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Revisão de Artropodologia veterinária av1

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Revisão de Artropodologia veterinária:
1. Quais as principais características que distinguem o Filo Arthropoda?
R: Possuem simetria bilateral, corpo segmentado, são protostômios (blastóporo dá origem à boca durante o processo de gastrulação), triblásticos (apresentam três folhetos embrionários: ectoderme, endoderme e mesoderme) e celomados (possuem uma cavidade entre a parede do corpo e os órgãos internos denominada de celoma). Possuem corpo segmentado em cabeça, tórax e abdome, que podem estar fundidos em alguns grupos.
Apresentam extremidades articuladas, que se apresentam de formas diversificadas.
Possuem exoesqueleto quitinoso, que lhes confere proteção, apresentando músculo estriado em seu interior.
Apresentam sistema digestório completo.
Possuem também sistema nervoso bem desenvolvido, apresentando olhos (simples e compostos) e outros órgãos sensoriais, como antenas e pelos sensitivos. O sistema nervoso conta com gânglios pares, localizados dorsalmente à boca, que se conectam por meio de um par de cordões nervosos ventrais a gânglios que se encontram concentrados ou distribuídos em cada segmento.
A excreção ocorre por meio de glândulas coxais, também chamadas de glândulas verdes, dos túbulos de Malpighi.
A respiração é realizada pelas traqueias, brânquias, pulmões foliáceos, bem como diretamente pela superfície do corpo.
Apresentam um sistema circulatório aberto, no qual o sangue circula, ora por vasos, ora por lacunas do corpo. Possuem também um coração dorsal e hemoglobina.
Geralmente apresentam sexos separados e fecundação interna. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, havendo uma fase larval cuja metamorfose pode ser gradual ou abrupta.
2. Quais as principais alterações funcionais que diferem a classe insecta dos animais mamíferos, por exemplo?
R.: Simetria bilateral, Exoesqueleto quitinoso, Apêndices articulados, Olhos simples e compostos, Metaméricos, celomados, fazem ecdise, metamorfose. Os insetos, como todos os outros artrópodes, apresentam um exoesqueleto resistente, pernas articuladas e músculos desenvolvidos. As características que diferenciam esse grupo dos demais artrópodes são estas:
Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome; Três pares de pernas; Dois pares de asas (presentes na maioria das espécies); um par de antenas; um par de olhos compostos; Peças bucais aparentes.
3. Morfologicamente, como podemos dividir o corpo dos insetos?
R: Os insetos podem ser diferenciados dos demais artrópodes pelo fato de apresentarem três pares de patas torácicas e, geralmente, na maioria das espécies, dois pares de asas. Em geral, têm tamanho reduzido, variando de 2 a 40 milímetros de comprimento, embora algumas formas ocasionalmente possam ser maiores.
A classe dos insetos (do latim insecta= seccionado) é formada por baratas, gafanhotos, besouros, formigas, moscas, piolhos e muitos outros animais semelhantes, que totalizam cerca de 1 milhão de espécies. É o maior grupo de animais do planeta, vivendo em praticamente todos os habitats, com exceção das regiões mais profundas no mar. São os únicos invertebrados capazes de voar, o que facilita a procura por alimento ou melhores condições ambientais; além disso, o vôo possibilita o encontro de parceiros para acasalamento e a fuga de predadores.
Acredita-se que os insetos tenham sido os primeiros animais voadores existentes na Terra. A importância ecológica dos insetos é notável. Cerca de dois terços das plantas fanerógamas, ou seja, plantas que possuem flores, dependem dos insetos, sobretudo abelhas, vespas, borboletas, mariposas e moscas, para a sua polinização. Também são importantes para a espécie humana. Mosquitos, piolho, pulgas e percevejos, entre outros, são hematófagos e podem parasitar diretamente o homem. Podem também servir como vetores de doenças que atingem o homem e os animais domésticos.
