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Estatuto da criança e do adolescente

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Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - Criminalista 
 
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) 
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS 
Resposta do estado a ato infracional por adolescente análogo a crime ou contravenção penal. 
Serão analisados os antecedentes e os motivos que levaram ao ato infracional. 
 
 
 
CRIANÇA ADOLESCENTE 
De 0 a 11 anos de idade (ou até 12 anos incompletos). 
 
12 anos a 18 anos de idade 
 Art. 2º Lei 8069/90 - Considera-se criança, para os efeitos 
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e 
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
As pessoas antes dos 12 e antes dos 18 anos são inimputáveis. 
Não respondem por crime. 
Incapacidade civil absoluta aos menores de 16 anos. 
Art. 3º CC São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 
Incapacidade civil relativa aos maiores de 16 anos e menores 
de dezoito anos. 
Art. 4º CC São incapazes, relativamente a certos atos ou à 
 
 
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(dezesseis) anos. maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência) 
 
Não é possível a aplicação de medida socieducativa. Aplicação de medidas socioeducativa. 
1. Advertência = admoestação verbal – se chama o 
adolescente para conversar sobre o ato cometido – 
situação de atos infracionais leves. A admoestação 
precisa ser reduzida a termo e ser assinada. (meio 
aberto) 
2. Obrigação de reparar o dano - Joana que tem 17 anos 
de idade, furta o celular de Bruna, que tem 14 anos de 
idade – até a descoberta da situação em que Joana 
cometeu fato análogo a crime de furto, Joana já 
completou 19 anos. É POSSÍVEL A APLICAÇÃO DAS 
DISPOSIÇÕES DO ECA? Sim, pois aqui se aplica a 
TEORIA DO FATO OU TEORIA DA AÇÃO – importa a 
idade que Joana tinha na época da ação, não 
 
 
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importando dessa forma que a autoria foi descoberta 
quando ela já tinha 19 anos. (Infração de cunho 
pecuniário, logo se tem a possibilidade de se ter a 
aplicação da obrigação de reparar o dano) – 
entretanto, Joana vem de uma família 
desestruturada, de extrema pobreza, trocando o 
celular por dinheiro para comprar alimentos – o juiz 
aplica dessa forma, a medida mais adequada ao 
caso. A mais vantajosa em sentido pedagógico é a 
que o juiz da infância e da juventude vai escolher 
para a cada um dos casos – podendo o juz substituir 
a medida – a qualquer momento essa medida pode 
ser substituída. (meio aberto) 
3. Prestação de serviço a comunidade – tarefa gratuita 
que o adolescente vai praticar – essa tarefa gratuita pode 
acontecer num tempo máximo de 8 horas semanais, a 
qualquer dia da semana (inclusive sábado, domingo, 
 
 
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feriado) desde que não prejudique frequência escolar e o 
trabalho. Existe também o prazo máximo de 06 meses. 
Tem caráter de serviço a comunidade. (meio aberto) 
4. Liberdade Assistida – o adolescente é acompanhado 
por um orientador que promove ao adolescente, 
questões de escola e trabalho. Possui prazo mínimo de 
06 meses. (meio aberto) 
5. Semiliberdade – prazo máximo de 03 anos – ao qual é 
aplicada as regras da internação – possui atividades 
obrigatórias independentemente da autorização do juiz 
(escolarização e trabalho se o adolescente estiver idade 
adequada ao trabalho). (restritiva de liberdade) 
6. Internação – regime mais gravoso, mais excepcional – o 
adolescente fica internado em uma instituição, ficando 
nesta em tempo integral – podendo o orientador dar 
permissão para que o adolescente saia, salvo se ocorrer 
restrição por parte do juiz (saída para escolarização e 
 
