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NR6 EPI

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NR - 6 - Lista de EPI’s
O Anexo I da Norma Regulamentadora nº 6 trata  dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), listando seus diferentes modelos que existem para fornecer a proteção de cada parte do corpo. Essa listagem pode servir como guia para que tanto o empregador quanto o empregado conheçam os tipos de equipamentos que devem ser utilizados de acordo com cada atividade, com o objetivo de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.Veremos agora esse anexo com alguns comentários: 
ANEXO I
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
 
A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
A proteção da cabeça do trabalhador é uma das principais preocupações em questão de segurança do trabalho. Uma colisão na cabeça pode resultar em sérias complicações e até na morte. Por esse motivo, a utilização do EPI de proteção da cabeça durante serviços de risco é fundamental para a saúde e segurança dos trabalhadores. De acordo com a norma, os EPI’s que realizam esse tipo de proteção são:
A.1 - Capacete
1. a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
2. b) capacete para proteção contra choques elétricos;
3. c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
 
A.2 - Capuz ou balaclava
1. a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
2. b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;
3. c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;
4. d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com uso de água.
 
B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
Os olhos são uma das regiões mais sensíveis de todo o corpo, por isso merecem atenção redobrada em serviços em indústrias e construções, onde pequenas porções de matéria, faíscas e gases podem os atingir e causar irritações ou perda de visão. Já o contato desses fatores com a face pode causar queimaduras ou lesões na pele. Portanto, recomenda-se que sejam utilizados os equipamentos de segurança a seguir para essas regiões:
B.1 - Óculos
1. a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
2. b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
3. c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
4. d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
5. e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.
B.2 - Protetor facial
1. a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
2. b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;
3. c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
4. d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;
5. e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.
B.3 - Máscara de Solda
1. a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação ultra-violeta, radiação infra-vermelha e luminosidade intensa.
 
C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
O ouvido é uma região muito sensível do corpo e está exposto a diversos riscos no nosso dia a dia, porém no ambiente de trabalho existem limites de tolerância para evitar futuras complicações e ameaças à saúde do trabalhador. A exposição a ruídos contínuos a longo prazo pode causar perdas auditivas até mesmo permanentes. Para evitar esse dano, a empresa deve fornecer ao trabalhador equipamentos de proteção individual para proteção auditiva, como:
C.1 - Protetor auditivo
1. a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
2. b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
3. c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.
 
D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
Ambientes como construções e fábricas muitas vezes apresentam componentes contaminantes no ar, que podem prejudicar o corpo humano quando inalados. Para isso existem os respiradores, que têm como objetivo prevenir que o trabalhador se exponha tanto a substâncias perigosas por meio da inalação quanto ao ar com pouco oxigênio. A NR-6 cita os seguintes tipos:
D.1 - Respirador purificador de ar não motorizado:
1. a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; 
2. b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;
3. c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
4. d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
5. e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.
D.2 - Respirador purificador de ar motorizado:
1. a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores;
2. b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.
D.3 - Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:
1. a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
2. b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
3. c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
4. d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;
5. e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
D.4 - RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTÔNOMA
1. a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);
2. b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
D.5 - Respirador de fuga
1. a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).
 
E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
Entre os diversos perigos aos quais os trabalhadores estão expostos em seu dia a dia, podemos encontrar atividades que estabelecem maiores riscos para o tronco. Para estabelecer a proteção adequada, é preciso identificar as principais categorias de perigo, onde será possível dividir os EPIs conforme a proteção que a categoria exercida necessite. Para essa parte do corpo, existem os seguintes equipamentos:
E.1 - Vestimentas
1. a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;
2. b) vestimentaspara proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
3. c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;
4. d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
5. e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica;
6. f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
 
F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
Os braços e mãos estão entre as principais partes do corpo atingidas nos acidentes, envolvendo normalmente máquinas e equipamentos elétricos. Como os trabalhadores utilizam principalmente essa região nos serviços, o ideal é que sejam utilizados os seguintes equipamentos de proteção para impedir possíveis riscos:
F.1 - Luvas
1. a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
2. b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
3. c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
4. d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
5. e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
6. f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
7. g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
8. h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
9. i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.2 - Creme protetor
1. a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.
F.3 - Manga
1. a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
2. b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
3. c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
4. d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água;
5. e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;
6. f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.
F.4 - Braçadeira
1. a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;
2. b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.
F.5 - Dedeira
1. a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
 
G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
Assim como as mãos, os pés e pernas também têm de ser protegidos contra possíveis acidentes, que podem ocorrer por meio de quedas ou rolamentos de materiais pesados, riscos elétricos e até mesmo uma área escorregadia. Sendo assim, é recomendável o uso dos seguintes EPI’s para evitar transtornos e acidentes: 
G.1 - Calçado
1. a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
2. b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
3. c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
4. d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
5. e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
6. f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;
7. g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
G.2 - Meia
1. a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
G.3 - Perneira
1. a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
2. b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
3. c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
1. d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
2. e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água.
G.4 - Calça
1. a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
2. b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos; 
3. c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
4. d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.
5. e) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
 
H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
Assim como no caso dos EPI’s para o tronco, a Norma Regulamentadora n° 6 atribui equipamentos de segurança para o corpo inteiro conforme o risco ao qual a atividade pode expor o trabalhador. Através da análise sobre os riscos no ambiente de trabalho, poderá ser feita a escolha adequada de cada equipamento, observe a seguir os modelos de EPIs para proteção do corpo:
H.1 - Macacão
1. a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
2. b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes químicos;
3. c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água.
4. d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
 
H.2 - Vestimenta de corpo inteiro
1. a) vestimenta para proteção de todo o corpo contra riscos de origem química;
(Alterada pela Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015)
1. b) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água;
2. c) vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.
3. d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. (NR)
 
