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A Libras possui as mesmas características de uma língua oral, por isso é preciso corrigir o equívoco de incluí-la na linguagem não-verbal, pois faz parte da linguagem verbal, como as demais línguas. De acordo com essa premissa, é correto dizer que: Existem culturas melhores que outras e dialetos superiores. A Libras possui aspectos morfossintáticos, pragmáticos e discursivos. A modalidade oral da língua é muito superior à modalidade sinalizada. As línguas de sinais pertencem ao mesmo grupo de outras linguagens, como a mímica, os gestos e a dança. A modalidade escrita é superior à língua falada ou sinalizada. Explicação: Não existem culturas, dialetos, línguas ou modalidades melhores que outras. Mesmo com toda a tradição e sapiência relacionada à língua escrita, a modalidade escrita não é superior à língua falada ou à sinalizada. Da mesma forma, a modalidade oral não pode ser considerada superior à sinalizada. 2. A sociolinguística interacional se difere da variacionista, que observa a língua a partir das variáveis estruturais. Sobre a sociolinguística interacional, marque a alternativa que contém uma inverdade. Erving Goffman, John Gumperz, Dell Hymes são os principais nomes da sociolinguística interacional. Propõe o estudo da língua na interação dialógica. A língua é vista como produto social e cultural, retratadas em seu contexto de uso, nas intenções comunicativas, escolhas linguísticas, perfis sociais dos usuários e relações de poder. A língua é vista como uma estrutura formal em si mesma. Observa as estruturas sociais, históricas e culturalmente construídas que estão implícitas a toda interação verbal, o uso da língua. Explicação: Na perspectiva da sociolinguística interacional, a língua não é vista como uma estrutura formal em si mesma, mas como resultado das influências sociais e culturais. 3. Faça a relação correspondente entre os exemplos e as variações em língua de sinais. Assinale a alternativa em que todos os exemplos estão associados corretamente. I - O sinal de NUNCA originalmente era soletrado, mas gerações mais jovens utilizam apenas o NU alternadamente e com mais velocidade. II- O sinal da cor BRANCA pode variar dependendo de que estado é feito. III- A interpretação para a Libras de discursos políticos, exige um uso mais formal da língua. A- Variação diafásica. B- Variação diastrática. C- Variação diatópica. I - A, II - B, III - C. I - C, II - B, III - A. I - B, II - A, III - B. I - A, II - C, III - B. I - B, II - C, III - A. Explicação: Alguns sinais soletrados sofreram variação e os surdos idosos usam de forma diferente dos surdos mais jovens, como por exemplo: NUNCA, DIA. Esse é um exemplo de variação diastrática. Alguns sinais apresentam variação diatópica, diferenciando-se de acordo com a região, como por exemplo: VERDE, BRANCO. A língua pode ser usada em um contexto formal ou informal, compreendendo a variação diafásica. 4. A língua falada e escrita aponta para as práticas de oralidade e letramento. Entendendo que a sinalização se relaciona com as práticas sociais de uso da língua, é incorreto afirmar que: A escola deverá trabalhar o desenvolvimento do aluno surdo quanto ao uso da língua em diferentes situações comunicativas, tanto em L1 quanto em L2. O termo oralidade para os surdos poderia ser substituído por sinalidade, tendo em vista que os surdos conversam, ensinam e produzem textos na língua de sinais. Os surdos produzem textos literários, comunicam-se, ensinam, fazem apresentações em Libras e, da mesma forma, deverão transitar nos diferentes espaços de letramento em português. O conteúdo programático para o ensino de surdos deve ser voltado para as práticas de oralidade em Libras e para o letramento em português, como L2. O conteúdo programático para o ensino de surdos deve ser o mesmo dos ouvintes, o ensino do português deve ser pautado nos sons da língua oral. Explicação: Abordagens equivocadas no ensino de surdos atrapalham o desenvolvimento do aluno, promovendo o fracasso, a evasão escolar e o analfabetismo funcional. Compreender as particularidades linguísticas dos surdos, assim como seu aprendizado por meio da visualidade, possibilita a elaboração de uma didática visual, pautada em sua oralidade/sinalidade, propiciando a aquisição da L2. 5. A linguística se dedica ao estudo científico da língua. A sociolinguística, portanto, é uma corrente que estuda a língua em uso. Sobre a sociolinguística é incorreto afirmar que: Tem por princípio apenas o estudo da gramática de uma língua. Observa aspectos relacionados à variação e mudança linguística. Investiga os usos que diferentes grupos sociais fazem da língua. Estuda a língua em diferentes realidades sociais. Trata as relações de poder envolvidas na forma de uso da língua. Explicação: A sociolinguística estuda a relação entre a língua e a sociedade, investigando o seu uso por grupos sociais e as variações existentes. Não há a preocupação apenas com a gramática de uma língua, mas com as diferenças de uso dos seus falantes. 6. Há três tipos de variação linguística: diastrática, diatópica e diafásica. Sobre essas variações é correto dizer que: A variação diafásica se dá na dimensão geográfica, do espaço, compreendendo o regionalismo. Diastrática corresponde à variação social, diatópica está relacionada ao regionalismo e diafásica à estilística/registro. Diastrática é a variação regional, diatópica corresponde à estilística e diafásica compreende o social. Diastrática compreende a estilística enquanto a diatópica está relacionada com o social e a diafásica se aplica ao regionalismo. A variação diatópica corresponde aos diferentes modos de uso da língua em função da classe social ou escolaridade. Explicação: A variação diastrática corresponde à variação social, os diferentes modos de uso da língua de acordo com a classe social e nível de escolaridade. Já a variação diatópica está relacionada ao regionalismo, de acordo com a região geográfica e a diafásica compreende a estilística/registro, o uso da língua de acordo com o contexto. 7. A Libras sofre preconceito linguístico e os discursos que a rodeiam são carregados de equívocos que atrapalham o desenvolvimento pleno dos surdos. A sociolinguística contribui para elucidar esses equívocos, combatendo o preconceito. Assinale a afirmativa que NÃO representa um preconceito linguístico. Os ouvintes não podem ser considerados nativos das línguas de sinais. O surdo não deve aprender português como L2. O surdo é incapaz de aprender o Português. A Libras possui as mesmas características das línguas orais. A Libras não é língua, apenas uma linguagem. Explicação: A Libras é uma língua, possui as mesmas características das línguas orais. A surdez não impede o aprendizado do Português como L2, o que dificulta são as metodologias empregadas, voltadas para os alunos ouvintes, para a oralidade e que não consideram a visualidade e o aprendizado visual de segunda língua. As crianças ouvintes, filhas de pais surdos, podem ser considerados nativos da Libras, sendo essa a sua primeira língua. 8. Leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. A- Mandioca, aipim e macaxeira são diferentes palavras para designar a mesma coisa. B- A maneira que um professor se expressa na sala de aula, em um discurso acadêmico, é diferente à forma que se expressa em uma roda de amigos. C- Crianças e idosos se expressam de formas diferentes assim como pessoas com diferentes níveis de escolarização. A terá C é um exemplo de variação diafásica.A letra A apresenta exemplos de variação diatópica. A letra B representa uma variação diatópica. A letra A mostra uma variação diastrática. A letra B ilustra a variação diastrática. Explicação: A letra A é um exemplo de variação diatópica, a letra B representa uma variação diafásica e a letra C, variação diastrática.
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