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Geografia da Paraíba 3 - polícia militar da paraíba

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1 
 CURSO PREPARATÓRIO CONCURSO da PM - DISCIPLINA: GEOGRAFIA 
Prof. Vando Félix – vandogeo@bol.com.br – www.geograficamentecorreto.com 
Geografia Da Paraíba 
Vegetação 
 
O clima, o relevo e a hidrografia determinam a vegetação 
que se apresenta diferenciada, em toda extensão do 
território paraibano. 
Destacam-se os seguintes tipos de vegetação: 
 
Vegetação litorânea – Localizada bem junto ao litoral, 
nas partes mais próximas às praias; caracterizam-se pela 
presença de mangues, dunas, tabuleiros, vegetação 
rasteira, arbusto e matas de restinga. 
No litoral paraibano, destaca-se a vegetação típica das 
praias: pinheiro das praias, salsa da praia, coqueirais, 
entre outros. Em Cabedelo, há a mata de restinga. Nela 
encontramos árvore de porte 
médio, trocos com diâmetros 
pequenos, copas largas e 
irregulares. As espécies 
principais são o cajueiro, 
maçaranduba e aroeira da 
praia. 
Na foz dos rios e até onde exista influência das marés, 
existem solos lamacentos, salinos e instáveis com alto 
teor de matéria orgânica em decomposição. 
Uma magnífica vegetação arbórea de mangue dá o 
devido destaque em 
algumas partes no litoral do 
Estado. As espécies dessa 
formação vegetal 
apresentam algumas 
características essenciais 
para essa adaptação ao 
meio, por exemplo, raízes suportes e respiratórias.. 
Algumas espécies como o mangue vermelho, mangue de 
botão, mangue branco e o siriúba vivem obrigatoriamente 
no setor pantanoso, e outras, como a samambaia-assu e a 
guaxuma, ocorrem nos setores marginais de solos, com 
características mais estáveis, só esporadicamente 
alcançados pelas marés. 
Mata atlântica – Corresponde á área da zona da mata, os 
tabuleiros e as várzeas 
que antes eram ocupados 
pela vegetação da Mata 
Atlântica, hoje são 
ocupadas pela cana-de-
açúcar e pelas cidades. 
Encontrava-se nas 
várzeas e tabuleiros, 
estando bastante alterada ou mesmo inexistente na maior 
parte do litoral devido à expansão da monocultura 
canavieira. 
Nas encostas orientais e nos vales úmidos que cortam o 
Baixo Planalto (Tabuleiro), aparecem os solos areno-
argilosos e os solos férteis de várzeas. Ai predominava a 
chamada Mata Atlântica, infelizmente hoje reduzida a 
apenas 5% de sua área primitiva do Estado. Ainda existe 
atualmente “relíquias” desta mata, representada pela 
Mata do Buraquinho , Mata de Pacatuba entre outros. 
Nessa vegetação, encontram-se árvores altas, copas 
largas, troncos com grande diâmetro, folhas perenes, 
muitos cipós, orquídeas e bromélias. 
Já recobriu grande extensão do território 
paraibano; atualmente, quase toda devastada pelo homem 
ficando algumas reservas como Pau-Brasil, Jatobá e 
outros. 
 
Cerrados – Tipo de vegetação campestre, é formado por 
árvores e arbustos distanciados entre si, com árvores 
tortuosas e tufos de capim encontrados nos tabuleiros. 
Localizam-se nos baixos planaltos costeiros, onde 
predominam a mangaba, a lixeira, o cajuí e o batiputá. 
entre outros 
 
Agreste – Na faixa de transição entre o clima tropical 
úmido e o clima semiárido, surge o agreste. Trata-se de 
uma vegetação intermediária entre a caatinga e a floresta, 
com espécies das duas formações. 
Vegetação acaatingada com espécies de mata 
atlântica vegetação de transição, observa-se a presença de 
plantas tanto dos tabuleiros quanto dos sertões. Sua 
vegetação é constituída por espécies que se misturam, 
floresta tropical e caatinga (cactos, pequenas árvores e 
arbustos). 
A formação do Agreste também vai ocorrer em 
faixas entre o brejo úmido e o Cariri semiárido, ou seja, 
em área de transição climática. Algumas espécies que não 
ocorrem ou são raras na depressão aparecem no chamado 
mailto:vandogeo@bol.com.br
http://www.geograficamentecorreto.com/
 
 2 
Agreste da Borborema, como umbuzeiro, catingueira, 
aroeira, facheiro, etc. 
 
Mata Serrana – Vegetação das encostas úmidas das 
serras isoladas da região semiárida e semiúmida (Serra do 
Teixeira, Monte Horebe, Araruna, Santa Luzia, Cuité 
entre outros. São formadas por espécies de mata úmida e 
arbustos da caatinga. 
Desenvolveram-se nessas serras, uma formação vegetal 
classificada como Mata Serrana, com espécies arbóreas e 
arbustivas da caatinga (baraúna, angico, jurema) e 
algumas espécies de Mata úmida como pau-d’óleo, 
praíba. Ocorrem ainda a tata juba, violeta, etc. 
 
Caatinga – Área de domínio do clima semiárido, isto é, 
no Sertão, Cariri, Curimataú, Seridó, recobrindo em 65% 
o território. 
Vegetação dominante, formada por xerófilas, 
cactáceas, caducifólias e aciculifoliadas. Pode ser 
dividida em hiperxerófila – áreas mais secas (Cariri, 
Seridó e Curimataú) ou hipoxerófila (proximidades do 
Agreste e no Sertão). 
É formado por xiquexique, mandacaru, 
macambira, baraúnas, aroeira, angico, umbuzeiro, 
juazeiros e outros. 
Os solos são rasos e pedregosos. A vegetação da 
caatinga, com muitas baraúnas, angicos e aroeiras, 
primitivamente arbustivo-arbórea, foi sendo degradada, 
ao longo do tempo, para a ocupação do solo com o 
algodão, milho e ainda com o pasto para a criação do 
gado, principal atividade econômica. A caatinga ocorre 
atualmente, quase como uma formação do tipo arbustiva 
esparsa, com predomínio de favela, marmeleiro, pereiro, 
jurema preta, macambira, mandacaru, xique-xique, etc. 
somente ao longo de alguns rios aparecem oiticicas, 
caraibeiras e carnaúbas, testemunhando antigas matas 
ciliares. 
Algumas áreas protegidas por iniciativa do IBAMA, 
SUDEMA e grupos ambientalistas. 
 
