Buscar

Radiografia de tórax

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Radiografia de tórax 
“Não se pode dar uma opinião definitiva sobre 
uma pneumopatia sem uma radiografia do tórax” 
Antes da interpretação, é preciso avaliar a 
qualidade do exame. 
• Identificação correta: nome e data. 
• Localização da identificação no lado direito 
• Documentação da projeção 
Penetração: refere-se a quanto os raios infiltram 
no tórax do paciente. Se for pouco penetrada, a 
radiografia fica branca, se for muito penetrada, fica preta. 
 
Qual o ideal? 
É preciso conseguir visualizar a trama vascular do 
pulmão, bem como até a 4ª/5ª vértebra torácica. A figura 
abaixo, apesar de mostrar mais vértebras, como é possível 
ver a vascularização, é considerada adequada. 
 
Centralização (PA ou AP): O tórax não pode estar 
“rodado”. Como saber se está centralizado? Mede a 
distância entre a extremidade medial das clavículas até o 
processo espinhoso, que tem que ser a mesma. 
 
A seguir, a imagem esquerda mostra que a 
distância entre as extremidades das clavículas está 
adequada, mas imediatamente à direita a extremidade 
medial da clavícula esquerda está mais próxima do 
processo espinhoso. Isso interfere no exame? Não tanto, 
mas os raios podem penetrar mais de um lado do que do 
outro, levando a uma imagem mais hipertransparente em 
um dos pulmões, o que pode nos levar a pensar em 
enfisema ou algo do tipo. 
 
 Grau de inspiração: Quando o paciente faz a 
radiografia, ele coloca a mão na cintura e inspira 
profundamente. Como saber se a inspiração está 
adequada? Quando se consegue contar 6 arcos costais 
anteriores e 9 a 10 posteriores. Os arcos costais anteriores 
são mais curvos. 
 
Na imagem esquerda a seguir, a radiografia está 
pouco penetrada e, além disso, também está pouco 
inspirada. O paciente não inspirou adequadamente. Se o 
ele não inspira adequadamente, perde-se aeração do 
pulmão em bases pulmonares, mostrando-se branco na 
radiografia. 
As opacidades em bases, nesse caso, estão 
presentes pela baixa qualidade da imagem. Na imagem ao 
lado, como o paciente respirou adequadamente, é 
possível contar bem as costelas. 
 
2 
 
 Escápulas nos campos pulmonares: Quando 
presentes, se mostram como uma sombra mais 
acinzentada nas laterais da radiografia, o que pode 
disfarçar alguma opacidade. O ideal é que o paciente 
coloque a mão na cintura, de modo a retirar as escápulas 
do campo pulmonar. 
 
Incidência PA: distância mínima de 1,5 m – ideal 
de 1,8 m. Na incidência em PA, os raios incidem de trás 
para frente, o filme fica na parte anterior do tórax e o feixe 
de raio x fica atrás. 
 
Os raios X são divergentes. Quanto mais distante 
o feixe estiver do objeto examinado, mais a imagem é 
fidedigna em relação ao tamanho. Quanto mais próxima 
do tórax, mais amplificada é a imagem. A seguir, a bolinha 
amarela representa o feixe do raio x, a branca se refere ao 
paciente e a verde representa a imagem formada. 
 
Quando não faz PA e faz AP? quando o paciente 
não tem condições de ficar em pé – idosos acamados, 
pacientes de UTI, crianças. 
Na incidência em AP, é o contrário da PA. O feixe 
incide anteroposteriormente. Como o feixe fica mais perto 
da área mediastinal, a área cardíaca fica alargada. Nesse 
caso, sempre relacionar com a clínica. Além disso, as 
escápulas geralmente estão presentes, fazendo sombra 
nos campos pulmonares. Somado a isso, a centralização 
também fica ruim, pois o paciente está deitado. A seguir, 
é possível observar uma radiografia em AP que revela 
aumento do mediastino e de toda a área cardíaca sem o 
paciente apresentar clínica. 
 
Incidência perfil: pode ser direito ou esquerdo. Se 
pedir perfil direito, é para avaliar melhor o lado direito. 
Então, coloca o filme na região direita, pois o raio incide 
da esquerda para a direita, quanto mais distante melhor. 
 
