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Instituto Superior de Transportes e Comunicações Terminais Rodoviários: Caso MetroBus Licenciatura em Engenharia Civil e de Transportes Disciplina: Planeamento Físico e Gestão Urbana Docente: Arq. Sónia Alberto Discente(s): Lauro Mota, Hilário Pinto, Tamela Magaia, Yasser Khan. Turma: C41 4º Ano Maputo, Junho - 2018 Índice 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 1.1 Objectivos ...................................................................................................................................... 5 1.1.1 Objectivos Gerais: ..................................................................................................... 5 1.1.2 Objectivos Específicos: .............................................................................................................. 5 1.2 Metodologia de Investigação ......................................................................................................... 5 1.3 Estrutura do trabalho ..................................................................................................................... 5 2. FUNDAMENTOS ................................................................................................................. 6 2.1 Planeamento De Transportes ......................................................................................................... 6 2.2 Transporte Público ......................................................................................................................... 7 2.3 Mobilidade e Acessibilidade ......................................................................................................... 8 2.4 Transporte urbano nos países em desenvolvimento ...................................................................... 8 2.5 Aspectos A Avaliar No Sistema De Dos Transportes De Uma Determinada Região ................... 9 2.6 Terminais rodoviários .................................................................................................................. 10 2.6.1. Especificidade Dos Terminais Na Rede De Transportes ....................................... 10 2.2.6. Implementação De Um Terminal Rodoviário ........................................................ 11 2.7 Paragens ....................................................................................................................................... 11 3. SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO ........................................ 15 3.1 Caracterização do Sector Rodoviário .......................................................................................... 16 3.2. Classificação das Estradas .......................................................................................................... 16 3.3 Características da cidade ............................................................................................................. 18 3.3.1 “Cidade de cimento” ............................................................................................... 18 Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 2 3.3.2 “Cidade de caniço” ................................................................................................. 19 3.3 Rede Viária .................................................................................................................................. 19 3.3.1 Corredores Principais .............................................................................................. 22 3.3.2 Horas de ponta ........................................................................................................ 23 3.3.3 Pontos críticos de congestionamento ...................................................................... 23 3.3.4 Tipologias do Transporte Rodoviário na Cidade de Maputo .................................. 25 4. Projecto de requalificação de terminais rodoviários: Caso MetroBus ................................. 33 4.1 Medidas Propostas Para A Melhoria Da Mobilidade .................................................................. 33 4.1.1 Concessão de rotas para os “chapas” ...................................................................... 33 4.1.2 Fim de licenças para “chapas” de 15 lugares ........................................................................... 33 4.1.3 Inspecções ................................................................................................................................. 33 4.1.4 Rotas ......................................................................................................................................... 34 4.1.5 Politica tarifária ........................................................................................................................ 35 4.1.6 Validação automática ............................................................................................................... 35 4.1.7 Concessões de rotas .................................................................................................................. 35 4.1.8 Mixed-ventures ......................................................................................................................... 36 4. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 37 5. GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 39 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 40 7. APÊNDICES E ANEXOS ................................................................................................... 42 Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 3 Índice de figuras Fig. 1 – Características da cidade. Fonte: Araújo (2010). ....................................................... 18 Fig. 2 – Cidade de Maputo. Fonte: Araújo (2010). ................................................................. 20 Fig. 3 – Principais Avenidas. Fonte: Araújo (2010) ................................................................ 21 Fig. 4 – Corredores principais. Fonte: Araújo (2010) .............................................................. 22 Fig. 5 – Pontos críticos de congestionamento. Fonte: Araújo (2010) ...................................... 23 Fig. 6 Principis rotas. Fonte: Araújo (2010) ............................................................................ 29 Fig. 7 – Estacionamento MetrobBus. Fonte: Autor (2018) ..................................................... 30 Fig. 8 – Carrruagem, Caminhos de ferro. Fonte: Autor ........................................................... 31 Fig. 9 – Horários CFM. Fonte: Autor (2018)........................................................................... 32 Fig. 10 – Rotas de comboio. Fonte: Araújo (2010). ................................................................ 32 Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 4 1. INTRODUÇÃO Transportes são utilizados para fazer deslocar pessoas e/ou mercadorias de um ponto para outro. Ao contrário do que acontecia antigamente, os meios de transporte existem actualmente, em diversos tipos. Os transportes possuem uma grande importância, visto que através deles, é reduzido o tempo de movimentação de um ponto para outro e o seu respectivo custo. Para além disso, estes geram emprego. Como ponto de partida deste estudo, é necessário situar Moçambique no tempo/espaço. O país tornou-se independente em 1975, estando no poder de um partido. Com o processo de nacionalizações levadas a cabo em 1976, o Estado passou a ser o gestor da economia e grande parte das empresas e serviços de transporte foram submetidas à sua direcção. O serviçode transporte colectivo, quase na sua totalidade, ficou sob gestão estatal, numa economia de planificação central, sem concorrência ou competitividade empresarial. Nos primeiros anos da independência o governo moçambicano almejava constituir empresas de transporte colectivo nacionais e abrangentes, no presente contexto, o sector encontra-se literalmente em crise. Com efeito, a sua posição e capacidade de resposta afastaram-se consideravelmente dos objectivos pretendidos. Dada a especificidade do transporte colectivo como principal recurso para a mobilidade, quer a nível urbano, quer a nível rural, importa analisar as causas desta situação; isto é, até que ponto às políticas orientadas ao sector dos transportes e a sua implementação, tem correspondido a importância do transporte colectivo em particular. Neste projecto pretende-se olhar com especial atenção para os transportes na Cidade de Maputo e nas suas zonas circundantes mais relevantes, responsáveis por assegurar a mobilidade da população mais desfavorecida e cativa dos transportes públicos. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 5 1.1 Objectivos 1.1.1 Objectivos Gerais: • Analisar e compreender a problemática e situação do sector do transporte colectivo no contexto Moçambicano com destaque à cidade de Maputo; • Produzir informação que possa suscitar uma reflexão por parte do Governo, sector privado, parceiros de cooperação e a sociedade em geral sobre o estado actual do transporte colectivo, no que se refere as suas políticas, assistência e o estágio da concretização de medidas para a sua melhoria. 1.1.2 Objectivos Específicos: • Caracterizar a estrutura do sector de transportes em Maputo e, particularmente o colectivo; • Observar as principais tendências nos transportes colectivos em termos das características dos serviços e infra-estrutura, os factores que afectam a politica governamental, assim como projectar tendências futuras dos problemas, avaliando as suas perspectivas, oportunidades e potencialidades. 