Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Câncer de Esôfago I N TRO DU ÇÃ O ► Distribuem-se em dois tipos: Adenocarcinoma e o carcinoma de células escamosas ► Se concentram mais nas regiões Sul e Sudeste ► Fatores de risco ▪ Uso de álcool e tabaco ► Tumores benignos do esôfago geralmente são mesenquimais e surgem dentro da parede do esôfago, sendo que os leiomiomas são os mais comuns. Fibromas, lipomas, hemangionas, neurofibromas e linfangiomas também ocorrem A D ENO CARC IN OM A ► Maioria surge do Esôfago de Barret ▪ Aumento pode ter como motivo o aumento da incidência do refluxo gastroesofágico relacionado à obesidade e esófago de barret ► Fatores de risco adicionais ▪ Tabagismo ▪ Exposição ▪ Risco reduzido com dietas ricas em frutas frescas e vegetais − Alguns sorotipos de H. pylori Causam atrofia gástrica – resultando na redução da secreção ácido e refluxo ► Mais frequente em caucasianos e homens (7:1) Patogenia ► Progressão do esôfago de Barrett para o adenocarcinoma ocorre durante um longo período, com aquisição gradual de alterações genéticas e epigenéticas ► Anormalidades cromossômicas, mutação do TP53 e a regulação negativa do inibidor de cinase dependente da ciclina CDKN2A, também conhecido como p16/INK4a, são detectadas nos estágios inicias ▪ Em fases mais avançadas, durante a progressão, há uma amplificação dos genes EGFR, ERBB2, MET, ciclina D1 e ciclina E Morfologia ► Geralmente ocorre no terço distal do esôfago e pode invadir a cárdia adjacente ► Inicialmente ▪ Surge como placas planas ou elevadas, na mucosa anteriormente intacta ▪ Grandes massas de 5 cm ou mais de diâmetro podem se desenvolver ► Alternativamente, os tumores podem se infiltrar difusamente ou ulcerar e invadir profundamente ► Microscopicamente ▪ Esôfago de Barrett frequentemente aparece adjacente ao tumor ▪ Os tumores produzem mais comumente mucina e formam glândulas − Geralmente com morfologia semelhante ao tipo intestinal ▪ Menos frequentemente, os tumores são compostos de células em anel de sinete, infiltrantes, difusas (similares àquelas vistas nos cânceres gástricos difusos) ou, em casos raros, células pequenas, pouco diferenciadas (similares ao carcinoma de pequenas células do pulmão) Aspectos Clínicos ► Normalmente descobertos na avaliação da DRGE ou na vigilância do esôfago de Barret ► Dor ou dificuldade de deglutição ► Perda de peso progressiva ► Hematêmese ► Dor torácica ou vômitos ► Quando sintomas aparecem – tumor disseminado para vasos linfáticos submucosos ► Como o diagnóstico é feito em um estádio avançado, a sobrevida acima de 5 anos é inferior a 25%. Em contraste, a sobrevida em 5 anos se aproxima dos 80% nos poucos pacientes com adenocarcinoma limitado à mucosa ou submucosa Esôfago de Barret ► Metaplasia intestinal associada a aumento de incidência de câncer esofágico ► Associado a persistência de processos inflamatórios ▪ Associação com DRGE (Doença do Refluxo Gastroesofágico) − 10% casos sintomáticos e 2% na população geral ▪ Infecção por H. pylori (cardite crônica proximal) ► Homens 40-60 anos ► Mutações oncogênicas – displasia ► Constituintes do epitélio metaplásico ▪ Células caliciformes (Goblet) ▪ Graus variados de enterócitos ▪ Células − De Paneth − Endócrinas − Indefinidas ► Na macroscopia, percebe-se um epitélio normal da junção gastroesofágica 2 ► Na letra b), percebe-se pálidas ilhas de epitélio residual escamoso em uma mucosa já com bastante áreas de metaplasia ► Na microscopia: ▪ Células caliciformes ► Displasia no EB chama atenção por conta das atipias ► Ocorre uma transição entre a metaplasia (epitélio colunar) e a área de displasia (núcleos mais hipertróficos e cromáticos) ► Padrão cribriforme – displasia de alto grau: presença de nucléolos e núcleos mais hipertróficos ► No adenocarcinoma esofágico propriamente dito, é possível observar proliferação dessas glândulas arredondadas e tubulares, com núcleos hipertróficos e hipercromático ▪ Muito próximas umas das outras, desorganizadas entre si ▪ Vão infiltrar lâmina própria esofágica, caracterizando um adenocarcinoma ► Carcinoma escamocelular do esôfago é caracterizado pela proliferação de ceratinógenos atípicos que invadem a lâmina própria ▪ Há espessamento difuso da mucosa esofágica C ARC INO MA DE C ÉL UL AS E SC AMO SA S ► Maioria Carcinoma escamocelular ▪ Células escamosas, epidermoides ► Mais comum em homens (4:1) e em afro-americanos ► Fatores de risco adicionais ▪ Álcool e tabaco ▪ Pobreza ▪ Injúria esofágica cáustica ▪ Acalasia ▪ Tilose ▪ Síndrome de Plummer-Vinson − Também conhecida como síndrome de Paterson- Kelly ou disfagia sideropênica − Conhecida pela presença da tríade clássica de Disfagia cervical Anemia ferropriva Membrana no esôfago superior Associada glossite atrófica e queilite angular ▪ Consumo muito frequente de bebidas muito quentes ► Mais comum em áreas rurais e não desenvolvidas Apresentação clínica ► Dor à deglutinação ► Perda ponderal ► Alterações na voz por comprometimento do nervo laringeu recorrente ► Qualquer ulceração persistente ou estenose refratária no esôfago deve causar suspeita de malignidade Morfologia ► Metade ocorre no terço médio do esôfago ► Se inicia como uma lesão in situ chamada de displasia escamosa ► Lesões iniciais aparecem como espessamentos pequenos, acinzentados, semelhantes a placas ▪ Ao longo dos anos, elas se tornam massas tumorais polipoides ou exofíticas e se projetam para dentro da luz, obstruindo-a ▪ Os outros tumores ou são lesões ulceradas ou difusamente infiltrativas, que se espalham dentro da parede esofágica e causam espessamento, enrijecimento e estreitamento da luz − Eles podem invadir as estruturas circundantes, incluindo a árvore respiratória, causando pneumonia, a aorta, causando exsanguinação catastrófica, ou o mediastino e o pericárdio ► A maioria dos carcinomas de células escamosas varia de moderadamente diferenciado até bem diferenciado ► Variantes histológicas menos comuns incluem o carcinoma de células escamosas verrucoso, o carcinoma de célula fusiforme e o carcinoma de células escamosas basaloides ▪ Independentemente da histologia, os tumores sintomáticos são geralmente muito grandes no momento do diagnóstico e já invadiram a parede esofágica
Compartilhar