 Reserva Biológica Guariba - (4.321 hectares) 
nos municípios de Mamanguape e Rio Tinto. 
 Área de Proteção Ambiental - (APA 14.640 
hectares) da Barra do Rio Mamanguape nos 
municípios de Rio Tinto e Lucena. 
 Reserva Florestal Mata do Amém – (103.370 
hectares) no município de Cabedelo, última 
reserva de Mata Alta de Restinga. 
 Parque Estadual Mapa do Pau – Ferro (600 
hectares) no município de Areia. 
 Monumento Natural Vale dos Dinossauros (40 
hectares) nos Municípios de Souza. 
 O Porquê Estadual Pico do Jabre (400 
hectares) nos Municípios de Matureia de Mãe 
D’Água. 
 Jardim Botânico – João Pessoa (500 hectares) – 
É considerado a maior área verde em ambiente 
urbano dos pais. 
POPULAÇÃO DA PARAÍBA 
Paraíba é uma das unidades da Federação brasileira, 
encontra-se na região Nordeste. Sua extensão territorial 
ocupa uma área de 56. 439 km2 e possui como capital a 
cidade de João Pessoa. Conforme contagem populacional 
realizada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE), o estado abriga uma população de 
3.769.977 habitantes. O IDH (Índice de Desenvolvimento 
Humano) correspondente a essa população é de 0,718 
(médio), logo, os indicadores sociais apresentam: uma 
expectativa de vida de 68,3 anos, taxa de mortalidade 
infantil de 45,5 mortes para cada mil nascimentos e taxa 
de analfabetismo de 25%. 
A maioria da população se aglomera em duas 
cidades: João Pessoa e Campina Grande. As populações 
dessas cidades, juntas, correspondem a 40% da população 
do estado. Uma parcela significativa da população 
paraibana é constituída por pessoas de pele parda, isso 
em decorrência da influência indígena e de negros. A 
miscigenação do povo paraibano é resultado da mistura 
entre branco (europeu), índio (nativo) e negro (escravo 
africano). Hoje, a população do estado é constituída, 
segundo a cor/raça, da seguinte forma: os pardos 
representam 52,29% dos habitantes do estado, os brancos 
42,59%, negros 3,96%, amarelos ou indígenas 0,36% e 
pessoas que não declararam a cor 0,79%. 
No estado, grande parte da população vive em 
centros urbanos. A população urbana responde por 
64,1%, enquanto que a rural corresponde por 35,9%. A 
estrutura por sexo está distribuída da seguinte forma: 
51,7% da população são mulheres, os homens respondem 
por 48,3%. A população em questão tem como principaisproblemas: seca, falta de assistência do governo e falta de 
infraestrutura. 
Rede Urbana 
Conforme o argumento proposto pelo IBGE, a 
Paraíba, não apresenta metrópole, somente vai agrupar 
cidades, dentro dos cinco níveis subsequentes, na 
hierarquia da rede urbana brasileira: 
 