I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
A queda durante trabalhos em altura é uma das maiores causas de morte e ferimentos no local de trabalho, portanto se faz necessária a perfeita utilização de todos os procedimentos e equipamentos de segurança disponíveis e regulamentados para garantia da integridade física dos trabalhadores, assim como da proteção das pessoas que transitam próximas a estas áreas. O sistema de proteção contra quedas (SPQ) consiste em medidas preventivas para garantir a segurança do trabalhador, ele se divide em sistema de proteção coletivo e individual. Entre os equipamentos para proteção individual temos: 
I.1 - CINTURÃO DE SEGURANÇA COM Dispositivo trava-queda
1. a) cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal.
I.2 - Cinturão DE SEGURANÇA COM TALABARTE
1. a) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura;
2. b) cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.
Por fim, é possível concluir que, para cada parte do corpo que sofre exposição durante o trabalho são disponibilizados diversos modelos de EPI’s para sua proteção.
Responsabilidades do empregador
A NR - 06 dispõe sobre as responsabilidades do empregador a respeito dos Equipamentos de Proteção Individual com o intuito de melhorar a organização equivalente à segurança e saúde dos trabalhadores. Observe a seguir as atribuições que a norma define ao trabalhador: 
6.6 Responsabilidades do empregador.
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
1. a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
2. b) exigir seu uso;
3. c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
4. d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
5. e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
6. f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; 
7. g) comunicar ao órgão responsável pela segurança do trabalhador qualquer irregularidade observada; e
8. h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
A respeito das atribuiçõesacima, é necessário que o empregador entenda que orientar é estar atento, é tarefa contínua que não termina no treinamento. Um empregador que supervisiona e garante a segurança dos trabalhadores ao exigir o uso do EPI obtém sucesso durante a prevenção de acidentes.¹⁻²
Alguns equipamentos de proteção possuem procedimentos de higienização previstos em programas específicos, como por exemplo o Programa de Conservação Auditiva - PCA  e o Programa de Proteção Respiratória - PPR. Porém, quando não for possível ter acesso à essas recomendações por meio destes documentos a empresa deverá escrever as ações à serem tomadas tendo como referência o manual do fabricante.¹
É importante lembrar que só fornecer o EPI ao empregado não garante que os riscos serão eliminados, por isso o empregador deve procurar meios de comprovar o cumprimento das exigências de qualidade no processo de aquisição, fornecimento, supervisão e uso correto do EPI. Quanto a questão do treinamento, o empregador poderá fornecê-lo no ato da entrega do EPI ao trabalhador ou em outra ocasião definida pelo empregador onde serão passadas todas as regras a respeito da sua utilização.¹
O empregador deverá criar um documento para ter controle do EPI, este documento é o “Termo de Responsabilidade” que deverá ser assinado pelo trabalhador no ato da entrega e nas reposições necessárias durante o período em que permanecer na empresa. O documento deverá conter, no mínimo, o nome do empregado, data de admissão, registro, modelo, marca e Certificado de Aprovação do EPI entregue.¹
Sendo assim, é fundamental que o empregador cumpra com a entrega, exigência, treinamento, substituição, higienização e manutenção dos equipamentos de proteção individual contribuindo com uma boa organização dentro da empresa com o intuito de oferecer um ambiente salubre e uma equipe que preza por manter a segurança e saúde dos trabalhadores. 
Competências do órgão responsável pela segurança e saúde dos trabalhadores
Conforme o item 6.11 da NR - 06, as competências do órgão responsável pela segurança e saúde do trabalhador se dividem entre as atribuições do órgão regional, sendo a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE, e as responsabilidades do órgão nacional, composto pela Secretaria de Inspeção do Trabalho- SIT e Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST. Observe a seguir como a norma dispõe essas recomendações: 
 
6.11 Da competência do órgão responsável pela segurança e saúde do trabalhador: 
6.11.1 Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:
 
· a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
· b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o Certificado de Aprovação, também conhecido como CA de EPI;
· c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
· d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
· e) fiscalizar a qualidade do EPI;
· f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora;
· g) cancelar o CA.
6.11.1.1 Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.
 
6.11.2 Cabe ao órgão regional:
1. a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
2. b) recolher amostras de EPI;
3. c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR.
 
6.12 e Subitens (Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009)
Ao analisar as disposições acima, podemos considerar as seguintes observações:
· Ambos os órgãos, nacional e regional, tem a função de fiscalizar a qualidade do EPI;
· O órgão regional não tem a atribuição de emitir, cancelar, alterar, suspender ou renovar o CA;
· Quando o órgão nacional requisitar amostras de EPI, elas devem obter a identificação do fabricante, o número de referência, além de outros requisitos, porém, a função de recolher as amostras é do órgão regional;
· O órgão regional não participa do processo de cadastramento do fabricante nacional ou importador. 
Sendo assim, os órgãos responsáveis pela segurança e saúde dos trabalhadores devem cumprir com as determinadas exigências para garantir que os Equipamentos de Proteção Individual estejam sendo utilizados e fornecidos de forma correta.
NR06 - Introdução
A NR - 06 trata dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e estabelece as condições nas quais esses equipamentos deverão ser fornecidos pelas empresas, bem como as responsabilidades dos empregados, do empregador, do fabricante nacional, do importador e as atribuições do órgão responsável pela segurança e saúde do trabalhador. Além do conceito de EPI, a Norma também apresenta o conceito de Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI).
Ela dispõe também sobre o Certificado de Aprovação (CA) que todos os EPI’s deverão possuir, como uma das exigências para serem comercializados ou utilizados. Para entender como a Norma funciona é necessário compreender o significado de portaria: são atos provenientes de autoridades da administração pública federal que estabelecem regras, fornecem instruções para aplicação das leis ou tratam da organização e funcionamento de serviços de acordo com sua natureza administrativa. 
Abaixo será apresentada a Norma com suas respectivas portarias, ou seja, suas atualizações de acordo com os anos, estando válida a que apresenta a data mais atual. Alguns itens da norma serão comentados para ilustrar sua aplicação, os itens que não fornecem maiores explicações serão apresentados mais à frente ou estão escritos de forma facilitada sem que seja necessário acrescentar demais informações. 
	NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
	Publicação
	D.O.U
	Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978
	06/07/78
	Alterações/Atualizações
	D.O.U
	Portaria SSMT n.º 05, de 07 de maio de 1982
	17/05/82
	Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983
	14/03/83
	Portaria DSST n.º 05, de 28 de outubro de 1991
	30/10/91
	Portaria DSST n.º 03, de 20 de fevereiro de 1992
	21/02/92
	Portaria DSST n.º 02, de 20 de maio de 1992
	21/05/92
	Portaria DNSST n.º 06, de 19 de agosto de 1992
	20/08/92
	Portaria SSST n.º 26, de 29 de dezembro de 1994
	30/12/94
	Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001
	17/10/01
	Portaria SIT n.º 48, de 25 de março de 2003
	28/03/04
	Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004
	10/12/04
	Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006
	06/12/06
	Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006
	22/12/06
	Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009
	27/08/09
	Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009
	13/11/09
	Portaria SIT n.º 194, de 07 de dezembro de 2010
	08/12/10
	Portaria SIT n.º 292, de 08 de dezembro de 2011
	09/12/11
	Portaria MTE n.º 1.134, de 23 de julho de 2014
	24/07/14
	Portaria MTE n.º 505, de 16 de abril de 2015
	17/04/15
	Portaria MTb n.º 870, de 06 de julho de 2017
	07/06/17
	Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018
	26/10/18
6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
 
6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
 
A respeito da definição do EPI, a Norma deixa claro que ele é um produto ou dispositivo, o que nos leva a considerar que o produto deverá ser aplicado sobre a pele e absorvido por ela, que é o caso do creme protetor de segurança para membros superiores contra agentes químicos. Já o dispositivo é todo EPI utilizado sobre o corpo ou partes dele e que pode ser colocado ou retirado a qualquermomento.¹
Sobre o objetivo do Equipamento de Proteção Individual, devemos interpretar que ele protege contra todo risco que ameaça a segurança e saúde do trabalhador, ou seja, ele não evita acidentes. Dentre os riscos aos quais os EPI fornecem proteção temos: riscos químicos, físicos, biológicos, queda de altura, choque elétrico, queda de objetos, entre outros.¹
Em busca de garantir maior segurança aos trabalhadores, os funcionários podem ter acesso ao Equipamento Conjugado de Proteção Individual que será basicamente constituído por vários dispositivos para fornecer proteção contra os riscos que o trabalhador estará exposto de forma simultânea. Um exemplo deste equipamento é o capacete acoplado com um protetor auricular e viseira para a proteção dos olhos.²
A respeito desse tipo de EPI, é necessário que o trabalhador só utilize os que apresentarem o Certificado de Aprovação - CA. O empregador e o empregado não devem fazer adaptações aos equipamentos com o intuito de torná-los conjugados, pois cada um deles deve passar por ensaios para que seja emitido o CA comprovando que os dispositivos garantirão juntamente a proteção adequada.²
 
6.2 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
 
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
 
1. a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
2. b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
3. c) para atender a situações de emergência.
 
