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ANANANANANALISTALISTALISTALISTALISTA A A A A AMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTALALALALAL JÚNIOR JÚNIOR JÚNIOR JÚNIOR JÚNIOR OCEANOGRAFIAOCEANOGRAFIAOCEANOGRAFIAOCEANOGRAFIAOCEANOGRAFIA CONHECIMENTCONHECIMENTCONHECIMENTCONHECIMENTCONHECIMENTOS ESPECÍFICOSOS ESPECÍFICOSOS ESPECÍFICOSOS ESPECÍFICOSOS ESPECÍFICOS MA RÇ O / 2 01 0 TARDE02 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com os enunciados das 70 questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: b) 1 CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas às questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO- RESPOSTA. Caso contrário, notifique IMEDIATAMENTE o fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, a caneta esferográ- fica transparente de tinta na cor preta. 04 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, a caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras; portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: A C D E 05 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído caso esteja danificado em suas margens superior ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 06 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 07 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 08 - SERÁ ELIMINADO do Processo Seletivo Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o Caderno de Questões e/ou o CARTÃO-RESPOSTA; c) se recusar a entregar o Caderno de Questões e/ou o CARTÃO-RESPOSTA quando terminar o tempo estabelecido. 09 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no Caderno de Questões NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 10 - Quando terminar, entregue ao fiscal O CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. Obs. O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES, a qualquer momento. 11 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS É DE 4 (QUATRO) HORAS, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CARTÃO-RESPOSTA. 12 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Questões 1 a 10 11 a 20 Pontos 0,5 1,0 Questões 21 a 30 31 a 40 Pontos 1,5 2,0 Questões 41 a 50 51 a 60 Pontos 2,5 3,0 Questões 61 a 70 - Pontos 3,5 - ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 2 ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 3 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Considere a figura a seguir para responder às questões de nos 1 a 3. 1 Descoberto em 2009, o GJ 1214 b, ilustrado acima, é um planeta extrassolar cujo raio mede cerca de duas vezes e meia o raio da Terra. Evidências indicam que se trata de um Planeta-oceano, onde a água representa cerca de ¾ de sua massa. Considerando que haja condições de vida em GJ 1214 b, seria correta a hipótese de que há, neste planeta, maior disponibilidade de habitats para organismos (A) estuarinos. (B) pelágicos. (C) insulares. (D) recifais. (E) neríticos. 2 Suponha que fontes hidrotermais presentes no assoalho oceânico fossem a única fonte primária de energia dispo- nível para os processos vitais em GJ 1214 b. Neste caso, seriam grandes as chances de que a base da cadeia alimentar fosse composta por organismos (A) heterotróficos. (B) fotossintetizantes. (C) clorofilados. (D) quimiossintetizantes. (E) pigmentados. 3 Um aspecto intrigante sobre o planeta GJ 1214 b diz res- peito à origem de seu vasto oceano. Considerando a pro- porção da massa de água em relação à massa total do planeta, não é possível traçar um paralelo com a gênese dos oceanos do planeta Terra, os quais, por sua vez, fo- ram formados a partir do(a) (A) manto. (B) núcleo. (C) meteorito. (D) atmosfera. (E) massa continental. 4 Estima-se que cerca de 90% dos seres vivos que habitam a zona mesopelágica possuam algum tipo de biolumi- nescência. Esse padrão está diretamente relacionado ao fato de que nesta região (A) há pouca ou quase nenhuma luz. (B) há dominância de organismos sésseis. (C) há intensa turbulência causada por ondas. (D) não há espécies formadoras de cardumes. (E) não há anteparos para a propagação de sons. 5 A grande maioria dos cerca de 35 filos animais reconheci- dos possui representantes que vivem em ambiente (A) bentônico. (B) paludícola. (C) epipelágico. (D) mesopelágico. (E) lacustre. 6 A fotossíntese é a base de quase toda vida nos oceanos. Descontadas as perdas para a respiração, a quantidade de matéria orgânica fixada por organismos autotróficos representa a produção (A) primária bruta. (B) primária líquida. (C) secundária bruta. (D) secundária líquida. (E) terciária. 7 Estima-se que, na década de 1990, a introdução anual média de hidrocarbonetos de origem fóssil no ambiente marinho tenha sido de, aproximadamente, 1,3 milhões de toneladas. Qual das circunstâncias abaixo NÃO representa uma fonte de introdução conhecida? (A) Infiltrações naturais através de fendas no assoalho marinho. (B) Atividades humanas de exploração e produção. (C) Circulação de frota de navios petroleiros. (D) Deposição atmosférica. (E) Incêndios florestais. 8 Na ocorrência de um vazamento acidental de óleo no mar, pode haver formação de uma ou mais manchas na superfí- cie. Quando se desconhece a fonte que originou a mancha, pistas podem ser produzidas através da identificação de cicloalcanos neste óleo, como os terpanos, hopanos e esteranos, pois os cicloalcanos (A) afundam rapidamente, depositando-se no local do acidente. (B) podem ser detectados na biota local, pois persistem em diversos níveis da cadeia trófica. (C) produzem manchas com formatos específicos. (D) são biomarcadores, isto é, funcionam como impressões digitais do óleo. (E) são os primeiros hidrocarbonetos a sofrer degradação. MARCY, G. Nature, no 462, 2009, p. 853-854 (Adaptado). Núcleo de ferro e níquel Manto de silicato Água Hidrogênio e hélio? ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 4 9 Diversidade Específica bentônica marinha: (A) Gastropoda; (B) Polychaeta; (C) Bivalvia, Protobranchia; (D) Cumacea; (E) Megafauna; (F) Ictiofauna. Rex apud Sumida in Pereira e Soares-Gomes [Eds], Biologia Marinha, Interciência, 2009, p. 390. Até meados do século XIX, estimava-se que as águas oceânicas abaixo dos 600 m de profundidade fossem azoicas. No entanto, com a evolução da ciência, essa visão se modificou. Nessa perspectiva, a análise da figura acima permite concluir que ela (A) sugere que os poliquetas apresentam menor diversidade do que os bivalves. (B) indica uma relaçãolinear entre o aumento da profundidade e o aumento da diversidade de espécies bentônicas. (C) indica que as maiores biomassas são encontradas nas regiões mais rasas. (D) aponta um máximo de riqueza na região abissal. (E) aponta um máximo de diversidade por volta de 2.000 a 3.000 m de profundidade. 10 Os efeitos das descargas de óleo em ecosssistemas e organismos dependem não somente da sua composição mas também de seu comportamento após o derrame, isto é, de fatores como a velocidade de sua degradação e sua persistência no ambiente. É esse conjunto de fatores intrínsecos e extrínsecos ao óleo que, em última análise, determina a sua (A) biorrecuperabilidade. (B) biorremediabilidade. (C) bioatividade. (D) biodisponibilidade. (E) biocumulatividade. 0 2 4 25 20 15 10 5 0 15 10 5 0 A D B E C F 0 2 4 0 2 4 Profundidade (km) N ú m e ro e sp e ra d o d e e sp é ci e s, E (S ) 5 0 ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 5 11 Disponível em: www.wikipedia.org A figura acima destaca, em cinza, o Alto Mar, isto é, as regiões oceânicas que estão além das Zonas Econômicas Exclusi- vas (ZEE). A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar cunhou a expressão Espécies Altamente Migratórias para se referir a organismos como os atuns e afins, animais de topo de cadeia trófica, cujos migratórios incluem tanto as ZEE quanto o Alto Mar. Organismos com esse padrão migratório são denominados (A) potamódromos. (B) diádromos. (C) anádromos. (D) oceanódromos. (E) migradores verticais diários. 12 O petróleo é composto por diversos grupos de substâncias. Em caso de acidentes, algumas delas geram mais preocupa- ção por serem estáveis e persistentes no ambiente, bem como por seu potencial ecotoxicológico. Qual das substâncias abaixo apresenta essas propriedades e faz parte do grupo dos 16 poluentes prioritários? (A) CO2 (B) H H H C H (C) CH2 CH3 C CH CH3 CH3 CH3CH3 (D) H3C CH3 (E) ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 6 13 A carcaça da plataforma P-36 está hoje assentada no leito marinho a cerca de 1.300 m de profundidade. Na ocasião do seu naufrágio, estima-se que houvesse a bordo um volume de óleo maior do que o volume vazado no acidente da Baía de Guanabara, no ano de 2.000. No entanto, o impacto ambiental causado por este último acidente foi considerado maior, entre outras razões, porque (A) o óleo que vazou na Baía de Guanabara era mais rico em HPA. (B) a tecnologia para combater vazamento de óleo a grandes profundidades inexiste. (C) na Baía de Guanabara há intensa atividade extrativista de recursos naturais biológicos. (D) os padrões hidrográficos das baías favorecem o espalhamento e a diluição do óleo. (E) há diversas espécies endêmicas da Baía de Guanabara. 14 A figura acima ilustra o resultado de um experimento ecotoxicológico hipotético. No gráfico, o percentual de fatalidades em populações de organismos pertencentes a duas espécies distintas (P e Q) é medido em função da concentração de um agente tóxico. Esses resultados indicam que (A) as espécies P e Q possuem um LC50 semelhante para esse agente tóxico. (B) a espécie Q é mais tolerante para esse agente tóxico. (C) esse agente tóxico é um hidrocarboneto de origem fóssil. (D) os efeitos da exposição crônica são mais significativos do que os da aguda para a espécie P. (E) esse agente tóxico, mesmo em concentrações altas, tem efeito subletal para ambas as espécies. 15 Diversas Normas da série ISO 14.000 possuem como característica seguir o princípio conhecido pela sigla PDCA, formada pelos termos Planejar, Fazer, Verificar e Agir, em inglês. Esse princípio pode ser sintetizado como o princípio da (A) melhoria contínua. (B) segurança de processo. (C) sustentabilidade ambiental. (D) lei da oferta e da procura. (E) parcimônia. 16 A NBR-ISO 14.001 recomenda que as empresas requeiram de seus prestadores de serviço demonstrações de que os seus empregados possuem o requisito competência e/ou treinamento apropriado. Para verificação do requisito, os prestadores devem dispor de (A) ação corretiva. (B) auditoria externa. (C) estimativa de custo. (D) preparação e resposta à emergência. (E) controle de produto não conforme. 17 Durante uma Avaliação de Desempenho Ambiental, uma empresa constatou que suas propriedades possuíam cerca de 30% da cobertura vegetal original intacta. Verifi- cou, ainda, que cerca de 20% das suas reuniões internas incluíram o assunto Desempenho Ambiental nas referidas pautas. De acordo com o que estabelece a NBR-ISO 14.031, esse dois valores encontrados são, respectivamente, indica- dores de (A) condição ambiental e desempenho operacional. (B) condição ambiental e desempenho gerencial. (C) desempenho gerencial e condição ambiental. (D) desempenho operacional e desempenho ambiental. (E) desempenho ambiental e desempenho operacional. 18 Algumas instalações da Petrobras são mais antigas do que muitos marcos legais que hoje regem os procedimentos para o licenciamento ambiental no Brasil. Algumas dessas instalações são anteriores à própria existência de um licenciamento ambiental. Nesses casos, a adequação das instalações aos padrões e procedimentos ambientais atuais é feita por meio de acordos firmados entre o órgão ambiental e a Petrobras por meio de um Termo de (A) Lavra. (B) Partilha. (C) Referência. (D) Concessão de Exploração. (E) Ajustamento de Conduta. 