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Caderno BIM Infraestrutura Rodoviária

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CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 
PARA CONTRATAÇÃO DE PROJETOS EM BIM - INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
CADERNO BIM
INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA 
DEPARTAMENTO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO 
 
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM 
DIRETORIA TÉCNICA 
COORDENADORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 
 
2 
 2 
Secretário de Infraestrutura e Logística 3 
Sandro Alex Cruz de Oliveira 4 
Diretor-Geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná 5 
Fernando Furiatti Saboia 6 
 7 
Diretora do Departamento de Gestão da Inovação DGI/SEIL 8 
Lorreine Santos Vaccari 9 
Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento DER/PR 10 
Larissa Vieira 11 
 12 
Coordenadora Técnica do Departamento de Gestão da Inovação DGI/SEIL 13 
Lucimara Ferreira de Lima 14 
Consultora BIM DER/PR 15 
Melissa Midori Yamada – Consórcio Strata/Proes 16 
 17 
Equipe Técnica DGI/SEIL 18 
Débora Fonseca Guimarães 19 
Eduardo Giangarelli Miyazaki 20 
Hilbert Takashi Oku Prochnow 21 
Leonardo da Silva Azevedo 22 
Nicolle de Souza 23 
 24 
Estagiários DGI/SEIL 25 
Álvaro José Matos Marques 26 
Sarah Sipert Hennig 27 
 28 
 29 
 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA 
DEPARTAMENTO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO 
 
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM 
DIRETORIA TÉCNICA 
COORDENADORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 
 
3 
Grupo de Trabalho Infrabim DER/PR 30 
Silvana Bastos Stumm - Coordenadora 31 
Jeferson Pereira Bem 32 
Julio Ribeiro Baptista 33 
Larissa Vieira 34 
Lucas Bach Adada 35 
Luiz Fernando Quaggio Augusto 36 
Roberto Abagge Santos 37 
 38 
Colaboradores DER/PR 39 
Deyvet Schadeck dos Santos 40 
Mário Antônio Faraco 41 
Alessandro Novaki 42 
Felipe Alcantera Dubeski 43 
Lucas Rattmann Vieira Theulen 44 
Noan Batista Kieras Teixeira 45 
Claudia Maria Zilli 46 
Renan de Bonfim Pelepenko 47 
 48 
Estagiário DER/PR 49 
Henrique Leôncio Marcondes 50 
Victor Hugo Vasilio Marques 51 
 52 
 
 
 
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DIRETORIA TÉCNICA 
COORDENADORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 
 
4 
APRESENTAÇÃO 53 
A busca pela excelência da engenharia, a partir da melhoria dos processos de 54 
gestão e desenvolvimento de projetos com a utilização de inovações e tecnologias que 55 
auxiliem nesse processo, convergiu com a instituição de Estratégias para implantação 56 
do BIM (Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção) no 57 
Brasil e em seus Estados. 58 
Convicto de que o BIM é um instrumental positivo para a indústria da construção 59 
civil, seja ela pública ou privada, o Governo Federal vem editando decretos, desde 2017, 60 
com a clara intenção de criar um ambiente adequado para o investimento e difusão do 61 
BIM como ferramenta relevante para a construção civil. Cumpre destacar o Decreto 62 
Federal nº 9.337/2018, responsável por instituir a Estratégia Nacional de Disseminação 63 
do Building Information Modelling ou a Estratégia BIM BR e por definir as finalidades da 64 
política pública criada, e o Decreto Federal nº 10.306/2020, que estrutura uma das 65 
ramificações da Estratégia BIM BR ao dispor sobre o dever de utilização do BIM na 66 
execução de obras e serviços de engenharia realizados pela Administração Pública 67 
Federal. 68 
Nesse contexto, por iniciativa da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), o 69 
Governo do Estado do Paraná instituiu, por meio do Decreto Estadual nº 3080/2019, a 70 
Estratégia BIM PR: “PARANÁ RUMO À INOVAÇÃO DIGITAL NAS OBRAS PÚBLICAS” 71 
para o fomento e implantação BIM no Estado do Paraná até 2022, com a finalidade de 72 
promover a inovação tecnológica para melhoria da qualidade de projetos e obras 73 
públicas. 74 
Em parceria com a SEIL, e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento 75 
(BID) por meio de uma de suas linhas de atuação de fortalecimento institucional, o BIM 76 
vem se tornando uma constante nas discussões inerentes aos projetos rodoviários no 77 
Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná. 78 
Sabe-se que a discussão sobre BIM para infraestrutura ainda tem muito a se 79 
desenvolver, e por isso, o Governo do Estado do Paraná vem firmando diversas 80 
parcerias com o intuito de construir o conhecimento coletivo na busca da consolidação 81 
 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA 
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COORDENADORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 
 
5 
dessa iniciativa, fundamental para posicionar nosso Estado em um novo patamar de 82 
governança e inovação. 83 
Diante desse cenário, o presente Caderno tem por objetivo ser um compilado de 84 
orientações e procedimentos para a contratação de estudos e projetos rodoviários 85 
utilizando a metodologia BIM. 86 
A consolidação desse material orientador é o início de um processo promissor 87 
ainda em desenvolvimento e que, certamente, aumentará a qualidade técnica de 88 
projetos e obras rodoviárias contratados pelo Estado do Paraná, além de conferir maior 89 
transparência aos processos licitatórios e aperfeiçoar os procedimentos de fiscalização 90 
dos contratos, com benefícios para toda a sociedade paranaense. 91 
 
 
 
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6 
SUMÁRIO 92 
1. CONCEITOS .......................................................................................................... 13 93 
1.1 Building Information Modeling (BIM) ou Modelagem da Informação da 94 
Construção .............................................................................................................. 13 95 
1.2 Open BIM ...................................................................................................... 14 96 
1.3 Dimensões do BIM ........................................................................................ 14 97 
1.4 Nível de informação necessária .................................................................... 17 98 
1.5 Requisitos de informação da Organização - RIO ou Organizational Information 99 
Requirement - OIR .................................................................................................. 17 100 
1.6 Requisitos de informação do Projeto - RIP ou Project Information Requirement 101 
- PIR ...................................................................................................................... 17 102 
1.7 Requisitos de informação do Ativo - RIA ou Asset Information Requirement - 103 
AIR ...................................................................................................................... 18 104 
1.8 Requisitos de troca de informação - RTI ou Exchange Information Requirement 105 
- EIR ...................................................................................................................... 18 106 
1.9 Níveis de Detalhe e Informação do Modelo ................................................... 18 107 
1.10 Estrutura da Organização da Informação - EOI ............................................. 19 108 
2. TERMOS TÉCNICOS APLICÁVEIS À MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA 109 
CONSTRUÇÃO .......................................................................................................... 20 110 
2.1 Formato Nativo ou Formato Proprietário ....................................................... 20 111 
2.2 Industry Foundation Classes (IFC) ................................................................ 21 112 
2.3 BIM Collaboration Format (BCF) ................................................................... 22 113 
2.4 Modelo Federado .......................................................................................... 23 114 
2.5 ClashDetection (Detecção de Conflitos) ....................................................... 23 115 
2.6 Interoperabilidade ......................................................................................... 23 116 
2.7 Gerente BIM (BIM Manager) e Coordenador BIM ......................................... 24 117 
3. PLANO DE EXECUÇÃO BIM (PEB) ou BIM Execution Plan (BEP) ....................... 26 118 
 
 
 
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7 
3.1 ESTRUTURA DO PLANO DE EXECUÇÃO BIM ........................................... 27 119 
3.1.1 Identificação ........................................................................................... 27 120 
3.1.2 Nível de Informação necessária ............................................................. 29 121 
3.1.3 Comunicação e Colaboração ................................................................. 33 122 
3.1.4 Estrutura da organização da informação ................................................ 34 123 
3.1.5 Ferramentas BIM .................................................................................... 40 124 
3.1.6 Matriz de responsabilidade ..................................................................... 40 125 
3.1.7 Cronograma ........................................................................................... 42 126 
3.1.8 Matriz de entregáveis ............................................................................. 42 127 
3.1.9 Controle de Qualidade............................................................................ 43 128 
3.1.10 Fluxo de trabalho em BIM ...................................................................... 44 129 
3.1.11 Revisão do PEB ..................................................................................... 45 130 
4. DIRETRIZES GERAIS DE MODELAGEM .............................................................. 46 131 
4.1 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA ...................................................................... 46 132 
4.2 PAVIMENTAÇÃO .......................................................................................... 46 133 
4.3 DRENAGEM E OBRAS DE ARTE CORRENTES ......................................... 47 134 
4.3.1 Drenagem Superficial ............................................................................. 47 135 
4.3.2 Drenagem Subsuperficial ....................................................................... 47 136 
4.3.3 Drenagem Profunda ............................................................................... 47 137 
4.4 OBRA DE ARTE ESPECIAL ......................................................................... 48 138 
4.5 SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA .................................................................... 48 139 
4.5.1 Sinalização Horizontal ............................................................................ 48 140 
4.5.2 Sinalização Vertical ................................................................................ 49 141 
4.5.3 Segurança .............................................................................................. 49 142 
5. BOAS PRÁTICAS DE MODELAGEM..................................................................... 50 143 
5.1 OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE MODELAGEM ....................................... 50 144 
5.1.1 Data Shortcuts ....................................................................................... 50 145 
 
