Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Parasitologia Veterinária Introdução -Estuda os parasitas e seus respectivos hospedeiros por meio da forma de associação chamada parasitismo, que é uma relação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, onde um se beneficia do hospedeiro. -A vida é uma cadeia ativa e dinâmica entre todas as espécies, buscando a permanência e a manutenção de cada uma delas; - coabitação das espécies no planeta é regulada por 2 leis básicas que regem a vida na natureza: interdependência das espécies e reciclagem permanente de todos os componentes orgânicos . ➔ interdependência entre os seres vivos é dinâmica e busca dois aspectos: obtenção de alimentos e/ou proteção. Assim sendo, ao longo dos bilhões de anos de evolução dos seres vivos, essa interdependência promoveu uma interação ou associação dos mais diferentes tipos entre duas ou mais espécies. Essas associações não são ao acaso, mas acontecem por duas razões fundamentais: nascem oportunidades evolutivas e garantem a permanência da vida. ➔ Muitas das associações ocorridas ao longo do processo evolutivo nem sempre foram pacíficas e nem sempre deram certo, levando à morte uma ou as duas espécies envolvidas. Entretanto, numerosas outras foram bem-sucedidas, promovendo modificações adaptativas (acomodações), não só morfológicas, como fisiológicas e reprodutivas. -parasito → é um ser vivo que habita/parasita um hospedeiro obtendo deste nutrientes, abrigo, dependendo metabolicamente dele, não objetivando a sua morte, pois morrendo o hospedeiro o parasita também morre. Além disso, tendo um contato íntimo e duradouro com esse hospedeiro; Indivíduo que necessita de outro ser para ter abrigo e alimento, para reproduzir e perpetuar a espécie. ➔ tipos de parasitos → 1. Endoparasitos : Vivem dentro do hospedeiro, tendo contato profundo com tecidos e órgãos dos hospedeiros; possui maior dependência metabólica, pois a maior parte de seu ciclo é dentro do hospedeiro, dependendo dele para se reproduzir, alimentar e etc. ex. helmintos e protozoários; causam infecção (doença) , quando ocorre invasão de um hospedeiro por organismos (vírus, bactérias, protozoários, helmintos); 2. Ectoparasitos : dependência metabólica parcial, pois tem uma fase de vida livre, fora do hospedeiro; Vivem na superfície ou em cavidades do hospedeiro. São aqueles que têm contato com a pele dos hospedeiros. Por exemplo, artrópodes (ácaros e insetos), como bernes, carrapatos, pulgas; causam infestação (pode causar doença também; ex. dermatite alérgica por picada de carrapato), sendo esta o estado ou a condição de ser infestado, restrito à presença de parasitos externos. - em relação a especificidade parasitária ou Especificidade dos parasitos : 1. Estenoxenos: parasitam apenas um ou poucos hospedeiros muito próximos (Ex.: Ancylostoma caninum; Babesia bovis em bovinos); Quando são muito específicos, só aceitam aquele hospedeiro; Esteno = estreito; 2. Eurixenos : Quando são pouco específicos, tendo uma variedade de hospedeiros, parasitando vários hospedeiros; ex. Toxoplasma gondii ou Fasciola hepática, que podem parasitar várias espécies animais. Eury = amplo; 3. Oligoxenos : Os hospedeiros têm que ter o mesmo parentesco; normalmente estão na mesma família . A especificidade é limitada. ex. Echinococcus granulosus pode ser encontrado no cão e no lobo, ambos mamíferos agrupados na família Canidae. Oligo = pequeno. - em relação à ação do parasito: 1. Ação mecânica : podem causar obstrução (como a de Toxocara), formando bolos de vermes no intestino e o obstrui, ou compressão dos órgãos; ação exercida pela presença do parasito em determinado órgão ex. Coenurus cerebralis, que, conforme cresce, comprime o cérebro, causando perturbações neurológicas e funcionais. 2. Ação espoliadora: quando o parasito espolia, isto é, retira nutrientes do hospedeiro; parasitos sequestram/sugam nutrientes e fluidos do hospedeiro, tornando-o abatido, apático, magro e alvo fácil de outras doenças. ex. Haemonchus ao sugar sangue no abomaso de ovelhas; competição alimentar que existe entre o Ascaris lumbricoides, as tênias e o hospedeiro; 3. Ação inflamatória/irritante : Ocorre pela penetração ativa de larvas na pele; Penetração das larvas; ex. Strongyloides papillosus; Ancylostoma caninum; 4. Ação de transmissão : Hospedeiros transmitem agentes patogênicos; ex. Carrapatos transmitem Babesia bovis aos bovinos. 5. Tóxica : quando produtos do metabolismo do parasito são tóxicos para o hospedeiro. ex. a formação de granulomas pelos ovos de Schistosoma mansoni. 