O fornecimento do EPI deve ser a última alternativa a ser considerada pelo empregador para realizar a proteção dos trabalhadores. Primeiramente o empregador deve priorizar por implementar medidas de proteção coletiva, administrativa ou de organização do trabalho e se não puderem ser adotadas o empregador fornecerá os EPI adequados.¹
 
6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.
 
6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão responsável pela segurança e saúde dos trabalhadores para aprovação.
 
6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários.
 
Para fornecer os Equipamentos de Proteção Individual a empresa poderá contratar serviço de consultoria se não possuir profissionais habilitados. Quando tratamos do profissional tecnicamente habilitado, vale ressaltar que são qualificações apresentadas pela NR 4: Engenheiro ou Técnico de Segurança, Médico do Trabalho, Enfermeiro ou Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.³
Se a empresa não possuir o SESMT, mas existirem empregados com formação no curso de membro da CIPA, estes trabalhadores poderão auxiliar o empregador na escolha dos EPI adequados para cada atividade.³
Desta forma, podemos concluir que garantir a segurança do trabalhador é uma responsabilidade de todos os membros de uma equipe. O empregador deverá implementar medidas para tornar o ambiente mais salubre ou fornecer EPI adequado para cada função e o empregado deverá obter treinamento para a utilização correta, assim como se responsabilizar pela guarda e conservação de seus equipamentos de proteção individual, contribuindo para a redução de acidentes.
Origem das Normas Regulamentadoras
Ao longo da história, é possível notar que os países mais desenvolvidos e com melhor qualidade de vida são aqueles que apostaram na força de trabalho, e os que mais contribuem para isso são os trabalhadores. No entanto, sem leis que promovessem a prevenção e fiscalização, os números de acidentes, doenças e mortes causadas em ambiente de trabalho eram muito elevados. Dessa forma, houve a necessidade de assegurar normas de proteção para os trabalhadores.¹
No século XVIII, na Inglaterra, surge a Revolução Industrial, um movimento que iria mudar toda a concepção em relação aos trabalhos realizados, e aos acidentes e doenças profissionais que deles provinham. Como a produção estava em primeiro lugar, não havia limites de horas de trabalho ou critério para o recrutamento de mão-de-obra. Homens, mulheres e até mesmo crianças eram selecionadas sem qualquer exame inicial quanto à saúde e ao desenvolvimento físico ou qualquer outro fator humano.¹
As máquinas eram projetadas inadequadamente, não oferecendo qualquer segurança ao usuário. Dessa forma, o número de acidentes de trabalho crescia assustadoramente e a morte de crianças era frequente.¹
Com isso, foram surgindo os primeiros movimentos operários contra as péssimas condições de trabalho e ambientes insalubres. Após muitas revoltas, começaram então a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho, que inicialmente se voltavam apenas para crianças e mulheres. É possível perceber, com isso, que a motivação para todas as leis foram os trabalhadores que através da não aceitação do que era imposto, lutaram para conseguir melhorias e qualidade de vida.²
O Brasil há muito tempo tem se destacado no cenário mundial por apresentar elevados índices de acidentes do trabalho, tendo até mesmo o título de campeão de acidentes do trabalho na década de 1970. Desde então, várias mudanças ocorreram e ainda vêm ocorrendo na legislação, sendo aplicadas punições mais severas, além do aumento dos esforços para melhorar a segurança e a qualidade de vida nos locais de trabalho.²
Em decorrência da contínua evolução tecnológica e mudanças nas relações trabalhistas, surge no Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho que compõe-se de Normas Regulamentadoras, outras leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovadas pelo Brasil. Essas normas regulamentadoras e outras leis complementares surgem para melhorar a segurança, integridade física e qualidade de vida dos trabalhadores.²
As regulamentações de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre eles o cuidado e preservação da sua saúde e segurança por meio de normas específicas.³
As Normas Regulamentadoras, também chamadas de NR, são disposições complementares ao capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, consistindo em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir um ambiente de trabalho seguro e salubre, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.⁴
A elaboração e revisão das normas é realizada pela Comissão Tripartite que é composta por representantes do governo, de empregadores e de empregados, tendo como base a CLT.² As empresas privadas, públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário que possuam empregados conduzidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT são obrigados a verificar e aplicar as NRs de forma eficaz.⁵
Desta forma,todos os trabalhadores têm direito a um trabalho seguro e saudável sendo necessário estar sempre atento aos itens fundamentais dispostos em cada norma para compreender a importância de sua aplicabilidade no ambiente de trabalho.
Objetivos das Normas Regulamentadoras
· NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde Ocupacional, bem como os direitos e obrigações do Estado, dos empregadores e dos trabalhadores relativas à segurança e medicina do trabalho.
 
· NR 2 -  INSPEÇÃO GERAL: ANULADA. 
 
· NR 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO: são medidas de urgência, adotadas a partir da confirmação de alguma situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador. 
 
· NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO: As empresas privadas e públicas que possuem empregados conduzidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, devem organizar e manter em funcionamento Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho,  com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
· NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES: A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
· NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI: Esta norma define e estabelece os tipos de Equipamentos de Proteção Individual que as empresas são obrigadas a fornecer a seus empregados sempre que as condições de trabalho exigirem, com o objetivo de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.  
 
· NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL: Esta NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo da promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
 
· NR 8 – EDIFICAÇÕES: Esta NR dispõe requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. 
· NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS: Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA. 
Este programa tem o intuito de preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
· NR 10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE: Esta Norma Regulamentadora fornece os requisitos e condições mínimas para implementar medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que estão direta ou indiretamente em contato com instalações elétricas e serviços com eletricidade. 
 
· NR 11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS: dispõe requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, com a finalidade de prevenir acidentes do trabalho.
 
· NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Esta NR estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene no trabalho a serem adotadas pela empresa em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, com a finalidade de prevenir acidentes do trabalho.
 
· NR-13 CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO: Esta NR fornece  os requisitos relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, com a finalidade de prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho.
 