100% 50% P Q Concentração ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 7 19 Disponível em: www.wikipedia.org. O mapa acima ilustra o Campo de Tupi, localizado ao largo do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o que estabelece a Resolução CONAMA no 237, de 19/12/1997, o licenciamento ambiental das atividades de exploração e produção de petróleo nesse campo está na esfera de competência do (da) (A) Intituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). (B) Instituto Estadual do Ambiente (INEA). (C) Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). (D) Prefeitura de Santos. (E) Prefeitura de Angra dos Reis. 20 A Resolução CONAMA no 23, de 12 de dezembro de 1994, estabelece procedimentos específicos para atividades de exploração e produção de hidrocarbonetos fósseis no Brasil. Dentre as licenças prévias descritas nesta resolução, duas são específicas para este tipo de empreendimento, pois tratam de autorização para (A) instalação das unidades e dos sistemas de produção e escoamento do óleo produzido. (B) início da operação das unidades e dos sistemas integrantes da atividade. (C) perfuração e produção para pesquisa de viabilidade econômica da jazida. (D) elaboração de Relatório de Avaliação Ambiental e Projeto de Controle Ambiental. (E) elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente. ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 8 21 DUICK et al. Trace Element Distributions ib biograded Crude Oils and Fractions from Potiguar Basin. Brazil. J. Braz. Chem Soc. 19 (5): 978-986, 2008 (Adaptado) A figura acima ilustra a cromatografia de uma amostra de óleo. Considerando que estão indicadas as intensidades diferenci- adas de cada componente da amostra, afirma-se que com este tipo de análise NÃO é possível resgatar informações sobre (A) a gênese do óleo cru. (B) aspectos do processo de refino do óleo. (C) influência do intemperismo sobre o óleo. (D) mistura do óleo no ambiente. (E) o volume de óleo vazado. 22 STEWART, R.H. Introduction to Physical Oceanography, 2005 (Adaptado) Está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) I e II. (C) II e III. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV. 23 Ao realizar uma pesquisa sobre a formação, o deslocamento e as propriedades físico-químicas das massas d’águas no Oceano Atlântico, um oceanógrafo identificou uma informação INCORRETAafirmando que a(s) (A) formação de massas de água centrais está associada à convergência superficial nos giros subtropicais. (B) formação de massas de água de fundo ocorre em função do resfriamento e do congelamento da camada superficial do oceano em altas latitudes. (C) circulação de massas de água profundas é determinante para o transporte de calor dos trópicos para altas latitudes. (D) massas de água intermediárias contribuem para a variação de temperatura ao longo da termoclina permanente. (E) regiões de alta evaporação nos trópicos formam massas de água de alta salinidade que se deslocam acima do topo da termoclina permanente. In te ns id ad e Ev ap or aç ão - P re ci pi ta çã o (m /a no ) Salinidade 1.0 0.5 0.0 -0.5 -1.0 -1.5 -900 Salinidade Evaporação - Precipitação -600 -300 00 300 600 900 36 34 32 30 Latitude Com base na distribuição de temperatura e salinidade da água do mar nos oceanos e considerando o gráfico ao lado, que apresenta o comportamento zonal da salinidade su- perficial média e do balanço anual entre a evaporação e a precipitação sobre o Oceano Atlântico, analise as afirma- ções a seguir. I - Valores máximos de salinidade superficial ocorrem nas regiões onde a evaporação anual excede a pre- cipitação. II - Valores mínimos absolutos de salinidade superficial são registrados em altas latitudes do Hemisfério Norte devido ao derretimento da calota de gelo. III - Valores máximos de temperatura superficial também ocorrem nas regiões onde o balanço anual entre eva- poração e precipitação é máximo. IV - Similarmente ao comportamento da salinidade su- perficial, a distribuição da temperatura superficial é fortemente dependente da latitude. ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 9 24 WARREN B. A., 1973 (Adaptado) Com base nos gráficos acima, que apresentam as porções inferiores da termoclina e da picnoclina em uma dada re- gião oceânica de grande profundidade, as curvas indicadas por X e Y, respectivamente, correspondem aos parâmetros (A) temperatura in situ e densidade absoluta. (B) temperatura in situ e densidade potencial. (C) temperatura potencial e densidade potencial. (D) temperatura potencial e anomalia de densidade. (E) anomalia termostérica e anomalia de densidade. 25 Em relação às propriedades da água do mar, analise as afirmativas a seguir. I - A salinidade do mar é definida teoricamente pela me- dida da massa, em gramas, de todos os sais dissol- vidos em 1 kg de água do mar. II - A densidade da água do mar é uma propriedade cal- culada por meio da equação de estado, a partir de medições de temperatura, condutividade e pressão. III - As variações de temperatura no oceano são meno- res e ocorrem de forma mais lenta do que na atmos- fera, devido à menor capacidade térmica da água em relação ao ar. IV - A comparação da temperatura e da salinidade da água do mar em diferentes profundidades deve ser precedida da remoção do efeito da pressão sobre essas propriedades. Está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) I e II. (C) II e III. (D) I, II e IV. (E) II, III, IV. 0° 1° 2° 3° 4° 5° Temperatura (em Celsius) Densidade P ro fu n d id a d e (e m m e tr o s) -1000 -2000 -3000 -4000 -5000 27,5 27,6 27,7 27,8 27,9 28 X Y 26 Com referência às marés astronômicas, analise as afirma- ções a seguir. I - A Teoria da Maré de Equilíbrio considera os efeitos da inércia, da aceleração de Coriolis e da dissipa- ção de energia no escoamento das marés. II - Segundo a Teoria Dinâmica de Maré, a força gera- dora da maré