6. Imunogênica : quando partículas antigênicas de parasitos sensibilizam tecidos do hospedeiro, aumentando a resposta imunitária, a qual agrava a parasitose. ex. a malária, a doença de Chagas e as leishmanioses são doenças tipicamente agravadas pela resposta imune. - em relação ao Ciclos Biológicos: Quanto ao nº Hospedeiros (quantos hospedeiros ele precisa para completar seu ciclo de vida): 1. Monoxeno ou direto: Necessita somente de um hospedeiro; Infesta ou infecta diretamente seu HD, sem necessitar de HI. ex. Haemonchus; Ancylostoma caninum, Trichuris vulpis; 2. Heteroxeno ou indireto: Quando existem dois ou mais hospedeiros para completar o seu ciclo de vida; ex. ciclo de Fasciola (o parasito passa uma parte do ciclo no interior de um molusco e a outra em um vertebrado); Taenia sp., Trypanosoma cruzi; dioxeno (ciclo com dois hospedeiros), trioxeno (o ciclo é concluído com três hospedeiros), e assim por diante. Não necessariamente os hospedeiros são dois ou três diferente s. Por exemplo: um ciclo de parasito dioxeno pode ocorrer todo em apenas um hospedeiro, ou seja, em cada fase de vida do parasito ele se alimenta no mesmo hospedeiro – deixa-o para fazer uma troca de pele no ambiente e depois retorna para se alimentar no hospedeiro do qual tinha se alimentado ou em outro animal presente no local . - em relação ao Ciclos Biológicos: Quanto ao Tipo de Hospedeiro: 1. Definitivo (HD): É aquele em que o parasito é encontrado na sua forma adulta, fase de reprodução (fusão dos gametas), em que ele alcança sua maturidade sexual ; ex. no ciclo da Taenia saginata, o ser humano é o HD , pois tem o parasito adulto no seu intestino delgado. Para isso acontecer, o indivíduo ingeriu a forma larval da Taenia que estava na carne de bovino mal-cozida, ou seja, o ruminante é o hospedeiro intermediário (HI/pois contém a forma larval na sua carne); No ciclo de vida do Toxoplasma, um protozoário que apresenta mais de um hospedeiro, o HD é o felino, pois é nele que ocorre a reprodução sexuada; já os animais domésticos e o ser humano vão ser os HI, pois, nestes, só ocorre a reprodução assexuada. 2. Intermediário (HI): É aquele no qual se encontra a forma imatura/larval do parasito; No caso dos protozoários, é no HI que se dá a fase assexuada ; parasito não consegue alcançar sua maturidade sexual nesse hospedeiro . ex. no ser humano (HI) ocorre apenas a reprodução assexuada do protozoário Plasmodium; porém, quando o mosquito Anopheles suga sangue infectadoque contém hemácias parasitadas por formas femininas e masculinas do flagelado, ocorre a gametogonia (reprodução sexuada) no inseto (HD). 3. Hospedeiro Paratênico ou de transporte : Hospedeiro de transporte de alguma fase evolutiva do parasito, no qual ele não sofre desenvolvimento ou reprodução, mas permanece viável ; só carrega o parasito, mas este não sofre nenhuma mudança de fase neste hospedeiro. 4. Reservatório : É o ser vivo responsável pela sobrevivência do parasito . O parasito dificilmente causa doença nesse hospedeiro; ex. a capivara é um reservatório do T. evansi. 5. Vetor : Termo usado para artrópodes ou insetos ● Vetores Biológicos > carrega o patógeno dentro dele; haverá desenvolvimento do parasito; ex. a Dermatobia hominis pode ovipor na mosca Stomoxys, e o desenvolvimento da larva (L1) do berne ocorre nessa mosca. ● vetores Mecânicos > são transportadores dos patógenos; carrega o patógeno, mas não dentro dele (diferente do vetor biológico); Não há desenvolvimento do parasito. ex. o ácaro Macrocheles usa um besouro para se transportar. * essenciais para a sobrevivência do parasito. Se o vetor for eliminado, o parasito é erradicado. Por exemplo, na malária, o Plasmodium é disseminado pelos mosquitos, que são os vetores biológicos; se os mosquitos fossem extintos, não existiria mais a doença. - em relação ao tipo de penetração (forma como ele entra no organismo): 1. Oral : quando o animal (ou humano) ingere ovo ou larva do agente, seja por meio de fezes ou outros meios. ➔ oral-digestivo por meio da ingestão de Água e alimentos contaminados com cistos ou ovos do parasito; ex. ➔ oral-digestivo por meio da ingestão de Carnes com parasitos encistados; ex. 2. Cutânea : parasito penetra a pele do animal. ex. Ciclo do Ancylostoma caninum 3. Dependente de Vetores : picada de insetos > Leishmaniose Visceral - Calazar; Picada de Flebotomíneos > Lutzomyia nas Américas (Lutzomyia longipalpis); Phlebotomus na África, Europa e Ásia; Protozoário : Leishmania (Leishmania) chagasi ou Leishmania (Leishmania) infantum. 