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Psicologia Positiva Unidade I Prof. José Bernardo Enéias de Oliveira APRESENTAÇÃO Doutor em ciências sociais/antropologia – PUC-SP, com formação concentrada nos aspectos da antropologia social e psicológica e foco nas áreas da mudança e inovação e comportamentos e relações interpessoais direcionados para a gestão de negócios e administração de recursos humanos; Mestre em ciências sociais pela PUC-SP e graduado como psicólogo. Professor universitário nos cursos de graduação e MBA com ênfase em planejamento estratégico, psicologia organizacional, gestão de pessoas, formação de liderança, desenvolvimento organizacional, psicologia social, organizacional, marketing e outros. Trabalhou nas seguintes empresas com vínculo institucional como gestor de pessoas e na implantação dos subsistemas de recursos humanos: Votorantim Celulose e Papel S.A.; VPC; Grupo Saint Gobain; Cia Vidraria Santa Marina; Tapon Corona Metal Plástico Ltda. Desde o ano 2000 atua como consultor em empresas em desenvolvimento organizacional e mudança comportamental associados à gestão de negócios, gestão humana e planejamento estratégico. Trabalhou como expositor nacional e internacional nas universidades de Havana/Cuba – Tema: “Uma Introdução ao Enfoque Histórico e Cultural”; Universidade de Aveiro (Portugal) – Tema: “Educação e Trabalho”; Universidade Sorbonne (Paris) – Tema: “Estudos da Psicologia Social”; Universidade Autônoma (México) – Tema: “Tecnologia, Sociedade Innovación: Década para uma Educación para La Sostenibilidade”. Currículo Lattes: <http://lattes.cnpq.br/4587217718400332>. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA PSICOLOGIA ............................. 3 2 ESTUDO DA PSICOLOGIA POSITIVA ........................................... 9 3 O MODELO P.E.R.M.A. ................................................................. 14 4 ALGUMAS TÉCNICAS DA PSICOLOGIA POSITIVA: TÉCNICA DE GRATIDÃO, MINDFULNESS, FLOW ................................................. 17 5 APLICAÇÃO DA PSICOLOGIA POSITIVA NAS ORGANIZAÇÕES ...... 26 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO AUTOR ....................................... 41 2 APRESENTAÇÃO DO LIVRO Este livro ao longo de sua pesquisa nos trará uma explicação sobre os novos paradigmas da psicologia tradicional com atenção à doença mental; Comportamento anormal dos indivíduos e grupos; Traumas; Sofrimentos e dores, enquanto que a psicologia positiva está dedicada à felicidade; bem-estar; Excepcionalidade, Forças e prosperidade, principalmente com foco na potencialidade do indivíduo em superar obstáculos e, mais ainda, evitar que coisas ruins se ocupem de nossas vidas Para desenvolvermos este livro texto, organizamos nossas ideias ao redor do novo modelo da psicologia, analisando, inicialmente, as bases teóricas construídas ao longo da história, cujas evolução dos modelos teóricos, seus fundadores e ideias, demonstraram o quanto o comportamento humano pode ser afetado por reações mentais e muitas vezes elaboradas por nossas “Fantasias mentais” ou influências de ambientes deteriorados, sejam pelas questões culturais e sociais ou, pela incompetência de um gestor, quando utiliza do autoritarismo ou a incompreensão da real condição humana, para o sucesso dos resultados. No decorrer da exposição contextual, estaremos apoiados em diferentes autores, cujas linhas de pensamento poderão ser divergentes em suas opiniões, justamente para instigar o leitor às reflexões pessoais e, posteriormente, centradas nos comentários deste texto e exposição prática, seja por situações do dia a dia e/ou experiência do autor. Todavia, em nossa análise, para não perder o foco do estudo da Psicologia Positiva, estaremos conduzindo nossas análises na psicologia humanista, a base da psicologia moderna, aquela capaz de neutralizar o sofrimento humano e prover a felicidade, como explica seus autores, os psicólogos Martin Seligman (1998) e Mihaly Csikszentmihalyi (2000). Sejam bem-vindos e boa leitura! 3 1 INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA PSICOLOGIA O cenário econômico mundial segue contínuas mudanças gerando impactos, inclusive na saúde da população, alterando o comportamento e o modo de vida do ser humano, servindo de alerta a muitos pesquisadores da ciência do comportamento. Fazendo um estudo mais apurado, em quaisquer estudo sobre o comportamento humano, deve estar relacionado na gênese e desenvolvimento histórico das influências das três áreas que se interligam, como a economia, ciência que analisa a produção, distribuição e consumo de bens e serviços, num cenário globalizado e intenso na sua dinâmica, que por sua vez necessita da política, enquanto condutor do comportamento na sociedade ou um aglomerado de seres que convivem de forma organizada ou, pelos menos tentam. É notório que as transformações sociais implicam no sistema organizacional e na gestão de pessoas, a partir quando influenciam nos resultados esperados na vantagem competitiva, no que tange a produtividade, além de ser forte fator que envolve a sustentabilidade econômica e social. Trata-se de um assunto de não menos importância, que deve ser estudado numa outra da psicologia, contemplada nas psicologias organizacional e social, ao fazer a análise do comportamento organizacional e social, envolvendo o ponto de equilíbrio entre o colaborador e as políticas das empresas, estabelecidas no seu “Core business” ou “Saúde da Empresa” ou mais próximo do negócio principal. Sem dúvida, o ser humano no status de colaborador, deve estar amplamente engajado nesse processo produtivo, condição que nos leva a apropriar da Psicologia Positiva enquanto ciência que estuda o Estado de Fluxo, os fatores que motivam e traz o alto desempenho da equipe. Em Kamei, H. (2018), mestre em psicologia social e do trabalho, comenta em seu livro Flow e psicologia Positiva: Estado de fluxo, motivação e alto desempenho comenta: “Em todas as épocas, o ser humano desejou e buscou a felicidade... e, durante muito tempo, a felicidade foi tema de reflexão apenas da Filosofia, mas nos últimos anos essa situação se modificou e hoje ela é objeto de pesquisa de diversas áreas da ciência, como a Psicologia, a Sociologia a Antropologia, a Economia, a Biologia e as chamadas Neurociências, sendo largamente estudada em países como os estados Unidos e Inglaterra...” Na figura 1 apresentamos as principais ciências que estudam o comportamento humano, a Sociologia, Antropologia e, ao tratar sobre a psicologia, fizemos três subdivisões a Psicologia Social; Psicologia Organizacional e a Psicologia que foge do modelo tradicional e cria novos paradigmas: A Psicologia Positiva. 4 Figura 1: (Fonte: Adaptado por Oliveira, JBE, 2020), Em Carpigiani (2002) “Psicologia: Raízes aos movimentos contemporâneos”, a figura 2, a seguir, expressa em breve resumo as reflexões abstratas da filosofia, sem o elemento empírico e o tratamento das reações humanizadas próprias da felicidade, conforme as reflexões acima de Kamer (2018). Figura 2: (Carpigiani, 2002, adaptado por Oliveira, JBE, 2020) 5 É importante comentar que o estudo evolutivo de quaisquer ciências, a história tem forte implicação nesse processo, pois através dela analisamos as mudanças e as intervenções sócio políticas econômicas, abordadas no início deste texto e, além disso, torna-se mais claro como os modelos teóricos da ciência da psicologia tradicional chega na compreensão da Psicologia Positiva, enquanto ciência moderna. Para tal nos apropriamos, novamente, das pesquisas da psicóloga Carpegiane (2000), adaptando suas análises ao propósito deste estudo, que discute a evolução das necessidades humana, sejam nas motivações intrínsecas ou extrínsecas, bem como as experiências e estudos adaptadosao cenário de cada época. Nessa direção, iniciamos na Pré-história, quando o ser humano usava a intuição e muitas vezes baseado em mitos e subjetividades, sem o uso da razão. De acordo com Carpigiane, 2002 (Apud citado por Severino, A.J. Filosofia. SP, Cortês,1992), faz a seguinte reflexão: “... o mito assume a forma de uma narrativa imaginária sobre o qual várias culturas procuram explicar a origem do universo, seu funcionamento, a origem dos homens, o funcionamento de seus costumes apelando para entidades sobrenaturais, superiores aos Homens; as forças e poderes misteriosos que definiram se destino...” Nesse tempo prevalecia a essência das coisas e como elas eram percebidas no mundo e, quando surgiam, não tinha explicação e eram tomadas como fenômeno sem nexo causal, ou seja, algo hipotético com vínculo a imaginação do indivíduo. O filósofo Edmund Husserl (1859-1938), que também trabalhava como matemático, cientista, pesquisador e professor das faculdades de Göttingen e Freiburg in Breisgau, na Alemanha, criou o conceito de fenomenologia: “... todos os fenômenos do mundo devem ser pensados a partir das percepções mentais de cada ser humano... a filosofia se pudesse ter as bases e condições de uma ciência rigorosa, um método científico é determinado por ser uma "verdade provisória", ou seja, algo que será considerado como verdadeiro até que um fato novo mostre o contrário, criando uma nova realidade...” (Livro: Husserl, E, A ideia da fenomenologia: Cinco lições, Vozes, 2020). Ao avançar nesse pensamento da fenomenologia, Husserl (2020) entendia que “todos os fenômenos estão a partir das percepções mentais de cada ser humano”. Na psicologia, a fenomenologia baseia-se em um método que busca entender a vivência dos pacientes no mundo em que vivem, além de compreender como esses pacientes percebem o mundo a sua volta”. Numa análise mais profunda e ao tratar da Psicologia Positiva, o fenômeno é algo subjetivo e algo de nossa consciência, desenvolvido pela percepção ou estímulos que provocam nossa reação mental, sendo algo que só depende de nós. Na linha do tempo, a Idade Antiga (Século 6 a.C.) dá início a mãe de todas as ciências: A Filosofia, em busca da explicação da verdade, ou seja, a Razão. A seguir, a Idade Média (Século 15 ao 16), através da teologia, a igreja determina a “verdade” através da Fé, um fenômeno de conhecimento espiritual que faz parte da essência humana ou algo intuitivo, místico através do conhecimento pessoal, supostamente leva à salvação e o conhecimento divino traça um caminho para atingir um conhecimento mais profundo da realidade do mundo. Idade Moderna (Século 17) acontece a Revolução Científica com a produção do conhecimento fundamentado na razão. 