 
 
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8 
5.1.2 Dynamo .................................................................................................. 50 146 
5.2 INSTRUÇÕES PARA EXPORTAÇÃO .......................................................... 51 147 
6. REQUISITOS DE INFORMAÇÃO DE PROJETO (RIP) OU PROJECT 148 
INFORMATION REQUIREMENT (PIR) ...................................................................... 54 149 
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 103 150 
8. APÊNDICES ........................................................................................................ 105 151 
 152 
 153 
 
 
 
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9 
LISTA DE FIGURAS 154 
Figura 1: NBR ISO 12006-2 ........................................................................................ 19 155 
Figura 2: PEB (Identificação) ...................................................................................... 28 156 
Figura 3: PEB (RIO) .................................................................................................... 30 157 
Figura 4: PEB (RIP e RIA) .......................................................................................... 31 158 
Figura 5: PEB (RTI) .................................................................................................... 33 159 
Figura 6: PEB (RTI – ferramentas BIM) ...................................................................... 40 160 
Figura 7: PEB (matriz de responsabilidade) ................................................................ 41 161 
Figura 8: PEB (cronograma) ....................................................................................... 42 162 
Figura 9: PEB (matriz de entregáveis) ........................................................................ 43 163 
Figura 10: PEB (controle de qualidade) ...................................................................... 44 164 
Figura 11: Estratégia de Federação ............................................................................ 45 165 
Figura 12: Representação de Sólidos no Civil 3D ....................................................... 51 166 
Figura 13: Definição do Conjunto de Propriedades do Civil 3D ................................... 52 167 
Figura 14: Inserção de Propriedades no Civil 3D ........................................................ 53 168 
Figura 15: Exemplo de Tabela de ND e NI .................................................................. 56 169 
 170 
 171 
 
 
 
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10 
LISTA DE TABELAS 172 
Tabela 1: Macrogrupos ............................................................................................... 36 173 
Tabela 2: 2º Nível Do Macrogrupo “Geral” .................................................................. 36 174 
Tabela 3: 3º Nível Do Macrogrupo “Geral” .................................................................. 37 175 
Tabela 4: 2º Nível Do Macrogrupo Infraestrutura Rodoviária ...................................... 38 176 
Tabela 5: 3º Nível Do Macrogrupo Infraestrutura Rodoviária ...................................... 39 177 
 178 
 
 
 
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11 
ACRÔNIMOS 179 
ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
AEC Arquitetura, Engenharia e Construção 
ACD Ambiente Comum de Dados ou Common Data Environment - CDE 
AsBEA Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura 
BCF BIM Collaboration Format 
BID Banco Interamericano de Desenvolvimento 
BIM Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da 
Construção 
CEE Comissão de Estudos Especiais 
CFTV CircuitoFechado de Televisão 
EAP Estrutura Analítica de Projeto 
EOI Estrutura de Organização da Informação 
IFC Industry Foundation Classes 
ISO International Organization for Standardization 
LOD Level of Development / Level of Detail 
LOI Level of Information 
MDIC Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços 
MVD Model View Definition 
NBR Norma Brasileira 
NBS National BIM Specification 
ND Nível de Detalhe 
NI Nível de Informação 
OAE Obra de Arte Especial 
 
 
 
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12 
PEB Plano de Execução BIM ou BIM Execution Plan - BEP 
RIO Requisitos de informação da Organização ou Organizational 
Information Requirement - OIR 
RIP Requisitos de informação do Projeto ou Project Information 
Requirement - PIR 
RIA Requisitos de informação do Ativo ou Asset Information Requirement 
- AIR 
RTI Requisitos de troca de informação ou Exchange Information 
Requirement - EIR 
SMC Solibri Model Checker 
SPDA Sistema de Proteção contra Descarga Atmosférica 
 180 
 
 
 
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13 
1. CONCEITOS 181 
Para fins de entendimento dos conceitos utilizados no presente documento, serão 182 
adotadas as seguintes definições1. 183 
 184 
1.1 BUILDING INFORMATION MODELING (BIM) OU MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA 185 
CONSTRUÇÃO 186 
O conceito de BIM surgiu na década de 70, como resultado de pesquisas 187 
científicas desenvolvidas em países com tecnologias avançadas voltadas à construção 188 
civil. Inicialmente, a metodologia teve poucos adeptos, em função do alto custo de 189 
aquisição e baixo desempenho dos computadores da época. Somente na década de 190 
90, com a melhoria do processamento de dados das máquinas e com preços mais 191 
acessíveis, deu-se início à disseminação da metodologia BIM, mesmo período em que 192 
a terminologia passou a ser adotada. 193 
Para Charles Eastman, professor do Instituto de Tecnologia da Geórgia e 194 
especialista em metodologia BIM: “O conceito BIM envolve tecnologias e processos cujo 195 
objetivo é desenvolver uma prática de projeto integrada, na qual todos os participantes 196 
convirjam seus esforços para a construção de um modelo único da construção” 197 
(EASTMAN, 2014). 198 
Neste sentido, entende-se que é possível que os modelos, além da geometria, 199 
carreguem consigo informações compartilháveis e gerenciáveis ao longo de todo o ciclo 200 
de vida do empreendimento, a fim de possibilitar a utilização de mecanismos capazes 201 
de processar tais informações e criar ambientes virtuais onde seja possível a 202 
interpretação adequada dos dados oriundos de diferentes softwares, tornando o 203 
processo de tomada de decisão mais assertivo. 204 
Sendo assim, a melhor forma de defini-la é, compreendendo-a, como um processo 205 
em constante evolução que tem, por premissa básica, a colaboração entre todos os 206 
envolvidos. 207 
 
1 Para definições de conceitos não constantes neste Caderno, consultar o dicionário BIM integrado 
ao BuildingSMART Data Dictionary, disponível em https://bimdictionary.com/. Vale ressaltar que o idioma 
deve ser alterado para português. 
 
 
 
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14 
1.2 OPEN BIM 208 
O Open BIM, iniciativa tomada pela buildingSMART2, é uma abordagem universal 209 
para projetos realizados por meio da colaboração entre todos os envolvidos, sendo 210 
elaborados e gerenciados por padrões e fluxos de trabalhos abertos. A entidade 211 
internacional também é responsável pela Certificação Open BIM, que consiste em uma 212 
certificação técnica para auxiliar os fornecedores de softwares AEC a melhorar, testar e 213 
certificar suas conexões de dados, a fim de que trabalhem de forma integrada com 214 
outras soluções BIM. Cabe ressaltar que o conceito Open BIM ainda não pode ser 215 
contemplado em sua totalidade para os projetos de infraestrutura rodoviária, visto 216 
que a exportação de modelos de infraestrutura no formato IFC ainda não é um 217 
padrão dentro dos softwares BIM. 218 
1.3 DIMENSÕES DO BIM 219 
As dimensões do BIM referem-se aos dados específicos que são vinculados ao 220 
modelo, ou seja, determina qual informação será agregada aos elementos/componentes 221 
do modelo, bem como, a finalidade ou uso da referida informação. A seguir serão 222 
apresentadas as definições para os conceitos de 3D, 4D, 5D, 6D, 7D e 8D. 223 
 224 
BIM 3D - MODELO 225 
Em síntese, o BIM 3D consiste em construir virtualmente um empreendimento e, 226 
portanto, envolve a modelagem tridimensional de todos os elementos geométricos 227 
necessários à sua caracterização e posicionamento espacial. A essa modelagem soma-228 
se a atribuição de características e parâmetros não geométricos, que possibilitam a 229 
análise quantitativa e qualitativa do modelo. 230 
BIM 4D – SIMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO DA EXECUÇÃO DA OBRA 231 
 
2 A buildingSMART é a autoridade internacional para um conjunto de padrões conhecido como 
Industry Foundation Class (IFC) que lida com processos, dados, termos e gerenciamento de mudanças 
para a especificação, gerenciamento e ativos de utilização efetiva no setor de ativos construídos. O 
buildingSMART Compliance fornece orientação e governança para certificação de software, pessoas e 
organizações por meio de treinamento e testes de conformidade. 
 