Por exemplo: malária, elefantíase e febre amarela são transmitidas por mosquitos; tifo é transmitido por piolhos; peste bubônica é transmitida por pulgas. Podem ainda ser pragas vegetais, quando se alimentam de partes variadas das plantas, reduzindo a produção agrícola e afetando o abastecimento de populações humanas. A Entomologia (do grego entomon= insetos) é uma área especializada da Zoologia que cuida dos estudos dos insetos.
MORFOLOGIA
A cabeça apresenta um par de antenas articuladas, dois olhos compostos laterais não-pedunculados e, dependendo dos animais, três ocelos (áreas com grande concentração de células fotossensíveis), que funcionam na percepção de variações luminosas (não formam imagens). Também na cabeça ficam situadas as peças bucais, geralmente dirigidas para baixo e adaptadas a diferentes formas de obtenção de alimento. Assim, por exemplo, gafanhotos e baratas possuem mandíbulas cortantes que caracterizam um aparelho bucal do tipo mastigador, adaptado a rasgar, cortar e moer. 
4. O que é um parasita?
R.: é o ser vivo de menor porte que vive associado a outro ser vivo de maior porte, à custa ou na dependência deste. Pode ser: Ectoparasito: vive extremamente no corpo do hospedeiro. Endoparasito: vive dentro do corpo do hospedeiro.
O Parasita (do grego pará = ao lado de + sitos = alimento) é definido como um organismo que vive na superfície ou no interior de outro organismo vivo (hospedeiro), estreitamente associados aos aspectos biológicos e ecológicos, durante uma parte ou na totalidade de seus ciclos vitais. Nesse sentido, o parasita utiliza o organismo do hospedeiro como seu biótopo ou ecótopo, enquanto o hospedeiro tem a função de regular, parcial ou totalmente, suas relações com o meio ambiente. Dentro desse contexto, o parasita não somente utiliza seu hospedeiro como “habitat” temporário ou permanente, mas também se serve dele como fonte direta ou indireta de alimentos, seja utilizando para esse fim os mesmos tecidos do hospedeiro, seja usufruindo as substâncias que este prepara para sua própria nutrição.
5. Quais são os principais reinos que se estudam os artrópodes? Pergunta mal elaborada do “vevi”.
R: classes ou subfilos do filo artropodha: hexápodes, quelicerados, crustáceos e miriápodes (diplópodes e quilópodes). Outra classificação, a mais comum, é em relação a anatomia dos apêndices, que subdivide os artrópodes em: insetos, crustáceos, aracnídeos, diplópodes e quilópodes. "odos os artrópodes são animais: protostômios (o blastóporo origina a boca); triblásticos (apresentam três folhetos embrionários: endoderme, mesoderme e ectoderme); celomados (possuem uma cavidade corporal revestida por tecido derivado da mesoderme chamada de celoma); apresentam simetria bilateral (divisão imaginária que divide o corpo em duas partes iguais); possuem corpo segmentado e apêndices articulados."
6. Como se dão as relações ecológicas de parasitismo?
R:  é uma relação ecológica que ocorre entre indivíduos de espécies diferentes (relação interespecífica), em que um dos envolvidos é prejudicado (relação desarmônica).
7. Qual a importância do conhecimento da tríade epidemiológica?
R: tríade é um tradicional modelo de estudo das causas e efeitos das doenças infectocontagiosas. São avaliados: os agentes externos, a susceptibilidade dos hospedeiros e o ambiente de forma geral. A identificação oportuna da causalidade e a interação entre os fatores que compõem a tríade epidemiológica permite a integração de medidas adequadas para a prevenção e controle da doença.
8. Que estratégias os parasitos se valem para sobrevivência?
R: O parasita passa, então, a roubar nutrientes, biomoléculas e até a utilizar a maquinaria metabólica do hospedeiro para suprir as suas necessidades fisiológicas. Dessa forma, o hospedeiro, tendo parte de seus nutrientes e biomoléculas usurpados pelo parasita, passa a ser prejudicado nessa relação. Ciclo de vida direto ou monoxeno: parasitos que utilizam apenas um hospedeiro. Alguns parasitos de ciclo de vida direto e reprodução assexuada multiplicam-se por fissão, e um organismo se divide em dois idênticos. Ciclo de vida indireto ou heteróxeno: parasitos que necessitam de um ou mais hospedeiros intermediários.