6 A Idade Moderna (Século 18;19;20), faz surgir a transformação social, trazendo à tona a necessidade do conhecimento emancipatório e, por que não dizer, o início da transformação Transcendente que tenta demonstrar uma nova realidade que está além dos limites convencionais do ser humano, levando a fobias sociais e outros transtornos mentais de neurose, depressão, estresses, etc. A partir de modelos teóricos psicológicos a ser analisados a seguir, verifica-se qual a adequada terapia, para orientação, individual ou grupal. Os modelos teóricos da psicologia permitem ter um conhecimento do homem, sobre suas emoções, sentimentos, aprendizagem e desenvolvimento. Antes de analisar os modelos teóricos da psicologia, seus fundadores e principais ideias, é importante conhecer as ideias que deram origem a filosofia moderna e, consequentemente, a fundamentação dos fenômenos e métodos científicos da ciência: ● René Descartes (1596-1650) estabelece métodos e regras para a construção do conhecimento científico. ● Georg Hegel (1770 – 1831) Através da filosofia discute a compreensão do homem: Existencialismo (História do homem) e a Fenomenologia (Essência do ser humano). ● August Comte (1798-1857) nega os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser comprovado cientificamente. Nas figuras de número 3 ao número 8, tentamos agrupar numa sequência cronológica a evolução dos modelos teóricos da psicologia e seus fundadores e principais ideias (Carpigiane, B, 2002, adaptado por Oliveira, J.B.2020): Figura 3: (Carpigiane, B, 2002, adaptado por Oliveira, J.B.2020) 7 Figura 4: (Carpigiane, B, 2002, adaptado por Oliveira, J.B.2020) Figura 5: (Carpigiane, B, 2002, adaptado por Oliveira, J.B.2020) 8 Figura 6: (Carpigiane, B, 2002, adaptado por Oliveira, J.B.2020) Figura 7: (Carpigiane, B, 2002, adaptado por Oliveira, J.B.2020) 9 2 ESTUDO DA PSICOLOGIA POSITIVA A ciência do comportamento merece especial atenção, pois engloba outras disciplinas, como explica Kamel (2018), quando trata sobre a felicidade ao buscar entender os processos de interação entre o mundo interno e externo onde determinado organismo se encontra e passa a ser investigado, levando em conta a sua adaptação e intervenção do meio que vive. A complexidade desse processo sobre o comportamento humano, envolve a prática de gestão de pessoas no que tange a saúde mental do colaborador e os resultados que levam a produtividade nas organizações. Os profissionais da área consideram que o bem-estar é a principal condição que leva Qualidade de Vida do Trabalho e, em consequência são os resultados positivos nas metas a serem alcançadas no plano de negócio. Ao colocar em discussão as teorias motivacionais tradicionais, Globalização e domínio do sistema capitalista: Psicologia Humanista, na década de 80, com ênfase na análise do comportamento humano, mais especificamente ao estado emocional, voltou a um estudo sobre a insatisfação da pessoa através do psicólogo Maslow (1908 -1970), fundador da Psicologia humanista, investiu na sua teoria da motivação através da tese: “Pensamentos e emoções, transpõe barreiras (Motivação)”, a qual passou a estudar os fenômenos da psicologia humanista como ciência e da essência do ser humano e, mais tarde, os princípios da felicidade. Na figura 8, sintetizamos a modernização das Teorias da Motivação ou Ativação, através da motivação intrínseca (Felicidade; Bem-estar; Status; Poder; Beleza; Satisfação e outros) e, a Motivação Extrínseca (Moradia; Saúde; Renda; Carro; Escolaridade e outros) que atende a escala das necessidades humanas em busca da felicidade. Figura 8: (Adaptado por Oliveira, J.B.E, 2020) 10 Atualmente se busca explicações sobre a felicidade e, de certa forma, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998) explicar: “...A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social. Essa definição, até avançada para a época em que foi realizada, é, no momento, irreal, ultrapassada e unilateral. *.... Não se deseja, enfocar o subjetivismo que tanto a expressão "perfeição", como "bem-estar" trazem em seu bojo. Mas, ainda que se recorra a conceitos "externos" de avaliação (é assim que se trabalha em Saúde Coletiva), a "perfeição" não é definível. Se se trabalhar com um referencial "objetivista", isto é, com uma avaliação do grau de perfeição, bem-estar ou felicidade de um sujeito externa a ele próprio, estar-se-á automaticamente elevando os termos perfeição, bem-estar ou felicidade as categorias que existem por si mesmas e não estão sujeitas a uma descrição dentro de um contexto que lhes empreste sentido, a partir da linguagem e da experiência íntima do sujeito. Só poder-se-ia assim falar de bem-estar, felicidade ou perfeição para um sujeito que, dentro de suas crenças e valores, desse sentido de tal uso semântico e, portanto, o legitimasse. Por outro lado, a angústia (com oscilações), tendo essa angústia repercussão somática maior ou menor(por exemplo, um cólon irritativo ou uma gastrite), configura situação habitual, inerente às próprias condições do ser humano. Divergir de posturas da sociedade, e até marginalizar-se ou de ser marginalizado frente a essa mesma sociedade, não obstante o sofrimento que essas situações trazem, é comum e até desejável para o homem sintonizado com o ambiente em que vive. Freud, em mais de uma oportunidade, procurou mostrar como a perfeita felicidade de um indivíduo dentro da civilização constitui algo impossível. Para ele, a civilização passou a existir quando os homens fizeram um pacto entre si, pelo qual trocaram uma parcela de sua liberdade pulsional por um pouco de segurança. Desta forma, a própria organização social e a condição mesma da existência do homem em grupos baseiam-se em uma renúncia que, ainda que assegure ao indivíduo certos benefícios, gera um constante sentimento de "mal-estar". Desta condição não se pode fugir, donde resulta que entre indivíduo e civilização sempre haverá uma zona de tensão. Pode-se, inclusive, situar o mal-estar em um momento anterior ao da constituição dessa "civilização" de que se fala Freud. Afinal, o homem a construiu exatamente para escapar ao incômodo da insegurança em que vivia, decorrente de sua exposição a um estado de coisas não exatamente sem leis, mas ditado pela lei do mais forte, que não deixa de ser uma espécie de lei, ainda que selvagem e injusta. .... Recentemente, médicos dos EUA criaram uma entidade nosológica e até lhe deram um C.I.D.: é a "síndrome da felicidade", incompatível com a situação do homem, com suas dificuldades, dúvidas, medos e incertezas. Seria dessa "felicidade" que a OMS tiraria seus parâmetros para caracterizar o "perfeito bem-estar mental"? (SAÚDE PÚBLICA,1997). Segundo o sociólogo Pierre Bourdieu (1930-2002), existem quatro tipos de capital que contribuem para a reprodução social na sociedade: capital econômico, capital cultural, capital social e capital simbólico, passado de geração em geração e mantém as pessoas na busca de uma classe social ou reproduzindo a desigualdade. Os quatro tipos de capital são: ● Capital econômico: a renda e a riqueza correspondem a reprodução social; ● Capital cultural: a perspectiva, as crenças, o conhecimento e as habilidades compartilhadas que são transmitidas entre as gerações, que podem, por sua vez, influenciar o capital humano; 11 ● Capital humano: a educação e a capacitação profissional que uma pessoa recebe e que contribui para a probabilidade de ela adquirir capital social; ● Capital social: a rede social a que se pertence e que pode influenciar muito a capacidade de encontrar oportunidades, especialmente emprego. A modernidade cujo cenário identificado por constantes transformações e mudanças, faz a sociedade buscar alternativas para vantagem competitiva e seu principal elemento o ser humano busca a ativação das conquistas e o intenso processo de adaptação a este cenário. Dessa forma ao procurar entender o papel da Neurociência a psicologia não é apenas a prevenção e cura, estabelecer um comportamento e a saúde mental do ser humano. Não só a patologia, mas os fatores sobre suas virtudes e potenciais que regularizam seu estado mental, promovidos pela Neuroplasticidade cerebral (Kolb & Whishaw, 1999) nos processos de adaptação e, como pode ser visto na figura 9, fazemos uma correlação entre a Reprodução social do sociólogo Pierre Bourdieu (1982) e o desenvolvimento humano ativado pela motivação e neuroplasticidade, vimos o direcionamento das motivações intrínsecas e extrínsecas, numa linha ascendente onde, conforme o leque se abre na referência das duas retas vertical, o ciclo de vida da pessoa e horizontal, o desenvolvimento humano e, através de novas competências mediante aprendizados e a utilização do potencial, descrito pela Psicologia Positiva, como o emprego das Virtudes e Forças existentes em cada um de nós. Podemos entender que as forças e virtudes existem em cada célula nervosa de nosso cérebro, os neurônios que, quanto mais utilizarmos, mas aumenta a nossa potencialidade para lidar com as adversidades. Como a figura demonstra, temos cerca de 86 bilhões de neurônios no cérebro e apenas utilizamos 30% durante toda nossa vida e os outros 70% morrem conosco se não for utilizado (Kolb & Whishaw, 1999). 