· NR-14 FORNOS: estabelece as recomendações relativas à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. Uma observação importante é que os fornos devem ser construídos solidamente, revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância estabelecidos na NR-15.
 
· NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES: Esta NR define as atividades, operações e agentes insalubres e estabelece os limites de tolerância dessas atividades e prevê medidas preventivas com a finalidade de proteger a saúde dos trabalhadores.
 
· NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS: Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classificados como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção.
 
· NR 17 – ERGONOMIA: Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A NR-17 inclui também situações como a de pressão psicológica, estresse e pressão por resultado, pois essas questões estão relacionadas a ergonomia.
· NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO: Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. 
 
· NR 19 – EXPLOSIVOS: Esta NR estabelece os procedimentos para manusear, transportar e armazenar explosivos de uma forma segura, evitando acidentes.
· NR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS: Esta NR define requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. 
 
· NR 21 – TRABALHOS A CÉU ABERTO: Esta NR estabelece requisitos mínimos para os trabalhos realizados a céu aberto, sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. 
 
· NR 22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO: Esta NR tem por objetivo disciplinar as condições a serem observadas na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores. 
 
· NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS: Esta NR dispõe que todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
 
· NR 24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO: Esta NR define critérios mínimos para fins de aplicação de aparelhos sanitários, gabinete sanitário e banheiro, cujas instalações deverão ser separadas por sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos.
 
· NR 25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS: Esta NR estabelece os critérios para eliminação de resíduos industriais dos locais de trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhador.
· NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: Esta NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando, delimitando e advertindo contra riscos.
 
· NR 27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO: ANULADA. 
 
· NR 28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES: Esta NR estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de segurança e medicina do trabalho tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas paraa correção das irregularidades técnicas, como também no que têm relação às multas por infração às normas regulamentadoras de segurança e medicina do trabalho
 
· NR 29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO: A norma objetiva regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. 
 
· NR 30 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO: Esta NR tem como objetivo a proteção e a regulamentação das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários. 
 
· NR 31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA: Esta NR tem por objetivo estabelecer as condições a serem observadas na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança, saúde e meio ambiente do trabalho. 
 
· NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE: Esta NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. 
· NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS: Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
 
· NR 34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL: Esta NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval. 
· NR-35 TRABALHO EM ALTURA: Esta Norma fornece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. 
 
· NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS: O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras.
 
· NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO: Esta norma estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação na costa brasileira.
 
