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Parasitologia Veterinária - Introduçao

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Parasitologia Veterinária 
 Introdução 
 -Estuda os parasitas e seus respectivos hospedeiros por meio da forma de 
 associação chamada parasitismo, que é uma relação ecológica entre 
 indivíduos de espécies diferentes, onde um se beneficia do hospedeiro. 
 -A vida é uma cadeia ativa e dinâmica entre todas as espécies, buscando a 
 permanência e a manutenção de cada uma delas; 
 - coabitação das espécies no planeta é regulada por 2 leis básicas que 
 regem a vida na natureza: interdependência das espécies e reciclagem 
 permanente de todos os componentes orgânicos . 
 ➔ interdependência entre os seres vivos é dinâmica e busca dois 
 aspectos: obtenção de alimentos e/ou proteção. Assim sendo, ao 
 longo dos bilhões de anos de evolução dos seres vivos, essa 
 interdependência promoveu uma interação ou associação dos mais 
 diferentes tipos entre duas ou mais espécies. Essas associações não 
 são ao acaso, mas acontecem por duas razões fundamentais: 
 nascem oportunidades evolutivas e garantem a permanência da 
 vida. 
 ➔ Muitas das associações ocorridas ao longo do processo evolutivo 
 nem sempre foram pacíficas e nem sempre deram certo, levando à 
 morte uma ou as duas espécies envolvidas. Entretanto, numerosas 
 outras foram bem-sucedidas, promovendo modificações adaptativas 
 (acomodações), não só morfológicas, como fisiológicas e 
 reprodutivas. 
 -parasito → é um ser vivo que habita/parasita um hospedeiro obtendo 
 deste nutrientes, abrigo, dependendo metabolicamente dele, não 
 objetivando a sua morte, pois morrendo o hospedeiro o parasita também 
 morre. Além disso, tendo um contato íntimo e duradouro com esse 
 hospedeiro; Indivíduo que necessita de outro ser para ter abrigo e 
 alimento, para reproduzir e perpetuar a espécie. 
 ➔ tipos de parasitos → 
 1. Endoparasitos : Vivem dentro do hospedeiro, tendo contato profundo 
 com tecidos e órgãos dos hospedeiros; possui maior dependência 
 metabólica, pois a maior parte de seu ciclo é dentro do hospedeiro, 
 dependendo dele para se reproduzir, alimentar e etc. 
 ex. helmintos e protozoários; causam infecção (doença) , quando 
 ocorre invasão de um hospedeiro por organismos (vírus, bactérias, 
 protozoários, helmintos); 
 2. Ectoparasitos : dependência metabólica parcial, pois tem uma fase de 
 vida livre, fora do hospedeiro; Vivem na superfície ou em cavidades 
 do hospedeiro. São aqueles que têm contato com a pele dos 
 hospedeiros. Por exemplo, artrópodes (ácaros e insetos), como 
 bernes, carrapatos, pulgas; causam infestação (pode causar doença 
 também; ex. dermatite alérgica por picada de carrapato), sendo esta 
 o estado ou a condição de ser infestado, restrito à presença de 
 parasitos externos. 
 - em relação a especificidade parasitária ou Especificidade dos 
 parasitos : 
 1. Estenoxenos: parasitam apenas um ou poucos hospedeiros muito 
 próximos (Ex.: Ancylostoma caninum; Babesia bovis em bovinos); 
 Quando são muito específicos, só aceitam aquele hospedeiro; 
 Esteno = estreito; 
 2. Eurixenos : Quando são pouco específicos, tendo uma variedade de 
 hospedeiros, parasitando vários hospedeiros; 
 ex. Toxoplasma gondii ou Fasciola hepática, que podem parasitar 
 várias espécies animais. 
 Eury = amplo; 
 3. Oligoxenos : Os hospedeiros têm que ter o mesmo parentesco; 
 normalmente estão na mesma família . A especificidade é limitada. 
 ex. Echinococcus granulosus pode ser encontrado no cão e no lobo, 
 ambos mamíferos agrupados na família Canidae. 
 Oligo = pequeno. 
 - em relação à ação do parasito: 
 1. Ação mecânica : podem causar obstrução (como a de Toxocara), 
 formando bolos de vermes no intestino e o obstrui, ou compressão 
 dos órgãos; ação exercida pela presença do parasito em determinado 
 órgão 
 ex. Coenurus cerebralis, que, conforme cresce, comprime o cérebro, 
 causando perturbações neurológicas e funcionais. 
 2. Ação espoliadora: quando o parasito espolia, isto é, retira nutrientes 
 do hospedeiro; parasitos sequestram/sugam nutrientes e fluidos do 
 hospedeiro, tornando-o abatido, apático, magro e alvo fácil de outras 
 doenças. 
 ex. Haemonchus ao sugar sangue no abomaso de ovelhas; 
 competição alimentar que existe entre o Ascaris lumbricoides, as 
 tênias e o hospedeiro; 
 3. Ação inflamatória/irritante : Ocorre pela penetração ativa de larvas na 
 pele; Penetração das larvas; 
 ex. Strongyloides papillosus; Ancylostoma caninum; 
 4. Ação de transmissão : Hospedeiros transmitem agentes patogênicos; 
 ex. Carrapatos transmitem Babesia bovis aos bovinos. 
 5. Tóxica : quando produtos do metabolismo do parasito são tóxicos 
 para o hospedeiro. 
 ex. a formação de granulomas pelos ovos de Schistosoma mansoni. 
 6. Imunogênica : quando partículas antigênicas de parasitos 
 sensibilizam tecidos do hospedeiro, aumentando a resposta 
 imunitária, a qual agrava a parasitose. 
 ex. a malária, a doença de Chagas e as leishmanioses são doenças 
 tipicamente agravadas pela resposta imune. 