12 Figura 9: (Kolb & Whishaw, 1999/. Pierre Bourdieu, 1982, adaptado por Oliveira, JBE,2020) . Dessa forma, a psicologia moderna desenvolve um novo conceito que estuda as características positivas dos seres humanos, promotoras de saúde, alto desempenho, motivação e estado de fluxo, em outras palavras, representada pela Psicologia Positiva. Em 1998, o psicólogo Martin Seligman assumindo a presidência da American Psychological Association, Seligman iniciou movimento denominado Psicologia Positiva, que visa oferecer nova abordagem às potencialidades e virtudes humanas, estudando as condições e processos que contribuem para a prosperidade dos indivíduos e, consecutivamente das empresas, a partir quando essas oferecem um ambiente positivo. Troca os estudos dos transtornos mentais, para as emoções positivas que levam a pessoa ter felicidade. Em 2000, Mihaly Csiszentmihalyi, define a teoria das experiências positivas de fluxo na consciência ou Flow e estados mentais positivos. Resumidamente essas teorias podem ser verificadas na figura 10, de forma resumida e didática seus principais pilares: 13 Figura 10: Kamei, H. 2018, adaptado por Oliveira J.B.E,2020) O estudo das reações do ser humano está representado nos sentimentos e angústias, que também podem ser analisadas em seu potencial com o propósito de alterar as condições humanas. Tradicionalmente, a Psicologia preocupou-se em investigar patologias da saúde mental, menosprezando os aspectos saudáveis dos seres humanos. Nessa direção, inicia a discussão da nova proposta científica, que promete melhorar a qualidade de vida das pessoas e prevenir patologias. Essa abordagem traz à tona a capacidade do ser humano quanto a sua autonomia e capacidade de adaptar- se a qualquer situação no que tange a capacidade ação humana na busca de resultados positivos e suas virtudes. Assim os psicólogos Seligman e Mihaly Csiszentmihalyi passam a estudar uma ciência do comportamento, que olhasse para o lado positivo do ser humano, focando a prevenção e a cura numa psicologia promotora de saúde, qualidade de vida; bem-estar subjetivo e satisfação. “A psicologia positiva é um movimento recente dentro da ciência psicológica que visa fazer com que os psicólogos contemporâneos adotem "uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas" enfatizando mais a busca pela felicidade humana.... Para algumas pessoas, a felicidade plena é algo impossível de se atingir, porém, a Psicologia Positiva sugere que a felicidade é alcançável, com o resultado natural da construção de nosso bem-estar e a satisfação com a vida, ou seja, “A teoria da felicidade” (SHELDON & KING, 2001) 14 3 O MODELO P.E.R.M.A. O Master Coach Senior José Roberto Marques, J.R. (2016), criador da Metodologia Self Coaching, escritor, fundador e Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching – IBC, faz uma breve exposição do modelo P.E.R.M.A., desenvolvido por Seligman, quando é possível construir o bem-estar. Positive Emotion (emoção positiva): As emoções positivas estão entre os diversos elementos que compõem a felicidade e bem-estar. O prazer se relaciona com a satisfação das necessidades físicas, como a fome, a sede, ou tirar um longo sono depois de um dia difícil, a diversão vem de estímulos intelectuais e da criatividade. Prazer também envolve ser intelectualmente desafiado e enfrentar estes desafios. Ao sermos indagados sobre a nossa satisfação com a vida, nossas respostas variam de acordo com o humor que estamos naquele momento.Se nós estamos com pensamento positivo, somos capazes de olhar para o passado com alegria, almejar um futuro e até mesmo desfrutar do presente. Engagement (compromisso/engajamento) Mihaly Csikszentmihalyi, um dos fundadores da Psicologia Positiva, é um grande pesquisador dessa área. Definiu o flow (Estado de fluxo) que, na dimensão de absorção, aproxima-se de engagement (compromisso), que representa um estado de atenção focada, caracterizada por uma mente clara em harmonia com o corpo, concentração sem esforço, perda de autoconsciência, atemporalidade e prazer intrínseco. Relationship (relacionamento): Nós temos a necessidade de nos envolvermos com os outros, amar, nos relacionarmos física e emocionalmente. Ao construirmos uma rede de relações fortes, melhoramos nosso bem-estar. O ser humano depende de pessoas ao redor para ajudar a manter o equilíbrio na vida. Quando estamos sozinhos, costumamos perder a perspectiva sobre o mundo, e não compartilhamos dos problemas e pensamentos. Mas quando deixamos outras pessoas se aproximarem, mudamos esse quadro e começamos a nos ver em um relacionamento saudável, onde, há confiança e sentimentos mútuos. Meaning (significado ou propósito) A verdadeira felicidade vem de criar e fazer a vida ter sentido, ao invés da busca do prazer e da riqueza. Amar e ser amado é um fenômeno significativo Accomplishment (realizações): Um trabalho sobre determinação, a habilidade de se apegar a alguma coisa e perseverar por um longo período, mesmo quando o trabalho em si fica muito difícil. Em determinados momentos de nossas vidas escutamos a máxima “Ganhar não é tudo”. Apesar de ser uma armação que precisamos aceitar, sentimos a necessidade de ganhar algumas vezes, mas devemos aproveitar o “jogo”. Ter objetivos explícitos na vida, mesmo pequenos como a leitura por uma hora, todos os dias, e fazer esforços para alcançá-los, são importantes para o bem-estar e felicidade. (MARQUES, 2016) Para nossa reflexão, muitos de nós temos uma tendência a esperar o pior, “criando fantasias na cabeça” e só conseguindo enxergar o lado negativo, condição que nos leva a evitar situações para não correr riscos. O método P.E.R.M.A., é um modelo que busca a teoria da felicidade desenvolvido por Seligman, quando é possível construir o bem-estar e a satisfação de qualquer pessoa. Todos nós temos a propriedade interna de investigar e incentivar o desenvolvimento e potencialização das habilidades. Esse modelo apesar de ser simples, nem todos conseguem ter resiliência, considerando ser o propósito desse método, se tornando complexo, pois durante 15 nossas vidas nem todo mundo aprendeu a retomada do equilíbrio diante as adversidades encontradas. A seguir, na figura 11, redirecionamos, de maneira mais prática, o que queremos falar sobre esse modelo P.E.R.M.A. desenvolvido por Seligman quando é possível construir o bem-estar no processo de adaptação e/ou mudança, seguindo o objeto de estudo da psicologia positiva no desenvolvimento das emoções e atitudes positivas. O leitor vai perceber a inclusão da “Letra V – Vitalidade”, como um novo elemento nesse modelo da teoria da felicidade: Figura 11: (Fonte: Martin Seligman, livro “Florescer – Uma nova compreensão Sobre a natureza, RJ, 2021, adaptado por Oliveira, JBE, 2020. A pesquisa em Psicologia Positiva identificou habilidades para a resiliência e exercícios para impulsionar a nossa experiência em emoções positivas. Quando estamos ociosos, sentimo-nos inúteis e entediados. Mas quando nos envolvemos com nossa vida reproduzida na nossa vocação, ganhamos impulso e foco, entrando em estado de flow. A Psicologia Positiva identifica e cultiva nossas forças, virtudes e talentos, fortalecendo a capacidade de flow. Em Kamei, H (2018), apud Csikszentmihalyi, Flow é: “...é um estado mental onde o corpo e a mente fluem em perfeita harmonia (“Focado”), caracterizado por alta motivação, alta concentração, alta energia e alto desempenho. A pessoa entra em FLOW quando está fazendo aquilo que mais gosta de fazer, levando à motivação e engajamento” Assim, o estado de Flow trabalha com a perspectiva de que o engajamento é o envolvimento consciente em alguma ocupação, associado ao desafio criativo, físico ou intelectual (Motivação). A Motivação são desafios, impactando na autoconfiança e a influência positiva sobre a atenção, o aprendizado e a memória, reduzindo (Ou estabilizando) níveis de estresse, depressão e ansiedade”. 