-se verificar a disponibilidade de recursos para sua execução, caso ele viável, autoriza-se o plano, porém, se forem encontrados problemas deve-se retiver PMP, podendo-se inclusive chegar ao ponto de ter que retornar ao nível do Plano de Produção e reconsiderar as questões estratégicas. O PMP diferencia-se do plano de produção sob dois aspectos: o nível de agregação dos produtos e a unidade de tempo analisada. Onde o Plano de Produção estratégico tratava de famílias de produtos, o PMP, já é voltado para a operacionalização da produção, e tratará de produtos individuais. Da mesma forma, onde o Plano da Produção empregava meses, trimestres e anos, o PMP empregará uma unidade de planejamento mais curta, normalmente semanas, ou no máximo meses para produtos com ciclos produtivos longos. Na elaboração do Planejamento-Mestre da Produção, estão envolvidas todas as áreas que têm um contato mais direto com a manufatura, tanto no sentido de fornecer subsídios para a tomada de decisões, como no sentido de usar as informações do PMP: Área de Finanças: coordenará os gastos com estoques, horas extras, novos equipamentos etc. (planejamento de necessidades de capital); Área de Marketing: passará seu plano de vendas e a previsão da demanda para os períodos analisados; Área de Engenharia: fornecerá os padrões atuais de tempos e consumos de materiais para execução das tarefas; Área de Produção: colocará suas limitações de capacidade e instalações; Área de Compras: informará suas necessidades referentes à logística de fornecimento externo (fornecedores); Área de Recursos Humanos: apresentará seu plano de contratação e treinamento de pessoal etc. Planejamento-Mestre da Produção Para facilitar o tratamento das informações e informatizar o sistema de cálculo das operações referentes à elaboração do PMP, emprega-se uma tabelas com as informações detalhadas por item que será planejado. Nestas tabelas constam informações sobre a demanda prevista e real, os recebimentos programados, os estoques em mãos e projetados e a necessidade prevista de produção do item (PMP). Exemplo: Admitindo-se que o item é produzido em lotes de 100 unidades (PMP) e com a previsão da demanda do item para os próximos dois meses conforme tabela abaixo. O valor da demanda real, confirmada pelos clientes, também registrado na tabela. Para agosto ainda não se tem confirmação de pedidos. Nota-se que na primeira semana de julho ocorreu um erro para menos na previsão, pois os clientes estão solicitando 55 unidades, 5 a mais do que as 50 previstas. Planejamento-Mestre da Produção Julho Agosto 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda Prevista 50 50 50 50 60 60 60 60 Demanda Confirmada (real) 55 40 10 5 0 0 0 0 Recebimentos Programados 100 Estoques Projetados 5 50 100 50 100 40 80 20 60 PMP 0 100 0 100 0 100 0 100 Exemplo: Os recebimentos programados (quantidades do item que já foram programadas anteriormente e que estão previstas para darem entrada dentro do horizonte de planejamento do PMP), com um lote de 100 unidades deverá ficar pronto, e dar entrada nos estoques, na primeira semana de julho. Os estoques disponíveis e projetados de 5 unidades refere-se ao estoque disponível no início da primeira semana de julho. Na semana 1 inicia-se com 5 unidades, recebendo um lote de 100 unidades, e entrega de 55 delas (seria 50 se não errasse a previsão), o que deixa um saldo de 50 unidades disponíveis. Na semana 2 inicia- se com 50 unidades em estoque e necessita-se de 50 (das quais 40 já foram vendidas), o que deixa sem saldo em estoque. Surge a necessidade de produzir um lote de 100 unidades para cobrir a falta de itens previstos, fazendo com que o cálculo do estoque final fique sendo 50 + 100 - 50 = 100 unidades. Planejamento-Mestre da Produção Julho Agosto 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda Prevista 50 50 50 50 60 60 60 60 Demanda Confirmada (real) 55 40 10 5 0 0 0 0 Recebimentos Programados 100 Estoques Projetados 5 50 100 50 100 40 80 20 60 Estoque antes do PMP (final) 50 0 50 0 40 -20 20 -40 PMP 0 100 0 100 0 100 0 100 Os estoques projetados influenciam na forma como o PMP se desenrolará. As empresas, ao fazerem seu Planejamento-Mestre da Produção, aplicam políticas de estoques que visam amortecer os erros de previsões e nivelar o ritmo de produção. Como o PMP deriva do Plano de Produção, muitas destas políticas já foram traçadas para um horizonte de planejamento maior, e devem agora serem colocadas em prática pelo PMP. No exemplo apresentado, os estoques variam livremente e a produção é mantida num ritmo constante de 100 unidades a cada duas semanas. Uma outra alternativa poderia ser a de manter um estoque mínimo de 50 unidades. Neste caso, os lotes de produção planejados para agosto teriam que ser adiantados em uma semana, de forma a não deixar que o nível de estoques projetado caia abaixo destas 50 unidades. Planejamento-Mestre da Produção Julho Agosto 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda Prevista 50 50 50 50 60 60 60 60 Demanda Confirmada (real) 55 40 10 5 0 0 0 0 Recebimentos Programados 100 Estoques Projetados 5 50 100 50 100 140 80 120 60 Estoque antes do PMP (final) 50 0 50 0 40 80 20 60 PMP 0 100 0 100 100 0 100 0 Os exemplos apresentados são para um item produzido para estoque. Quando o item é produzido sob encomenda, há necessidade de incluir uma informação adicional ao arquivo do PMP, que é a disponibilidade que se tem de assumir novos compromissos de entrega. Exemplo: Um item em questão possui uma previsão de demanda de 10 unidades por semana, sendo que já foram vendidas unidades conforme tabela abaixo. Admitindo-se que a empresa resolva manter um estoque para pronto atendimento de 2 unidades. O PMP para atender à demanda e manter um estoque de 2 unidades é de 10 unidades por semana. A disponibilidade de entrega na primeira semana de julho é de 2 unidades em estoque mais 10 que vão entrar do PMP(=12) menos 9 já confirmadas, gerando uma disponibilidade de 3 unidades. Pode ainda comprometer-se em entregar 3 unidades na primeira semana de julho. Na segunda semana a disponibilidade de entrega é de 10 unidades do PMP menos 5 comprometidas, ou seja, de 5 unidades a comprometer. A partir de agosto, todas as unidades do PMP podem ir para novos clientes. Planejamento-Mestre da Produção Julho Agosto 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda Prevista 10 10 10 10 10 10 10 10 Demanda Confirmada (real) 9 5 3 1 0 0 0 0 Recebimentos Programados 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 2 2 2 2 2 2 2 2 2 PMP 10 10 10 10 10 10 10 10 Disponibilidade de Entrega 3 5 7 9 10 10 10 10 Exercício: Completar os dados do programa mestre de produção para o produto apresentado na tabela abaixo, segundo duas políticas: a) Lotes de 100 unidades e estoque mínimo de 10 unidades; b) Lotes variáveis de acordo com a demanda e estoque podendo ir a zero. Planejamento-Mestre da Produção Setembro Outubro Novembro 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda Prevista 30 30 35 35 40 40 50 50 45 45 40 40 Demanda Confirmada (real) 35 35 20 10 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 0 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados (inicial) 10 PMP Setembro Outubro Novembro 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda Prevista 30 30 35 35 40 40 50 50 45 45 40 40 Demanda Confirmada (real) 35 35 20 10 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 0 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados (inicial) 10 PMP Exercício: Calcular a disponibilidade de entrega para os próximos dois meses de um produto fabricado sob encomenda, com demandas previstas e confirmadas apresentadas na tabela abaixo onde pretende-se manter um estoque mínimo de 3 unidades. Planejamento-Mestre da Produção Janeiro Fevereiro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda Prevista 15 15 15 12 12 12 10 10 Demanda Confirmada (real) 14 10 8 5 2 1 0 0 Recebimentos Programados 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 3 PMP Disponibilidade de Entrega Itens que entram no Plano-Mestre de Produção (PMP) O Planejamento-Mestre da Produção está encarregado de desmembrar os planos produtivos estratégicos de longo prazo em planos específicos de produtos acabados para o médio prazo. O PMP deve referir-se aos produtos acabados da empresa que serão remetidos via Plano de Vendas aos clientes. Porém, certas situações exigem um estudo mais detalhado em função do número de produtos acabados que pode ser gerado nesse plano. É o caso de empresas que tenham entre 2.000 a 5.000 itens de produtos acabados à disposição dos clientes. Esta quantidade de produtos acabados deriva, normalmente, da gama de combinações de opções que podem ser escolhidas pelo cliente para compor um produto acabado, como, por exemplo, na indústria automobilística. Exemplo: Um automóvel (simplificado) é montado a partir de três combinações de componentes. Um conjunto de opcionais que podem ser de 4 tipos diferentes, uma cor que pode ser escolhida entre 6 ofertadas, e um motor com 4 opções. Ao ser montado um PMP para cada uma das alternativas de produtos acabados, poderia se chegar a 96 automóveis diferentes (4 x 6 x 4). Planejamento-Mestre da Produção Itens que entram no Plano-Mestre de Produção (PMP) Exemplo: Levando-se em conta que na realidade são pelo menos 12 cores ofertadas, e mais de 6 opcionais que podem ser escolhidos em conjunto ou não, além de combinações de carrocerias diversas (2 ou 4 portas, por exemplo), as alternativas de automóveis montados facilmente chegam a números difíceis de ser administrados, mesmo empregando computadores. Planejamento-Mestre da Produção Automóvel Montado O p cio n ais Direção Hidráulica (30%) Direção Hidráulica (30%) Ar Condicionado Direção Hidráulica (30%) Ar Condicionado Air Bag / ABS Direção Hidráulica (30%) Ar Condicionado Air Bag / ABS MP3 C o res Azul (20%) Cinza (10%) Branco (20%) Verde (10%) Vermelho (10%) Preto (30%) M o to res 1.8 Flex (20%) 1.4 Flex (20%) 1.0 Flex (40%) 1.0 (20%) 96 automóveis diferentes (4 x 6 x 4) ou ainda 6 x 12 x 4 x 2 = 576 Itens que entram no PMP Geralmente, não se planeja a formação de estoques para todas as combinações possíveis, haja vista o grande custo de carregar estoques dentro do conceito de manufatura enxuta. A ideia para reduzir esse crescimento exponencial consiste em, ao invés de elaborar um PMP para cada produto acabado, passa-se a elaborar um PMP para cada opção de componente, transformando a multiplicação de alternativas em uma soma de alternativas. O produto acabado seria controlado com um programa de montagem final que representaria as opções escolhidas pelos clientes. Nesse caso, o Planejamento-Mestre da Produção se voltariam para a administração dos 14 componentes (4 + 6 + 4) ao invés de 96 automóveis acabados. Ao empregar esta alternativa de simplificação do sistema de Planejamento- Mestre da Produção, se irá deparar com um problema adicional referente à previsão da demanda, pois as previsões são obtidas sobre os produtos acabados, e não sobre os componentes que se pretende planejar. A solução consiste em guardar junto com a estrutura do produto, o percentual de demanda do produto acabado para cada opção de componentes que compõem esse produto. Planejamento-Mestre da Produção Itens que entram no PMP Assim, ao se obter a previsão do produto acabado para o período de planejamento, pode-se transformá-la em previsões para os componentes do PMP, multiplicando o percentual de cada opção de cada componente pela previsão da demanda do produto. Exemplo: Caso o automóvel do exemplo anterior tenha uma previsão de demanda de 500 unidades para as próximas semanas, a previsão de demanda para as três combinações de componentes que farão parte do PMP seria a apresentada na Tabela abaixo. Planejamento-Mestre da Produção Previsão de Demanda de 500 automóveis Opcionais Cores Motores Direção Hidráulica = 500 x 1 = 500 Azul = 500 x 0,2 = 100 1.8 Flex = 500 x 0,2 = 100 Ar Condicionado = 500 x 0,9 = 450 Cinza = 500 x 0,1 = 50 1.4 Flex = 500 x 0,2 = 100 Air Bag / ABS = 500 x 0,6 = 300 Branco = 500 x 0,2 = 100 1.0 Flex = 500 x 0,4 = 200 MP3 = 500 x 0,3 = 150 Verde = 500 x 0,1 = 50 1.0 = 500 x 0,2 = 100 Vermelho = 500 x 0,1 = 50 Preto = 500 x 0,3 = 150 Tempo no PMP O Planejamento-Mestre da Produção trabalha com a variável tempo em duas dimensões: ü Uma é a determinação da unidade de tempo para cada intervalo do plano. ü Outra é a amplitude, ou horizonte, que o plano deve abranger na sua análise. A determinação dos intervalos de tempo que compõem o PMP dependerá da velocidade de fabricação do produto incluído no plano e da possibilidade prática de alterar o plano. Normalmente trabalham-se com intervalos de semanas. Raramente empregam-se dias, mesmo que os produtos sejam fabricados em ritmos rápidos, pois a velocidade de coleta e análise dos dados inviabiliza a operacionalização diária do PMP. Com processos que tenho lead times altos, por exemplo, no estaleiro, pode se empregar intervalo de meses e até trimestres. Não há necessidade de se usar o mesmo intervalo de tempo para todo o plano. Pode-se começar com semanas, e, a medida em que se afastar da parte firme do plano, passar a usar meses e depois trimestres. Planejamento-Mestre da Produção Tempo no PMP O Planejamento-Mestre da Produção desmembra o PMP em dois níveis de horizontes de tempo, com objetivos diferenciados: ü PMP Firme: no nível firme, o PMP serve de base para a programação da produção e a ocupação dos recursos produtivos. ü PMP Flexível: no nível sujeito a alterações, o PMP serve para o planejamento da capacidade de produção e as negociações com os diversos setores envolvidos na elaboração do plano. Planejamento-Mestre da Produção A parte firme do PMP está associada as certezas da demanda e ao lead time do produto, enquanto que ao entrarmos na faixa de previsões, mantemos um PMP flexível. Tempo D e m a n d a Demanda Real Demanda Prevista PMP Firme PMP FlexívelCom o passar do tempo, e uma definição melhor da demanda, o Planejamento- Mestre da Produção faz com que o PMP flexível vá assumindo compromissos e se transformando em PMP firme. Tempo no PMP A parte firme do plano deve abranger no mínimo o tempo do Caminho Crítico (caminho mais longo) da produção do lote do item que está se planejando, pois é em cima das quantidades planejadas pela parte firme do PMP que vai-se autorizar iniciar o processo de produção propriamente dito. Exemplo: Roteiro de Fabricação e Tempos Padrões de um Produto Planejamento-Mestre da Produção Compra da M-P. A Tp = 4 dias/lote Compra da M-P.1 Tp = 1 dia/lote Compra da M-P.2 Tp = 2 dias/lote Montagem do Produto Tp=2 h/unid. Recurso: Montagem Fabricação do Comp. A Tp = 1 h/unid. Recurso: Usinagem Submontagem do Comp. B Tp = 2 h/unid. Recurso: Montagem Fabricação da Peça 1 Tp = 0,5 h/unid. Recurso: Usinagem Fabricação da Peça 2 Tp = 3 h/unid. Recurso: Estamparia Determinação do Caminho Crítico: C1: CM-P.A + FC.A + MP C1: 4d + 1 h/unid + 2 h/unid C2: CM-P.1 + FP.1 + SC.B + MP C2: 1d + 0,5 h/unid + 2 h/unid + 2 h/unid C3: CM-P.2 + FP.2 + SC.B + MP C3: 2d + 3 h/unid + 2 h/unid + 2 h/unid Exemplo: Lote de 20 unid. 8 h/dia de trabalho por semana. Caminho Crítico é C3 = 19,5 dias. Tempo no PMP Admitindo-se que o lote de produção deste produto é de 20 unidades e que dispõe-se de 8 horas/dia para trabalhar em 5 dias por semana no sistema produtivo, pode-se calcular o caminho crítico (caminho mais longo - C3), no roteiro de fabricação deste produto: 1. Montagem do produto 2h/unid. x 20 unid. = 40 h / 8h/dia = 5 dias 2. Submontagem do componente B = 2h/unid. x 20 unid. = 40 h / 8h/dia = 5 dias 3. Fabricação da peça 2 = 3h/unid. x 20 unid. = 60 h / 8h/dia = 7,5 dias 4. Compra da matéria-prima 2 = 2 dias O caminho dá um tempo total de 19,5 dias (aproximadamente 4 semanas). Isto significa que a decisão de produzir um lote deste produto tem que ser tomada com uma antecedência mínima de 4 semanas para que as providências necessárias sejam realizadas. Logo, o prazo da parte fixa do PMP, onde não gostaríamos de promover mudanças, deve ser maior ou igual a estas 4 semanas. Uma forma de reduzir os prazos a parte fixa do PMP, consiste em manter estoques dos itens componentes do produto. Isso fará com que os tempos de fabricação e compras possam ser desconsiderados nesta análise, porém o custo desta política pode ser alto e tornar esta alternativa proibitiva. Planejamento-Mestre da Produção Análise da Capacidade de Produção do PMP A análise da capacidade de produção para o Plano de Produção considerou a possibilidade de trabalhar variáveis de longo prazo. Já as decisões relativas ao PMP envolvem a negociação com variáveis de médio prazo. A função da análise da capacidade produtiva do PMP consiste em equacionar os recursos produtivos da parte variável do plano, de forma a garantir uma passagem segura para sua parte fixa e posterior programação da produção. Rotina de Análise da Capacidade produtiva do PMP: a) Identificar os recursos a serem incluídos na análise (como forma de simplificação pode-se considerar apenas os recursos críticos, ou gargalos); b) Obter o padrão de consumo da variável que se pretende analisar (horas- máquina/unidade, horas-homem/unidade, m³/unidade, etc.) de cada produto acabado incluído no PMP para cada recurso; c) Multiplicar o padrão de consumo de cada produto para cada recurso pela quantidade de produção em cada período prevista no PMP; d) Consolidar as necessidades de capacidade para cada recurso. Planejamento-Mestre da Produção Análise da Capacidade de Produção do PMP Em função dos períodos do PMP serem normalmente menores do que o leadtime dos produtos incluídos no plano, os padrões de consumo dos recursos devem levar em conta em que período este recurso será acionado quando da programação do produto acabado. Estes padrões de consumo são conhecidos como “perfis de carga unitária do produto”. Planejamento-Mestre da Produção Compra da M-P. A Tp = 4 dias/lote Compra da M-P.1 Tp = 1 dia/lote Compra da M-P.2 Tp = 2 dias/lote Montagem do Produto Tp=2 h/unid. Recurso: Montagem Fabricação do Comp. A Tp = 1 h/unid. Recurso: Usinagem Submontagem do Comp. B Tp = 2 h/unid. Recurso: Montagem Fabricação da Peça 1 Tp = 0,5 h/unid. Recurso: Usinagem Fabricação da Peça 2 Tp = 3 h/unid. Recurso: Estamparia 0 0,5 1 1,5 2 1 2 3 4 H o ra s Períodos Montagem 0 0,5 1 1,5 2 1 2 3 4 H o ra s Períodos Usinagem Não basta adquirir sabedoria; é preciso, além disso, saber utilizá-la. (Marco Túlio Cícero) Programação de Produção Compras Pedidos de Compras Planejamento Estratégico da Produção Plano de Produção Planejamento-mestre da Produção Plano-mestre de Produção Programação da Produção - Administração dos Estoques - Seqüenciamento - Emissão e Liberação Ordens de Compras Ordens de Fabricação Ordens de Montagem Fabricação e MontagemEstoques Clientes Marketing Engenharia Fornecedores A c o m p a n h a m e n to e C o n tro le d a P ro d u ç ã o Previsão de Vendas Pedidos em Carteira Estrutura do Produto Roteiro de Fabricação A v a lia ç ã o d e D e s e m p e n h o Para as atividades que compõem a Programação da Produção, tem-se um conceito muito importante para as atividades de curto prazo do PCP, qual seja, o de "puxar" e de "empurrar" a produção. Programação de Produção Empurrar a Produção: significa elaborar periodicamente, para atender ao PMP, um Programa de Produção completo, da compra da matéria-prima à montagem do produto acabado, e transmiti-lo aos setores responsáveis através da emissão de ordens de compra, fabricação e montagem. No próximo período de programação, em função dos estoques remanescentes, programam-se novas ordens para atender a um novo PMP. Esta é a ótica da programação convencional da produção. Puxar a Produção: significa não produzir até que o cliente (interno ou externo) de seu processo solicite a produção de determinado item. Neste caso, a Programação da Produção usa as informações do PMP para emitir ordens apenas para o último estágio do processo produtivo, assim como para dimensionar a quantidade de estoques em processo para os demais setores. A medida em que o cliente de um processo necessita de itens, ele recorre aos estoques do fornecedor, acionando diretamente este processo para que os itens consumidos sejam fabricados e reponham os estoques. Esta é a ótica da filosofia Just-in-time, normalmente operacionalizada empregando-se o sistema de programação via kanbans. Programação de Produção No sistema de empurrar a produção, as atividades da Programação da Produção, no sentido de atender a um Programa-Mestre de Produção, podem ser divididas para efeito de estudo em três grupos: - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Encarregada de planejar e controlar os estoques dos itens comprados, fabricados e montados definindo os tamanhos dos lotes, a forma de reposição e os estoques de segurança do sistema. - SEQUENCIAMENTO Busca gerar um programa de produção para os itens fabricados e montados que utilize inteligentemente os recursos disponíveis, promovendo produtos com qualidade e custos baixos. - EMISSÃO E LIBERAÇÃO DE ORDENS Implementa o programa de produção, emitindo a documentação necessária para o início das operações (compra, fabricação e montagem) e liberando-a quando os recursos estiverem disponíveis, normalmente em conjunto com a função de acompanhamento e controle da produção. No sistema de puxar a produção as atividades de Programação da Produção (administração de estoques, sequenciamento e emissão de ordens) são operacionalizadas pelo emprego do sistema kanban. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Funções dos Estoques: a) Garantir a independência entre etapas produtivas: colocação de estoques amortecedores entre as diversas etapas de produção ou distribuição da cadeia produtiva.b) Permitir uma produção constante: sistemas que possuem uma variação sazonal em sua demanda ou fornecimento de matéria-prima estocam esses produtos para evitar queda ou interrupção no ritmo da produção. c) Possibilitar o uso de lotes econômicos: algumas etapas só permitem a produção ou movimentação de lotes maiores do que os necessários para consumo imediato, gerando excedentes. d) Reduzir os lead times produtivos: permite que os prazos de entrega possam ser reduzidos, através da manutenção de estoques intermediários. e) Como fator de segurança: buscar prevenir ou minimizar erros de previsão, bem como atrasos inevitáveis ou não. f) Para obter vantagens de preço: busca prevenir possíveis aumentos de preços, ou obter desconto no preço unitário, adquirindo em maior quantidade. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Como os estoques não agregam valor aos produtos, quanto menor o nível de estoques com que um sistema produtivo conseguir trabalhar, mais eficiente este sistema será. Tipos de Estoques: a) Estoques de Matérias-primas: busca regular diferentes taxas de suprimentos para o processo de transformação, cuja variação pode ocorrer por diferentes motivos: ü vendedor pode não ser confiável; ü o fornecedor pode entregar em quantidades maiores do que as necessárias, gerando estoques; ü taxa de consumo pode sofrer um crescimento temporário inesperado. b) Estoques de Material Semiacabado: regula diferentes taxas de produção entre dois equipamentos subsequentes, em função de questões de especificação ou temporárias. c) Estoques de Produtos Acabados: regular diferentes taxas de produção do processo e de demanda do mercado. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Classificação dos Estoques: A classificação dos estoques pode ser implementada através da utilização da Curva de Pareto, ou Classificação ABC. Caracteriza a diferenciação de estoques segundo sua maior ou menor abrangência, separando-se os itens por classes de acordo com sua importância relativa. Como princípio estabelece que uma pequena parte de um determinado fator responde por grande parte de um certo problema. Programação de Produção Classes Quantidade Itens Quantidade Demanda A Pouca Muita B Média Média C Muita Pouca - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Metodologia da Classificação ABC: a) Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-se o valor da demanda pelo custo unitário do item; b) Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de demanda valorizada; c) Calcula-se a demanda valorizada total dos itens; d) Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de cada item em relação a demanda valorizada total, podendo-se calcular também as percentagens acumuladas; e) Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as classes A, B e C (ou quantas quisermos). Exemplo: Considerar percentual de itens. Programação de Produção Item X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 Demanda Anual 9.000 4.625 1.075 15.000 59.500 16.000 10.000 4.250 13.500 1.000 Custo Unitário 10 4 80 1 5 5 2 50 1 17 Demanda Valorizada 90.000 18.500 86.000 15.000 297.500 80.000 20.000 212.500 13.500 17.000 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Exemplo: Programação de Produção Ordem Item Dem. Valoriz. % Individual Dem. Val. Acum. % Acumulado Classe 1 X5 297.500 35,0 297.500 35,0 A 2 X8 212.500 25,0 510.000 60,0 A 3 X1 90.000 10,6 600.000 70,6 B 4 X3 86.000 10,1 686.000 80,7 B 5 X6 80.000 9,4 766.000 90,1 B 6 X7 20.000 2,4 786.000 92,5 C 7 X2 18.500 2,2 804.500 94,6 C 8 X10 17.000 2,0 821.500 96,6 C 9 X4 15.000 1,8 836.500 98,4 C 10 X9 13.500 1,6 850.000 100,0 C SOMA 850.000 100 0 35 60 71 81 90 92 95 97 98 100 0 20 40 60 80 100 X5 X8 X1 X3 X6 X7 X2 X10 X4 X9 Gráfico ABC A B C - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Exercício 1: Considerar percentual de valor. Programação de Produção Item P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 Demanda Anual 450 230 55 800 3.000 800 500 210 100 700 60 Custo Unitário 20 9 150 2 10 10 5 100 8 2 30 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Exercício 2: Uma indústria pretende realizar uma análise ABC de seu estoque a partir de uma amostra de dez produtos. A tabela abaixo mostra os dados referente à demanda de cada produto, bem como o custo unitário de produção: Programação de Produção Item P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Demanda 1800 925 215 3000 11900 3200 20000 850 2700 200 Custo Unitário 5 2 40 0,5 2,5 2,5 1 25 0,5 0,5 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: A primeira questão relacionada à administração dos estoques é a identificação da importância relativa dos itens que compõem este estoque. A segunda questão abrange a definição do tamanho dos lotes de reposição dos itens por compra ou fabricação. Em seguida, necessitamos estabelecer um sistema de controle de estoques que permita a reposição dos itens dentro deste tamanho de lote. Por fim, a administração dos estoques precisa estabelecer os estoques de segurança que darão conta das variações aleatórias do sistema de controle. A determinação do tamanho dos lotes de compra ou fabricação é obtida através da análise dos custos que estão envolvidos no sistema de reposição e de armazenagem dos itens. O melhor lote de reposição, conhecido como "lote econômico" , é aquele que consegue minimizar os custos totais. A determinação de fórmulas para calcular o lote econômico em três situações mais usuais: ü Quando a entrega do lote é realizada numa única vez, ü Quando ela é parcelada, e ü Quando houver descontos no custo unitário do item por quantidade reposta. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Custos relacionados ao Tamanho do Lote: Custo Direto (CD): é aquele incorrido diretamente com a compra ou fabricação do item. É proporcional a demanda para o período e aos custos unitários do item (de fabricação ou de compra) CD = Custo Direto do período D = Demanda do item para o período C = Custo unitário de compra ou fabricação do item Custo de Preparação (CP): são todos aqueles custos referentes ao processo de reposição do item pela compra ou fabricação do lote de itens. CP = Custo de Preparação do período; N = Número de pedidos de compra ou fabricação durante o período; Q = Tamanho do Lote de Reposição; A = Custo unitário de Preparação. Programação de Produção CD D C= × CP N A= × N D Q = CP D Q A= × Exemplos: mão-de-obra para emissão e processamento das ordens de compra ou de fabricação, materiais e equipamentos utilizados para a confecção das ordens, custos indiretos dos departamentos de compras ou do PCP para a confecção das ordens, como luz, telefone, aluguéis, etc., e, quando for o caso de fabricação dos itens, os custos de preparação dos equipamentos produtivos. - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Custos relacionados ao Tamanho do Lote: Custo de Manutenção de Estoques (CM): decorrentes do fato do sistema produtivo necessitar manter itens em estoques para o seu funcionamento. CM = Custo de Manutenção de estoques do período; Qm = Estoque médio durante o período; I = Taxa de encargos financeiros sobre os estoques. Custo de Total do Sistema (CT): Exemplo: Um comerciante trabalha com máquinas fotográficas compradas em Manaus a um custo de $ 50,00 cada e vendidas aqui. Em cada viagem a Manaus gasta $ 1.300,00, independente da quantidade trazida. A demanda anual pelas máquinas é de 600 unidades, e sobre o capital empatado paga uma taxa de 78% ao ano. Quantas viagens ele deve fazer por ano, ou qual o tamanho do lote a ser comprado em cada viagem? Programação de Produção CM Q C Im= × × CMCPCDCT ++= xCxIQxA Q D DxCCT m++= - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Custos relacionados ao Tamanho do Lote: Exemplo: Um comerciante trabalha com máquinas fotográficas compradas em Manaus a um custo de $ 50,00 cada e vendidas aqui. Em cada viagem a Manaus gasta $ 1.300,00, independente da quantidade trazida. A demanda anual pelas máquinas é de 600 unidades, e sobreo capital empatado paga uma taxa de 78% ao ano. Quantas viagens ele deve fazer por ano para um tamanho do lote econômico a ser comprado em cada viagem? Programação de Produção 000.3050600 === xDxCCD 000.43700.11300.1000.30 =++=++= CMCPCDCT 300.1300.1 600 600 === xxA Q D CP 700.1178,050 2 600 === xxxCxIQCM m Viagens Lotes CD CP CM CT 1 600 30.000 1.300 11.700 43.000 2 300 30.000 2.600 5.850 38.450 3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 4 150 30.000 5.200 2.925 38.125 5 120 30.000 6.500 2.340 38.840 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Custos relacionados ao Tamanho do Lote: Exemplo: Programação de Produção 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 50000 150 200 300 600 Tamanho do lote $ Custo Total Custo Direto Custo de Manutenção de Estoques Custo de Preparação O número de viagens que minimiza o custo total é de três viagens por ano, equivalente ao lote de 200 unidades por viagem. Este tamanho de lote é conhecido como “lote econômico” e o período entre as reposições é chamado de “periodicidade econômica”. Viagens Lotes CD CP CM CT 1 600 30.000 1.300 11.700 43.000 2 300 30.000 2.600 5.850 38.450 3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 4 150 30.000 5.200 2.925 38.125 5 120 30.000 6.500 2.340 38.840 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Custos relacionados ao Tamanho do Lote: Exercício: Um item possui demanda anual de 2.000 unidades, taxa de encargos financeiros sobre os estoques de 65% ao ano, custo unitário de $ 90,00 e custos de preparação de $ 3.650,00. Determinar o tamanho do lote e a periodicidade econômica de fabricação, considerando os custos envolvidos. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico Básico: O custo unitário do item é fixo e a entrega do lote de reposição é realizada de uma única vez. É conhecido como lote econômico de compra. Programação de Produção Tempo Q u a n ti d a d e Q Qm t 2 1 2 _ Q t Qt QmédioEstoque m =× × == 2 __ Qt triângulodoÁrea × = ICQA Q D CDCT m ××+×+×= IC Q A Q D CDCT ××+×+×= 2 ¶ ¶ CT Q D A Q C I = - × + × =0 2 0 2Q D A C I * = × × × 2 N D C I A * = × × ×2Q D NComo =Þ Lote Econômico (unidades/reposição) Periodicidade Econômica (reposições/período) - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico Básico: Exemplo: D = 600 unidades por ano; C = $ 50,00 por unidade; I = 0,78 ao ano; A = $ 1.300,00 por ordem. Programação de Produção reposiçãounidades IC AD Q /200 78,050 300.160022* = × ×× = × ×× = anoreposições A ICD N /3 13002 78,050600 2 * = × ×× = × ×× = anopor $ 800.3778,050 2 200 300.1 200 600 50600 2 =××+×+×=××+×+×= IC Q A Q D CDCT - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico com Entrega Parcelada: O custo unitário do item permanece constante porém a entrega deixa de ser feita de uma única vez, e passa a ser feita segundo uma taxa de entrega (m). É conhecido como lote econômico de fabricação. Programação de Produção Tempo Q u a n ti d a d e Q d t t1 t2 Qmax m m - d Q t Q t Q d m Q m max max = × × = = - æ è ç ö ø ÷ × 2 1 2 1 2 CT D C D Q A Q C I D C D Q A d m Q C Im= × + × + × × = × + × + - æ è ç ö ø ÷ × × ×1 2 Q D A C I d m * = × × × × - æ è ç ö ø ÷ 2 1 N D C I d m A * = × × × - æ è ç ö ø ÷ × 1 2 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico com Entrega Parcelada: Exemplo: Com os dados do exemplo anterior e acrescentando o fato da entrega do lote ser feita segundo uma velocidade de 4 unidades por dia, com 300 dias úteis de trabalho por ano. D = 600 unidades por ano; C = $ 50,00 por unidade; I = 0,78 ao ano; A = $ 1.300,00 por ordem; m = 4 unidades por dia; d = 600 unidades por ano / 300 dias por ano = 2 unidades por dia. Programação de Produção unidades m d IC AD Q 283 4 2 178,050 13006002 1 2* = ÷ ø ö ç è æ -×× ×× = ÷ ø ö ç è æ -×× ×× = reposições A m d ICD N 12,2 13002 4 2 178,050600 2 1 * = × ÷ ø ö ç è æ -××× = × ÷ ø ö ç è æ -××× = CT = × + × + - æ è ç ö ø ÷ × × × =600 50 600 283 1300 1 2 4 283 2 50 0 78 35515 00, . , - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Custos relacionados ao Tamanho do Lote: Exercício: Um item possui demanda anual de 6.000 unidades, taxa de encargos financeiros sobre os estoques de 30% ao ano, custo unitário de $ 20,00 e custos de preparação de máquina de $ 70,00 por ordem. Sendo a taxa de produção da máquina que fabrica este item da ordem de 50 unidades por dia, com 300 dias úteis no ano, procure definir o tamanho dos lotes de fabricação para lotes entregues de uma só vez e para lotes com entregas parceladas. Calcule os custos totais das duas alternativas. Programação de Produção IC Q A Q D CDCT ××+×+×= 2 𝐶𝑇 = 𝐷. 𝐶 + 𝐷 𝑄 . 𝐴 + 1 − 𝑑 𝑚 . 𝑄 2 . 𝐶. 𝐼 Q D A C I d m * = × × × × - æ è ç ö ø ÷ 2 1 Q D A C I * = × × × 2 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico com Descontos: A maioria dos fornecedores consegue reduzir seus custos a medida em que produzem quantidades maiores de itens, diluindo melhor seus custos fixos. Frequentemente transportam parte destas reduções para os preços dos itens vendidos, estimulando os compradores a adquirirem lotes maiores. O custo unitário (C) do item será: C1 se Q < Q1 C2 se Q1 ≤ Q < Q2 C3 se Q2 ≤ Q < Q3 ............................ Cn se Qn-1 ≤ Q Onde C1 > C2 > C3 ...> Cn A escolha do tamanho do lote econômico consiste em descobrir qual o ponto de menor custo na curva de custo total oferecida. Parte-se da primeira faixa de custo e pesquisa-se em qual das faixas de custo oferecidas encontra-se o lote econômico. Uma vez encontrado o lote econômico dentro de uma das faixas, passa-se a pesquisar se nos pontos onde existem descontos, o custo total não é menor do que o encontrado com o lote econômico anterior. O lote que apresentar menores custos totais será o lote econômico final. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico com Descontos: Exemplo: Um fornecedor estabelece seu preço de venda para um item de acordo com a seguinte tabela de preços: § Lotes menores de 50 unidades custam $ 5,00 por unidade; § Lotes de 50 a 199 unidades custam $ 4,00 por unidade; § Lotes de 200 a 399 unidades custam $ 3,00 por unidade; § Lotes de 400 a 999 unidades custam $ 2,50 por unidade; § Lotes acima de 1000 unidades custam $ 2,40 por unidade. Admitindo que a demanda anual prevista deste item é de 5.000 unidades, que o custo de colocação de uma ordem de compra é de $ 30,00 e que a taxa de encargos financeiros sobre os estoques é de 150% ao ano, qual o tamanho do lote de reposição deste item? D = 5.000 unidades A = $ 30,00 por ordem I = 1,5 ao ano C = segue a tabela do fornecedor Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico com Descontos: Exemplo: Programação de Produção Q D A C I * , = × × × = × × × = > 2 2 5000 30 5 15 200 50Para C = $ 5,00 Q D A C I * , = × × × = × × × = > 2 2 5000 30 4 15 223 200Para C = $ 4,00 Q D A C I * , = × × × = × × × = 2 2 5000 30 3 15 258Para C = $ 3,00 CT = × + × + × × =5000 3 5000 258 30 258 2 3 15 162 00, $16. ,Para Q = 258 CT = × + × + × × =5000 2 5 5000 400 30 400 2 2 5 15 562 00, , , $13. ,Para Q = 400 Para Q = 1000 CT = × + × + × × =5000 2 4 5000 1000 30 1000 2 2 4 15 950 00, , , $13. , Como o lote de 400 unid. apresentou o menor custo total ele será o escolhido. - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Lote Econômico com Descontos: Exercício: Um fornecedor estabelece seu preço de venda para um item de acordo com a seguinte tabela de preços: • Lotes menores de 500 unidades custam $ 10,00 por unidade; • Lotes de 500 a 1999 unidades custam $ 8,00 por unidade; • Lotesde 2000 a 3999 unidades custam $ 6,00 por unidade; • Lotes de 4000 a 9999 unidades custam $ 3,50 por unidade; • Lotes acima de 10000 unidades custam $ 2,80 por unidade. Admitindo que a demanda anual prevista deste item é de 2000 unidades, que o custo de colocação de uma ordem de compra é de $ 10,00 e que a taxa de encargos financeiros sobre os estoques é de 15% ao ano, qual o tamanho do lote de reposição deste item? Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Tamanho do Lote de Reposição: Variação do Lote Econômico: Programação de Produção Viagens Lote CD CP CM CT DCT %DCT DLote %DLote 1 600 30.000 1.300 11.700 43.000 5.200 13,76 400 200,00 2 300 30.000 2.600 5.850 38.450 650 1,72 100 50,00 3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 0 0,00 0 0,00 4 150 30.000 5.200 2.925 38.125 325 0,86 -50 -25,00 10 60 30.000 13.000 1.170 44.170 6.370 16,85 -140 -70,00 34.000 36.000 38.000 40.000 42.000 44.000 46.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Número de Viagens R $ Faixa Econômica Ao se determinar um valor para o lote econômico, este servirá apenas como um indicativo do valor em torno do qual se dará a reposição (Faixa Econômica) - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: O problema de determinar a quantidade do item a ser reposto, conforme foi visto, é função dos custos envolvidos no sistema de reposição e armazenagem do item. O estabelecimento da época oportuna para repor o item nesta quantidade, ou em outra qualquer, dependerá do Modelo de Controle de Estoques empregado. A determinação do momento oportuno para a reposição do item, e consequente emissão da ordem de reposição, pode ser feita diretamente no momento em que está se desmembrando o PMP, ou ainda, pode-se empregar o PMP para ajustar os parâmetros do Modelo de Controle de Estoques. Podem-se dividir os Modelos de Controle de Estoques em dois grupos: - De Emissão Indireta: os modelos que indiretamente se encarregam de determinar o momento da emissão das ordens de reposição são os modelos de controle por ponto de pedido e o de reposições periódicas. - De Emissão Direta: os modelos que buscam diretamente emitir as ordens de reposição são os baseados na lógica do MRP (Material Requirement Planning), também chamado de cálculo das necessidades de materiais, que emprega o conceito de dividir os itens em itens de demanda dependente e itens de demanda independente. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: Controle por Ponto de Pedido: Consiste em estabelecer uma quantidade de itens em estoque, chamada de Ponto de Pedido ou de Reposição, que quando atingida dá partida ao processo de reposição do item em uma quantidade preestabelecida. Programação de Produção t Q Qmax Qs = Qmin PP Quantidade Tempo d PP d t Qs= × + PP = Ponto de Pedido; d = Demanda por unidade de tempo; t = Tempo de Ressuprimento; Qs = Estoque de Segurança. - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: Controle por Ponto de Pedido: Exemplo: Supondo que um item tenha uma demanda anual de 1.200 unidades, um custo de preparação do pedido de $ 200,00, uma taxa de encargos financeiros sobre os estoques de 50% ao ano e um custo unitário de $ 10,00. Com um estoque de segurança de 80 unidades, e um tempo de ressuprimento de 15 dias. Supondo um ano com 300 dias úteis e a reposição através de lotes econômicos, o Modelo de Controle por Ponto de Pedido seria: D = 1200 unidades por ano A = $ 200,00 por ordem I = 0,50 ao ano C = $ 10,00 por unidade t = 15 dias Qs = 80 unidades Programação de Produção PP d t Qs= × + = × + =4 15 80 140 unidades IC AD Q 310 5,010 200200.122* = × ×× = × ×× = Q Q Qmax s= + = + = * 80 310 390Q Qmin s= = 80 diaunidaded /4 300 200.1 == O Modelo de Controle de Estoque funcionará da seguinte maneira: sempre que atingir 140 unidades, é providenciado um pedido de reposição de 310, que deverá dar entrada em estoque após 15 dias. Se o valor mínimo (80) ou o valor máximo (390) for frequentemente ultrapassado, os parâmetros do modelo necessitam ser revistos. - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: Controle por Ponto de Pedido: Exercício: Montar um sistema de controle de estoques por ponto de pedido e explicar seu funcionamento, admitindo-se reposições em lotes econômicos, para um item com uma demanda anual de 2000 unidades, um custo de preparação do pedido de $20,00, uma taxa de encargos financeiros sobre os estoques de 30% ao ano e um custo unitário de $ 15,00. Admitir ainda que este item tenha um estoque de segurança de 30 unidades, e um tempo de ressuprimento de 5 dias para um ano com 250 dias úteis. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: Controle por Revisões Periódicas: Enquanto o modelo de controle por Ponto do Pedido trabalha no eixo da quantidades, o modelo por Revisões Periódicas trabalha no eixo dos tempos, estabelecendo datas nas quais serão analisadas a demanda e as demais condições dos estoques, para decidir pela reposição dos mesmos. Programação de Produção t Q Qmax Qs = Qmin Quantidade Tempo d tr t t N Q t Dr ano ano* * * = = × tr * = tempo ótimo entre revisões; tano = número de dias no ano. ( )Q d t t Q Q Q Qr f p r s= × + - - + + Qf = quantidade de saldo final em estoque; Qp = quantidades pendentes de entrega; Qr = quantidade solicitada e não atendida; Qs = estoque de segurança. - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: Controle por Revisões Periódicas: Exemplo: Supondo que um item com demanda anual de 12.000 unidades, custo de colocação do pedido de $ 400,00, taxa de encargos financeiros sobre os estoques de 96% ao ano, e custo unitário de $ 10,00. O estoque de segurança do item de 250 unidades e tempo de ressuprimento de 10 dias, trabalhando 240 dias úteis por ano. D = 12.000 unidades por ano A = $ 400,00 por ordem I = 0,96 ao ano C = $ 10,00 por unidade t = 10 dias Qs = 250 unidades Programação de Produção 000.1 96,010 400000.1222* = × ×× = × ×× = IC AD Q 20 000.12 240000.1 * * * = × = × == D tQ N t t anoanor ( ) ( ) unidadesQQQQttdQ srpfr 020.125000730102050 =++--+×=++--+×= 50 240 000.12 ==d A cada 20 dias, 12 vezes por ano, será feita a revisão dos estoques deste item e deverá ser encomendado um lote de aproximadamente de 1.000 unidades. Supondo que em uma das revisões o saldo do estoque seja de 730 unidades, que não haja compras pendentes pois t < tr, e que não existam demandas reprimidas pois Qf > 0. O lote de reposição será: - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: Controle por Revisões Periódicas: A operacionalização do modelo de controle de estoques por Revisões Periódicas não é tão simples quanto a por Ponto de Pedido, exigindo a coleta de inúmeras variáveis e cálculos elaborados na definição das quantidades a serem repostas de forma a evitar o desabastecimento, ou a sobra, dos itens em estoque. Atualmente, com o advento e a expansão dos modelos informatizados de Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP), esse modelo de controle de estoques passou a ter pouca utilidade, visto que o sistema de programação via MRP não só permite a ampliação do período de análise, como considera em simultâneo as dependências entre os vários itens que compõem um produto, superando em muito o modelo estático de revisões periódicas. Sendo assim, o Modelo de Controle de Estoques por Revisões Periódicas é utilizado apenas quando não se dispõem de alternativas de controle, associando a exigência de inventários periódicos dos níveis de estoques com a reposição dos itens. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Modelos de Controle de Estoques: Controle por Revisões Periódicas: Exercício: Montar um modelo de controle de estoques por revisões periódicas, com periodicidade econômica, para o exercício anterior, explicando seu funcionamento. Admitindo-se que em uma das revisões não haja saldo em estoquee sim uma demanda reprimida de 20 unidades, e que neste período deverá chegar um lote de reposição atrasado de 100 unidades, calcular a quantidade do lote de reposição a ser colocado. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Os modelos de controle de estoques baseados na lógica do MRP (Material Requirement Planning), ou do cálculo das necessidades de materiais, são modelos normalmente incorporados a um sistema de informações gerenciais mais amplo, conhecidos como MRPII (Manufacturing Resource Planning), que busca, via informatização do fluxo de informações, integrar os diversos setores da empresa, como Marketing, Engenharia e Finanças, ao Sistema de Produção. Apesar de normalmente o controle de estoques baleado no cálculo das necessidades de materiais serem implantadas dentro do MRPII, com o avanço da velocidade de processamento dos equipamentos computacionais e com softwares de planilha de dados cada vez mais amigáveis e versáteis, é possível implantar modelos de controle de estoque desta natureza, sem necessariamente se envolver com o MRPII. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Partindo-se das quantidades de produtos acabados a serem produzidas período a período, determinadas no PMP, passa-se a calcular as necessidades brutas dos demais itens dependentes de acordo com a estrutura do produto. Começando pelos componentes de nível superior e descendo de nível até chegar as matérias-primas. Tendo-se as necessidades brutas do item em cada período, pode-se descontar da mesma as quantidades em estoque e as quantidades já programadas para chegar neste período, obtendo-se o valor das necessidades líquidas do item. Caso este valor no período tenha atingido determinado nível, planejamos a emissão da ordem de reposição. Desta forma, geram-se as necessidades brutas no nível inferior. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Visando facilitar o tratamento das informações é utilizada uma tabela, de certa forma semelhante a empregada na elaboração do PMP, para armazenar e operacionalizar o cálculo dos dados necessários ao controle de estoques. A primeira linha da Tabela abaixo apresenta os parâmetros gerais de controle do item: a especificação e o código do item, o tamanho do lote de reposição e do estoque de segurança, e o lead time necessário para repor este item. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15 unid. Lead Time: 2 semanas Período 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: O estoque de segurança (Qs), dentro da lógica do MRP, serve de ponto de referência para o nível mínimo que se quer ter de itens no estoque projetado. É o zero relativo, ou seja, se atingir menos de 15 unidades em algum período deve-se planejar uma reposição do item. Já o lead time informa quantos períodos deve-se retroceder para a colocação de uma ordem de reposição visando a sua chegada no momento oportuno. No exemplo, planeja-se uma liberação de ordem no período 19 para cobrir uma quantidade negativa em estoque no período 21, ou seja, 2 períodos antes. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15 unid. Lead Time: 2 semanas Período (semanas) 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: As Necessidades Brutas do item, ou seja, à quantidade esperada por período deste item (filho) para atender a demanda proveniente dos itens de nível superior (pais). No exemplo, os pais deste item estão solicitando 200 unidades para os períodos 19, 21, 23 e 25. A necessidade bruta do item de nível mais alto, normalmente o produto acabado, é obtida do PMP. Desta forma, a programação da produção baseada no MRP parte do PMP e vai calculando nível a nível as necessidades brutas de cada item componente do produto acabado. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15 unid. Lead Time: 2 semanas Período (semanas) 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Na quarta linha da Tabela, entra o componente independente da demanda do item, que está sendo chamado de "Reposições". É a quantidade do item que é colocada diretamente no mercado, cujo valor deve ser previsto empregando-se um modelo de previsão da demanda. No exemplo existe a previsão de o mercado absorver 10 unidades por período. Esta quantidade será somada às necessidades brutas para gerar a demanda total do item. Na linha de Recebimentos Programados, inclui-se as ordens que já foram liberadas em períodos anteriores. Existe um lote de 300 unidades, programado anteriormente, para receber no período 19. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15 unid. Lead Time: 2 semanas Período (semanas) 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Os níveis de Estoques Projetados para os períodos futuros, a partir do valor dos estoques em mãos, é calculado levando-se em conta o saldo dos estoques projetados no período anterior, mais os recebimentos programados para chegar neste período, menos a soma das necessidades brutas com as reposições neste período. No período 19 da Tabela, o valor de 130 unidades projetadas para o estoque é resultado da soma de 40 do estoque projetado do período anterior mais 300 programadas para chegar neste período, menos a soma de 200 de necessidades brutas com 10 unidades de reposições planejadas para o período 19. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15 unid. Lead Time: 2 semanas Período (semanas) 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Uma vez projetados os estoques, ou a falta deles, para os períodos futuros, pode-se de calcular as Necessidades Líquidas de cada período, as quais servirão de base para o planejamento da liberação de ordens. As Necessidades Líquidas são as quantidades do item que necessitam ser programadas para atender a um determinado PMP. O cálculo das quantidades líquidas necessárias em cada período passa pela análise dos estoques projetados. A primeira necessidade líquida surgirá no período em que o valor dos estoques projetados ficar negativo, ou, se usar estoques de segurança, quando atingir o valor do estoque de segurança. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15unid. Lead Time: 2 semanas Período (semanas) 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: A partir deste ponto, as necessidades líquidas dos demais períodos serão as faltas de estoques projetados, será igual a soma das necessidades brutas com as reposições de cada período, caso não haja entregas planejadas a partir deste ponto. No exemplo, a primeira necessidade líquida surge no período 21 quando os estoques projetados são de -90 unidades; como se deve repor o estoque de segurança em 15 unidades, a necessidade líquida fica em 105 unidades. Nos demais períodos posteriores, as necessidades líquidas serão os incrementos negativos nos estoques projetados decorrentes das necessidades brutas e das reposições nestes períodos, ou seja, 10 no período 22, 210 no período 23, 10 no período 24, e 210 unidades no período 25. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15 unid. Lead Time: 2 semanas Período (semanas) 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Em cima das necessidades líquidas, planeja-se a Liberação de Ordens considerando os lead times dos itens e as regras de definição dos tamanhos de lotes ou dos períodos de reposição. No exemplo, com lead times de 2 períodos e lotes fixos de 300 unidades, as liberações planejadas de ordens apresentam um pedido de 300 unidades no período 19, para cobrir a necessidade de 105 unidades do período 21, mais as 10 do período 22 e parte das 210 do período 23. Como ficaram faltando cobrir 25 unidades das necessidades líquidas do período 23, necessita-se planejar a liberação de nova ordem de reposição de 300 unidades com dois períodos de antecedência, ou seja, para o período 21. Esta segunda ordem é suficiente para atender às demais necessidades líquidas. Programação de Produção Item: Quadro Cod.: 1100 Q: 300 unid. Qs: 15 unid. Lead Time: 2 semanas Período (semanas) 18 19 20 21 22 23 24 25 Necessidades Brutas 0 200 0 200 0 200 0 200 Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 300 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 40 130 120 -90 -100 -310 -320 -530 Necessidades Líquidas 0 0 0 105 10 210 10 210 Liberação Planejada de Ordens 0 300 0 300 0 0 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Exemplo: Admitindo-se que um sistema produtivo monte bicicletas a partir de componentes comprados de terceiros e fabricados internamente. Conforme pode-se ver na Figura abaixo, uma bicicleta para ser produzida necessita da montagem de um quadro, uma roda dianteira, uma roda traseira e uma correia. Neste exemplo, vamos programar apenas as duas rodas, que são montadas a partir de um pneu, uma câmara e um aro dianteiro ou traseiro, conforme a roda. Os pneus e as câmaras são comprados de fornecedores externos, enquanto os aros são fabricados internamente a partir de uma matéria-prima composta de aço carbono. A Tabela a seguir fornece uma lista de materiais com as características técnicas dos itens que compõem o produto acabado. Programação de Produção Montagem Final Cod:1000 SM Quadro Cod:1100 SM Roda Dianteira Cod:1200 SM Roda Traseira Cod:1300 Correia Cod:1400 Aro Dianteiro Cod:1210 Aro Traseiro Cod:1310 Pneu Cod:1220 Pneu Cod:1220 Câmara Cod:1230 Câmara Cod:1230 MP Carbono Cod:1211 MP Carbono Cod:1211 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Tipos de Tamanho de Lote no sistema MRP : Lote Fixo: sempre que necessita-se repor os itens, repõe-se a quantidade do lote econômico. Lote a Lote (L4L): sempre que tiver necessidade de reposição, é feita apenas na quantidade líquida necessário do item. Quantidade de Pedido no Período (QPP): o tamanho do lote é projetado para atender a um determinado número de períodos a frente. Programação de Produção Item Código Consumo Padrão Leadtime (semanas) Lote Estoque Segurança Bicicleta 1000 1 unid. 1 30 0 Roda Dianteira 1200 1 unid. 1 L4L 0 Roda Traseira 1300 1 unid. 1 50 0 Pneu 1220 2 unid. 2 100 20 Câmara 1230 2 unid. 2 50 10 Aro Dianteiro 1210 1 unid. 1 QPP: 2 sem. 0 Aro Traseiro 1310 1 unid. 1 QPP: 3 sem. 0 MP Carbono 1211 0,2 kg/aro. 2 40 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Admitindo-se que o PCP trabalha com períodos semanais e recebeu na semana 25 um PMP para as bicicletas em questão, com um horizonte de 8 semanas: Programação de Produção Item: Bicicleta Cod.: 1000 Q: 30 unid. (PMP) Qs: 0 unid. Lead Time: 1 semanas Período 26 27 28 29 30 31 32 33 Demanda Prevista 20 20 20 20 20 20 20 20 Demanda Confirmada 25 18 15 10 5 0 0 0 Recebimentos Programados 30 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 15 20 30 10 20 30 10 20 30 PMP 0 30 0 30 30 0 30 30 Liberação Planejada de Ordens 30 0 30 30 0 30 30 0 Item: Roda Dianteira Cod.: 1200 Q: L4L unid. Qs: 0 unid. Lead Time: 1 semanas Período 26 27 28 29 30 31 32 33 Necessidades Brutas 30 0 30 30 0 30 30 0 Reposições 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 30 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 0 0 0 -30 -60 -60 -90 -120 -120 Necessidades Líquidas 0 0 30 30 0 30 30 0 Liberação Planejada de Ordens 0 30 30 0 30 30 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Programação de Produção Item: Roda Traseira Cod.: 1300 Q: 50 unid. Qs: 0 unid. Lead Time: 1 semanas Período 26 27 28 29 30 31 32 33 Necessidades Brutas 30 0 30 30 0 30 30 0 Reposições 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 40 10 10 -20 -50 -50 -80 -110 -110 Necessidades Líquidas 0 0 20 30 0 30 30 0 Liberação Planejada de Ordens 0 50 0 0 50 50 0 0 Item: Aro Dianteriro Cod.: 1210 QPP: 2 semanas Qs: 0 unid. Lead Time: 1 semanas Período 26 27 28 29 30 31 32 33 Necessidades Brutas 0 30 30 0 30 30 0 0 Reposições 5 5 5 5 5 5 5 5 Recebimentos Programados 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 45 10 -25 -30 -65 -100 -105 -110 Necessidades Líquidas 0 0 25 5 35 35 5 5 Liberação Planejada de Ordens 0 30 0 70 0 10 0 0 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Exercício 1: Admitindo-se um produto acabado que tenha sua estrutura conforme a figura abaixo, planejar seus componentes segundo a lógica do MRP com auxílio dos registros de controle de cada item, para o PMP das tabelas a seguir. Resuma dizendo o que o sistema deveria fazer neste momento em termos de programação das ordens. Programação de Produção Item: A Q: L4L Qs: 5 unid. Lead Time: 2 semanas Período 10 11 12 13 14 15 16 17 Demanda Prevista 15 20 30 25 20 20 30 30 Demanda Confirmada 20 10 5 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 0 20 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 25 5 5 5 5 5 5 5 5 PMP 0 0 30 25 20 20 30 30 Liberação Planejada de Ordens - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Exercício 1: Programação de Produção Item: B QPP: 2 semanas Qs: 0 unid. Lead Time: 1 semanas Período 10 11 12 13 14 15 16 17 Necessidades Brutas Reposições 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 55 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 0 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens Item: C Q: 100 unid. Qs: 0 unid. Lead Time: 2 semanas Período 10 11 12 13 14 15 16 17 Necessidades Brutas Reposições 10 10 10 10 10 10 10 10 Recebimentos Programados 0 100 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 50 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens - ADMINISTRAÇÃODOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Exercício 1: Programação de Produção Item: D Q: L4L Qs: 10 unid. Lead Time: 1 semanas Período 10 11 12 13 14 15 16 17 Necessidades Brutas Reposições 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 10 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens Item: E Q: 50 unid. Qs: 0 unid. Lead Time: 1 semanas Período 10 11 12 13 14 15 16 17 Necessidades Brutas Reposições 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos Programados 0 0 0 0 0 0 0 0 Estoques Projetados 0 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Exercício 2: Admitindo-se que um sistema produtivo monte lapiseiras a partir de componentes comprados de terceiros e fabricados internamente, conforme pode-se ver no fluxograma de produção abaixo. Planejar seus componentes segundo a lógica do MRP com auxílio dos registros de controle de cada item. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Exercício 2: Programação de Produção Item: Lapiseira Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Liberação Planejada de Ordens 300 200 500 500 1000 Item: Miolo Q: L4L Qs: 0 unid. LT : 1 período Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Necessidades Brutas Reposições Recebimentos Programados Estoques Projetados 350 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens Item: Miolo Interno Q: 500 Qs: 50 unid. LT : 3 período Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Necessidades Brutas Reposições Recebimentos Programados 300 Estoques Projetados 300 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais: Exercício 2: Programação de Produção Item: Suporte Garra Q: L4L Qs: 100 unid. LT : 2 período Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Necessidades Brutas Reposições Recebimentos Programados Estoques Projetados 150 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens Item: Grafite QPP: 2 períodos Qs:0 LT : 2 período Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Necessidades Brutas Reposições Recebimentos Programados Estoques Projetados 200 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens Item: Garra Q: L4L Qs:0 LT : 1 período Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Necessidades Brutas Reposições Recebimentos Programados Estoques Projetados 450 Necessidades Líquidas Liberação Planejada de Ordens - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Estoques de Segurança: Projetados para absorver as variações na demanda durante o tempo de ressuprimento, ou variações no próprio tempo de ressuprimento, tendo em vista que é durante este período que os estoques podem acabar e causar problemas ao fluxo produtivo. Quanto maiores forem estas variações, maiores deverão ser os estoques de segurança do sistema. Na realidade os estoques de segurança agem como amortecedores para os erros do sistema produtivo associados ao abastecimento interno ou externo dos itens. Nos Modelos de Estoques a ênfase é na prevenção dos erros, e não na correção e convivência com eles através dos estoques de segurança. Na prática, as empresas tendem a conviver com esses problemas e colocar estoques de segurança nos modelos de controle de estoques para amortecer os erros, pelo menos enquanto os problemas não forem tratados como tal e eliminados. Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Estoques de Segurança: A determinação do risco que se quer correr, ou em outras palavras do nível de serviço do item, é função de quantas faltas admite-se durante o período de planejamento como suportável para este item. Exemplo: admitindo que um item com frequência de reposição semanal pode ter 4 faltas/ano (52 semanas), tem-se um nível de serviço de 92%: Nível de Serviço = Programação de Produção s×= ZQs 1 − 4 52 = 0,92 = 92% d dmáx Z .s Qs = Estoque de Segurança; Z = Número de desvios-padrões; σ = Desvio-padrão. MAD = Desvio Absoluto Médio MADZQs ××= 25,1 Nível de Serviço Z 80% 0,84 85% 1,03 90% 1,28 95% 1,64 99% 2,32 99,99% 3,09 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Estoques de Segurança: Exemplo: para um item com demanda média de 200 unidades por mês e desvio padrão de 15 unidades, se se pretende dar um nível de serviço de 85%, o Estoque de Segurança, considerando o desvio padrão, será: Programação de Produção unidades 16ou 45,151503,1 @=×=×= sZQs unidades 63ou 25,351532,2 @=×=×= sZQs Nível de Serviço Z 80% 0,84 85% 1,03 90% 1,28 95% 1,64 99% 2,32 99,99% 3,09 Estas 16 unidades garantirão flutuações na demanda até 216 unidades (200+16). Caso o nível de serviço seja elevado para 99%, o estoque de Segurança se ampliaria para 36 unidades, suportando demandas de até 236 unidades. - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Estoques de Segurança: Exemplo: admitindo-se que os erros entre a demanda ocorrida no período e a demanda prevista para os últimos seis períodos foram conforme tabela abaixo, calcular os valores do MAD e do σ, bem como o Estoque se Segurança, para um nível de serviço de 90%, utilizando o MAD. Programação de Produção MAD D D n atual prevista = -å s = = = åErro n 2 1200 6 14 14, MAD Erro n = = = å 80 6 13 33, D.Atual D.Prevista Erro Erro² |Erro| 160 170 -10 100 10 150 140 10 100 10 160 140 20 400 20 150 160 -10 100 10 160 150 10 100 10 160 180 -20 400 20 Soma 0 1200 80 𝑄! = 𝑍. 𝜎 = 1,28𝑥14,14 = 18,10 𝑜𝑢 19 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑄! = 𝑍. 1,25.𝑀𝐴𝐷 = 1,28𝑥1,25𝑥13,33 = 21,33 𝑜𝑢 22 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Estoques de Segurança: Outras formas de cálculo dos estoques de segurança: ü Considerá-lo como uma porcentagem da demanda durante o tempo de ressuprimento; ü Considerá-lo como tempo, ou seja, planejar o recebimento do item com um tempo de segurança, também chamado de timer buffer, como forma de garantir que o item chegará a tempo para seu consumo. Essa abordagem é utilizada dentro da chamada Teoria das Restrições para manter os gargalos abastecidos. Desta forma não se produz acima das necessidades, porém se mantêm os estoques por mais tempo, o que em termos de custos é equivalente. Uma vantagem do uso do timer buffer seria em situações onde o item tem vida útil limitada, como, por exemplo, em coleções de vestuário, onde após o lançamento de nova coleção, a antiga perde a validade. Por outro lado, produzir antes do necessário, como forma de segurança, exige um bom sistema de previsão de demanda para se acertar nas quantidades Programação de Produção - ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES Estoques de Segurança: Exercício: Admitindo-se que os erros entre a demanda ocorrida no período e a demanda prevista para os últimos nove períodos são os apresentados na tabela abaixo, dimensionar os Estoques de Segurança para um nível de atendimento de 80% e 90% empregando os valores do MAD e do σ. Programação de Produção Período DAtual DPrevista Erro |Erro| Erro² 1 95 90,00 2 98 92,50 3 90 94,75 4 92 92,37 5 95 92,18 6 90 93,59 7 100 91,79 8 92 95,89 9 95 93,94 SOMA - - Nível de Serviço Z 80% 0,84 85% 1,03 90% 1,28 95% 1,64 99% 2,32 99,99% 3,09 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Escolhida e aplicada a sistemática de Administração dos Estoques serão geradas a cada período de programação as necessidades de compras, fabricação e montagem dos itens para atender ao PMP. Convencionalmente, as ordens de compras, uma vez geradas, são encaminhadas para o setor encarregado das compras e saem da esfera de ação do PCP. Já as necessidades de fabricação e de montagem precisam normalmente passar por um sistema produtivo com limitações de capacidade. A adequação do programa gerado aos recursos disponíveis (máquinas, homens, instalações, etc.) é função do sequenciamento. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Processos CONTÍNUOS: Como os processos contínuos se propõem a produção de poucos itens, normalmente um por instalação, não existem problemas de sequenciamentoquanto a ordem de execução das atividades. Os problemas de programação se resumem à definição da velocidade que será dada ao sistema produtivo para atender a determinada demanda estabelecida no PMP. Caso mais de um produto seja produzido na mesma instalação, procura-se atender o PMP com lotes únicos de cada item, devido ao alto custo dos setups dos equipamentos produtivos. Programação de Produção Estoque Matéria Prima Estoque Produto Acabado MP PA + - PMP define a Demanda PCP - Problemas de Logística de Abastecimento de MP e PA Dinâmica do PCP Processo Produtivo - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: A Programação da Produção nos processos repetitivos em massa consiste em buscar um ritmo equilibrado entre os vários postos de trabalho, principalmente nas linhas de montagem, conhecido como "balanceamento de linha”, de forma a atender economicamente uma taxa de demanda, expressa em termos de "tempo de ciclo". O balanceamento da linha busca definir conjuntos de atividades que serão executados por homens e máquinas de forma a garantir um tempo de processamento aproximadamente igual (tempo de ciclo) entre os postos de trabalho. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exemplo simples do conceito de tempo de ciclo e do balanceamento de linha. Exemplo: Admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha 480 minutos por dia (8 horas) a partir de seis operações sequenciais, com os seguintes tempos unitários: Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 5 Operação 6 0,8 min. 1,0 min. 0,5 min. 1,0 min. 0,5 min. 0,7 min. _ Inicialmente, ao se balancear uma linha, uma informação importante é a definição dos limites técnicos da capacidade de produção, em termos de tempo de ciclo, desta linha. O limite superior da capacidade de produção é obtido empregando-se como tempo de ciclo o maior tempo unitário de operação (1 min. por unidade), e o limite inferior é obtido empregando-se a soma dos tempos das seis operações (4,5 min. por unidade). Tem-se a fórmula para o cálculo da Capacidade de Produção: Programação de Produção CP= TP TC TP - Tempo disponível para a produção por dia TC - Tempo de Ciclo em minutos por unidade - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exemplo: Admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha 480 minutos por dia (8 horas) a partir de seis operações sequenciais, com os seguintes tempos unitários: Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 5 Operação 6 0,8 min. 1,0 min. 0,5 min. 1,0 min. 0,5 min. 0,7 min. _ Cálculo da Capacidade de Produção: Para a estrutura produtiva montada, pode-se esperar que a capacidade de produção possa variar entre 106 unidades por dia, com apenas um posto de trabalho executando todas as atividades, até 480 unidades por dia com seis postos de trabalho, cada um executando uma atividade. Programação de Produção CP eriorinf ,= = » 480 106 6 minutos por dia 4,5 minutos por unidade 106 unidades por dia CP eriorsup = = 480 480 minutos por dia 1,0 minuto por unidade unidades por dia - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exemplo: Admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha 480 minutos por dia (8 horas) a partir de seis operações sequenciais, com os seguintes tempos unitários: Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 5 Operação 6 0,8 min. 1,0 min. 0,5 min. 1,0 min. 0,5 min. 0,7 min. _ O tempo de ciclo no qual deseja-se operar será função do tempo disponível para a produção por dia dividido pela taxa de demanda esperada por dia (proveniente do PMP). Admitindo-se que a demanda esperada seja de 240 unidades por dia, o tempo de ciclo necessário será de 2,0 min. por unidade. Programação de Produção TC TP D = TC = = 480 240 2 0 minutos por dia unidades por dia minutos por unidade, - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exemplo: Admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha 480 minutos por dia (8 horas) a partir de seis operações sequenciais, com os seguintes tempos unitários: Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 5 Operação 6 0,8 min. 1,0 min. 0,5 min. 1,0 min. 0,5 min. 0,7 min. _ O número de postos de trabalho necessários para suportar uma demanda de 240 unidades por dia, com ritmos de 2,0 min. por unidade, será função da forma como combinar as atividades individuais em grupos de no máximo 2 min. de tempo: Como não existem postos de trabalho fracionados, este número mínimo deve ser arredondado para 3 postos. Programação de Produção N t TC minimo = å Nmínimo = Número mínimo de postos de trabalho; t = Tempo de cada operação. N minimo = = 4 5 2 25 , , minutos por unidade 2,0 minutos por unidade postos - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exemplo: Admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha 480 minutos por dia (8 horas) a partir de seis operações sequenciais, com os seguintes tempos unitários: Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 5 Operação 6 0,8 min. 1,0 min. 0,5 min. 1,0 min. 0,5 min. 0,7 min. _ Uma alternativa de composição destes três postos seria: • Posto 1 = Operação 1 + Operação 2 = 0,8 + 1,0 = 1,8 min. • Posto 2 = Operação 3 + Operação 4 = 0,5 + 1,0 = 1,5 min. • Posto 3 = Operação 5 + Operação 6 = 0,5 + 0,7 = 1,2 min. Existem outras alternativas de composição destes postos de trabalho. Como este exemplo é simples, podería-se listar todas e escolher a melhor. Na prática, a situação é mais complexa, existindo, normalmente, uma gama muito maior de atividades nas linhas de montagem, com limitações físicas associadas ao layout e equipamentos, à incompatibilidade entre operações e a fatores humanos. Este é um problema que pode ser resolvido com um pacote computacional. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exemplo: Admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha 480 minutos por dia (8 horas) a partir de seis operações sequenciais, com os seguintes tempos unitários: Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 5 Operação 6 0,8 min. 1,0 min. 0,5 min. 1,0 min. 0,5 min. 0,7 min. _ Como a meta de qualquer balanceamento de linha consiste em empregar eficientemente os recursos produtivos para um determinado tempo de ciclo, a eficiência de uma alternativa é avaliada em função de quanto tempo livre gera. Ou seja, em média os postos de trabalho estarão ocupados 75% do seu tempo. Programação de Produção TCN I eficiencia × -= å livre Tempo 1 ( ) ( ) ( ) Ieficiencia = - - + - + - × =1 2 0 18 2 0 15 2 0 1 2 3 2 0 0 75 75% , , , , , , , , ou Ieficiência = Índice de Eficiência da alternativa Tempo livre = Tempo de ciclo menos o tempo de cada posto N = Número de postos de trabalho - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exercício 1: Admitindo-se que um produto é montado em uma linha que trabalha 480 minutos por dia (8 horas) a partir de sete operações sequenciais, com os seguintes tempos unitários: Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 Operação 5 Operação 6 Operação 7 0,3 min. 0,5 min. 0,5 min. 1,0 min. 0,4 min. 0,8 min. 0,7 min. Qual os limites inferior e superior da capacidade de produção destalinha? Qual o tempo de ciclo para uma demanda esperada de 320 unidades? Qual o número mínimo de postos de trabalho na linha para atender a este tempo de ciclo? Estabeleça estes postos para cada operador e calcule o índice de eficiência desta solução. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em MASSA: Exercício 2: Programação de Produção Ord. Operações-Padrão Tempo (min) 1 Soltar cabos 0,132 2 Fazer ligação na placa de bornes 0,648 3 Colocar ponte de ligação e porcas com arruelas 0,527 4 Pegar parafusadeira e fixar porcas na placa de bornes 0,156 5 Dobrar cabos com terminais 0,196 6 Pegar caixa de ligação e posicionar na bancada 0,102 7 Posicionar e prensar aterramento na caixa de ligação 0,074 8 Posicionar parafusos na caixa de ligação 0,351 9 Pegar caixa de ligação e posicionar sobre o motor 0,345 10 Pegar parafusadeira e fixar caixa de ligação 0,370 11 Enrolar duas pontas do cabo da resistência 0,207 12 Pegar estanhador e estanhar cabo da resistência 0,415 13 Cortar conector e retirar rebarba 0,593 14 Conectar cabos da resistência no conector 0,611 15 Parafusar conector na caixa de ligação 0,590 16 Conectar cabos do termostato no conector 1,030 Tempo Total 6,347 Um produto é montado em uma linha que trabalha 8 horas a partir de operações sequenciais, com os tempos unitários vistos na tabela a seguir. Determine: a) Os limites inferior e superior da capacidade de produção desta linha b) O tempo de ciclo para uma demanda esperada de 200 unidades/dia. c) O número mínimo de postos de trabalho na linha para atender a este tempo de ciclo. d) Estabeleça estes postos para cada operador e calcule o índice de eficiência desta solução. - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Os processos repetitivos em lotes caracterizam-se pela produção de um volume médio de itens padronizados produzidos em lotes. Cada lote de itens, ou ordem de fabricação, segue seu roteiro de operações-padrão a ser executado em diferentes centros de trabalho, sendo que ao chegar ao centro de trabalho, o lote necessita ser priorizado, com base em regras pré-definidas, de forma a estabelecer a sequência em que os recursos serão carregados. Programação de Produção Estoques PC e MP Estoques de PA WIP WIPWIP WIP WIP WIP WIP WIP WIP PA1 PA2 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: O foco não é tanto no equilíbrio e ritmo da mão de obra, mas sim no carregamento das máquinas, convencionalmente gerenciada segundo uma taxa de produção ligada a demanda. Estes sistemas produtivos são relativamente flexíveis, empregando equipamentos menos especializados agrupados em centros de trabalho (ou departamentos), que permitem, em conjunto com funcionários polivalentes, atender a diferentes volumes e variedades de pedidos dos clientes internos, como linhas de montagem da própria empresa, ou dos clientes externos (mercado). Uma vez que o PCP, através da aplicação de um dos Modelos de Controle de Estoques, tenha em mãos um conjunto de Ordens de Fabricação a serem produzidas no período, ele deve decidir pelo sequenciamento dessas ordens em cima de duas questões centrais: ü (Decisão 1) a escolha da ordem a ser processada dentre uma lista de ordens; ü (Decisão 2) a escolha do recurso a ser usado dentre uma lista de recursos disponíveis. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Conforme os objetivos que se pretendam atingir (velocidade de entrega, redução dos estoques, atendimento ao cliente, etc.), regras de decisões diferentes podem ser utilizadas em períodos diferentes. Programação de Produção Ordem 1 Ordem 2 Ordem n Fila de Espera Regras para escolha da ordem Ordem Escolhida Regras para escolha do recurso Recurso 1 Recurso 2 Recurso m Grupo de Recursos Recurso Escolhido Decisão 1 Decisão 2 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: O gráfico de Gantt é um instrumento para a visualização de um programa de produção, auxiliando na análise de diferentes alternativas de seqüenciamento deste programa. O gráfico de Gantt pode ser empregado de diferentes formas, sendo que uma das mais comuns consiste em listar as ordens programadas no eixo vertical e o tempo no eixo horizontal. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Regras de Sequenciamento: são heurísticas usadas para selecionar, a partir de informações sobre os lotes ou sobre o estado do sistema produtivo, qual dos lotes esperando na fila de um grupo de recursos terá prioridade de processamento, bem como qual recurso deste grupo será carregado com esta ordem. Geralmente, as informações mais importantes estão relacionadas com o tempo de processamento (leadtime) e com a data de entrega, que podem ser estabelecidos tendo por base as informações dos produtos finais ou dos lotes individualmente. Soluções otimizadas para o problema de sequenciamento empregam a Pesquisa Operacional (programação linear). Heurísticas - processos utilizados em decisões não racionais, sendo definidas como estratégias que ignoram parte da informação com o objetivo de tornar a escolha mais fácil e rápida. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Regras de Sequenciamento: Podem ser classificadas segundo várias óticas: Regras estáticas e regras dinâmicas - as regras estáticas não alteram as prioridades quando ocorrem mudanças no sistema produtivo, enquanto as regras dinâmicas acompanham estas mudanças, alterando as prioridades. Regras locais versus regras globais - as regras locais consideram apenas a situação da fila de trabalho de um recurso, ao passo que as regras globais consideram as informações dos outros recursos, principalmente do antecessor e do sucessor, na definição das prioridades. Regras de prioridades simples, combinação de regras de prioridades simples - as regras de prioridades simples baseiam-se em uma característica específica do trabalho a ser executado, como a data de entrega, tempo de folga restante, tempo de processamento restante etc. A combinação de regras de prioridades simples, consiste em aplicar diferentes regras de prioridades simples conforme o conjunto de lotes que se pretende sequenciar em um dado momento. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Regras de Sequenciamento: Regras com índices ponderados e regras heurísticas sofisticadas - as regras com índices ponderados adotam pesos para diferentes regras simples, formando um índice composto que define as prioridades. Já as regras heurísticas mais sofisticadas determinam as prioridades incorporando informações não associadas ao trabalho específico, como a possibilidade de carregar antecipadamente o recurso, o emprego de rotas alternativas, a existência de gargalos no sistema etc. Atualmente, as pesquisas acadêmicas em sequenciamento têm obtido bons resultados com o emprego de heurísticas complexas que procuram simular as decisões dos especialistas compondo técnicas de inteligência artificial, algoritmos genéticos e simulação. Não existem regras de sequenciamento que sejam eficientes em todas as situações. Geralmente, a eficiência de um sequenciamento é medida em termos de três fatores: o lead time médio, o atraso médio, e o estoque em processo médio. Porém, nada substitui um bom Planejamento-Mestre da Produção e a utilização equilibrada dos recursos produtivos. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Regras de Sequenciamento: De modo geral, as regras de sequenciamento mais empregadas na prática estão apresentadas na Tabela abaixo: Programação de ProduçãoSigla Especificação Definição PEPS Primeira que Entra Primeira que Sai Os lotes serão processados de acordo com sua chegada no recurso. MTP Menor Tempo de Processamento Os lotes serão processados de acordo com os menores tempos de processamento no recurso. MDE Menor Data de Entrega Os lotes serão processados de acordo com as menores datas de entrega. IPI Índice de Prioridade Os lotes serão processados de acordo com o valor da prioridade atribuída ao cliente ou ao produto. ICR Índice Crítico Os lotes serão processados de acordo com o menor valor de: (Data de entrega – Data atual) / Tempo de Processamento IFO Índice de Folga Os lotes serão processados de acordo com o menor valor de: Data de entrega – Σ Tempo de Processamento restante_ Numero de Operações restante IFA Índice de Falta Os lotes serão processados de acordo com o menor valor de: Quantidade em Estoque / Taxa de Demanda - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Regras de Sequenciamento: Regra de Johnson: minimiza o leadtime total de um conjunto de ordens processadas em dois recursos sucessivos: 1. Selecionar o menor tempo entre todos os Tempos de Processamento da lista de Ordens a serem programadas nas máquinas A e B, no caso de empate escolha qualquer um; 2. Se o tempo escolhido for na máquina A, programe esta Ordem no início. Se o tempo escolhido for na máquina B, programe esta Ordem para o final. 3. Elimine a ordem escolhida da lista de ordens a serem programadas e retorne ao passo 1 até programar todas as ordens. Exemplo: Cinco ordens de fabricação precisam ser estampadas na máquina A e, em seguida, usinadas na máquina B. Os tempos de processamento (incluindo os setups), as datas de entrega (em número de horas a partir da programação) e as prioridades atribuídas a cada ordem são apresentados na tabela a seguir. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Exemplo: Cinco ordens de fabricação precisam ser estampadas na máquina A e, em seguida, usinadas na máquina B. Os tempos de processamento (incluindo os setups), as datas de entrega (em número de horas a partir da programação) e as prioridades atribuídas a cada ordem são apresentados na tabela a seguir. Gráfico de Gantt para PEPS Programação de Produção Ordens Processamento (horas) Entrega (horas) Prioridade Máquina A Máquina B OF1 5 5 15 4 OF2 8 6 20 1 OF3 4 5 13 3 OF4 2 4 10 2 OF5 4 3 9 5 Regras Sequências PEPS OF1-OF2-OF3-OF4-OF5 MTP OF4-OF5-OF3-OF1-OF2 MDE OF5-OF4-OF3-OF1-OF2 IPI OF2-OF4-OF3-OF1-OF5 ICR OF5-OF2-OF3-OF1-OF4 IFO OF5-OF3-OF4-OF1-OF2 Johson OF4-OF3-OF1-OF2-OF5 Maq. B OF1 OF2 OF3 OF4 OF5 Maq. A OF1 OF2 OF3 OF4 OF5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Exemplo: Gráfico de Gantt para MTP Gráfico de Gantt para Regra de Johnson Programação de Produção Ordens Processamento (horas) Entrega (horas) Prioridade Máquina A Máquina B OF1 5 5 15 4 OF2 8 6 20 1 OF3 4 5 13 3 OF4 2 4 10 2 OF5 4 3 9 5 Regras Sequências PEPS OF1-OF2-OF3-OF4-OF5 MTP OF4-OF5-OF3-OF1-OF2 MDE OF5-OF4-OF3-OF1-OF2 IPI OF2-OF4-OF3-OF1-OF5 ICR OF5-OF2-OF3-OF1-OF4 IFO OF5-OF3-OF4-OF1-OF2 Johnson OF4-OF3-OF1-OF2-OF5 Maq. B OF4 OF3 OF1 OF2 OF5 Maq. A OF4 OF3 OF1 OF2 OF5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Maq. B OF4 OF5 OF3 OF1 OF2 Maq. A OF4 OF5 OF3 OF1 OF2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Exemplo: A regra PEPS é a mais simples delas, sendo pouco eficiente. Esta regra faz com que lotes com tempos longos retardem toda a seqüência de produção, gerando tempo ocioso nos processos à frente, fazendo com que o tempo de espera médio dos lotes seja elevado (2,4 horas). A regra MTP obtêm um índice de lead time médio baixo, reduzindo os estoques em processo, agilizando o carregamento das máquinas à frente e melhorando o nível de atendimento ao cliente. No Exemplo, foi a regra com melhor desempenho global, perdendo apenas para a regra de Johnson, no que se refere ao lead time. Como ponto negativo, a regra MTP faz com que ordens com tempos longos de processamento sejam sempre preteridas, principalmente se for grande a dinâmica de chegada de novas ordens com tempos menores. Programação de Produção Regras Lead time Total (h) Lead time Médio (h) Tempo de Espera Médio (h) PEPS 31 31/5 = 6,2 (0+0+2+5+5)/5 = 2,4 MTP 29 29/5 = 5,8 (0+0+0+0+0)/5 = 0,0 MDE 29 29/5 = 5,8 (0+1+1+1+0)/5 = 0,6 IPI 31 31/5 = 6,2 (0+4+4+4+5)/5 = 4,2 ICR 32 32/5 = 6,4 (0+0+2+2+5)/5 = 1,8 IFO 29 29/5 = 5,8 (0+0+3+2+0)/5 = 1,0 Johnson 28 28/5 = 5,6 (0+0+0+0+2)/5 = 0,4 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Exemplo: A regra MDE, como prioriza as datas de entrega dos lotes, faz com que os atrasos se reduzam, o que é conveniente em processos que trabalham sob encomenda. Porém, como não leva em consideração o tempo de processamento, pode fazer com que lotes com potencial de conclusão rápido fiquem aguardando. A regra IPI, baseada em atribuirmos um índice de prioridade a cada ordem, apresenta a mesma característica, seu desempenho no Exemplo foi o pior entre as sete regras testadas quanto ao tempo de espera médios, sendo mais conveniente empregá-la apenas como critério de desempate para outra regra. Programação de Produção Regras Lead time Total (h) Lead time Médio (h) Tempo de Espera Médio (h) PEPS 31 31/5 = 6,2 (0+0+2+5+5)/5 = 2,4 MTP 29 29/5 = 5,8 (0+0+0+0+0)/5 = 0,0 MDE 29 29/5 = 5,8 (0+1+1+1+0)/5 = 0,6 IPI 31 31/5 = 6,2 (0+4+4+4+5)/5 = 4,2 ICR 32 32/5 = 6,4 (0+0+2+2+5)/5 = 1,8 IFO 29 29/5 = 5,8 (0+0+3+2+0)/5 = 1,0 Johnson 28 28/5 = 5,6 (0+0+0+0+1)/5 = 0,4 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Exemplo: As demais regras (ICR, IFO, IFA) baseadas em cálculo de índices, são normalmente empregadas em sistemas informatizados de sequenciamento (APS), dentro de ERP corporativos, que se encarregam de gerar prioridades para as ordens calculadas pelo módulo MRP. As regras ICR e IFO, estão baseadas no conceito de folga entre a data de entrega do lote e o tempo de processamento, sendo que a regra IFO considera não só a operação imediata, como todas as demais à frente. Estas duas regras privilegiam o atendimento ao cliente, porém devido a simplicidade do Exemplo, a regra ICR obteve o pior lead time (32 horas). Por outro lado, a regra IFA, relacionando os estoques atuais com a demanda, busca evitar que os estoques se esgotem, causando prejuízo ao fluxo produtivo, sendo mais empregada para os itens intermediários. Programação de Produção Regras Lead time Total (h) Lead time Médio (h) Tempo de Espera Médio (h) PEPS 31 31/5 = 6,2 (0+0+2+5+5)/5 = 2,4 MTP 29 29/5 = 5,8 (0+0+0+0+0)/5 = 0,0 MDE 29 29/5 = 5,8 (0+1+1+1+0)/5 = 0,6 IPI 31 31/5 = 6,2 (0+4+4+4+5)/5 = 4,2 ICR 32 32/5 = 6,4 (0+0+2+2+5)/5 = 1,8 IFO 29 29/5 = 5,8 (0+0+3+2+0)/5 = 1,0 Johnson 28 28/5 = 5,6 (0+0+0+0+1)/5 = 0,4 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Exemplo: A regra de Johnson apresentou o menor Lead time (28 horas) e um baixo tempo de espera para processamento na segunda máquina, garantido pela sua heurística e seqüenciar tempos rápidos de início para o primeiro recurso e tempos rápido de conclusão para o segundo. Infelizmente as restrições dessa regra são muito fortes, fazendo com que ela seja de aplicação limitada. Planejamento Fino da Produção: conceito utilizado para gerar softwares que procuram seqüenciar dinamicamente um programa de produção dentro de um horizonte limitado pelo PMP (normalmente com periodicidade semanal) conforme as ordens forem sendo concluídas e problemas e/ou oportunidadesforem surgindo no dia a dia. Programação de Produção Regras Lead time Total (h) Lead time Médio (h) Tempo de Espera Médio (h) PEPS 31 31/5 = 6,2 (0+0+2+5+5)/5 = 2,4 MTP 29 29/5 = 5,8 (0+0+0+0+0)/5 = 0,0 MDE 29 29/5 = 5,8 (0+1+1+1+0)/5 = 0,6 IPI 31 31/5 = 6,2 (0+4+4+4+5)/5 = 4,2 ICR 32 32/5 = 6,4 (0+0+2+2+5)/5 = 1,8 IFO 29 29/5 = 5,8 (0+0+3+2+0)/5 = 1,0 Johnson 28 28/5 = 5,6 (0+0+0+0+1)/5 = 0,4 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Exercício: Seis ordens de fabricação precisam ser processadas na máquina A e, em seguida, na máquina B. Os tempos de processamento (incluindo os setups), as datas de entrega (em número de horas a partir da programação) e as prioridades atribuídas a cada ordem são apresentados na tabela abaixo. Para aplicação da regra PEPS vamos admitir que as ordens deram entrada em carteira no sentido da OF1 para a OF6. Sequencie estas ordens segundo cinco regras diferentes (incluindo a regra de Johnson), monte os respectivos gráficos de Gantt e avalie cada alternativa segundo o leadtime médio e o tempo de espera médio. Programação de Produção Ordens Processamento (horas) Entrega (horas) Prioridade Máquina A Máquina B OF1 15 10 30 5 OF2 18 16 40 1 OF3 14 15 55 3 OF4 13 14 35 2 OF5 10 17 45 4 OF6 14 13 30 6 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Sequenciador do software PEACTOR Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Regras de Sequenciamento: Algumas características importantes com relação as regras empregadas: a) Simplicidade: As regras devem ser simples e rápidas de entender e aplicar. b) Transparência: A lógica por trás das regras deve estar clara, caso contrário o usuário não verá sentido em aplicá-la. c) Interatividade: Devem facilitar a comunicação entre os agentes do processo produtivo. d) Gerar Prioridades palpáveis: As regras aplicadas devem gerar prioridades de fácil interpretação. e) Facilitar o processo de Avaliação: As regras de sequenciamento devem promover, simultaneamente à programação, a avaliação de desempenho de utilização dos recursos produtivos. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Gargalos: No que se refere às regras de sequenciamento em processos repetitivos em lotes, um conceito importante é o de Gargalo. Gargalo é um ponto do sistema produtivo que limita sua atuação, sendo que todos os sistemas produtivos têm limitações (internas ou externas). ü De uma forma geral, se o sistema produtivo tem capacidade de produção imediata para atender a demanda, o gargalo está no mercado. ü Por outro lado, se a demanda não está sendo atendida de forma imediata, as limitações são internas (máquinas, homens, espaço, transporte, etc.). Grande parte da existência dos estoques decorre da necessidade de antecipar a demanda em função de gargalos produtivos que não permitirão atender a demanda de forma imediata no futuro. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Teoria das Restrições - TOC (Theory of Constraints): A Teoria das Restrições difundida por Goldratt e Fox a partir do final da década de 70, foi pioneiro em explorar o conceito de gargalo, aplicando-o em regras de seqüenciamento dentro de um software conhecido como OPT (Optimized Production Technology). Regras básicas da Teoria das Restrições: a) A taxa de utilização de um recurso não-gargalo não é determinada por sua capacidade de produção, mas sim por alguma outra restrição do sistema. b) Uma hora perdida num recurso gargalo é uma hora perdida em todo o sistema produtivo. c) Os lotes de processamento devem ser variáveis e não fixos. d) Os lotes de processamento e de transferência não necessitam ser iguais. e) Os gargalos governam tanto o fluxo como os estoques do sistema. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento nos Sistemas de Produção em LOTES: Teoria das Restrições - TOC (Theory of Constraints): Apesar dessas regras serem incontestáveis quanto ao seu foco na melhoria do fluxo produtivo, na prática, principalmente em função da mudança constante dos pontos gargalos, característica básica dos sistemas de produção em lotes, não é fácil de aplicá-las. Porém, existindo certa constância dos pontos limitantes do sistema, se pode empregar uma heurística de cinco passos como forma de direcionar as ações da programação da produção dentro destas regras: 1. Identificar os gargalos restritivos do sistema. 2. Programar estes gargalos de forma a obter o máximo de benefícios (lucro, atendimento de entrega, redução dos WIP - Work in Progress, etc.) 3. Programar os demais recursos em função da programação anterior. 4. Investir prioritariamente no aumento da capacidade dos gargalos restritivos do sistema. 5. Alterando-se os pontos gargalos restritivos, voltar ao passo 1. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): São aqueles que buscam atender a demanda específica de um determinado cliente que, provavelmente, não se repetirá. O PCP de busca sequenciar as diferentes atividades do projeto de forma que cada uma delas tenha seu início e conclusão encadeados com as demais atividades que estarão ocorrendo em sequência e/ou paralelo. A técnica mais empregada para planejar, sequenciar e acompanhar projetos é conhecida como PERT/CPM (Program Evaluation and Review Technique / Critical Path Method) Esta técnica permite que os administradores do projeto e o PCP, tenham: a) Uma visão gráfica das atividades que compõem o projeto; b) Uma estimativa de quanto tempo o projeto consumirá; c) Uma visão de quais atividades são críticas para o atendimento do prazo de conclusão do projeto; d) Uma visão de quanto tempo de folga dispomos nas atividades não- críticas, o qual pode ser negociado no sentido de reduzir a aplicação de recursos, e consequentemente custos. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM A primeira providência para utilizar a Técnica PERT/CPM consiste em elaborar uma rede, ou diagrama, que represente as dependências entre todas as atividades que compõem o projeto. A partir da montagem da rede, se pode trabalhar com os tempos e a distribuição de recursos necessários para atingir a previsão de conclusão. A Rede PERT/CPM é formada por um conjunto interligado de setas e nós. Programação de Produção Setas representam as atividades do projeto que consomem determinados recursos e/ou tempo. Nós representam o início e fim das atividades, chamados de eventos. Eventos são pontos no tempo que demarcam o projeto e não consomem recursos nem tempo. Os nós são numerados da esquerda para a direita e de cima para baixo. O nome da atividade aparece em cima da seta e a duração em baixo. A direção da seta caracteriza o sentido de execução da atividade. 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 REDE - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exemplo: Lista de Atividades e Dependências Evento que caracteriza o início do projeto - nó 1 Evento que caracteriza o fim do projeto - nó 6 Atividades A e B - atividades que, por não terem dependência, iniciam o projeto e têm seus pontos de início no nó 1. Atividades G e F - atividades que, ao serem concluídas simultaneamente, caracterizam o fim do projeto, tendo seus pontos de finalizações no nó 6. Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 Atividade Dependência Nós Duração A - 1-2 10 B - 1-3 6 C A 2-4 7 D B 3-4 5 E B 3-5 9 F C e D 4-6 5 G E 5-6 4 REDE - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exemplo: Lista deAtividades e Dependências A atividade C depende apenas da atividade A, logo, o nó de conclusão da atividade A é o mesmo nó de início da atividade C. A atividade F depende da conclusão das atividades C e D, desta forma no nó 4 chegam as setas das atividades C e D, e parte a seta da atividade F. As atividades D e E, para serem iniciadas, necessitam da conclusão da atividade B, logo, seus pontos de início são comuns, o nó 3. Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 Atividade Dependência Nós Duração A - 1-2 10 B - 1-3 6 C A 2-4 7 D B 3-4 5 E B 3-5 9 F C e D 4-6 5 G E 5-6 4 REDE - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exemplo: Cada ligação que existe entre o nó inicial e o nó final do projeto é chamado de "caminho". No exemplo tem-se três caminhos alternativos: (1-2-4-6), (1-3-4-6) e (1-3-5-6). O período de tempo para percorrer cada um destes caminhos é o somatório dos tempos individuais de cada atividade pertencente ao caminho. O caminho que tem o maior tempo e portanto, estabelece o tempo total de conclusão do projeto, é conhecido como Caminho Crítico, e suas atividades são chamadas de Atividades Críticas. Qualquer atraso na execução das atividades críticas (semelhante a questão dos recursos "gargalos" na Teoria das Restrições) repercute de forma direta no tempo total de conclusão do projeto. Em uma rede podem existir mais de um caminho crítico. Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 REDE - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exemplo: As atividades que não fazem parte do caminho crítico apresentam folgas, e um eventual atraso em suas conclusões, desde que não ultrapasse os tempos do caminho crítico, não afetam o tempo total de conclusão do projeto. Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 REDE - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exemplo: Quando duas atividades possuem o mesmo nó de início e de fim, é impossível identificá-las pelos números dos nós. Neste caso cria-se uma atividade que não consome tempo nem recursos, chamada de atividade "fantasma". Como as atividades X e Y possuem os mesmos pontos de início e fim, foi criada uma atividade fantasma K, com a finalidade de separar os nós de conclusão das atividades X e Y e manter suas precedências sobre a atividade W. Programação de Produção X W Y X W Y K Fantasma - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exemplo: Outra situação do uso de atividade fantasma é o caso em que as atividades X e Y precedem a atividade L, porém a atividade W depende apenas da atividade Y para seu início, logo é colocada uma atividade fantasma K para separar os nós de conclusão das atividades X e Y, apesar de serem o mesmo momento no tempo. Programação de Produção X L Y W FantasmaK - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Para cada nó ou evento de uma rede que representa um projeto pode-se calcular dois tempos que definirão os limites no tempo que as atividades que partem deste evento dispõem para serem iniciadas: ü O Cedo de um evento é o tempo necessário para que o evento seja atingido desde que não haja atrasos imprevistos nas atividades antecedentes deste evento. ü O Tarde de um evento é a última data de início das atividades que partem deste evento de forma a não atrasar a conclusão do projeto. Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 0 10 6 15 17 22 22 17 189 10 0 Cedo Tarde - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Cálculo dos Cedos: O primeiro evento (nó 1) tem seu Cedo1 = 0, pois é o início do projeto. O segundo evento (nó 2), como provêm apenas da atividade A, tem seu Cedo2 = 0 + 10 = 10. O nó 3, que depende apenas da conclusão da atividade B, possui seu Cedo3 = 0 + 6 = 6. Já o nó 4, como possui duas atividades que necessitam estar concluídas, as atividades C e D, tem seu Cedo4 = 17, que é o maior valor entre (10 + 7 = 17) e (6 + 5 = 11). No nó 5 o valor do Cedo5 = 6 + 9 = 15. O nó 6 tem seu Cedo6 = 22 - maior valor entre (17 + 5 = 22) e (15 + 4 = 19). Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 0 10 6 15 17 22 22 17 189 10 0 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Cálculo dos Tardes: Partindo do princípio de que o Tarde6 do evento final (nó 6) é igual ao seu Cedo6 = 22. A lógica de cálculo dos Tardes é do final (nó 6) para o início (nó 1) da rede. Fixado o valor de 22 para o Tarde6 do nó 6, no nó 5 o valor do Tarde5 é de 18, obtido de (22 - 4 = 18). Para o nó 4 tem-se o Tarde4 = 22 - 5 = 17. No nó 3 tem-se uma situação em que duas atividades partem deste nó, logo o Tarde será o menor valor entre (18 - 9 = 9) e (17 - 5 = 12), ou seja 9. Para o nó 2 o Tarde2 = 17 - 7 = 10. Para o nó inicial, como se convencionou Cedo6 = Tarde6, tem-se o Tarde1 = 0, sendo o menor valor entre (10 - 10 = 0) e (9 - 6 = 3). Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 0 10 6 15 17 22 22 17 189 10 0 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Podem-se definir para cada atividade integrante de um projeto quatro tempos que se referem às datas de início e término da atividade: PDI - Primeira Data de Início: é a data mais cedo que uma atividade pode iniciar, assumindo-se que todas as suas atividades precedentes iniciaram-se nas suas datas mais cedo; PDT - Primeira Data de Término: data mais cedo que uma atividade pode ser concluída; UDI - Última Data de Início: data mais tarde que uma atividade pode ser iniciada, sem contudo atrasar a data final de conclusão do projeto; UDT - Última Data de Término: data mais tarde que uma atividade pode ser concluída, sem contudo atrasar a data final de conclusão do projeto. Exemplo: A Atividade D possui os seguintes valores: PDI = Cedo3 = 6 PDT = Cedo3 + t = 6 + 5 = 11 UDI = Tarde4 – t = 17 – 5 = 12 UDT = Tarde4 = 17 Programação de Produção 1 2 3 4 5 6 A B C D E F G 10 6 7 5 9 5 4 0 10 6 15 17 22 22 17 189 10 0 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM O TD (Tempo Disponível) é o intervalo de tempo que existe entre a PDI e a UDT de uma atividade, ou seja, é o maior intervalo de tempo que uma atividade dispõem para ser realizada. Exemplo da Atividade D: TD = UDT – PDI = Tarde4 – Cedo3 = 17 – 6 = 11. Para cada atividade constante de um projeto podem-se definir quatro Tipos de Folgas: Folga Total [FT = TD – t]: é o atraso máximo que uma atividade pode ter sem alterar a data final de sua conclusão; Folga Livre [FL = (Cedo.F – Cedo.I) – t]: é o atraso máximo que uma atividade pode ter sem alterar a data estabelecida como Cedo do seu evento final; Folga Dependente [FD = (Tarde.F – Tarde.I) – t]: é o período que se dispõe para a realização da atividade, iniciando-a no Tarde do evento inicial e não ultrapassando o Tarde do evento final; Folga Independente [FI = (Cedo.F – Tarde.I) – t]: é o período que se dispõe para a realização da atividade, iniciando-a no Tarde do evento inicial e não ultrapassando o Cedo do evento final. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM TD = 17 – 6 = 11 (Tf – Ci) FT = TD – t FL = (Cf – Ci) – t FD = (Tf – Ti) – t FI = (Cf – Ti) – t Caminho Crítico: 1-2-4-6 Atividades Críticas: A-C-F Programação de Produção Atividade t Cedo TardeFT FL FD FI i f i f A 10 0 10 0 10 0 0 0 0 B 6 0 6 0 9 3 0 3 0 C 7 10 17 10 17 0 0 0 0 D 5 6 17 9 17 6 6 3 3 E 9 6 15 9 18 3 0 0 0 F 5 17 22 17 22 0 0 0 0 G 4 15 22 18 22 3 3 0 0 O Caminho Crítico é a sequência de atividades que possuem Folga Total nula (consequentemente as demais folgas também são nulas) e que determina o tempo total de duração do projeto. As atividades pertencentes ao Caminho Crítico são chamadas de Atividades Críticas, visto que as mesmas não podem sofrer atrasos, pois caso tal fato ocorra, o projeto como um todo sofrerá este atraso. 1 2 4 3 5 6 C 7 E 9 B 6 F 5 G 4 A 10 D 5 0 0 10 10 6 9 17 17 15 18 22 22 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM A identificação do Caminho Crítico de um projeto é de fundamental importância para o gerenciamento do mesmo, pois o PCP pode concentrar seus esforços para que estas atividades tenham prioridade na alocação dos recursos produtivos. Já as atividades não críticas, como possuem folga, permitem certa margem de manobra pelo PCP, porém se uma delas consumir sua folga total passará a gerar um novo caminho crítico que merecerá atenção. Existem situações em que toda a rede é crítica, e qualquer desvio do planejado refletirá no prazo de conclusão do projeto. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exercício 1: A figura ao lado ilustra uma rede PERT/CPM de determinado projeto, cujas atividades são representadas pelas letras de A a F. Com base nessa figura e nos dados da tabela apresentados, determine a Duração e as Atividades Críticas do projeto, bem como as Folgas (FT, FL, FD e FI) da rede. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Programação de Produção 0/0 5 10 5 10 5 5/10 10/10 15/15 5 20/20 Cedo I Cedo F Tarde I Tarde F FT FL FD FI 0 5 0 10 5 0 5 0 0 10 0 10 0 0 0 0 5 15 10 15 5 5 0 0 10 15 10 15 0 0 0 0 10 20 10 20 0 0 0 0 15 20 15 20 0 0 0 0 TD = 17 – 6 = 11 (Tf – Ci) FT = TD – t FL = (Cf – Ci) – t FD = (Tf – Ti) – t FI = (Cf – Ti) – t CPM 1 = 1-3-4-5 (B-D-F) = 20 dias CPM 2 = 1-3-5 (B-E) = 20 dias - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exercício 2: Calcule o caminho crítico da rede abaixo e determine os Cedos e Tardes, bem como as Folgas (FT, FL, FD e FI) da rede. Programação de Produção 1 2 3 5 8 7 10 4 6 9 A 6 3 8 8 8 8 5 1 3 1 2 1 7 B C D I E F G J M H K L - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exercício 3: Monte uma rede PERT/CPM para um projeto com as atividades da tabela abaixo. Calcule os Tempos, Folgas e identifique o Caminho Crítico. Programação de Produção Atividade Ativ. Precedente Duração A - 3 B - 3 C B 2 D A 7 E A 5 F C e D 3 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exercício 4: A figura e tabela abaixo ilustram uma rede PERT/CPM de determinado projeto. Qual o Caminho Crítico do projeto? Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exercício 4: A figura e tabela abaixo ilustram uma rede PERT/CPM de determinado projeto. Qual o Caminho Crítico do projeto? Programação de Produção Gráfico de Gantt - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Exercício 5: Monte uma rede PERT/CPM para um projeto com as atividades da tabela abaixo. Calcule os Tempos, Folgas e identifique o Caminho Crítico. Programação de Produção Atividade Dependência Duração A - 10 B - 16 C A 17 D A 15 E B 19 F B 15 G C e D 9 H E e F 14 - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Sequenciamento em Processos Sob ENCOMENDA (por Projeto): Rede PERT/CPM Aceleração de uma Rede: As estimativas de tempo das atividades de um projeto estão relacionadas à quantidade de recursos (homens, equipamentos, dinheiro, etc.) alocados para cada atividade. Geralmente, é possível adicionar, ou retirar, recursos alocados à uma atividade de forma a acelerar, ou desacelerar, seu prazo de conclusão. Desta forma, uma vez montada a rede e identificado o caminho crítico, duas análises de custos podem ser realizadas: 1. A analise das folgas das atividades não críticas para verificar a possibilidade de reduzir os recursos, e consequentemente os custos alocados as mesmas. 2. A análise das atividades do caminho crítico para verificar a possibilidade de reduzir ou aumentar o prazo de conclusão do projeto. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Emissão e Liberação de Ordens A última atividade do PCP antes do início da produção propriamente dita, consiste na emissão e liberação das ordens de fabricação, montagem e compras, que permitirão aos diversos setores operacionais da empresa executarem suas atividades de forma coordenada no sentido de atender determinado PMP projetado para o período em questão. Uma ordem de fabricação, montagem ou compras deve conter as informações necessárias para que os setores responsáveis pela fabricação, montagem ou compras possam executar suas atividades. Até serem emitidas e liberadas, as ordens são apenas planos que se pretendem cumprir. Uma vez formalizada a documentação e encaminhada aos seus executores, estas ordens entram na esfera operacional do processo produtivo. Ações são tomadas e recursos alocados para a sua efetivação, fazendo com que seja difícil e antieconômico mudanças nesta programação. O PCP deve verificar se todos os recursos necessários para o atendimento destas ordens estejam disponíveis. Programação de Produção - SEQUENCIAMENTO E EMISSÃO DE ORDENS Emissão e Liberação de Ordens As ordens de compra são encaminhadas ao Departamento de Compras; As ordens de fabricação e montagem, antes de liberadas, necessitam ser verificadas quanto a disponibilidade de recursos humanos, máquinas e materiais. Os recursos humanos e máquinas ficam a cargo dos encarregados dos setores. A verificação da disponibilidade de matérias-primas, peças componentes e ferramentas é a função que cabe ao PCP realizar antes da liberação das ordens de fabricação e montagem. A verificação da disponibilidade destes itens é feita com auxílio dos registros de controle de estoques e ferramentas. Programação de Produção O prêmio de uma boa ação é tê-la praticado. (Sêneca) Acompanhamento e Controle da Produção Compras Pedidos de Compras Planejamento Estratégico da Produção Plano de Produção Planejamento-Mestre da Produção Plano-mestre de Produção Programação da Produção - Administração dos Estoques - Sequenciamento - Emissão e Liberação Ordens de Compras Ordens de Fabricação Ordens de Montagem Fabricação e MontagemEstoques CLIENTES Marketing Engenharia Fornecedores A co m p an h am en to e C o n tro le d a P ro d u ção Previsão de Vendas Pedidos em Carteira Estrutura do Produto Roteiro de Fabricação A v a li a ç ã o d e D e s e m p e n h o O objetivo é fornecer uma ligação entre o planejamento e a execução das atividades operacionais, identificando os desvios, sua magnitude e fornecendo subsídios para que os responsáveis pelas ações corretivas possam agir. Apesar de teoricamente os recursos necessários para a execução dos Planos de Produção terem sido planejados e programados pelo PCP, na prática, infelizmente, a ocorrência de desvios entre o Programa de Produção liberado e o executado é a situação mais comum. Quanto mais rápido os problemas forem identificados, ou seja, quanto mais eficientes forem as ações do Acompanhamento e Controle da Produção, menores serão os desvios a serem corrigidos, menor o tempo e as despesas com ações corretivas. Acompanhamento e Controle da Produção Aquestão da velocidade com que deve se obter o feedback das informações está associada ao tipo de processo produtivo. a)Em Processos Contínuos, ou de Produção em Massa, o feedback das informações deve ser rápido, com coleta de dados em tempo real e acompanhamento on-line, pois em pouco tempo, dado a alta velocidade produtiva, os desvios serão grandes. b)No outro extremo, nos Processos por Projeto, o feedback das informações produtivas podem ser semanais ou maiores, visto que os ritmos de alterações nas tarefas produtivas são desta magnitude. c) Entre estes dois extremos, tem-se os Processos Repetitivos em Lotes, em que a frequência de coleta das informações deve ser compatível com a velocidade de produção dos lotes. Cabe ressaltar que, a não ser que os desvios sejam muito significativos, os replanejamentos devem ser evitados, sendo empregados como último recurso pelo PCP, pois sempre vale a pena exercer esforços para fazer validar os programas preestabelecidos. Acompanhamento e Controle da Produção Mudanças nos planos implicam em alterações em todo o fluxo produtivo, com reflexo por toda a empresa. Desta forma, pode-se dizer que um sistema de Acompanhamento e Controle da Produção eficiente é reflexo da elaboração pelo PCP de um Programa de Produção válido, baseado em um PMP real, e sustentado por recursos equacionados estrategicamente no Plano de Produção. Um Programa de Produção deve ser realístico. Uma questão importante quanto a validade do Programa de Produção diz respeito à exatidão e a amplitude dos dados empregados para compor os planos produtivos. Engenharia, Marketing, Compras e o próprio PCP devem fornecer dados realísticos e exatos com relação a tempos padrões, demandas, leadtimes internos e externos, níveis de estoques, etc. As variações na tolerância dos dados devem ser definidas, permitindo que desvios maiores do que as mesmas gerem relatórios de exceção por parte do Acompanhamento e Controle da Produção, direcionando a atenção dos tomadores de decisão para aquelas ações que se façam necessárias. Acompanhamento e Controle da Produção Apesar do advento de computadores cada vez mais potentes e de softwares sofisticados, a essência do Acompanhamento e Controle da Produção pelo PCP, diz respeito ao emprego de pessoas qualificadas para a identificação das exceções, planos de produção consistentes, e ambiente produtivo organizado e previsível. A máxima de que não devemos informatizar o "caos" é uma realidade, a simples geração de dados não garante controles eficientes. Cabe ainda ressaltar a questão da atribuição de responsabilidade pelo cumprimento do Programa de Produção e pelo acompanhamento do mesmo. Em sistemas convencionais o PCP têm responsabilidade direta e exclusiva pela identificação dos problemas que acarretem desvios com relação ao planejado, cabendo aos setores produtivos apenas "esperar" novas instruções que corrijam estes desvios. Em sistemas modernos, baseados na administração participativa dentro da filosofia JIT/TQC, esta responsabilidade é uma atividade conjunta entre o PCP e os participantes do processo produtivo. Acompanhamento e Controle da Produção Funções do Acompanhamento e Controle da Produção O programa emitido é acompanhado e controlado pelo PCP através das seguintes funções: a)Coleta e registro de dados sobre o estágio das atividades programadas; b)Comparação entre o programado e o executado; c) Identificação dos desvios; d)Busca de ações corretivas; e)Emissão de novas diretrizes com base nas ações corretivas; f) Fornecimento de informações produtivas aos demais setores da empresa; g)Preparação de relatórios de análise de desempenho do sistema produtivo. Acompanhamento e Controle da Produção Controle sob a Ótica do TQC Considerando que a função de Acompanhamento e Controle da Produção passa pela identificação, análise e solução de problemas de programação, as ferramentas do TQC (Controle da Qualidade Total) são recomendáveis como método a ser aplicado a essa função do PCP. A representação desse processo é feita através do Diagrama de Causa- Efeito de Ishikawa - a reunião de seis fatores, ou causas, conhecidos como os "6M", no sentido de gerar uma saída ou um efeito. Acompanhamento e Controle da Produção O diagrama de Ishikawa permite que processos complexos sejam divididos em processos mais simples e, portanto, mais controláveis. Processo - Causas - Itens de Verificação Saída - Itens de Controle Qualidade Custo Entrega Serviço Controle sob a Ótica do TQC De maneira geral, nas organizações de manufatura, as causas de problemas estão, normalmente, diretamente ligadas a seis áreas, conhecidas como os seis “M”: ü Mão de Obra (Manpower) - qualquer pessoa envolvida no processo; ü Máquinas (Machines) - equipamentos utilizados na realização do processo (exemplos: máquinas, ferramentas, computadores); ü Materiais (Materials) - material utilizados para produzir o produto final (exemplos: matéria-prima, peças, papel, caixas); ü Medições (Measurements) - dados gerados na avaliação do processo (exemplos: temperatura, comprimento, pressão); ü Meio Ambiente (Mother Nature) - condições no local de realização do processo (exemplos: tempo, temperatura, humidade, iluminação); ü Métodos (Methods) - forma como o processo é realizado e as instrução de como o fazer, nomeadamente: procedimentos, normas, regulamentos e leis. Acompanhamento e Controle da Produção Controle sob a Ótica do TQC Exemplo: Acompanhamento e Controle da Produção Controle sob a Ótica do TQC Exemplo: Acompanhamento e Controle da Produção Controle sob a Ótica do TQC Exemplo: Acompanhamento e Controle da Produção Controle sob a Ótica do TQC O desempenho de um processo pode ser avaliado através de seus Itens de Controle, os quais podem ser definidos como índices numéricos relacionados com as quatro dimensões da qualidade (Custo, Qualidade, Entrega e Serviços) analisadas em cima do efeito do processo ou produto. Exemplo: na programação da produção pode-se usar como Itens de Controle o leadtime médio dos lotes, a pontualidade no atendimento do cliente, horas extras empregadas, o estoque médio do período, etc. Olhando para dentro do processo, ou seja, para suas causas, se podem relacionar os chamados Itens de Verificação das causas, que são também índices numéricos estabelecidos sobre as causas que influem em determinado item de controle. Exemplo: para o índice de controle do leadtime médio dos lotes se podem ter os índices de verificação sobre o tempo disponível de máquina, o tempo das paradas por falta de matérias primas, o tempo dos setups, o índice de absenteísmo, o índice de lotes retrabalhados, os erros no preenchimento das ordens, etc. Acompanhamento e Controle da Produção Controle sob a Ótica do TQC Um problema ocorre em um processo quando um Índice de Controle desse processo está fora do padrão esperado. A ideia geral na Qualidade Total é de que para se manter um processo sobre controle, se devem estabelecer itens de controle sobre seu efeito, e itens de verificação sobre suas causas, de maneira que sempre que um problema venha a ocorrer, ou seja, o índice de controle esteja fora do padrão, o processo seja analisado e sejam identificadas, através de seus índices de verificação, quais as causas que geraram esse problema. Essas causas devem ser atacadas e bloqueadas para evitar que problemas futuros dessa natureza tornem a ocorrer. Acompanhamento e Controle da Produção Ciclo PDCA para Controle de Processos O Ciclo PDCA para Controle de Processos é um método de gerenciamento da qualidade proposto pelo TQC. Este método gerencial é composto de quatro etapas básicas sequenciais, formando um ciclo fechado, que são: Planejar (Plan), Executar (Do), Verificar (Check) e Agir corretivamente (Action). A proposta do TQC é de que cada pessoa na empresa, dentro das sua atribuição funcional, empregue o ciclo PDCA para gerenciar suas funções, garantindo o atendimento dos padrões. O PCP,como corresponsável pela eficiência no atendimento do Programa de Produção, deve atuar e apoiar os participantes da cadeia produtiva no gerenciamento do Ciclo PDCA. Acompanhamento e Controle da Produção Ciclo PDCA para Controle de Processos Acompanhamento e Controle da Produção A P DC 1 2 3 4 5 6 Definir as metas sobre os itens de controle Definir o método para alcançar as metas Educar e treinar segundo o método Realizar o trabalho e coletar dados Verificar os resultados Agir corretivamente Ciclo PDCA para Controle de Processos A etapa de PLANEJAMENTO, que inicia o giro do ciclo, tem por função estabelecer os objetivos a serem alcançados com o processo, ou em outras palavras, as metas sobre os itens de controle do processo, assim como decidir sobre os métodos a serem empregados para atingir estas metas. O PCP deve atuar nesta etapa de planejamento, em conjunto com os demais participantes do processo produtivo, no sentido de estabelecer as diretrizes de controle, ou seja, as faixas de valores-padrão para os itens de controle: • custo-padrão; • qualidade-padrão; • entrega-padrão; • serviço-padrão. E os Procedimentos-padrão de operação para que esses valores sejam atingidos. Acompanhamento e Controle da Produção Ciclo PDCA para Controle de Processos A segunda etapa do ciclo é a EXECUÇÃO desses procedimentos- padrão de operação pelos funcionários. Inicia-se essa etapa pela educação e treinamento, segundo os procedimentos-padrão definidos, das pessoas que irão executar o trabalho, incluindo-se nesse treinamento a função de coleta de dados. Segue-se a execução do trabalho e a coleta dos dados. O PCP deve participar dessa etapa dando suporte ao treinamento dos funcionários no uso correto da documentação, emitida por ele, que autorizará a fabricação e montagem dos itens. Também apoiará com treinamento nas técnicas de coleta de dados e preenchimento dessa documentação. Acompanhamento e Controle da Produção Ciclo PDCA para Controle de Processos Uma vez executado o trabalho e coletado os dados, a terceira etapa do ciclo PDCA é a VERIFICAÇÃO, comparando-se os resultados obtidos com os padrões de controle estabelecidos. Essa etapa é a base da função de Acompanhamento e Controle, executada pelo PCP. O PCP deve manter gráficos de controle dos Itens de Controle relacionados ao programa de produção, de forma que os problemas sejam rapidamente identificados. Caso não existam problemas, a rotina de trabalho é mantida, caso surjam desvios, passa-se ao quarto passo do ciclo. Acompanhamento e Controle da Produção Ciclo PDCA para Controle de Processos A etapa de AGIR corretivamente dentro do ciclo PDCA visa eliminar o problema, de maneira que o mesmo nunca mais se repita. Agir sobre o resultado do problema visando colocar o processo novamente em funcionamento. Agir sobre as causas fundamentais que originaram esse problema visando evitar que ele se repita. Problemas no cumprimento do Programa de Produção devem ter uma ação rápida por parte do PCP. Exemplo: Encontrada uma ordem de fabricação que esteja com sua data de conclusão atrasada, deve-se inicialmente apressá-la, fazendo um novo sequenciamento, para colocá-la em dia. Em seguida, deve-se pesquisar qual a origem desse atraso, atuando em cima dos itens de verificação sobre os seis fatores (6M) do processo produtivo responsável pelo atraso, para identificar a causa e iniciar novo ciclo PDCA estabelecendo novas diretrizes de controle. Acompanhamento e Controle da Produção Ciclo PDCA para Controle de Processos Em decorrência do método de gerenciamento proposto pelo Ciclo PDCA, cada vez que um problema é identificado e solucionado, o sistema produtivo passa para um patamar superior de qualidade, dessa forma busca-se trabalhar dentro da ótica do melhoramento contínuo, em que problemas são vistos como oportunidades para melhorar o processo. Acompanhamento e Controle da Produção Ciclo PDCA para Controle de Processos O Ciclo PDCA pode também ser usado para induzir melhorias, ou seja, para melhorar as diretrizes de controle. Nesse caso, na