9. Quaisações os parasitos podem ocasionar aos hospedeiros?
R.: exemplos: Ação mecânica: podem interferir no fluxo alimentar e na absorção dos alimentos; Ação tóxica: produzem substancias que podem ser toxicas para o hospedeiro; Ação traumática: produzem lesões nos tecidos dos hospedeiros; Anóxia: podem consumir oxigênio presente nas hemoglobinas e causar anemias.
*Espoliativa, Tóxica, Mecânica, Traumática, Irritativa, Enzimática, Anóxica. *
10. Quais são e qual o papel de cada tipo de hospedeiro?
R.: Definitivo; Intermediário; Paratênico; Vetor. Hospedeiro definitivo: é o que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou em fase de reprodução sexuada. Hospedeiro intermediário: é aquele que apresenta o parasito em sua fase larvária ou assexuada. Hospedeiro paratênico ou de transporte (VETOR): é o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento ou reprodução, mas permanece viável até atingir novo hospedeiro definitivo.
11. Como se classificam os parasitos quanto às suas particularidades de parasitismo? ***
R: parasitos de acordo com a localização no hospedeiro: Ectoparasitos: parasitos que se alojam na superfície de seus hospedeiros. Endoparasitos: organismos parasitos que vivem dentro dos seus hospedeiros. Hemoparasitos: parasitos que vivem na corrente sanguínea do hospedeiro. Parasitos monóxenos: Quando um único hospedeiro é necessário para que se complete o ciclo. Parasitos heteróxenos: Quando o desenvolvimento de uma espécie exige uma passagem obrigatória através de dois ou mais hospedeiros, sempre na mesma sequência e nas mesmas fases.
Endoparasitos Vivem dentro do hospedeiro. São aqueles que têm contato profundo com tecidos e órgãos dos hospedeiros. Ectoparasitos vivem na superfície ou em cavidades do hospedeiro. São aqueles que têm contato com a pele dos hospedeiros. Periódico: Apenas uma fase da vida ocorre no hospedeiro, Tempo determinado, ex.: Carrapato, berne, miíase. Permanente: Todas as fases de vida ocorrem no hospedeiro, ex.: Sarna. Temporário: Usa o hospedeiro apenas para se alimentar, ex.: Moscas e mosquitos. OBRIGATÓRIO: Organismos incapazes de ter vida livre, ex.: Toxoplasma gondii. FACULTATIVO: Aqueles que podem ou não viver parasitando, ex.: Sarcophagidae. ACIDENTAL: Infectam o indivíduo acidentalmente, ex.: Dipylidium caninum, Ancylostoma caninum. MONOXENO: Necessita de apenas um hospedeiro para completar o seu ciclo, ex.: Haemonchus sp. HETEROXENO: Necessita de dois ou mais hospedeiros para completar o seu ciclo, ex.: Dipylidium, Fasciola. ESTENOXENOS: Quando são muito específicos e só aceitam um hospedeiro, ex.: Ascaris lumbricoide, Plasmodium, Babesia bovis. EURIXENOS: Quando são pouco específicos tendo uma variedade de hospedeiros, ex.: Leishmania sp., Toxoplasma gondii, Fasciola hepática.
12. Quais os 3 tipos de parasitas?
Existem 3 tipos de parasitas: Organismos unicelulares (protozoários, microsporídios) Helmintos multicelulares (vermes) ectoparasitas como o da sarna e o piolho.