16 Ao longo de nossas vidas, adquirimos habilidades, provocados pelo ambiente e/ou através de nossas necessidades que depende de: Nexo causal” (Relação causa e efeito) e “Natureza Humana” (Fator genético sujeito as mudanças constantes). Estudos sobre os fenômenos e impactos das emoções positivas na vida das pessoas, foram desenvolvidos alguns termos importantes para a interpretação da psicologia Positiva, sintetizados a seguir: ● “Estado de flow”, ou Fluxo (do inglês: flow) é um estado mental de engajamento; ● “Mindfulness” (Atenção Plena) é a meditação com o foco de Afastar sentimentos passados, para viver plenamente a situação presente; ● Psicologia preventiva está atrelado ao ambiente positivo, cuja ação do gestor ou coaching neutralizam as emoções negativas; ● “Resiliência” é a retomada do equilíbrio, termo importante atrelado a pratica da psicologia Positiva. Para Portella, M. (2018): “A resiliência, pode ser descrita, como a capacidade de resistir e lidar bem com a adversidade. A resiliência possui dois aspectos essenciais: continuidade e recuperação na eventualidade de uma adversidade ou mudança”. Portella, apud Zolli, 2013, entende que: “... a resiliência psíquica pessoal é mais disseminada e passível de transmissão do que se costumava pensar. Essa tem raízes, não apenas nas crenças, valores, personalidade, genes, mas substancialmente em nossos hábitos mentais, que podem ser cultivados e/ou modificados... (Zolli, 2013)”. As pessoas conseguem reavaliar das situações que interferem no desequilíbrio e emoções por ele provocadas, assim, as crenças para ocorrência da resiliência permitem reavaliações das situações e nesse entendimento, buscamos em Portella (2018) os sistemas de crenças intitulado pela autora, elencados a seguir: ● crença de que é possível encontrar um significado na vida; ● crença de que pode influenciar no seu meio ambiente e nos acontecimentos; ● crença de que as experiências positivas e negativas levam ao crescimento e aprendizado Estabelecer metas e planejar o futuro são fatores que podem ajudar a lidar com as adversidades, bem como a capacidade de acreditar em si mesmo e reconhecer as próprias qualidades. É errado afirmar que as pessoas resilientes não experimentam emoções negativas ou sofrimento psicológico. Pelo contrário, experimentam sofrimento e dor emocional, no entanto não ficam ruminando sua dor. Portella finaliza (2018) “...Muitos autores em suas pesquisas indicam que a resiliência pode ser aprendi- da, sendo que os programas existentes na atualidade que visam promover a mesma destacam: a promoção das competências sociais, emocionais e cognitivas; estímulo à autodeterminação; criação e recompensa dos vínculos; construção de crenças voltadas para o futuro e reconhecimento de comportamentos positivos e funcionais...” 17 4 ALGUMAS TÉCNICAS DA PSICOLOGIA POSITIVA: TÉCNICA DE GRATIDÃO, MINDFULNESS, FLOW ● Técnica de gratidão: Essa técnica é muito simples e proporciona um aumento visível da positividade nos praticantes. Por uma semana, reserve alguns minutos no final da sua rotina para pensar em três bons acontecimentos do seu dia (Ganhar o desenho do filho; Comer um pedaço de bolo ou ouvir uma música que faça feliz. Após, reflita e pergunte: “Por que isso aconteceu?”. No exemplo do desenho, essa resposta pode ser: “porque meu filho tem muito carinho por mim. Procure manter esse hábito. No final do período, vocêvai notar o quanto a sua vida se tornou mais positiva e leve. ● Mindfulness: É uma técnica de meditação, que consiste em ter atenção no presente e se concentrar no que está sentido no momento. Há várias formas de praticar o Mindfulness além da meditação tradicional, como ao caminhar ou fazer uma atividade que você gosta. ● Flow (Fluidez): O flow é um momento de imersão em uma experiência que nos faz bem, a ponto de esquecer o tempo e os problemas. Com isso poderá ter maior dimensão das emoções, se autoconhecer e aumentar o seu poder de concentração. “Para Kamei, Helder, 2018, tem como pressuposto de que qualquer atividade que traga grande satisfação motiva o indivíduo a repeti-la”. Um dos conceitos da psicologia positiva, que é o estado de flow, pode ser entendido como ter controle da própria vida, ações e, ao mesmo tempo, estar imerso na atividade que se está realizando no momento. Segundo os estudos do psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, para haver um estado real de flow, o nível do desafio e as competências devem estar em plena harmonia (Kamei, Helder, 2018). Neste sentido o psicólogo definiu três estágios distintos para entender os índices de satisfação dos indivíduos: ● O desafio está num nível superior às habilidades da pessoa, ela acaba ficando ansiosa e insegura. ● Quando a pessoa possui mais habilidades do que o desafio demanda, o indivíduo sente-se entediado e desmotivado para a tarefa. ● Quando a pessoa encontra um ambiente onde sua habilidade, conhecimentos, competências são compatíveis com os desafios apresentados, ela entra em flow. Para os psicólogos Seligman e Csikszentmihalyi (2000) defendem a psicologia humanista, cuja ação só se dá de forma positiva, mas o homem pode realizar resultados destrutivos. Portanto a ação de qualquer comportamento é o resultado do fluxo que demanda a atenção e motivação, levando a resultados construtivos ou destrutivos. O papel da psicologia como um todo, é ajudar as pessoas a serem felizes. Para Seligman (2003), nas suas pesquisas, a natureza humana, perfil encontrado em quase todas as culturas, daí a nossa análise inicial, quando apresentamos a interdisciplinaridade entre a psicologia, sociologia e antropologia para o estudo da condição e natureza humana. O autor, de modo universal, nas pesquisas existe seis virtudes encontradas em diferentes culturas, onde a psicologia positiva define como característica no 18 desenvolvimento humano, tais como: Sabedoria; Coragem; Humanidade; Justiça; temperamento e Transcendência. A psicologia positiva está alinhada com a qualidade de vida da pessoa. Ao analisar sob o ponto vista da Organização Mundial da Saúde – OMS tem a haver com a dimensão da Saúde física; Saúde psicológica; Aspectos de mobilidade e/ou cuidados médicos; relações sociais e meio ambientes. Todavia, quanto mais desenvolvemos este estudo, mais verificamos a sua complexidade de entendimento, primeiro pela subjetividade e segundo pela amplitude de diferentes comportamentos a ser analisado, pois aqui estamos tratando de indivíduos com características especificas que cada reação depende dela mesmo. Portanto, não existem padrões de comportamento e reações, daí a classificação de indivíduo único, seu intrínseco e sua felicidade, o qual é o objetivo principal de análise da Psicologia Positiva.... Tal abordagem, na nossa visão são eventos singulares desenvolvidos no dia- a-dia e para dar um rumo a esta análise e organizar nosso pensamento, quanto à capacidade e autonomia da pessoa em transformar e neutralizar a visão de incapacidade e improdutividade, elaboramos um gráfico do processo na sequência de ações (Ação 1; Ação 2;... Ação “N”), através dos processos mentais, que ocorre a “mediação” entre a vontade e os objetivos a serem atingidos, sob influência do conhecimento e do contínuo aprendizado que leva às “novas habilidades” (Oliveira,JBE,2014). Esta mediação ocorre durante o “diálogo” da nossa vontade em superar os medos da “impossibilidade”, coordenado pelos processos mentais e a meta a ser atingida está representada na figura 12, onde é possível entender o processo ontológico de mediação entre a ação e a mente a seguir: 19 Figura 12: Processo ontológico de mediação entre a ação e a mente Fonte: Lessa, 2001, adaptado por Oliveira JBE, 2006 Em nossas pesquisas (Oliveira, JBE, PUC-SP,2006), o ponto central é que todos os fenômenos sejam estudados como processos em movimento e em mudança. Desta forma, os processos é um novo aprendizado, dependente da consciência do indivíduo no que tange à aceitação de novos valores e, consequentemente, no comportamento integrado à sua identidade. Para Lukács (1978), o processo ontológico da mediação, discutida nas novas ações e/ou a passagem de uma ação a outra (Figura 11), o indivíduo consegue modificar o meio e atender as suas necessidades. A mediação é um processo de comunicação e de cognição (Compreensão), através do entendimento produzido pela experiência e a aprendizagem. A cada ação do indivíduo este possibilita o desenvolvimento de habilidades, ou desencadeamento de novos processos particulares para a geração de novas capacidades (Oliveira, JBE,2006, PUC-SP). A aprendizagem de novos valores, é explicada pela transformação dos processos elementares, ou seja, dos habituais na vida do sujeito para os mais complexos como as novas habilidades. Para tal, encontramos nas ideias da psicóloga Rego, T.C. (Rego, 2002), através das Teorias de Vygotsky, a compreensão da mudança no processo de mediação, comentadas a seguir: ● A Relação indivíduo/sociedade: Vygotsky afirma que as características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são mero resultado das pressões do meio sociocultural. Ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o meio para atender suas necessidades básicas, transforma-se a si mesmo; ● As funções psicológicas: especificamente humanas, se originam nas relações do indivíduo com seu contexto cultural e social. Desta forma novas habilidades se desenvolvem através do inter-relacionamento, ou alteridade, além de afirmar a ontologia: “O processo ontológico 20 envolve a essência das novas habilidades, através da mediação entre a nossa vontade e os objetivos a serem atingidos, incluindo sempre o processo de aprendizado e a experiência da pessoa”. Para Oliveira J.B.E (2006), citado por Sergio Lessa, quando destaca o filósofo húngaro George Lukács, nas considerações: “A atividade humana que transforma a natureza nos bens necessários é a reprodução social, portanto, a existência social é incompatível sem o trabalho” (2002, p: 27). Assim sendo: ● A base biológica: o cérebro é o órgão principal da atividade mental, ele é mutável e não fixo. Portanto, é possível a (re)socialização e a existência das as novas habilidades, bem como, é passível de alterar o processo cognitivo e afetivo; ● A mediação: está presente em toda atividade humana. A comunicação tem papel de destaque no processo do pensamento e aprendizado, dados os valores, ferramentas e signos valorizados nos conceitos da cultura humana. A comunicação é um processo de aprendizado, logo, um processo de mudança comportamental Habermas (Carvalho, MCB, apud Cohn, 1993), e Markert (2004). Esta mediação ocorre durante o “diálogo” da nossa vontade em superar os medos da “impossibilidade”, coordenado pelos processos mentais e a meta a ser atingida. Desta forma, qualquer ação da pessoa, salvo prejudicada em decorrência de algum distúrbio orgânico e/ou neurológico, torna-a responsável por si próprio, mesmo sob influência do meio. Em nossa visão particular por exemplo,tema