 - em relação ao Ciclos Biológicos: Quanto ao nº Hospedeiros (quantos 
 hospedeiros ele precisa para completar seu ciclo de vida): 
 1. Monoxeno ou direto: Necessita somente de um hospedeiro; Infesta 
 ou infecta diretamente seu HD, sem necessitar de HI. 
 ex. Haemonchus; Ancylostoma caninum, Trichuris vulpis; 
 2. Heteroxeno ou indireto: Quando existem dois ou mais hospedeiros 
 para completar o seu ciclo de vida; ex. ciclo de Fasciola (o parasito 
 passa uma parte do ciclo no interior de um molusco e a outra em um 
 vertebrado); Taenia sp., Trypanosoma cruzi; 
 dioxeno (ciclo com dois hospedeiros), trioxeno (o ciclo é concluído 
 com três hospedeiros), e assim por diante. Não necessariamente os 
 hospedeiros são dois ou três diferente s. Por exemplo: um ciclo de 
 parasito dioxeno pode ocorrer todo em apenas um hospedeiro, ou 
 seja, em cada fase de vida do parasito ele se alimenta no mesmo 
 hospedeiro – deixa-o para fazer uma troca de pele no ambiente e 
 depois retorna para se alimentar no hospedeiro do qual tinha se 
 alimentado ou em outro animal presente no local . 
 - em relação ao Ciclos Biológicos: Quanto ao Tipo de Hospedeiro: 
 1. Definitivo (HD): É aquele em que o parasito é encontrado na sua 
 forma adulta, fase de reprodução (fusão dos gametas), em que ele 
 alcança sua maturidade sexual ; 
 ex. no ciclo da Taenia saginata, o ser humano é o HD , pois tem o 
 parasito adulto no seu intestino delgado. Para isso acontecer, o 
 indivíduo ingeriu a forma larval da Taenia que estava na carne de 
 bovino mal-cozida, ou seja, o ruminante é o hospedeiro 
 intermediário (HI/pois contém a forma larval na sua carne); 
 No ciclo de vida do Toxoplasma, um protozoário que apresenta mais 
 de um hospedeiro, o HD é o felino, pois é nele que ocorre a 
 reprodução sexuada; já os animais domésticos e o ser humano vão 
 ser os HI, pois, nestes, só ocorre a reprodução assexuada. 
 2. Intermediário (HI): É aquele no qual se encontra a forma 
 imatura/larval do parasito; No caso dos protozoários, é no HI que se 
 dá a fase assexuada ; 
 parasito não consegue alcançar sua maturidade sexual nesse 
 hospedeiro . 
 ex. no ser humano (HI) ocorre apenas a reprodução assexuada do 
 protozoário Plasmodium; porém, quando o mosquito Anopheles 
 suga sangue infectadoque contém hemácias parasitadas por formas 
 femininas e masculinas do flagelado, ocorre a gametogonia 
 (reprodução sexuada) no inseto (HD). 
 3. Hospedeiro Paratênico ou de transporte : Hospedeiro de transporte 
 de alguma fase evolutiva do parasito, no qual ele não sofre 
 desenvolvimento ou reprodução, mas permanece viável ; só carrega o 
 parasito, mas este não sofre nenhuma mudança de fase neste 
 hospedeiro. 
 4. Reservatório : É o ser vivo responsável pela sobrevivência do parasito . 
 O parasito dificilmente causa doença nesse hospedeiro; 
 ex. a capivara é um reservatório do T. evansi. 
 5. Vetor : Termo usado para artrópodes ou insetos 
 ● Vetores Biológicos > carrega o patógeno dentro dele; haverá 
 desenvolvimento do parasito; 
 ex. a Dermatobia hominis pode ovipor na mosca Stomoxys, e o 
 desenvolvimento da larva (L1) do berne ocorre nessa mosca. 
 ● vetores Mecânicos > são transportadores dos patógenos; 
 carrega o patógeno, mas não dentro dele (diferente do vetor 
 biológico); Não há desenvolvimento do parasito. 
 ex. o ácaro Macrocheles usa um besouro para se transportar. 
 * essenciais para a sobrevivência do parasito. Se o vetor for 
 eliminado, o parasito é erradicado. Por exemplo, na malária, o 
 Plasmodium é disseminado pelos mosquitos, que são os vetores 
 biológicos; se os mosquitos fossem extintos, não existiria mais a 
 doença. 
 - em relação ao tipo de penetração (forma como ele entra no organismo): 
 1. Oral : quando o animal (ou humano) ingere ovo ou larva do agente, 
 seja por meio de fezes ou outros meios. 
 ➔ oral-digestivo por meio da ingestão de Água e alimentos 
 contaminados com cistos ou ovos do parasito; 
 ex. 
 ➔ oral-digestivo por meio da ingestão de Carnes com parasitos 
 encistados; 
 ex. 
 2. Cutânea : parasito penetra a pele do animal. 
 ex. Ciclo do Ancylostoma caninum 
 3. Dependente de Vetores : picada de insetos > Leishmaniose Visceral - 
 Calazar; Picada de Flebotomíneos > Lutzomyia nas Américas 
 (Lutzomyia longipalpis); Phlebotomus na África, Europa e Ásia; 
 Protozoário : Leishmania (Leishmania) chagasi ou Leishmania 
 (Leishmania) infantum. 
