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_Resumo Crítico_ O supremo tribunal federal como policy-maker_ entre a soberania do parlamento e a supremacia da constituição

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Resumo Crítico: O supremo tribunal federal como policy-maker: entre a soberania do
parlamento e a supremacia da constituição.
O texto cita que a inserção do judiciário no processo decisório é recente e que nenhum dos modelos
clássicos considera o judiciário como formulador de políticas públicas. Apenas em 1920 quando a
Áustria vinha em um combate para sair da monarquia que alguns pensadores como Schmitt e Kelsen
começaram a ter um debate maior sobre o papel desse terceiro corpo que não era eleito pela
população, os juízes. No Brasil com a realização da constituição de 1988 o modelo que seguimos foi o
americano e o austriaco transformando o STF controlador dos atos do Legislativo e Executivo. Algo
que pode ser muito criticado por muitos pois esse corpo possui um dos maiores poderes sobre a
sociedade brasileira decidindo assuntos de extrema importância para a nação e eles não são elegidos
diretamente pela população gerando assim um espaço para troca de favores políticos para se obter um
cargo no supremo prejudicando assim a veracidade das decisões tomadas por esse corpo.
Dahl cita que o supremo tribunal é uma instituição política, entretanto a maioria das pessoas não
conseguem admitir isso. Ele nos ensina que a suprema corte possui uma posição muito peculiar por
conta que de tempos em tempos eles precisam decidir casos em que existe uma profunda discordância
entre dois grupos na sociedade, podendo ser entre uma maioria e uma minoria ou entre duas minorias.
Entretanto existe um problema que em sociedades que o legislativo representa a maioria a corte não
precisará atuar para garantir os resultados, portanto se analisarmos por outra visão a minoria nunca
iria conseguir nada e por isso a suprema corte foi criada para defender os direitos de uma tirania da
maioria sobre uma minoria, porém isso estaria indo de contra um termo muito importante da
democracia que significa que o poder deve residir nas maiorias populares e seus representantes.
Com a supremacia da constituição alguns problemas citados acima não acontecem mais por conta que
mesmo com a maioria momentânea eles não podem substituir o que diz na constituição trazendo
assim uma certa segurança para alguns grupos minoritários e uma das funções do tribunal supremo
seria proteger essa constituição de qualquer governante, porém como na maioria das vezes o
legislativo possui o mesmo viés político do supremo isso pode causar diversos problemas na
sociedade.
O surgimento dos estudos sobre as cortes políticas veio através de um grande pensador chamado
Hirschl que foi influenciado por um dos artigos de Dahl postado em 1957. Inúmeros países nos dias
atuais utilizam o constitucionalismo que foram implementados principalmente com o objetivo de
incorporar os direitos humanos ou para alguma revisão judicial, até a Inglaterra que possui uma
soberania do parlamento adotaram esse método. Segundo Hirschl existem quatro abordagens que são
feitas para explicar a judicialização da política ou seja a participação cada vez maior do judicial em
assuntos relacionados a política. A primeira abordagem é a funcionalista na qual fala que os órgãos
judiciais vêm crescendo muito por conta da expansão dos órgãos administrativos que necessitam por
vez de certa regulação. A segunda corrente que são os centrados no direito preza que as únicas
instituições que são imparciais e podem resolver problemas complexos seriam as instituições
judiciais. Já a terceira abordagem que são os Institucionalistas afirma que para que ocorra uma
democracia viável é imprescindível que exista uma corte que regula os atos políticos. E a quarta e
última abordagem são os centrados nos tribunais na qual afirmam que a expansão do judicial ocorre
por conta dos juízes e dos tribunais.
Nos dias de hoje vemos que cada vez mais o STF tomando diversas decisões importantes que na
maioria das vezes acabam em manchetes nos jornais, por isso podemos notar que o modelo brasileiros
está se tornando uma Supremocracia. Esse termo foi criado por Oscar Vieira em 2008 e significa
basicamente a expansão da autoridade do judiciário sobre os outros poderes. Apesar de no Brasil isso
não ser algo novo temos que tomar muito cuidado com esse tipo de sistema pois como a maiorias das
pessoas acabam vendo os noticiários os juízes do STF por saberem disso, podem acabar se
influenciando por jogo político para na hora de formular suas decisões levando assim uma certa
ineficiência do processo decisório brasileiro. Entretanto não podemos negar que o é de extrema
importância o supremo participar dessas decisões para garantir alguns direitos constitucionais que
poderiam ser quebrados se não existisse essa fiscalização.
Referências:
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL COMO
POLICY-MAKER: ENTRE A SOBERANIA
DO PARLAMENTO E A SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO Leon Victor de Queiroz Barbosa†

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