O perfil nos dá uma noção melhor da localização 
da lesão, se a lesão é mais anterior ou posterior. O perfil 
 
3 
direito não visualiza bem a área cardíaca com seus vasos, 
ao contrário do perfil esquerdo, em que é possível ver bem 
a área cardíaca. 
Obs.: A incidência em perfil, quando o médico não 
especifica, em geral, é feita do lado esquerdo. 
Incidência em Laurell (decúbito lateral com raios 
horizontais) 
Abaixo, temos, respectivamente, um corte de 
radiografia em PA e uma radiografia em Laurell. O seio 
costofrênico tem que fazer uma angulação, se ele não está 
livre, é sinal de derrame pleural ou espessamento pleural 
(ex.: paciente com sequela de tuberculose). Para saber se 
é líquido ou não, pede para o indivíduo fazer uma 
radiografia em decúbito lateral. Se o líquido for livre, ele 
escorre pelo tórax, formando uma linha. Se for 
espessamento pleural, o líquido não escorre. 
Só pede Laurell na suspeita de derrame pleural. 
Hoje em dia, é mais comum fazer USG à beira de leito. As 
imagens abaixo confirmam um derrame pleural. 
 
Radiografia de tórax normal – interpretação 
• Partes moles: avaliação das mamas, região 
cervical, supra-escapular, tecido subcutâneo, 
abdômen superior. 
• Ossos: coluna, clavículas, costelas, ombros, 
esterno. 
• Coração: morfologia e dimensões. 
• Aorta e artérias pulmonares: verificação de 
anomalias congênitas e aneurismas. 
• Mediastino: alargamentos, pneumomediastino, 
massas. 
• Hilos: estudo comparativo de morfologia e 
dimensões. 
• Parênquima pulmonar: nódulos, massas, 
opacidades, cavidades. 
• Pleura: espessamentos, pneumotórax, derrame 
pleural. 
• Diafragma: altura, morfologia, estudo 
comparativo. 
• Seios costofrênicos: verificar se estão livres; em 
casos duvidosos realizar decúbito lateral. 
Interpreta de fora para dentro, de modo que, a 
partir de uma rotina, nada passa despercebido. Comparar 
sempre um lado com o outro. 
Partes moles 
• Tecidos supraclaviculares e torácicos laterais 
• Orgãos do abdome superior 
• Mamas 
É possível ver a bolha gástrica. Em paciente com 
dor abdominal, que teve ruptura de alça, pode-se ver um 
pneumoperitônio – ar embaixo da hemicúpula 
diafragmática. 
O tecido lateral é mais branquinho, se tiver ar no 
tecido subcutâneo, fica mais escuro. Acontece no 
enfisema subcutâneo. Observe figura abaixo do lado 
direito. 
 
Arcabouço ósseo 
É difícil visualizar o esterno em PA por causa do 
mediastino, área cardíaca e vasos. É melhor avaliar em 
perfil, bem como a questão dos espaços vertebrais. 
Clavículas e arcos costais: Em pacientes que 
sofrem traumas, há perda de continuidade da linha óssea 
das clavículas, por exemplo. Os arcos costais também 
podem ser alvo de traumas. 
 
A seguir, a coluna. Uma coisa importante para 
lembrar é que, na radiografia em perfil, em cima, as 
vértebras não ficam tão nítidas, mas à medida que vai 
descendo, vemos melhor. Se não puder ver, significa que 
há alguma alteração patológica. 
 
4 
 
Pulmões e pleura 
• Pulmão direito: lobo superior, médio e inferior. 
• Pulmão esquerdo: lobos superior e inferior 
• Pleura visceral e parietal 
No pulmão direito, a cissura horizontal separa o 
lobo superior do lobo médio e inferior. Já a cissura oblíqua 
separa o lobo inferior do superior e do médio. O lobo 
médio é anterior e se localiza ao lado da área cardíaca. O 
lobo inferior, como se pode ver abaixo, tem uma parte 
mais superior e posterior. 
 
No pulmão esquerdo, a cissura oblíqua separa o 
lobo superior do inferior. A língula está anterior, bem ao 
lado da área cardíaca, e faz parte do lobo superior. 
 
• Lado direito do coração: lobo médio 
• Lado esquerdo do coração: língula 
Hilos pulmonares 
 São estruturas anatômicas onde passam artérias, 
veias e vasos linfáticos, formando uma curvatura. O hilo 
esquerdo é ligeiramente superior ao direito. 
 
Na imagem esquerda abaixo, as setas apontam as 
artérias pulmonares. Um pouco acima delas dá para ver os 
hilos. No perfil, observa-se área cardíaca, aorta, espaço 
retrocardíaco e espaço retroesternal. O botãozinhoé a 
artéria pulmonar direita e esquerda. A artéria pulmonar 
esquerda aparece antes da direita, pois o hilo é mais alto. 
 