Desta forma, podemos compreender que as normas se estabelecem com diferentes objetivos e campos de aplicação, sempre com o intuito de garantir a segurança dos trabalhadores durante suas atividades.
Responsabilidades do Fabricantes ou Importador
O item 6.8 da Norma Regulamentadora n° 6 trata das responsabilidades de fabricantes ou importadores de EPI’s, indicando cada uma de suas atribuições a respeito do Equipamento de Proteção Individual - EPI e seu Certificado de Aprovação - CA. Observe a seguir o que a norma define para os fabricantes e importadores: 
6.8 Responsabilidades de fabricantes e/ou importadores.
6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:
1. a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; 
2. b) solicitar a emissão do CA;
3. c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
4. d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; 
5. e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;
6. f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
7. g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
8. h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
9. i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação;
10. j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
11. k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original.
12. l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência. 
6.8.1.1 Os procedimentos de cadastramento de fabricante e/ou importador de EPI e de emissão e/ou renovação de CA devem atender os requisitos estabelecidos em Portaria específica.
De acordo com os itens acima, podemos entender que a entrega de EPI sem o fornecimento de CA ao trabalhador poderá acarretar em consequências jurídicas ao empregador no caso de acidente ao empregado. A NR - 06 não considera como EPI os equipamentos que não apresentam certificado.¹
O cadastro do fabricante nacional ou importador deve ser mantido sempre atualizado. A alteração dos dados cadastrais não implica a renovação do CA dos EPI de sua fabricação. O Certificado de Aprovação só será emitido se o EPI atender aos requisitos técnicos específicos que serão verificados por meio de uma avaliação das conformidades.²
Entretanto, não basta que o EPI possua Certificado de Aprovação. Esse certificado deve estar dentro do seu prazo de validade, o qual corresponde ao período de tempo a partir do qual o EPI deve ser novamente submetido aos ensaios técnicos para avaliar a manutenção de sua conformidade aos requisitos aplicáveis. 
É claro que, considerando possíveis demoras e atrasos na realização dos testes, sugere-se que o fabricante nacional ou importador não aguarde a expiração desse prazo e inicie o processo de renovação do CA, o que inclui enviar novas amostras para o laboratório antes do vencimento do prazo de validade do certificado.²
É importante ressaltar que o processo de renovação é apenas uma validação do CA já existente, não é gerado um novo número de certificado. O prazo de validade do CA não deve ser confundido com o prazo de validade do próprio EPI, enquanto produto ou dispositivo. O prazo de validade do EPI é aquele definido pelo próprio fabricante, a partir dos materiais, produtos e substâncias utilizados na sua fabricação.²
Novas especificações do EPI implicam a necessidade de realização de novos testes, ou seja, não se trata aqui de renovação do certificado, qualquer alteração nas especificações do EPI acarreta a obtenção de novo CA. É também responsabilidade do fabricante nacional ou importador fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI’s. 
Dentre as informações, poderá ser incluído até mesmo o número máximo de higienizações que podem ser feitas até que os equipamentos tenham que ser enviados para revisão ou substituição, a fim de garantir que eles mantenham as características originais de proteção.²
Sendo assim, é de extrema importância que os fabricantes ou importadores mantenham seu cadastro atualizado, seguindo todas as recomendações a respeito do Certificado de Aprovação de cada Equipamento de Proteção Individual, contribuindo também com a saúde e segurança dos trabalhadores ao indicar as maneiras corretas de utilizar, guardar e higienizar cada EPI.
Responsabilidades, Direitos e Obrigaçõesdo Empregador Referente ao EPI
Para que uma empresa possa conhecer todos os equipamentos de proteção individual que devem ser fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um estudo dos riscos ocupacionais. Esse tipo de trabalho, facilita a identificação dos perigos dentro de uma planta industrial, por exemplo, e ajuda a empresa a reduzi-los ou neutralizá-los.
Além de orientar sobre as normas de segurança no trabalho, o empregador deve exigir e fiscalizar o uso do EPI - Equipamento de Proteção Individual. Até porque, a recusa do empregado em utilizar o equipamento, não exime a culpa do empregador quanto aos danos causados ao trabalhador em eventual acidente. Os EPIs devem ser utilizados durante todo o expediente de trabalho, seguindo todas as determinações da organização.
Conforme a NR-06 o empregador está obrigado a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:¹
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
c) Para atender a situações de emergência.
Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional e observado o disposto no subitem 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no Anexo I da NR-6.
Segundo a NR-06 cabe ao empregador:¹
· Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
· Exigir o seu uso;
· Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
· Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
· Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
· Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
· Comunicar ao Órgão Responsável pela Segurança e Saúde dos Trabalhadores qualquer irregularidade observada;
· Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico;
Conforme o Art. 157 da CLT²
Cabe às empresas:
I. Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II. Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.
A empresa que não cumpre as normas regulamentadoras pode ser multada, inclusive no caso de acidente no trabalho, pode caracterizar responsabilidade por nexo de causalidade.
Para a Justiça do Trabalho, somente a comprovação de que o empregado recebeu o equipamento de proteção, por escrito (através de ficha de entrega de EPI), não retira do empregador o pagamento de uma eventual indenização, pois, a norma estabelece que o empregador deva garantir o seu uso, através de fiscalização e de medidas coercitivas, quando for o caso.
Responsabilidades, Direitos e Obrigações do Empregado Referente ao EPI
Quando tratamos das atribuições nas empresas, cabe ao trabalhador: ¹
1. a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; 
2. b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR; 
3. c) colaborar com a organização na aplicação das NR; 
4. d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador.
Se o empregado se recusar a cumprir o que foi disposto nos tópicos anteriores e não apresentar justificativa, ele poderá ser penalizado. No entanto, o trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico. 
Se o empregador comprovar a situação de grave e iminente risco, ele não poderá exigir o retorno dos trabalhadores à atividade enquanto não forem tomadas as medidas corretivas. Todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de função que implique em alteração de risco, deve receber informações sobre:¹
1. a) os riscos ocupacionais que existam ou possam originar-se nos locais de trabalho; 
2. b) os meios para prevenir e controlar tais riscos; 
3. c) as medidas adotadas pela organização;
4. d) os procedimentos a serem adotados em situação de emergência; 
A respeito das atribuições do empregado quanto ao EPI, temos:²
· Usar o EPI apenas para a finalidade à que se destina; 
· Responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
· Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
· Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
A fiscalização do uso do equipamento de proteção é obrigação do empregador. Conforme o artigo 158 da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT, o empregado pode ser penalizado ou receber justa causa por não apresentar uma justificativa ao empregador ao se recusar a utilizar o EPI. Se o empregador não cumprir com o que diz no artigo 157 da CLT, o empregado tem o direito de ter seu contrato de trabalho rescindido por culpa do empregador, sem prejuízo de responsabilidade civil, criminal e administrativa.³
Ainda de acordo com a CLT, o artigo 482 estabelece que o empregador poderá promover a rescisão por justa causa devido à falta grave por razões disciplinares, sendo a demissão por justa causa a mais severa das penalidades que pode ser aplicada ao empregado, o motivo deve ser suficientemente grave e ficar devidamente comprovado.⁴
Sendo assim, é fundamental que o empregado esteja atento às suas atribuições, pois se forem cumpridas de forma adequada, contribuirão com a prevenção de acidentes garantindo a preservação de sua saúde e segurança.
mportância do EPI
Os Equipamentos de proteção individual (EPI’s) são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador, reduzindo possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. O uso deste tipo de equipamentos , deverá ser contemplado sempre que não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade.¹
Além disso, o EPI também é usado para garantir que o profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho. O uso dos equipamentos de proteção é determinado por uma norma técnica NR 6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos de forma gratuita ao trabalhador para o desempenho de suas funções dentro da empresa.²
O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não garante a proteção da saúde do trabalhador. Incorretamente utilizados, os EPI’s podem comprometer ainda mais a sua segurança.¹
O uso correto dos EPI é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige a reciclagem contínua dos profissionais através de treinamentos e do acesso às informações atualizadas. Bem informado, os profissionais poderão adotar medidas cada vez mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores, além de evitar problemas trabalhistas.¹
Infelizmente, Há muitos mitos sobre os EPI’s o que acaba causando a não utilização dos mesmos: como:¹
· EPI’s são desconfortáveis:
· O operário não usa EPI
· EPI’s são caros
· Em relação a fala de que os EPI’s são desconfortáveis: Realmente , os EPI’s eram muito desconfortáveis no passado, mas atualmente existem EPI’s confeccionados com materiais leves e confortáveis. A sensação de desconforto está associada a fatores como a falta de treinamento e ao uso incorreto.
· Sobre a fala de que O operário não usa EPI: o trabalhador recusa-se a usar os EPI’s somente quando não foi conscientizado do risco e da importância de proteger sua saúde. O bom profissional exige os EPI’s para trabalhar.
· Em relação ao mito de que EPI’s são caros: Estudos comprovam que os gastos com EPI representam em média menos de 0,05% dos custos de uma obra. O uso dos EPI’s é obrigatório e o não cumprimento da legislação pode acarretar em multas e ações trabalhistas.Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de informações e regras básicas de segurança são as ferramentas mais importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas individuais de proteção a saúde do trabalhador.
A NR-06 lista os Equipamentos de Proteção Individual, subdividindo em grupos, como por exemplo, proteção de cabeça, olhos e face, auditiva, respiratória, tronco, membros superiores, membros inferiores, corpo inteiro e contra quedas com diferencial de nível.
EPI Capacete - Motociclista
O capacete é um equipamento de proteção individual - EPI obrigatório para os condutores e passageiros de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos motorizados, conforme a Resolução 20 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que regulamenta o uso de capacetes.¹
Os capacetes reduzem significativamente as lesões corporais e mortes em acidentes envolvendo motocicletas, assim, muitos países têm leis que não só obrigam o uso de capacetes pelos ocupantes das motocicletas, mas também determinam os requisitos mínimos aceitáveis para sua comercialização. Essas leis variam consideravelmente entre os países.²
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil é o terceiro país com o maior número de óbitos no trânsito, por isso é essencial reforçar a importância do o uso do capacete, que reduz em até 40% o risco de morte e em até 70% as chances de sofrer ferimentos graves na cabeça. Quando as leis sobre uso do capacete são efetivamente aplicadas, mais de 90% dos motociclistas passam a usá-lo, ressaltam as estatísticas da OMS.³
No Brasil o uso obrigatório do capacete é lei desde a edição do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em 1997.Todos os capacetes para motociclismo devem conter etiqueta com sua data de fabricação e ser certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade (INMETRO). A legislação não especifica um prazo de validade para os capacetes, mas a maioria dos fabricantes recomendam a sua substituição após três anos de fabricação, independente de terem sido usados, com a justificativa de que, com o tempo, o material deixa de oferecer a segurança necessária. É importante garantir a qualidade e seguir as especificações técnicas do equipamento.¹
O capacete deverá ser afixado na cabeça do motociclista de modo apropriado e com seus métodos de fixação adequados (cinta jugular, cordinhas, engates, botões etc.). Deve estar em boas condições para garantir que fique bem preso à cabeça, sem folgas aparentes.³
Todo capacete deverá ter, nas partes traseiras e laterais, dispositivos refletivos (adesivo luminoso), e o selo de inspeção do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade), que deverá estar fixado na parte traseira do capacete ou em seu interior.³
Outro fator importante para que um capacete cumpra sua função da melhor maneira possível é o ajuste à cabeça: o capacete não pode ser folgado. É necessário escolher um que aparentemente seja até menor do que a cabeça do usuário, sem exagero, considerando que, com pouco tempo de uso, a espuma da forração cederá o tanto necessário para que ele fique justo, confortável, mas jamais folgado.⁴
 