 
 
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15 
O BIM 4D consiste na correlação entre os elementos modelados e o planejamento 232 
físico e financeiro da obra; ou seja, tudo aquilo que foi elaborado na dimensão 3D 233 
somado à variável “tempo” e atrelado ao cronograma de desembolso. Sendo assim, com 234 
a utilização de ferramenta BIM específica para planejamento, é possível realizar a 235 
simulação virtual da execução da obra. Dessa forma, durante a etapa de execução, o 236 
acompanhamento da obra torna-se mais efetivo, uma vez que o comparativo entre 237 
planejado e executado permite antecipar eventuais necessidades de ajustes no 238 
cronograma da obra. 239 
BIM 5D – CUSTOS 240 
O BIM 5D consiste na correlação entre a modelagem virtual e a estimativa de 241 
custo da obra; ou seja, tudo aquilo que foi elaborado na dimensão 3D somado à variável 242 
“custo”. A partir da inserção de informações nos elementos modelados, é possível extrair 243 
dados para composição da estimativa do custo, que será refinada ao longo da 244 
elaboração do projeto. 245 
As informações inseridas no modelo, uma vez estruturadas, permitem que cada 246 
alteração realizada no projeto gere, automaticamente, uma atualização de quantitativos. 247 
A extração de quantidades deverá ocorrer de forma automatizada, sempre que 248 
possível, de todos os elementos que compõem o projeto, admitindo, neste momento, a 249 
integração externa de tais quantidades a uma tabela referencial para fins de estimativas 250 
de custo. 251 
Existem ferramentas e/ou plugins desenvolvidos e utilizados pelo mercado AEC 252 
para a realização dos orçamentos, que, se utilizados, deverão ser compatíveis à tabela 253 
de referência de custos utilizada pelo DER/PR. 254 
BIM 6D - OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 255 
Primeiramente, cabe esclarecer que existe divergência na literatura quanto a 256 
definição dessa dimensão. O termo pode ser encontradona literatura referindo-se à 257 
operação e manutenção e também à sustentabilidade. Nesse documento o 6D fará 258 
referência à operação e manutenção. Outra terminologia bastante empregada, advinda 259 
do inglês, é “Facility Management” – FM. 260 
 
 
 
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16 
Essa dimensão agrega informações do pós-obra aos elementos dos projetos, 261 
como por exemplo, data de instalação e periodicidade das inspeções, garantias dos 262 
fornecedores, entre outras necessárias à operação e manutenção, corretiva e 263 
preventiva, durante todo o ciclo de vida do empreendimento. 264 
No Brasil, a utilização da metodologia BIM para essa finalidade é incipiente, por 265 
isso, num primeiro momento a aplicação restringe-se à inserção de poucas informações 266 
elencadas como de maior impacto no pós-obra, a exemplo, da periodicidade de limpeza 267 
de bueiros, de roçada das faixas de domínio e de avaliação de retrorrefletância de 268 
sinalização horizontal de rodovias, dentre outros. 269 
BIM 7D - SUSTENTABILIDADE 270 
Neste documento, o BIM 7D faz referência à sustentabilidade, dimensão que 271 
consiste na modelagem virtual combinada a informações que auxiliem na tomada de 272 
decisão dos pontos de vista ambiental, social e econômico. A sétima dimensão deverá 273 
permear todo o ciclo de vida do empreendimento, desde a etapa de estudos de impacto 274 
ambiental, possibilitando um maior número de análises e cruzamentos de informações, 275 
facilitando, por exemplo, a escolha do traçado mais adequado às premissas ambientais. 276 
BIM 8D - SEGURANÇA 277 
Essa dimensão consiste na modelagem virtual combinada a informações que 278 
auxiliem na tomada de decisão do ponto de vista da segurança, no processo operacional 279 
e construtivo de um empreendimento. 280 
Em geral, essas informações são objeto de análises feitas, de forma 281 
automatizada, por softwares específicos, por exemplo, para previsão de possíveis riscos 282 
à segurança e para sugestão de elementos de prevenção a acidentes. No DER a 283 
segurança viária é tema de constante aprimoramento seguindo o conceito de “rodovias 284 
que perdoam”3 visando a adoção de medidas que viabilizem projetos de vias mais 285 
seguras. 286 
A metodologia BIM permite realizar inúmeras simulações computacionais 287 
reduzindo significativamente os erros de concepção de projeto. No caso de projetos 288 
 
3 Rodovias que perdoam é conceder às rodovias uma ‘qualidade humana’, a de PERDOAR, no 
sentido de garantir que, caso ocorra um erro do condutor, seja perdoado, livrando-o de uma colisão e 
podendo salvar a vida ou tornar menos severo o evento. 
 
 
 
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rodoviários, por exemplo, a depender do software utilizado, é possível fazer a validação 289 
da geometria. Existem softwares que indicam, ainda, uma proposta de traçado mais 290 
segura, propõem a construção de áreas de fugas, instalação de dispositivos de 291 
contenção e sonorizadores, entre outras intervenções que visam garantir maior 292 
segurança a todos que trafegam nas rodovias. 293 
1.4 NÍVEL DE INFORMAÇÃO NECESSÁRIA 294 
Conforme a ISO 19650-1, para cada entregável deverá ser definido o nível de 295 
informação necessária, sempre ajustado ao uso pretendido. Tal definição deverá 296 
abranger todo ciclo de vida do empreendimento, descrito de forma clara dentro dos 297 
quatro requisitos de informação: (i) Requisitos de informação da organização (RIO) ou 298 
Organizational Information Requirement (OIR); (ii) Requisitos de informação de projeto 299 
(PIR) ou Project Information Requirement (PIR); (iii) Requisitos de informação do ativo 300 
(RIA) ou Asset Information Requirement (AIR); (iv) Requisitos de troca da informação 301 
(RTI) ou Exchange Information Requirement (EIR). 302 
1.5 REQUISITOS DE INFORMAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO - RIO OU ORGANIZATIONAL 303 
INFORMATION REQUIREMENT - OIR 304 
Conforme a ISO 19650-1, são requisitos de informação relacionados aos objetivos 305 
estratégicos de uma organização, como a gestão estratégica de ativos e atendimento 306 
às políticas públicas de Estado. 307 
1.6 REQUISITOS DE INFORMAÇÃO DO PROJETO - RIP OU PROJECT INFORMATION 308 
REQUIREMENT - PIR 309 
Consiste na especificação detalhada das necessidades do contratante conforme 310 
as particularidades do objeto licitado. O contratante deverá informar às licitantes, quais 311 
informações gráficas e não gráficas a contratada deverá entregar, por exemplo. 312 
Ressalta-se que os Requisitos de Informação de Projeto vão além dos descritos nesse 313 
documento, que trata especificamente da modelagem BIM e, portanto, a CONTRATADA 314 
deverá atentar-se para os demais requisitos especificados no termo de referência. 315 
 
 
 
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1.7 REQUISITOS DE INFORMAÇÃO DO ATIVO - RIA OU ASSET INFORMATION 316 
REQUIREMENT - AIR 317 
Conforme a ISO 19650-1, são requisitos de informação expressos de forma que 318 
possam ser incorporados nas tarefas de gestão do ativo, bem como, auxiliem na tomada 319 
de decisão da instituição. Como por exemplo, informações de garantia do serviço, 320 
estado de conservação e demais informações relevantes para a adequada operação e 321 
manutenção do empreendimento. Ademais, esses requisitos de informação devem estar 322 
vinculados aos Requisitos de Informação da Organização (RIO) relativos ao ativo. 323 
1.8 REQUISITOS DE TROCA DE INFORMAÇÃO - RTI OU EXCHANGE INFORMATION 324 
REQUIREMENT - EIR 325 
Conforme a ISO 19650-1, são requisitos de informação expressos de forma que 326 
possam ser incorporados nas tarefas relacionadas a um projeto, tais como padronização 327 
de nomenclatura, definição de estrutura de organização da informação, definição do 328 
ambiente comum de dados e demais procedimentos necessários à consecução do 329 
objeto, entre outros requisitos necessários para atender os requisitos da organização e 330 
de projeto. 331 
1.9 NÍVEIS DE DETALHE E INFORMAÇÃO DO MODELO 332 
O Nível de Detalhe (ND) e o Nível de Informação (NI) são Requisitos de 333 
Informação de Projeto (RIP) e Requisitos de Informação do Ativo (RIA) e seguem a 334 
lógica estabelecida pela NBS (National BIM Specification)4. 335 
De acordo com a NBS, é possível que um elemento seja entregue em LOD 2 e 336 
LOI 5, por exemplo, sem que necessariamente estes sigam a mesma lógica de 337 
desenvolvimento ou progridam de forma síncrona, ou seja, é possível que o modelo 338 
contenha pouco desenvolvimento geométrico – apenas volumetria genérica, por 339 
 
4 Organização britânica que visa oferecer especificações inovadoras e soluções referentes ao 
gerenciamento da informação para profissionais da indústria da construção, utiliza dois conceitos principais 
para determinação dos níveis dos elementos do modelo: LOD para Level of Detail (Nível de Detalhe) e LOI 
para Level of Information (Nível de Informação), desassociando as duas definições de forma que estas 
progridam de maneira independente. 
 