Diafragma 
 O diafragma forma um ângulo com a parede 
torácica chamado de seio costofrênico. Quando o 
paciente perde a curvatura desse músculo, há uma 
retificação de hemicúpula diafragmática. Tal alteração é 
comum em pacientes enfisematosos, devido ao excesso 
de ar que o paciente não consegue expirar. A retificação 
de hemicúpula é mais fácil de se visualizar em perfil. 
 
 
5 
 Obs.: A hemicúpula direita é, normalmente, mais 
alta do que a esquerda. 
 Abaixo, a imagem de perfil é provavelmente do 
lado direito, pois não dá para ver bem a área cardíaca. 
 
Como saber se há retificação? Passa-se uma linha 
transversal na parte mais alta do diafragma e passa outra 
paralela do seio costofrênico até o seio cardiofrênico. A 
distância tem que ser no minino 1,5 cm. 
 
Seios costofrênicos: encontro da hemicúpula 
diafragmática com a parede torácica. Eles devem ser 
agudos. Quando estiverem obliterados, faz a incidência 
Laurell para avaliar se é derrame ou espessamento 
pleural. 
 
Mediastino 
Em PA, divide o mediastino ao nível da 5ª vertebra 
torácica em mediastino superior e inferior. Algumas 
doenças alargam mediastino superior e outras o inferior, 
por isso tem que classificar. 
• Superior: tireoide ectópica, timoma, teratoma. 
• Inferior: aneurismas, adenomegalias hilares 
(como na sarcoidose). 
 No perfil divide em mediastino anterior – da borda 
posterior do externo até a borda posterior da área 
cardíaca, médio – da borda posterior da área cardíaca até 
a borda anterior da coluna, e posterior – depois da borda 
anterior da coluna vertebral. É importante para classificar 
a localização da massa, pois em perfil, também há 
probabilidades maiores de acordo com a localização. 
• Posterior: tumores neurais. 
• Médio: vasos. 
• Anterior: se também for superior, pensa nos 4 Ts 
– tireoide ectópica, timoma, teratoma e terrível 
linfoma. 
 
Traqueia 
A traqueia é hipertransparente porque tem ar 
dentro dela. Em algumas imagens, é possível ver a carina 
e a bifurcação. 
 
Área cardíaca 
Importante analisar se está aumentada ou não. 
Traça uma linha horizontal no maior diâmetro da área 
cardíaca e outra paralela de uma parede torácica a outra. 
O índice cardiotorácico A/B tem que ser menor que 0,5. 
 
Do lado esquerdo, vemos o arco aórtico, tronco da 
pulmonar, átrio esquerdo e ventrículo esquerdo. Do lado 
direito, observa-se a veia cava superior e o átrio direito 
(ventrículo direito é posterior). Lembrar que o brônquio 
 
6 
direito é mais calibroso e mais reto. Patologias aspirativas 
ocorrem mais nele. 
 
Nas imagens em perfil abaixo, as setas apontam, 
respectivamente, a traqueia e a área cardíaca. Há também 
o espaço retroesternal e retrocardiaco. Pacientes 
enfisematosos têm aumento do diâmetro 
anteroposterior, com hipertransparência retroesternal e 
retrocardiaca. 
 
Alterações patológicas da radiografia de tórax 
 Alterações comprometendo o ácino – conjunto de 
avéolos, sacos alveolares, ductos alveolares, bronquíolos 
respiratórios – são ditas acinares ou alveolares. 
A terminologia correta é: opacidade, padrão 
acinar ou consolidação do espaço aéreo. Evitar falar 
infiltrado, padrão alveolar, densificação e condensação. 
Aspectos radiológicos do padrão acinar 
• Apresentam distribuição locar ou segmentar; 
• Margens mal definidas, com aspecto algodonoso; 
• Tendência a coalescência; 
• Broncogramas aéreos no interior; 
• Mudança rápida de aspecto na radiografia 
simples. 
Obs.: Nem todo padrão acinar tem broncograma 
aéreo, mas o contrário é verdadeiro. 
Principais doenças 
• Agudas: pneumonias bacterianas, edema agudo 
de pulmão em estágio mais avançado, 
tuberculose, hemorragias, infarto pulmonar e 
COVID-19. 
• Crônicas: infecções – tuberculosas, fúngicas, 
sarcoidose, neoplasias (principalmente 
bronquíolo-alveolar e linfoma), colagenoses, 
proteinose alveolar e silicose. 
Sempre associar com clínica para ter o diagnóstico!! 
Padrão acinar – pneumonia bacteriana: observar aspecto 
algodonoso. 
 