1.2 Metodologia de Investigação Este estudo, é resultado dum trabalho de pesquisa bibliográfico/documental e de terreno, recorrendo a entrevistas e observações. Portanto, para a sua concretização, recorreu-se ao uso de diferentes métodos e técnicas para a obtenção de respostas em relação a avaliação do percurso/opções do desenvolvimento do transporte colectivo na cidade de Maputo. 1.3 Estrutura do trabalho Partindo de um resumo histórico, para suas características com recurso a exemplos, exposição de critérios de planeamento e por fim as considerações finais sobre o tema. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 6 2. FUNDAMENTOS Nas cidades grandes os deslocamentos são maiores, pois nem sempre a escola, o trabalho ou o comércio se encontram próximos da residência do utilizador. Os deslocamentos podem ser realizados de diversas maneiras: a pé, de bicicleta, autocarro, metro, motociclo ou automóvel. Com a criação de condições económicas que favorecem o consumo, muitas pessoas optam pelo meio de transporte individual, causando certo tempo depois trânsito mais lento e engarrafamentos, algo comum nas grandes cidades. 2.1 Planeamento De Transportes Sistema de planeamento urbano para transportes visa analisar a dinâmica com que um sistema opera e quais são os pontos a serem melhorados. (Sanches, 2008, apud, Techni Bus, 2006) O planeamento de um sistema de transporte colectivo por autocarro envolve muitas variáveis, sejam nas cidades pequenas ou metrópoles. A limpeza, o conforto, segurança e a pontualidade são itens básicos para a formação da qualidade do serviço, assim como a escolha do tipo de veículo que atenda às diferentes demandas. As grandes cidades dependem de um planeamento para que possam ser mais acessíveis aos seus cidadãos. Porém, não é o que ocorre com o transporte colectivo que, em sua maioria, se apresenta constantemente lotado e não atende aos anseios da população. Somam-se a isso, veículos mal conservados e poluentes, que causam um impacto negativo ao meio ambiente. O planeamento ainda é a única maneira de organizar uma cidade, ainda mais sob o aspecto da mobilidade, através da promoção do transporte colectivo de qualidade. Dessa forma, as grandes cidades dependem de um planeamento para que possam ser mais acessíveis aos seus cidadãos. Porém, não é o que ocorre com o transporte colectivo que, em sua maioria, se apresenta constantemente lotado e não atende aos anseios da população. (Sanches, 2008) Há diversos fatores que dificultam a busca pela maximização da eficiência e a racionalização nos processos de gestão de transportes. Dentre os principais (Sanches, 2008, apud, Valente et al., 2003) citam: Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 7 • A complexidade dos problemas relacionados com a gestão de frotas e a programação dos serviços de transporte pela sua própria natureza, levando algumas empresas a adotarem procedimentos empíricos e intuitivos, estes, distantes do ótimo ou do bom; • Os gestores de transporte acabam absorvendo lentamente avanços nas áreas de informática, telecomunicações, etc; • Descrença ou desconhecimento de ferramentas e técnicas novas e sofisticadas que podem ser extremamente úteis em suas tarefas; • A existência de insegurança e resistência na inclusão de alterações em uma sistemática de trabalho que vem sendo adotada há certo tempo, com resultados. 2.2 Transporte Público A rede de transportes públicos é constituída por um conjunto de carreiras que estabelecem a ligação entre diferentes pontos da malha urbana, sendo importante conhecer quer o respectivo traçado (cobertura espacial), quer o seu período de serviço e frequência de passagem (cobertura temporal). Os pontos extremos das carreiras designam-se por terminais. Ao longo das carreiras encontram-se as paragens para a entrada e saída de passageiros, podendo incluir abrigos ou apenas postalete com informação das carreiras com paragem nesse local, bem como informação adicional da rede útil ao utente e outros equipamentos, tais como, máquinas de venda de títulos de transporte. (CCDRN, 2008) Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 8 2.3 Mobilidade e Acessibilidade A mobilidade é a capacidade de deslocação de um lugar para outro (Araújo apud. Handy, 2002) e pode ser caracterizada utilizando as formas convencionais de avaliação do nível de serviço. A acessibilidade é afectada por um sem número de factores: infra-estruturas dos transportes, preferências dos indivíduos, ocupação do espaço, existência de transportes colectivos de passageiros e as políticas de gestão do tráfego. 2.4 Transporte urbano nos países em desenvolvimento A maior parte da população não tem veículo de transporte próprio. Nas grandes cidades isto significa que, ou as pessoas vivem perto dos locais onde realizam as suas actividades diárias e podem deslocar-se livremente a pé, ou então estão cativas dos transportes públicos. Sendo o preço o factor mais decisivo, o transporte público urbano dos países mais pobres passou por um processo difícil. A maioria das empresas estatais, vivendo já situações orçamentais delicadas e fortemente dependentes de subsídios do Estado, não foi capaz de se financiar de forma a garantir a oferta adequada. O mercado, não satisfeito pelas empresas públicas, passou a ser atendido, de uma forma espontânea por um sector informal. Estas formas de transporte são usualmente vistas pelos governos como um mal necessário, uma vez que, apesar de serem a base do transporte de pessoas em meio urbano, apresentam numerosos inconvenientes: oferecem baixos níveis de segurança, resultado de uma fraca manutenção e do raro cumprimento das especificações de certificação; são conduzidos de forma perigosa, por vezes por condutores sem a qualificação necessária; ainda que de baixo custo, são veículos decapacidade reduzida e que aumentam muito o congestionamento. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 9 2.5 Aspectos A Avaliar No Sistema De Dos Transportes De Uma Determinada Região • Organização - A tendência de descentralização da responsabilidade do governo central para o municipal tem por objectivo incentivar a gestão local e melhorar a eficiência do sistema. • Planeamento e financiamento do transporte - A falha do planeamento urbano de transporte é um dos maiores problemas nos países pobres. Na maioria dos casos não existe qualquer instituição que centralize as decisões nesta área. Outra falha de planeamento importante é a falta de coordenação entre os sectores público e privado. • Tarifas - A aplicação de tarifas irrealistas tem sido frequentemente a causa do insucesso das empresas públicas, uma vez que, na falta de subsídios suficientes, acaba por piora o serviço já que afecta a manutenção e reparação dos veículos e, eventualmente, inviabilizando também a sua renovação. • Regulação do estado dos veículos - Os veículos utilizados, tanto pelo sector formal como pelo informal, são regularmente adquiridos em segunda-mão e sujeitos a uma manutenção deficiente. • Transportes em carris. Os comboios e metros foram muitas vezes vistos como a solução para os problemas de congestionamento de grandes cidades, mas nem sempre corresponderam às expectativas. • Competição e regulamentação. A entrada de privados no mercado, por incapacidade dos estados em subsidiar as empresas públicas de transporte, tem originado um aumento da competitividade. • Propriedade e financiamento. A predominância do sector informal tem ocorrido quando o Estado deixa de financiar convenientemente o sector público, sem permitir a correcção de tarifas inapropriadas. O sector privado, sem responsabilidades sociais e na falta de legislação e fiscalização adequadas, não é seduzido a investir em veículos em melhores condições e de maior dimensão. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 10 2.6 Terminais rodoviários É definido como o lugar de chegada e partida de uma linha de transporte, estando normalmente associados aos transportes rodoviários, ferroviários, marítimos e aéreos. Um terminal constitui-se como parte integrante do complexo sistema de transportes e da própria malha urbana, sendo em muitos dos casos actuais, uma componente física do sistema de envergadura tal, que não se pode dissociar a vivência natural da sociedade sem a presença da mesma. Para além de funcionarem como locais de partida e chegada de uma linha de transportes específica, muitas das vezes os terminais são concebidos e estruturados para acomodarem no mesmo espaço diferentes modos de transporte, funcionando assim como um interface modal. A utilização deste tipo de estrutura, quer por parte dos passageiros, bem como pelas mercadorias, não é marcada pela individualização, mas sim pelo conjunto, isto é, o normal funcionamento, requer no caso dos passageiros, que antes de estes efectuarem a sua viagem, se desloquem ao terminal onde serão devidamente “agrupados” nas denominadas zonas de espera e posteriormente orientados para o seu destino final, independentemente do meio de transporte que utilizem. 