exercida por um corpo celeste é a re- sultante da força de atração gravitacional deste cor- po e da força centrífuga da rotação do sistema com- posto pelo corpo celeste e a Terra. III - O sistema Lua-Terra-Sol produz um padrão de osci- lação de maré bastante complexo, mas que pode ser decomposto em vários movimentos harmônicos simples, com distintos valores de amplitude, perío- do e fase. IV - Em regiões costeiras, o padrão normal das marés pode sofrer distorções de natureza hidrodinâmica, as quais são representadas por componentes har- mônicos de águas rasas. Estão corretas as afirmações (A) I, somente. (B) I e III, somente. (C) I, III e IV, somente. (D) II, III e IV, somente. (E) I, II, III e IV. 27 Com base na teoria linear de ondas de gravidade,é IN- CORRETO afirmar que (A) a celeridade de ondas longas depende unicamente da profundidade local. (B) a velocidade de propagação de grupo é a metade da celeridade. (C) o campo de pressão relacionado a ondas curtas é hidrostático e, a ondas longas, é não hidrostático. (D) as energias potencial e cinética médias têm a mesma magnitude e dependem apenas da altura de onda. (E) as grandezas deslocamento vertical e velocidade hori- zontal estão em fase entre si, no que diz respeito ao movimento das partículas sob efeito de ondas. 28 Considere um espectro de energia de ondas obtido em região de latitude 30° sul. A qual período corresponde um dado pico deste espectro para que represente uma oscila- ção inercial? (A) 6 h (B) 12 h (C) 12,4 h (D) 13,8 h (E) 24 h ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 10 29 Um mergulhador autônomo executa um serviço de inspeção no casco de uma plataforma semissubmersível 15 metros abaixo da superfície do mar. Com base na teoria linear e considerando que a profundidade local seja de 1000 metros, o que acontecerá com o mergulhador quando ondas de gravidade de período igual a 15 segundos e altura de 2 metros passarem por sua posição? (A) Afundará sob o efeito da massa adicional provocado pelas ondas. (B) Afundará, pois seu equilíbrio será afetado negativamente por efeito da pressão dinâmica das ondas. (C) Flutuará, pois seu equilíbrio será afetado positivamente por efeito da pressão dinâmica das ondas. (D) Oscilará, juntamente com as partículas de água ao seu redor, e sofrerá um deslocamento horizontal residual no sentido de propagação das ondas. (E) Oscilará, juntamente com as partículas de água ao seu redor, em função das velocidades orbitais presentes, retornando à sua posição inicial. 30 Sabendo-se que a massa do Sol é 27 milhões de vezes maior do que a da Lua e que a distância Terra-Sol é quase 400 vezes maior que a distância Terra-Lua, a melhor estimativa para a relação entre as intensidades das Forças Geradoras de Maré (FGM) na superfície da Terra exercidas pela Lua e pelo Sol é (A) FGM (Lua) =~ 0,3 FGM (Sol). (B) FGM (Lua) =~ 0,4 FGM (Sol). (C) FGM (Lua) =~ 2,4 FGM (Sol). (D) FGM (Lua) =~ 3,3 FGM (Sol). (E) FGM (Lua) =~ 4,2 FGM (Sol). 31 Considere o diagrama TS abaixo, produzido a partir de perfis de CTD obtidos durante um cruzeiro oceanográfico na Região Norte do Brasil. Relacione as regiões demarcadas com algarismos romanos com as diferentes classificações para as massas d’água apresentadas à direita. A relação correta entre regiões e classificações é (A) I - AC , II - AT , III - ACAS , IV - AIA. (B) I - AC , II - ACAS , III - AIA , IV - APAN. (C) I - AC , II - AT , III - AIA , IV - APAN. (D) I - AT , II - AC , III - ACAS , IV - APAN. (E) I - AT , II - ACAS , III - AIA , IV - APAN. Salinidade AT - Água Tropical AC - Água Costeira AIA - Água Intermediária Antártica ACAS - Água Central do Atlântico Sul APAN - Água Profunda do Atlântico Norte 30 25 20 15 10 5 0 34 34.5 35 35.5 36 36.5 37 37.5 38 22.6 24.2 25.0 27.3 28.9 II III IV I Te m p e ra tu ra (° C ) ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 11 Maré oceânica Onda capilar em tanque de carcinocultura Marulho sobre a Plataforma Continental Onda na Lagoa da Conceição - SC I . II . III . IV . Tipo de onda Período (T) Profundidade (h) 24 h 1 s 12 s4 s 2000 m 1 m 200 m 2 m Águas rasas Águas profundas Águas rasas Águas profundas Águas intermediárias Águas profundas Águas Águas rasas profundas Águas intermediárias Águas rasas Águas profundas Águas intermediárias Águas profundas Águas profundas Águas intermediárias Águas intermediárias Águas intermediárias Águas rasas Águas rasas Águas intermediárias (A) (B) (C) (D) (E) I II III IV 32 Classifique as ondas nos itens da tabela abaixo de acordo com o parâmetro profundidade relativa (h/L). A classificação correta é 33 O gráfico abaixo apresenta espectros de ‘mar completamente desenvolvido’ para diferentes condições reais de vento. Com base no gráfico e na teoria de geração de ondas, analise as sentenças a seguir. Está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) I e II. (C) II e III. (D) III e IV. (E) I, II e IV. 34 Ca+2, Na+, Cl-, SO4 = são exemplos de elementos maiores da água do mar, cuja composição relativa nos oceanos é considerada constante. Os itens abaixo elencam diversas condições naturais em que tais macronutrientes não são conservativos, EXCETO no caso de (A) estuários. (B) bacias anóxicas. (C) mares fechados. (D) zonas de ressurgência. (E) zonas de congelamento da água do mar. I - A comparação dos diferentes espectros permite con- cluir que ventos mais intensos geram ondas mais longas e mais altas. II - O termo ‘mar completamente desenvolvido’ define o estado de equilíbrio das ondas com o vento em dada intensidade, em condições de pista e duração ilimi- tadas. III - Ainda na zona de geração, as ondas de frequências similares organizam-se em grupos e ultrapassam as de menor frequência por efeito de seu caráter dispersivo. IV - Quando deixam a área de geração ou quando os ventos cessam, as ondas geradas passam a ser chamadas de vagas. 