4. Placenta : Homem (Trypanosoma cruzi, Toxoplasma gondii); Animal (Ancylostoma caninum, Toxocara canis); 5. Fezes de insetos: Barbeiros: Triatomíneos (Triatoma sp.) Protozoário: Trypanosoma cruzi; Doença de Chagas; ● Doença parasitária - é uma doença que se manifesta clinicamente, sendo resultante de uma infecção causada por um parasito ; Para normatizar a grafia, alguns pesquisadores reunidos apresentaram um trabalho no qual sugerem que “dos três sufixos, deve-se agregar apenas ‘ose’ ao nome do gênero do agente etiológico, para designar doença ou infecção”, o que resultaria: esquistossomose, ancilostomose, leishmaniose etc. Já segundo a Nomenclatura Internacional de Doenças (OM S), deve-se acrescentar “íase” ao nome do agente etiológico. Assim, teríamos esquistossomíase, ancilostomíase, leishmaníase etc. Mas preferimos grafar os nomes das doenças segundo sua maior eufonia, isto é, a pronúncia mais agradável. Assim, usaremos toxoplasmose (em vez de toxoplasmíase), amebíase (em vez de amebose) etc; ● Infecção - é a penetração, alojamento e proliferação de um microrganismo (patógeno = agente etiológico) no interior de um hospedeiro ● Infestação - presença de ectoparasitos no hospedeiro; É o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou vestes. ● hospedeiro apresenta características próprias para interagir com os diferentes agentes etiológicos: 1. Susceptibilidade - disposição especial do organismo que o torna apto para acusar influências exercidas sobre ele ou para adquirir doenças; 2. Resistência - Compreende as forças defensivas de que normalmente dispõe o hospedeiro a fim de impedir a implantação de um agente infeccioso parasitário 3. Imunidade - É o estado específico de proteção que se desenvolve no organismo em consequência de um ataque prévio pelo agente infeccioso. ● agente etiológico apresenta características próprias de interação com o meio ambiente e com o hospedeiro: 1. Infectividade - é a capacidade que tem certos microrganismos de penetrar, se desenvolver e se multiplicar no novo hospedeiro. 2. Patogenicidade - é a capacidade do agente patogênico em causar doença e suas manifestações clínicas entre os hospedeiros susceptíveis; é a habilidade de um agente infeccioso provocar lesões; 3. Virulência - é a capacidade patogênica de um microrganismo, medida por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro e/ou pela mortalidade que ele produz; E a severidade e rapidez com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro; Exemplo: a E. histolytica pode provocar lesões severas, rapidamente ; parasita virulento não se refere só a vírus; virulência leva a mortalidade patogenicidade leva à uma morbidade; 4. Oportunistas - causam doenças em hospedeiros com certo grau de comprometimento do sistema imunológico. ● Foco elementar : área onde o parasito circula; ● Foco natural: conjunto de focos elementares ● Zoonose: Doenças ou infecções provocadas por microrganismos diversos que são naturalmente transmissíveis entre animais e seres humanos (OMS, 2020); ● Risco de infecção: probabilidade de ocorrer determinada infecção no ambiente ou meio onde circula o agente infeccioso. ● Períodos Clínicos das Doenças: 1. Incubação : é o período decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento dos primeiros sinais clínicos/sintomas; 2. Sintomático : Constitui o período da presença das manifestações clínicas da doença 3. Latente : é o período compreendido entre a infecção e os sinais clínicos que caracterizam a doença. 4. Convalescença : Processo gradual de recuperação da doença 5. Cura : Não há mais doença ● Endemia : a frequência de um determinado agravo à saúde em uma população, apresenta padrões regulares de variação ao longo de um determinado período; prevalência usual de determinada doença com relação à área . Normalmente, considera-se como endêmica a doença cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma ideia de equilíbrio entre a doença e a população , ou seja, é o número esperado de casos de um evento em determinada época. ● Epidemia : momentos em que as variações da frequência de uma doença em uma população apresentam-se de forma irregular, ou seja, corresponde ao excesso de casos de uma doença em relação ao esperado para uma determinada área, pop. ou período; É a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de uma doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou propagação; ● Classificação das epidemias de acordo com sua evolução 1. Pandemia: disseminação por amplas áreas geográficas, atingindo elevada proporção da população; Ex.: Gripe espanhola em 1918 → morte de mais de 50 milhões de pessoas no mundo; Gripe suína ou Gripe H1N1 em 2009 → morte de mais de 200 mil pessoas; Coronavírus → COVID-19 entre Dez/2019 e Jan/2020; Até agora (08/02/2022) mais de 400 milhões de casos confirmados com quase 6 milhões de óbitos em 223 países;Brasil → 26.776.620 casos e 633.894 mortes (2,37%); Piauí → 353.714 casos e 7.479 óbitos (2,11%). 