 3 
· Centro submetropolitano: João Pessoa e Campina 
Grande; 
· Capital regional: Patos; 
· Centro sub-regional: Cajazeiras e Sousa; 
· Centro de zona: Catolé do Rocha, Conceição, 
Itaporanga, Piancó, Pombal, Santa Luzia, Monteiro, 
Picuí, Esperança, Areia, Alagoa Grande, Guarabira, 
Solânea, Bananeiras e Itabaiana; 
· Municípios subordinados: são os demais municípios 
não citados acima. 
Integrando a região Nordeste, continua a Paraíba 
ocupando o 5° lugar entre os Estados nordestinos mais 
populosos. Estão à sua frente: Bahia, Pernambuco, Ceará 
e Maranhão. Analisando-se a participação da população 
estadual na população brasileira, verifica-se que é 
bastante reduzida com tendência ao declínio, passando de 
2,31% em 1980, para 2,03% em 2000, o que se explica 
pela intensa emigração e queda nas taxas de crescimento 
anual da população. 
Enquanto a participação da população estadual na 
população brasileira é pouco significativa, o mesmo na 
ocorre com a contribuição da mesorregiões paraibanas, 
especialmente a da Mata Paraibana e Agreste Paraibano 
que juntas respondem por 67,7% do total, seguindo-se o 
Sertão Paraibano com 24% e a Borborema com apenas 
8,1%. 
A população ainda se distribui com razoável 
equilíbrio sobre as diversas regiões do território, de que é 
evidência o número considerável de cidades com 
população acima de 50 mil habitantes: Patos, Santa Rita, 
Bayeux, Sousa, Guarabira, Cajazeiras, afora João Pessoa 
e Campina Grande, ambas com número de habitantes 
superior a 300 mil. 
Reflexo da maior concentração do investimento 
industrial, ocorre no último intervalo censitário sensível 
aceleração no crescimento demográfico do aglomerado 
urbano de João Pessoa, com taxa anual próxima de 2% 
(mais do dobro da taxa média estadual). O aglomerado, 
abrangendo, além da capital, as cidades de Bayeux, Santa 
Rita, Cabedelo e Conde, contava 835 mil habitantes, 
figurando entre os quatro maiores complexos urbanos da 
região. 
Composição da população atual: Assim como o 
povo brasileiro, o paraibano é fruto de uma forte 
miscigenação entre o branco europeu, os índios locais e 
os negros africanos. Sendo assim, a população é 
essencialmente mestiça, e o paraibano médio é 
predominantemente fruto da forte mistura entre o europeu 
e o indígena, com alguma influência africana (os 
caboclos predominam entre os pardos, que representam 
em torno de 60% da população). A menor presença negra 
na composição étnica do povo deve-se ao fato de a 
cultura canavieira no estado não ter sido tão marcante 
como na Bahia, no Maranhão ou em Pernambuco, o que 
ocasionou a vinda de pouca mão-de-obra africana. Mas, 
ainda assim, existem 22 comunidades quilombolas 
atualmente no Estado, do Litoral ao Sertão. 
Apesar da forte mestiçagem do povo, há, 
contudo, ainda hoje, bolsões étnicos em várias 
microrregiões: como povos indígenas na Baía da Traição 
(em torno de 12 mil índios potiguaras), cerca de 22 
comunidades quilombolas florescendo em vários 
municípios do Litoral ao Sertão, e a parcela da população 
(em torno de 25%) de nítida ascendência europeia, que 
vive principalmente nos grandes centros urbanos e nas 
cidades ao longo do Brejo e do Alto Sertão. 
Entre os mestiços, os mulatos predominam no 
litoral centro-sul paraibano e no agreste, os caboclos em 
todo o interior e no litoral norte. Já os cafuzos são raros e 
dispersos. 
Segundo recente dados da PNAD (Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílio) de 2004, 38% das 
pessoas avaliadas se disseram brancas, 4% negras e 56% 
pardas (2% não souberam se auto avaliar). Não houve 
registro de amarelos ou índios. Esses números, 
entretanto, devem ser analisados com cautela por dois 
motivos: primeiro por se tratar de uma pesquisa por 
amostra domiciliar, o que revela tendências, mas não tem 
valor absoluto sobre toda a população; segundo, porque 
há ainda no Brasil uma tendência a se declarar mais para 
claro do que para escuro, embora isso venha mudando 
recentemente. 
Demografia: O litoral tem as maiores densidades 
do Estado, com 300 hab/Km², observados na grande João 
Pessoa, por ser uma área mais urbanizada e polarizadora. 
O Agreste e o Brejo vêm depois com densidades entre100 
e 300 hab/Km², seguido do Sertão, com densidades entre 
10 e 25 hab/Km², elevando-se para 50 hab/Km² em 
algumas regiões urbanas. 
Em 1970, a população paraibana se encontrava, 
na sua maioria, no campo. Havia 58% de habitantes no 
campo, contra 42% nas cidades. Em 1980, o quadro já 
havia se invertido (42% rural e 58% urbana). Essa 
mudança, que ocorreu em todo o país nesse período e que 
tende a evoluir, é proveniente do êxodo rural, onde 
famílias inteiras saem do campo e vão para as cidades a 
procura de melhores condições de vida. 
Entre os anos de 70 e 80, houve redução de 
pessoas no setor primário, de 64,83% para 49,99%, o 
que só veio a confirmar a transferência da população do 
campo para as cidades. Durante este período, verificou-se 
um crescimento do setor terciário, de 26,44% para 
36,96%. Isto se justifica pelo fato de as pessoas 
provenientes do campo trabalharem nas cidades 
justamente neste setor. 
De acordo com o censo de 1980, 54,5% da 
população possuía entre 0 e 19 anos, 37,8% entre 20 e 
59 anos e 7,7% com 60 anos ou mais. 
 