etapa inicial do ciclo planeja-se uma meta a ser alcançada. Exemplo: Reduzir o leadtime de um processo em 10%, e um plano de ação para se atingir esta meta, como alterar o layout das máquinas. Executa-se a ação segundo a nova diretriz e verifica-se se foi efetiva no atendimento da meta. Em caso afirmativo, padroniza-se esta nova sistemática de ação, em caso de não atendimento da meta, volta-se a etapa inicial e planeja-se novo método. Acompanhamento e Controle da Produção Medidas de Desempenho Dentro da Qualidade Total o desempenho de um processo deve ser avaliado através de seus Itens de Controle que, por sua vez, devem estar relacionados com as quatro dimensões que a qualidade assume sobre o efeito desse processo. No Acompanhamento e Controle da Produção, o PCP incorpora a função de verificar como está o desempenho, ou a qualidade, do atendimento do programa de produção projetado para o período, sendo esse então o processo a ser acompanhado e avaliado. Dessa forma, os Itens de Controle, ou as Medidas de Desempenho, devem estar relacionados com o custo, a qualidade, a entrega e os serviços no atendimento do cliente do Programa de Produção em andamento. Acompanhamento e Controle da Produção Medidas de Desempenho Cada empresa, dependendo do tipo de sistema produtivo que estiver empregando, terá sua lista de Medidas de Desempenho. Quando se fala em acompanhamento da produção as Medidas de Desempenho estarão relacionadas à produtividade dos recursos empregados, ao giro dos estoques, aos leadtimes produtivos e ao nível de atendimento da demanda, interna ou externa. Apesar de todas as dimensões da qualidade de um programa de produção serem importantes, as empresas que trabalham sob regime de encomenda darão prioridade aos itens de controle associados à entrega, enquanto as empresas que possuem um sistema de produção em massa deverão privilegiar os itens de controle associados aos custos. Acompanhamento e Controle da Produção Medidas de Desempenho Os Indicadores de Desempenho são medidas calculadas e são compostos pelas Métricas. Estão um nível acima das métricas, pois possuem uma visão mais ampla e direcionada da realidade observada. Os indicadores avaliam a performance organizacional, auxiliam a análise de tendência, a melhoria contínua, a atuação proativa e dão transparência à empresa. Normalmente são expressados por percentuais, frequência, probabilidade, etc. Exemplo: Métrica: Quantidade de itens X Indicador de Desempenho: Percentual de itens X vendidos em março de 2014 No exemplo, a métrica é a medida bruta da quantidade de itens de um determinado produto. O que os diferenciam é o posicionamento que cada uma possui na tomada de decisão na organização. As métricas estão no nível operacional e o indicador no nível tático, ambos com o objetivo de atingir as metas estabelecidas no Plano Estratégico. Acompanhamento e Controle da Produção Medidas de Desempenho Uma forma de organizar seus Itens de Controle sobre o programa de produção consiste em montar uma tabela de verificação a partir de seis questões a serem respondidas, conhecidas como os 5W1H, que irão gerar um Plano de Ação para o Processo Produtivo. Acompanhamento e Controle da Produção Item de Controle (What) Porque usá-lo? (Why) Calcular Atuar Corretivamente Quem? (Who) Quando? (When) Como? (How) Quando? (When) Onde? (Where) Lead time da OF Avaliar o padrão de velocidade do processo Acompanhamento e Controle da Produção Ao completar cada OF Diferença entre a data de liberação e a data de conclusão da OF Leadtime > 10% lead time padrão Verificar os tempos de setup, movimentação e fabricação da OF Quantidade de itens fabricados Avaliar o padrão de qualidade Acompanhamento e Controle da Produção Ao final de um programa de produção Diferença entre a quantidade de itens fabricadose a programada Quantidade fabricada diferente da quantidade programada Verificar origem dos defeitos Consumo de MOD Avaliar os custos produtivos Acompanhamento e Controle da Produção Ao completar cada OF Calcular o tempo real despendido pelo operador na OF Tempo real > 10% do tempo padrão de operação Verificar a rotina de operações empregada pelo operador Medidas de Desempenho Como regra geral, algumas considerações importantes quanto à definição de Medidas de Desempenho devem ser colocadas, entre elas se pode citar: a) Dados visuais e físicos são mais fáceis de interpretar do que dados financeiros, principalmente quanto ao desempenho do programa de produção. b) Medidas de desempenho agregadas são mais fáceis de obter e usar do que dados individualizados, como por exemplo, indicadores sobre famílias de produtos ao invés de itens isolados. c) É mais importante obter valores oportunos do que exatos, ou seja, dados exatos podem demorar muito para serem obtidos enquanto ações corretivas podem ser tomadas com informações aproximadas. Acompanhamento e Controle da Produção Apesar dos Planos de Produção serem o ponto de partida do procedimento de controle, existem ferramentas utilizadas no chão de fábrica para verificar os processos de produção a fim de garantir que ele irão gerar o que foi planejado. Uma destas ferramentas é o Controle Estatístico do Processo (CEP), através de Cartas de Controle ou Gráfico de Controle. CARTA DE CONTROLE: consiste de três linhas paralelas: a central, que representa o valor médio (LM), a superior, que representa o limites superior de controle (LSC), e a inferior que representa o limites superior de controle (LIC). O valores característicos traçados no gráfico, representam a situação do processo no tempo. A Carta e Controle mostra o desempenho do processo. Entende-se que o processo está “sob controle” se: a) todos os valores do gráfico estão dentro dos limites de controle; b) A disposição dos pontos dentro dos limites de controle é aleatória (sem qualquer tendência especial). Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE Na fabricação e montagem em um processo produtivo, a qualidade de um produto está, inevitavelmente, sujeita a variações. Classificação das Causas de Variações no Processo: Causa Aleatória: variações inerentes ao processo, produzem variação previsível e esperada. Técnica e economicamente não factíveis de eliminar. Causa Assinalável: quando existem fatores relevantes a serem investigados. É evitável e não deve ser negligenciada (padrões não cumpridos ou inadequados). Indicam que o processo não está sob controle. Podem exigir paradas de produção para não produzir produtos não-conformes. Existem dois Tipos de Cartas de Controle: a) Carta de Controle para Variáveis: aplicadas a variáveis contínuas. Ex.: diâmetro, espessura, temperatura, voltagens, peso, densidade etc. b) Carta de Controle para Atributos: aplicadas a variáveis discretas e proporções. Ex.: número de itens defeituosos ou fração defeituosa, número de riscos em metal revestido, número de acidentes (amostras de tamanho constante ou de tamanho variável) Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE: CARTAS DE CONTROLE PARA VARIÁVEIS (VALOR CONTÍNUO): Usadas quando os resultados do processo podem ser mensurados. Ex.: diâmetro, espessura, temperatura, voltagens, peso, densidade etc. Carta de Médias e Amplitudes (;𝐱 - R) Usada quando as amostras são pequenas. É a carta mais conhecida e mais utilizada na prática. Carta de Individuais e Amplitudes (X - R) Monitora a variação da média e da amplitude móvel de amostras com um só elemento (n = 1). Carta de Médias e Desvios-padrão (1𝐱 - σ) Pode ser usada nas situações em que se utiliza a carta de controle ;𝐱 - R, com uma vantagem - o desvio padrão (σ) estima melhor a variabilidade da população do que o R - e como desvantagem - é mais difícil calcular o σ do que o R. Pode ser usado para amostras de tamanho moderado (n>10). Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE: CARTAS DE CONTROLE PARA ATRIBUTOS (VALOR DISCRETO): Usadas quando os resultados do processo podem se classificados em apenas duas categorias (são contados). Ex.: itens defeituosos, itens com defeitos, acidentes, testes falhos, etc. CARTAS DE CONTROLE pn - p - c - u: Carta de Controle pn: monitora o número de itens não conformes em amostras de tamanho constante. Exemplo: quando se tem uma amostra de n parafusos para contar o número de não conformes a cada hora, pode-se construir uma carta de controle pn ou uma carta de controle p. Carta de Controle p: monitora a proporção de itens não conformes em amostras de tamanho constante ou variável. Exemplo: quando se conta o número de peças produzidas e o número de não conformes ao final de cada turno, é provável que o número de peças produzidas por turno varie, então pode-se construir uma carta de controle p para amostras de tamanho variável. Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE: CARTAS DE CONTROLE PARA ATRIBUTOS (VALOR DISCRETO): CARTAS DE CONTROLE pn - p - c - u: Carta de Controle c: monitora o número de defeitos (ou não conformidades) em unidades de tamanho constante. Exemplo: inspeção de geladeiras para contar o número de defeitos de acabamento por unidade. Carta de Controle u: monitora o número médio de defeitos (ou não conformidades) em unidades de tamanho constante ou variável. Exemplo: amostra rolos de tecido para inspecionar o número de defeitos por rolo, porque os rolos de tecido provavelmente não terão o mesmo tamanho. OBSERVAÇÃO: Não Conformidade: qualquer falha em atendimento de especificações. Exemplo: solda defeituosa, bolhas na pintura de uma superfície, imperfeições em uma peça de tecido, etc. Não Conforme: é um item que de alguma forma não atenda a uma ou mais especificações (tem uma ou mais não conformidades). Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE TIPOS DE CARTAS DE CONTROLE: CARTAS DE CONTROLE PARA ATRIBUTOS (VALOR DISCRETO): Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE MÉTODO DE CONSTRUÇÃO Carta de Médias e Amplitudes (;𝐱 - R) O ;𝐱 representa o valor médio da amostra e R representa a dispersão desta. 1. Coleta de Dados: . Aproximadamente 100 dados individuais. . 20 a 25 amostras com 4 a 5 dados em cada uma. . Preenchimento de Folha de Dados. 2. Cálculo das Médias de cada Amostra (B𝒙): n = tamanho da amostra (número de itens da amostra) 3. Cálculo da Amplitude em cada Amostra (R): n xxx x n +++ = ... 21 mínmáx xxR -= Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE MÉTODO DE CONSTRUÇÃO Carta de Médias e Amplitudes (;𝐱 - R) 4. Cálculo da Média do Processo (Média das Médias: k = número de amostras 5. Cálculo da Média das Amplitudes das Amostras: 6. Cálculo dos Limites de Controle das Médias: k RRR R k +++ = ... 21 T A B E L A n A2 D3 D4 d2 2 1,880 0 3,267 1,128 3 1,023 0 2,575 1,693 4 0.729 0 2,282 2,059 5 0,577 0 2,115 2,326 6 0,483 0 2,004 2,534 7 0,419 0,076 1,924 2,704 8 0,373 0,136 1,864 2,847 9 0,337 0,184 1,816 2,970 10 0,308 0,223 1,777 3,078 �̿� = �̅�5 + �̅�6 +⋯+ �̅�7 𝑘 𝐿𝐼𝐶8 = �̿� − 𝐴6. -𝑅 𝐿𝑆𝐶8 = �̿� + 𝐴6. -𝑅 Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE MÉTODO DE CONSTRUÇÃO Carta de Médias e Amplitudes (;𝐱 - R) 7. Cálculo dos Limites de Controle das Amplitudes: 8. Desenho dos Gráficos (Cartas): . Eixo vertical com valores de ;𝐱 e R . Eixo horizontal com número das amostras . Linha da Média (LM) de ;𝐱 e B𝐑 . Linhas dos LSCX e LICX (linha tracejada) . Linhas dos LSCR e LICR (linha tracejada) . Linhas ligando os pontos dos valores de ;𝐱 e B𝐑 de cada amostra 9. Anotação dos Itens necessários: . tamanho das amostras . nome do processo e/ou produto . período . método de medição . turno, etc. 𝐿𝑆𝐶9 = 𝐷:. -𝑅 𝐿𝐼𝐶9 = 𝐷;.-𝑅 Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE Carta de Médias e Amplitudes (;𝐱 - R) EXEMPLO: 𝐿𝐼𝐶! = �̿� − 𝐴". 3𝑅 �̿� = �̅�# + �̅�" +⋯+ �̅�$ 𝑘 𝐿𝑆𝐶! = �̿� + 𝐴". 3𝑅 n = 5 k = 10 k RRR R k +++ = ... 21 Prod. p/ Operador Semana A B C D E 3𝐱 R 1 55 75 65 80 80 71,0 25,0 2 90 95 60 60 55 72,0 40,0 3 100 75 75 65 65 76,0 35,0 4 70 110 65 60 60 73,0 50,0 5 55 65 95 70 70 71,0 40,0 6 75 85 65 65 65 71,0 20,0 7 120 110 65 100 90 97,0 55,0 8 65 65 90 90 60 74,0 30,0 9 70 85 60 65 75 71,0 25,0 10 100 80 65 60 60 73,0 40,0 Médias = 74,9 36,0 LM! = >x = 74,9 LM" = AR = 36 𝐿𝑆𝐶% = 𝐷&. 3𝑅 𝐿𝐼𝐶% = 𝐷'. 3𝑅 LSC! = 74,9 + 0,577x36 = 95,7 LIC! = 74,9 − 0,577x36 = 54,1 LIC" = 0x36 = 0 LSC" = 2,115x36 = 76,1 Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE Carta de Médias e Amplitudes (;𝐱 - R) 50,0 55,0 60,0 65,0 70,0 75,0 80,0 85,0 90,0 95,0 100,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Semana EXEMPLO: 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Semana -𝐱 R LSCX LIC X LMX LSCR LICR LMR Acompanhamento e Controle da Produção CARTAS DE CONTROLE A norma ISO 8258 - Shewhart Control Charts estabelece os seguintes critérios de decisão em cartas de controle: 1. Um ou mais pontos caem fora dos limites de controle (LSC ou LIC). Além da Zona A. 2. Quando se divide a carta de controle em zonas iguais de acordo com o diagrama acima (cada zona tem a largura de 1 desvio padrão): 2a) De um mesmo lado da LM - 9 pontos sucessivos. 2b) 6 pontos consecutivos ascendentes ou descendentes. 2c) 14 pontos numa série alternando para cima e para baixo. 2d) Na Zona A ou além desta - 2 em 3 pontos sucessivos, de um mesmo lado da LM. 2e) Na Zona B ou além desta - 4 em 5 pontos sucessivos, de um mesmo lado da LM. 2f) 15 pontos numa série dentro da Zona C (acima e abaixo da linha de centro). LM LSC LIC Acompanhamento e Controle da Produção INTERPRETAÇÃO DE CARTAS DE CONTROLE Acompanhamento e Controle da Produção INTERPRETAÇÃO DE CARTAS DE CONTROLE 1. Um ou mais pontos caem fora dos limites de controle (LSC ou LIC). Além da Zona A 2a) De um mesmo lado da LM - 9 pontos sucessivos. 2b) 6 pontos consecutivos ascendentes ou descendentes. 2c) 14 ou mais pontos numa série alternando para cima e para baixo. INTERPRETAÇÃO DE CARTAS DE CONTROLE 2d) Na Zona A ou além desta - 2 em 3 pontos sucessivos, de um mesmo lado da LM. 2e) Na Zona B ou além desta - 4 em 5 pontos sucessivos, de um mesmo lado da LM. 2f) 15 ou mais pontos numa série dentro da Zona C (acima e abaixo da linha de centro). OBS.: “Sob Controle" não significa que o produto satisfaz suas Especificações. Significa que o sistema é consistente. O processo pode estar sob Controle mas não ser capaz de atender às Especificações. Ou se melhora o processo ou se muda (se poder) as Especificações. Limites de Especificações são o que se precisa fabricar e os Limites de Controle são o que o sistema pode fabricar de maneira consistente. Na Carta de Controle normalmente se apresentam os Limites de Controle, mas não os Limites de Especificação. Acompanhamento e Controle da Produção INTERPRETAÇÃO DE CARTAS DE CONTROLE RESUMO: LSC LM LIC A B C C B A 1 2a 2b 2c 2d 2e 2f Acompanhamento e Controle da Produção INTERPRETAÇÃO DE CARTAS DE CONTROLE Exemplos: Acompanhamento e Controle da Produção EXERCÍCIO 1: Faça a Carta de Controle apropriada para analisar o processo de verificação de pesos em kg de um produto fabricado sob encomenda, conforme Folha de Dados abaixo: Lote A1 A2 A3 1 2 3 1 2 4 5 4 3 3 6 6 4 6 3 8 5 4 4 3 6 7 7 4 7 6 9 5 8 9 10 8 9 8 3 4 10 3 7 5 11 4 8 3 12 2 3 3 13 5 1 2 14 6 8 1 15 9 5 4 Acompanhamento e Controle da Produção EXERCÍCIO 2: Para investigar a forma de variação num processo de usinagem de certas peças, as dimensões das mesmas são tiradas quatro vezes por dia, às 9h, 11h, 14h e 16h, como mostrado ao lado. Faça a Carta de Controle apropriada para analisar este processo e indique possíveis pontos fora de controle. Data 9h 11h 14h 16h 2.11 52,5 52,9 52,9 53,5 3.11 53,0 52,8 53,9 52,3 4.11 52,8 52,9 52,7 52,5 5.11 52,9 52,9 52,9 52,9 6.11 52,8 52,9 52,7 53,1 9.11 52,6 53,4 53,1 53,3 10.11 53,5 53,6 52,8 52,7 11.11 53,1 53,3 53,5 53,0 12.11 53,4 53,1 53,1 53,1 13.11 53,2 53,4 53,1 52,9 16.11 53,4 53,0 53,0 53,1 17.11 53,8 52,9 53,2 53,2 18.11 53,2 53,3 52,9 53,1 19.11 53,5 52,9 54,0 53,9 20.11 54,3 53,6 53,6 53,6 23.11 53,2 53,3 54,0 53,7 24.11 53,8 54,0 53,8 53,8 25.11 53,1 53,6 53,7 53,8 26.11 53,7 53,8 53,0 53,5 27.11 53,3 53,1 53,6 53,8 Acompanhamento e Controle da Produção EXERCÍCIO 3: Uma fábrica de bebedouros refrigerados, em um de seus processos, é feito a pintura de chapas de aço com espessura de camada de tinta de 65μm. A especificação do desenho, feito pela engenharia do produto com base nas especificações do fornecedor da tinta, permite uma variação máxima de 5μm. Se a camada for inferior a esta especificação a cobertura além de poder apresentar falhas, não oferece a proteção apropriada contra corrosão e o produto enferrujará com pouco tempo de uso, se a camada de tinta for superior a esta especificação, a empresa estará utilizando mais tinta que o necessário, elevando o custo do produto sem necessidade. A fábrica deve utilizar o controle estatístico de processo para garantir tal situação. A empresa colocou em funcionamento o seu processo de pintura, foram colhidas oito amostras durante o dia todo, obtendo-se os resultados do quadro abaixo. Nº Elementos da Amostra Lotes da Amostragem 1 2 3 4 5 6 7 8 1 61 65 66 66 65 66 67 60 2 63 63 67 67 64 67 65 62 3 62 67 68 65 67 66 66 63 4 61 65 64 65 68 65 68 65 5 66 66 65 64 65 64 69 66 Acompanhamento e Controle da Produção EXERCÍCIO 4: Em 12 amostras de tamanho n = 7, o valor médio das médias amostrais é �̿� = 6,860 cm para a dimensão de interesse, e a média das amplitudes das amostras é 3𝑅 = 0,027 cm. Determine (a) os limites de controle superior e inferior para o gráfico �̅� e (b) os limites de controle superior e inferior para o gráfico R. 𝐿𝐼𝐶! = �̿� − 𝐴". 3𝑅 𝐿𝑆𝐶! = �̿� + 𝐴". 3𝑅 𝐿𝑆𝐶% = 𝐷&. 3𝑅 𝐿𝐼𝐶% = 𝐷'. 