 
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para trabalho). (restritiva de liberdade).Prazos: 
6.1. 03 anos – tempo máximo – adolescente praticou uma 
ato infracional com ameaça ou violência a pessoa – 
ato análogo ao crime de roubo – juiz se entender 
adequado pode aplicar direto a medida de internação 
(medida mais gravosa) – Na situação de Joana que 
furtou um celular e que a autoria somente foi 
descoberta quando ela tinha 19 anos – nesse caso 
Joana seria liberada ao completar 21 anos. 
6.2. 21 anos 
6.3. 03 meses – para Joana foi aplicada a semi-liberdade 
e ao invés dela volta a instituição a noite para dormir, 
tem dias que ela não tem aparecido e de forma 
injustificada ela está descumprindo as regras da 
semi-liberdade – em razão do descumprimento 
reinterado e injustificado de uma outra medida 
imposta pode o juiz (a) da infância e da juventude 
 
 
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aplicar uma sanção. Para o descumprimento de outra 
medida de forma injustificada e reinterada é possível 
aplicar a internação com prazo máximo de 03 meses. 
 
 
 Não respondem por crime 
Se a criança comete crime análogo a crime ou contravenção, se 
aplica MEDIDA PROTETIVA. 
Adolescente comete ATO INFRACIONAL – análogo a crime ou 
contravenção penal. 
 
Art. 112 lei 8069/90 – Verificada a prática do ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes 
medidas: 
I – advertência; (admoestação verbal – se chama o adolescente para conversar sobre o ato que praticou – atos infracionais 
leves – a admoestação verbal precisa ser reduzida a termo e assinada) 
II – obrigação de reparar o dano; (Joana adolescente de 17 anos de idade, furta o celular de Bruna adolescente de 14 anos 
de idade – quando descoberta a autoria do fato, Joana já havia completado 19 anos de idade – aplica-se a TEORIA DO 
FATO ou da AÇÃO – importa a idade que Joana tinha na época da ação – logo se aplica as disposições do ECA – ato de 
cunho pecuniário que possibilita a obrigação de reparação do dano) – (o juiz da infância e da juventude aplica a medida 
 
 
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mais adequada, mais vantajosa, em caráter pedagógico a situação – se ele achar cabível aplica a reparação do dano – 
sendo que a qualquer momento essa medida pode ser substituída) 
III – prestação de serviço à comunidade; (tarefa gratuita que o adolescente vai praticar – essa tarefa pode acontecer no 
prazo máximo de 08 horas semanais a qualquer dia da semana, desde que não prejudique a frequência escolar e o 
trabalho. Possui também o máximo de 06 meses) 
IV – liberdade assistida; (adolescente é acompanhado por um orientador, que promove o adolescente em questão de escola 
e trabalho – possui prazo mínimo de 06 meses) 
V – inserção em regime de semi-liberdade; (prazo máximo de 03 anos – possui atividades obrigatórias independentemente 
de autorização do juiz (escolarização e trabalho)) 
VI – internação em estabelecimento educacional; (regime mais gravoso – medida excepcional – adolescente fica internado 
em uma instituição em tempo integral – prazo máximo de 03 anos (adolescente praticou ato infracional com grave ameaça 
ou violência contra pessoa – ato análogo a crime de roubo, por exemplo – o juiz se entender adequado pode aplicar de 
imediato a medida de internação). Idade máxima para cumprimento da internação – 21 anos (se Joana furta um celular 
com 17 anos e sua autoria somente é descoberta quando ela já tinha completado 19 anos – nesse caso Joana 
permanecerá internada por 02 anos até completar 21 anos) – Prazo = 03 meses – (Joana furtou um celular e teve a 
aplicação de medida socioeducativa de semiliberdade, sendo que ao ter que voltar para a instituição a noite para dormir 
 
 
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ela não comparece de forma injustificada, de maneira a descumprir com as medidas de semi- liberdade, em razão desse 
descumprimento reinterado e injustificado, o juiz aplica uma sanção de internação pelo prazo de 03 meses)) 
VII – qualquer uma das previstas no Art. 101, I a VI. 
§ 1º - A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la,as circunstâncias e a gravidade da 
infração. 
§ 2º - Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado. 
§ 3º - Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e especializado, em local 
adequado às suas condições. 
Art. 101 lei 8069/90 – Verificada qualquer das hipóteses previstas no Art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre 
outras, as seguintes medidas: 
I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; 
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
III – matricula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; 
IV – inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do 
adolescente; 
V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; 
VI – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
 