2.6.1. Especificidade Dos Terminais Na Rede De Transportes Estes ocupam localizações específicas na rede dos transportes, em adequação com o espaço físico da área urbana, ao mesmo tempo que exercem elevada influência sobre tudo o que se desenvolve nos seus arredores. Os três principais atributos relacionados com a importância dos terminais de transportes são: • Localização; • Acessibilidade; • Infra-estrutura. Assim os novos terminais tendem a estar localizados em locais exteriores a zonas centrais da cidade e próximos das principais vias de acesso, a fim de serem evitados grandes custos na aquisição/expropriação dos terrenos, bem como evitar os comuns congestionamentos de tráfego inerentes à reduzida mobilidade nos centros urbanos. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 11 2.2.6. Implementação De Um Terminal Rodoviário Como se depreende do anteriormente exposto, as terminais são tão peculiares, no que respeita à estrutura da rede de transportes, que a definição da sua localização obriga a caracterização extensa do espaço ao qual este se vai associar. Para além deste factor, a execução de um terminal engloba custos elevados, pelo que o seu planeamento deverá ser bastante cuidado. Segundo CCDRN (2008), Algumas constatações deverão ser tidas em questão aquando da fase de projecto: • Uma terminal deverá promover o crescimento ou até mesmo o rejuvenescimento de uma dada região, já que ao mesmo tempo será promotor de fluxos de mercadorias e de pessoas, como dinamizador da economia; • Sendo uma estrutura dinamizadora da região, e devido aos elevados custos a ela associados, o projecto de arquitectura deverá permitir que o mesmo funcione como projector da identidade da região, já que em grande parte dos casos, funcionará como porta de entrada na mesma; • Deverão ser implementados em local que minimize os impactes sentidos, sejam estes ambientais, económicos ou até mesmo para as edificações vizinhas; • A mobilidade na região deverá ser sempre melhorada, com natural promoção dos transportes públicos, não devendo a existência de um terminal na área, contribuir para um maior congestionamento da mesma; 2.7 Paragens As paragens constituem um elemento fundamental da rede de transportes pois é a partir delas que os passageiros têm acesso ao sistema de transportes, não devendo, contudo, porque dele fazem parte, ser ignorada a sua integração no espaço urbano. Em princípio a densidade das paragens deve corresponder a um valor de aproximadamente 2 a 3 paragens por quilómetro, sendo tipicamente a sua zona de influência. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 12 O espaço destinado à paragem deve ser apropriado para que os passageiros possam aguardar pelo transporte e permitir que a sua entrada e saída nas viaturas se faça com facilidade. Em geral devem estar localizadas próximo dos principais pólos geradores de passageiros com um desenho que minimize a penalização sofrida pelo restante tráfego e afastada dos locais sensíveis ao acréscimo de ruído resultante das manobras de paragem e arranque das viaturas. Segundo CCDRN (2008), na concepção de paragens estão em jogo diversos factores, dependendo das diferentes perspectivas com que podem ser encaradas. Tal dá origem a objectivos com sinal contrário, o que exige a hierarquização de prioridades e à adopção de soluções de compromisso. Enumeram-se de seguida alguns destes objectivos agrupados pelas diferentes perspectivas: Utilizadores • Esperar confortavelmente e em segurança pela viatura, à qual tem de ter fácil acesso, com um tempo de espera aceitável pela viatura da carreira desejada; • Poder identificar facilmente a carreira no momento de chegada da viatura; • Poder encontrar informação acerca do serviço de TP e eventualmente de outros locais de interesse na envolvente à paragem; • Poder orientar-se facilmente após a saída da viatura, encontrando o caminho que o conduza ao destino. Motoristas da viatura • Poder identicar facilmente o local de paragem; • Ter facilidade em efectuar as manobras de paragem e arranque; • Não ter veículos estacionados ou parados próximo da paragem; • Dar condições aos passageiros para entrar e sair das viaturas com facilidade; • Não haver obstáculos que di cultem as manobras de paragem; • Haver homogeneidade nos desenhos das paragens que crie rotinas na condução; • Ser fácil abandonar e reentrar na corrente de tráfego; • Observar com facilidade a entrada e saída dos passageiros nas viaturas. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 13 Operadores • Facilitar a paragem das viaturas; • Facilitar as manobras de reintegração na correntede tráfego; • Minimizar o atraso imposto às viaturas; Autoridades • Minimizar o impacte (demoras e sinistralidade) das manobras de paragem no escoamento do tráfego; • Minimizar o custo de instalação e manutenção; • Minimizar a contestação dos diferentes grupos de interesse (utilizadores, residentes, comerciantes, operadores, etc.). Residentes próximo das paragens • Não estar muito afastada das suas habitações; • Não estar em frente à sua habitação; • Não ser inestética. Comerciantes • Estar próximo do local de negócio (para os clientes que usam os TP); • Estar afastado do local de negócio (para os clientes que não usam o TP); • Não encobrir o estabelecimento di cultando a sua visão; • Não obstruir o acesso aos veículos dos clientes e de carga e descarga Peões; • Não obstruir o seu percurso. Automobilistas • Não interferir com o escoamento de tráfego; • Não reduzir o estacionamento. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 14 Idealmente a localização das paragens deveria preencher os seguintes requisitos: • Articulação com a rede pedonal e proximidade com os pólos geradores de tráfego importantes; • Facilidade na realização de transbordos entre carreiras e/ou modos de transporte; • Intervisibilidade entre os motoristas e os passageiros na paragem; • Disponibilidade de largura do passeio adequada para o movimento dos peões • Afastamento dos locais com ocupação provável de veículos estacionados · proximidade às travessias pedonais, sem que as viaturas possam obstruir a visão no atravessamento; • Proximidade das intersecções minimizando o efeito na segurança e na capacidade; • Afastamento das fachadas dos edifícios mais sensíveis evitando a intrusão visual; • Afastamento de locais que ponham em risco a segurança pessoal; • Iluminação adequada por razões de segurança pessoal Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 15 3. SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO A cidade de Maputo, capital de Moçambique, está situada no extremo sul do país, perto da fronteira com os países vizinhos da Suazilândia e da África do Sul. A rede de estradas classificadas de Moçambique, segundo a Administração Nacional de Estradas (ANE), é constituída por cerca de 30.000 quilómetros de estradas, dos quais apenas 20% são estradas pavimentadas. A rede de Moçambique, respeita a seguinte hierarquia: estradas primárias, estradas secundárias, estradas terciárias, estradas vincinais e estradas não classificadas. Os serviços de transportes públicos em Maputo são ineficazes, inadequados, não são fiáveis e a relação custo / eficiência é fraca. A maior parte das viaturas usadas é inadequada para o fim a que se destina, encontra-se em mau estado de conservação e a sua condução é má. O serviço foi descrito como sendo “um serviço pobre para pessoas pobres”. É insustentável na medida em que se não forem tomadas medidas drásticas em breve, a capacidade do sistema irá baixar, a qualidade do serviço prestado irá deteriorar-se e os custos aos utentes irão aumentar. (Araújo (2010) apud USAID, 2008) O transporte urbano em Maputo encontra-se de facto numa situação complicada, e entrou há já algum tempo num círculo vicioso, que alimenta um clima de tensão entre todas as entidades envolvidos. Os utentes estão descontentes com o serviço prestado e opõem-se a qualquer tentativa de aumento das tarifas. O congelamento da tarifa deteriora a rentabilidade dos operadores, os quais se vêem na necessidade de cortar na manutenção dos veículos e a de encurtar as rotas. Daqui resulta uma deterioração cada vez maior do serviço prestado e a perpetuação da situação. A volatilidade do preço do combustível torna ainda mais instável este frágil equilíbrio. A relação entre os utentes e os operadores públicos e privados deveria ser fiscalizada pelo governo. No entanto, também este se encontra limitado, feito refém pelo monopólio que os “chapas” detêm e que, em caso de uma greve, lhes permitiria paralisar quase completamente a cidade de Maputo. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 16 3.1 Caracterização do Sector Rodoviário Para melhor se perceber a caracterização do Sector Rodoviário de Moçambique, convém compreender o sistema de estradas do país, ou seja, a sua hierarquia, bem como conhecer os tipos de transportes rodoviários predominantes no território. O sistema de transportes públicos, tal como foi referido anteriormente, é dominado por operadores de sector privado, a maior parte dos quais possui apenas um número reduzido de veículos. O sistema é semelhante ao dos outros sistemas existentes em muitas cidades africanas. Uma empresa pública “não saudável” presta um serviço muito limitado, enquanto que as viaturas de menor dimensão (os “chapas”) funcionando numa base amplamente informal prestam todos os restantes serviços de forma complementar. O sistema funciona na medida em que quase todos têm acesso aos transportes públicos, mas o serviço é insatisfatório em muitos aspectos, tendo sido correctamente descrito como “um serviço pobre para pessoas pobres.” Os principais problemas do actual sistema incluem tarifas elevadas, serviços de má qualidade, viaturas em mau estado de manutenção e operação, bem como receitas inadequadas para os operadores. 