3𝑅 EXERCÍCIO 5: Dez amostras de tamanho n = 8 foram coletadas de um processo sob controle estatístico, e a dimensão de interesse foi medida para cada peça. Os valores de �̅� calculados para cada amostra são (em mm): 9,22; 9,15; 9,20; 9,28; 9,19; 9,12; 9,20; 9,24; 9,17 e 9,23. Os valores de R são (em mm): 0,24; 0,17; 0,30; 0,26; 0,26; 0,19; 0,21; 0,32; 0,21 e 0,23, respectivamente. (a) Determine os valores da Linha Central, LIC e LSC para os gráficos �̅� e R. (b) Construa os gráficos de controle e marque os dados amostrais nos gráficos. Acompanhamento e Controle da Produção Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer. (Geraldo Vandré) Sistema KANBAN Processo Processo Processo PAMP Programação da Produção Empurrar a produção Processo Processo Processo PAMP Programação da Produção Puxar a produção OC OF OF OM OM Sistema KANBAN Planejamento Estratégico da Produção Plano de Produção Planejamento Mestre da Produção Plano Mestre de Produção Programação da Produção - Programa de montagem final - Cálculo do número de kanbans - Emissão e Liberação de kanbans FabricaçãoFornecedores Departamento de Marketing Pedidos em Carteira Previsão de Vendas A c o m p a n h a m e n to e C o n tr o le d a P ro d u ç ã o A v a li a ç ã o d e D e se m p e n h o Clientes Montagem Kanbans de Fornecedores K Kanbans de Movimentação Kanbans de Produção Kanbans de Montagem K Visão Geral das Atividades do PCP com o Sistema Kanban Sistema KANBAN INTRODUÇÃO A lógica de Programação Puxada é normalmente operacionalizada com o Sistema Kanban. Esse sistema de programação foi inicialmente pensado por Taiichi Ohno, na década de 60, então gerente de um setor da montadora Toyota no Japão, com base no sistema de atendimentoao cliente e na reposição de estoques das prateleiras dos supermercados que, na época, estavam sendo implantados em substituição aos antigos armazéns. Existem várias formas de se trabalhar a Programação Puxada via Sistema Kanban, sendo que na forma padrão os dispositivos normalmente empregados são: • Cartão kanban • Painel ou Quadro kanban • Contenedor • Supermercado Sistema KANBAN Tipos de Cartões Kanban O Sistema Kanban funciona baseado no uso de sinalizações para ativar a produção e movimentação dos itens pela fábrica. › Estas sinalizações são convencionalmente feitas com base nos cartões kanban e nos painéis porta-kanbans, porém pode utilizar-se de outros meios, que não cartões, para passar estas informações. ›Os cartões kanban convencionais são confeccionados de material durável para suportar o manuseio decorrente do giro constante entre os estoques do cliente e do fornecedor do item. › Cada empresa, ao implantar seu Sistema Kanban, confecciona seus próprios cartões de acordo com suas necessidades de informações. Sistema KANBAN Cartão Kanban de Produção Também chamado de Kanban em Processo, é empregado para autorizar a fabricação ou montagem de determinado lote de itens, tendo sua área de atuação restrita ao centro de trabalho que executa a atividade produtiva nos itens. Sistema KANBAN Cartão Kanban de Requisição Interna Também chamado de cartão Kanban de Transporte, retirada ou movimentação. Permite que as movimentações de itens dentro da fábrica sejam incluídas na lógica do sistema puxado. Desta forma, o fluxo de informações para a movimentação, assim como para a produção, se dá sem a interferência do pessoal do PCP. Sistema KANBAN Cartão Kanban de Fornecedor O uso do sistema puxado com os fornecedores simplifica e racionaliza todas as atividades logísticas de reposição dos itens comprados, visto que os fornecedores parceiros ficam previamente autorizados a reporem os lotes padrões, na maioria das vezes diretamente na linha de produção do cliente, a partir do recebimento dos cartões kanban. Sistema KANBAN Painel Porta-Kanban O sistema kanban tradicional emprega painéis ou quadros de sinalização junto aos pontos de armazenagem espalhados pela produção, com a finalidade de sinalizar o fluxo de movimentação e consumo dos itens a partir da fixação dos cartões kanban nestes quadros. Sistema KANBAN Painel Porta-Kanban As três faixas são utilizadas para sequenciar, de forma visual, a reposição dos Supermercados (quanto mais perto da faixa vermelha os cartões de um item estiverem, mais urgente é a sua reposição). Para administrar esse sequenciamento, sempre que os clientes desse Supermercado forem retirando os contenedores com os lotes dos itens, os cartões kanban correspondentes devem ser afixados da faixa verde para a vermelha. Deve-se evitar que os cartões chequem na faixa vermelha, e, caso o cheguem, agir rapidamente para que o estoque desse item seja reposto no Supermercado antes do cliente retornar para se abastecer. Sistema KANBAN Supermercado Local predeterminado de armazenagem onde os contenedores com os lotes padrões e os cartões kanban dos itens são colocados à disposição dos clientes. O sistema kanban tende a diminuir a quantidade de itens estocados, pela redução do tamanho e pelo aumento do giro dos lotes. Os SMs podem ser posicionados no chão de fábrica, o mais perto possível dos fornecedores e clientes, acelerando os tempos de movimentação na entrega e no consumo dos lotes, levando também a redução dos estoques. Sistema KANBAN Outros Tipos de Kanbans O sistema kanban funciona baseado no uso de sinalizações para ativar a produção e movimentação dos itens pela fábrica. Estas sinalizações são convencionalmente feitas com base nos cartões kanban e nos painéis porta-kanbans, porém pode utilizar-se de outros meios para passar estas informações: A. Kanban contenedor (carrinho kanban), B. Quadrado kanban, C. Painel eletrônico, D. Kanban informatizado. A B C D Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Regra 1: O processo subsequente (cliente) deve retirar no processo precedente (fornecedor) os itens de sua necessidade apenas nas quantidades e no tempo necessário. - Esta primeira regra do sistema kanban é a chave do sistema de puxar a produção, diferenciando-o dos sistemas tradicionais de empurrar. - Como consequência direta desta regra, tem-se que qualquer requisição de itens sem um cartão kanban autorizando-a é proibida, bem como, qualquer requisição de itens em quantidades diferentes da autorizada no cartão kanban também é proibida. Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Regra 2: O processo precedente (fornecedor) deve produzir seus itens apenas nas quantidades requisitadas pelo processo subsequente (cliente). - Esta regra tem como objetivo limitar os estoques em processo nos postos de trabalho à quantidade projetada para o sistema kanban, evitando a superprodução. Desta forma os fornecedores estarão produzindo apenas os itens imediatamente requisitados pelos clientes, nivelando os ritmos de produção e garantindo uma reposição uniforme dos itens, no momento e nas quantidades necessárias. - Em decorrência desta regra, pode-se afirmar que qualquer produção diferente da autorizada pelo cartão kanban está proibida. Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Regra 3: Produtos com defeito não devem ser liberados para os clientes. - Esta regra ressalta a importância da Qualidade Total dentro do sistema produtivo, via padronização das operações, permitindo um fluxo contínuo de itens sem defeitos. - A filosofia JIT (Just-in-Time) na busca da flexibilidade no atendimento das necessidades dos clientes (internos e externos), se propõem a trabalhar com pequenos lotes de produção, o que, consequentemente, não dá margem a existência de itens defeituosos nestes lotes. Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Regra 4: O número de kanbans no sistema deve ser minimizado. - Como o sistema kanban tem por base o ambiente da filosofia JIT, deve-se seguir o princípio do “melhoramento contínuo”, ou seja, todos os envolvidos no processo produtivo devem buscar alternativas para trabalhar sempre com a mínima quantidade de estoques em processo. Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Regra 5: O sistema kanban deve adaptar-se a pequenas flutuações na demanda. - Esta última regra diz respeito a capacidade do sistema kanban absorver pequenas alterações de curto prazo na demanda sem a necessidade de intervenção do PCP no sentido de alterar o número de kanbans no sistema. - Enquanto que no sistema tradicional de emissão de ordens não existe a possibilidade de responder rapidamente às variações de curto prazo na demanda, no sistema kanban, projetado para trabalhar com pequenos lotes e tempos de ciclo operacionais balanceados, esta adaptação se dá de forma simples e natural dentro da lógica de “puxar” a produção pela demanda do momento. Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Sistema Kanban com Dois Cartões M M M P P M Painel kanban Produção P P P P1 P2 P3 Pn Painel kanban Produção P P P P1 P2 P3 Pn Painel kanban Requisição P1 P2 P3 Pn M M M Painel kanban Requisição P1 P2 P3 Pn M M M M M P Estação de Trabalho Posto Precedente P P P Estação de Trabalho Posto Subsequente P P P P MM P P Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Sistema Kanban com Um Cartão Estação de Trabalho Posto Precedente P P P Estação de Trabalho Posto Subsequente P P P P PP P Painel kanban Produção P P P P1 P2 P3 Pn Painel kanban Produção P P P P1 P2 P3 Pn P P Painel kanban Produção P P P P1 P2 P3 Pn P P Sistema KANBAN Funcionamento do Sistema Kanban Sistema Kanban com Fornecedores Estação de Trabalho P P P Painel kanban Produção P P P P1 P2 P3 Pn P P Painel kanban FornecedoresF F F P1 P2 P3 Pn F F F Supermercado de Matérias-primas F FF Sistema KANBAN Cálculo do Número de Cartões Kanban Pode ser encarado sob dois aspectos: üTamanho do lote do item para cada contenedor e cartão, üNúmero total de contenedores e cartões por item, definindo o nível total de estoques do item no sistema. Na prática, define-se o tamanho do lote em função de dois fatores: a) O número de setup que se dispõe a fazer por dia: Quanto maior for o tempo de setup, maior o tamanho do lote para diluir seus custos e menor a sua frequência de produção diária. b) O tamanho do contenedor onde serão colocados os itens: Deve-se procurar reduzir os tipos de contenedores. Estabelecido para cada item o tamanho do lote por contenedor, pode-se projetar o número total de lotes no sistema. Sistema KANBAN A determinação do número de cartões kanban é função do tempo gasto para a produção e movimentação dos lotes no sistema produtivo, bem como, da segurança projetada. N = Número total de cartões kanban no sistema D = Demanda média diária do item (itens/dia) Q = Tamanho do lote por contenedor ou cartão (itens/cartão) Tprod = Tempo total para um cartão kanban de produção completar um ciclo produtivo, em percentual do dia, na estação de trabalho (%) Tmov = Tempo total para um cartão kanban de movimentação completar um circuito, em percentual do dia, entre o supermercado do produtor e do consumidor (%) S = Fator de segurança, em percentual do dia (%) ( ) ( )N D Q T S D Q T Sprod mov= × × + æ è ç ö ø ÷ + × × + æ è ç ö ø ÷1 1 Cálculo do Número de Cartões Kanban Sistema KANBAN Cálculo do Número de Cartões Kanban Exemplo 1: Sistema com Dois Cartões Supondo um item com uma demanda diária de 500 itens/dia, e acondicionado em contenedores padrões em lotes de 20 itens/cartão. Em função de custos de setup da máquina, pretende-se fazer em média cinco preparações por dia para esse item, ou seja, um cartão kanban de produção irá circular em sua estação de trabalho na velocidade de 0,2 do dia (1/5 do dia). O funcionário responsável pela movimentação dos lotes entre o produtor e o consumidor está encarregado de fazer oito viagens por dia, ou seja, um cartão de movimentação colocado no painel imediatamente após a passagem do movimentador, gastará uma dessas viagens do movimentador, de 0,125 do dia (1/8 do dia), esperando para ser recolhido, e outra dessas viagens, de 0,125 do dia (1/8 do dia), para ir até o produtor e retornar com os itens, fechando o ciclo de movimentação total de 0,25 do dia. Admitindo uma segurança inicial para o sistema de 10%, ou seja 0,1 do dia. Sistema KANBAN Exemplo 1: Sistema com Dois Cartões D = 500 itens/dia; Q = 20 itens/cartão; S = 0,1 do dia; Tprod = 0,2 do dia (em função dos custos de setup da máquina, pretendemos fazer em média 5 preparações por dia para este item); Tmov = 0,25 do dia (o funcionário responsável pela movimentação dos lotes entre o produtor e o consumidor está encarregado de fazer 8 viagens por dia); N = 5,5 + 6,87 N = 6 cartões kanban de produção + 7 cartões kanban de movimentação 13 cartões kanban => estoque total de 260 itens (13 x 20 itens/cartão) ( ) ( )N = × × + æ è ç ö ø ÷ + × × + æ è ç ö ø ÷ 500 20 0 2 1 0 1 500 20 0 25 1 0 1, , , , Cálculo do Número de Cartões Kanban ( ) ( )N D Q T S D Q T Sprod mov= × × + æ è ç ö ø ÷ + × × + æ è ç ö ø ÷1 1 Sistema KANBAN Exemplo 2: Sistema com Um Cartão Admitindo-se que o posto consumidor está junto ao posto produtor, existindo apenas um supermercado de itens entre eles, com cartões kanban de produção. O consumidor demanda 1.500 itens/dia, em contenedores padrões de 10 itens/cartão, e o produtor emprega entre preparação da máquina e produção de um lote de 10 itens, 30 minutos de um dia de 480 minutos (30/480 = 0,0625 do dia). Dimensionando uma segurança de 5% (0,05 do dia). D = 1500 itens/dia; Q = 10 itens/cartão; S = 0,05 do dia; Tprod = 0,0625 do dia; Tmov = 0. 10 cartões kanban => estoque total de 100 itens (10 x 10 itens/cartão) ( )N = × × + æ è ç ö ø ÷ = » 1500 10 0 062 1 0 05 9 76 10, , , Kanbans Cálculo do Número de Cartões Kanban ( ) ( )N D Q T S D Q T Sprod mov= × × + æ è ç ö ø ÷ + × × + æ è ç ö ø ÷1 1 Sistema KANBAN Exemplo 3: Kanban com Fornecedores Projetar o sistema para um item cuja demanda é de 1.200 itens/dia, com um contenedor padrão, movimentado pelo fornecedor, para lotes de 40 itens/cartão. Supondo que o fornecedor realize duas viagens para a empresa por dia, uma no início da manhã e outra no início da tarde, definindo um ciclo de movimentação de contenedores, entre as duas empresas, de um dia, ou seja, um cartão kanban colocado no painel do fornecedor pela manhã será recolhido na visita da tarde (0,5 do dia) indo ao fornecedor, e retornará com os itens na viagem da manhã do dia seguinte (0,5 do dia). Como as estradas não estão em boas condições de tráfego, admite-se uma segurança de 20% (0,2 do dia). D = 1200 itens/dia; Q = 40 itens/cartão; S = 0,2 do dia; Tprod = 0 Tmov = 1 dia (supondo que o fornecedor realize duas viagens a empresa por dia, uma no início da manhã e outra no início da tarde). Cálculo do Número de Cartões Kanban ( )N Kanbans= × × + æ è ç ö ø ÷ = 1200 40 1 1 0 2 36, 18 cartões com 720 itens no supermercado de MP pela manhã e 18 com o fornecedor à tarde. Sistema KANBAN Exercício 1: Suponha que um item possui uma demanda média diária de 1.500 itens/dia, sendo acondicionado em contenedores padrões em lotes de 50 itens/cartão, e que, em função dos custos de setup da máquina, pretende- se fazer em média quatro preparações por dia. Por outro lado, o funcionário responsável pela movimentação dos lotes entre o produtor e o consumidor está encarregado de fazer 10 viagens por dia. Calcule o número de cartões kanban necessário ao funcionamento do sistema, admitindo uma segurança para o sistema de 15%. Cálculo do Número de Cartões Kanban Sistema KANBAN Exercício 2: Admitindo-se um posto consumidor junto ao posto produtor com um supermercado de itens entre eles, com cartões kanban de produção, calcule o número de cartões necessários, dado que o consumidor utiliza 600 itens/dia, em contenedores padrões com lotes de 30 itens/cartão, e o produtor emprega entre preparação da máquina e produção de um lote de 30 itens, 15 minutos de um dia de 480 minutos. Desconsidere estoques de segurança. Cálculo do Número de Cartões Kanban Sistema KANBAN Exercício 3: Calcule o número de cartões kanban necessários para operar com um fornecedor de um item com demanda diária de 2.000 itens, em contenedores padrões para lotes de 50 itens/cartão, admitindo-se que o fornecedor realiza uma viagem por dia e que a mesma pode atrasar em até 10% de seu tempo. Cálculo do Número de Cartões Kanban Sistema KANBAN O sistema kanban é um sistema de controle do fluxo de informações e produção de processos repetitivos em lotes, garantindo uma produção puxada em um ambiente JIT. Principais funções executadas pelo sistema kanban e seus benefícios em relação aos sistemas convencionais de produção: a) As funções de administração dos estoques estão contidas dentro do próprio sistema de funcionamento do kanban (quanto, quando produzir e segurança empregada é inerente ao sistema); b) O sequenciamento do programa de produção segue as regras de prioridades estabelecidas nos painéis porta-kanban, sem interferência do PCP, refletindo mais rapidamente as variações na demanda do posto cliente. Utiliza recursos produtivos apenas para demandas reais, reduzindo estoques especulativos e acelera os lead times produtivos; c) A emissão das ordens pelo PCP se dá em um único momento, quando da confecção dos cartões kanban, sendo os mesmos reaproveitados no ciclo de reposição dos itens, contribuindo na simplificação operacional; Funções Executadas pelo Sistema Kanban Sistema KANBAN d) A liberação das ordens aos postos de trabalho se dá a nívelde chão- de-fábrica, sem interferência do pessoal do PCP. Os cartões kanban de produção e movimentação são ordens de produção, compra e movimentação de itens, administradas pelos próprios operários e liberadas sempre que forem afixadas nos quadros porta-kanban; e) O sistema kanban permite, de forma simples, o acompanhamento e controle visual do programa de produção, sendo nesse sentido uma das ferramentas do controle visual da fábrica (Andon). O cumprimento das regras de funcionamento do sistema kanban garante que não serão formados estoques superiores, ou inferiores, aos projetados para atender ao programa de produção. Outras Funções/Benefícios: a) Por ser operacionalizado pelos próprios colaboradores, o sistema kanban estimula a iniciativa e o sentido de propriedade nos mesmos. Os colaboradores agem como, e sentem-se como, donos do processo em que trabalham, seguindo suas próprias decisões; Funções Executadas pelo Sistema Kanban Sistema KANBAN b) Ao estabelecer uma relação com regras claras entre o cliente e o fornecedor dos itens, o sistema kanban facilita os trabalhos dos grupos de melhorias na identificação e eliminação de problemas que interferem nessa parceria; c) Permite a identificação imediata de problemas que inibam o incremento da produtividade, pois sempre se pode através da redução planejada do número de cartões kanban em circulação no sistema verificar quais são os limites operacionais do sistema produtivo para a produção em fluxo unitário, meta da manufatura enxuta; d) Ao se estimular o uso de pequenos lotes, reduz a necessidade de equipamentos de movimentação e acusa imediatamente problemas de qualidade nos itens, fechando um círculo de melhorias contínuas; e) Implementa efetivamente os conceitos de organização, simplicidade, padronização e limpeza nos estoques da empresa, conhecidos como os 5S (Seiri, Seiton, Seiso, Seikettsu e Shitsuke), ao formatá-los como supermercados, com lotes e contenedores padrões; Funções Executadas pelo Sistema Kanban Sistema KANBAN f) Dispensa a necessidade de inventários periódicos nos estoques, visto que a quantidade de cada item é definida pelo seu número de cartões kanban em circulação no sistema, ou seja, no máximo se tem a quantidade de um supermercado cheio; g) Estimula o emprego do conceito de operador polivalente, pois fomenta nos operadores atividades de programação e controle da produção, antes de responsabilidade exclusiva do pessoal do PCP; h) Através dos cartões kanban, fornece informações precisas e simples aos operadores para execução de suas atividades, facilitando o cumprimento dos padrões de trabalho e exigindo menos supervisão, importante, por exemplo, quando se tem que trabalhar nos finais de semanas com pessoal de apoio reduzido. Funções Executadas pelo Sistema Kanban Sistema KANBAN Os pré-requisitos de funcionamento do sistema kanban são as próprias ferramentas que compõem a filosofia JIT/TQC, e que determinam quão eficiente é o sistema produtivo: a) Estabilidade de projeto de produtos, evitando-se mudanças bruscas de curto prazo, portanto não planejadas, no roteiro de produção; b) Estabilidade no plano-mestre de produção empregado para projetar o sistema obtido com base no relacionamento de médio prazo com clientes, evitando-se mudanças inesperadas de curto prazo nas quantidades a serem produzidas; c) Índices de qualidade altos, visto que lotes com defeitos causarão sérios danos ao fluxo produtivo sob a ótica de puxar empregada no sistema kanban; d) Fluxos produtivos bem definidos, de preferência com layout celular, permitindo roteiros claros de circulação dos cartões kanban; Pré-requisitos do Sistema Kanban Sistema KANBAN e) Lotes pequenos, viáveis com a implantação do setup rápido, possibilitando ação imediata às solicitações do cliente, sem a necessidade de estoques excessivos; f) Operários treinados e motivados com os objetivos do melhoramento contínuo, cumprindo rigorosamente as regras de funcionamento do sistema kanban; g) Equipamentos em perfeito estado de conservação, com ênfase na manutenção preventiva, evitando-se paradas inesperadas não suportadas pelo nível mínimo estoques no sistema. Pré-requisitos do Sistema Kanban REGRAS DE ARREDONDAMENTO 1. Quando o algarismo a ser conservado for seguido de algarismo inferior a 5, permanece o algarismo a ser conservado e retiram-se os posteriores. Ex.: 1,333 3 arredondado à primeira decimal tornar-se 1,3. 2. Quando o algarismo ser conservado for seguido de algarismo superior a 5, ou igual a 5 seguido de no mínimo um algarismo diferente de zero, soma- se uma unidade ao algarismo a ser conservado e retiram-se os posteriores. Ex.: 1,666 6 arredondado à primeira decimal tornar-se 1,7; 4,850 5 arredondado à primeira decimal tornar-se: 4,9. 3. Quando o algarismo a ser conservado for ímpar, seguido de 5 e posteriormente de zeros, soma-se uma unidade ao algarismo a ser conservado e retiram-se os posteriores. Ex.: 4,550 0 arredondados à primeira decimal tornar-se 4,6. 4. Quando o algarismo a ser conservado for par, seguido de 5 e posteriormente de zeros, permanece o algarismo a ser conservado e retiram-se os posteriores. Ex.: 4,850 0 arredondados à primeira decimal tornar-se 4,8. Fonte: ABNT NBR 5891: 2014 EXERCÍCIO: a) 34,6667 para uma casa decimal - _________ b) 3,3444 para uma casa decimal - _________ c) 22,7505 para uma casa decimal - _________ d) 3,250 para uma casa decimal - _________ e) 2,3500 para uma casa decimal - _________ f) 321,5639 para uma casa decimal - _________ g) 3,021 para duas casa decimal - _________ h) 522,5976 para duas casa decimal - _________ i) 44,026 para duas casa decimal - _________ j) 95,045 para duas casa decimal - _________ k) 4,5750 para duas casa decimal - _________ l) 6,5 para zero casa decimal - _________ REGRAS DE ARREDONDAMENTO Obrigado Cícero Moura No fim dá tudo certo, se não deu certo, é porque não é o fim. (Fernando Sabino)