 
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VII – acolhimento institucional; 
VIII – inclusão em programa de acolhimento familiar; 
IX – colocação em família substituta. 
§1º O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de 
transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para a colocação em família substituta, não implicando privação 
de liberdade. 
§ 2º Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para a proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das 
providências a que alude o Art. 130 desta lei, o afastamento da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência 
exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse, 
de procedimento judicial contencioso, no qual garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício contraditório e da ampla 
defesa. 
§ 3º Crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados às instituições que executam programas de acolhimento 
institucional, governamentais ou não, por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade judiciária, na qual 
obrigatoriamente constará, dentre outros: 
I – sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou de seu responsável, se conhecidos; 
II – o endereço de residência dos pais ou do responsável, com pontos de referência; 
III – os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob sua guarda; 
 
 
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IV – os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio familiar; 
§ 4º Imediatamente após o acolhimento da criança ou do adolescente, a entidade responsável elo programa de acolhimento 
institucional ou familiar elaborará um plano individual de atendimento, visando à reintegração familiar, ressalvada a existência de 
ordem escrita e fundamentada em contrário de autoridade judiciária competente, caso em que também deverá contemplar sua 
colocação em família substituta, observadas as regras e princípios desta lei. 
§ 5º O plano individual será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de atendimento e levará 
em consideração a opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável. 
§ 6º Constarão do plano individual, dentre outros: 
I – os resultados da avaliação interdisciplinar; 
II – os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; e 
III – a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou responsável, 
com vista na reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por expressa e fundamentada determinação judicial, as providências 
a serem tomadas para sua colocação em família substituta, sob direta supervisão da autoridade judiciária. 
§ 7º O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais próximo à residência dos pais ou do responsável e, como parte 
do processo de reintegração familiar, sempre que identificada a necessidade, a família de origem será incluída em programas 
oficiais de orientação, de apoio e de promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança ou com o adolescente 
acolhido. 
 
 
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§ 8º Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável pelo programa de acolhimento familiar ou institucional fará 
imediata comunicação à autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério público, pelo prazo de 05 (cinco) dias, decidindo em 
igual prazo. 
§ 9º Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração da criança ou do adolescente á família de origem, após seu 
encaminhamento a programas oficiais ou comunitários de orientação, apoio e promoção social, será enviado relatório 
fundamentado ao Ministério público, no qual conste a descrição pormenorizada das providências tomadas e a expressa 
recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade ou responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à 
convivência familiar, para a destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda. 
§ 10º Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 15 (quinze) dias para o ingresso com a ação de destituição do 
poder familiar, salvo se entender necessária a realização de estudos complementares ou de outras providências indispensáveis ao 
ajuizamento da demanda. 
§ 11º A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas sobre as 
crianças e adolescentes em regime de acolhimento familiar e institucional sob sua responsabilidade, com informações 
pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada um, bem como as providências tomadas para sua reintegração familiar ou 
colocação em família substituta, em qualquer das modalidades previstas no Art. 28 desta lei. 
§ 12 ºTerão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os Conselhos 
municipais dos Direitos da Criança e do adolescente e Assistência Social, aos quais incumbe deliberar sobre a implementação de 
 
 
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políticas públicas que permitam reduzir o número de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e abreviar o período de 
permanência em programa de acolhimento. 
MATERIAIS QUE NÃO PODEM SER VENDIDOS PARA CRIANÇAS OU ADOLESCENTES 
 
 
 