2. Ondas epidêmicas: prolongam-se por vários anos 3. Surtos epidêmicos: processo epidêmico no qual todos os casos estão relacionados entre si no tempo e/ou no espaço, atingindo um grupo específico de pessoas. ● Tipos de Medidas Preventivas -Prevenção primária: procura evitar que o indivíduo adoeça, controlando os fatores de risco 1. Educação sanitária (Educação em saúde) 2. Higiene pessoal 3. Alimentação adequada 4. Moradia adequada 5. Saneamento básico, infraestrutura 6. Tratamento de água, esgoto e coleta de lixo 7. Áreas de lazer e recreação adequadas 8. Específicos: Vacinação, Vermifugação, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), Uso de preservativos, Proteção contra acidentes de trabalho 9. Controle de vetores, por interromperem os ciclos biológicos dos agentes infecciosos na natureza. -Prevenção secundária : medidas aplicáveis aos indivíduos que se encontram sob a ação do agente patogênico; Impedir que a doença se desenvolva para estágios mais graves, que deixem sequelas ou provoque a morte do hospedeiro; Entre estas medidas, estão o diagnóstico da infecção ou da doença e o tratamento precoce; -Prevenção terciária : prevenção da incapacidade através de medidas destinadas a reabilitação; Aplicadas na fase em que esteja ocorrendo ou que já tenha ocorrido a doença; Inclui a reabilitação (impedir a incapacidade total) 1. Fisioterapia 2. Acupuntura 3. Cirurgias de reparo 4. Colocação de próteses Ex: implante de marcapasso em pacientes com Doença de Chagas ● Epidemiologia : é a ciência que estuda a distribuição de doenças ou enfermidades, assim como a de seus determinantes na população humana. Estes determinantes são conhecidos em epidemiologia como fatores de risco. NOÇÕES DE TAXONOMIA -O número dos seres vivos existentes na Natureza é tão grande que, para serem estudados, tiveram que ser agrupados conforme sua morfologia, fisiologia, estrutura, filogenia etc. ● Classificação : é a ordenação dos seres vivos em classes, baseando-se no parentesco, semelhança ou ambos; ● Nomenclatura: É a aplicação de nomes distintos a cada uma das classes reconhecidas numa dada classificação; ● Taxonomia : É o estudo teórico da classificação, incluindo as respectivas bases, princípios, normas e regras; É o processo que descreve a diversidade dos seres vivos; e para estudar esses seres, como eles são muitos, foram divididos em vários grupos/classes de acordo com sua Morfologia , Estrutura, Fisiologia, Filogenia etc. Este agrupamento obedece leis, regras e possuem um vocabulário próprio; reconhece, classifica e identifica os seres vivos; -Grupos de organismos são reunidos em conjuntos biologicamente significantes, geralmente na tentativa de representar vias evolutivas. Um grupo dessa natureza é denominado táxon e o estudo deste aspecto da biologia é conhecido como taxonomia; -táxons em que os organismos são incluídos são reconhecidos por acordo internacional, e podem corresponder a diversos níveis de classificação ou categoria taxonômica , onde as principais são sete: reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie. -Os intervalos entre estes são grandes e alguns organismos não podem ser neles incluídos precisamente; assim, tem-se constituído táxons intermediários, apropriadamente preestabelecidos; exemplos destes são subordem e superfamília . -Os nomes dos táxons obedecem obrigatoriamente a um conjunto de normas acordadas internacionalmente, mas é admissível aportuguesar as terminações, de modo que os membros da superfamília Trichostrongyloidea, no exemplo anterior, também podem ser denominados tricostrongilídeos. -A designação científica é regulada por regras de nomenclatura promulgadas em congressos e denominadas: Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica -O ponto de partida para a nomenclatura binária (gênero e espécie) é a 10s edição do Systema Naturae, de Carl von Linné (Linnaeus), 1758 - A nomenclatura das espécies deve ser latina e binominal , ou seja, a espécie é: 1. designada por duas palavras: a primeira representa o gênero (deve ser escrita com a primeira letra maiúscula); a segunda a espécie considerada (deve ser escrita com letra minúscula, mesmo quando for nome de pessoa). Estas palavras devem ser sempre escritas com destaque (Escritos em: itálico ou sublinhados) - Quando a espécie possui subespécie: essa palavra virá em seguida à da espécie, sem nenhuma pontuação; trinominal; Exemplo: Culex pipiens fatigans . Culex = gênero; pipiens = espécie', fatigans = subespécie; Ctenocephalides felis felis -Quando a espécie possui subgênero , este virá interposto entre o gênero e a espécie, separado por parênteses ; trinominal, inicial maiúscula; Exemplo: Anopheles (Kerteszia) cruzi. Anopheles = gênero; (Kerteszia) = subgênero; cruzi = espécie; Leishmania (Leishmania) chagasi; -Outras categorias são escritas com base no gênero-tipo (isto é, o nome da família tem como base um gênero - o gênero-tipo) e acrescentando-se uma desinência ( terminação) própria. ● HELMINTOS -gr. hélmins (helminGs = vermes); - grupo muito numeroso de animais, incluindo espécies de vida livre e de vida parasitária. - Reino Animalia -Sub-Reino Metazoa -Apresentam os parasitos distribuídos nos filos: 1. Platyhelminthes (vermes achatados) → inclui Cestoides/Cestoda (ex. tênia) e Trematódeos/Trematoda (ex. fascíola) 2. Nematoda/Nemathelminthes/Nematoides (vermes cilíndricos) → parasitas ou de vida livre; Na maioria há diferenciação de sexo; Ancylostomatoidea, Ascaridoidea, Filarioidea > vermes cilíndricos (nematóides); - Principais parasitos intestinais (Nematoides de humanos): Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercoralis, Ancylostoma duodenale, Necator americanus. -Principais parasitos (Nematoides de Cães e Gatos) > Ancylostoma caninum, Ancylostoma braziliense, Toxocara canis, Toxocara cati, Trichuris vulpis, Spirocerca lupi, Dirofilaria immitis, Dioctophyma renale. ● PROTOZOÁRIOS -organismos unicelulares mais primitivos do que os animais e não importa quão complexo seja o seu corpo, todas as diferentes estruturas estão contidas em uma única célula; -eucarióticos; - 25.000 são parasitos de vida livre; -10.000 parasitam os mais variados animais – Algumas dezenas de espécies parasitam o homem -Reino Protista -Sub-Reino Protozoa - distribuídos em sete filo, mas há quatro filos de interesse veterinário: 1. Sarcomastigophora (incluindo Sarcodina e Mastigophora) → núcleos simples; presença de flagelos, pseudópodos ou ambos; Organismos que se locomovem por pseudópodos e/ou flagelos. ➔ Subfilo: Mastigophora: com um ou mais flagelos; ➔ Classe: Zoomastigophorea: sem cloroplastos; um ou vários flagelos; ➔ Ordem: Kinetoplastida: um ou dois flagelos, originados de uma depressão; presença de cinetoplasto: organela rica em DNA; • ➔ Subordem: Trypanosomatina: um flagelo livre ou com membrana ondulante. Exemplo: Leishmania, Trypanosoma ; ➔ Ordem: Diplomonadida: corpo com simetria bilateral; um a quatro pares de flagelos; cistos presentes; ➔ Subordem: Diplomonadina:dois corpos parabasais; Exemplo: Giardia ; ➔ Ordem: Trichomonadida: tipicamente com 4-6 flagelos, um deles formando uma membrana ondulante; presença de corpo parabasal. Exemplo: Trichomonas; ➔ Subfilo: Sarcodina: com pseudópodos; às vezes com flagelos; • ➔ Superclasse: Rhizopoda: movimentação por diferentes tipos de pseudópodos; ➔ Classe: Lobosea: pseudópodos lobosos ou filiformes, mas grossos na base; ➔ Subclasse: Gymnamoebia: sem carapaça; ➔ Ordem: Amoebida: tipicamente uninucleado, sem flagelo em nenhum estágio; ➔ Subordem: Tubulina: corpo cilíndrico; citoplasma não se dirige simultaneamente para duas direções. Exemplo: Entamoeba; ➔ Subordem: Acanthopodina: pseudópodos finos, furcados, originados de um espesso. Exemplo: Acanthamoeba, ➔ Ordem: Schizopyrenida: corpo cilíndrico, movimentando-se eruptivamente; flagelos temporários. Exemplo: Naegleria 2. Apicomplexa (antigo sporozoa) → com complexo apical de organelas (visível apenas em microscópio eletrônico, constituído por anel polar, micronemas, conóide, roptrias, grânulos densos e microtúbulos subpeliculares), presença de plastídeo não fotossintético - apicoplasto; sem cílios; todos parasitos; Sem órgãos de motilidade permanentes, se locomovem por deslizamento; precisa entrar na célula do hospedeiro para conseguir se multiplicar; ex. Toxoplasma gondii (Toxoplasmose); Neospora caninum (Neosporose); Eimeria spp. (Eimeriose); Cryptosporidium spp. (Criptosporidiose); ➔ Classe: Conoidasida: conoide presente; reprodução sexuada e assexuada; locomoção por flexão; ➔ Subclasse: Coccidia: gametas usualmente presentes, pequenos, intracelulares; ciclo apresentando merogonia. gametogonia e esporogonia; ➔ Ordem: Eucoccidiida: merogonia presente; ocorre em vertebrados e invertebrados; ➔ Subordem: Eimeriina: esporozoítos incluídos em esporocistos dentro de oocistos; microgametócito produz numerosos micro-gametas; zigoto imóvel. Exemplo: Toxoplasma, Sarcocystis, Isospora, Cystoisospora, Cryptosporidium, Cyclospora; ➔ Classe: Aconoidasida: conoide ausente; ➔ Subordem: Haemosporina: esporozoítos livres dentro de oocistos; microgametócito produz oito microgametas flagelados; zigoto móvel. Exemplo: Plasmodium ; ➔ Subclasse: Piroplasmia: piriforme, redondo ou ameboide; sem oocistos, esporos, pseudocistos ou flagelos; reprodução assexuada e sexuada; heteroxenos: merogonia nos vertebrados e esporogonia em invertebrados; vetores são carrapatos; ➔ Ordem: Piroplasmida: Exemplo: Babesia, Theileria. Classificação Taxonômica - Ex: Protozoário causador da Leishmaniose Visceral 1. Reino : Protista 2. Sub-Reino: Protozoa 3. Filo: Sarcomastigophora 4. Sub-Filo: Mastigophora 5. Classe: Zoomastigophora 6. Ordem: Kinetoplastida 7. Família: Trypanosomatidae 8. Gênero: Leishmania 9. Espécie: Leishmania (Leishmania) chagasi 3. Microspora - forma esporos unicelulares com um esporoplasma; Entrada do esporoplasma na célula hospedeira através de um canal denominado filamento polar; Divisão por esquizogonia e esporogonia formando os esporos; Sem mitocôndrias; Parasitos obrigatoriamente intracelulares; Exemplo: Encephalitozoon, Enterocytozoon, Pleistophora, Nosema. 