 4 
Já o censo de 1989 mostrou um declínio da 
população jovem para 48,4%, o aumento da população 
adulta para 42,2% e dos idosos para 9,4%. 
Desde os anos 1980 que a população 
paraibana se concentra nas cidades, acompanhando o 
processo de urbanização que ocorreu em nível 
nacional. 
O processo de urbanização paraibana 
coincide com o comportamento de crescimento de 
todas as cidades brasileiras e este processo vincula-
se, diretamente, a oferta de serviços e ao 
desempenho da atividade comercial. O 
desenvolvimento das funções urbanas, facilitado ou 
não pela melhoria dos meios de transportes e 
comunicações, concorreu para o surgimento da rede 
urbana do Estado. 
Atividades Econômicas da Paraíba: 
Agricultura, Pecuária, Indústria, Comércio e 
Recursos Minerais. 
De modo geral, a economia paraibana se 
baseia no setor de serviços, na agricultura 
(principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, algodão, 
milho e feijão), na indústria (alimentícia, têxtil, 
sucroalcooleira), na pecuária (de modo mais relevante, a 
criação de bovinos, na microrregião de Sousa e 
Borborema, e caprinos, na região do Cariri) e no turismo. 
Participação no PIB nacional: 0,8% 
(2004).Composição do PIB: 
agropecuária: 10,4%; indústria: 33,1%;serviços: 56,5
% (2004). PIB per capita: R$ 4.165 
(2004).Exportação. (US$ 228 milhões): tecidos e 
confecções de algodão (36,3%), calçados (20,1%), açúcar 
e álcool (10,8%), peixes e crustáceos (9,7%), sisal (7%), 
fios de algodão (6,6%).Importação. (US$ 94,3 milhões): 
máquinas têxteis (28,9%), outras máquinas e 
equipamentos (16,9%), derivados de petróleo (9,1%), 
trigo (5,5%), produtos siderúrgicos (5,2%), algodão 
(4,4%), fios e tecidos sintéticos (3,3%) - 2005. 
Na Paraíba, fica evidenciada a fraca participação 
do setor agropecuário, o que indica transformações de 
estruturas, considerando que, até meados dos anos 70, 
a economia estadual tinha como suporte este setor e, hoje, 
se concentra no setor de serviços. Sob o ponto de vista 
econômico, considerando a P.E.A. (população 
economicamente ativa) correspondente aos setores 
econômicos, percebe-se que está ocorrendo uma redução 
no número de pessoas ocupando o setor primário 
paraibano, o que confirma a saída da população do 
campo. Enquanto isso, nas cidades, o setor terciário está 
sofrendo aumento gradativo, ao recebera população 
proveniente do setor primário. 
Apesar de constituir a atividade econômica mais 
importante para o Estado, a agricultura paraibana 
apresenta uma produtividade muito baixa, graças ao 
baixo nível técnico que ainda é empregada na agricultura, 
com técnicas bastante rudimentares. Sabe-se que esses 
métodos rudimentares são conseqüências de problemas 
sócio-econômico-político, como: ausência de políticas 
públicas voltadas para a agricultura; falta de 
planejamento agrícola, etc. Mesmo assim, com relação a 
agricultura, destaca-se a produção de culturas que serve 
para o abastecimento interno (local e nacional) e externo: 
cana-de-açúcar, abacaxi, sisal, etc. Com relação a 
produção de gado, destaca-se as atividades criatórias de 
caprinos, bovinos e muares. Já com relação a produção 
industrial, a Paraíba conta hoje com vários distritos 
industriais em várias cidades. Os principais tipos de 
indústrias do estado são: calçados, minerais não-
metálicos, metalurgia, alimentícias e de bebidas, dentre 
outras. 
Agricultura: A cana-de-açúcar é um dos 
principais produtos agrícolas, a Paraíba é o terceiro maior 
produtor de cana-de-açúcar do Nordeste, é importante 
destacar os plantios de algodão que tem uma grande 
importância no estado, o caju e o abacaxi são as frutas 
que a Paraíba mais produz. Outro produto de destaque é o 
milho, que tem suas maiores áreas de cultivo no sertão, 
com distribuição regional semelhante à do algodão 
arbóreo, plantado sobretudo no extremo oeste. É 
importante também o sisal ou agave. 
No sertão a agricultura é muito prejudicada às 
vezes pelas constantes estiagens. Este fato ocorrido na 
agricultura demonstra a deficiência do setor, bem como a 
sua dependência (ainda) dos efeitos climáticos. 
A seca permanece como um dos principais 
problemas. Nos locais mais áridos tem chovido menos 
que os 500 mm anuais da média histórica da região. Dos 
223 municípios, 193 passam por situação crítica por 
causa da ausência quase total de chuva em 1999. Cerca 
de 1,2 milhão de pessoas dependem de carros-pipa e de 
poços perfurados e 298 mil famílias recebem cestas 
básicas do governo federal. Campina Grande, a segunda 
maior cidade do estado, enfrenta racionamento de água 
desde 1998. A seca é responsável pela morte de 70% do 
gado bovino e as perdas para a agricultura somam 850 
milhões de reais entre 1998 e 1999. 
Apesar da população paraibana continuar 
participando cada vez menos do setor primário, este ainda 
representa a base da economia do Estado. Os principais 
produtos agrícolas paraibanos são: 
 
 5 
Abacaxi: Sobre o qual a Paraíba tem a maior produção e 
o melhor rendimento por hectare, constituindo-se um 
produto de grande importância para a exportação. O pólo 
abacaxizeiro é formado por Sapé, Mari, Mamanguape, 
Itapororoca, Rio Tinto, São Miguel do Taipu, dentre 
outros. Como toda cultura destinada à exportação, sofre 
oscilações de mercado que acarretam diminuição ou 
expansão do cultivo. 
Sisal: Nos anos 50 e 60 foi o principal produto agrícola 
paraibano, quando sofreu uma retração devido aos baixos 
preços no mercado internacional. Como toda cultura 
comercial, as oscilações de mercado reduziram a 
produção em grandes áreas de cultivo, principalmente 
nos municípios de Ingá, Itatuba, Alagoa Grande e 
Serraria onde o sisal foi substituído por outras culturas. 
Por outro lado, a concorrência da fibra sintética também 
afeta o mercado e desestimula o produtor. O sisal é a 
cultura comercial nas regiões do Curimataú e Seridó 
Oriental, bem como em alguns municípios da 
microrregião de Teixeira. É uma cultura de ciclo 
vegetativo longo, utilizada para a fabricação de cordas e 
estopas no setor industrial local, ou são exportadas para o 
exterior a fim de serem utilizadas nas indústrias de papel 
e celulose. 
Cana-de-açúcar: Possui grande importância econômica, 
pois dela se fabrica o álcool usado como combustível. As 
principais áreas de cultivo são os vales, os tabuleiros e o 
litoral.A expansão da cana de açúcar provoca a retração 
de outras culturas principalmente das alimentares. Na 
Paraíba, como nos demais Estados produtores, o extinto 
Proálcool contribuiu muito para essa expansão. 
Algodão: Essa cultura já representou o principal produto 
agrícola paraibano. O algodão ainda é presença destacada 
na região sertaneja, apesar de ter sofrido uma redução no 
seu cultivo devido a praga do “BICUDO”.porém os 
principais fatores da retração do algodão tanto o arbóreo 
como o herbáceo foram a crise da indústria têxtil 
nacional, notadamente a nordestina, e a concorrência com 
o algodão estrangeiro que teve maior acesso ao mercado 
nacional devido a política de importações de governos 
anteriores. Era cultivado em forma de “plantation” e hoje 
a produção é feita por pequenos e médios agricultores. 
No agreste, sofria a concorrência da cana de açúcar. Uma 
retração no mercado de uma provocava a expansão da 
outra. 
Milho e feijão: são cultivados em todo o Estado, 
geralmente de forma associada, bastante tradicional, sem 
perspectivas de melhorias técnicas, uma vez que a falta 
de infra-estrutura de armazenamento e de 
comercialização não permite ao agricultor expandir sua 
plantação. 
Mandioca: É uma cultura de ciclo vegetativo mais longo 
que o do feijão e do milho. Isto o exclui das áreas mais 
áridas do Estado e sua produção sofre atualmente um 
processo de concentração devido à mecanização das 
casas de farinha, no Brejo, Litoral e regiões vizinhas, 
onde a cultura adquire um caráter comercial. 
 