 
 
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exemplo – e informações específicas, como marca, modelo, fabricante, classe do 340 
concreto ou tipo de revestimento asfáltico, por exemplo. 341 
Outro entendimentoimportante é referente à dissociação dos Níveis de Detalhe e 342 
Informação dos elementos em relação às etapas de projeto, as quais são utilizadas, 343 
como marcos para realização de pagamentos das empresas prestadoras de serviços. 344 
1.10 ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO - EOI 345 
A Estrutura da Organização da Informação – EOI foi baseada na ISO 12006-25, 346 
conforme esquema apresentado na Figura 1, e tem a finalidade de garantir a 347 
padronização e organização das informações dos empreendimentos públicos. 348 
 349 
 350 
FIGURA 1: NBR ISO 12006-2 351 
A partir da premissa de gestão da informação dos empreendimentos a ser 352 
realizada dentro em um único ambiente comum de dados do Estado, foi necessário criar 353 
uma estrutura abrangente a fim de identificar todas as tipologias de projetos e obras 354 
contratados e/ou elaborados pelos órgãos de Governo. 355 
Nessa lógica, a estrutura da organização da informação foi dividida em três níveis: 356 
(i) Macrogrupo (ii) Grupo e (iii) Subgrupo. O 1º nível contempla as tipologias, como 357 
edificações e infraestrutura rodoviária, o 2º nível identifica os sistemas, como 358 
 
5 A ISO 12006-2 estabelece uma estrutura para o desenvolvimento de sistemas de classificação do 
ambiente construído. Ela identifica um conjunto de títulos de tabelas de classificação, recomendadas para 
uma variedade de classes de objetos da construção, de acordo com pontos de vista diversos e particulares. 
Além disso, ela também apresenta como as classes dos objetos, em cada tabela, estão relacionadas como 
uma série de sistemas e subsistemas. 
 
 
 
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instalações elétricas, mecânicas e o 3º nível trata dos elementos da construção, como 359 
pilar, viga entre outros. 360 
 361 
2. TERMOS TÉCNICOS APLICÁVEIS À MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA 362 
CONSTRUÇÃO 363 
Para dar início ao processo de modelagem, é fundamental compreender os 364 
principais termos aplicáveis à metodologia BIM. 365 
2.1 FORMATO NATIVO OU FORMATO PROPRIETÁRIO 366 
É o formato (ou extensão) no qual será salvo o arquivo original do projeto. Sendo 367 
assim, o formato nativo/proprietário é criado para ser lido especificamente pelo software 368 
que o gerou ou por conjuntos de softwares complementares provenientes do mesmo 369 
desenvolvedor. 370 
Para projetos geométricos e de drenagem modelados no software AutoCAD Civil 371 
3D, por exemplo, a extensão nativa do documento salvo será .dwg6. Já para projetos de 372 
infraestrutura rodoviária, viária e obras de arte especiais modelados no software Revit, 373 
a extensão nativa do documento salvo será .rvt. Neste caso, os arquivos com extensão 374 
.dwg e .rvt poderão ser lidos tanto pelo software que os gerou, como por outros 375 
softwares também desenvolvidos pela empresa Autodesk, como, por exemplo, o 376 
Navisworks. 377 
Para os projetos de infraestrutura rodoviária, viária e obras de arte especiais 378 
modelados em softwares desenvolvidos pela Bentley, como o OpenRoads, OpenBridge 379 
e OpenFlows, a extensão nativa do modelo será .dgn. Neste caso, os arquivos com 380 
extensão .dgn poderão ser lidos em quaisquer softwares desenvolvidos pela Bentley 381 
como também no software Navisworks, desenvolvido pela Autodesk. 382 
 
6 O arquivo nativo do software AutoCAD Civil 3D terá extensão .dwg. No entanto, vale ressaltar que 
tal formato difere-se do arquivo com extensão .dwg gerado pelo software AutoCAD, tendo em vista que o 
arquivo proveniente do AutoCAD Civil 3D contém elementos distintos como, por exemplo, alinhamentos, 
corredores, perfil longitudinal, entre outros. 
 
 
 
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2.2 INDUSTRY FOUNDATION CLASSES (IFC) 383 
É a expressão máxima do conceito de OPEN BIM. O IFC é um esquema de dados 384 
que permite o intercâmbio de informações entre projetos elaborados em diferentes 385 
softwares sem perda ou distorção de informação. É um formato de arquivo neutro, que 386 
visa democratizar o uso do BIM. 387 
De acordo com o Guia 04 da ABDI - Contratação e Elaboração de Projetos BIM 388 
na Arquitetura e Engenharia, o arquivo IFC permite que todos os projetistas envolvidos 389 
possam utilizar diferentes plataformas de projeto sem que isso impeça o trabalho 390 
conjunto e integrado destes. Todas as ferramentas certificadas pela empresa 391 
BuildingSMART podem exportar seus dados no formato IFC e, assim, compor o arquivo 392 
federado para análise e coordenação do projeto. Entretanto, nenhuma ferramenta de 393 
projeto adota o formato IFC como padrão nativo, pois ele não incorpora recursos de 394 
desenvolvimento de projeto. Ou seja, os projetistas sempre utilizarão algum software 395 
proprietário, mas podem e devem exportar o arquivo em formato IFC. 396 
A exportação de arquivos em formato IFC para os projetos de edificações 397 
encontra-se bastante consolidada, haja vista que grande parte dos elementos já possui 398 
entidades IFC específicas. No entanto, cabe ressaltar que o conceito Open BIM ainda 399 
não pode ser contemplado em sua totalidade para os projetos de infraestrutura 400 
rodoviária, viária e obras de arte especiais (OAE), visto que a exportação de tais 401 
modelos no formato IFC ainda não é um padrão dentro dos softwares BIM. 402 
Apesar do software AutoCAD Civil 3D, desenvolvido pela empresa Autodesk, 403 
permitir a exportação de modelos no formato IFC, este ainda apresenta certas 404 
limitações. Uma das restrições apresentadas é a ausência de mapeamento adequado 405 
para as entidades IFC, tendo em vista que todos os elementos são exportados como 406 
IfcObject. Ademais, a textura aplicada dentro do modelo não pode ser exportada, sendo 407 
assim, o elemento é representado com a cor do layer definida no software nativo, o que 408 
pode dificultar, muitas vezes, a visualização do modelo. 409 
De acordo com a buildingSMART, a versão 5 do IFC, que se encontra em 410 
desenvolvimento pela Organização, contemplará de maneira mais abrangente os 411 
elementos de infraestrutura rodoviária, viária e obras de arte especiais. Sendo assim, 412 
compreende-se que as empresas desenvolvedoras de softwares demandarão um certo 413 
tempo até que adequem suas respectivas ferramentas à exportação das entidades IFC 414 
 
 
 
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para infraestrutura e obras de arte especiais (OAE). Ressalta-se ainda que, a 415 
buildingSMART da Finlândia vem pesquisando novas soluções na tentativa de 416 
preencher as lacunas existentes na área de infraestrutura. 417 
Tendo em vista as restrições apresentadas pelo IFC no que se refere a projetos 418 
de infraestrutura rodoviária, viária e obras de arte especiais, a desenvolvedora de 419 
softwares Bentley criou o formato de arquivo i.dgn (iModel), o qual permite o intercâmbio 420 
entre projetos sem perda ou distorção de informações. Os i-models podem ser 421 
exportados a partir de projetos desenvolvidos em softwares da Bentley, como 422 
OpenRoads ou OpenBridge, por exemplo. 423 
Em 2018, a Bentley lançou a biblioteca de código aberto iModel.js, com o intuito 424 
de melhorar a interoperabilidade para os projetos de infraestrutura. A referida biblioteca 425 
pode ser utilizada por desenvolvedores para criar aplicativos imersivos que integrem 426 
projetos de infraestrutura desenvolvidos dentro da plataforma Bentley com modelosde 427 
engenharia desenvolvidos nas demais plataformas disponíveis no mercado. 428 
No entanto, os i-models também apresentam algumas restrições em relação à 429 
exportação de projetos de infraestrutura, se comparados aos projetos de edificações. 430 
Sendo assim, até que as plataformas se adequem às peculiaridades dos projetos de 431 
infraestrutura desenvolvidos em BIM, pode-se afirmar que os conceitos de 432 
interoperabilidade e Open BIM não poderão ser aplicados aos projetos de infraestrutura 433 
rodoviária, viária e obras de arte especiais da mesma forma que se aplicam aos projetos 434 
de edificações. 435 
2.3 BIM COLLABORATION FORMAT (BCF) 436 
O formato de arquivo BCF foi desenvolvido em 2010 para solucionar problemas 437 
relacionados à má comunicação entre os colaboradores de um projeto em relação a 438 
interferências encontradas entre as diferentes disciplinas. Possuindo como base a 439 
linguagem XML, o formato de arquivo BCF permite o envio de relatórios com imagens 440 
vinculadas ao modelo de forma dinâmica, além de agregar funções de comunicação, 441 
responsabilidades e prazos (Processo de Projeto BIM – ABDI, 2017). 442 
 