 4. Placenta : Homem (Trypanosoma cruzi, Toxoplasma gondii); Animal 
 (Ancylostoma caninum, Toxocara canis); 
 5. Fezes de insetos: Barbeiros: Triatomíneos (Triatoma sp.) Protozoário: 
 Trypanosoma cruzi; Doença de Chagas; 
 ● Doença parasitária - é uma doença que se manifesta clinicamente, 
 sendo resultante de uma infecção causada por um parasito ; 
 Para normatizar a grafia, alguns pesquisadores reunidos 
 apresentaram um trabalho no qual sugerem que “dos três sufixos, 
 deve-se agregar apenas ‘ose’ ao nome do gênero do agente 
 etiológico, para designar doença ou infecção”, o que resultaria: 
 esquistossomose, ancilostomose, leishmaniose etc. Já segundo a 
 Nomenclatura Internacional de Doenças (OM S), deve-se acrescentar 
 “íase” ao nome do agente etiológico. Assim, teríamos 
 esquistossomíase, ancilostomíase, leishmaníase etc. Mas preferimos 
 grafar os nomes das doenças segundo sua maior eufonia, isto é, a 
 pronúncia mais agradável. Assim, usaremos toxoplasmose (em vez 
 de toxoplasmíase), amebíase (em vez de amebose) etc; 
 ● Infecção - é a penetração, alojamento e proliferação de um 
 microrganismo (patógeno = agente etiológico) no interior de um 
 hospedeiro 
 ● Infestação - presença de ectoparasitos no hospedeiro; É o 
 alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na 
 superfície do corpo ou vestes. 
 ● hospedeiro apresenta características próprias para interagir com os 
 diferentes agentes etiológicos: 
 1. Susceptibilidade - disposição especial do organismo que o 
 torna apto para acusar influências exercidas sobre ele ou para 
 adquirir doenças; 
 2. Resistência - Compreende as forças defensivas de que 
 normalmente dispõe o hospedeiro a fim de impedir a 
 implantação de um agente infeccioso parasitário 
 3. Imunidade - É o estado específico de proteção que se 
 desenvolve no organismo em consequência de um ataque 
 prévio pelo agente infeccioso. 
 ● agente etiológico apresenta características próprias de interação 
 com o meio ambiente e com o hospedeiro: 
 1. Infectividade - é a capacidade que tem certos 
 microrganismos de penetrar, se desenvolver e se multiplicar 
 no novo hospedeiro. 
 2. Patogenicidade - é a capacidade do agente patogênico em 
 causar doença e suas manifestações clínicas entre os 
 hospedeiros susceptíveis; é a habilidade de um agente 
 infeccioso provocar lesões; 
 3. Virulência - é a capacidade patogênica de um microrganismo, 
 medida por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro e/ou 
 pela mortalidade que ele produz; E a severidade e rapidez com 
 que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro; 
 Exemplo: a E. histolytica pode provocar lesões severas, 
 rapidamente ; 
 parasita virulento não se refere só a vírus; 
 virulência leva a mortalidade 
 patogenicidade leva à uma morbidade; 
 4. Oportunistas - causam doenças em hospedeiros com certo 
 grau de comprometimento do sistema imunológico. 
 ● Foco elementar : área onde o parasito circula; 
 ● Foco natural: conjunto de focos elementares 
 ● Zoonose: Doenças ou infecções provocadas por microrganismos 
 diversos que são naturalmente transmissíveis entre animais e seres 
 humanos (OMS, 2020); 
 ● Risco de infecção: probabilidade de ocorrer determinada infecção 
 no ambiente ou meio onde circula o agente infeccioso. 
 ● Períodos Clínicos das Doenças: 
 1. Incubação : é o período decorrente entre a penetração do 
 agente etiológico e o aparecimento dos primeiros sinais 
 clínicos/sintomas; 
 2. Sintomático : Constitui o período da presença das 
 manifestações clínicas da doença 
 3. Latente : é o período compreendido entre a infecção e os sinais 
 clínicos que caracterizam a doença. 
 4. Convalescença : Processo gradual de recuperação da doença 
 5. Cura : Não há mais doença 
 ● Endemia : a frequência de um determinado agravo à saúde em uma 
 população, apresenta padrões regulares de variação ao longo de um 
 determinado período; prevalência usual de determinada doença 
 com relação à área . Normalmente, considera-se como endêmica a 
 doença cuja incidência permanece constante por vários anos, dando 
 uma ideia de equilíbrio entre a doença e a população , ou seja, é o 
 número esperado de casos de um evento em determinada época. 
 ● Epidemia : momentos em que as variações da frequência de uma 
 doença em uma população apresentam-se de forma irregular, ou 
 seja, corresponde ao excesso de casos de uma doença em relação ao 
 esperado para uma determinada área, pop. ou período; 
 É a ocorrência, numa coletividade ou região, de casos que 
 ultrapassam nitidamente a incidência normalmente esperada de 
 uma doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou 
 propagação; 
 ● Classificação das epidemias de acordo com sua evolução 
 1. Pandemia: disseminação por amplas áreas geográficas, 
 atingindo elevada proporção da população; 
 Ex.: Gripe espanhola em 1918 → morte de mais de 50 milhões de 
 pessoas no mundo; Gripe suína ou Gripe H1N1 em 2009 → 
 morte de mais de 200 mil pessoas; Coronavírus → COVID-19 
 entre Dez/2019 e Jan/2020; Até agora (08/02/2022) mais de 400 
 milhões de casos confirmados com quase 6 milhões de óbitos 
 em 223 países;Brasil → 26.776.620 casos e 633.894 mortes 
 (2,37%); Piauí → 353.714 casos e 7.479 óbitos (2,11%). 
 2. Ondas epidêmicas: prolongam-se por vários anos 
 3. Surtos epidêmicos: processo epidêmico no qual todos os 
 casos estão relacionados entre si no tempo e/ou no espaço, 
 atingindo um grupo específico de pessoas. 
 ● Tipos de Medidas Preventivas 
 -Prevenção primária: procura evitar que o indivíduo adoeça, controlando 
 os fatores de risco 
 1. Educação sanitária (Educação em saúde) 
 2. Higiene pessoal 
 3. Alimentação adequada 
 4. Moradia adequada 
 5. Saneamento básico, infraestrutura 
 6. Tratamento de água, esgoto e coleta de lixo 
 7. Áreas de lazer e recreação adequadas 
 8. Específicos: Vacinação, Vermifugação, Equipamentos de Proteção 
 Individual (EPI), Uso de preservativos, Proteção contra acidentes de 
 trabalho 
 9. Controle de vetores, por interromperem os ciclos biológicos dos 
 agentes infecciosos na natureza. 