 Pecuária: A pecuária é uma atividade que data da 
época da colonização e foi iniciada no litoral, como 
complemento da agricultura. Como os animais 
depredavam as plantações, a produção passou a ser 
praticada no Sertão, onde o gado era criado no sistema 
extensivo que permanece até hoje. O Agreste assumiu os 
encargos de produtor de alimentos. 
A pecuária de grande porte é bastante 
disseminada em todo o Estado, sendo a criação de 
bovinos a mais representativa, onde se verifica que o 
rebanho bovino corresponde a aproximadamente 90% do 
total. Observa-se uma maior concentração na 
microrregião de Sousa enquanto que nas baixas 
densidades encontram-se no Seridó e no Litoral Sul. 
A criação de gado bovino na Paraíba destina-se à 
produção de carne e leite, este para atender às indústrias 
de laticínios e principalmente às queijarias disseminadas 
em todo o Estado. 
A pecuária de Médio porte (caprinos, ovinos e 
suínos) com forte concentração no Cariri e Curimataú 
Ocidental. Os caprinos e ovinos são perfeitamente 
adaptados às condições naturais do Nordeste. 
Quanto aos suínos, sua criação realiza-se, na 
maior parte em instalações rústicas, muitas vezes limitada 
a “fundo de quintal”. Os maiores percentuais de suínos 
encontram-se nas microrregiões que dispõem de uma 
cidade de relativa importância. Nessas áreas há uma 
preocupação com melhorias técnicas: seleção das 
espécies para melhor produção de carne, alimentação 
adequada, instalações higiênicas, etc. A produção de é 
destinada ao consumo direto da população e ao 
abastecimento das indústrias de derivados como linguiça, 
paio, presunto, banha, etc. 
No que se refere à produção animal, destaca-se 
ainda a avicultura, onde evidencia-se grandes 
concentrações nas áreas próximas aos centros urbanos 
mais dinâmicos e na região do litoral Sul. 
É certo que os produtos paraibanos sofrem 
concorrência de empresas de outros centros, barateando o 
produto. Mas considerando o crescente consumo, 
algumas dessas empresas estabeleceram-se aqui, além do 
que, empresários paraibanos, atraídos pelos lucros 
imediatos e retorno rápido do capital empregado, também 
decidiram entrar no setor avícola. 
 
 
 6 
 Indústria: A atividade industrial na Paraíba, apesar de 
bastante antiga, não atingiu ainda o seu papel como fator 
de desenvolvimento, ou seja, gerandoemprego, renda, 
circulação de mercadorias e capital, podendo assim 
melhorar as condições de vida da população. 
Como todos os Estados nordestinos, a Paraíba 
recebeu, na década de 60, os incentivos fiscais e 
creditícios, oriundos dos planos de desenvolvimento da 
SUDENE. Foram criados Distritos Industriais nas 
principais cidades (João Pessoa, Campina grande, 
Guarabira, Sousa, Cajazeiras, Santa Rita, Patos), porém 
não se pode afirmar que tal fato provocou transformações 
no quadro industrial do Estado. Muitas indústrias, que se 
aproveitaram dessa política, estabelecendo-se aqui, eram 
desvinculadas da realidade paraibana e, terminando os 
incentivos, fecharam suas portas. 
A Paraíba mantém em grande parte o seu perfil 
industrial bastante tradicional e voltado para o 
beneficiamento de matérias-primas agrícolas e minerais. 
Destacam-se a indústria têxtil, a indústria de alimentos, 
com a fabricação do açúcar e a indústria do cimento. 
A indústria química também está presente no 
estado, representada pela fabricação de material de 
limpeza. Ela recebeu um grande impulso nas décadas de 
70 e 80 com incentivos do Proálcool, que promoveu a 
instalação de grandes destilarias no litoral. Isso 
contribuiu também para a expansão da cana-de-açúcar. 
Existem três aglomerados de indústrias na 
Paraíba. O primeiro é 
formado pelas indústrias 
das cidades de João 
Pessoa, Santa Rita, 
Bayeux, Cabedelo, Lucena 
e Conde. Neste 
aglomerado destacam-se as 
indústrias de alimento, a têxtil, a de construção civil e a 
do cimento. 
O segundo aglomerado industrial corresponde à 
cidade de Campina Grande. O dinamismo desta cidade 
existe principalmente por causa da instalação do Campus 
II da Universidade Federal da Paraíba, onde funciona o 
Centro de Ciências e Tecnologia, antiga Escola 
Politécnica. Ai, há uma grande demanda de pesquisas 
tecnológicas que expõem resultados. Produtos de 
diversos setores da economia, como na produção de 
calçados, na indústria têxtil, na produção de alimentos, de 
bebidas, frutas industrializadas e, nas últimas décadas na 
área de informática, são exportados para o Brasil e o 
Mundo.. 
O terceiro e último aglomerado é composto por 
indústrias das cidades de Patos, Cajazeiras, São Bento e 
Souza, nas quais as indústrias destacadas são as têxteis e 
de confecções. 
 O comércio: A Paraíba em valores é a quinta 
colocada no Nordeste, pois seu setor de exportação além 
de ter um alto padrão nos serviços oferecidos, o que 
garante às empresas condições básicas para um bom 
desempenho operacional. 
A Paraíba vem exportando, em maior escala, calçados, 
produtos têxteis, álcool, pescado, e tem importado 
principalmente derivados de petróleo e cereais. 
O setor pesqueiro paraibano tem demonstrado muita 
dinâmica das que hoje praticam pesca oceânica, no 
Brasil, 12 delas estão instaladas em Cabedelo, 
exportando, através do Porto, seus produtos. A 
importância da pesca, dia-a-dia, vem se ampliando, em 
função sobretudo do crescimento do mercado. 
A identificação das vocações locais de cada 
município merece um grande destaque, pois contribui 
para o desenvolvimento socioeconômico do Estado, além 
de minimizar a migração para os grandes centros. 
Tanto João Pessoa como Campina Grande 
experimentaram nos últimos anos, uma arrancada no 
desenvolvimento do comércio devido ao interesse dos 
empreendedores pela área de shopping centers. 
Além do Manaíra, em João Pessoa, existem mais quatro 
pequenos shoppings centers na capital paraibana: Mag 
Shopping, Via Mar Shopping e Shopping Sul, todos na 
orla marítima, e o Shopping Cidade, no centro. 
Em Campina Grande, existem quatro: Shopping Campina 
Grande; o Shopping Luíza Motta, Shopping Iguatemi e o 
Shopping Cirne Center. 
 