3.2. Classificação das Estradas Como já foi referido, a estrutura rodoviária em Moçambique, segue a seguinte hierarquia: • Estradas Primárias; • Estradas Secundárias; • Estradas Terciárias; • Estradas Vincinais; • Estradas Não Classificadas. As duas primeiras categorias constituem o grupo das Estradas Nacionais, as Estradas Terciárias e Vincinais constituem o conjunto de as Estradas Regionais. Esta hierarquia foi implementada em 2000, seguindo os critérios estabelecidos no Decreto-Lei no 50/2000. Segundo este decreto-lei, este sistema de classificação de estradas tem como grande objectivo promover a funcionalidade das mesmas. Deste modo, cada tipo de estradas obedece a objectivos específicos: Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 17 Estradas Primárias - constituem a espinha dorsal da rede de estradas, estabelecendo a ligação entre as capitais provinciais e outras cidades, principais portos e principais postos fronteiriços. Estradas Secundárias - são as que complementam a espinha dorsal da rede de estradas estabelecendo ligação entre as Estradas Primárias e centros económicos de elevada importância e postos fronteiriços. Por outro lado também permitem ligação entre as capitais provinciais e portos fluviais ou marítimos. Estradas Terciárias - ligam as Estradas Secundárias a outras Estradas Secundárias ou Primárias. Por sua vez, também estabelecem ligação entre as sedes distritais e postos administrativos e centros económicos de elevada importância. Estradas Vincinais - estabelecem a ligação entre as próprias Estradas Terciárias, e permitem também a ligação dos postos administrativos a outros centros populacionais. Isto implica que estas estradas estejam localizadas em áreas sob a jurisdição dos postos administrativos, subdivisão administrativa dos distritos. Estradas não classificadas, como o próprio nome indica, são todas aquelas que não constam da lista do sistema de classificação de estradas, incluindo as estradas municipais. Este sistema de classificação foi estabelecido segundo normas estabelecidas pelas instituições Moçambicanas, e é necessária uma autorização do ministério da tutela para alterar uma classificação ou classificar uma estrada não classificada. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 18 3.3 Características da cidade Na Figura estão representados os sete distritos que compõe a Província da Cidade de Maputo: os Distritos 1 a 5, Inhaca e Catembe. Estão igualmente representados os três postos administrativos da Matola, assim como as vilas de Boane e Marracuene. Na Cidadede Maputo, coexistem duas realidades claramente diferenciáveis: a “cidade de cimento”, a zona urbana da metrópole, e a “cidade de caniço”, o conjunto das zonas suburbana e peri-urbana de Maputo. 3.3.1 “Cidade de cimento” Formada essencialmente pelo Distrito 1 com alguns (poucos) acrescentos, na “cidade de cimento”, concentram-se grande parte dos principais serviços e do comércio da cidade. Existem inúmeros edifícios de altura considerável, que são uma das imagens de marca de Maputo, e que não se encontram em nenhuma outra zona da cidade. Esta é a zona “abastada” da cidade, com uma densidade populacional menor que os outros distritos adjacentes (Distritos 2 e 3), apesar de a sua área ser completamente urbanizada. Fig. 1 – Características da cidade. Fonte: Araújo (2010). Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 19 3.3.2 “Cidade de caniço” A zona de caniço da cidade resulta de sobre-aglomerações típicas dos subúrbios pobres das cidades de maior dimensão. Este é o espaço economicamente acessível para os pobres que procuram fontes de rendimento nas cidades. Sem recursos financeiros substanciais, acabam apenas por ter acesso a este espaço e assim vão construindo a cidade informal, sem urbanização ou planeamento. Estas zonas carecem de infra-estruturas e os acessos são um labirinto de ruas tortuosas. 3.3 Rede Viária A cidade de Maputo, relativamente à sua rede de transportes de passageiros, tem várias especificidades comuns em todas elas: • Crescimento da população urbana com uma reposta inadequada do sistema de transporte; • Declínio do serviço público de transportes; sobreposição e conflito entre as autoridades • envolvidas nesta área; • Aumento desmesurado do serviço de mini-bus; aumento dos carros particulares; • Infra-estruturas inadequadas e em deterioração; e • Fracas condições para os transportes não motorizados (bicicleta e a pé). Inicialmente, existia uma única empresa principal que assegurava os transportes na respectiva cidade. Esta empresa, durante o processo de descolonização, foi nacionalizada e as tarifas praticadas eram reguladas directamente pelo Estado, sendo tendencialmente baixas. A princípio auto-sustentada, começou progressivamente a necessitar de subsídios e, na ausência/insuficiência destes apoios, o serviço deteriorou-se e perdeu a capacidade de renovar a sua frota de veículos. Criou-se então um vazio de oferta que foi sendo colmatado pelo sector informal, à medida que proprietários de veículos, principalmente mini-bus, aproveitaram a oportunidade de negócio. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 20 A população pobre, resultado da sua precária situação económica, está constantemente refém do frágil equilíbrio entre o custo dos bens e serviços essenciais e da sua capacidade para comprar o que necessita. Desta forma, qualquer estratégia ou conjunto de políticas no sector dos transportes, deve ser enquadrada com os possíveis efeitos na sua população mais desprotegida. A cidade possui um centro organizado e bem planeado. As ruas e avenidas são maioritariamente pavimentadas e com um traçado ortogonal. Tabela 3 – Principais Avenidas (Fonte: Araújo, 2010) Orientação Este-oeste (começando pela mais a sul) Orientação norte-sul (começando pela mais oriental) Av. 25 de Setembro Av. Julius Nyerere Av. 24 de Julho Av. Vladimir Lenin Av. Eduardo Mondlane Av. Karl Marx Av. Mao Tsé Tsung Av. da Guerra Popular (depois Av. dos Acordos de Lusaka) Av. Kenneth Kaunda (depois da Av. Joaquim Chissano) Fig. 2 – Cidade de Maputo. Fonte: Araújo (2010). Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 21 Todas estas avenidas distinguem-se por serem largas, tendo em conta a época em que foram projectadas, com um afastamento entre os edifícios a variar entre 25 e 40 metros. Estas vias possuem sempre entre duas a quatro faixas de rodagem em cada sentido, os seus passeios pedonais são espaçosos e quase todas as avenidas possuem um separador a dividir os sentidos de trânsito. Complementarmente a estas grandes avenidas, existem ainda inúmeras ruas mais pequenas, conforme representados na Figura 3. O bom planeamento destas vias, tantos das avenidas principais como das ruas secundárias, não só assegura um bom escoamento de trânsito dentro do Distrito n.º 1, como também satisfaz as necessidades ao nível do estacionamento, o qual é feito suprindo a faixa de rodagem da esquerda, utilizando parte do passeio ou então no separador central. Nos restantes distritos, os acessos são consideravelmente piores. A maioria das vias pavimentadas corresponde a grandes avenidas que atravessam a cidade, conforme a representação da Figura 3. Estas estradas têm normalmente uma ou duas faixas de rodagem em cada sentido, passeios estreitos, frequentemente ocupados por comerciantes informais. Para além deste conjunto de vias principais, nos grandes quarteirões formados pela disposição destas ruas, os acessos são, maioritariamente, não pavimentados. Fig. 3 – Principais Avenidas. Fonte: Araújo (2010) Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 22 Estas vias não pavimentadas são normalmente estradas de terraplenadas, com inúmeros buracos, o que torna a circulação difícil para automóveis e pequenos mini-bus, e quase impossível para veículos de maior dimensão. No período das chuvas, a falta de qualquer escoamento converte estas vias em verdadeiros riachos, intransitáveis para qualquer viatura. 3.3.1 Corredores Principais O acesso à cidade faz-se essencialmente através das estradas nacionais, da EN 1 para o trânsito com origem ou destino a norte da cidade e da EN 2 para os veículos provenientes da Matola. Em alternativa à EN 2, é possível utilizar a Via do Jardim ou então, localizada mais a norte, a rua da Zona Verde. Para o acesso a norte não existem alternativas. Segundo Araújo (2010), na cidade de Maputo, podem-se encontrar três corredores de trânsito principais, onde se faz o transporte de pessoas dos espaços suburbano, peri-urbano e inter-provincial, para o centro urbano da cidade. Esses três corredores estão ilustrados na Fig.4 a cor-de-laranja e são constituídos pelas seguintes avenidas: Fig. 4 – Corredores principais. Fonte: Araújo (2010) Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 23 • 24 de Julho – EN 2, proveniente da Matola; • 24 de Julho/Eduardo Mondlane – EN 1, com origem ou destino a norte da cidade; • Av. Guerra Popular – Av. Acordos de Lusaka – Av. das FPLM – Av. Julius Nyerere, procedente do Distrito 4 da cidade. Na Figura 4, estão também representados, a vermelho, as vias alternativas aos corredores enunciados. Em alternativa à EN 2, é possível entrar na Matola, utilizando a Rua do Jardim ou então, localizada mais a norte, a rua da 5.578 (Zona verde). A Avenida Vladimir Lenine e a Rua da Beira servem de opção a troços do corredor do Distrito 4, enquanto a EN 1 tem por única alternativa contorno do aeroporto pelo lado leste (corredor do Distrito n.º 4) para alcançar a EN 1 através da Avenida Lurdes Mutola. 