100 80 60 40 20 0 0 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 Frequência (Hz) D en si da de Es pe ct ra l ( m /H z) 2 L. Moskowitz, 1964 (adaptado) ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 12 35 Com base nos maregramas abaixo, analise as sentenças a seguir. Fonte: NOAA Coastal Services Center (adaptado) I – O maregrama A apresenta duas baixa-mares e duas preamares por dia. II – O maregrama B corresponde a uma maré semidiurna. III – O maregrama C corresponde a uma maré mista. IV – A costa brasileira é caracterizada predominantemen- te por marés como o maregrama A. Está correto APENAS o que se afirma na(s) sentença(s) (A) I. (B) I e IV. (C) II e III. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV. 36 Considere as seguintes etapas que ocorrem após o des- carte de esgoto doméstico em um estuário. I - Proliferação de algas fotossintéticas II - Aumento da DBO e remineralização da matéria or- gânica III - Proliferação de organismos decompositores IV - Proliferação de bactérias aeróbias A sequência correta em que as etapas ocorrem é (A) I → II → III → IV. (B) I → IV → II → III. (C) II → I → III → IV. (D) IV → II → I → III. (E) IV → I → II → III. 12M 10 8 6 4 2 0 - 2 - 4M 0 6 12 18 0 6 12 18 0 6 12 hrs. A DATUM 12M 10 8 6 4 2 0 - 2 - 4M 0 6 12 18 0 6 12 18 0 6 12 hrs. B DATUM 12M 10 8 6 4 2 0 - 2 - 4M 0 6 12 18 0 6 12 18 0 6 12 hrs. C DATUM 37 O ciclo biogeoquímico do carbono é um dos sistemas mais complexos e importantes do planeta. Com base no equilí- brio termodinâmico do sistema carbonato nos oceanos, representado pela ilustração acima, é INCORRETO afir- mar que (A) o carbono orgânico dissolvido e particulado existe em quantidade considerável nas águas oceânicas, sendo continuamente reciclado pela cadeia planctônica, que o devolve ao compartimento inorgânico, via fotossíntese. (B) a diferença entre as pressões parciais do CO2 na at- mosfera e na superfície do oceano representa a forçante termodinâmica potencial para a transferência do CO2 através da interface oceano-atmosfera. (C) a precipitação do carbonato de cálcio nas águas su- perficiais e sua posterior dissolução em águas frias e profundas consiste importante mecanismo de transfe- rência do gás carbônico da superfície para o fundo dos oceanos. (D) os oceanos mundiais são os maiores reservatórios de carbono da biosfera, visto que o gás carbônico atmos- férico é capturado por processos físicos e biológicos nas camadas superficiais e armazenado sob a forma de carbonatos dissolvidos na água. (E) as áreas de formação de massas d’água profundas são, em termos gerais, as regiões oceânicas onde há maior captura de carbono atmosférico. 38 Qual dos instrumentos oceanográficos listados abaixo, uma vez fundeado na entrada de um estuário, NÃO seria capaz de detectar o sinal das marés em seus registros? (A) CTD. (B) ADCP. (C) Marégrafo. (D) Ondógrafo. (E) Correntógrafo. CO2(GAS) Atmosfera Superfície do oceano CO + H O H CO2(AQ.) 2 2 3 H CO H + HCO2 3 3 + - HCO H + CO- + =3 3 Ca + CO CaCO2+ =3 3 ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 13 39 Em escala de tempo de milhares de anos, a água do mar pode ser considerada uma solução tampão, pois seu pH é controlado pelo sistema carbonato. Com base no equilíbrio do sistema carbonato e na distribuição do pH nos oceanos, analise as sentenças a seguir. I - A respiração e a oxidação da matéria orgânica são processos bioquímicos que reduzem o pH da água do mar e deslocam o equilíbrio a favor da dissociação do ácido carbônico. II - A produção primária nas camadas superficiais aumenta a concentração do íon H+ e desloca o equilíbrio, favorecendo a formação do ácido carbônico. III - O perfil de pH assemelha-se ao do oxigênio dissolvido, cujo valor é relativamente alto nos níveis superficiais e diminui com a profundidade, tornando a aumentar em função da dissolução dos carbonatos no fundo oceânico. IV - Uma eventual acidificação dos oceanos por efeito da ação humana reduziria sua capacidade de absorver o CO2 atmosférico. Estão corretas APENAS as sentenças (A) I e II. (B) I e III. (C) II e IV. (D) III e IV. (E) I, II e III. 40 Em relação aos sistemas climatológicos atuantes sobre a América do Sul, analise as afirmações abaixo. I - A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) está associada a altos índices pluviométricos no norte do nordeste brasileiro, quando se desloca ao sul do Equador durante o inverno no Hemisfério Sul. II - As linhas de atividade convectiva ou Linhas de Instabilidade (LI) são sistemas de mesoescala caracterizados pelo desenvolvimento de bandas de nuvens cumulonimbus organizadas ao longo do litoral e proximidades. III - Os Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) são aglomerados circulares de nuvens de grande desenvolvimento vertical e estão associados a eventos com precipitação intensa e fortes rajadas de vento. IV - As correntes de jato são regiões de fortes ventos zonais em altos níveis atmosféricos que atingem valores máximos no verão, devido à intensificação dos gradientes meridionais de temperatura. Está(ão) INCORRETA(S) a(s) afirmação(ões) (A) I, somente. (B) I e II, somente. (C) II e III, somente. (D) I, II e IV, somente. (E) II, III e IV, somente. 41 Um local sobre o oceano está sob condições de estabilidade atmosférica na camada compreendida entre a superfície e 5.000 metros de altitude. Nessa perspectiva, considere as condições de tempo a seguir. I - Nebulosidade II - Precipitação III - Fenômeno meteorológico associado Nas situação apresentada, as condições de tempo esperadas são (A) I - ausência de nuvens; II - chuvas fracas; III - nevoeiros. (B) I - ausência de nuvens; II - ausência de chuvas; III - poluição Atmosférica. (C) I - nuvens cumuliformes; II - pancadas de chuvas; III - rajadas de vento. (D) I - nuvens estratiformes; II - chuvas fracas; III - inversãoTérmica. (E) I - nuvens estratiformes; II - ausência de chuvas; III - ventos fracos. 