Art. 78 lei 8.069/90. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser 
comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo. 
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam protegidas 
com embalagem opaca. 
 Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias, legendas, 
crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e 
da família. 
 Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, 
assim entendidas as que realizem apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a 
permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso para orientação do público. 
REGRAS DE HOSPEDAGEM 
 
 
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Crianças e adolescentes não podem se hospedar em hotéis, motéis, pensões ou estabelecimentos similares, exceto se 
acompanhadas pelos pais ou responsável. 
Art. 82 lei 8069/90. É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, 
salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou responsável. 
REGRAS DE VIAGEM 
Art. 83 lei 8.069/90. Nenhumacriança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde 
reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem expressa autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 
2019) 
§ 1º A autorização não será exigida quando: 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma 
unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019) 
b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos estiver acompanhado: (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019) 
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; 
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13812.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13812.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13812.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13812.htm#art14
 
 
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§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos. 
Viagem de criança ou adolescente se na mesma unidade da 
Federação ou mesma região metropolitana. 
1. Autorizado viajar sozinho. 
2. Sem necessidade de autorização. 
Viagem de criança ou adolescente de até 16 anos, dentro do 
território nacional. 
1. Acompanhado de pais ou responsáveis. 
2. Acompanhado de ascendente ou colateral maior até 
terceiro grau, comprovado documentalmente o 
parentesco. 
3. Acompanhado de pessoa maior, expressamente 
autorizada pelos pais ou responsáveis, com firma 
reconhecida. 
4. Com autorização judicial, válida por dois anos. 
5. Sozinho expressamente autorizado por qualquer dos 
genitores ou responsáveis legal, por meio de escritura 
pública ou documento particular com firma reconhecida. 
(incluindo o passaporte) Resolução 205/2019. 
Viagem de criança ou adolescente para o exterior 1. Acompanhada dos pais ou responsável 
2. Se na companhia de um dos país, deverá ter autorização 
 
 
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expressa pelo outro através de documento com firma 
reconhecida. 
3. Acompanhado de adulto estrangeiro residente ou 
domiciliado no exterior, com autorização judicial. 
4. A autorização com firma reconhecida é dispensada se os 
pais estiverem juntos no momento do embarque. Lei 
13.726/2018. 
5. Se desacompanhada ou acompanhada de terceiros 
maiores designados pelos pais desde que haja 
autorização de ambos os pais com firma reconhecida. 
Resolução 131 /2011. 
 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
 
 
Podem ser aplicadas tanto a criança quanto ao adolescente. 
 
 
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1. Acolhimento – somente pode ser feito por decisão judicial, salvo situação de urgência e emergência. Nessa última hipótese, 
a instituição acolhedora deve informar o acontecido ao juízo dentro de 24 horas. 
2. Crianças e adolescentes têm direito de, por meio de visitas periódicas, conviver com a mãe e o pai que cumprem pena 
restritiva de liberdade, independente de autorização judicial, assim como com a mãe adolescente que estiver em 
acolhimento institucional. 
3. O cumprimento de pena restritiva de liberdade não implica na perda do poder familiar, exceto em caso de crime doloso 
punível com pena restritiva de liberdade cometido contra outra pessoa que detenha o mesmo poder familiar (por exemplo – 
do pai das crianças contra a mãe delas) ou praticado contra os descendentes. 
Art. 1.638 CC. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: 
I - castigar imoderadamente o filho; 
II - deixar o filho em abandono; 
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; 
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. 
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) 
 
Acolhimento Institucional A criança ou adolescente é colocado dentro de uma instituição 
acolhedora. 
Acolhimento familiar A criança ou o adolescente é colocado dentro de uma família 
previamente inscrita no programa de acolhimento até que se 
restabeleça à família natural ou substituta. 
Apadrinhamento Acontece quando uma pessoa física ou jurídica colabora com o 
 
 
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desenvolvimento da criança ou adolescente, permitindo que 
tenha contato com o ambiente externo, formando um vínculo 
temporário. 
 