a ser estudado no módulo II – Psicologia Positiva, o líder deve utilizar do potencial certo de cada colaborador, começando pela entrevista de contratação, pensando na vocação do candidato que o leva à vontade e motivação de fazer aquela tarefa. Da mesma forma temos um olhar de relacionamento positivo do líder e subordinado (Afeto). O gestor deve saber que a economia conturbada pode ser uma montanha- russa emocional (“Autos e baixos”). “Demissões” e “cortes no orçamento” tornaram- se resultados de medo, incertezas e níveis mais elevados de estresse. A capacidade de gerenciar o estresse no ambiente de trabalho não só pode melhorar sua saúde física e emocional, ele também pode fazer a diferença entre o sucesso ou fracasso na produtividade, considerando aqui a Eficiência focando a quantidade e eficácia da qualidade, onde ambas se associam. A Eficiência é uma contribuição do conhecimento e experiência das pessoas e, a eficácia, mais complexa, é a somatória da vocação, atitudes, interesse e, obviamente o estado de espírito da pessoa ou a sua emoção. Suas emoções são contagiosas e estresse tem um impacto sobre a qualidade de suas interações com outras pessoas. Na prática podemos neutralizar as “ fantasias” preenchidas na nossa cabeça que nos afetam negativamente, as quais podem ocorrer diante da falta de comunicação, ou seja, compartilhar informações com os funcionários para reduzir a incerteza sobre os fatos; Definir claramente os papéis e responsabilidades; Dar oportunidades de participação nas decisões que afetam seus postos de trabalho; Certifique-se de que a carga de trabalho; Habilidades e recursos são adequada aos colaboradores; Evite prazos irrealistas... e aí por diante. 21 Cada pessoa tem um ritmo particular e está ligado a tensão funcional ou estresse, todavia elas imaginam e entendem o stress. Muitas vezes ele pode ser o condutor de uma ação, por exemplo: O stress se divide em três fases: ● Stress Ideal, Quando a pessoa aprende o manejo do stress e gerência a fase de alerta de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair de alerta. ● Stress Negativo (Distresse), ocorre quando a pessoa ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. O organismo fica destituído de nutrientes e a energia mental fica reduzida. A produtividade e capacidade de trabalho ficam prejudicadas. ● Stress Positivo (Eustresse), é o stress em sua fase inicial, a do alerta O organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, fazendo a pessoa produzir mais e ser mais criativa. Figura 13: (Kolb.B & Whishaw.I ,2002, adaptado por Oliveira, JBE,2020) Sintomas mais frequentes de stress: ● Nível fisiológico: Cansaço crônico, Desempenho inadequado, Reações somáticas. ● Nível psíquico: Frustração e raiva, ansiedade, absenteísmo, depressão e paranoia. ● Nível de relacionamento social: Irritação e explosões de raiva com colegas e familiares, isolamento social, inconstância no emprego, mau relacionamento social. ● As mulheres profissionais tendem a se adaptar melhor aos desafios e pressões, sendo menos suscetíveis às doenças que se originam do excesso de stress. 22 Razões: ● Mais facilidade para verbalizar suas emoções; ● Maior conscientização das suas condições físicas e emocionais; ● Mais disciplina na prática regular de relaxamento. ● Síndrome de Burnout: É o estado de exaustão física, emocional e mental, que podem levar a um sentimento de incapacidade... Causas: ● Autoridade das chefias ● Condições físicas e sociais no trabalho ● Descontrole emocional ● Instabilidade (funcional, salarial e emocional) ● Falta de cooperação ● Frustrações na família ou no trabalho ● Sintomas ● Queda de eficiência ● Ausências frequentes ao trabalho ● Insegurança nas decisões ● Protelação ao tomar decisões ● Sobrecarga voluntária ao trabalho ● Se fumante - aumento no consumo de cigarros ● Descontrole emocional Mecanismos dos transtornos mentais no Trabalho (Reações Psicossomáticas). Entendemos que o mecanismo dessas reações é iniciado no ambiente onde o indivíduo se relaciona, seja sob forte pressão, estresse ou causas físicas. As causas, dependendo do perfil psicossociobiológico da pessoa, as reações mentais poderão evoluir ou ser simplesmente transitória. Esse processo pode levar as pessoas às doenças psicossomáticas. Na tabela 2, o leitor pode fazer uma leitura do que são doenças psicossomáticas e, na sequência. Para ilustrar, como exemplo, uma criança em idade escolar apresenta dores musculares. Sua mãe a leva no médico ortopedista e esse pede que troque sua mala com rodinhas. A dor contínua, mas, mais tarde a mãe descobre a criança sofre bullying, feito pelos colegas de mais idade e não consegue se defender dos agressores. A seguir, no Quadro 1, fazemos um resumo do que são doenças psicossomáticas. 23 Quadro 1: Resumo das doenças psicossomáticas (Fonte: França, Cristina Limongi, Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática, 2002, adaptado por Oliveira, JBE, 2019 Transtorno Origem: Sintomas Diagnóstico: Tratamento: O transtorno psicossomático, consolidado sob forma de alguma doença, de natureza psíquica que se expressa de maneira somática e biológica. Ansiedade derivada do temor de ser assaltado; Medo de perder o emprego; Medo de ser traído Gastrite; Dor muscular no trapézio (entre costa e pescoço); Redução do interesse sexual As pessoas psicossomáticas não têm consciência de que a origem dos seus problemas é fundamentalmente psicológica. Capacidade de auto gerenciamento, regulando os estados emocionais; Capacidade de auto - reflexão e sair dos padrões estereotipados Habilidades interpessoais, com resolução de conflitos e ampliação da capacidade de resiliência Efeitos sobre a saúde: ● Dor nas costas: Este é um dos principais motivos que afastam trabalhadores. ● Lesões no joelho: O segundo sintoma mais frequente (A falta de exercícios físicos e a rotina de permanecer sentado por muito tempo). ● Doenças do coração: Podem ser agravadas com o estresse ocasionado pela cobrança de resultados no ambiente de trabalho. ● Depressão e estresse: A cobrança intensa por resultados satisfatórios aumenta o nível de estresse que pode se transformar em depressão. ● Varizes: Esta é outra doença que afeta os funcionários que ficam muito tempo sentados ou em pé. ● Câncer de mama: Este é o único tipo de câncer que aparece na lista das doenças que mais afastam trabalhadoras. Segundo especialistas o tratamento é praticado pela capacidade de resiliência, autogerenciamento, através das habilidades interpessoais com a solução dos problemas e eventuais conflitos. Para tal, deve-se descobrir o nexo causal a ser combatido pelos pontos fortes do indivíduo. A psicologia positiva, cujo movimento que propõe a mudança de foco da análise de uma mente humana com visão da psicologia tradicional que se concentra em transtornos e distúrbios mentais, especialistas defendem que podemos alcançar a felicidade sem buscar nada externo, pois, internamente, somos capazes de utilizar nossas próprias ferramentas para sermos felizes. Portanto, a psicologia positiva tem a condição de promover as sensações positivas nas pessoas de maneira que as elas olhem a vida com um ponto de vista mais otimista. Seligman (2002) no livro Felicidade autentica, desenvolve programas com sugestões de exercícios que visam aumentar o bem-estar e combater as reações mentais “negativas” e substituí-las pelo bem-estar e a felicidade. Esta sustentada em três pilares, tais como: 24 ● Estudo das emoções positivas, como a fé, esperança e confiança. ● Estudo dos traços positivos, sendo eles os pontos fortes, virtudes e habilidades como inteligência ou capacidade atlética. ● Instituições positivas, como a democracia, família e liberdade de investigação, que apoiam as virtudes,que, por sua vez, apoiam as emoções positivas. Ao invés de apenas pensar em maneiras de combater a infelicidade, o autor sugere que cultivar os valores contrários é mais eficaz. A seguir fazemos no Quadro 2, um resumo comparativo das reações mentais, bem como a sua escala de patologia, condição que pode ser propicia ao desenvolvimento, conforme as variáveis extrínsecas e intrínsecas. O desenvolvimento dessas reações mentais que levam aos transtornos mentais, tem origem em causas definidas como “Nexo Causal”. Quadro 2: Resumo comparativo das reações mentais numa escala patológica (Fonte: Paim, Isaias, Psicopatologia, adaptado por Oliveira, JBE,2019): Transtornos mentais Características Causas (Nexo Causal) Reações Mentais Perturbações Transitórias e situacionais Tem início e fim; Permanecem enquanto continuar a alteração ambiental; Tem os mesmos sintomas das perturbações neuróticas e psicóticas. Excessiva fadiga e ameaças; Situação traumáticas (assalto, perdas econômicas, desemprego, luto); Tensão crônica, quando o indivíduo permanece por longo tempo num ambiente que se sente inseguro e insatisfeito ou hostilizado (casamento, abandono na velhice, superproteção) Reações transitórias, semelhantes à neurose. Reações transitórias, semelhantes à neurose. Perturbações cognitivas e emocionais menos severas; não relacionadas ao ambiente, A pessoa tem consciência do comportamento, Não é perigosa para o grupo; Raramente exige hospitalização; Não altera radicalmente a personalidade Impulso instintivo (Mecanismos de defesa consciente x inconsciente) Inferioridade orgânica Preconceitos Experiências não sucedidas Angustia sem causa objetiva. Medo excessivo e infundado em relação a um objeto ou situação A pessoa sente perturbação física com base psicológica; podem ser sensoriais (insensibilidade numa área do corpo) ou motoras (paralisia funcional); Ideia fixa na consciência, sem controle da vontade. 