13. Qual a ordem do sistema de classificação taxonômica e o que agrupa cada estrato?
· R: Reino: a maior das categorias, é constituída por um conjunto de filos;
· Filo: constituído por um conjunto de classes;
· Classe: constituída por um conjunto de ordens;
· Ordem: constituída por um conjunto de famílias;
· Família: constituída por um conjunto de gêneros;
· Gênero: constituído por um conjunto de espécies;
· Espécie: grupo de organismos capazes de reproduzir-se e originar descendentes férteis.
14. Quais as características dos membros da ordem Brachycera?
R.: Maior subclasse dentre os Díptera; com 120 famílias; Antenas curtas; divididas em três segmentos: ◦Escapo ◦Pedicelo ◦Flagelo; Exemplares causadores de miíases; Aparelho bucal lambedor x picador; apresentam ocelos; Presença de caliptera. Brachycera Schiner, 1862 é uma subordem de insetos da ordem dos dípteros (Diptera), que inclui as espécies conhecidas genericamente pelo nome comum de moscas. A maioria das espécies alimenta-se de detritos ou é predadora, incluindo diversas espécies hematófagas. Este grupo distingue-se dos mosquitos (subordem Nematocera) pelas antenas curtas, com poucos segmentos (daí a etimologia do nome: do grego clássico brachy, "curto" e ceros "corno"). As antenas são formadas por três segmentos (os artículos), o último dos quais termina numa longa cerda, a arista, ou num artículo multi-segmentado.
15. Quais as principais famílias e respectivos gêneros que compõem esta subordem?
R.: família muscidae: moscas de tamanhos variados, cor cinza e verde brilhante, aparelho bucal funcional, larva vermiforme. Musca doméstica: Não são parasitos obrigatórios, 0,5 cm de comprimento, atraídas por feridas, Adultos regurgitam sobre o alimento. Stomoxys calcitrans: Mosca dos estábulos, Adultos são hematófagos, 4 –7 mm, Vetores de protozoários e helmintos, Aparelho bucal projetado para frente, parasitam equídeos. Haematobia irritans: Mosca-do-chifre, menores muscideos hematófagos, Probóscida dirigidas para frente, transmitem filarídeo cutâneo, podem ocasionar perda de peso como consequência do parasitismo. Família cuterebridae: dermatobia hominis - mosca do berne, fêmea oviposita em outros dípteros. Família calliphoridae: cochliomyia - moscas varejeiras: ◦c. hominivorax; ◦c. acellaria; aparelho lambedor; coloração metálica. Família gasterophilidae: gasterophilus nasalis; g. intestinalis; g. hemorroidalis; gasterofilose* hospedeiros: equídeos majoritariamente, oviposição distinta entre as espécies. Família oestridae: oestrus ovis: Moscas adultas não vivem mais do que 30 dias, se alimentam da secreção mucosa das narinas inflamadas.
16. Quais as espécies que ocasionam miíases? A quais gêneros pertencem?
R.: A Brachycera é composta de infraordens. A infraordem Muscomorpha ou "Cyclorrhapha" contém todas as espécies que causam miíase específica e a maioria das espécies responsáveis pela miíase facultativa, especialmente as espécies de dípteros caliptrados (FRANCESCONI & LUPI, 2012). Alguns agentes que estão fora da Subseção Calyptratae também foram relatados por causar miíase humana. A espécie Psychoda albipennis causa miíase urogenital em humanos (GUVEN, 2008). Telmatoscopus albipunctatus foi relatado por TU et al. (2007) causando miíase intestinal. A espécie Hermetia sp. pertencente à família Stratiomyidae pode causar miíase furuncular e intestinal, Scenopinus sp. causa miíase urogenital (FRANCESCONI & LUPI, 2012). Outros dípteros como Eristalis tenax, Megaselia scalaris e Piophila casei foram relatados por serem causadores de miíase urogenital. 
Entende-se por miíase “a infestação de vertebrados vivos por larvas de dípteros que, pelo menos durante certo período, se alimentam dos tecidos vivos ou mortos do hospedeiro, de suas substâncias corporais líquidas ou do alimento por ele ingerido”. Assim, larvas de moscas que completam seu ciclo, ou pelo menos parte do seu desenvolvimento normal dentro ou sobre o corpo de um hospedeiro vertebrado, podem ser classificadas como causadoras de miíases.