Abaixo, pneumonia bacteriana mostrando 
opacidade em que não se delimita bem a margem, 
borrando silhueta cardíaca. A seta preta aponta um trajeto 
mais escuro dentro da opacidade branca. Isso se refere a 
um broncograma aéreo. 
 
O padrão acinar aparece branco por causa do 
exsudato inflamatório dentro dos ácinos/alvéolos. Se 
ainda tem alguma passagem de ar, forma-se um 
broncograma aéreo. 
A seguir, vemos uma mancha mais branca 
(hipotransparente) que se refere a uma opacidade acinar. 
Além disso, olhando com carinho, parece haver 
broncograma aéreo. A opacidade acinar está do lado da 
 
7 
área cardíaca, mas não borra a silhueta do coração. Como 
não borra a silhueta cardíaca e é mais posterior, como 
vemos na incidência em perfil, está acometendo o lobo 
inferior. Se o acometimento fosse de lobo médio, a 
opacidade deveria estar mais próxima à área cardíaca. 
Ademais, no perfil, à medida em que se desce, o 
normal é visualizar melhor as vértebras, aqui se tem um 
sinal de quebra da coluna, indicando a opacidade. 
 
Pneumonia bacteriana - broncograma aéreo 
 
Edema aguda de pulmão: dá a impressão que o paciente 
tem a borda cardíaca aumentada, com opacidade acinar 
difusa bilateral. A clínica de IC nos leva a pensar em edema 
agudo de pulmão cardiogênico. 
 
Adenocarcinoma: padrão acinar com localização parahilar 
à esquerda, bem perto do hilo esquerdo. Nesse caso, é 
uma neoplasia de pulmão, mas poderia ser pneumonia. 
Depende da clínica. Se tiver fator de risco para CA 
pulmonar, repete depois de 4/6 semanas. Se ainda tiver 
alteração, investiga neoplasia pulmonar. 
 
COVID-19 
 
Observa-se, acima, um padrão difuso e 
algodonoso bilateral. Na radiografia, consegue-se ver a 
traqueia e a sombra dos brônquios, mas há um padrão 
acinar difuso bilateral. Paciente gravíssimo. 
COVID sempre mostra isso? Não, na fase inicial 
pode ter só um infiltrado ou outro tipo de opacidade. 
Nesse caso, o paciente desenvolveu SARA. 
Sinal da silhueta 
 
Ocorre toda vez que há uma opacidade acinar que 
borra a silhueta cardíaca. Significa que a opacidade está 
localizada em lobos anteriores, próximos à área cardíaca. 
Essa opacidade acinar acima está algodonosa, 
mais densa, lobar, com margens mal definidas e não se 
consegue delimitar a silhueta cardíaca direita. Portanto, a 
opacidade está no mesmo plano da área cardíaca, 
acometendo o lobo médio. No perfil, não se vê a 
 
8 
opacidade em posterior, vê algo mais denso na área 
cardíaca. 
Abaixo: sinal da silhueta?? 
 
Nesse caso, há opacidade acinar com 
broncograma aéreo, mas aí é posterior. Como é possível 
delimitar a área cardíaca, o acometimento foi do lobo 
inferior. 
Sinal da silhueta esquerda 
 
Acima, temos uma opacidade acinar do lado 
esquerdo que borra a silhueta cardíaca. Isso indica que a 
opacidade está na língula, que faz parte do lobo superior. 
Abaixo, temos uma opacidade acinar? É uma 
opacidade hipotransparente, mas não é acinar, pois a 
margem é bem definida; é uma massa. A massa não borra 
a silhueta cardíaca, então ela está em outro plano. Não é 
anterior, é posterior. Provavelmente é um tumor 
neurológico. 
 