25 Perturbações Psicóticas Perturbações cognitivas e emocionais muito grave, sofre alucinações e delírios, Perde a compreensão das ações Desorientação do ambiente, Perde o contato com a realidade, Necessário a hospitalização temporária, Afeta a personalidade Semelhante a neurose, todavia com maior intensidade. Esquizofrenia: psicose grave que altera o juízo e processos do pensamento (Afeto e relacionamento); Apatia emocional e perda gradual pela vida (início na adolescência); Linguagem caótica, hipocondríaco e infantilidade, Posições corporais rígidas e estranhas por longo período de tempo, Delírios de perseguição ou de grandeza. Para discussão: Nos últimos tempos, o foco na retenção e fidelização do colaborador tornou-se o grande objetivo das empresas. Todos perceberam que para o negócio ser rentável e eficiente, devemos analisar e entender cada vez mais o nosso empregado. Enfim: ● estudar o colaborador e entender seus hábitos, ● o que o faz ser produtivo, ● o que o deixa motivado e o que o desmotiva. Com esse cenário como pano de fundo, gostaria de levantar alguns pontos: Para fidelizar e reter talentos, a empresa deve promover EXPERIÊNCIAS POSITIVAS”. Acreditamos que nos tempos de hoje, para as empresas conquistarem e fidelizarem os talentos, elas deverão fazer um “algo a mais”, fazer algo que não estava escrito no contrato inicial e que surpreenda positivamente o colaborador. O ponto importante é que para promover “experiências positivas” e “encantar” os colaboradores, as empresas deve contar com a disposição; relacionamento e motivação dos envolvidos!!! Todavia, sob o aspecto organizacional, acompanhamos muitos artigos que se referem as empresas preocupadas com a qualidade de vida de seus colaboradores, ou pelos menos com a sensação de felicidade e satisfação (Flow) e o grande esforço em definir bem-estar, saúde e, mais ainda, aumentar o desempenho desses colaboradores que são afetados pelas causas de sofrimentos psíquicos no trabalho, tais como: ● Falta de trabalho ou a ameaça de perda do emprego; ● Trabalho desprovido de significação; ● Fracassos, acidentes ou rebaixamento de cargo; ● Impossibilidade da comunicação espontânea; ● Jornadas longas de trabalho, com muitas horas extras; ● Pressão muito grande por produtividade, além do possível realizável; ● Níveis altos de concentração em períodos integrais e sem interrupções, levando-os a chamada síndrome do esgotamento profissional. 26 Nesses casos que desenvolvem reações mentais negativas e, consequentemente a queda da produtividade, conflitos e outras reações de defesa. Segundo a teoria de Csikszentmihalyi, o flow ou estado de fluxo, é um conceito que designa o estado de consciência em que a mente e o corpo se encontram em perfeita harmonia. Para esse psicólogo, isso acontece durante a realização de atividades que deixam as pessoas felizes e nesse estado de fluxo a ação segue de acordo com uma lógica interna que parece não precisar de nenhuma intervenção consciente da pessoa. Vamos dar um exemplo simples que pode servir de paralelo as atividades que fazemos no dia-a-dia em nosso trabalho. O lazer é uma ação de satisfação que faz fluir nosso bem-estar pois estamos fazendo por nossa vontade, num ambiente que percebemos como satisfatório e temos a sensação positiva e, finalmente, entendemos (Cognição) como algo que vais ficar em nossas mentes e vamos novamente vivenciar. Não existem traumas!!! Mais complexo ainda, a mesma situação positiva para nós, talvez não seja para outro, por exemplo jogar bola ou assistir o time preferido, ou fazer compras no shopping. Pensando no trabalho, as reações são as mesmas se não tivermos o equilíbrio de nossa consciência e, mais ainda a inteligência emocional. 5 APLICAÇÃO DA PSICOLOGIA POSITIVA NAS ORGANIZAÇÕES Os estudos sobre os aspectos positivos do ser humano tiveram início no século XX com o surgimento da psicologia humanista, desenvolvida na ótica que os indivíduos são seres pensantes, com razão e emoção, estando em constante busca pela autorrealização. A psicologia humanista teve seu marco nas pesquisas de alguns teóricos, como Abraham Maslow e Carl Rogers, na década de 1950, focando o comportamento da pessoa interagindo com seus sentimentos íntimos. Nasceu como uma alternativa para as duas escolas principais na época: o behaviorismo e a psicanálise. Seu objetivo era dar uma resposta diferente, abordando os problemas do ser humano, oferecendo uma perspectiva da área da saúde ao invés da doença. A seguir, no Quadro 3, resumimos as principais teorias motivacionais, definições e respectivas características e seus pesquisadores Quadro 3: Resumo das principais teorias motivacionais, definições, características e seus pesquisadores. Fonte: Robbins, Stephen, Comportamento Organizacional, 2005, adaptado por Oliveira, JBE, 2019. Teoria Definição Característica Behaviorista (J.B. Watson) A motivação é baseada no comportamento ou conduta do indivíduo, mediante estímulos respostas Estuda o indivíduo como sendo seu comportamento a única fonte; avalia as relações estimulo e respostas através de um impulso determinado através da aprendizagem controlada Cognitiva (Kurt Lewin) A motivação é baseada na maneira como o indivíduo percebe e entende as coisas, através da sua experiência passada Baseado na experiência individual, valores, crenças e outros; O impulso não é automático, depende do próprio indivíduo; Muitas vezes o que é percebido pelo individuo não é totalmente real (Fantasias) Psicanalítica (Freud) A motivação inconsciente do indivíduo e pelo instinto. O Existe dois motivos que impulsiona o indivíduo: A vida (Auto preservação: fome, 27 indivíduo no seu estado consciente defineas suas ações sono, sexo) e a morte (destrutivo: agressão); motivação manifestada através da libido (Energia sexual) Hierarquia de Necessidade (Maslow) A motivação determinada pela dinâmica das necessidades do indivíduo, com o objetivo de aliviar a tensão Enfoque na hierarquia de necessidade; apresenta cinco categorias de necessidade: fisiológica, segurança, social, estima e auto realização; O indivíduo é um eterno insatisfeito. E.R.C. (Alderfer) A motivação determinada pela satisfação das necessidades do indivíduo Se baseia em três categorias: bem estar material, relações interpessoais, desenvolvimento pessoal; adota a hierarquia das satisfações, quando não atinge a sua satisfação, entra em regressão frustração. Necessidades Adquiridas (Mc Clelland) Sustentada pela necessidade de realização, social e poder. Contexto social é o ponto essencial para a motivação. Ações competitivas; Ações motivadas por metas. Motivação e Higiene (Herzberg) Motivação do indivíduo em duas situações: o ambiente (liderança, relações interpessoais,) e trabalho (reconhecimento, e desafios.) Insatisfação está ligada ao ambiente; Satisfação está ligada ao tipo de trabalho; Maturidade e Imaturidade (Argyris) Baseado na suposição de que todos são imaturos e desenvolvem a maturidade. Indivíduo está em crescente busca da maturidade e crescimento. Teoria X e Y (McGregor) As pessoas preferem ser dependentes e imaturas (Teoria “X”) e outras, criativas e independentes (Teoria “Y”). Teoria X (dependentes): trabalho desagradável, pouca criatividade, motivação ocorre nos níveis fisiológico, segurança. Teoria Y (independentes): trabalho interessante, ocorre em nível social e auto realização. A psicologia humanista vê a pessoa como um todo, ou seja, os pensamentos, o corpo, as emoções e o lado espiritual estão inter-relacionados. Outra característica ela ocorre em contexto interpessoal, sendo necessário o relacionamento com o outro, para o desenvolvimento do ser humano. Dessa forma, as pessoas são responsáveis pelas suas escolhas, inclusive o desenvolvimento de suas virtudes e potencial. Finalmente, é inato as pessoas a auto realização, considerando que em seu interior ele encontra as respostas da sua cura, suprindo as emoções e necessidades. Esse seguimento da psicologia é liderado por Maslow que, em 1943, descreveu a hierarquia de necessidades baseado na Motivação Humana". A autorrealização, criatividade e individualidade seriam os temas centrais dessa nova abordagem mais conhecida como hierarquia de necessidades ou pirâmide de Maslow, considerada a base da compreensão da motivação humana, sustentada que cada pessoa possui um conjunto de necessidades básicas que devem ser atendidas, as quais englobam: biológica e psicológica, segurança, pertencimento e amor, autoestima e autorrealização. Uma vez satisfeitas as necessidades básicas de um indivíduo, tais como ter abrigo ou sentir-se amado, ele é capaz de se concentrar em suas necessidades de ordem superior, como a realização e a autoestima. Pode-se entender as pessoas são movidas em relação a determinados comportamentos em um determinado momento. Para Maslow a psicologia positiva é o lado negativo das doenças mentais, como as neuroses e psicoses e, nesse sentido, nos apropriamos desse pensamento apresentamos a premissa de que a tensão em primeira vista tem conotação negativa, 28 todavia ela pode agir como um impulso motivacional podendo através de estímulos específicos ser uma Tensão Funcional (motivação) com energia para fazer as coisas ou, Tensão Disfuncional (apatia) desenvolvendo Barreiras individuais ou organizacionais. Óbvio que esta última está intimamente relacionada a baixa produtividade, interesse das organizações, pois tais mecanismos movimentam as pessoas para comportamentos de alto desempenho (Ativação). Para tal, Martin Selman e Mihaly Csikszentmilhalyi enquanto fundadores da psicologia positiva (1998), onde, especificamente, o primeiro deu ênfase a teoria da psicologia positiva, no que tange ao