A incidência de miíases humanas em nosso meio não é muito elevada, mas em algumas regiões podem provocar sérios danos nos homens e animais domésticos. O termo miíase tem essa etimologia: myia = moscas; ase = doença. No meio mais popular, as infestações por miíases são conhecidas como “bicheiras”.
Classificação
Existem várias classificações para miíases, conforme seja a localização, a biologia da mosca e o tipo do tecido em que ocorre.
Quanto ao local de ocorrência, elas podem ser: cutânea, subcutânea, cavitárias (nariz, boca, seios paranasais), ocular, anal, vaginal etc. Esta classificação, por agrupar espécies biologicamente distintas sob o mesmo termo e por não levar em conta o diagnóstico do agente causador da miíase, tem sido pouco usada, mais recorrente na rotina clínica.
Já a classificação com base nas características biológicas da mosca é mais aceita atualmente e divide as miíases em: obrigatórias, facultativas e pseudomiíases.
As miíases obrigatórias também são conhecidas por miíases primárias. São as miíases causadas por larvasde dípteros que naturalmente se desenvolvem sobre ou dentro de vertebrados vivos. Neste grupo estão incluídas as seguintes famílias de moscas no Brasil:
Calliphoridae (gêneros Cochliomyia, Chrysomya e Lucilia – as quais podem ser encontradas nos tecidos cutâneo e subcutâneo de vários mamíferos), Muscidae (gênero Philornis – as larvas podem ser vistas nos tecidos cutâneo e subcutâneo de aves, ou ainda raras espécies hematófagas) e Oestridae (gêneros Cuterebra, Dermatobia, Hypoderma, Gasterophilus e Oestrus – nos três primeiros gêneros as larvas são encontradas nos tecidos cutâneo e subcutâneo de vários mamíferos, em Gasterophilus as larvas estão comumente associadas ao aparelho digestório de cavalos e outros mamíferos, e em Oestrus as larvas são vistas desenvolvendo-se nas cavidades nasofaríngeas de vários mamíferos). Antes eram denominadas moscas biontófagas.
As miíases facultativas também são conhecidas por miíases secundárias. São as miíases causadas por larvas de dípteros que, em geral, desenvolvem-se em matéria orgânica em decomposição (vida livre), mas eventualmente e oportunamente podem atingir tecidos necrosados de um hospedeiro vivo. Nessa situação, atuam como parasitos, podendo completar o seu ciclo biológico. Neste grupo estão várias espécies das famílias Calliphoridae, Fanniidae, Muscidae e Sarcophagidae. Essas moscas eram chamadas de necrobiontófagas anteriormente.
As pseudomiíases são as ocasionadas por larvas de dípteros ingeridos com alimentos e que passam pelo tubo digestório sem se desenvolver, contudo podem ocasionar distúrbios de maior ou menor gravidade.
Dentre as espécies mais comuns têm sido relatadas: Psychoda sp. (Psychodidae, conhecido como mosquitinho do banheiro), Eristalis tenax e Ornidia obesa (Syrphidae, larvas que apresentam um tipo de “cauda” característica), Hermetia illuscens (Stratiomyidae, “larva da laranja” usada para pesca), Musca domestica (Muscidae), Ceratitis spp. (Tephritidae, conhecida como mosca-das-frutas, ou também “bicho da goiaba”), entre outros. Anteriormente essa miíase era denominada como do tipo “acidental”.
17. Quais as principais características que distinguem cada um dos membros da Brachycera?
R.: A presença de um único par de asas funcionais com uma asa traseira reduzida, denominada haltere, distingue moscas verdadeiras de outros insetos. Somente as asas anteriores são funcionais, sendo estas membranosas com nervuras mais ou menos ramificadas; as posteriores são atrofiadas (balancins ou halteres), tem função de equilíbrio durante o vôo. Na base das asas de alguns dípteros há uma expansão membranosa em forma de concha chamada caliptra (GALLO et al., 2002).