Tipos de Capacete
 
· Integral ou fechado
É o tipo de capacete mais comum e mais seguro, pois tem maior resistência contra impactos. É totalmente fechado, tendo entradas estratégicas de ar para a ventilação interna. Seu revestimento interno pode ser removido para limpeza e trocas. A viseira do capacete do motociclista deve ser usada sempre abaixada, para protegê-lo do vento e de objetos que possam ser lançados contra seus olhos e face.³
Modelos de capacete fechados são, por evidentes razões, mais seguros do que os capacetes abertos, que não têm proteção para o queixo. Todavia, em uma utilização urbana em baixas velocidades, em localidades quentes e sem vias expressas de trânsito rápido, os modelos abertos são plenamente adequados, cumprindo a função primordial de proteger o crânio.⁴
 
· Semiaberto
Não tem viseira própria e seu uso deve ser conjugado com os óculos de proteção apropriados. Geralmente é utilizado para a prática de esportes, como motocross.³
 
· Escamoteável
A parte frontal deste capacete tem uma abertura parcial quando acionada, com uma melhor ventilação, além de boa capacidade de proteção. É indicado para o uso dos motociclistas em grandes viagens e para os usuários de óculos de grau.³
 
· Aberto – Jet
Este modelo de capacete não é recomendado devido à sua grande abertura frontal que deixa parte da face desprotegida. Seu uso deve ser conjugado com óculos de proteção apropriados.³
 
· Coquinho
Sua utilização é feita apenas para demonstrações e exibições, como feiras de motos, passeios coletivos e apresentações de motocicletas exóticas. Por ter apenas a parte superior como proteção, seu uso é proibido no Brasil.³
 
Componentes dos capacetes
 
 
Viseiras
Capacetes tanto abertos quanto fechados devem, por lei, ser equipados com viseira. Na ausência dela, o motociclista precisa usar óculos de proteção, como os dos pilotos em competições fora-de-estrada, como enduro ou motocross.⁴
 
Viseira Cristal
Este é o tipo mais comum de viseira para capacete. Com material límpido, ela pode ser usada durante o dia e deve ser usada à noite.⁵
 
Viseira Fumê
Essa viseira para capacete ajuda a proteger os olhos quando a pilotagem é feita sob sol intenso, melhorando a capacidade visual e o conforto do motociclista. Existem modelos que vão da coloração mais clara, light, até uma mais escura, quase preta.
A viseira fumê não pode ser utilizada no período da noite, sob pena de multa e pontos na carteira. Então, ao utilizar uma viseira fumê ao sair de casa durante o dia para voltar só à noite, o usuário deve levar um modelo de material cristal para trocar e pilotar em segurança na volta.⁵
 
Viseira Transition
Viseira com a mesma tecnologia de fotossensibilidade usada nas lentes de óculos. Ela escurece rapidamente quando exposta à luz solar e volta a ficar transparente durante a noite ou em ambientes fechados. O sistema de sensibilidade é afetado apenas pela luz do sol, ignorando os faróis de outros carros ou a iluminação das estradas e ruas durante a noite.⁵
Viseira Espelhada
Esse tipo de viseira para capacete também é um ótimo recurso para a proteção contra os raios solares. A pilotagem fica mais confortável e, assim como na fumê, o motociclista não precisa ficar franzindo os olhos a toda hora para poder enxergar direito sob o sol.
Mas assim como no modelo anterior, a espelhada não deve ser usada à noite, tanto pela baixa visibilidade quanto pela impossibilidade de reconhecer o motociclista se for preciso.⁵
 
ATENÇÃO:
De acordo com a lei, a única viseira liberada para o uso noturno é a cristal. Também considera-se infração:
· Infração Leve (Art. 169) – Pilotar com o capacete mal afixado à cabeça, utilizando viseira ou queixeira levantadas, sem óculos de proteção ou com viseira fumê no período noturno. O motociclista receberá três pontos na habilitação, além de multa.
 
· Infração Gravíssima (Art.244) – Pilotar sem viseira ou óculos de proteção. As penalidades previstas são: multa, acréscimo de 7 pontos na CNH, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir.
 
· Também fica proibido o uso de qualquer tipo de película adicionada sobre a viseira.⁵
Óculos
Os óculos visam à proteção apropriada para os olhos dos motociclistas, por isso devem ser resistentes e transparentes para proporcionar maior visibilidade e proteção contra os agentes externos, que vão de encontro com a região da cabeça durante a condução de motocicletas.
Ao ser lançado algum corpo estranho sobre os olhos do motociclista, ele sentirá dor e um incômodo na visão. Sua primeira reação será tirar este incômodo, mas, para tanto, o condutor precisará retirar a mão da direção e poderá ficar desatento, sofrendo quedas ou colisões.
Os óculos de proteção apropriados devem permitir a utilização simultânea de óculos com lentes corretivas (óculos de grau) e óculos de sol. A utilização desomente esse tipo de óculos não substitui os óculos apropriados para a condução de motocicletas.³
 
Cinta Jugular:
A cinta jugular fornece a fixação do capacete à cabeça do motociclista. Esta cinta jamais pode estar frouxa, devendo permanecer 100% em contato com a parte inferior do maxilar do usuário.⁴
Desta forma, é de extrema importância estar atento às recomendações a respeito do uso dos capacetes para motociclista para garantir que, ao utilizá-lo, ele fornecerá a proteção adequada independente dos riscos que possam surgir.
Tipos de Capacete
O capacete de segurança é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) imprescindível para diminuir os riscos de ferimentos graves em caso de acidente, pois protege a cabeça do usuário contra impactos causados pela queda de objetos, riscos elétricos, entre outros perigos que possam estar presentes no ambiente de trabalho.¹
A Norma que estabelece os tipos e classes de capacetes de segurança para uso ocupacional é a NBR 8221.¹ Ela fixa os requisitos mínimos quanto às características físicas e de desempenho, além de prescrever os ensaios para a avaliação dos referidos capacetes, que são destinados à proteção da cabeça contra impactos, penetrações e riscos elétricos no uso ocupacional.¹
De acordo com esta Norma, os capacetes de segurança são classificados em Classes G e E, quando referentes aos riscos elétricos, e C, que se refere a capacetes condutivos. Além das classes, temos os capacetes Tipos I e II, para a proteção contra impactos.¹
 Acompanhe a seguir a descrição de cada uma destas classificações:¹
· Capacete Classe G (geral): O capacete de segurança Classe G é concebido para reduzir o risco de choque elétrico quando houver contato com condutores elétricos de baixa tensão, ele é ensaiado com 2.200 V.
Observação: Esta tensão não busca ser um indicador da tensão na qual o capacete protege o usuário.
· Capacete Classe E (elétrico): O capacete de segurança Classe E é concebido para reduzir o risco de choque elétrico quando houver contato com condutores elétricos de alta tensão, ele é ensaiado com 20.000 V. 
Observação: Assim como para o outro capacete, a tensão acima não busca ser um indicador da tensão na qual o capacete protege o usuário.
· Capacete Classe C (condutivo): O capacete de segurança Classe C não oferece proteção contra riscos elétricos. São indicados para uso geral, sendo normalmente utilizados na construção civil e indústrias.
Tipos de Capacete
Os capacetes de segurança também são classificados conforme a proteção oferecida contra impacto, sendo subdivididos em Tipo I e Tipo II. 
 