 
 
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2.4 MODELO FEDERADO 443 
Richard H. Lowe e Jason M. Muncy (2009) descrevem o modelo federado como 444 
um arquivo composto por modelos distintos que são ligados de forma lógica entre si, 445 
sem que percam sua integridade e sua base de dados. 446 
De acordo com Bentley (2003), o modelo federado pode ser considerado um 447 
banco de dados único, que é distribuído e sincronizado em várias partes. Já Isikdag e 448 
Underwood (2010) complementam o conceito de Bentley, afirmando que o modelo 449 
federado se caracteriza como um sistema que permite que os usuários trabalhem com 450 
os dados da maneira que considerarem mais produtiva. Ademais, o modelo federado 451 
deve ser coordenado pelo Coordenador BIM, e sua consistência deve ser mantida ao 452 
longo de todo o desenvolvimento do projeto. 453 
O modelo federado é usualmente composto por modelos de disciplinas distintas 454 
de um mesmo projeto como, por exemplo, o modelo de pavimentação, o modelo de 455 
drenagem e o modelo de sinalização, e a junção destes resulta no modelo federado. No 456 
entanto, também pode ocorrer de, por exemplo, o projeto de sinalização ser modelado 457 
de maneira desassociada, resultando nos modelos de sinalização vertical e horizontal. 458 
Neste caso, a compilação de tais arquivos também resultará em um modelo federado. 459 
2.5 CLASH DETECTION (DETECÇÃO DE CONFLITOS) 460 
É a identificação automática de interferências geométricas e funcionais entre os 461 
objetos que compõem um modelo. Os relatórios das interferências identificadas em um 462 
modelo BIM em desenvolvimento podem ser extraídos automaticamente e 463 
compartilhados com as equipes responsáveis por cada uma das disciplinas. Além de 464 
apresentarem a localização das interferências, alguns softwares, como o Solibri Model 465 
Checker, também as classificam como leves, moderadas ou críticas. 466 
2.6 INTEROPERABILIDADE 467 
Tal conceito visa diagnosticar a eficiência dos aplicativos BIM no que tange, 468 
sobretudo, a troca de dados entre os diferentes softwares. Havendo uma boa 469 
interoperabilidade, se elimina a necessidade de réplica de dados de entrada, facilitando, 470 
 
 
 
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de forma automatizada e sem obstáculos, o fluxo de trabalho entre diferentes 471 
ferramentas durante o processo de modelagem. 472 
Para que se tenha uma boa interoperabilidade, é indispensável a implementação 473 
de um padrão de protocolo internacional de trocas de dados nos aplicativos e nos 474 
processos do projeto. O principal protocolo usado hoje é o Industry Foudation Classes 475 
(IFC) que, conforme mencionado no item 4.2, é um modelo de dados baseado em 476 
objetos não proprietários. 477 
2.7 GERENTE BIM (BIM MANAGER) E COORDENADOR BIM 478 
Ao Gerente BIM, ou BIM Manager, compete a responsabilidade de planejar e 479 
implementar a metodologia BIM na empresa. Tal figura deve desempenhar papel 480 
estratégico, ou seja, intermediar a relação entre a alta gestão e a equipe de 481 
coordenadores BIM ou, nos casos em que não se aplica, realizar o contato direto com 482 
a equipe de projetistas. 483 
Assim, o Gerente BIM deverá adequar os processos internos e criar padrões, 484 
normas e protocolos, bem como garantir que estes sejam incorporados pelas equipes 485 
técnicas. Ademais, o Gerente BIM também ficará responsável, sempre que necessário, 486 
por revisar os processos internos e adequá-los à realidade da empresa, a fim de atender 487 
às suas demandas específicas. 488 
A seguir, são descritas as principais atividades a serem desempenhadas pelo (a) 489 
Gerente BIM ou BIM Manager: 490 
i. Planejar e gerir o processo de implantação do BIM na empresa; 491 
ii. Adequar, em conjunto com os coordenadores BIM, os processos internos; 492 
iii. Criar, em conjunto com os coordenadores BIM, protocolos, normas e 493 
padrões a serem seguidos pelos técnicos da empresa; 494 
iv. Garantir que a equipe de coordenadores aplique adequadamente os 495 
processos BIM, os protocolos e demais procedimentos internos; 496 
v. Garantir que a equipe de TI e demais envolvidos deem o suporte adequado 497 
à equipe de projetos e obras; 498 
vi. Definir metas e indicadores para acompanhamento da implantação do 499 
BIM; 500 
vii. Apresentar à alta direção os resultados parciais da implantação da 501 
metodologia, bem como seus principais ganhos, a fim de garantir o 502 
 
 
 
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investimento de recursos na infraestrutura física e na capacitação dos 503 
profissionais; 504 
viii. Realizar a gestão da qualidade dos modelos; 505 
ix. Acompanhar o cronograma físico da elaboração dos projetos. 506 
 507 
Já ao Coordenador(a) BIM compete a responsabilidade de coordenar o 508 
desenvolvimento dos projetos em BIM, bem como mediar, entre os projetistas, 509 
orçamentistas e engenheiros de obra, as propostas de soluções de conflitos que 510 
envolvam as atividades e produtos inerentes a tais responsáveis. 511 
A seguir, são descritas as principais atividades a serem desempenhadas pelo(a) 512 
Coordenador(a) BIM: 513 
i. Desenvolver, em conjunto com a equipe de projetistas e de obras, o Plano de 514 
Execução BIM - PEB; 515 
ii. Garantir que o PEB seja executado corretamente e, em havendo necessidade, 516 
adequá-lo a fim de atender as demandas do cliente; 517 
iii. Seguir atentamente os protocolos de comunicação, a troca de informação e a 518 
geração de documentação técnica a partir dos modelos; 519 
iv. Garantir a correta execução dos protocolos de colaboração e comunicação 520 
entre os envolvidos; 521 
v. Atender os procedimentos de validação qualitativa dos modelos e aplicá-los 522 
periodicamente; 523 
vi. Gerar rotina de checagem de conflitos de disciplinas e entre disciplinas; 524 
vii. Coordenar as reuniões de revisão e compatibilização dos projetos e proceder 525 
com os encaminhamentos necessários para correção de inconformidades. 526 
 
 
527 
 
 
 
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3. PLANO DE EXECUÇÃO BIM (PEB) OU BIM EXECUTION PLAN (BEP) 528 
Para que a implementação BIM seja bem-sucedida,é importante que o 529 
planejamento das atividades esteja claro para todas as partes envolvidas, Contratante 530 
e Contratada. Para o adequado desenvolvimento de um projeto é imprescindível que o 531 
contratante defina, com clareza, “o que”, “como” e “quando” o projeto deverá ser 532 
entregue e qual será a forma de análise do mesmo, a fim de atingir os requisitos 533 
previamente estabelecidos. E também, cabe à contratada entender e propor a melhor 534 
forma de atender a esses requisitos. 535 
Tendo em vista que o Plano de Execução BIM deverá ser elaborado antes do 536 
início dos projetos e servirá de base para o acompanhamento e a medição do contrato, 537 
é fundamental que o documento contemple informações em nível suficiente e de acordo 538 
com os usos BIM pretendidos. 539 
Conforme estabelecido na ISO 19650-1, o PEB consiste em um documento que 540 
descreve o conjunto de informações necessárias em nível suficiente para definir o 541 
processo inicial de trabalho em BIM, devendo ser previamente elaborado pelo 542 
contratante. 543 
A referida norma também divide o PEB em duas fases, as quais foram 544 
denominadas de PEB pré-contrato e PEB pós-contrato. Ressalta-se que dentro das 545 
possibilidades de contratações de projetos e obras públicas previstas no ordenamento 546 
jurídico brasileiro, o PEB pré-contrato apenas poderá ser exigido na etapa de licitação, 547 
cujo certame seja, obrigatoriamente, tipo técnica e preço, possibilitando ao contratante 548 
a composição dos fatores de ponderação. 549 
Assim, o PEB pré-contrato consiste na complementação do documento 550 
previamente elaborado pelo contratante e fornecido às licitantes no edital de licitação, e 551 
que deve compor a proposta técnica da empresa. 552 
Após a assinatura do contrato, será exigido o PEB pós-contrato, que consiste no 553 
detalhamento do PEB pré-contrato pela empresa vencedora do certame. 554 
O PEB, além de orientar a empresa no desenvolvimento dos projetos na 555 
metodologia BIM, também é um instrumento de apoio à fiscalização de projetos e, 556 
portanto, ao longo do processo de desenvolvimento dos projetos, recomendam-se 557 
revisões periódicas a cada etapa de entrega. 558 
 
 
 