Padrão intersticial 
Há três tipos: reticular, micronodular e 
reticulonodular. 
Padrão reticular: composto por espessamentos septais, 
bandas (estrias) e opacidades lineares. 
Ex.: pneumopatias intersticiais, como a 
pneumonia intersticial usual; asbestose, pneumonia 
intersticial linfoide, pneumonia intersticial não específica, 
infecções, edema pulmonar (em fase inicial), neoplasias 
com linfangite pulmonar carcinomatosa. 
É como se fosse uma exacerbação da trama 
vascular normal. O normal é que a trama vascular venha 
até 1 cm da parede torácica; se ultrapassar isso, diz que é 
intersticialreticular. O normal é a vascularização ir mais 
para baixo, se começar a aumentar em cima, é um padrão 
intersticial reticular. 
Pneumonia intersticial 
 
Acima, notar vascularização aumentada, parecem 
umas redes até a periferia do pulmão. É muito difícil ser 
puro, o mais comum é ser reticular junto com 
micronódulos. Estes últimos se referem a “pontinhos 
brancos” (hipotransparentes). Além disso, ainda é possível 
notar, na radiografia acima, imagens areolares (cheias de 
ar) no meio da coisa, parecendo um cacho de uva. 
Descrição da imagem acima: Opacidade 
intersticial reticular com imagens areolares de permeio e 
alguns micronódulos. 
Linfangite carcinomatosa 
A seguir, do lado esquerdo, observar um padrão 
reticulonodular. Observa-se estrias/redes que vão até a 
periferia, junto a elas, há também micronódulos. Parece 
um pouco de padrão acinar, mas é possível delimitar bem 
as margens. Desse modo, o que há é um alargamento de 
mediastino. O caso se refere a uma neoplasia de pulmão 
com linfangite carcinomatosa. Paciente fez metástases 
 
9 
para linfáticos do pulmão, formando as estrias. Pode 
acontecer de um lado só, embora seja raro. 
Diferentemente do edema de pulmão cardiogênico, em 
que a opacidade é bilateral. 
 
Na imagem acima, do lado direito, nota-se 
micronódulos bem pequenos, mas é praticamente padrão 
reticular puro. O hilo está um pouco ingurgitado. No 
Edema Agudo de Pulmão (EDA), de início o líquido vai para 
o interstício, tendo padrão reticular. Depois que enche os 
alvéolos, passa a apresentar um padrão alveolar. 
Também se pode ver uma obliteração do seio 
costofrênico, indicando derrame pleural (DP). Tal 
alteração é comum em IC descompensada com edema de 
pulmão cardiogênico. 
COVID-19 
 
Na imagem acima, notar exacerbação da trama 
vascular indo para a periferia de ambos os pulmões. O 
paciente fez deitado e a radiografia está rodada, mas dá 
para ver bem a traqueia e os brônquios. 
Padrão retículo-nodular: talvez o padrão mais comum de 
apresentação. 
Achado clássico é o de micronódulos associados a 
opacidades reticulares, como espessamentos septais e 
estrias. 
Exemplos: pneumoconioses, infecções, 
pneumopatias intersticiais, neoplasias. 
Muitas vezes é decorrente de faveolamento, 
presente nas doenças pulmonares fibrosantes. 
O que é faveolamento? parecem cachos de 
uva/favo de mel. Ocorrem em doenças fibrosantes do 
pulmão. 
Abaixo, do lado esquerdo, temos um caso de 
asbestose. Observa-se estrias e muitos micronódulos, que 
se referem aos pontinhos brancos difusos e bilaterais. 
Do lado direito, temos um caso de Fibrose 
Pulmonar Idiopática (FPI). Vê-se estrias até a periferia, 
com micronódulos e imagens cheias de ar, que são 
justamente o faveolamento. 
O interstício do pulmão está espessado e tem ar 
no parênquima, formando o faveolamento. Também 
existe isso em pacientes com bronquiectasia. Na 
radiografia de tórax, a bronquiectasia aparece com um 
padrão intersticial com imagens areolares de permeio. A 
diferenciação é feita apenas com TC. 
A clínica também é importante. Na 
Bronquiectasia, há dilatação do brônquio, é uma doença 
mais crônica. A fibrose pulmonar intersticial não tem 
secreção, tem mais dispneia e tosse seca. 
 
Pneumonia intersticial usual por colagenose 
 
 
10 
Na imagem anterior, observar padrão 
reticulonodular com micronodulos, estrias até a periferia 
e imagens areolares de permeio. Em pacientes com 
doenças autoimunes, como a colagenose, normalmente 
eles cursam com pneumonia intersticial. 
Padrão intersticial micronodular 
 
Acima, há estrias até a periferia, mas o mais 
comum são os micronódulos. Dá para ver um pouco a 
trama aumentada, principalmente no lobo superior 
esquerdo, mas o que chama atenção são os micronódulos 
difusos e o alargamento de mediastino inferior. Isso pode 
ocorrer por alterações em vasos ou adenomegalias 
hilares. Nesse caso, é uma adenomegalia hilar bilateral + 
micronodulos bilaterais. Pode ser sarcoidose. 
COVID-19 
 