Recursos Minerais da Paraíba: A maior parte do 
território paraibano é 
constituída por rochas 
resistentes, muito antigas, 
que formam o Complexo 
Cristalino da era Pré-
Cambriana. Os terrenos mais 
recentes, menos resistentes, 
sedimentares, datam das eras Mesozóica e Cenozóica, e 
ocupam uma porção menor do Estado, ocorrendo 
principalmente no litoral. 
Ainda em relação aos terrenos sedimentares, 
identificam-se, no interior do Estado, as Chapadas e a 
Bacia do rio do Peixe, localizada no Sertão, onde 
encontram-se as pegadas fossilizadas de dinossauros no 
Vale dos Dinossauros em Sousa onde recentemente foi 
encontrado petróleo, além da bacia do Seridó, área de 
riquezas geológicas. 
De acordo com a idade geológica dos terrenos e 
dos tipos de rochas que os constituem, ocorrem, no 
 
 7 
Estado, diferentes tipos de minerais, tanto metálicos 
como não-metálicos, e também gemas, em maior ou 
menor quantidade, com possibilidade ou não de 
exploração econômica. 
Dentre os recursos minerais do litoral, destacam-
se os chamados minerais não-metálicos, entre os quais, a 
água mineral, argila de queima vermelha e o calcário. 
A água mineral e argila de queima vermelha 
ocorre com maior destaque em Santa Rita. Outro recurso 
mineral de grande importância nesta região é o calcário, 
cuja aplicação principal é na fabricação de cimento, tendo 
como responsáveis pela sua maior produção os 
municípios de Caaporã e João Pessoa. No município de 
Mataraca, ocorrem minerais metálicos, destacando-se 
titânio, zircônio. 
Quanto ao caulim ocorre essencialmente nos 
municípios de Nova Floresta, Juazeirinho, Junco do 
Seridó e Pedra Lavrada. 
A bentonita é extraída no município de Boa Vista; 
ocorrendo ainda em Cubati e Barra de Santa Rosa. Suas 
reservas correspondem, aproximadamente, a 45% das 
reservas brasileiras. 
A cassiterita, a sheelita, a tantalita, o berilo e o 
ouro são os minerais metálicos de maior importância da 
Paraíba. A produção registrada oficialmente para esses 
minerais é proveniente de garimpos, distribuídos nos 
municípios de Picuí, Juazeirinho, Nova Palmeira, Pedra 
Lavrada, Salgadinho, Junco do Seridó, São José do 
Sabugi, Santa Luzia, Várzea, São José de Espinharas, 
Brejo do Cruz, Piancó e Princesa Isabel, todos na região 
do Seridó e Sertão. 
Com relação às gemas, apesar de não existir 
nenhuma jazida registrada oficialmente, as ocorrências, 
no Estado, estão relacionadas com as "áreas de 
garimpeira". Merecem destaque os municípios de Picuí, 
Nova Palmeira, Frei Martinho, Pedra Lavrada, Soledade, 
Taperoá, com produção de água-marinha, amazonita, 
granada, variedade de quartzo e outros. Junco do Seridó, 
Juazeirinho, Santa Luzia e São Mamede são responsáveis 
pela produção de turmalina, água-marinha, quartzos, etc. 
Os municípios de São José de Espinharas, Uiraúna, 
Lastro, Piancó e Brejo do Cruz são produtores de água-
marinha, amazonita e alguns tipos de quartzo. 
O Turismo na Paraíba 
O turismo é uma fonte de divisas que contribui 
para o desenvolvimento de uma região, de forma mais ou 
menos intensa, conforme sejam os recursos disponíveis, 
naturais e culturais, além da infraestrutura montada para 
este fim. Na Paraíba, esta atividade vem se 
desenvolvendo principalmente devido às suas 
potencialidades, pois ela apresenta uma diversidade de 
paisagem que varia desde praias de águas mornas e areias 
brancas, onde “o sol nasce primeiro” até as serras e 
depressões sertanejas. 
João Pessoa e Campina grande já investem muito 
no setor de serviços e infraestrutura para o turismo: 
estrutura viária, hoteleira e de lazer. A construção do 
Hotel Tambaú, na década de 70, veio dar grande impulso 
ao turismo da capital, atraindo investimentos para esse 
setor e ampliando as possibilidades de desenvolvimento 
comercial na orla marítima. 
Atualmente, esta prática vem sendo estendida 
para o restante do Estado, percebendo-se que alguns 
municípios já se preocupam em desenvolver o turismo, a 
exemplo de Cabaceiras, Areia, Monteiro, Sousa, Patos, 
Guarabira, etc., que aproveitam seus recursos naturais, 
artísticos, históricos e arquitetônicos para a exploraçãode 
forma racional pela a prática do turismo. 
 