 -Prevenção secundária : medidas aplicáveis aos indivíduos que se 
 encontram sob a ação do agente patogênico; Impedir que a doença se 
 desenvolva para estágios mais graves, que deixem sequelas ou provoque a 
 morte do hospedeiro; Entre estas medidas, estão o diagnóstico da infecção 
 ou da doença e o tratamento precoce; 
 -Prevenção terciária : prevenção da incapacidade através de medidas 
 destinadas a reabilitação; Aplicadas na fase em que esteja ocorrendo ou 
 que já tenha ocorrido a doença; 
 Inclui a reabilitação (impedir a incapacidade total) 
 1. Fisioterapia 
 2. Acupuntura 
 3. Cirurgias de reparo 
 4. Colocação de próteses 
 Ex: implante de marcapasso em pacientes com Doença de Chagas 
 ● Epidemiologia : é a ciência que estuda a distribuição de doenças ou 
 enfermidades, assim como a de seus determinantes na população 
 humana. Estes determinantes são conhecidos em epidemiologia 
 como fatores de risco. 
 NOÇÕES DE TAXONOMIA 
 -O número dos seres vivos existentes na Natureza é tão grande que, para 
 serem estudados, tiveram que ser agrupados conforme sua morfologia, 
 fisiologia, estrutura, filogenia etc. 
 ● Classificação : é a ordenação dos seres vivos em classes, baseando-se 
 no parentesco, semelhança ou ambos; 
 ● Nomenclatura: É a aplicação de nomes distintos a cada uma das 
 classes reconhecidas numa dada classificação; 
 ● Taxonomia : É o estudo teórico da classificação, incluindo as 
 respectivas bases, princípios, normas e regras; É o processo que 
 descreve a diversidade dos seres vivos; e para estudar esses seres, 
 como eles são muitos, foram divididos em vários grupos/classes de 
 acordo com sua Morfologia , Estrutura, Fisiologia, Filogenia etc. Este 
 agrupamento obedece leis, regras e possuem um vocabulário 
 próprio; reconhece, classifica e identifica os seres vivos; 
 -Grupos de organismos são reunidos em conjuntos biologicamente 
 significantes, geralmente na tentativa de representar vias evolutivas. 
 Um grupo dessa natureza é denominado táxon e o estudo deste aspecto 
 da biologia é conhecido como taxonomia; 
 -táxons em que os organismos são incluídos são reconhecidos por acordo 
 internacional, e podem corresponder a diversos níveis de classificação ou 
 categoria taxonômica , onde as principais são sete: reino, filo, classe, 
 ordem, família, gênero, espécie. 
 -Os intervalos entre estes são grandes e alguns organismos não podem ser 
 neles incluídos precisamente; assim, tem-se constituído táxons 
 intermediários, apropriadamente preestabelecidos; exemplos destes são 
 subordem e superfamília . 
 -Os nomes dos táxons obedecem obrigatoriamente a um conjunto de 
 normas acordadas internacionalmente, mas é admissível aportuguesar as 
 terminações, de modo que os membros da superfamília 
 Trichostrongyloidea, no exemplo anterior, também podem ser 
 denominados tricostrongilídeos. 
 -A designação científica é regulada por regras de nomenclatura 
 promulgadas em congressos e denominadas: Regras Internacionais de 
 Nomenclatura Zoológica 
 -O ponto de partida para a nomenclatura binária (gênero e espécie) é a 10s 
 edição do Systema Naturae, de Carl von Linné (Linnaeus), 1758 
 - A nomenclatura das espécies deve ser latina e binominal , ou seja, a 
 espécie é: 
 1. designada por duas palavras: a primeira representa o gênero (deve 
 ser escrita com a primeira letra maiúscula); 
 a segunda a espécie considerada (deve ser escrita com letra 
 minúscula, mesmo quando for nome de pessoa). 
 Estas palavras devem ser sempre escritas com destaque (Escritos 
 em: itálico ou sublinhados) 
 - Quando a espécie possui subespécie: essa palavra virá em seguida à da 
 espécie, sem nenhuma pontuação; trinominal; 
 Exemplo: Culex pipiens fatigans . Culex = gênero; pipiens = espécie', fatigans 
 = subespécie; Ctenocephalides felis felis 
 -Quando a espécie possui subgênero , este virá interposto entre o gênero e 
 a espécie, separado por parênteses ; trinominal, inicial maiúscula; 
 Exemplo: Anopheles (Kerteszia) cruzi. Anopheles = gênero; (Kerteszia) = 
 subgênero; cruzi = espécie; Leishmania (Leishmania) chagasi; 
 -Outras categorias são escritas com base no gênero-tipo (isto é, o nome da 
 família tem como base um gênero - o gênero-tipo) e acrescentando-se 
 uma desinência ( terminação) própria. 
 ● HELMINTOS 
 -gr. hélmins (helminGs = vermes); 
 - grupo muito numeroso de animais, incluindo espécies de vida livre e de 
 vida parasitária. 
 - Reino Animalia 
 -Sub-Reino Metazoa 
 -Apresentam os parasitos distribuídos nos filos: 
 1. Platyhelminthes (vermes achatados) → inclui Cestoides/Cestoda (ex. 
 tênia) e Trematódeos/Trematoda (ex. fascíola) 
 2. Nematoda/Nemathelminthes/Nematoides (vermes cilíndricos) → 
 parasitas ou de vida livre; Na maioria há diferenciação de sexo; 
 Ancylostomatoidea, Ascaridoidea, Filarioidea > vermes cilíndricos 
 (nematóides); 
 - Principais parasitos intestinais (Nematoides de humanos): Ascaris 
 lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Strongyloides 
 stercoralis, Ancylostoma duodenale, Necator americanus. 