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27 
O PEB deverá ser estruturado a partir dos requisitos de informação, conforme 559 
apresentado a seguir. 560 
 561 
3.1 ESTRUTURA DO PLANO DE EXECUÇÃO BIM 562 
O modelo de PEB, que deverá ser seguido e preenchido pela contratada, 563 
encontra-se no APÊNDICE A, e foi estruturado de acordo com a Série ISO 19650 e com 564 
as necessidades do DER/PR para a contratação de projetos e obras rodoviárias. Para 565 
melhor compreensão, a seguir, serão apresentados, sem esgotar o tema, as principais 566 
informações que devem constar no referido plano. 567 
3.1.1 Identificação 568 
a) Responsável Técnico pela elaboração do PEB, preferencialmente o gerente 569 
BIM e/ou o coordenador BIM 570 
b) Localização do objeto 571 
c) Contratante 572 
d) Licitante (PEB pré-contrato) 573 
e) Contratada (PEB pós-contrato) 574 
f) Representantes da contratada (equipe-chave) 575 
 
 
 
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FIGURA 2: PEB (IDENTIFICAÇÃO) 576 
 
 
 
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3.1.2 Nível de Informação necessária 577 
Requisitos de Informação da Organização – RIO ou Organizational 578 
Information Requirement - OIR 579 
Consiste na indicação de objetivos estratégicos do DER que deverão ser 580 
considerados durante a elaboração dos estudos, projetos e obras. Diante disso, sempre 581 
que possível, deverão estar vinculados aos usos BIM pretendidos, conforme 582 
exemplificado a seguir: 583 
1) Redução de aditivos de prazo 584 
Usos BIM: simulação do planejamento da execução da obra 585 
2) Redução de aditivos de valor 586 
Usos BIM: (i) compatibilização dos projetos, (ii) extração de quantitativos e (iii) 587 
especificações para compras 588 
3) Atendimento de critérios objetivos de normas técnicas 589 
Usos BIM: automatização dos parâmetros, como por exemplo estabelecer valores 590 
aceitáveis para validação de projeto geométrico no que se refere ao raio, a 591 
superelevação e superlargura de uma curva. 592 
4) Melhoria na qualidade de projetos e obras públicas 593 
Usos BIM: (i) validação qualitativa do modelo, por meio de checagem de 594 
interferências, identificação de elementos duplicados e sobrepostos (ii) Análise de 595 
projeto estrutural de OAE, (iii) análise de capacidade da rede de drenagem. 596 
5) Alinhamento com a estratégia de estado referente ao 9º Objetivo de 597 
Desenvolvimento Sustentável: Indústria, inovação e infraestrutura 598 
Usos BIM: projeto para fabricação, aplicável às obras de arte especiais 599 
6) Garantir maior segurança para as rodovias 600 
Usos BIM: (i) estudo de tráfego, simulações e validações de modelo 601 
7) Garantir maior transparência nas contratações e audiências públicas 602 
Usos BIM: (i) realidade virtual e realidade aumentada 603 
8) Melhoria na gestão e manutenção da malha rodoviária 604 
Usos BIM: (i) Inspeção de pontes (ii) estruturação e gestão de dados do ativo 605 
9) Tomada de decisão mais assertiva 606 
 
 
 
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Usos BIM: (i) levantamento das condições existentes (i) estudos ambientais (ii) 607 
estudos de traçado 608 
10) Transparência e acessibilidade à informação 609 
Usos BIM: (i) centralização da informação em ambiente comum de dados, (II) 610 
relatórios de informações do modelo 611 
11) Inovação na fiscalização de projetos e obras 612 
Usos BIM: Acompanhamento por meio do modelo federado 613 
FIGURA 3: PEB (RIO) 614 
 615 
 
 
 
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Requisitos de Informação do Projeto – RIP ou ou Project Information 616 
Requirement - PIR 617 
Com base nos Requisitos de informações da Organização (RIO), ou seja, a partir 618 
dos objetivos estratégicos do DER e dos Usos BIM pretendidos, o contratante deverá 619 
definir em qual nível de informação gráfica e não gráfica os modelos deverão ser 620 
entregues. 621 
Ressalta-se que esse caderno não tem a intenção de apresentar todos os 622 
Requisitos de Informação do Projeto, e sim, apenas àqueles que serão exigidos 623 
minimamente na modelagem. 624 
As tabelas referenciais de Nível de Detalhe (ND) e Nível de Informação (NI) estão 625 
disponíveis no item 4 deste documento. 626 
FIGURA 4: PEB (RIP E RIA) 627 
 628 
 629 
 
 
 
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Requisitos de Informação do Ativo – RIA ou Asset Information Requirement 630 
- AIR 631 
Compreendem a estruturação de informações relevantes para a gestão da malha 632 
rodoviária em termos técnicos e legais, que deverão ser inseridas no modelo ou no 633 
ambiente comum de dados, durante todo ciclo de vida do empreendimento, conforme 634 
exemplificado a seguir: 635 
 636 
INFORMAÇÕES DE GESTÃO 637 
i. Localização da rodovia (sistema de informação geográfica) 638ii. Dados espaciais, como trechos pavimentados, trechos não pavimentados, 639 
áreas lindeiras 640 
iii. Garantias e validade das rodovias 641 
iv. Histórico da rodovia, que deve incluir atividades manutenção/conservação 642 
v. Normas, processos e procedimentos relacionados, como as 643 
especificações de serviço para conservação 644 
vi. Informações sobre planos de emergência, como por exemplo, casos de 645 
deslizamento de terra na pista, incluindo informações de contato do 646 
responsável 647 
vii. Informações da faixa de domínio 648 
 649 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS 650 
i. Parâmetros de projeto, dados relevantes que deverão ser inseridos nos 651 
componentes/elementos do modelo 652 
ii. Dados operacionais 653 
iii. Indicadores de desempenho 654 
 655 
INFORMAÇÕES LEGAIS (MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAIS) 656 
i. Informações referentes à posse/concessão da rodovia; 657 
ii. Instruções de operação/funcionamento do ativo; e 658 
iii. Informações contratuais relacionadas a rodovia. 659 
 660 
 
 
 
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Requisitos de Troca de Informação - RTI ou ou Exchange Information 661 
Requirement - EIR 662 
As especificações dos requisitos de troca de informação são fundamentais para a 663 
adequada gestão de toda informação, bem como a comunicação e colaboração entre 664 
todos os envolvidos, durante todo o ciclo de vida do empreendimento, dentre os quais 665 
destacam-se: 666 
1) Comunicação e colaboração 667 
2) Estrutura da organização da informação 668 
3) Padronização de nomenclatura 669 
4) Codificação para orçamentação 670 
5) Ferramentas BIM 671 
 672 
FIGURA 5: PEB (RTI) 673 
3.1.3 Comunicação e Colaboração 674 
A fim de otimizar a comunicação e colaboração entre todos os envolvidos, é 675 
fundamental que se defina o meio mais adequado para que isso ocorra. Por exemplo, 676 
para a realização dos trabalhos internos da contratada, de desenvolvimento do projeto, 677 
é imprescindível que se tenha uma ferramenta que centralize todos os dados do objeto, 678 
ou seja, um Ambiente Comum de Dados. Da mesma forma, deve ser definido o meio de 679 
 
 
 
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comunicação e colaboração entre o Contratante e a Contratada, que poderá ser ou não 680 
o mesmo ambiente. Ressalta-se que o CONTRATANTE deverá ter acesso ao ACD da 681 
CONTRATADA e vice-versa. 682 
Além da definição do Ambiente Comum de Dados, é importante que os momentos 683 
de reuniões – com as respectivas finalidades, periodicidade e metodologia – sejam 684 
planejados, com o objetivo de facilitar o acompanhamento da execução do trabalho, por 685 
parte do contratante, bem como, possibilitar que todos estejam cientes do modelo de 686 
acompanhamento do contrato. 687 
A fim de otimizar a comunicação entre o CONTRATANTE e a CONTRATADA ao 688 
longo de todo o fluxo de trabalho, deverá ser definida, em comum acordo, a forma de 689 
apresentação do relatório de análise de projeto (RAP), por exemplo, relatórios BCF (Bim 690 
Collaboration Format), ou outros. Caso sejam apresentadas melhores alternativas por 691 
parte da CONTRATADA, ficará a critério do contratante definir qual método será 692 
utilizado. 693 
As reuniões de compatibilização do projeto desenvolvido pela CONTRATADA 694 
devem contar com a participação do coordenador BIM, dos projetistas, dos 695 
orçamentistas e dos engenheiros de obra, sempre que possível, conforme definido no 696 
Plano de Execução BIM. Para tal, todos os modelos desenvolvidos pela CONTRATADA 697 
deverão constar em um único arquivo, denominado modelo federado, a fim de que os 698 
responsáveis por cada uma das disciplinas identifiquem as inconsistências entre os 699 
projetos e, assim, tomem uma decisão conjunta acerca das soluções propostas. 700 
 701 
3.1.4 Estrutura da organização da informação 702 
A estrutura da organização da informação está dividida em três níveis: 1º nível - 703 
Macrogrupos, 2º nível - Grupos e 3º nível - Subgrupos. 704 
Os Macrogrupos (1º nível da EOI) são divididos conforme as tipologias de projetos 705 
e obras contratados e/ou elaborados pelos órgãos da administração direta, autárquica 706 
e fundacional do Governo do Estado do Paraná, como por exemplo edificações e 707 
infraestrutura rodoviária. 708 
 