 
DIREITO A CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA 
 
 
 
 
Espécies de família: 
1. Família Natural – composta pelos pais + filhos - Art. 25 Lei 8069/90. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos 
pais ou qualquer deles e seus descendentes. 
2. Família extensa ou ampliada – parentes próximos. Art. 25, lei 8069/90 Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou 
ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os 
quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
3. Família Substituta - Dois tipos da criança em família substituta: 
3.1. Guarda – pode se ter o poder familiar (não se pressupõem a destituição do poder familiar) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
 
 
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3. 2. Adoção – quando ocorre a destituição do poder familiar e essa criança ou adolescente é colocado em outra família que 
deterá o poder familiar sobre essa criança ou adolescente. Auando não se consegue colocar a criança na guarda, na tutela aí sim 
se passa para a adoção. Três modalidades de adoção: 
3.2.1. Nacional por brasileiros residentes no país; 
3.2.2. Adoção internacional por brasileiros que residem no exterior; 
3.2.3. Adoção estrangeira ou internacional – medida excepcional – garantia do princípio integral e do melhor interesse da 
criança e do adolescente. 
A adoção extingue os vínculos anteriores. 
O maior de 12 anos precisa consentir a sua colocação em famílias substituta. 
Podem adotar maiores de 18 anos de idade, resguardada a diferença de idade mínima de 16 anos de idade entre o adotante e o 
adotado. 
Nos procedimentos de adoção, há estágio de convivência. 
REQUISITOS PARA ADOÇÃO 
 
 
 
 
 
 
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1. Maiores de 18 anos de idade – independente do estado civil; 
2. Diferença de 16 anos de idade entre o adotante e o adotado; 
3. Consentimento dos pais ou destituição do poder familiar - Art. 45 lei 8069/90. A adoção depende do consentimento dos pais ou 
do representante legal do adotando. 
4. Precisa de ação judicial; 
5. Manifestação da criança e consentimento do maior de 12 anos. 
Para a colocação da criança em família substituta, esta será ouvida, já no caso do adolescente além de ser ouvido ele tem que 
consentir com a sua colocação em família substituta. 
ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA (PARA FORMAÇÃO DE VÍNCULO) 
 
 
 
NACIONAL INTERNACIONAL 
Prazo máximo de 90 dias - Prorrogáveis por igual período Prazo mínimo de 30 dias e máximo de 45 dias – prorrogáveis 
por igual período. 
 Deve ser cumprida em território nacional. 
 
 
 
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3.3. Tutela – pressupõe-se que há destituição do poder familiar, ou em razão de uma ação de poder familiar ou em razão da 
morte – sendo designado um tutor para ficar com a guarda da criança e ainda cuidar dos bens dela. 
SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR 
 
 
 
Condenação por sentença irrecorrível que exceda dois anos, pai e mãe que abusa da autoridade parental, faltando com seus 
deveres.Art. 1.637 CC. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos 
filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança 
do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando convenha. 
 
TRABALHO DO MENOR 
 
 
Art. 60 LEI 8.069/90. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide 
Constituição Federal) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art7xxxiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art7xxxiii
 
 
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Art. 7º CR São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social XXXII - 
proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
Proíbe-se o trabalho de menor de 18 anos – noturno, perigoso e insalubre. 
*Idade mínima para o trabalho 
1. 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. 
IDADE TRABALHO 
Menores de 14 anos Constitucionalmente não é permitido. 
Art. 7º CR São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição social 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e 
intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
 
Entre 14 e 24 anos de idade 
(A partir dos 14 anos admite-se o trabalho na condição de 
aprendiz) 
Contrato de aprendizagem. 
Art. 60 lei 8.069/90. É proibido qualquer trabalho a menores de 
quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide 
Constituição Federal) 
 Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art7xxxiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art7xxxiii
 
 
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por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei. 
 Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-
profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da 
legislação de educação em vigor. 
 Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos 
seguintes princípios: 
I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino 
regular; 
II - atividade compatível com o desenvolvimento do 
adolescente; 
III - horário especial para o exercício das atividades. 
 Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é 
assegurada bolsa de aprendizagem. 
 Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são 
assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. 
 Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado 
trabalho protegido. 
 