 -Principais parasitos (Nematoides de Cães e Gatos) > Ancylostoma 
 caninum, Ancylostoma braziliense, Toxocara canis, Toxocara cati, Trichuris 
 vulpis, Spirocerca lupi, Dirofilaria immitis, Dioctophyma renale. 
 ● PROTOZOÁRIOS 
 -organismos unicelulares mais primitivos do que os animais e não importa 
 quão complexo seja o seu corpo, todas as diferentes estruturas estão 
 contidas em uma única célula; 
 -eucarióticos; 
 - 25.000 são parasitos de vida livre; 
 -10.000 parasitam os mais variados animais 
 – Algumas dezenas de espécies parasitam o homem 
 -Reino Protista 
 -Sub-Reino Protozoa 
 - distribuídos em sete filo, mas há quatro filos de interesse veterinário: 
 1. Sarcomastigophora (incluindo Sarcodina e Mastigophora) → núcleos 
 simples; presença de flagelos, pseudópodos ou ambos; Organismos 
 que se locomovem por pseudópodos e/ou flagelos. 
 ➔ Subfilo: Mastigophora: com um ou mais flagelos; 
 ➔ Classe: Zoomastigophorea: sem cloroplastos; um ou vários 
 flagelos; 
 ➔ Ordem: Kinetoplastida: um ou dois flagelos, originados de uma 
 depressão; presença de cinetoplasto: organela rica em DNA; • 
 ➔ Subordem: Trypanosomatina: um flagelo livre ou com 
 membrana ondulante. 
 Exemplo: Leishmania, Trypanosoma ; 
 ➔ Ordem: Diplomonadida: corpo com simetria bilateral; um a 
 quatro pares de flagelos; cistos presentes; 
 ➔ Subordem: Diplomonadina:dois corpos parabasais; 
 Exemplo: Giardia ; 
 ➔ Ordem: Trichomonadida: tipicamente com 4-6 flagelos, um 
 deles formando uma membrana ondulante; presença de corpo 
 parabasal. 
 Exemplo: Trichomonas; 
 ➔ Subfilo: Sarcodina: com pseudópodos; às vezes com flagelos; • 
 ➔ Superclasse: Rhizopoda: movimentação por diferentes tipos de 
 pseudópodos; 
 ➔ Classe: Lobosea: pseudópodos lobosos ou filiformes, mas 
 grossos na base; 
 ➔ Subclasse: Gymnamoebia: sem carapaça; 
 ➔ Ordem: Amoebida: tipicamente uninucleado, sem flagelo em 
 nenhum estágio; 
 ➔ Subordem: Tubulina: corpo cilíndrico; citoplasma não se dirige 
 simultaneamente para duas direções. Exemplo: Entamoeba; 
 ➔ Subordem: Acanthopodina: pseudópodos finos, furcados, 
 originados de um espesso. 
 Exemplo: Acanthamoeba, 
 ➔ Ordem: Schizopyrenida: corpo cilíndrico, movimentando-se 
 eruptivamente; flagelos temporários. Exemplo: Naegleria 
 2. Apicomplexa (antigo sporozoa) → com complexo apical de organelas 
 (visível apenas em microscópio eletrônico, constituído por anel polar, 
 micronemas, conóide, roptrias, grânulos densos e microtúbulos 
 subpeliculares), presença de plastídeo não fotossintético - 
 apicoplasto; sem cílios; todos parasitos; Sem órgãos de motilidade 
 permanentes, se locomovem por deslizamento; precisa entrar na 
 célula do hospedeiro para conseguir se multiplicar; 
 ex. Toxoplasma gondii (Toxoplasmose); Neospora caninum 
 (Neosporose); Eimeria spp. (Eimeriose); Cryptosporidium spp. 
 (Criptosporidiose); 
 ➔ Classe: Conoidasida: conoide presente; reprodução sexuada e 
 assexuada; locomoção por flexão; 
 ➔ Subclasse: Coccidia: gametas usualmente presentes, 
 pequenos, intracelulares; ciclo apresentando merogonia. 
 gametogonia e esporogonia; 
 ➔ Ordem: Eucoccidiida: merogonia presente; ocorre em 
 vertebrados e invertebrados; 
 ➔ Subordem: Eimeriina: esporozoítos incluídos em esporocistos 
 dentro de oocistos; microgametócito produz numerosos 
 micro-gametas; zigoto imóvel. 
 Exemplo: Toxoplasma, Sarcocystis, Isospora, Cystoisospora, 
 Cryptosporidium, Cyclospora; 
 ➔ Classe: Aconoidasida: conoide ausente; 
 ➔ Subordem: Haemosporina: esporozoítos livres dentro de 
 oocistos; microgametócito produz oito microgametas 
 flagelados; zigoto móvel. 
 Exemplo: Plasmodium ; 
 ➔ Subclasse: Piroplasmia: piriforme, redondo ou ameboide; sem 
 oocistos, esporos, pseudocistos ou flagelos; reprodução 
 assexuada e sexuada; heteroxenos: merogonia nos vertebrados 
 e esporogonia em invertebrados; vetores são carrapatos; 
 ➔ Ordem: Piroplasmida: Exemplo: Babesia, Theileria. 
 Classificação Taxonômica - Ex: Protozoário causador da Leishmaniose 
 Visceral 
 1. Reino : Protista 
 2. Sub-Reino: Protozoa 
 3. Filo: Sarcomastigophora 
 4. Sub-Filo: Mastigophora 
 5. Classe: Zoomastigophora 
 6. Ordem: Kinetoplastida 
 7. Família: Trypanosomatidae 
 8. Gênero: Leishmania 
 9. Espécie: Leishmania (Leishmania) chagasi 
 3. Microspora - forma esporos unicelulares com um esporoplasma; 
 Entrada do esporoplasma na célula hospedeira através de um canal 
 denominado filamento polar; Divisão por esquizogonia e 
 esporogonia formando os esporos; Sem mitocôndrias; Parasitos 
 obrigatoriamente intracelulares; Exemplo: Encephalitozoon, 
 Enterocytozoon, Pleistophora, Nosema. 