 
 
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Os Grupos (2º nível da EOI) são organizados de acordo com os diferentes 709 
sistemas que compõem um empreendimento, como pavimentação e drenagem, por 710 
exemplo. 711 
Os Subgrupos (3º nível da EOI) apresentam os elementos que compõem um 712 
determinado sistema do empreendimento, como sarjetas, canaletas e valetas do 713 
sistema de drenagem. 714 
Essa estrutura foi criada com o objetivo de centralizar todas as informações 715 
referentes à projetos e obras do Governo do Estado (administração direta, autárquica e 716 
fundacional) em um único ambiente comum de dados, a fim de garantir que todas as 717 
informações dos modelos possam ser utilizadas em nível estratégico, tático e 718 
operacional, visando a correta gestão da informação durante todo ciclo de vida dos 719 
empreendimentos. 720 
É importante ressaltar que a criação do Macrogrupo denominado “Geral”, 721 
apresentado na Tabela 1, tem por objetivo agregar os sistemas e elementos comuns a 722 
todas as tipologias de projetos e obras, evitando, assim, códigos repetidos para 723 
representar um sistema/elemento com as mesmas características. 724 
Dessa forma, todas as tipologias de projetos e obras deverão seguir duas tabelas 725 
de codificação, a geral e a específica. 726 
 727 
 
 
 
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TABELA 1: MACROGRUPOS 728 
 729 
TABELA 2: 2º NÍVEL DO MACROGRUPO “GERAL” 730 
 731 
 732 
 
 
 
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TABELA 3: 3º NÍVEL DO MACROGRUPO “GERAL” 733 
 734 
 735 
 
 
 
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38 
 736 
TABELA 4: 2º NÍVEL DO MACROGRUPO INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA 737 
 738 
 739 
 
 
 
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TABELA 5: 3º NÍVEL DO MACROGRUPO INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA 740 
 
 
 
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3.1.5 Ferramentas BIM 741 
Indicação das ferramentas que serão utilizadas pelos projetistas especialistas de 742 
cada disciplina, com especificação das versões e extensões de entrada e de saída de 743 
cada uma delas. Com isso, é possível avaliar os formatos de comunicação entre 744 
disciplinas e antecipar eventuais problemas com a compatibilização a partir do modelo 745 
federado. 746 
 
FIGURA 6: PEB (RTI – FERRAMENTAS BIM) 747 
 748 
3.1.6 Matriz de responsabilidade 749 
A matriz de responsabilidadetraz a lista dos integrantes da equipe técnica e 750 
demais envolvidos no processo, e descreve suas respectivas funções/tarefas. 751 
No PEB pré-contrato deve constar uma matriz sintética, a qual deve ser 752 
refinada/atualizada, conforme necessário, no PEB pós-contrato. A versão sintética 753 
deverá conter: nome, função, contatos e quais atividades serão atribuídas a cada um. 754 
 
 
 
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FIGURA 7: PEB (MATRIZ DE RESPONSABILIDADE) 755 
 756 
 
 
 
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3.1.7 Cronograma 757 
O cronograma deverá conter as informações das tarefas a serem desempenhadas 758 
pela Contratada durante o desenvolvimento do projeto, de acordo com as etapas e pré-759 
definidas no edital. Cada atividade deverá conter a data de início, fim e duração, de 760 
acordo com uma rede de precedentes e considerando as análises para aprovação das 761 
etapas. 762 
 
FIGURA 8: PEB (CRONOGRAMA) 763 
 764 
3.1.8 Matriz de entregáveis 765 
Para todos os projetos desenvolvidos pela CONTRATADA, deverão ser entregues 766 
os arquivos em formato nativo e IFC; salvo projetos de infraestrutura rodoviária, viária e 767 
obras de arte especial (OAE) como, por exemplo, projetos de pavimentação e de rede 768 
drenagem, para os quais serão exigidos inicialmente apenas o formato nativo e, quando 769 
possível, o formato IFC. Cabe ressaltar que os arquivos em formato nativo deverão 770 
conter toda a documentação gerada de forma automatizada, bem como as tabelas de 771 
quantitativos extraídas a partir do modelo. 772 
 
 
 
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A matriz de entregáveis deverá conter informações de identificação dos produtos 773 
e especificação dos formatos que serão entregues ao CONTRATANTE e, também, do 774 
responsável técnico pelo projeto e pelo controle de qualidade. 775 
FIGURA 9: PEB (MATRIZ DE ENTREGÁVEIS) 776 
3.1.9 Controle de Qualidade 777 
A CONTRATADA deverá incluir no processo de trabalho em BIM, o controle de 778 
qualidade do projeto, que poderá ser realizado por meio de ferramentas BIM específicas 779 
para detecção de conflitos e demais ferramentas que automatizam as verificações. É 780 
adequado que os momentos de análise, a ser realizada pelo gerente de qualidade, não 781 
sejam muito espaçados. 782 
A fim de otimizar a análise qualitativa do projeto entregue pela CONTRATADA, o 783 
contratante deverá fazer uso de ferramenta BIM para checagem dos modelos, como, 784 
por exemplo, os softwares Solibri Model Checker, Trimble Connect ou Navisworks, a 785 
qual será especificada no Plano de Execução BIM. 786 
O CONTRATANTE fará a validação qualitativa dos modelos a partir dos arquivos 787 
em formato IFC, quando possível, entregues pela CONTRATADA. Cabe ressaltar que 788 
tais arquivos deverão preservar a integridade das informações neles inseridas e garantir 789 
a interoperabilidade com o software de verificação a ser utilizado pelo CONTRATANTE. 790 
 
 
 
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O objetivo da referida validação qualitativa a ser realizada pelo contratante é aferir 791 
possíveis inconsistências nos modelos, tais como elementos sobrepostos e/ou 792 
duplicados, inserção incorreta de informações, entre outros. 793 
FIGURA 10: PEB (CONTROLE DE QUALIDADE) 794 
 795 
3.1.10 Fluxo de trabalho em BIM 796 
A CONTRATADA deverá apresentar o fluxo de trabalho na metodologia BIM, 797 
incluindo as interações entre CONTRATANTE E CONTRATADA, conforme modelo 798 
disponível no APÊNDICE B. No PEB pré-contrato o referido fluxo poderá ser 799 
apresentado de forma genérica, e no PEB pós-contrato, o mesmo deverá ser detalhado. 800 
Quando solicitado, a CONTRATADA também deverá apresentar estratégia de 801 
federação, a qual visa demonstrar como será organizada a produção dos modelos, 802 
considerando a complexidade do objeto e a estrutura da equipe técnica. Assim, a partir 803 
de um objetivo, como por exemplo a coordenação 3D que visa a efetiva compatibilização 804 
do projeto, neste caso, é interessante que a estratégia adotada siga a lógica de divisão 805 
por disciplinas e subdisciplinas. 806 
Outro objetivo para o desenvolvimento de uma estratégia de federação é facilitar 807 
a transmissão de informação, ou seja, muitas vezes, é útil que os modelos de 808 
informação não excedam um determinado tamanho de dados, caso contrário, podem 809 
ser difíceis de abrir, atualizar, exportar e importar. Projetos maiores, como de rodovias 810 
 
 
 
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45 
de grande extensão, ao chegarem na fase de detalhamento, geralmente necessitam ser 811 
divididos em dois ou mais arquivos. 812 
Para o contratante, nesse momento, é importante que a Contratada, considerando 813 
a complexidade do objeto, defina qual estratégia de federação, para determinado 814 
objetivo, é relevante apresentar, visto que tal estratégia deverá ser incluída no fluxo de 815 
trabalho BIM da empresa. 816 
A Figura 11 é um exemplo de estratégia de federação por disciplina e 817 
subdisciplinas de um projeto de rodovia, cujo objetivo é demonstrar como ocorrerá a 818 
coordenação 3D. 819 
 
FIGURA 11: ESTRATÉGIA DE FEDERAÇÃO 820 
 821 
3.1.11 Revisão do PEB 822 
Considerando que nesse documento o PEB é um instrumento de apoio à 823 
fiscalização de projeto, é imprescindível que esteja em constante revisão, visto que as 824 
ferramentas e equipamentos compatíveis com o BIM estão em processo de contínuo 825 
aprimoramento, assim como, a aplicação prática da metodologia. Dessa forma, sempre 826 
que necessário, o PEB poderá sofrer alterações, desde que em comum acordo entre 827 
CONTRATANTE E CONTRATADA. 828 
 829 
 
 
 