Subordem Brachycera Maior subclasse dentre os Diptera 120 famílias Antenas curtas divididas em três segmentos ◦Escapo ◦Pedicelo ◦Flagelo. Exemplares causadores de miíases. Aparelho bucal lambedor x picador, apresentam ocelos, Presença de caliptera.
18. Quais as características dos membros da Ordem Díptera?
R.: Ordem Diptera: os animais pertencentes a essa ordem possuem aparelho bucal sugador e têm uma alimentação que varia de acordo com a espécie. São animais holometábolos, com um par de asas membranosas e outro par de asas transformado em balancins para equilíbrio do animal. Ex.: moscas, mosquitos, pernilongos.
19. O que caracteriza a subordem Nematocera?
R.: Nematocera - Subordem que engloba dípteros que apresentam antenas formadas por mais de seis artículos.  Antiga subordem Eudiptera, é uma sub-ordem de insetos dípteros, que inclui os mosquitos. Caracterizados por antenas longas, usualmente com mais de seis segmentos, em oposição a subordem Brachycera. Inclui as famílias Psychodidae, Culicidae, Simulidae, Ceratopogonidae.
20. Quais são as diferenças entre as famílias Culicidae, Psychodidae, Simulidae e Ceratopogonidae?
R.: Família Culicidae: Conhecidos vulgarmente por mosquitos e pernilongos; 3.000 espécies; Gêneros Aedes, Culex e Anófeles; Pernas longas; Sem Ocelos; Fêmeas hematófagas; machos alimentam-se de sucos vegetais; Oviposição em locais úmidos; Quatro estádios larvais e um pupal; Vetores de zoonoses. 
Família Ceratopogonidae: Mosquito pólvora, mosquito do mangue ou maruim. Díptero pequeno de corpo robusto e Hábitos crepusculares, Picada dolorosa, Fêmeas atraídas pelo odor e calor. 
Família Simulidae: Mosquitos borrachudos, 1.700 espécies, Gênero Simulium, picada dolorosa (mas não dói no início), Grande variedade de hospedeiros, Corpo robusto, asas incolores, Adultos medindo 1,5 –5,0 mm.
Família Psychodidae: Conhecido como moscas dos banheiros, Psychodinae. Mosquito palha Phlebotominae, Lutzomyia e Phlebotomus, 600 espécies de flebotomíneos, vivem em matas fechadas, voam pouco, Maior atividade noturna, longas pernas, Ovos não são postos na água, Estados larvais variáveis de semanas há meses, Ciclo evolutivo longo e variável.
21. Com base na sua biologia, como se pode diferenciar os diferentes dípteros pertencentes às famílias listadas?
R.: os animais pertencentes a essa ordem possuem aparelho bucal sugador e têm uma alimentação que varia de acordo com a espécie. São animais holometábolos, com um par de asas membranosas e outro par de asas transformado em balancins para equilíbrio do animal. Ex.: moscas, mosquitos, pernilongos.
A ordem Diptera é dividida em duas subordens: Brachycera (possuem antenas com presença de 3, 4 ou 5 segmentos) e Nematocera (dípteros com antenas com mais de seis segmentos articulados de forma livre).
22. Quais são de importância na Medicina Veterinária e quais as doenças que podem decorrer da sua ação? ***
Família Culicidae: Anopheles: transmitem o parasita da malária. Culex: é responsável pela transmissão da filariose e de algumas arboviroses. Aedes: transmite a dengue, a chikungunya, a zika e a febre amarela urbana, doenças chamadas de arboviroses.
Culicoides: Língua Azul, Oncocercose, Doença do cavalo africano, Sarna branda.
Simulium: Filaria, Estomatite vesicular, Encefalite equina do Leste.
Phlebotomus: Leishmaniose (velho mundo)
Lutzomyia: Leishmaniose (novo mundo)

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