 4. Ciliophora - apresentando macro e micronúcleos; corn cílios; 
 -Podem ser esféricos, ovais ou mesmo alongados. 
 -Alguns são revestidos de cílios, outros possuem flagelos, e existem ainda 
 os que não possuem nenhuma organela locomotora especializada. 
 -Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem 
 fases bem definidas. 
 1. Trofozoíto : é a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e 
 se reproduz por diferentes processos; 
 2. Cisto: é uma forma vegetativa de resistência. O protozoário secreta 
 uma parede resistente (parede cística) que o protegerá quando 
 estiver em meio impróprio ou em fase de latência (os cistos podem 
 ser encontrados em tecidos ou fezes dos hospedeiros). 
 3. Gameta: é a forma sexuada, que aparece em espécies do filo 
 Apicomplexa; O gameta masculino é o microgameta e o feminino é 
 o macrogameta; 
 4. Oocisto : é uma forma resultante de reprodução sexuada; Após a 
 esporulação, os oocistos, contêm esporozoítos e são encontrados em 
 fezes do hospedeiro (Coccidia) ou em tecidos de hospedeiros 
 invertebrados (Haemosporida). 
 ● ECTOPARASITAS 
 -são seres de espécies diferentes, que vivem sobre o hospedeiro, na pele e 
 pêlos, e que necessitam dos mesmos para obterem alguns elementos 
 básicos de sobrevivência e perpetuação de espécie, sem no entanto lhe 
 fornecer nada em troca; 
 -determinando lesões com prejuízos orgânicos, tais como: irritação 
 determinada pela picada de insetos e ácaros, e as toxinas que causam 
 reação irritativa e inflamatória-dermatopatias - interferindo no 
 desenvolvimento; perda de sangue; causando em casos extremos perda de 
 peso; 
 -bem como a transmissão de outras doenças de importância 
 epidemiológica, pois podem funcionar como vetores ou hospedeiros 
 intermediários de endoparasitoses; 
 ex. carrapatos 
 ● Reino Animalia 
 ● Sub-Reino Metazoa 
 ● Filo Arthropoda 
 ● Classe Arachnida 
 ● Subclasse Acari 
 ● Ordem Parasitiformes 
 ● Subordem Mesostigmata 
 ● Subordem Metastigmata: Família Ixodidae e Argasidae 
 Ácaros 
 • Reino Animalia 
 • Sub-Reino Metazoa 
 • Filo Arthropoda 
 • Classe Arachnida 
 • Subclasse Acari 
 • Ordem Sarcoptiformes 
 • Subordem Sarcoptiformes ou Astigmata 
 • Ordem Trombidiformes 
 • Subordem Prostigmata ou Actinedida 
 Ectoparasitos 
 • Reino Animalia 
 • Sub-Reino Metazoa 
 • Filo Arthropoda 
 • Classe Insecta 
 – Ordem Phthiraptera ( piolhos ): Subordem Amblycera, Ischnocera e 
 Anoplura 
 – Ordem Hemiptera ( barbeiros ) 
 – Ordem Siphonaptera ( pulgas ) 
 Ectoparasitos 
 • Reino Animalia 
 • Sub-Reino Metazoa 
 • Filo Arthropoda 
 • Classe Insecta 
 – Ordem Diptera: 
 Subordem Nematocera ( mosquitos, flebótomos ) 
 Subordem Brachycera ( moscas ) 
 Coleta, Preparo e Exames de Amostras de 
 Fezes 
 -exame de fezes para a pesquisa quanto à presença de ovos, larvas de 
 vermes e vermes adultos de helmintos e cistos e/ou oocistos de 
 protozoários 
 -método auxiliar de rotina mais comumente empregado para o 
 diagnóstico de helmintoses; 
 ● Para Coleta de Material 
 -animal deve estar em Dieta alimentar e hídrica normal; 
 -No dia da coleta do material não é aconselhável fazer o uso de 
 medicamentos e caso faça o uso de algum medicamento deve informar no 
 momento da entrega da amostra fecal; 
 *Antiácidos e antidiarréicos que contenham bismuto, magnésio ou cálcio: 
 formam cristais com os trofozoítos, impedindo sua visualização, 
 destruindo-os ou mudando sua morfologia. 
 *Laxantes que contenham vaselina ou óleo mineral: A vaselina e o óleo 
 mineral são gorduras e acaba, unindo cistos, oocistos e trofozoítos, 
 dificultando sua identificação. 
 *Antibióticos: alteram a flora intestinal de forma transitória, podendo 
 destruir alguns parasitas. 