máximo aproveitamento dos pontos fortes e virtudes da pessoa e, o segundo, ao Flow, ou a experiência do fluxo como agente de felicidade e satisfação, quando a pessoa experimenta a sua real vocação e interesse em fazer aquilo que gosta. Ambas as teorias mudam o foco da psicologia que estuda as doenças mentais, para a motivação, capacidade de resiliência e o uso correto do potencial humano. Para Martin Seligman (1998) as virtudes humanas são as responsáveis na condução desse processo, as quais são raramente percebidas. Nas figuras as seguir de 14 a 20, fazemos uma correlação com a Psicologia Organizacional; Psicologia Tradicional e Psicologia Positiva, fazendo uma breve revisão dessa importante Psicologia moderna: Figura 14: (Instituto de psicologia Positiva & Comportamento, disponível em https://psicologiapositiva.com.br/test-center/introducao-ao-teste-avi/) 29 Figura 15: (Instituto de psicologia Positiva & Comportamento, disponível em https://psicologiapositiva.com.br/test-center/introducao-ao-teste-avi/) Figura 16: (Instituto de psicologia Positiva & Comportamento, disponível em https://psicologiapositiva.com.br/test-center/introducao-ao-teste-avi/) 30 Figura 17: (Instituto de psicologia Positiva & Comportamento, disponível em https://psicologiapositiva.com.br/test-center/introducao-ao-teste-avi/) Figura 18: (Instituto de psicologia Positiva & Comportamento, disponível em https://psicologiapositiva.com.br/test-center/introducao-ao-teste-avi/) 31 Figura 19: (Oliveira, JBE,2020) Figura 20: (Paludo, S.S.; Koller, S. H., adaptado por Oliveira, JBE,2020) Para os filósofos, por exemplo, as virtudes humanas básicas são a benevolência, justiça, paciência, sinceridade, responsabilidade, otimismo, sabedoria, respeito, autoconfiança, contentamento, coragem, desapego, despreocupação, determinação, disciplina, empatia, estabilidade, generosidade, honestidade, flexibilidade, humildade, misericórdia, introspecção, entre outras. 32 Para os psicólogos são as competências e habilidades existentes que conseguem distinguir o comportamento e, de forma mais profunda a personalidade do indivíduo. Especificamente, a psicologia positiva adota as virtudes para definir o caráter de uma pessoa, por exemplo, Martin Seligman descreve vinte e quatro forças de caráter agrupadas em seis virtudes principais: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência. Na abordagem da Psicologia Organizacional que trata da análise dos problemas relacionados com a gestão de recursos humanos ou gestão de pessoas dentro de uma empresa, procura compreender como os funcionários atuam em ambientes coletivos e analisando as consequências de uma determinada atitude dentro do ambiente de trabalho e, obviamente a busca de resultados. Ao fazer uma correlação entre a psicologia organizacional e a psicologia positiva, encontramos a ênfase de seu uso no ambiente educacional e organizacional, no que tange ao aprendizado de novas competências e orientação. A aplicação da psicologia positiva nas organizações divide-se em duas grandes áreas: o estudo organizacional, sobre os processos e estados positivos no contexto das organizações e o comportamento organizacional positivo. Assim, nas pesquisas da professora Martins, A.T.C.S. (2014), o Modelo de Intervenção Organizacional Positiva tema que contribui para o crescimento dos ambientes e relações de trabalho ocorre as organizações eficazes, em que a relação entre a positividade e os lucros da empresa se possa mostrar evidente ao reconhecer a importância dos comportamentos humanos. Martins (2014) sustenta em seus estudos voltados para psicologia organizacional positiva as contribuições de Maslow, quanto à tentativa da compreensão da natureza Humanae à criação de condições para que o caráter positivo possa ser expresso e ainda ressalta: “Herzberg, no desenvolvimento humano positivo para o enriquecimento do trabalho produtivos e, Likert que procurou estudar a liderança, e a forma como podem os líderes despertar as melhores qualidades das pessoas e dos grupos...” Nessa direção a professora em sua dissertação conclui que as organizações não são contextos exclusivamente criados com a função de obter lucros e de realizar transações econômicas. As pesquisas mostram não só das recompensas monetárias serem relevantes as pessoas, mas esperam ser tratadas com dignidade, respeito e justiça e querem crescer e desenvolver-se enquanto pessoas e profissionais. Para nós é importante saber o papel do gestor de pessoas em relação a psicologia positiva tema ser discutido no módulo II e, mais além disso, diante da dissertação analisada anteriormente, quando é ressaltado os reais interesses das pessoas nas instituições, que vão muito além de um salário, foco da psicologia organizacional positiva. Podemos iniciar nossa análise dentro de uma organização, buscando conhecer o papel dos profissionais de gestão de pessoas, observando as suas interações junto aos funcionários e com o próprio ambiente no qual eles estão inseridos. Dessa forma, uma missão importante desses profissionais é estudar os fenômenos psicológicos nas organizações, com o objetivo de atuar sobre os problemas organizacionais ligados as pessoas. Melhor, passa a atuar na essência do ser humano diante das suas necessidades e satisfação, ou seja, a humanização. Com isso é substituído o papel de gestão para gestão com pessoas. 33 Nessa ação, as três ciências comportamentais, com suas respectivas qualificações, assumem o papel de analisar a personalidade do indivíduo (Psicologia), as relações interpessoais (Sociologia) e as condições humanas (Antropologia). O coach trabalha para que o próprio profissional possa se conhecer e identificar seus pontos fortes e fracos, se desenvolvendo a partir dessa descoberta, ou seja, corrigindo as vulnerabilidades e enaltecendo as virtudes necessárias para atingir seus objetivos. Dessa forma, além de contribuir para a carreira do colaborador, o coach também favorece a realização de suas metas pessoais, muitas vezes responsável pela motivação diferenciada ao funcionário, transcendendo as barreiras internas e externas. “...de acordo com a psicologia, transcender está relacionado com pensamentos e emoções, e é a capacidade do ser humano de transpor certas barreiras, se tornando superior a algumas circunstâncias. Para alguns pesquisadores, o ato de transcender também pode ser visto como o ato de se diferenciar de outros indivíduos de forma positiva, atingindo um patamar superior em um determinado trabalho ou contexto (SIGNIFICADOS). Na nossa concepção o ser humano tem a capacidade de mudar e adaptar-se as diferentes situações, ou seja, a neuroplasticidade e, se as organizações são feitas de pessoas, logo essas também possuem tal capacidade, a organoplasticidade, ambas situações podemos falar também da retomada do equilíbrio diante do processo da resiliência e aprendizado. Para Marques, J.R. (2016) a neuroplasticidade diz respeito à capacidade do cérebro de se adaptar ao longo das experiências vividas e dos aprendizados. Trata- se de uma característica do sistema nervoso que é fundamental para a realização de qualquer atividade que estimule o cérebro, como prática de atividades físicas, leitura ou qualquer processo de aprendizado. Ao falar do processo de aprendizagem, consiste em informar o cérebro que determinada informação é importante e precisa ser devidamente armazenada para cumprir uma função naquele momento de sua vida. Para que esse aprendizado ocorra com qualidade e eficiência, é preciso que o cérebro seja devidamente estimulado de maneira principalmente criativa e positiva. Em se tratando de organoplasticidade, o ambiente corporativo não é diferente. As empresas a todo momento passam por novas experiências e trocam diversas informações com o cenário econômico, s tudo isso nos permite implementar melhorias nas e, lógico, novas tecnologias; Inovação e competências, representado na Figura 21 a seguir: 34 Figura 21: Oliveira, JBE,2020) A psicologia positiva tem grande influência nas questões do comportamento organizacional, seja no modelo de aprendizado, seja através de seus líderes transformadores, desbloqueiam as emoções negativas ou “fantasias” criadas nas equipes pela falta de comunicação e feedbacks contínuos, ao mesmo tempo que negam a fluência das ideias criativas de seus subordinados, Todavia são condições que dependem da natureza humana, daí a grande importância da ajuda dos psicólogos organizacionais que levam diferentes benefícios às organizações, representados pelo aumento da produtividade, melhora nas relações de comunicação entre colaboradores de todos os níveis, diminuição das demissões e novas contratações por causa do bom entrosamento da equipe, identificação de problemas de saúde e doenças ligadas ao trabalho e ajuda na promoção da motivação. É comum num plano de negócio ouvir sobre a gestão estratégia de pessoas alinhadas a gestão estratégia organizacional, na tentativa de evitar os famosos pecados organizacionais focados na gestão operacional de pessoas, como exemplo a seleção inadequada de profissionais não olhando suas virtudes, digo, perfil adequado alinhado ao modelo organizacional. Apoiados nas virtudes descritas por Martin Seligman, alguns cursos de MBA - Master in Business Administration, na tradução em português, Mestre em Administração de Negócios, que forma executivos na área de administração, o planejamento de carreira foca o estudo dos sete pecados capitais no Coaching e na Gestão de Pessoas, alinhados a Mudança comportamental, através do aprendizado e equilíbrio emocional do colaborador, desenhando seu progresso do profissional, quando esse processo depende apenas da