 
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 Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime 
familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em 
entidade governamental ou não-governamental, é vedado 
trabalho: 
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as 
cinco horas do dia seguinte; 
II - perigoso, insalubre ou penoso; 
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu 
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; 
IV - realizado em horários e locais que não permitam a 
frequência à escola. 
Art. 403 CLT. É proibido qualquer trabalho a menores de 
dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a 
partir dos quatorze anos. (Redação dada pela Lei nº 10.097, de 
2000) 
Art. 428 CLT. Contrato de aprendizagem é o contrato de 
trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, 
 
 
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em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 
14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em 
programa de aprendizagem formação técnico-profissional 
metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral 
e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as 
tarefas necessárias a essa formação. (Redação dada pela Lei 
nº 11.180, de 2005) 
 
Adolescente entre 16 até 18 anos 
(A partir dos 16 anos – admite-se trabalho, exceto precário) 
(A partir dos18 anos – não há restrição ao trabalho legal. Ainda 
que noturno, perigoso e insalubre) 
Proibido trabalho: 
A. Noturno – 22 h às 5 h 
B. Perigoso 
C. Insalubre 
D. Penoso 
E. Prejudicial à formação ou desenvolvimento físico, 
psíquico, moral e social; 
F. Realizado em horário e locais que não permitam a 
frequência escolar. 
 
 
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*A idade mínima do jovem aprendiz não se aplica à pessoa com deficiência. Art. 428, § 5º CLT A idade máxima prevista no caput 
deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.180, de 2005). 
*Essas regras aplicam-se aos adolescentes aprendizes também. 
*PROGRAMA JOVEM APRENDIZ – sempre vinculado a alguma instituição de ensino. 
ASSISTÊNCIA EM CRECHE 
Proteção integral da criança e do adolescente – tanto a criança como o adolescente são sujeitos de direitos especiais na condição 
de pessoa em desenvolvimento. 
APLICAÇÃO DO ECA AOS MAIORES DE 18 ANOS 
 
 
 
Art. 2º, Parágrafo único lei 8069/90. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre 
dezoito e vinte e um anos de idade. (aplicação excepcionalmente do ECA as pessoas entre 18 e 21 anos de idade) 
Art. 121º § 5º lei 8069/90 - A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade. ( ao disciplinar a medida socieducativa de 
internação prevê a possibilidade de o jovem, já maior de idade permanecer custodiado até 21 anos. A liberação será compulsória 
aos 21 anos de idade). 
COMPETÊNCIA 
 
 
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Três critérios para a definição da competência: 
1. Objetivo – fixa competência a partir do valor da causa e qualidade da parte. 
2. Funcional – regulam as atribuições dos diversos órgãos jurisdicionais que devam atuar em determinado processo. 
3. Territorial – ligado ao aspecto geográfico. 
A competência ainda pode ser: Relativa (podem as partes modificar a liberdade em razão de serem mais benéficas a estas) – 
definida em razão do território ou do valor da causa. Absoluta (não poderiam as partes ou órgão judicial alterar, pois assim foram 
fixadas em razão do interesse público, para que a função jurisdicional pudesse ser melhor exercida) – definida em razão da 
matéria e funcional. 
 