 - Para Humanos: 
 1. O material fecal deve ser coletado na primeira evacuação do dia, 
 armazenado diretamente no frasco coletor 
 2. Coletar aproximadamente 30g de fezes em recipientes 
 apropriados: boca larga, limpo, estéril, seco e com tampa 
 3. Coletar de preferência a parte média do bolo fecal 
 4. Evitar a contaminação com água, urina ou qualquer outra 
 substância ou material 
 5. Não é aconselhávelo uso de laxantes previamente à coleta 
 6. Não se deve coletar: fezes do solo ou do vaso sanitário 
 7. Enviar o mais rápido possível ao laboratório (no máximo 2h) e 
 caso não seja possível, a amostra deve ser refrigerada a 4°C 
 8. A pesquisa de ovos de helmintos e cisto/oocistos de protozoários 
 pode ser realizada horas ou até dias após a coleta, desde que 
 devidamente conservada 
 9. Deve-se dar preferência para amostras diarreicas, com muco ou 
 mucosanguinoleta, em caso de solicitação de coprocultura 
 10. Pode-se recorrer ao procedimento de exames em amostras 
 sequenciais ou múltiplas, colhidos dias corridos ou alternados 
 -Para Animais: 
 1. O material fecal deve ser coletado no início do dia, sendo 
 recolhido diretamente da ampola retal do animal (grandes 
 animais) ou logo após a evacuação (pequenos animais), com uso 
 de luvas limpas e estéreis, armazenado diretamente no frasco 
 coletor, limpo, previamente identificado; 
 2. Não se deve coletar fezes do solo, a não ser que o animal tenha 
 acabado de defecar, priorizando a coleta do material do meio do 
 bolo fecal; 
 ● No laboratório realizar: 
 1- exame macroscópico > Aspecto; Consistência; pH; Cor; Odor; 
 Viscosidade; Volume; Elementos Presentes: muco, pus e sangue (sangue 
 pode estar visível ou misturado com o bolo fecal); Restos alimentares; 
 Detritos vegetais; Fibras musculares; Gorduras nas fezes; Corpos 
 estranhos (raros); Helmintos Adultos; 
 2- exame microscópico (cistos, oocistos, ovos e larvas) 
 3- pesquisa de sangue 
 4- pesquisa de gordura 
 5- pesquisa de corpos estranhos 
 6- identificação de vermes adultos (helmintos) 
 7- exame sorológico, se possível 
 ● Preservação das Amostras 
 -Preservar a morfologia dos parasitos 
 -Conservar as amostras em temperaturas de 3 a 5°C em recipientes 
 hermeticamente fechados (evitar o ressecamento); 
 ● No laboratório NUNCA esquecer: Jaleco; Luvas; Máscaras; Gorros; 
 Técnicas para Exame Parasitológico de Fezes 
 -para a preparação de fezes visando à avaliação microscópica para a 
 detecção da presença de parasitas; 
 ● Método de Hoffman, Pons e Janer (1934) – Método HPJ 
 (Sedimentação Espontânea) 
 - realizado com fezes frescas, enquanto o MI FC e Ritchie utilizam fezes 
 colhidas em conservante; 
 -utiliza a sedimentação espontânea dos parasitas.Então vai ser usadas para 
 identificar parasitas mais pesados, que vão sedimentar/ir para o fundo. 
 - baseado na sedimentação espontânea de ovos e larvas de helmintos e 
 alguns cistos/oocistos de protozoários que são maiores 
 -parasitos são sedimentados pela gravidade 
 -Os ovos e larvas de helmintos e os cistos e/ou oocistos de protozoários são 
 retidos no fundo do tubo e os detritos podem ficar submersos na 
 superfície; 
 -Nesse método pode haver grande quantidade de detritos no sedimento 
 fecal; 
 -lugol ajuda como corante para melhor visualização das estruturas; 
 -É aconselhável o uso de maiores quantidades de fezes pois pode favorecer 
 um diagnóstico mais seguro 
 -Uso de pouca vidraria 
 - Vantagem: método rápido, prático e de baixo custo 
 -Desvantagem: presença de grande quantidade de detritos 
 ● Método de Centrífugo-Flutuação 
 -base para qualquer método de flutuação é que, quando os ovos dos 
 vermes são suspensos em um líquido com densidade maior que aquela 
 dos ovos, esses últimos flutuarão para a superfície. 
 -então ele vai examinar o que flutua/é mais leve/fica na superfície; 
 ex. Os ovos dos nematódeos e cestódios flutuam em um líquido com 
 densidade de 1,10 a 1,20; para os ovos de trematódeos, que são muito mais 
 pesados, é necessária uma densidade de 1,30 a 1,35. 
 - método simples e eficiente para concentração, principalmente de ovos 
 leves de helmintos e cistos e/ou oocistos de protozoários 
 -Vantagem: Apresenta poucos detritos 
 -Desvantagem: Necessita de centrífuga e solução de sulfato de zinco a 33%. 
 E o material deve ser avaliado imediatamente; 
 ● Método de Willis-Mollay (1921) 
 - método específico para pesquisa de ovos leves de helmintos e cistos e/ou 
 oocistos de protozoários ( Flutuação espontânea ); 
 -Usar luvas, jaleco e máscara durante o procedimento 
 -Utilizar o mesmo recipiente contendo as fezes ou em outro com boca 
 larga (não superior a 3 cm de diâmetro) 
 -Dissolver bem as fezes (02-04 gramas) com uma solução supersaturada 
 de cloreto de sódio (sal) ou de açúcar 
 -Completar com essa solução de sal ou açúcar até a borda do recipiente e 
 colocar uma lâmina de vidro sobre a boca do recipiente, de modo que a 
 superfície do vidro entre em contato com as fezes diluídas 
 -Aguardar 05 minutos, inverter rapidamente a lâmina para cima e antes da 
 leitura pode adicionar uma gota de lugol 
 -Examinar ao microscópio utilizando objetiva de 10x ou 40x 
 -Vantagem: método rápido, prático e de baixo custo 
 - utilizando-se de soluções de densidade elevada (NaCl p.ex.); com isso, os 
 oocistos e os ovos, de densidade menor que a solução, tendem a flutuar; 
 ● Método de Baermann-Moraes 
 -método eficiente e seguro para o diagnóstico e monitoramento de larvas 
 de helmintos (ancilostomídeos, tricostrongilídeos, Strongyloides spp.) 