3.3.2 Horas de ponta As horas de maior tráfego são de manhã entre as 6h30 e as 8h30, com o pico às 6h45, e de tarde o período com maior intensidade de trânsito é entre as 17h30 e as 19h30. 3.3.3 Pontos críticos de congestionamento A cidade de Maputo apresenta já alguns problemas graves de congestionamento nas horas de trânsito mais intenso. Essas zonas encontram-se bem localizadas e foram situadas no mapa da Figura 5. Fig. 5 – Pontos críticos de congestionamento. Fonte: Araújo (2010) Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 24 Benfica – O entroncamento de Benfica, da EN 1 com a rua da Zona Verde, é o ponto mais sensível da cidade, sendo o resultado de diversos factores. Para começar, a EN 1 é uma via com um nível máximo de serviço inferior ao desejado, visto ter apenas uma faixa de rodagem em cada sentido.Neste entroncamento, o problema agudiza-se, não só pelo cruzamento de trânsito de diferentes direcções, mas também porque este é um ponto de paragem dos mini-bus. Esta zona é sem dúvida o ponto mais crítico da cidade de Maputo, representando uma constante preocupação para quem quer sair de Maputo rumo ao norte. Portagem – A portagem da EN 2 é também um ponto problemático, não devido à falta de postos de pagamento, que são 16, oito em cada sentido, mas porque depois da portagem essas oito faixas afunilam para apenas duas. O congestionamento na portagem dá-se, nas horas de ponta da manhã, no acesso à cidade, e de tarde no sentido inverso. Centro da Cidade – As Avenidas 24 de Julho, Eduardo Mondlane e Guerra Popular apresentam já problemas de congestionamento principalmente por serem utilizadas de forma intensiva pelos mini-bus de transporte de passageiros. Ao longo da Avenida 24 de Julho existem dois lugares problemáticos: um nas imediações da Praça 16 de Junho, por aí se localizar um mercado; e outro no espaço antes do cruzamento com a Avenida da Guerra Popular, local de grande confluência de “chapas”. Os problemas das Avenidas Eduardo Mondlane e Guerra Popular devem-se unicamente à circulação de elevado número de “chapas” nestas vias, embora o facto de cada uma delas ter quatro faixas de rodagem em cada sentido permita escoar de forma razoável o tráfego. Praça dos Combatentes (Xiquelene) – O acesso à Praça dos Combatentes é difícil devido à existência na própria rotunda de uma movimentada bomba de gasolina, assim como a do importante mercado de Xiquelene. Esta rotunda é ponto quase obrigatório para a vasta maioria do trânsito que circula a leste do aeroporto, havendo como única opção alternativa, a rua da Beira. Apesar de tudo, o ponto mais crítico até nem é a rotunda em si, mas antes o acesso a ela, principalmente através da Avenida Vladimir Lenine. Esta avenida, entre as Praças OMM (Organização da Mulher Moçambicana) e dos Combatentes (3,3 km), tem apenas uma faixa de rodagem por cada sentido, e sempre que um veículo de transporte, autocarro ou “chapa”, precisa de largar passageiros, este bloqueia todo o trânsito atrás de si. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 25 Rua do Jardim – esta última zona é sensível pelo mau estado de conservação da via, que obriga os veículos a circularem a reduzida velocidade. A Rua do Jardim representa porém uma alternativa à portagem, tanto a nível de escoamento de trânsito, como para os condutores que querem evitar o pagamento do imposto de utilização da EN 2. Assim, esta via torna-se também, em horas de ponta, num ponto de engarrafamento. Segundo Araújo (2010), a localização de todos os pontos de congestionamento mostra que o acesso ou a saída da cidade se faz com bastante dificuldade. E isto não acontece exclusivamente nos períodos de ponta. Nos períodos restantes, mesmo que de forma mais fluida, o trânsito circula ainda com resistência, principalmente em Benfica, Jardim e Vladimir Lenine. 3.3.4 Tipologias do Transporte Rodoviário na Cidade de Maputo Em Maputo, existem dois tipos de transporte rodoviário: o público e o particular. Os serviços públicos de transporte de passageiros são prestados essencialmente por pequenos operadores do sector privado que utilizam viaturas conhecidas por “chapas”, na sua maioria mini-autocarros de 15 lugares. Empresas públicas operam autocarros convencionais de maior dimensão, mas a parte do mercado que cabe aos operadores ‘formais’ é reduzida. 3.3.4.1 EMTPM A empresa de Transportes Públicos de Maputo, E.P. – TPM foi criada em 1996, a partir da sua antecessora TPU, por despacho ministerial. Tinha por “objectivo principal o transporte colectivo de passageiros” em Maputo e nas áreas adjacentes. Em 1999 circulavam 76 “machimbombos” da empresa (Araújo (2010), apud Gardé e Cordeiro, 2008), enquanto em 2008 atinge-se um limite mínimo de 32 veículos, dos quais apenas 23 em circulação (Araújo apud. Manhique, 2010). Esta empresa extinguiu se passando a uma empresa Municipal. Ou seja, os Municípios de Maputo e Matola começaram a partilhar os autocarros e encargos da empresa Transportes Públicos de Maputo. Este acto visou estabelecer condições legais para que os municípios de Maputo e de Matola conseguissem exercer a responsabilidade de gestão dos transportes públicos no âmbito da estratégia para o desenvolvimento do sistema de transportes. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 26 Como empresa pública, os EMTPM são um instrumento social do Estado e, nesse sentido, os princípios de gestão da empresa devem ser conformes com as políticas sociais e económicas advogadas pelo Estado. O Estado é também o financiador dos EMTPM. Do ponto de vista económico, a empresa está falida, com as despesas a excederem largamente as receitas, e com um passivo acumulado para com o Estado que a empresa nunca conseguirá saldar (Araújo (2010) apud. Manhique, 2010). 3.3.4.1.1 Rotas e horários As várias rotas seguem quase todas o mesmo critério, com o ponto de origem no centro da cidade, na Baixa ou no Museu, e com destino terminal nos distritos municipais 4 ou 5, no Município da Matola, ou em Boane e Marracuene. Das 53 rotas existentes, apenas 4 têm como origem outra paragem que não o Museu ou a Baixa. Apesar de economicamente ser preferível concentrar as rotas, para o utente isto representa um aumento de custos, principalmente quando deseja realizar um trajecto que não é correspondido por nenhuma das rotas existentes. A empresa funciona em três turnos, o primeiro das 4 às 11 horas, o segundo das 11 às 18 horas e último das 18 até a uma hora da manhã. O aumento do número de veículos operacionais não representou um aumento significativo da frequência, uma vez que houve igualmente um aumento do número de rotas activas. A frequência é claramente insuficiente para satisfazer as necessidades diárias das populações locais, que se vêem na necessidade de recorrer ao sector privado. No entanto, os TPM asseguram o que se pode chamar de serviços mínimos, passando sempre à hora estabelecida, assegurando horários nocturnos que mais nenhum transportador oferece e sendo por isso uma garantia de mobilidade para a população. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 27 3.3.4.1.2 Tarifa e bilhete O preço base de uma viagem de TPM corresponde a 12 meticais por uma viagem completa que inclua duas zonas (de Maputo até Boane ou Marracuene) e a 10 meticais por viagem que inclua apenas uma zona (todas as restantes). O bilhete é cobrado por cada viagem, não existindo qualquer desconto por uma viagem subsequente. Isto é válido não apenas para os TPM, como para qualquer outro operador correntemente a operar em Maputo: sempre que um utente entra num transporte, tem necessariamente de pagar a tarifa por inteiro 3.3.4.2 Chapas O problema da mobilidade dos cidadãos mais carenciados foi resolvido através da utilização em massa de mini-bus operados por um sector privado informal. Em Moçambique, esta solução foi designada de “chapas”, os quais têm sido o actor principal da mobilidade de passageiros, quer na Cidade de Maputo, quer a nível nacional, para os trajectos urbanos, provinciais e inter-provinciais. Estes empresários informais contrataram condutores para os seus veículos e colocaram- nos em circulação para o transporte colectivo de passageiros. Este serviço sempre foi caracterizado pelo baixo nível de serviço a troco de um preço também reduzido, e por uma velocidade comercial elevada. Estes veículos originalmente apelidados de “chapas 100”, visto a tarifa praticada ser 100 meticais para todas as deslocações, mas com a inflação do preço, passaram a ser unicamente designados por “chapas”. Uma das características principais dos “chapas” é a simplicidade da sua gestão, a qual envolve somente três intervenientes: o condutor, o cobrador e o proprietário. O proprietárioaluga aos outros dois o veículo por um valor pré-determinado. Este valor é fixo, independentemente do preço da gasolina, da rendibilidade diária, etc. Os condutores são ainda responsáveis por pagar o combustível, pequenas despesas de reparação e de manutenção, portagens e uma taxa diária, caso faça parte de alguma associação de operadores. Toda a receita excedente constitui o salário do condutor. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 28 3.4.1.2 Rotas As rotas são reguladas pela autarquia com aprovação das associações de transportadores. Estas rotas são bastantes idênticas às dos TPM. No entanto, têm um conjunto de origens mais diversificado, havendo rotas com origens em Benfica, Praça dos Combatentes/Xiquilene, Xipamanine e vários pontos na Matola. As diferentes rotas seguem o esquema de cores apresentado na Figura e descrito em seguida: Rota azul (Xipamanine): todos os percursos desta rota têm como destino comum o mercado de Xipamanine. As origens são o Museu, a Baixa ou a Praça dos Combatentes. Rota Cor-de-Rosa: esta rota inclui três percursos: Baixa-Jardim, Baixa-Costa do Sol e Jardim- Costa do Sol, sendo que as principais utilizadas são as Avenidas Eduardo Mondlane, Julius Nyerere e a da Marginal Rota Vermelha: todos os percursos desta rota têm como origem a Baixa e percorrem a parte oriental da cidade com passagem obrigatória na Praça dos Combatentes. Até este ponto há duas variantes. Alguns veículos utilizam as Avenidas Acordos de Lusaka e FPLM, enquanto outros percorrem a Av. Vladimir Lenine. As paragens terminais são a própria Praça dos Combatentes, ou então Laulane, Hulene, Magoanine, CMC, Albasine, usando a Av. Julius Nyerere. Rota Amarela: a rota amarela é idêntica à vermelha, mas com origem no Museu, contorna o Hospital de Maputo e usa exclusivamente o Av. Vladimir Lenine. Rota Verde (Benfica): a maioria dos percursos desta rota iniciam-se na Baixa ou no Museu e percorrem Av. Eduardo Mondlane e a EN 1 até Benfica. Esta é a paragem terminal para alguns veículos, enquanto que outros seguem para Zona Verde a leste; para norte pela EN 1 até Missão Roque, Zimpeto, Matendene, Drive-in ou Acimol; ou para oeste para Malhazine. Existe ainda um percurso que liga Benfica à Praça dos Combatentes, através das Avenidas Lurdes Mutola e Julius Nyerere. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 29 Rota Preta (Matola): Este rota inclui todos os percursos com destino à Matola, quer partam do Museu, da Baixa, de Benfica, etc. Os lugares de destino são vários, Matola Cidade, Matola Rio, Fomento, Patrice Lumumba, T3, Liberdade, Machava Socimol, etc. A partir da Baixa/Museu, esta rota usa preferencialmente a Avenida 24 de Julho e entra na Matola através da EN 2 ou pela via Jardim, contornando a portagem. Fig. 6 Principis rotas. Fonte: Araújo (2010) Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 30 3.3.4.3 MetroBus MetroBus é uma iniciativa de tráfego misto, que combina a operação ferroviária e rodoviária, através de automotoras, com carruagens e uma frota de autocarros. A primeira fase do projecto que vai cobrir, progressivamente, 25 estações ferroviárias. Estima-se que projecto MetroBus, terá uma capacidade para transportar até 1.100 passageiros, através de automotoras e carruagens. Integra, igualmente, uma frota de 100 autocarros. MetroBus é um Sistema ligado ao comboio, ou seja, integrado. Este teve uma fase de treino por um período de aproximadamente 2 meses, dos quais constatou-se que Matola era o ponto mais crítico. Assim sendo, todos os recursos foram virados e destinados para o Município da Matola, que actualmente conta com linhas para Machava, Beleluane, Boane, e as zonas adjacentes a estas. Estas linhas fazem o transporte de passageiros das respectivas paragens até à estação de comboio, que de seguida leva para o destino, onde existem outros autocarros para fazer o transporte para as zonas da cidade. Este sistema ainda não possui terminais nem paragens próprias. A tarifa aplicada é de 78 MT para ida e volta, para quem pretende usar todos os meios disponíveis, desde o autocarro até ao comboio. O Sistema de pagamento é efectuado através de um meio electrónico que envolve um Cartão, este que serve também para fazer a paragem do carro. Este projecto tem em vista num período de 10 anos, fazer uma cobertura por toda cidade e por todos pontos onde pode ser aplicado o Sistema Integrado de Transporte. Fig. 7 – Estacionamento MetrobBus. Fonte: Autor (2018) Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 31 Este projecto resulta da parceria entre a Sir Motors, que financiou a aquisição dos equipamentos e os custos de operação, os CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique), detentor da infra-estrutura ferro-portuária, os municípios de Maputo, Matola, e Boane, bem como os governos dos distritos de Marracuene e Machava. Visando complementar as acções do Governo e a sua visão estratégica integrada, no quadro da parceria público-privada, estando, com efeito, criadas as condições para o aumento da capacidade de transporte de passageiros, com maior frequência, prevenção de sinistralidade, permitindo ao passageiro a possibilidade de optar pelo do horário de viagem. A combinação do transporte ferroviário com o rodoviário, permite que os passageiros complementem o seu ciclo de viagem, optimizando e maximizando a utilização das vias existentes. 3.3.4.4 Comboio Em Maio de 2009 a empresa pública Porto e Caminhos de Ferro de Moçambique pôs em circulação 3 automotoras como capacidade para 174 passageiros cada. Durante a semana estas automotoras realizam a ligação entre Maputo-Marracuene e Maputo-Matola Gare, com os horários apresentados na Tabela. Fig. 8 – Carrruagem, Caminhos de ferro. Fonte: Autor Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 32 O transporte ferroviário urbano não tem actualmente dimensão relevante na resolução dos problemas da cidade. A sua utilização é residual, principalmente nas horas mais movimentadas, uma vez que o funcionamento destes veículos dá pouca cobertura durante as horas de ponta, das 6h às 8h30 e das 18h às 20h. Para mais, cada veículo tem uma capacidade reduzida; uma automotora equivale, aproximadamente, a menos de dois autocarros, ou nove mini-bus ou ainda cinco midi-bus. Fig. 9 – Horários CFM. Fonte: Autor (2018). Fig. 10 – Rotas de comboio. Fonte: Araújo (2010). Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 33 4. Projecto de requalificação de terminais rodoviários: Caso MetroBus A abertura de novas estradas e a requalificação das vias existentes, paragens e terminais rodoviários, sobretudo na zona periurbana, são duas das medidas defendidas para melhorar a fluidez do trânsito automóvel. Esta melhoria de infra-estruturas urbanas, será directamente responsável pela melhoria da qualidade de vida dos munícipes. 4.1 Medidas Propostas Para A Melhoria Da Mobilidade 4.1.1 Concessão de rotas para os “chapas” Com esta medida confere-se a um único interlocutor tanto os privilégios pelos direitos de exploração exclusiva da rota, como a responsabilidade por um serviço dentro das especificações estabelecidas. Espera-se que esta medida resulte numa melhoria do serviço prestado e no fim do encurtamento de rotas. 4.1.2 Fim de licenças para “chapas” de 15 lugares Com esta medida procura-se privilegiar a utilização de veículos de maior dimensão, reduzindo o número de viaturas necessárias em circulação. Espera-se que com esta medida, em vigor o número de “chapas” necessários seja reduzido e, 25% nos primeiros dois (2) anos e até 60% nos dois anos posteriores. 4.1.3 Inspecções Esta acção tem por finalidade a eliminação dos casos mais críticos de “chapas”, ou outros veículos, a circularem sem as mínimas condições para o fazer, e a regularização dos casos considerados menos problemáticos. Com a inspecção procura-seainda fomentar a manutenção assídua dos veículos, o que raramente acontece em Maputo. A mobilidade em Maputo está, neste momento, dependente de dois sectores rodoviários principais: o dos mini-bus privados e o dos autocarros públicos. Estes meios de transporte concorrem entre si e ambos têm merecido a atenção do governo e do município no seu esforço de melhoria dos transportes. Este reconhece a importância dos transportes semi-colectivos, mas Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 34 utiliza os grandes autocarros como salvaguarda por forma a não ficar totalmente refém dos primeiros. 4.1.4 Rotas Para um melhor trânsito, e consequentemente um menor tempo de viagem, a reorganização das rotas é um ponto imperioso. Assim sendo, foram sugeridas as rotas presentes na tabela 4, vide apêndice 2. Tabela 4 – Rotas sugeridas para o sistema MetroBus. Fonte: Autor Rota Início Fim Avenidas Usadas Tempo de Viagem (Estimado) Distância Av. Moçambique Av. 24 de Julho Av. Dos Mártires da Machava Rua Mateus Sansao Muthemba Rua dos Lusiadas Av. Moçambique Rua Carlos Morgado Av. Acordos de Lusaka Av. Joaquim Chissano Av. Kenneth Kaunda Av. Julius Nyerere Av. p/o Palmar Av. Da Marginal Av. Moçambique Rua Carlos Morgado Av. Acordos de Lusaka Av. Joaquim Chissano Av. Sebastião Mabote Av. Cardeal Alexandre dos Santos Rua da Igreja Rua Engenheiro Santos Resenoe Av. Da Marginal Av. p/o Palmar Av. Julius Nyerere Av. Kenneth Kaunda Av. Joaquim Chissano Rua da Malhangalene Av. Karl Marx Av. 25 de Setembro Av. Guerra Popular Av. Sebastião Mabote Av. Julius Nyerere Rua da Beira Rua do Aeroporto Av. Acordos de Lusaka Av. Joaquim Chissano CFMMagoanine Praça da OMMMagoanine 1. 2. 3. 4. 5. 58 min 27,2 Km 32 min 13,9 Km Junta Museu Junta Costa do Sol Praça da OMMJunta 17 min 6,1 Km 30 min 16,0 Km 7,0 Km15 min Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 35 4.1.5 Politica tarifária Tendo em conta os factores segurança, frequência, eficiência dos transportes, e visando incentivar a aderência ao serviço, assim como manter a qualidade deste, efectuando a devida manutenção, sugere-se um valor de 80 MT para efectuar as viagens diárias de ida e volta, sendo que este valor irá alcançar todos os tipos de transporte disponibilizados pela empresa, dirigindo- se assim à classe média da população. Estarão disponíveis outros preços de viagens para as classes menos capacitadas, onde o preço será definido pelo número e tipos de transporte a ser utilizado. Porém, estes preços poderão ser englobados num contrato mensal, onde o passageiro terá um crédito a ser usado durante todos os 30 dias. Visto que o serviço de acesso será através de um cartão disponibilizado pela empresa para cada utilizador dos transportes, este será vendido à parte, podendo ser aderido nos pontos de venda ao preço de 150 MT. 4.1.6 Validação automática A validação automática é uma necessidade imperativa de um sistema de transportes que se procure competitivo. 