 
 
 
 Art. 147 lei 8069/90. A competência será determinada: (Competência relativa) 
I - pelo domicílio dos pais ou responsável; 
 
 
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II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável. 
§ 1º. Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, 
continência e prevenção. 
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à autoridade competente da residência dos pais ou responsável, ou do local 
onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou adolescente. 
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma comarca, será 
competente, para aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou rede, tendo a 
sentença eficácia para todas as transmissoras ou retransmissoras do respectivo estado. 
 Art. 148 lei 8069/90. A Justiça da Infância e da Juventude é competente para: (Competência absoluta) 
I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério Público, para apuração de ato infracional atribuído a adolescente, 
aplicando as medidas cabíveis; 
II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou extinção do processo; 
III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, observado 
o disposto no art. 209; 
V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis; 
VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção à criança ou adolescente; 
 
 
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VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho Tutelar, aplicando as medidas cabíveis. 
MEDIDAS DE PROTEÇÃO QUANDO OS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE FPREM VIOLADOS 
 
 
 
Art. 148, Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é também competente a Justiça 
da Infância e da Juventude para o fim de: 
a) conhecer de pedidos de guarda e tutela; 
b) conhecer de ações de destituição do pátrio poder poder familiar , perda ou modificação da tutela ou guarda; (Expressão 
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento; 
d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao exercício do pátrio poder poder 
familiar ; (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os pais; 
f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais ou 
extrajudiciais em que haja interesses de criança ou adolescente; 
g) conhecer de ações de alimentos; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3
 
 
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h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento dos registros de nascimento e óbito. 
CONTAGEM DE PRAZO 
 
 
 
O prazo será contado em dias corridos – MEDIDAS PROTETIVAS – exceção – AÇÃO CIVIL PÚBLICA prazo em dia útil, e prazo 
em dobro para a Fazenda e para o MP. 
CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
 
Art. 5º CC A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida 
civil. 
Para estar em juízo, seguem as regras: 
Pessoas com 16 anos Pessoas que tenham entre 16 e 18 anos 
incompletos (Exceção até 21 anos) 
Pessoas que tenham até 16 anos 
incompletos 
Podem estar sozinhas em juízo. Para estarem juízo precisam ser 
ASSISTIDAS, pelos pais ou 
Para estarem em juízo precisam ser 
REPRESENTADOS, pelos pais ou 
 
 
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responsáveis. 
Art. 142 lei 8069/90. ... menores de vinte 
e um anos assistidos por seus pais, 
tutores ou curadores, na forma da 
legislação civil ou processual. 
*Em casos expressos em lei, o estatuto, 
em caráter excepcional será aplicado 
para pessoas que tenham idade entre 18 
anos a 21 anos de idade – Art. 2º, 
Parágrafo único lei 8069/90. Nos casos 
expressos em lei, aplica-se 
excepcionalmente este Estatuto às 
pessoas entre dezoito e vinte e um anos 
de idade. 
responsáveis. 
Art. 142 lei 8069/90. Os menores de 
dezesseis anos serão representados e os 
maiores de dezesseis ... 
Quando houver colisão de interesses da criança ou do adolescente com seus pais ou responsáveis, o juiz nomeará um curador 
especial para atuar nos interesses da criança e ou/ adolescente. 
RECURSOS 
 
 
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Art. 198 LEI 8069/90. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e da Juventude, inclusive os relativos à execução das 
medidas socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil) , 
com as seguintes adaptações: (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
I - os recursos serão interpostos independentemente de preparo; 
II - em todos os recursos, salvo nos embargos de declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa será sempre 
de 10 (dez) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) 
III - os recursos terão preferência de julgamento e dispensarão revisor; 
VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de 
agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo de cinco 
dias; 
VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão remeterá os autos ou o instrumento à superior instância dentro 
de vinte e quatro horas, independentemente de novo pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos dependerá 
de pedido expresso da parte interessada ou do Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da intimação. 
Da sentença prolatada pelo juiz da Vara da Infância e Juventude é cabível RECURSO DE APELAÇÃO, no prazo de 10 dias, 
desprovida de efeito suspensivo. 
CONSELHO TUTELAR 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5869.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12594.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12594.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12594.htm#art86
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12594.htm#art86
 