 -baseado no princípio do termo-hidrotropismo das larvas que saem do 
 material, por gravidade, em água quente; 
 -Serve para observação de larvas vivas rabditóides e filarióides destes 
 helmintos -Depositam-se no fundo do funil e podem ser coletadas em um 
 vidro relógio ou placa de Petri 
 -Para maior comodidade pode-se construir um suporte de tábua com 
 vários furos circulares para inserir os funis 
 -Esse método só pode ser executado com fezes frescas, formadas ou 
 pastosas, colhidas no mesmo dia • Fezes líquidas não são recomendadas 
 por esse método 
 ● Método de Rugai, Mattos e Brisola 
 -Trata-se de um método aprimorado do Método de Baerman-Moraes > 
 nao precisa do uso de centrífugas; 
 -Ideal para pesquisa de larvas de helmintos; 
 -Princípio é baseado no termo-hidro-tropismo 
 -Esse método também só pode ser executado com fezes frescas, formadas 
 ou pastosas, colhidas no mesmo dia; 
 ● Método da Fita Adesiva (Método de Graham, 1941) 
 -É o método para pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis e Taenia sp. 
 da região perianal de humanos e outros parasitos de alguns animais; 
 -Pode ser detectada a presença de ovos de E. vermicularis e outros 
 helmintos em humanos e também em animais 
 - Pode ser usada para avaliação de ectoparasitos (ácaros) na pele de 
 animais; -Também é empregada para superfícies de objetos 
 -Procedimento 
 1. Utilizar luvas, jaleco e máscara durante todo o procedimento 
 2. Coletar o material, de preferência, no consultório ou laboratório, no 
 período da manhã, antes da higiene pessoal 
 3. Utilizar uma lâmina limpa, esterilizada, uma fita adesiva com 
 tamanho inferior ao da lâmina e um tubo de ensaio 
 4. Identificar a fita e a lâmina com os dados do paciente 
 5. Com o lado adesivo da fita, tocar na região anal ou perianal do 
 paciente, fazendo uma suave pressão com o tubo de ensaio ou com 
 o dedo médio na face interna 
 6. Após a coleta, fixar a fita na lâmina evitando a formação de bolhas de 
 ar 
 7. Examinar ao microscópio na objetiva de 10x ou 40x 
 ● Técnica de Pesquisa de Parasitos em Pelos 
 -Essa técnica foi descrita primeiramente por Roddie et al. (2008) e 
 Overgaauw et al. (2009), modificada por este grupo de estudos, na qual 
 denominamos GOMES e EVANGELISTA(2019, 2020); 
 -Material 
 • Copo ou cálice 
 • Tesoura ponta romba 
 • Tubo Falcon 15 mL 
 • Alça de Henle 
 • Pipeta de Pasteur 
 • Vórtex (vórtice) 
 • Centrífuga 
 • Água destilada 
 • Tween 20 
 -Procedimento 
 1. Colocar os pelos em tubo Falcon com 10 ml de água destilada e 0,1 
 ml de Tween 20 
 2. A amostra é homogeneizada com auxílio de um vórtex por 2 minutos 
 e em seguida colocada na centrífuga em 2500 rpm por 3 minutos 
 3. A amostra é analisada, tanto do sobrenadante do tubo como da 
 parte sedimentada 
 4. A amostra do sobrenadante é colocada sobre a lâmina com auxílio 
 de uma alça de Henle 
 5. A parte sedimentada do tubo é colocada na lâmina com uso de uma 
 pipeta de Pasteur 
 6. As amostras são analisadas sob microscopia óptica nas objetivas de 
 10x, 40x e 100x 
 ● Técnica de Contagem de Ovos por Grama de Fezes (OPG) 
 Método de Gordon e Whitlock (1939) Modificada 
 Técnica de McMaster 
 -técnica é de uso comum para contagem de ovos de helmintos 
 gastrintestinais de ruminantes e equinos; 
 -Material 
 • Balança simples para pesar as fezes 
 • Solução supersaturada de sal ou açúcar 
 • Gazes 
 • Copo ou cálice 
 • Bastão de vidro 
 • Pipeta de Pasteur 
 • Câmara de McMaster 
 -Procedimento 
 1. Pesar 02-04g de fezes (coletadas diretamente da ampola retal do 
 animal) 
 2. Colocar as fezes num copo e misturá-las com ajuda de um bastão de 
 vidro 
 3. Colocar 30mL de água destilada e misturar até homogeneizar 
 4. Adicionar 30mL de solução saturada de sal ou açúcar e filtrar (gaze) 
 em outro copo ou cálice 
 5. Aguardar 10 minutos 
 6. Retirar uma pequena amostra e preencher as duas áreas da câmara 
 de McMaster e aguardar até 05 minutos para leitura 
 7. Com a objetiva de 10x ou 40x, realizar a contagem dos ovos dos 
 helmintos de ambas as áreas da câmara 
 8. Do total de ovos de STA encontrados em ambas as áreas da câmara, 
 conta-se Campo A + Campo B, divide por 2 e multiplica por 100 
 -OBSERVAÇÃO 
 1. O fator de multiplicação 100 é empregado em função da proporção de 
 fezes examinadas, ou seja, cada área de contagem da câmara corresponde 
 a centésima parte de um grama de fezes 
 2. O fator de multiplicação 200 é empregado quando as fezes 
 apresentarem-se semi-diarreicas 
 3. O fator de multiplicação 600 é empregado quando as fezes 
 apresentarem-se totalmente diarreicas 
 ● Técnica de Coprocultura 
 ● Limpeza do Material 
 -Quando as fezes forem coletadas em caixa de papel a mesma deve ser 
 colocada em lixo próprio ou incinerada 
 -Frascos de metal ou vidro recomenda-se deixar totalmente submersos 
 durante 01 hora em formaldeído a 10% 
 -Todo material utilizado (vidrarias, espátulas, etc) deve ser submerso em 
 hipoclorito de sódio durante 01 hora antes de serem lavados 
 -Agulhas, lâminas, lamínulas, etc devem ser descartadas em caixa de 
 material pérfuro-cortante 
 -Material biológico (fezes, urina, sangue, etc) devem ser descartados em 
 lixo próprio para coleta hospitalar.

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