4. Ciliophora - apresentando macro e micronúcleos; corn cílios; -Podem ser esféricos, ovais ou mesmo alongados. -Alguns são revestidos de cílios, outros possuem flagelos, e existem ainda os que não possuem nenhuma organela locomotora especializada. -Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas. 1. Trofozoíto : é a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz por diferentes processos; 2. Cisto: é uma forma vegetativa de resistência. O protozoário secreta uma parede resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência (os cistos podem ser encontrados em tecidos ou fezes dos hospedeiros). 3. Gameta: é a forma sexuada, que aparece em espécies do filo Apicomplexa; O gameta masculino é o microgameta e o feminino é o macrogameta; 4. Oocisto : é uma forma resultante de reprodução sexuada; Após a esporulação, os oocistos, contêm esporozoítos e são encontrados em fezes do hospedeiro (Coccidia) ou em tecidos de hospedeiros invertebrados (Haemosporida). ● ECTOPARASITAS -são seres de espécies diferentes, que vivem sobre o hospedeiro, na pele e pêlos, e que necessitam dos mesmos para obterem alguns elementos básicos de sobrevivência e perpetuação de espécie, sem no entanto lhe fornecer nada em troca; -determinando lesões com prejuízos orgânicos, tais como: irritação determinada pela picada de insetos e ácaros, e as toxinas que causam reação irritativa e inflamatória-dermatopatias - interferindo no desenvolvimento; perda de sangue; causando em casos extremos perda de peso; -bem como a transmissão de outras doenças de importância epidemiológica, pois podem funcionar como vetores ou hospedeiros intermediários de endoparasitoses; ex. carrapatos ● Reino Animalia ● Sub-Reino Metazoa ● Filo Arthropoda ● Classe Arachnida ● Subclasse Acari ● Ordem Parasitiformes ● Subordem Mesostigmata ● Subordem Metastigmata: Família Ixodidae e Argasidae Ácaros • Reino Animalia • Sub-Reino Metazoa • Filo Arthropoda • Classe Arachnida • Subclasse Acari • Ordem Sarcoptiformes • Subordem Sarcoptiformes ou Astigmata • Ordem Trombidiformes • Subordem Prostigmata ou Actinedida Ectoparasitos • Reino Animalia • Sub-Reino Metazoa • Filo Arthropoda • Classe Insecta – Ordem Phthiraptera ( piolhos ): Subordem Amblycera, Ischnocera e Anoplura – Ordem Hemiptera ( barbeiros ) – Ordem Siphonaptera ( pulgas ) Ectoparasitos • Reino Animalia • Sub-Reino Metazoa • Filo Arthropoda • Classe Insecta – Ordem Diptera: Subordem Nematocera ( mosquitos, flebótomos ) Subordem Brachycera ( moscas ) Coleta, Preparo e Exames de Amostras de Fezes -exame de fezes para a pesquisa quanto à presença de ovos, larvas de vermes e vermes adultos de helmintos e cistos e/ou oocistos de protozoários -método auxiliar de rotina mais comumente empregado para o diagnóstico de helmintoses; ● Para Coleta de Material -animal deve estar em Dieta alimentar e hídrica normal; -No dia da coleta do material não é aconselhável fazer o uso de medicamentos e caso faça o uso de algum medicamento deve informar no momento da entrega da amostra fecal; *Antiácidos e antidiarréicos que contenham bismuto, magnésio ou cálcio: formam cristais com os trofozoítos, impedindo sua visualização, destruindo-os ou mudando sua morfologia. *Laxantes que contenham vaselina ou óleo mineral: A vaselina e o óleo mineral são gorduras e acaba, unindo cistos, oocistos e trofozoítos, dificultando sua identificação. *Antibióticos: alteram a flora intestinal de forma transitória, podendo destruir alguns parasitas. - Para Humanos: 1. O material fecal deve ser coletado na primeira evacuação do dia, armazenado diretamente no frasco coletor 2. Coletar aproximadamente 30g de fezes em recipientes apropriados: boca larga, limpo, estéril, seco e com tampa 3. Coletar de preferência a parte média do bolo fecal 4. Evitar a contaminação com água, urina ou qualquer outra substância ou material 5. Não é aconselhávelo uso de laxantes previamente à coleta 6. Não se deve coletar: fezes do solo ou do vaso sanitário 7. Enviar o mais rápido possível ao laboratório (no máximo 2h) e caso não seja possível, a amostra deve ser refrigerada a 4°C 8. A pesquisa de ovos de helmintos e cisto/oocistos de protozoários pode ser realizada horas ou até dias após a coleta, desde que devidamente conservada 9. Deve-se dar preferência para amostras diarreicas, com muco ou mucosanguinoleta, em caso