4.1.7 Concessões de rotas As concessões são vantajosas porque permitem ao Estado manter um controlo aceitável numa área sensível e com um impacto social considerável, como é o caso dos transportes. É um método mais seguro para se atingir objectivos, mas também potencialmente mais rápido porque permite que o mercado se desenvolva prontamente. Por outro lado, como fruto do esforço privado e da aumento da concorrência do mercado, os operadores têm maiores incentivos a serem eficientes e economicamente rentáveis, porque aumenta a competição no sector. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 36 4.1.8 Mixed-ventures Uma mixed venture é um caso específico de joint-venture em que um dos parceiros é o Estado (Araújo (2010) apud. Luostarinen e Welch, 1990). Esta forma de cooperação pode ser um incentivo maior para as empresas, uma vez que implica um maior envolvimento do Estado, o que diminui o risco e confere um aliado “de peso”. Uma forma de investimento similar já foi tentada aquando da aquisição de autocarros a uma empresa chinesa, Yutong. Nessa altura era precisamente objectivo do Estado moçambicano a formação de joint-ventures com empresas chinesas que tivessem interesse em investir na área dos transportes públicos. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 37 4. CONCLUSÃO Ao fim deste trabalho, foram tiradas as seguintes conclusões: • Dentre os principais problemas na qualidade do transporte coletivo encontram-se: falta de recursos financeiros para investimentos, falta de vias exclusivas, falta de manutenção e falta de um Plano Diretor de Transporte. • Além de um bom planeamento de transporte, é importante criar a cultura da utilização do transporte coletivo, reduzindo o fluxo do trânsito e melhorando a qualidade de vida da população. Uma política de transporte eficiente prioriza o colectivo, em detrimento ao individual. Os impactos causados pelos congestionamentos nas grandes cidades são vários, entre eles: perda de qualidade de vida, atrasos, aumento da poluição em função do número elevado de veículos nas ruas e outros fatores que interferem diretamente na cidade. • A tarifa deve ser cobrada de acordo com os custos operacionais, quer para assegurar a eficiência, quer de forma a gerar uma base financeira estável. O controlo da tarifa sem um mecanismo fiável de subsidiação pode ser prejudicial; • As restrições ao sector informal podem prejudicar ainda mais os utentes cativos deste transporte; • As estratégias multimodais devem ser cuidadosamente planeadas, de forma a que não se agrave o custo suportado pelos utentes; • A ausência de concorrência no transporte público aumenta custos e reduz oferta; • A inviabilização do controlo monopolista de operadores, principalmente daqueles que necessitam de financiamento público; • As alterações radicais nos transportes devem ser coordenadas com outros sectores, como o urbanismo, a saúde e a educação. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 38 Com as soluções apresentadas, pretende-se criar uma correlação entre a população e os transportes públicos, de maneira que se facilite o deslocamento, se reduza os custos, e se promover o desenvolvimento de várias regiões do país assim como da economia. O Sistema MetroBus conta com um grande espaço para evolução, podendo se tornar na principal linha de transportes de Maputo. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 39 5. GLOSSÁRIO Modos de transporte: Modo Rodoviário, Ferroviário, Aéreo e Fluvial e Marítimo. Os meios de transporte são os veículos que compõem cada modo. Meio de transporte rodoviário: Carro, autocarro/ônibus, moto. Transporte público colectivo: Serviço de autocarro, metro, barco, comboio com um percurso, horário e tarifa fixo fornecido por uma empresa de transporte. Transporte público individual: táxi, aluguer de carro. Transporte privado individual: carro particular, bicicleta, moto. Estacionamento: é o nome dado à determinada área destinada ao repouso de veículos automóveis. Paragens: São locais por onde passageiros têm acesso ao sistema de transportes. O espaço destinado à paragem deve ser apropriado para que os passageiros possam aguardar pelo transporte e permitir que a sua entrada e saída nas viaturas se faça com facilidade. Terminais: Corresponde aos locais que permitem aos utilizadores embarque e desembarque terrestre de pessoas e cargas, seja este entre as diferentes linhas de transporte ou mesmo entre outro modo de transporte. Vias públicas: são todas as estradas, ruas e caminhos por onde o trânsito de veículos, peões e animais. Faixa de rodagem: é parte da via pública especialmente destinada à circulação de veículos. Frotas: conjunto de veículos pertencentes a um país ou a uma empresa Acessibilidade: Acessibilidade é definida como a “facilidade com que um local é alcançadoatravés de outro”; Por esta definição se pressupõe a acessibilidade como a facilidade em se deslocar a um qualquer lugar tendo um ponto inicial de partida como referência. Grupo 1 Terminais Rodoviários: Caso MetroBus 40 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] SANCHES, A. M. Planejamento De Transporte Urbano: Estudo De Caso Da Linha Verde Em Curitiba. UFPR. Paraná: 2008. [2] OLIVEIRA, A. M. L. de. Escolha entre o Transporte Interestadual Aéreo e Rodoviário de Passageiros: Avaliação da Distância como Fator Determinante. UNB. Brasília: 2013. [3] NETO, A. G. De J. Entre trilhos e rodas:fluidez territorial e os sentidos da circulação de mercadorias em Moçambique. USP. São Paulo: 2016. [4] ALPUIM, F. Terminal Rodoviário De Passageiros. UP. Porto: 2009. [5] ARAÚJO, A. Estudo do funcionamento dos transportes públicos em Maputo e desenvolvimento de acções de melhoria. UP. Porto: 2010. [6] GOVAN, V. Modelos de Análise de Acessibilidade Rodoviária em SIG – Aplicação ao caso de Moçambique. ISEL. Lisboa: 2012. [7] BARROS, J. Um estudo de avaliação das políticas públicas de transporte rodoviário de passageiros e o seu impacto na promoção do desenvolvimento socio-económico em Moçambique – O caso da província de Nampula. UL. 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Qual o principal objectivo da instituição, no que concerne ao sistema de transporte no contexto nacional? 2. Quais são as rotas, e, tarifas aplicadas? 3. Quantos comboios possuem, e qual é a sua capacidade? 4. Quais são as áreas (bairros) que abrange? 5. Qual o plano de cobertura geográfico final? 6. É uma entidade privada ou em parceria com o estado? 7. Operam 7 dias por semana? 8. Quantos autocarros possuem? 9. Existe um plano de abrangência para a classe baixa, sendo que actualmente somente alberga a classe média? 10. Serão instaladas terminais e paragens (permanentes) exclusivas ao sistema MetroBus em locais estratégicos? �1 ISUTC Mota & Pinto Instituto Superior de Transportes e Comunicações 5/28/18, 7)22 PMAvenida de Moçambique, Maputo to Av. da Marginal, Maputo - Google Maps Page 1 of 2https://www.google.com/maps/dir//Maputo+Railway+Station,+Maputo/@-25.9710715,32.562173,17z/data=!4m8!4m7!1m0!1m5!1m1!1s0x1ee69b19445377db:0xb042fa43132707a!2m2!1d32.5643617!2d-25.9710715 Map data ©2018 Google 2 km 30 min 16.0 km via Av. da Marginal 30 min without tra>c Drive 16.0 km, 30 minAvenida de Moçambique, Maputo to Av. da Marginal, Maputo Rota 2 5/28/18, 7)15 PMAvenida de Moçambique, Maputo to Praça da OMM, Maputo - Google Maps Page 1 of 2https://www.google.com/maps/dir//Maputo+Railway+Station,+Maputo/@-25.9710715,32.562173,17z/data=!4m8!4m7!1m0!1m5!1m1!1s0x1ee69b19445377db:0xb042fa43132707a!2m2!1d32.5643617!2d-25.9710715 Map data ©2018 Google 500 m 15 min 7.0 km via R. Carlos Morgado and Av. Acordos De Lusaka 15 min without traDc Drive 7.0 km, 15 minAvenida de Moçambique, Maputo to Praça da OMM, Maputo Rota 3 5/28/18, 7)28 PMMagoanine, Maputo to CFM, Maputo - Google Maps Page 1 of 2https://www.google.com/maps/dir//Maputo+Railway+Station,+Maputo/@-25.9710715,32.562173,17z/data=!4m8!4m7!1m0!1m5!1m1!1s0x1ee69b19445377db:0xb042fa43132707a!2m2!1d32.5643617!2d-25.9710715 Map data ©2018 Google 2 km Drive 27.2 km, 58 minMagoanine, Maputo to CFM, Maputo Rota 4 5/28/18, 7)05 PMMagoanine, Maputo to Praça da OMM, Maputo - Google Maps Page 1 of 2https://www.google.com/maps/dir//Maputo+Railway+Station,+Maputo/@-25.9710715,32.562173,17z/data=!4m8!4m7!1m0!1m5!1m1!1s0x1ee69b19445377db:0xb042fa43132707a!2m2!1d32.5643617!2d-25.9710715 Map data ©2018 Google 2 km 32 min 13.9 km via Av. Cel. Gen. Sebastião Mabote Fastest route Drive 13.9 km, 32 minMagoanine, Maputo to Praça da OMM, Maputo Rota 5 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Disciplina: Planeamento Físico e Gestão Urbana Docentes: Arq. Sónia Alberto Discente(s): Lauro Mota, Hilário António, Tamela Magaia, Yasser Khan. Turma: C41 4º Ano Maputo, Junho – 2018 Requalificação de Terminais Rodoviários Licenciatura em Engenharia Civil e de Transportes 1 Índice da apresentação 1 – Introdução e objectivos 2 – Fundamentos 3 – Sistema de Transporte rodoviário em Maputo 4 – Requalificação de terminais rodoviários 5 – Conclusão 2Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS Os serviços de transportes públicos em Maputo são ineficazes, inadequados, não são fiáveis e a relação custo / eficiência é fraca. A maior parte das viaturas usadas é inadequada para o fim a que se destina, encontra-se em mau estado de conservação e a sua condução é má. 3Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS O objectivo fundamental deste trabalho é fazer a requalificação de Terminais Rodoviários. Mais especificamente: • Caracterizar a estrutura do sector de transporte colectivo em Maputo; • Analisar e compreender a problemática e situação do sector do transporte colectivo; • Propor melhorias para a mobilidade na cidade de Maputo. 4Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo FUNDAMENTOS Planeamento de Transportes • O planeamento de um sistema de transporte colectivo por autocarro envolve muitas variáveis, sejam nas cidades pequenas oumetrópoles. • As grandes cidades dependem de um planeamento para que possam ser mais acessíveis aos seus cidadãos • A limpeza, o conforto e a pontualidade são itens básicos para a formação da qualidade do serviço, assim como a escolha do tipo de veículo que atenda às diferentes demandas. 5Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo FUNDAMENTOS Terminais rodoviários e Paragens • Terminal é o lugar de chegada e partida de uma linha de transporte, estando normalmente associados à vários modos de transporte. • Ocupam localizações específicas na rede dos transportes, em adequação com o espaco̧ Zsico da área urbana. • Os treŝ principais atributos relacionados com a importância dos terminais de transportes são: localização, acessibilidade, Infra- estrutura. 6Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo FUNDAMENTOS Terminais rodoviários e Paragens • As paragens constituem um elemento fundamental da rede de transportes pois é a partir delas que os passageiros tem̂ acesso ao sistema de transportes. • Em princípio a densidade das paragens deve corresponder a um valor de aproximadamente 2 a 3 paragens por quilómetro. • Em geral, devem estar localizadas próximo dos principais pólos geradores de passageiros. 7Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo FUNDAMENTOS Terminais rodoviários e Paragens Na concepção de paragens estão em jogo diversos factores, dependendo das diferentes perspectivas que são dos: • Utilizadores. • Motoristas da viatura. • Operadores. • Autoridades. • Automobilistas, etc. 8Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: MaputoFUNDAMENTOS Aspectos A Avaliar No Sistema De Dos Transportes De Uma Determinada Região • Organização • Planeamento e financiamento do transporte • Tarifas • Regulação do estado dos veículos • Transportes em carris • Competição e regulamentação • Propriedade e financiamento 9Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO A rede de estradas classificadas de Moca̧mbique, segundo a Administração Nacional de Estradas (ANE), é consftuída por cerca de 30.000 quilómetros de estradas, dos quais apenas 20% são estradas pavimentadas. 10Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO O transporte urbano em Maputo encontra-se de facto numa situação complicada e entrou há já algum tempo num círculo vicioso em que: • Os utentes estão descontentes com o serviço prestado e opõem-se a qualquer tentativa de aumento das tarifas. 11Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO • O congelamento da tarifa deteriora a rentabilidade dos operadores, os quais se vêem na necessidade de cortar na manutenção dos veículos e a de encurtar as rotas. • Resulta numa deterioração cada vezmaior do serviço prestado. • A volatilidade do preço do combustível torna ainda mais instável esta situação. 12Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO Rede Viária A cidade de Maputo, relativamente à sua rede de transportes de passageiros, tem várias especificidades comuns em todas elas: • Crescimento da população urbana com uma reposta inadequada do sistema de transporte; • Declínio do serviço público de transportes; sobreposição e conflito entre as autoridades envolvidas nesta área; 13Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO Rede Viária • Aumento desmesurado do serviço de mini-bus; • Aumento dos carros particulares; • Infra-estruturas inadequadas e em deterioração; • Fracas condições para os transportes não motorizados (bicicleta e a pé). 14Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO Rede Viária • As horas de maior tráfego são de manhã entre as 6h30 e as 8h30, com o pico às 6h45, e de tarde o período com maior intensidade de trânsito é entre as 17h30 e as 19h30. 15Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO Transporte Rodoviário Em Maputo, existem os seguintes tipos de transporte rodoviário: • EMTPM; • Chapas; •MetroBus, etc; 16Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO MetroBus •MetroBus é uma iniciativa de tráfego misto, que combina a operação ferroviária e rodoviária, através de automotoras, com carruagens e uma frota de autocarros. • A primeira fase do projecto que vai cobrir, progressivamente, 25 estações ferroviárias. 17Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 18 (Fig. 1 – AutocarrosMetrobus No “Museu”. Fonte: Autor) Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 19 (Fig. 2 – Autocarro. Fonte: Autor) Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 20 (Fig. 3 – Autocarro. Fonte: Autor) SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO MetroBus • Estima-se que projecto MetroBus, terá uma capacidade para transportar até 1.100 passageiros, através de automotoras e carruagens. • Integra uma frota de 100 autocarros. 21Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO MetroBus • Constatou-se que Matola era o ponto mais crítico. Assim sendo, todos os recursos foram virados e destinados para o Município da Matola, que actualmente conta com linhas para Machava, Beleluane, Boane, e as zonas adjacentes a estas. 22Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 23 (Fig. 4 – Rotas. Fonte: Autor) Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 24 SISTEMA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO EM MAPUTO MetroBus • Este sistema ainda não possui terminais nem paragens próprias. • O Sistema de pagamento é efectuado através de um meio electrónico que envolve um Cartão, este que serve também para fazer a paragem do carro. 25Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 26 (Fig. 5 – Dispositivos de pagamento electrónico. Fonte: Autor) Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 27 (Fig. 6 – Cartão de pagamento electrónico. Fonte: Autor) REQUALIFICAÇÃO DE TERMINAIS RODOVIÁRIOS A requalificação de paragens e terminais rodoviários, sobretudo na zona periurbana, são medidas para melhorar a fluidez do trânsito automóvel. Esta melhoria de infra-estruturas urbanas, será directamente responsável pela melhoria da qualidade de vida dos munícipes. 28Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo REQUALIFICAÇÃO DE TERMINAIS RODOVIÁRIOS Medidas Propostas • Concessão de rotas para os chapas; • Fim de licenças para chapas de 15 lugares; • Inspecções ; • Rotas; • Politica tarifária; •Mixed-ventures; 29Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 30 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 31 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 32 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 33 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 34 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 35 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 36 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 37 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 38 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 39 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 40 Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 41 Apresentação do Modelo 3D CONCLUSÃO Dentre os principais problemas na qualidade do transporte coletivo encontram-se: • Falta de recursos financeiros para investimento • Falta de vias exclusivas • Falta de manutenção • Falta de um Plano Diretor de Transporte. • Falta de uma política de transporte eficiente Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 42 CONCLUSÃO • Além de um bom planeamento de transporte, é importante criar a cultura da utilização do transporte coletivo. Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 43 CONCLUSÃO • Os problemas com a acessibilidade e mobilidade urbana são mundiais, mas com maiores repercussões nas grandes cidades dos países subdesenvolvidos, em especial, as do continente africano. • Devido à concentração de tráfego, crescimento descontrolado, em função da pressão demográfica e da falta de sistemas de transporte público. Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 44 CONCLUSÃO • As estratégias multimodais devem ser cuidadosamente planeadas, de forma a que não se agrave o custo suportado pelos utentes; • A ausência de concorrência no transporte público aumenta custos e reduz oferta; • A inviabilização do controlo monopolista de operadores, principalmente daqueles que necessitam de financiamento público; • As alterações radicais nos transportes devem ser coordenadas com outros sectores, como o urbanismo, a saúde e a educação. Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo 45 Obrigado 46Grupo 1 - Requalificação de Terminais Rodoviários: Maputo
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