O Ecoturismo e o turismo rural: O ecoturismo 
é uma exploração econômica pouco destrutiva que 
objetiva gerar recursos conservando a natureza. 
Compatibiliza desenvolvimento econômico e 
conservação ambiental, enquanto o turismo rural é uma 
atividade fora das áreas intensamente urbanizadas. 
O turismo rural ocorre quando o turista se 
hospeda no meio rural e participa dos trabalhos 
realizados nas fazendas ou sítios. O turismo rural vem 
sendo praticado em alguns engenhos do Brejo Paraibano. 
No sertão, em casas rústicas com características próprias 
do ambiente, explorando culinária regional e demais 
aspectos do panorama cultural. 
Na Paraíba, e em todo o Brasil, discute-se a 
prática do ecoturismo a ser feita nas Unidades de 
Conservação. No Estado, foram criadas, pela 
coordenadoria de Estudos Ambientais, nove dessas 
unidades com dois parques, seis reservas ecológicas e um 
monumento natural. 
João Pessoa: João Pessoa, além das belezas 
naturais, possui um acervo cultural dos mais importantes 
do país. São construções do séc. XVI ao XVIII como o 
Conjunto de São Francisco (Igreja, Convento/Claustro e 
Cruzeiro), mosteiro de São Bento, Igreja do Carmo, Casa 
da pólvora e outros, além de obras mais recentes, do final 
do século XIX e início do século XX – Teatro Santa 
Rosa, Palácio da Redenção, Palácio da Justiça e o Hotel 
Globo, local de grandes acontecimentos políticos e 
sociais da antiga João Pessoa. 
Quem chega dos grandes centros urbanos, como 
é o caso da maioria dos turistas que visitam a capital 
paraibana, ficam encantados com a grande área de 
vegetação. É o caso do Jardim Botânico parque Arruda 
Câmara, mais conhecido por Bica, que ainda abriga 
árvores características da original Mata Atlântica. 
O cartão-postal da cidade de João Pessoa, o 
Parque Solon de Lucena (Lagoa) também possui raras 
espécies de árvores e os jardins de Burle Marx. Como 
pode-se notar, o verde está espalhado por toda a cidade, 
proporcionando não só a beleza mas uma vida mais 
saudável aos seus habitantes e visitantes. 
 
 
 8 
O Litoral: Para quem busca agitação, as praias 
urbanas de João Pessoa são a melhor opção. Além da 
estrutura de bares, restaurantes, e feiras de artesanato, o 
turismo encontra ainda 
passeio de barco até os 
recifes que acompanham 
quase toda a extensão da 
cidade. Um dos lugares 
mais visitados na capital 
é a Ponta do Seixas, o 
trecho de praia que mais 
se aproxima do continente africano em toda a América do 
Sul. 
Os 37 quilômetros de praias de João Pessoa têm 
início no Cabo Branco, ponto extremo da América, onde 
se encontra o mirante e o farol em forma de carnaúba, 
planta nativa e antiga riqueza da região. Uma vista que 
permanece na lembrança de todo o visitante, onde se 
pode ver todo o litoral paraibano, a transparência das 
águas e sentir a brisa do mar batendo levemente em seu 
corpo. 
À direita vê-se a Praia do Seixas, quase uma ilha 
nativa. Mais adiante estão as praias da Penha, Jacarapé, 
Praia do Sol e a última praia do município, Barra de 
Gramame, uma da mais desertas e onde desemboca o Rio 
Gramame, formando pequenas ilhas. 
Já a esquerda da Praia do Cabo Branco está a 
parte mais movimentada da Orla, com hotéis de luxo, 
restaurantes que 
servem frutos do 
mar, suco de frutas 
tropicais e comidas 
regionais, bares, 
boates e mercado 
de artesanato, a arte 
da população local. 
Logo após está a 
Praia de Tambaú, onde está situado o único hotel beira 
mar e um dos mais luxuosos e o Mercado de Artesanato 
com 128 lojas, onde pode-se encontrar os mais variados 
"recuerdos" típicos. Parada obrigatória dos turistas. 
Picãozinho é um dos paraísos da cidade, onde 
encontramos uma formação de recifes com piscinas 
naturais que chegam a uma temperatura de 28ºC. Na lua 
cheia, os hotéis organizam serenatas sobre a água morna, 
uma integração perfeita do homem com a natureza. 
Ainda na mesorregião da Mata Paraibana, no 
município de Lucena, a Igreja da Guia é uma grande 
atração pela originalidade do barroco que apresenta, nos 
seus detalhes arquitetônicos, frutos tropicais, único 
exemplo de barroco Tropicalista do Brasil. No mesmo 
município, contrastando com o antigo, foi construído o 
Victory Marine Resort, na bonita praia do Holandês, com 
162 Bangalôs e várias opções de lazer. 
Além das praias, existem outras atrações turísticas na 
região. 
No município de Cabedelo, ao norte de João 
Pessoa, encontramos o Mar do Macaco, a praia de 
Intermares onde está o parque aquático Intermares Water 
Park, bem como a praia do Poço. A praia do Jacaré é o 
local onde se pode ver o mais belo pôr-do-sol. Ainda no 
município de Cabedelo, a Fortaleza de Santa 
Catarina (Forte de Cabedelo) é de grande importância 
histórica, o único existente dentre outros tantos 
construídos. Atualmente, serve de palco para 
apresentações folclóricas, peças de teatro, exposições etc. 
No município do Conde, o destaque é 
para Tambaba, primeira praia naturista do 
Nordeste. Em Pitimbu encontram-se as famosas 
areias coloridas. O município de Conde é 
considerado uma vitrine tropical, com coqueiros, 
falésias e praias selvagens de areia branca. Já 
Pitimbu, volta-se à prática do eco-esportes - surf e 
mergulho -; suas areias são escuras, de faixa larga e 
uma extensão de 10 quilômetros. 
No município de Baía da Traição, além das 
praias, existe um reduto indígena com aldeias. 
 