de solicitação de coprocultura 10. Pode-se recorrer ao procedimento de exames em amostras sequenciais ou múltiplas, colhidos dias corridos ou alternados -Para Animais: 1. O material fecal deve ser coletado no início do dia, sendo recolhido diretamente da ampola retal do animal (grandes animais) ou logo após a evacuação (pequenos animais), com uso de luvas limpas e estéreis, armazenado diretamente no frasco coletor, limpo, previamente identificado; 2. Não se deve coletar fezes do solo, a não ser que o animal tenha acabado de defecar, priorizando a coleta do material do meio do bolo fecal; ● No laboratório realizar: 1- exame macroscópico > Aspecto; Consistência; pH; Cor; Odor; Viscosidade; Volume; Elementos Presentes: muco, pus e sangue (sangue pode estar visível ou misturado com o bolo fecal); Restos alimentares; Detritos vegetais; Fibras musculares; Gorduras nas fezes; Corpos estranhos (raros); Helmintos Adultos; 2- exame microscópico (cistos, oocistos, ovos e larvas) 3- pesquisa de sangue 4- pesquisa de gordura 5- pesquisa de corpos estranhos 6- identificação de vermes adultos (helmintos) 7- exame sorológico, se possível ● Preservação das Amostras -Preservar a morfologia dos parasitos -Conservar as amostras em temperaturas de 3 a 5°C em recipientes hermeticamente fechados (evitar o ressecamento); ● No laboratório NUNCA esquecer: Jaleco; Luvas; Máscaras; Gorros; Técnicas para Exame Parasitológico de Fezes -para a preparação de fezes visando à avaliação microscópica para a detecção da presença de parasitas; ● Método de Hoffman, Pons e Janer (1934) – Método HPJ (Sedimentação Espontânea) - realizado com fezes frescas, enquanto o MI FC e Ritchie utilizam fezes colhidas em conservante; -utiliza a sedimentação espontânea dos parasitas.Então vai ser usadas para identificar parasitas mais pesados, que vão sedimentar/ir para o fundo. - baseado na sedimentação espontânea de ovos e larvas de helmintos e alguns cistos/oocistos de protozoários que são maiores -parasitos são sedimentados pela gravidade -Os ovos e larvas de helmintos e os cistos e/ou oocistos de protozoários são retidos no fundo do tubo e os detritos podem ficar submersos na superfície; -Nesse método pode haver grande quantidade de detritos no sedimento fecal; -lugol ajuda como corante para melhor visualização das estruturas; -É aconselhável o uso de maiores quantidades de fezes pois pode favorecer um diagnóstico mais seguro -Uso de pouca vidraria - Vantagem: método rápido, prático e de baixo custo -Desvantagem: presença de grande quantidade de detritos ● Método de Centrífugo-Flutuação -base para qualquer método de flutuação é que, quando os ovos dos vermes são suspensos em um líquido com densidade maior que aquela dos ovos, esses últimos flutuarão para a superfície. -então ele vai examinar o que flutua/é mais leve/fica na superfície; ex. Os ovos dos nematódeos e cestódios flutuam em um líquido com densidade de 1,10 a 1,20; para os ovos de trematódeos, que são muito mais pesados, é necessária uma densidade de 1,30 a 1,35. - método simples e eficiente para concentração, principalmente de ovos leves de helmintos e cistos e/ou oocistos de protozoários -Vantagem: Apresenta poucos detritos -Desvantagem: Necessita de centrífuga e solução de sulfato de zinco a 33%. E o material deve ser avaliado imediatamente; ● Método de Willis-Mollay (1921) - método específico para pesquisa de ovos leves de helmintos e cistos e/ou oocistos de protozoários ( Flutuação espontânea ); -Usar luvas, jaleco e máscara durante o procedimento -Utilizar o mesmo recipiente contendo as fezes ou em outro com boca larga (não superior a 3 cm de diâmetro) -Dissolver bem as fezes (02-04 gramas) com uma solução supersaturada de cloreto de sódio (sal) ou de açúcar -Completar com essa solução de sal ou açúcar até a borda do recipiente e colocar uma lâmina de vidro sobre a boca do recipiente, de modo que a superfície do vidro entre em contato com as fezes diluídas -Aguardar 05 minutos, inverter rapidamente a lâmina para cima e antes da leitura pode adicionar uma gota de lugol -Examinar ao microscópio utilizando objetiva de 10x ou 40x -Vantagem: método rápido, prático e de baixo custo - utilizando-se de soluções de densidade elevada (NaCl p.ex.); com isso, os oocistos e os ovos, de densidade menor que a solução, tendem a flutuar; ● Método de Baermann-Moraes -método eficiente e seguro para o diagnóstico e monitoramento de larvas de helmintos (ancilostomídeos, tricostrongilídeos, Strongyloides spp.) -baseado no princípio do termo-hidrotropismo das larvas que saem do material, por gravidade, em água quente; -Serve para observação de larvas vivas rabditóides e filarióides destes helmintos -Depositam-se no fundo do funil e podem ser coletadas em um vidro relógio