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4. DIRETRIZES GERAIS DE MODELAGEM 830 
As diretrizes apresentadas a seguir são meramente orientativas, uma vez que o 831 
processo de modelagem a ser seguido pela equipe técnica da CONTRATADA é livre, 832 
desde que, o produto final, a ser entregue ao CONTRATANTE, atenda aos requisitos 833 
estabelecidos no Plano de Execução BIM. 834 
4.1 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA 835 
Elaborar, a partir do levantamento topográfico previamente realizado, o modelo 836 
digital do terreno, com os dados georreferenciados no sistema SIRGAS 2000. Tal 837 
modelo deverá ser utilizado como base para desenvolvimento dos estudos e projetos 838 
de infraestrutura rodoviária, viária e obras de arte especiais do objeto contratado. 839 
Deverão ser modeladas todas as superfícies necessárias (exemplo: terreno 840 
natural e terreno de projeto) para a extração de informações de movimentação de terra, 841 
como corte e aterro. 842 
No software civil 3D, os volumes de corte e aterro podem ser obtidos por meio de 843 
comparação com superfícies, esta comparação cria um volume de superfície limitado 844 
verticalmente pela superfície do terreno projetado com a do terreno natural. 845 
4.2 PAVIMENTAÇÃO 846 
Modelar todos os elementos que compõem a seçãotransversal como, por 847 
exemplo, pista, acostamento e, nos casos em que se aplica, demais itens, como meio 848 
fio e sarjeta; 849 
Para os elementos da seção transversal, nos quais aplica-se estrutura de 850 
pavimento, deverão ser modeladas todas as camadas do pavimento como, por exemplo, 851 
as camadas de base, sub-base e revestimento; 852 
Nos casos em que houver fresagem do pavimento existente, este poderá ser 853 
modelado com camada única, contendo a propriedade que indique a necessidade ou 854 
não de tal serviço. A modelagem da camada única, para representação do pavimento 855 
existente, tem por finalidade o levantamento estimado do quantitativo de volume a ser 856 
removido pelo serviço de fresagem; 857 
 
 
 
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Para fins de extração de quantitativos, a pintura de ligação e a imprimação, nos 858 
casos em que se aplica, poderão ser modeladas com espessura representativa (próxima 859 
de zero). Para melhor entendimento, ver Vídeo 1 - Modelagem de Sinalização Horizontal 860 
em Civil 3D, disposto no APÊNDICE 3 – VÍDEOS EXPLICATIVOS. 861 
4.3 DRENAGEM E OBRAS DE ARTE CORRENTES 862 
4.3.1 Drenagem Superficial 863 
 Alguns dispositivos de drenagem superficial, como valetas de proteção de corte 864 
e aterro, sarjetas e meios-fios, poderão ser inseridos no modelo durante a composição 865 
da seção transversal do pavimento, ou seja, poderão ser modelados juntamente com o 866 
Projeto de Pavimentação. 867 
Como exemplo, no software Civil 3D os dispositivos de drenagem superficial 868 
supracitados podem ser inseridos no modelo ao longo do desenvolvimento da assembly 869 
ou da montagem (seção transversal). 870 
 Demais dispositivos de drenagem superficial, como descidas d’água, 871 
dissipadores de energia e caixas coletoras de sarjeta, poderão seguir modelagem 872 
padrão do software ou serem modelados em softwares compatíveis, como o Revit, e 873 
posteriormente importados para o projeto em desenvolvimento no Civil 3D, por exemplo. 874 
 875 
4.3.2 Drenagem Subsuperficial 876 
 Dispositivos de drenagem subsuperficial (drenos subsuperficiais) poderão ser 877 
inseridos no modelo durante a composição da seção transversal do pavimento, ou seja, 878 
serem modelados juntamente com o Projeto de Pavimentação. 879 
Observação: Como exemplo, no software Civil 3D os drenos supracitados podem 880 
ser inseridos no modelo ao longo do desenvolvimento da assembly ou da montagem 881 
(seção transversal). 882 
 883 
4.3.3 Drenagem Profunda 884 
 
 
 
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Modelar as tubulações e dispositivos de drenagem profunda, como: bocas-de-885 
lobo, bueiros, caixas de passagem, e demais elementos de drenagem profunda 886 
pertinentes ao projeto; 887 
A drenagem profunda, no caso do software Civil 3D, poderá ser modelada com 888 
ferramentas da própria plataforma, por meio do comando pipe network (rede de 889 
tubulações). A referida ferramenta disponibiliza tanto os elementos de tubulações 890 
quanto os dispositivos de drenagem profunda. 891 
Na ausência de elementos compatíveis com o projeto no catálogo de estruturas 892 
do part builder do software Civil 3D, ou não havendo as dimensões específicas 893 
necessárias ou, ainda, na ausência do elemento na paleta de ferramentas (Tool 894 
Palettes), o projetista poderá desenvolver o bloco 3D do referido dispositivo no software 895 
AutoCAD, definindo-o como uma nova estrutura no catálogo e, posteriormente, inseri-lo 896 
no modelo. Os dispositivos também poderão ser modelados e outros softwares 897 
compatíveis, como por exemplo o Revit, e posteriormente importá-lo para o projeto 898 
desenvolvido no Civil 3D. 899 
No caso do software Civil 3D, não se recomenda a modelagem dos drenos 900 
longitudinais profundos por meio da ferramenta part builder, dessa forma, tais 901 
dispositivos, assim como os elementos de drenagem superficial e subsuperficial, 902 
poderão ser inseridos no modelo durante a composição da seção transversal do 903 
pavimento, ou seja, modelados juntamente com o Projeto de Pavimentação. 904 
4.4 OBRA DE ARTE ESPECIAL 905 
Elementos estruturais necessitam ser modelados de forma que representem a 906 
realidade do processo construtivo 907 
Nos modelos de OAE é Importante representar os furos previstos nos elementos 908 
estruturais para passagem de tubulação, por exemplo. 909 
4.5 SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA 910 
4.5.1 Sinalização Horizontal 911 
Para fins de extração de quantitativos, é necessária a modelagem da sinalização 912 
horizontal, no que se refere às faixas, letras, algarismos e símbolos demarcados sobre 913 
 
 
 
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o pavimento. Para melhor entendimento, ver Vídeo 1 - Modelagem de Sinalização 914 
Horizontal em Civil 3D, disposto no APÊNDICE D – VÍDEOS EXPLICATIVOS. 915 
4.5.2 Sinalização Vertical 916 
Modelar a sinalização vertical, no que se refere às placas de regulamentação, 917 
advertência e indicação. Para isso, o elemento deverá conter a propriedade de código 918 
de identificação, ou seja, o código da placa. Como exemplo: R2, R6a e A1a. 919 
No caso do software Civil 3D, por exemplo, as placas poderão ser geradas por 920 
meio de blocos 3D inseridos no modelo ou por meio de elementos modelados em 921 
demais softwares compatíveis, como o Revit, e posteriormente importados para o 922 
projeto desenvolvido no Civil 3D. 923 
4.5.3 Segurança 924 
Modelar os elementos fixos e móveis de segurança, como as barreiras em 925 
concreto, as defensas metálicas, cercas, entre outros. Nos casos em que se aplica, o 926 
elemento deverá conter a propriedade de código de identificação, como exemplo: TC–927 
1 e BA–2, para tacha refletiva monodirecional e balizador bidirecional, respectivamente. 928 
 
 
 
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5. BOAS PRÁTICAS DE MODELAGEM 929 
5.1 OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE MODELAGEM 930 
5.1.1 Data Shortcuts 931 
O Data Shortcut, ou atalho de dados, é uma ferramenta do software Civil 3D que 932 
permite utilizar elementos de um projeto existente em outros projetos. A partir da criação 933 
desses atalhos de dados, como os elementos de superfície, alinhamento, corredor, entre 934 
outros, é possível reduzir o tempo de processamento de dados, além de garantir que o 935 
arquivo original não sofra alterações. 936 
Exemplo de uso: Nos projetos de terraplenagem, pavimentação e drenagem ficam 937 
em arquivos diferentes, mas existem diversos elementos entre eles que são necessários 938 
para a concepção de cada projeto individualmente. Logo a utilização da ferramenta de 939 
Data Shortcuts é essencial para trazer os dados de terreno na pavimentação ou de 940 
pavimentação e terreno para drenagem sem pesar no processamento de dados. 941 
 942 
5.1.2 Dynamo 943 
O Dynamo é uma aplicação de programação visual da Autodesk, que pode ser 944 
utilizado para automatização de tarefas no Civil 3D e Revit. O referido software pode ser 945 
utilizado em diversas aplicações, seja para realização de tarefas repetitivas, interações 946 
com o modelo, ou para criação de modelos a partir de regras complexas ou de dados 947 
externos. Sem dúvida o ganho de produtividade é uma das vantagens do Dynamo, mas, 948 
principalmente nos projetos de infraestrutura, o

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