Subdivisão das classes dos capacetes de acordo com seus tipos:¹
· Tipo I: Capacete com aba total
O capacete de segurança Tipo I tem o objetivo de reduzir a força de impacto resultante de um golpe no topo da cabeça. Confeccionado com aba em todo o seu perímetro, ele oferece maior área de proteção contra objetos que possam atingir a cabeça, radiação solar, escorrimento de líquidos e também proporciona maior afastamento de possíveis contatos com energia elétrica. É ideal para trabalhadores externos que passam a jornada de trabalho em exposição ao sol e a variações climáticas como vento e chuva.²⁻³
· Tipo II: Capacete com aba frontal
O capacete de segurança Tipo II é concebido para reduzir a força de impacto resultante de um golpe no topo ou nas laterais da cabeça. Tem a aparência de um boné, pois possui aba somente na região frontal, oferecendo proteção ao rosto e aos olhos. É muito comum esse EPI ser usado na construção civil.²⁻⁴
 
Especificações mínimas para capacetes Tipo I e Tipo II 
Para se atestar a qualidade dos capacetes, torna-se fundamental analisar os seguintes requisitos.¹
· Inflamabilidade
· Transmissão de força
· Penetração no topo
· Requisitos de isolamento elétrico
 
Inflamabilidade
Para testar a inflamabilidade do capacete, é colocada uma chama de ensaio em contato com o casco, criando uma nova chama no próprio capacete. Esta nova  chama deve se extinguir em até cinco segundos após a remoção da chama de ensaio, ou seja, a utilizada para testá-lo.
Transmissão de força
Para entender esse teste, é preciso conhecer duas definições: a de cabeça-padrão e a de newtons:
· Cabeça-padrão é um dispositivo em formato semelhante ao de uma cabeça, utilizado nos ensaios com capacetes. Elas são feitas em materiais, dimensões e pesos específicos para cada tipo de teste, servindo como suporte.
· Um newton corresponde à força exercida sobre um corpo de massa igual a 1 kg, que lhe induz uma aceleração de 1 m/s² na mesma direção e sentido da força. Em outras palavras, newton é a forma usada para medir a força do impacto que um objeto com determinado peso gera ao cair de certa altura.
 
No caso, é medida a força do impacto do míssil de teste na superfície do capacete, e o capacete deve absorver essa força sem passá-la para a cabeça-padrão.
Em questão à transmissão de força, o capacete de segurança deve ser ensaiado de acordo com requisitos específicos e não pode transmitir uma força superior a 4.450 Newton para a cabeça-padrão utilizada nos testes. O ensaio é realizado repetidas vezes, para cada sessão de testes deve ser calculada a média das forças máximas transmitidas nos ensaios individuais. O valor da média não pode ser superior a 3.780 Newton.¹
Penetração no topo
O punção é uma estrutura metálica pontuda que serve para perfurar o capacete durante os testes de penetração. Para o teste, deve-se seguir as recomendações específicas de peso e formato dos equipamentos e, assim, deixar que o punção caia de determinada altura com a ponta sobre o capacete, de forma que a aceleração seja compatível com a especificada na norma. O punção não pode entrar em contato com o topo da cabeça-padrão durante o teste, do contrário, o capacete não será aprovado.
Requisitos de isolamento elétrico
Capacetes de segurança Classe G e Classe E devem atender aos requisitos de isolamento elétrico, ou seja, cada um deve ser ensaiado com sua respectiva voltagem especificada na norma. O objetivo do teste é verificar se o capacete transmite um nível de eletricidade além do aceitável para o crânio do usuário, se esse for o caso, ele não é aprovado. O capacete de segurança Classe C não é ensaiado para isolamento elétrico.¹
Uso adequado dos capacetes
· O capacete deve ser usado com a aba frontal virada para a frente;
· Não deve-se utilizar capacetes com o casco trincado ou fissurado;
· É proibido o uso de gorros ou bonés por baixo do capacete, afinal, ele não foi projetado para ser usado assim. O boné ou gorro diminui o poder de fixação da aranha do capacete na cabeça do empregado. Com o boné, o capacete cai da cabeça com mais facilidade;
· O capacete deve ser lavado com sabão neutro;
· O capacete só deve ser utilizado se apresentar certificado de aprovação;
· O trabalhador que utilizar o equipamento deve fazer um ajuste firme, mas confortável.⁵
Descarte
O capacete não deve ser utilizado se:
· O resultado das verificações (antes do uso, durante inspeções de rotina) não for satisfatório;
· O equipamento tiver sofrido esforços importantes ou uma queda importante;
· O trabalhador não conhecer o histórico completo de sua utilização;
· O produto tiver mais de cinco anos e for composto de materiais plásticos ou têxteis.
O não respeito a qualquer uma destas advertências pode ser a causa de ferimentos graves ou mortais. Desta forma, podemos concluir que conhecer os tipos e classes dos capacetes de segurança do trabalho é de suma importância para poder realizar a escolha do modelo adequado para cada tipo de atividade, garantindo a eficácia na proteção à saúde e segurança do trabalhador.  
Tipos de Capacete
O capacete de segurança é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) imprescindível para diminuir os riscos de ferimentos graves em caso de acidente, pois protege a cabeça do usuário contra impactos causados pela queda de objetos, riscos elétricos, entre outros perigos que possam estar presentes no ambiente de trabalho.¹
A Norma que estabelece os tipos e classes de capacetes de segurança para uso ocupacionalé a NBR 8221.¹ Ela fixa os requisitos mínimos quanto às características físicas e de desempenho, além de prescrever os ensaios para a avaliação dos referidos capacetes, que são destinados à proteção da cabeça contra impactos, penetrações e riscos elétricos no uso ocupacional.¹
De acordo com esta Norma, os capacetes de segurança são classificados em Classes G e E, quando referentes aos riscos elétricos, e C, que se refere a capacetes condutivos. Além das classes, temos os capacetes Tipos I e II, para a proteção contra impactos.¹
 Acompanhe a seguir a descrição de cada uma destas classificações:¹
· Capacete Classe G (geral): O capacete de segurança Classe G é concebido para reduzir o risco de choque elétrico quando houver contato com condutores elétricos de baixa tensão, ele é ensaiado com 2.200 V.
Observação: Esta tensão não busca ser um indicador da tensão na qual o capacete protege o usuário.
· Capacete Classe E (elétrico): O capacete de segurança Classe E é concebido para reduzir o risco de choque elétrico quando houver contato com condutores elétricos de alta tensão, ele é ensaiado com 20.000 V. 
Observação: Assim como para o outro capacete, a tensão acima não busca ser um indicador da tensão na qual o capacete protege o usuário.
· Capacete Classe C (condutivo): O capacete de segurança Classe C não oferece proteção contra riscos elétricos. São indicados para uso geral, sendo normalmente utilizados na construção civil e indústrias.
Tipos de Capacete
Os capacetes de segurança também são classificados conforme a proteção oferecida contra impacto, sendo subdivididos em Tipo I e Tipo II. 
 