 O Interior do Estado: No agreste, a paisagem serrana 
e o clima ameno favorecem o desenvolvimento do 
turismo. O município 
de Campina Grande 
funciona como 
importante pólo 
turístico com grandes 
eventos de 
repercussão nacional e 
internacional como; 
o Maior São João do Mundo, as feiras de Ciências e 
Tecnologia, o festival de Inverno, o Encontro da Nova 
Consciência, Além do Museu de Arte Assis 
Chateaubriand com um importante acervo, que atraem 
um grande número de turistas, acarretando um 
crescimento dos setores comercial e de serviços. 
Nos contrafortes da Serra da Confusão, entre os 
municípios de Araruna e Tacima, está a Pedra da Boca, 
cuja configuração lembra um sapo gigante prestes a 
abocanhar um colossal pirilampo. Lá é praticado o 
alpinismo, salto de paraquedas e asa-delta. 
Ainda no Agreste, no município de Ingá, 
encontra-se as Itacoatiara (pedras do Ingá) na fazenda 
de Pedra Lavrada, considerada uma das inscrições pré-
históricas mais importantes da terra, objeto de estudo 
para cientistas do país e exterior. 
No município de Areia, o museu Pedro Américo 
é de grande importância turística, por conter quadros e 
desenhos do grande pintor filho da terra. 
A Mesorregião da Borborema é rica em 
artesanato de couro, bordados e renda renascença, além 
de relíquias arqueológicas com inscrições rupestres. 
Uma grande atração dessa região é o Sítio de Pai 
Mateus, lajedo moldado pela ação dos ventos e das 
chuvas (escassas) entre os municípios de Boa Vista e 
Cabaceiras. Outros atrativos: o banho do Rabo do 
Pavão no Congo; as tradicionais águas magnesianas em 
Monteiro, o famoso São João da cidade de Santa Luzia. 
 
 9 
No sertão, o turista além de desfrutar da 
fantástica paisagem bucólica, poderá visitar, em Souza, a 
Estação Termal de brejo das Freiras, usufruindo dos 
benefícios das águas magnesianas ali existentes. Ainda, 
no município de Sousa, tem-se uma espetacular atração: 
o Vale dos Dinossauros, sítio paleontológico 
mundialmente conhecido. O Vale abriga pegadas de 130 
milhões de anos 
Um dos pontos 
turístico-religioso mais 
importante do interior da 
Paraíba é o Memorial Frei 
Damião, localizado na 
Serra da Jurema em 
Guarabira (Piemonte da Borborema). A estátua com 
cerca de 35 metros de altura é considerada a segunda 
maior do Brasil 
O Santuário de Frei Damião, situado em 
Guarabira é um projeto arquitetônico composto de um 
museu e uma estátua, em homenagemao frade 
capuchinho Frei Damião de Bozzano, um missionário do 
Nordeste brasileiro. Atualmente é considerada a segunda 
maior estátua do Brasil. 
Meios de Transportes na Paraíba 
Os meios de transportes têm como função principal o 
deslocamento de pessoas e/ou mercadorias de um lugar 
para outro. Este deslocamento poderá ser feito por vias 
terrestres; subdivididos em: RODOVIÁRIOS e 
FERROVIÁRIOS; por vias MARÍTIMAS; por vias 
FLUVIAIS (rios); por vias AÉREAS. 
 
Rodoviários: O Estado da Paraíba é servido por rodovias 
federais e estaduais. A Paraíba é cortada por duas 
importantes rodovias brasileiras, BR-101 (ou 
Translitorânea) e a BR-230 (ou Transamazônica). 
 
As principais rodovias na Paraíba são: 
 
BR-101 (Translitorânea) que 
liga o Rio Grande do Norte ao 
Rio Grande do Sul, passando 
por muitas capitais e cidades 
importantes do Brasil. Seu 
trecho na Paraíba, atualmente 
se encontra duplicada, passa 
por Bayeux, Santa Rita e João Pessoa. 
BR-230 que faz parte da Transamazônica, inicia-se em 
Cabedelo e integra a 
região Nordeste ao Norte 
do País. Percorre o Estado 
no sentido leste/oeste, 
passando por João Pessoa, 
Campina Grande, Patos e 
Cajazeiras. Encontra-se 
atualmente duplicada. 
 
Aéreos: Na Paraíba 
desenvolveu-se muito esse 
setor de transportes, a 
partir de 1982, com a 
ampliação do Aeroporto 
Internacional Presidente 
Castro Pinto localizado na 
Região Metropolitana de 
João Pessoa, na divisa dos municípios de Bayeux e Santa 
Rita. Em 1995, sofreu uma reforma, pois já clamava por 
intervenções na infra-estrutura, para atender o 
crescimento da demanda e a condição de porta de entrada 
do crescimento turístico nacional e internacional do 
Estado da Paraíba. 
Em Campina Grande temos o aeroporto João 
Suassuna, inaugurado no ano de 1963, contribuindo para 
o desenvolvimento da cidade. O aeroporto dista sete 
quilômetros do centro de Campina e fica a 500 metros de 
altitude. Sua última reforma e ampliação, realizada pela 
Infraero, foi inaugurada em 2003 pelo presidente da 
República Luís Inácio Lula da Silva. 
Os aviões de João Pessoa e Campina Grande 
funcionam com vôos regulares de aviões de passageiros. 
Movimentam-se aviões de várias companhias aéreas, 
notadamente da TRIP, GOL e TAM. 
Outras cidades do interior possuem aeroportos 
para pouso de aviões de pequeno porte. A exemplo 
de: Cajazeiras, Catolé do Rocha, Conceição, Itaporanga, 
Monteiro, Patos, Rio Tinto, Sousa. 
 
 Ferroviários: Atualmente a malha ferroviária 
paraibana encontra-se numa situação bastante precária. 
Trechos completamente abandonados, trilhos arrancados, 
estações desativadas, linhas férreas tomadas por 
construções e vários pontos das ferrovias e estações já 
não existem mais, ou se tornaram “monumentos 
históricos”. 
Marítimos: No início de nossa colonização, o 
transporte marítimo era o único de que dispunham os 
conquistadores para realizarem suas viagens. Entretanto, 
esse tipo de transporte não se desenvolveram no decorrer 
do tempo. Já que a prioridade nas últimas décadas, 
passou a ser o transporte rodoviário. Somente a partir dos 
anos de 1980, é que o nosso único porto marítimo, 
o Porto de Cabedelo, passou a apresentar maior 
movimento. Isto foi motivado pelas reformas de 
drenagem do Porto, melhorando sua capacidade de 
funcionamento e pelo alto preço do combustível que se 
transformara em crise, tornando muito caro o transporte 
rodoviário.

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