Padrão mais intersticial, principalmente em lobos 
superiores. A paciente apresenta um infiltrado intersticial 
praticamente difuso e bilateral, mais reticular e 
predominando em terço médio e lobos superiores. 
Nódulo pulmonar solitário - Granuloma tuberculoso 
A seguir, do lado esquerdo, vemos um nódulo 
bem delimitado no terço médio do pulmão esquerdo. A 
massa é um pouco maior do que um nódulo. 
Ao lado direito, temos um caso de atelectasia no 
lobo pulmonar superior direito. Como há perda da aeração 
do pulmão (o lobo sem ar), a radiografia mostra um 
padrão bem esbranquiçado. Além disso, comparando um 
lado com o outro, podemos ver que o pulmão 
atelectasiado apresenta-se com redução de volume. 
 
Outras características da atelectasia 
 
Nessa imagem acima, do lado esquerdo, temos 
hipotransparencia, com redução de volume pulmonar. 
Além disso, a atelectasia “puxa” os órgãos para o lado 
dela. Ou seja, puxa a traqueia, a artéria pulmonar – notar 
que a artéria pulmonar está repuxada mais para cima – 
etc. 
Portanto, a atelectasia promove retração do hilo e 
desvio do mediastino para o lado ipsilateral. Ela também 
pode elevar a hemicúpula diafragmática. 
Na imagem acima, do lado direito, o pulmão 
direito se apresenta todo branco. Isso é uma atelectasia 
total do pulmão direito. Não dá nem para ver a 
hemicúpula. Quando um lado do pulmão estiver todo 
branco, pode significar três coisas: atelectasia total do 
pulmão, derrame pleural volumoso ou pneumectomia. 
Este último caso, dá para saber devido ao histórico do 
paciente, cicatriz da cirurgia etc. Para diferenciar os dois 
primeiros, olha as características da atelectasia. Ao 
contrário da atelectasia, o derrame pleural empurra o 
mediastino para o lado contralateral. Ambos, na ausculta, 
apresentam MV abolido. 
Na imagem a seguir, observar padrão intersticial 
micronodular difuso e pneumotórax. O paciente em 
 
11 
questão está com pneumocistose, que é uma infecção 
fúngica com cistos que podem romper e causar 
pneumotórax. 
 
Cistos e cavidades 
Condições em que há aumento da transparência 
pulmonar, de modo focal e bem delimitado. O diferencial 
se faz pela espessura das paredes, que são finas (< 1mm) 
nos cistos e espessas (>1mm) nas cavidades. 
Neoplasia escavada 
 
Acima, temos uma cavidade com parede espessa. 
Nesse caso, o câncer necrosou e cavitou; algumas 
infecções fúngicas também fazem isso. Poderia ser 
tuberculose também. 
Tuberculose e aspergiloma 
 
Anteriormente, a imagem mostra uma 
hipertransparência circundada por uma parede. A parede 
é bem espessa e a cavidade está preenchida com um 
conteúdo. 
• Cavidade com conteúdo dentro: muito provável 
ser bola fúngica – infecção pelo aspergillus. Às 
vezes, em pacientes com DPOC ou com 
tuberculose, esse fungo vem colonizar a cavidade. 
O pulmão direito está até mais branco e sujo, com 
alguns micronódulos. A radiografia está um pouco rodada, 
então pode ter penetrado um lado mais que o outro. 
Enfisema 
 
Observar, acima, uma cavidade de parede bem 
mais fina (cisto), comum em paciente com DPOC. 
Abscesso pulmonar 
 
Essa imagem é característica de abscesso 
pulmonar. O abscesso tende a fistulizar para drenar. O 
abscesso no pulmão, geralmente, ocorre por uma doença 
aspirativa em paciente com história de nível de 
consciência rebaixado que aspirou para o pulmão. Os 
sintomas incluem tosse com secreção fétida. 
O pus tende a ir pra a árvore brônquica, formando 
a vômica, um nível hidroaéreo. Temos líquido, que é o pus, 
e tem ar, pois comunicou com a via aérea. 
 
12 
Derrame pleural 
 
Acima, observar uma hipotransparência, que 
forma uma curvatura. Tal alteração é chamada de curva 
de Damoiseau. Além disso, há obliteração do seio 
costofrênico à esquerda.

Continue navegando