Subdivisão das classes dos capacetes de acordo com seus tipos:¹
· Tipo I: Capacete com aba total
O capacete de segurança Tipo I tem o objetivo de reduzir a força de impacto resultante de um golpe no topo da cabeça. Confeccionado com aba em todo o seu perímetro, ele oferece maior área de proteção contra objetos que possam atingir a cabeça, radiação solar, escorrimento de líquidos e também proporciona maior afastamento de possíveis contatos com energia elétrica. É ideal para trabalhadores externos que passam a jornada de trabalho em exposição ao sol e a variações climáticas como vento e chuva.²⁻³
· Tipo II: Capacete com aba frontal
O capacete de segurança Tipo II é concebido para reduzir a força de impacto resultante de um golpe no topo ou nas laterais da cabeça. Tem a aparência de um boné, pois possui aba somente na região frontal, oferecendo proteção ao rosto e aos olhos. É muito comum esse EPI ser usado na construção civil.²⁻⁴
 
Especificações mínimas para capacetes Tipo I e Tipo II 
Para se atestar a qualidade dos capacetes, torna-se fundamental analisar os seguintes requisitos.¹
· Inflamabilidade
· Transmissão de força
· Penetração no topo
· Requisitos de isolamento elétrico
 
Inflamabilidade
Para testar a inflamabilidade do capacete, é colocada uma chama de ensaio em contato com o casco, criando uma nova chama no próprio capacete. Esta nova  chama deve se extinguir em até cinco segundos após a remoção da chama de ensaio, ou seja, a utilizada para testá-lo.
Transmissão de força
Para entender esse teste, é preciso conhecer duas definições: a de cabeça-padrão e a de newtons:
· Cabeça-padrão é um dispositivo em formato semelhante ao de uma cabeça, utilizado nos ensaios com capacetes. Elas são feitas em materiais, dimensões e pesos específicos para cada tipo de teste, servindo como suporte.
· Um newton corresponde à força exercida sobre um corpo de massa igual a 1 kg, que lhe induz uma aceleração de 1 m/s² na mesma direção e sentido da força. Em outras palavras, newton é a forma usada para medir a força do impacto que um objeto com determinado peso gera ao cair de certa altura.
 
No caso, é medida a força do impacto do míssil de teste na superfície do capacete, e o capacete deve absorver essa força sem passá-la para a cabeça-padrão.
Em questão à transmissão de força, o capacete de segurança deve ser ensaiado de acordo com requisitos específicos e não pode transmitir uma força superior a 4.450 Newton para a cabeça-padrão utilizada nos testes. O ensaio é realizado repetidas vezes, para cada sessão de testes deve ser calculada a média das forças máximas transmitidas nos ensaios individuais. O valor da média não pode ser superior a 3.780 Newton.¹
Penetração no topo
O punção é uma estrutura metálica pontuda que serve para perfurar o capacete durante os testes de penetração. Para o teste, deve-se seguir as recomendações específicas de peso e formato dos equipamentos e, assim, deixar que o punção caia de determinada altura com a ponta sobre o capacete, de forma que a aceleração seja compatível com a especificada na norma. O punção não pode entrar em contato com o topo da cabeça-padrão durante o teste, do contrário, o capacete não será aprovado.
Requisitos de isolamento elétrico
Capacetes de segurança Classe G e Classe E devem atender aos requisitos de isolamento elétrico, ou seja, cada um deve ser ensaiado com sua respectiva voltagem especificada na norma. O objetivo do teste é verificar se o capacete transmite um nível de eletricidade além do aceitável para o crânio do usuário, se esse for o caso, ele não é aprovado. O capacete de segurança Classe C não é ensaiado para isolamento elétrico.¹
Uso adequado dos capacetes
· O capacete deve ser usado com a aba frontal virada para a frente;
· Não deve-se utilizar capacetes com o casco trincado ou fissurado;
· É proibido o uso de gorros ou bonés por baixo do capacete, afinal, ele não foi projetado para ser usado assim. O boné ou gorro diminui o poder de fixação da aranha do capacete na cabeça do empregado. Com o boné, o capacete cai da cabeça com mais facilidade;
· O capacete deve ser lavado com sabão neutro;
· O capacete só deve ser utilizado se apresentar certificado de aprovação;
· O trabalhador que utilizar o equipamento deve fazer um ajuste firme, mas confortável.⁵
Descarte
O capacete não deve ser utilizado se:
· O resultado das verificações (antes do uso, durante inspeções de rotina) não for satisfatório;
· O equipamento tiver sofrido esforços importantes ou uma queda importante;
· O trabalhador não conhecer o histórico completo de sua utilização;
· O produto tiver mais de cinco anos e for composto de materiais plásticos ou têxteis.
O não respeito a qualquer uma destas advertências pode ser a causa de ferimentos graves ou mortais. Desta forma, podemos concluir que conhecer os tipos e classes dos capacetes de segurança do trabalho é de suma importância para poder realizar a escolha do modelo adequado para cada tipo de atividade, garantindo a eficácia na proteção à saúde e segurança do trabalhador.  
Importância dos Equipamentos de Proteção dos Olhos e Face
Alguns empregos que estão disponíveis no mercado atualmente podem no caso de fábricas e construções, por exemplo, causar danos aos funcionários, como lesões na cabeça, danos nos olhos, na face e nos demais membros.
 
Sendo assim, para evitar estes acidentes, o ideal é se proteger devidamente com equipamentos de proteção individual especializados. Dentro do funcionamento de uma fábrica existem alguns tipos de máquinas que podem atingir os funcionários no rosto e nos olhos, como é o caso de farelos e pequenas partes de substâncias que são emitidas pela máquina, tais substâncias quando entram em contato com os olhos chegam até a cegar o trabalhador, recomenda-se então, que sejam utilizados equipamentos corretos de segurança para essas regiões.
Importância da proteção dos olhos:
Os olhos são uma das regiões mais sensíveis de todo o nosso corpo e por isso merecem atenção redobrada em serviços em indústrias e construções, onde pequenas porções de matéria, ou mesmo faíscas e gases, podem atingi-los. O que ressalta a importância do uso de equipamentos de segurança, que servem para protegê-los não somente de partículas, mas de outros fatores, como luminosidade intensa, radiação ultravioleta e radiação infravermelha.
Os óculos protetores protegem os olhos de areia, fagulhas, gases, pancadas, pó, vento e energia radiante.

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