42 As estações meteorológicas de uma rede de monitoramento ambiental registraram medidas simultâneas de temperatura do ponto de orvalho (Td) e de umidade relativa (Ur) em cinco locais diferentes. O local onde a temperatura do ar era maior é (A) Td = 20 oC e Ur = 100% (B) Td = 21 oC e Ur = 98% (C) Td = 21 oC e Ur = 80% (D) Td = 22 oC e Ur = 80% (E) Td = 22 oC e Ur = 65% ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 14 43 Com base na figura abaixo, que ilustra uma situação sinótica sobre o Oceano Atlântico entre as latitudes de 40°N e 30°S, analise as afirmativas a seguir. I - O modelo de circulação atmosférica resultante do campo de pressão descrito na figura é chamado de célula de Ferrel e ocorre nas regiões tropicais de ambos os hemisférios. II - A hipotética entrada de uma frente fria pela região Sudeste do Brasil faria o vento em superfície girar de nordeste para sudoeste no sentido anti-horário. III - Ventos geostróficos apresentam rotação ciclônica ao redor de centros de alta pressão no Hemisfério Sul e anticiclônica no Hemisfério Norte. IV - Os sistemas de alta pressão subtropical se intensificam sobre o oceano durante o verão, devido ao aquecimento desigual entre continente e oceano. Está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) II e IV. 44 Os receptores de sinal GPS (Global Positioning System) permitem a utilização de diferentes sistemas de coordenadas planas e esféricas, entre elas o UTM. O sistema de projeção Universal Transversal Mercator (UTM) consiste em uma representação cartográfica da superfície terrestre, segundo a qual os pontos sobre o elipsoide de referência são projetados sobre um cilindro posicionado transversalmente em relação ao eixo de rotação da Terra. Qual das descrições abaixo NÃO descreve corretamente as características desse sistema? (A) Nas linhas de contato do cilindro com o elipsoide, ou seja, nos meridianos de secância, a projeção é do tipo equidistante. (B) O elipsoide é dividido em 60 fusos de 6°, estabelecendo em cada fuso um sistema parcial, com um meridiano central, dois meridianos de secância e dois extremos. (C) O sistema UTM apresenta reduções e ampliações, sendo que as ampliações máximas ocorrem no meridiano central e as reduções máximas, nas bordas do fuso. (D) O meridiano central e o equador são representados por linhas retas, ao passo que os demais paralelos e os meridianos são linhas curvas e ortogonais entre si. (E) A origem do sistema de coordenadas UTM encontra-se no cruzamento do equador com o meridiano central do fuso. Fonte: NOAA Ocean Prediction Center (Adaptado) ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 15 45 Um oceanógrafo pode estimar o campo de velocidade da corrente geostrófica a partir de um conjunto de dados obti- do para uma determinada região oceânica. Qual é esse conjunto? (A) Sequência de imagens de TSM medidas por sensor orbital do tipo radiômetro. (B) Mapa da topografia da superfície do mar registrada por satélite altímetro. (C) Séries de dados de correntes obtidas por um fundeio de correntômetros. (D) Seção de correntometria obtida por ADCP de casco de embarcação. (E) Dados históricos de XBT e CTD. 46 O sensoriamento remoto por meio de instrumentos orbitais ou aerotransportados cada vez mais sofisticados apresen- ta novas perspectivas para estudo e compreensão dos fe- nômenos oceanográficos, descrição sinótica e monitoramento. Qual é a feição ou processo natural que NÃO poderia ser investigado por tecnologia de sensoriamento remoto existente? (A) Ressurgência costeira. (B) Exsudações de óleo no mar. (C) Correntes de turbidez. (D) Vórtices oceânicos. (E) Ondas internas. 47 Além dos aspectos relacionados à navegação e às opera- ções portuárias, diversos campos científicos dependem do conhecimento das marés. A correta instalação de uma es- tação maregráfica depende de que o zero da régua ou de qualquer outro instrumento de medição do nível do mar seja referido, por meio de nivelamento geométrico, a uma estação geodésica altimétrica, em terra, denominada (A) Referência de nível. (B) Marco hidrográfico. (C) Ponto anfidrômico. (D) Nível de redução. (E) Estação DGPS. 48 Suponha que uma campanha oceanográfica tenha por objetivo coletar amostras de sedimentos para o mapeamento de habitats bênticos. Em determinada esta- ção de coleta, sobre a Plataforma Continental, o equipa- mento de sísmica rasa da embarcação indica a existência de substrato consolidado do tipo beach-rock logo abaixo do fundo oceânico. Que tipo de amostrador de fundo, em um primeiro momento, seria indicado nessa situação? (A) Rede de arrasto do tipo porta. (B) Draga do tipo clamshell (Van Veen). (C) Piston-corer. (D) Vibra-corer. (E) Box-corer. 49 “A circulação oceânica pode ser dividida em duas partes: a circulação termohalina e a circulação forçada pelos ven- tos. Outra forma de descrever estas componentes é dizer que a circulação oceânica é devida, em parte, às altera- ções de densidade da água do mar geradas pelo clima e, em parte, ao cizalhamento do vento (...)” Texto adaptado de Pickard, G. L.; Emery, W. J.: Descriptive Physical Oceanography,An Introduction. Pergamom Press, Oxford, England, 5th Ed. , 1990, p.154. Com base no texto acima, é INCORRETO afirmar que (A) a circulação forçada pelos ventos é primariamente uma circulação horizontal que ocupa a parte superior dos oceanos. (B) a circulação termohalina é iniciada em altas latitudes e possui significativa componente vertical. (C) a circulação termohalina é exportadora de calor e oxi- gênio para regiões profundas dos oceanos. (D) o volume de água transportado pela circulação termohalina é significativamente maior que o volume transportado pela circulação forçada pelos ventos. (E) os giros tropicais e subtropicais fazem parte da circula- ção superficial forçada pelos ventos. 