ou placa de Petri -Para maior comodidade pode-se construir um suporte de tábua com vários furos circulares para inserir os funis -Esse método só pode ser executado com fezes frescas, formadas ou pastosas, colhidas no mesmo dia • Fezes líquidas não são recomendadas por esse método ● Método de Rugai, Mattos e Brisola -Trata-se de um método aprimorado do Método de Baerman-Moraes > nao precisa do uso de centrífugas; -Ideal para pesquisa de larvas de helmintos; -Princípio é baseado no termo-hidro-tropismo -Esse método também só pode ser executado com fezes frescas, formadas ou pastosas, colhidas no mesmo dia; ● Método da Fita Adesiva (Método de Graham, 1941) -É o método para pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis e Taenia sp. da região perianal de humanos e outros parasitos de alguns animais; -Pode ser detectada a presença de ovos de E. vermicularis e outros helmintos em humanos e também em animais - Pode ser usada para avaliação de ectoparasitos (ácaros) na pele de animais; -Também é empregada para superfícies de objetos -Procedimento 1. Utilizar luvas, jaleco e máscara durante todo o procedimento 2. Coletar o material, de preferência, no consultório ou laboratório, no período da manhã, antes da higiene pessoal 3. Utilizar uma lâmina limpa, esterilizada, uma fita adesiva com tamanho inferior ao da lâmina e um tubo de ensaio 4. Identificar a fita e a lâmina com os dados do paciente 5. Com o lado adesivo da fita, tocar na região anal ou perianal do paciente, fazendo uma suave pressão com o tubo de ensaio ou com o dedo médio na face interna 6. Após a coleta, fixar a fita na lâmina evitando a formação de bolhas de ar 7. Examinar ao microscópio na objetiva de 10x ou 40x ● Técnica de Pesquisa de Parasitos em Pelos -Essa técnica foi descrita primeiramente por Roddie et al. (2008) e Overgaauw et al. (2009), modificada por este grupo de estudos, na qual denominamos GOMES e EVANGELISTA(2019, 2020); -Material • Copo ou cálice • Tesoura ponta romba • Tubo Falcon 15 mL • Alça de Henle • Pipeta de Pasteur • Vórtex (vórtice) • Centrífuga • Água destilada • Tween 20 -Procedimento 1. Colocar os pelos em tubo Falcon com 10 ml de água destilada e 0,1 ml de Tween 20 2. A amostra é homogeneizada com auxílio de um vórtex por 2 minutos e em seguida colocada na centrífuga em 2500 rpm por 3 minutos 3. A amostra é analisada, tanto do sobrenadante do tubo como da parte sedimentada 4. A amostra do sobrenadante é colocada sobre a lâmina com auxílio de uma alça de Henle 5. A parte sedimentada do tubo é colocada na lâmina com uso de uma pipeta de Pasteur 6. As amostras são analisadas sob microscopia óptica nas objetivas de 10x, 40x e 100x ● Técnica de Contagem de Ovos por Grama de Fezes (OPG) Método de Gordon e Whitlock (1939) Modificada Técnica de McMaster -técnica é de uso comum para contagem de ovos de helmintos gastrintestinais de ruminantes e equinos; -Material • Balança simples para pesar as fezes • Solução supersaturada de sal ou açúcar • Gazes • Copo ou cálice • Bastão de vidro • Pipeta de Pasteur • Câmara de McMaster -Procedimento 1. Pesar 02-04g de fezes (coletadas diretamente da ampola retal do animal) 2. Colocar as fezes num copo e misturá-las com ajuda de um bastão de vidro 3. Colocar 30mL de água destilada e misturar até homogeneizar 4. Adicionar 30mL de solução saturada de sal ou açúcar e filtrar (gaze) em outro copo ou cálice 5. Aguardar 10 minutos 6. Retirar uma pequena amostra e preencher as duas áreas da câmara de McMaster e aguardar até 05 minutos para leitura 7. Com a objetiva de 10x ou 40x, realizar a contagem dos ovos dos helmintos de ambas as áreas da câmara 8. Do total de ovos de STA encontrados em ambas as áreas da câmara, conta-se Campo A + Campo B, divide por 2 e multiplica por 100 -OBSERVAÇÃO 1. O fator de multiplicação 100 é empregado em função da proporção de fezes examinadas, ou seja, cada área de contagem da câmara corresponde a centésima parte de um grama de fezes 2. O fator de multiplicação 200 é empregado quando as fezes apresentarem-se semi-diarreicas 3. O fator de multiplicação 600 é empregado quando as fezes apresentarem-se totalmente diarreicas ● Técnica de Coprocultura ● Limpeza do Material -Quando as fezes forem coletadas em caixa de papel a mesma deve ser colocada em lixo próprio ou incinerada -Frascos de metal ou vidro recomenda-se deixar totalmente submersos durante 01 hora em formaldeído a 10% -Todo material utilizado (vidrarias, espátulas, etc) deve ser submerso em hipoclorito de sódio durante 01 hora antes de serem lavados -Agulhas, lâminas, lamínulas, etc devem ser descartadas em caixa de material pérfuro-cortante -Material biológico (fezes, urina, sangue, etc) devem ser descartados em lixo próprio para coleta hospitalar.
Compartilhar