pessoa, configurando nas metas profissionais e a Auto gestão e motivação; Revisão periódica dos seus interesses; Personalidade pro ativa; Criação das próprias oportunidades e a Priorização dos próprios valores e Interesses. Para Montrucchio (2020) gestora de recursos humanos e Coaching no Planejamento de Carreira, atuando em processos de coaching, outplacement e 35 programas de desenvolvimento profissional pelo SEBRAE PR, destaca a seguir, no Quadro 04, os sete capitais, como identificar e como evitar:( MONTRUCCHIO, 2019) “Pecados” Como identificar Como evitar Ira Explode facilmente e desqualifica a capacidade alheia. Comunique-se e não leve os problemas para o lado pessoal. Preguiça Quando transfere responsabilidades e tem dificuldade de planejar. Ser proativo, gostar do que faz e focar no que é importante para a crescer... Inveja Impede que os outros se destaquem. Autoestima e confiança nos pontos fortes. Avareza Centralizador e não compartilha informações e ações positivas Compartilhe informações com solidariedade e ética. Luxúria Ego elevado e gostam de demonstrar poder. Trate os outros com mais humildade. Vaidade Dono da verdade, é inflexível e não coopera. Saber ouvir e crie alianças com seus pares Gula Acumula várias tarefas ao mesmo tempo com medo de perder oportunidades. Manter o foco e planejar a médio e longo prazo. Citamos no desenrolar deste texto o erro capital na falha básica da seleção de pessoas (A ser estudado com maior aprofundamento no Módulo II), todavia, não podemos deixar de comentar a falha no planejamento de sucessão e a ausência de ferramentas efetivamente aplicáveis para o Assessment Centers (“Centro de avaliação”): Avaliação de potencial e identificação de talentos, processo muito utilizado na empresa moderna, para identificar os pontos fortes e fracos do profissional e avaliando comportamento e competências.Para a prática do Assessment Centers como análise dos reais potenciais e virtudes do profissional, condição que prevalece no sucesso de uma psicologia positiva na organização, é necessário seguir algumas etapas estratégicas do profissional de recursos humanos, tais como: ● Alinhar a gestão de pessoas aos objetivos dos negócios (Core Business). ● Mapeamento Competências Essenciais ● Planejamento Estratégico em RH (O que é avaliado: Análise da cultura organização; Análise da chefia imediata; Competências do cargo; Análise da subcultura e Avaliação comportamental) ● Revisão do processo de seleção ● Programa de avaliação de desempenho ● Programa de Avaliação de Potencial e plano de desenvolvimento individual ● Programa de treinamento ● Programa Remuneração competência 36 Na figura 22, representamos de forma esquemática a ordem de desenvolvimento na prática organizacional para atração e capitação de talentos. Figura 22: (Oliveira, JBE,2020) De modo geral o Assessment Center é definido como avaliação do perfil comportamental, na gestão de pessoas é a identificação e análise das competências, forças e virtudes, que são mensuradas com o suporte de entrevistas, testes e Inventários (Mapeamento Comportamental), com o objetivo de conhecer a vocação e limitações pessoais, visando desenvolver Talentos e o aumento da produtividade na visão da Psicologia Positiva. Atenção!!! O assessment deve levar em conta os pontos estratégicos e a cultura da empresa. Outro fator de extrema importância são os erros cometidos em relação a gestão estratégica de pessoas e, além da aplicação inadequada, é a falta de uma remuneração estratégica, sem efetivamente analisar os resultados das qualidades ou virtudes do profissional, ou seja, a remuneração por competência. Já que estamos falando em competência e virtudes, podemos dar ênfase num termo também utilizado nas empresas estratégicas o termo core competências conhecidas entre os profissionais de recursos humanos como competência essencial Para Hamel, G. & Prahalad, C.K. (1995) “Core Competências” tem seu principal foco: “...designar uma competência chave que desempenha papel fundamental para seu crescimento, desenvolvimento e estabelecimento diante dos clientes. A relação entre estratégias organizacionais e estratégias de recursos humanos é engajar os colaboradores às diretrizes da Empresa, em outras palavras, pessoas engajadas são pessoas felizes...” A psicologia positiva tem um aliado importante no engajamento do colaborador que é sentir-se participante do processo e ter a felicidade de poder contribuir. Dessa forma, a partir quando a área de recursos humanos mapear junto ao plano de negócio 37 quais as competências essenciais e informar aos colaboradores, em diferentes níveis, onde são bons e onde precisam se desenvolver, diminui a ansiedade e a insegurança sentindo mais fortes e conscientes do caminho a seguir. Para Hamel & Prahalad (1995) no que tange a Psicologia Positiva nas organizações, a nova visão de gestão é propiciar o florescimento das competências ou pontos fortes em cada um de sua equipe, viabilizando uma energia positiva que vem neutralizar as possíveis deficiências do funcionamento emocional e social. Torna-se simples esse entendimento ao construir um esquema em nossa mente, pensando na figura de um triângulo isósceles que tem dois lados iguais formando a base e um diferente, a ponta. Nesse triângulo, no vértice superior, localizamos as variáveis positivas e negativas que faz parte do ambiente e, na base da figura, em um dos vértices estão as reações psicológicas do indivíduo e no outro vértice, as doenças psicossomáticas. Para Fontes, F. F. (2020), apud Herbert J. Freudenberger, se o indivíduo sofre pressão ou alguma autoridade excessiva, por exemplo seu chefe, nele é desenvolvido uma reação psicológica com emoções negativas e, consequentemente, as doenças psicossomáticas, cujo transtorno é consolidado sob a forma de alguma doença de natureza psíquica, como o estresse negativo ou síndromes, por exemplo a de Burnout, que é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, definido por Herbert J. Freudenberger como "(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional" Na figura 23, fica mais fácil entender o que Freudenberger quer dizer (Oliveira, JBE,2020): Segundo especialistas o tratamento é praticado pela capacidade de resiliência e autogerenciamento, através das habilidades interpessoais com a solução dos problemas e eventuais conflitos. 38 Em nosso estudo, esse procedimento estende ao método de Martin Seligman, quando trata de mudar o foco das doenças mentais para motivação, capacidade e potenciais humanos, digo psicologia positiva. Como o leitor pode perceber, na gestão de pessoas com método tradicional, esses casos seriam tratados com afastamento e/ou doença do trabalho, com certeza de alto custo para a empresa e estado. Para a psicologia positiva vai mensurar o aumento de satisfação e felicidade das pessoas, ela analisa os recursos internos de resiliência no ser humano: “...as suas emoções influenciam diretamente na sua performance em tarefas do dia a dia, nas suas habilidades, no seu crescimento pessoal e profissional e nos seus relacionamentos, ou seja, as emoções e sentimentos afetam a forma como você interage com o mundo. O trabalho de aperfeiçoamento e conhecimento das emoções é direcionado para aumentar a satisfação e, consequentemente, elevar o desempenho (MATTA,2015) Pensando no dia a dia nas organizações, podemos fazer uma discussão encima do modelo de seleção que os profissionais de recursos humanos e/ou os próprios gestores de áreas cometem, ao não se atentar no perfil adequado do cargo e do candidato à vaga do requisitante, levando a transtornos futuros de insatisfação e baixa produtividade. Talvez esteja aí os altos índices de rotatividade nas empresas. Ao pensar no ciclo de vida do empregado na empresa, esse problema pode ser traduzido nas etapas a segui em relação do tempo de permanência. Por exemplo: Independente do recrutamento externo ou interno, nesse último um plano de carreira ou sucessão, o candidato esta Busca de Novas Oportunidades no mercado de trabalho, portanto a motivação está em alta levando-o ao envio de Curriculum, net Works, entrevista com requisitante, etc., todavia não se preocupa na exploração dos pontos fortes (Vocação). A escolha do profissional tem como referência o tamanho da empresa e/ou salário inicial. Durante o tempo de permanência na empresa ocorre insatisfação no que faz gerando conflitos (Agressividade e/ou fuga como defesa). A turbulência nesse momento é inevitável, ocorrendo Conflitos entre fatores pessoais e a empresa que trabalha, buscando nova oportunidade e/ou inércia, com ações de desligamento. Para Joel Souza Dutra, professor doutor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo - FEA/USP, ocorre as armadilhas profissionais quando nos referimos aos estágios distintos para entender os índices de satisfação dos indivíduos e os desafios do flow, por exemplo: ● Beco sem Saída: Especialização excessiva em única empresa e Domínio de técnica ou processos decadentes. ● Insatisfação: Áreas de atuação de muito stress e baixa realização. Atividades que só exploram os pontos fracos. Conflitos de papéis (social, familiar etc.). ● “Caminho errado” ou falta de foco: Promoção ou movimentação para áreas ou atividades sem interesse pessoal; Movimentação para função sem perspectiva de realização. ● Visão restrita de Oportunidades: Conflitos entre fatores pessoais (Vocação e talento) e oportunidades oferecidas, Desgaste da imagem. ● Área com problemas de imagem interna; Líder com pouca ou nenhuma qualificação para liderança. Escolha pelo tamanho da empresa e salário sem preocupar com o futuro.
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