50 Um aspecto intrigante sobre o planeta GJ 1214 b diz res- peito à origem de seu vasto oceano. Considerando a pro- porção da massa de água em relação à massa total do planeta, não é possível traçar um paralelo com a gênese dos oceanos do planeta Terra os quais, por sua vez, foram formados a partir (A) do manto. (B) do núcleo. (C) dos meteoritos. (D) da atmosfera. (E) da massa continental. ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 16 51 A poluição dos oceanos tem sido incrementada nos últimos anos. Nos itens a seguir, são apresentadas algumas descri- ções das principais fontes antrópicas de poluição marinha. I - Constituem a maior fonte de poluição marinha em nível global, devido ao grande volume de material poluente des- cartado e à ameaça à saúde humana que representam. II - Seus ciclos geoquímicos naturais foram significativamente alterados pelas atividades humanas e sua introdução nos oceanos se dá por aporte fluvial e pela deposição de partículas transportadas pela atmosfera. III - São compostos muitos estáveis no ambiente marinho e solúveis em gordura, sendo também facilmente bioacumulados nos organismos e magnificados ao longo das cadeias tróficas nos oceanos. IV - Sofrem uma série de transformações químicas, físicas e biológicas, quando dispostas no meio marinho, e seus efeitos sobre a biota podem ser letais ou subletais. As descrições acima se referem, respectivamente, a 52 Vórtices são feições oceanográficas comuns nas Bacias de Campos e Santos. Sobre eles é correto afirmar que (A) no hemisfério sul, os vórtices de núcleo frio giram no sentido anti-horário. (B) no hemisfério sul, os vórtices de núcleo quente giram no sentido horário. (C) vórtices de núcleo frio podem gerar afundamento de águas superficiais. (D) vórtices de núcleo quente tendem a gerar um aumento na profundidade na termoclina. (E) a força de Coriolis afeta o sentido dos vórtices nos dois hemisférios.53 Em termos matemáticos, o movimento geostrófico pode ser representado por duas equações, definindo o balanço de forças para os eixos x, (leste-oeste) e y (norte-sul). Na direção do eixo x, a equação é 1 dP dx�fv = , na qual a força de Coriolis (fv) ao longo do eixo x é balanceada pelo componente x do gradiente de pressão (lado direito da equação). Para a direção y, a equação é 1 dP dY�fu = , na qual o componente y do gradiente de pressão é balanceado pela força de Coriolis originada do fluxo na direção x. Com base no exposto acima, é correto afirmar que as equações (A) consideram ganho e perda de energia. (B) representam um fluxo paralelo às forças atuantes. (C) expressam o balanço de forças em relação ao fluxo de calor. (D) devem ser empregadas mais apropriadamente em áreas profundas. (E) demonstram um movimento não estacionário. (A) (B) (C) (D) (E) I II III IV Dioxinas Esgotos domésticos Pesticidas Hidrocarbonetos de petróleo Organoclorados CO Dioxinas Metais pesados 2 Metais pesados Organoclorados Compostos radioativos Organoclorados Pesticidas Esgotos domésticos Metais pesados Pesticidas Hidrocarbonetos de petróleo Esgotos domésticos Compostos radioativos Dioxinas ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 17 54 Na escala de tempo associada à circulação termohalina meridional (conveyor belt), o tempo para uma dada partí- cula completar um ciclo completo é, em anos, da ordem de (A) 1000 (B) 100 (C) 50 (D) 10 (E) 1 55 O número de Rossby representa a razão de termos de advecção não linear à força de Coriolis, em termos do balanço de momentum e é expresso por Ro = U / fL, onde U é o fluxo típico de velocidade, L é a escala típica do fluxo e T é a escala de tempo típica. Assim, (A) para processos de mais energia (vórtices), o fluxo não é geostrófico. (B) para fluxos com escala de giros de meia latitude, o fluxo é geostrófico. (C) se o número de Rossby é pequeno, e os termos advectivos são grandes, o fluxo é geostrófico. (D) se o número de Rossby é pequeno, o balanço está relacionado entre o gradiente de velocidade e a força de Coriolis. (E) se o número de Rossby é grande, o balanço está rela- cionado entre o gradiente de pressão e a força de Coriolis. 56 Harold Sverdup analisou os efeitos do transporte meridional do vento ao torque local do cisalhamento do vento e sua relação com a circulação oceânica, elabo- rando o Balanço de Sverdrup. A esse respeito, tem-se que (A) o transporte é em direção oposta aos polos nos giros subpolares. (B) o transporte é em direção ao equador nos giros subtropicais. (C) se o valor do balanço é máximo, o transporte meridio- nal é mínimo. (D) o valor do balanço depende da estratificação da densi- dade e da estrutura da coluna de fluido. (E) quanto mais próximo dos polos maior o transporte. 57 Analise as afirmações a seguir sobre modelos barotrópicos e baroclínicos. I - No modelo barotrópico, os gradientes de velocidade são negligenciados. II - No modelo barotrópico, as correntes são dependen- tes da profundidade na coluna d’água. III - Modelos baroclínicos são necessários quando se quer analisar a estrutura vertical das correntes. IV - Modelos barotrópicos demandam mais tempo computacional do que os modelos baroclinicos. São corretas as afirmações (A) I e II, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. 58 Qual dos itens abaixo não apresenta uma massa d´agua que NÃO ocorre na Bacia de Santos? (A) Água Central do Atlântico Sul (ACAS). (B) Água Circumpolar (AC). (C) Água Intermediária Antártica (AIA). (D) Água Profunda do Atlântico Norte (APAN). (E) Água Subantártica (ASA). 59 Um escoamento permanente ocorre sobre uma região de plataforma continental do sudeste do Brasil, conforme a figura abaixo. Dados: • as verticais na região são da ordem de 10-3 m/s • considere o fluido incompressível, e que: - os fluxos de entrada e saída são iguais; - as variações espaciais são suaves; - a velocidade na direção x próxima à costa e a velocida- de vertical na superfície são nulas. Com base no exposto e utilizando os fundamentos bási- cos da Mecânica dos Fluidos, determine a velocidade e a direção da componente perpendicular à costa na região na quebra da plataforma. (A) 0,01m/s de leste para oeste. (B) 0,01m/s de oeste para leste. (C) 0 m/s (velocidade nula). (D) 0,1m/s de oeste para leste. (E) 0,1m/s de leste para oeste. 