 
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É ÓRGÃO COMPETENTE E AUTÔNOMO, NÃO JURISDICIONAL, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos 
direitos da criança e do adolescente. 
O processo para escolha dos conselheiros [e estabelecido em lei municipal e realizado sob responsabilidade do Conselho 
Municipal dos Direitos da Criança e do adolescente e fiscalizado pelo Ministério Público. 
Art. 132 lei 8069/90. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho 
Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local 
para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha. (Redação dada pela Lei nº 13.824, de 
2019) 
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO TUTELAR 
 
 
 
Da composição do Conselho Tutelar: 
Quantidade de membros 05 (cinco) 
Forma de escolha dos membros Eleição local, voto facultativo. 
Mandato 04 anos 
Recondução 01 mediante novo processo de escolha 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13824.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13824.htm#art1
 
 
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Remuneração Será disposto por lei municipal ou distrital. 
Título do membro eleito Conselheiro 
O exercício efetivo de Conselheiro constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral - Art. 135 
lei 8069/90. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de 
idoneidade moral. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) 
Será impedido de servir no mesmo Conselho: 
1. Marido e mulher 
2. Ascendente e descendente 
3. Sogro e genro ou nora 
4. Cunhados durante o cunhadio 
5. Tio e sobrinho 
6. Padrasto ou madrasta 
7. Enteado 
Entende-se o impedimento do conselheiro, em relação á autoridade judiciária e ao representante do MP com atuação na Justiça da 
Infância e da Juventude em exercício na comarca, foro regional ou distrital. Art. 140 lei 8069/90. São impedidos de servir no 
mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, 
tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12696.htm
 
 
Sd JurisAdv – Sandra Mara Dobjenski - CriminalistaOs candidatos ao Conselho Tutelar são exigidos os seguintes requisitos: 
1. Reconhecida Idoneidade 
2. Idade superior a 21 anos 
3. Residir no município. 
Os membros eleitos ao Conselho Tutelar terão os seguintes direitos: 
1. Cobertura Previdenciária 
2. Gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal. 
3. Licença maternidade 
4. Licença paternidade 
5. Gratificação natalina 
Para a escolha dos membros do Conselho Tutelar, o processo de eleição será realizado sob a responsabilidade do conselho 
Municipal dos Direitos da Criança e do adolescente, e fiscalizado pelo Ministério Público. 
O processo de escolha será a cada 04 anos, no PRIMEIRO DOMINGO do MÊS de OUTUBRO e a posse do conselheiro será 
dia 10 de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha. 
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO 
 
 
 
 
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Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses: 
Art. 98 lei 8069/90. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta 
Lei forem ameaçados ou violados: 
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; 
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; 
III - em razão de sua conduta. 
E nas hipóteses: 
Ao ato infracional praticado por criança corresponderão previstas no Art. 101. 
Em ambas as hipóteses, as medidas a serem aplicadas serão: 
Art. 101 lei 8069/90 
 I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; 
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; 
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do 
adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art32
 
 
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V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; 
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
VII - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
IX - colocação em família substituta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no Art. 129, I a X: 
 Art. 129 lei 8069/90. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: 
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família; (Redação dada 
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; 
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art34
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art34
 
 
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V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar; 
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado; 
VII - advertência; 
VIII - perda da guarda; 
IX - destituição da tutela; 
X - suspensão ou destituição do pátrio poder poder familiar . (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 
Promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: 
Art. 136, IIII lei 8069/90 
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; 
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. 
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou 
adolescente; 
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art3
 
 
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VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente 
autor de ato infracional; 
VII - expedir notificações; 
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; 
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos 
direitos da criança e do adolescente; 
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição 
Federal 
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as 
possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 
2009) Vigência 
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento 
de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014) 
Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará 
incontinenti o fato ao MP, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a 
orientação, o apoio e a promoção social da família. 
A competência do conselho tutelar é determinada da seguinte forma: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art220%C2%A73ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art220%C2%A73ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12010.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13046.htm
 
 
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1. Domicílio dos país ou responsáveis 
2. Local onde se encontre a criança ou adolescente, à falta dos pais ou responsável.

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