60 Sobre a circulação oceânica e as massas de água presen- tes na região do pré-sal na Bacia de Santos, tem-se que (A) a área está localizada na zona de confluência da Corrente das Malvinas com a Corrente do Brasil. (B) a área é dominada pela presença de ressurgência, devido aos ventos de Nordeste. (C) a Corrente do Brasil sofre uma retroflexão nesta área, em função da mudança de direção da linha de costa e da batimetria. (D) a Corrente do Brasil é a corrente superficial mais importante na região, sendo afetada pela presença de vórtices de mesoescala. (E) a bifurcação da Corrente Subtropical é afetada pela presença de vórtices na área. N V = 0,43 m/sV = 0,43 m/s 100 km100 km 150 km150 km 100 m100 m U = ?U = ? V = 0,46 m/sV = 0,46 m/s ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 18 61 Sobre os itens abaixo relacionados à dinâmica oceânica é correto afirmar que (A) a tensão de Reynolds mede o atrito de cisalhamento no fundo do oceano. (B) os vórtices turbulentos só ocorrem na faixa de escala de quilômetros. (C) a Lei de Conservação de Momentum considera que o momento de uma dada partícula é conservado se sobre ela atua uma força resultante não nula, equiva- lendo à taxa de variação do momento ao tempo. (D) o balanço de água nos mares e o do ar atmosfera po- dem ser obtidos com a equação da continuidade. (E) a força de Coriolis é sempre paralela ao vetor velocida- de, variando em magnitude. 62 Devido à grande extensão e à variação longitudinal, o litoral brasileiro apresenta diversos tipos de costa. Em re- lação a esta diversidade, NÃO é correto afirmar que (A) o Maranhão apresenta planícies de maré, manguezais e marismas. (B) o Paraná apresenta praias arenosas, manguezais e marismas. (C) no Rio de Janeiro são comuns costões rochosos e prai- as arenosas. (D) no Rio Grande do Sul podem ser encontradas falésias sedimentares e praias arenosas. (E) na Bahia é comum a ocorrência de praias arenosas e falésias da formação Barreiras. 63 Depósitos de pláceres, que são associados ao intemperismo de material terrígeno que é carreado para áreas oceânicas, vêm ganhando importância econômica. Qual dos itens abaixo, NÃO é encontrado em um depósito de pláceres? (A) Barita. (B) Cassiterita. (C) Estanho. (D) Fosforita. (E) Metais preciosos. 64 A ocorrência de correntes de turbidez é um item importan- te a ser considerado na instalação de estruturas submari- nas. As correntes de turbidez (A) podem atingir velocidades altas, em torno de 90 km/h. (B) podem magnificar a ocorrência de correntes de deriva. (C) estão associadas a depósitos na desembocadura de rios e estuários. (D) ocorrem com baixa intensidade em zonas de margem continental passiva. (E) não ocorrem em zonas de clima subtropical. 65 Em relação aos métodos diretos e indiretos de investiga- ção do substrato marinho, tem-se que (A) sísmica de refração é o método direto e magnetometria é um método indireto. (B) SPT é um método direto e gravimetria é um método indireto. (C) sísmica de reflexão é um método direto. (D) magnetometria e gravimetria são métodos diretos. (E) CPT é um método indireto. 66 A respeito da fisiografia dos fundos oceânicos, é correto afirmar que (A) a plataforma continental tem uma profundidade máxima em torno de 400 m. (B) a planície abissal possuiáguas profundas, entre 500 e 1000 m. (C) as cordilheiras oceânicas tendem a se localizar na borda do sopé continental. (D) as fossas oceânicas são abundantes em áreas com margens continentais ativas. (E) o talude continental não atinge profundidade maior do que 1000 m. 67 A exploração de petróleo na camada do pré-sal requer desafios técnicos. Qual dos itens abaixo NÃO corresponde a uma característica do pré-sal? (A) Localização dos reservatórios a profundidades entre 5.000 e 7.000 metros. (B) Grande distância da costa (cerca de 300 km). (C) Baixa concentração de CO2. (D) Lâmina d’água entre 1.500 e 3.000 metros. (E) Espessura de camada de sal de aproximadamente 2.000 metros. 68 Sobre os modelos hidrostáticos, quasi-hidrostáticos e não hidrostáticos, são feitas as afirmações a seguir. I - Modelos não hidrostáticos podem ser usados em todas as escalas horizontais. II - Modelos hidrostáticos requerem que seja negligen- ciado o componente horizontal da aceleração de Coriolis, para convergência energética. III - Modelos hidrostáticos são recomendados para aplicações em processos de pequena escala (1km). IV - Modelos quasi-hidrostáticos requerem a incorpora- ção da aceleração de Coriolis. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I e II. (B) I e III. (C) III e IV. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV. ANALISTA AMBIENTAL JÚNIOR / OCEANOGRAFIA 19 69 Sobre modelos empregados em estudos oceanográficos, NÃO é correto afirmar que (A) modelos quasi-geostróficos são extremamente comple- xos e são empregados sem a realização de simplifica- ções e de alta demanda computacional. (B) modelos puramente dinâmicos trabalham desconsiderando a variação da densidade com o tempo. (C) modelos acoplados oceano-atmosfera são indicados para estudos de longo termo. (D) modelos barotrópicos podem ser utilizados em estu- dos de elevação das superfícies do mar gerados por variações de maré. (E) modelos não hidrostáticos trabalham com equações que envolvem as condições de contorno de Neumann. 70 Bacias sedimentares são áreas nas quais se concentram a exploração e a produção de petróleo e gás e a ANP oferece concessões de blocos nessas áreas. NÃO está localizada em área offshore a bacia (A) de Barreirinhas. (B) do Mucuri. (C) de Araripe. (D) de Camamu. (E) do Jacuípe.
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