Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ICDAS- International Caries Detection Assessment System Se trata do sistema de detecção de carie baseado na INSPEÇÃO VISUAL, com auxilio de SONDA PONTA ROMBA ou OMS. Ele foi criado para detectar e avaliar lesões de carie primarias e secundarias e tem mostrado possuir aplicabilidade clinica satisfatória. A sonda só serve para remover resto de alimento e ou biofilme, ou quando existe cavidade e haja duvida se a carie esta ativa ou inativa pois o toque na dentina, se ela esta amolecida e escura são características de carie ativa. Então deve se usar o ICDAS e anotar de forma clinica as alterações, lembrando que para isso devemos realizar uma profilaxia primeiro para evitar interferências de biofilme, alimentos e ou sujidades. Aplicação 1. Observar dentes estão com selante, restauração ou coroa 2. Começar examinando os dentes úmidos 3. Secar os dentes por 5s com a seringa tríplice 4. Pode ser usado a sonda de ponta romba ou OMS para detectar os casos de microcavitação As superfícies são classificadas, quanto a severidade das lesões, em escores de 0 a 6 que vão desde a superfície hígida até cavitação extensa, mas ninguém vai por esses escores no odontograma e sim vai colocar se a carie esta em esmalte ou dentina e o tipo de procedimento a ser realizado Inspeção Visual Quanto mais se observa alterações de cor em um dente, ainda com ele úmido, sem secar, maior é a perda mineral pois sequer foi necessario secar o dente então a perda mineral foi considerável, lembrando que essa secagem não pode passar de 5s pois se não o que eu vou ver não é uma carie e sim uma desidratação Escore 0 Superficie Higida Nenhuma ou leve alteração na translucidez no esmalte após secagem prolongada Escore 1 Alteração inicial no esmalte após secagem (5s) Nenhuma alteração com dente úmido, mas após secagem se visualiza opacidade ou lesões escuras em fundo de fissuras Carie em metade externa de esmalte (lesao inicial) selante resinoso a base de fluor para paralisar lesão Escore 2 Alterações distintas em esmalte umido Opacidade visível em dente úmido ou descoloração escurecida seguindo pelas vertentes Carie em esmalte na metade interna, estagio de pré cavitação, é paralisado com selante Escore 3 Microcavitação sem exposição de dentina ou sombreamento Cavidade em esmalte sem exposição de dentina ou sombreamento Microcavidade restrita a esmalte, usa cureta e veda/sela com CIV ou resina Escore 4 Sombreamento vindo da dentina Sombra escura vindo da dentina, com esmalte aparentemente intacto Carie na ½ interno da dentina, há microcavitação, usa broca para remover tecido cariado e restaura com CIV e depois restaura Escore 5 Cavidade expondo dentina Cavitação em esmalte opaco ou escurecido com dentina exposta, envolvendo ½ da superfície examinada == Escore 6 Cavidade extensa em dentina Cavitação visível em dentina exposta, envolvendo mais da metade da superfície examinada Carie profunda em dentina, se o RX mostrar envolvimento pulpar é endo Com esses escores conseguimos ter uma odontologia minimamente invasiva e mais eficiente. Critérios Visuais de Diagnóstico Até onde/quando e como removo o tecido cariado? Tem se um grande problema devido a um ciclo repetitivo de restaurações, seja uma restauração mal feita seja por remoção inadequada do tecido, ou pela interface dentina e material restaurador e até pela falta de higiene do paciente, pois se você não orientar o paciente corretamente para que ele tenha boas praticas de higiene oral você ira seguir o modelo cirúrgico restaurador com um ciclo repetitivo onde você sempre que atende aquele paciente vai ter um dente novo para restaurar e muitas vezes o mesmo dente o que gera risco de perder esse elemento dentário. Então, vemos que até o score 2 não realizamos nenhuma remoção, a lesão esta restrita em esmalte e é tão pequena que uma intervenção seria desnecessária pois removeria tecido sadio e pelo tamanho sequer o material restaurador teria adesão então paralisamos aquela lesão de carie com uso de selante, a partir do score 3 já realizamos uma remoção, mas com cureta e não broca, em seguida usa se um civ para realizar adequação do meio oral do paciente e por fim que se faz a restauração, nos escores 4 e 5 já usamos broca, tomando sempre cuidado, iniciamos com uma ponta diamantada e depois broca condizente com a cavidade, seve se ter cuidado ao usar uma ponta muito pequena pois devido a área ser menor tem se a tendencia de descer mais que o necessario com ela. Para mais as paredes devem ter todo tecido afetado removido, enquanto o fundo você vai ate a dentina sair em lascas e depois para, tomando cuidado de começar com a broca e terminar com a cureta de modo a evitar que se entre demais e que se retire mais tecido que o necessario. Filosofia Tratamento Minimamente Invasivo 1. Diagnóstico preciso da atividade e risco de carie do paciente 2. Adoção de medidas preventivas adequadas 3. Preservação das lesões incipientes e terapia de remineralização; 4. Remoção apenas de tecido infectado, com máxima preservação de estrutura dentaria 5. Adoção de critérios para evitar ao máximo a troca de restaurações; O objetivo é criar um ambiente favorável a paralisação da carie com mínima intervenção operatória. Estágios de Progressão da Carie Dentaria TEMPO LC: Lesão de Carie; MBA: Mancha Branca Ativa Nesse gráfico vemos a relação perda mineral e tempo, iniciando pela lesão subclínica que seria o score 0 até a com cavidade em dentina atingindo polpa que seria score 6. A gente sabe que antes de uma lesão clinica temos as mais diversas lesões subclínicas já que antes de formar uma lesão clinicamente visível o tecido dentário já desmineralizou e remineralizou varias vezes, então temos essa lesão subclínica que é o LC0, já quando temos a presença de uma lesão visível, a chamada lesão de mancha branca evoluímos para o LC1 que é a lesão de carie sem cavidade que é visível mas reversível, você tem como remineralizar o tecido, quando há presença de cavidade, restrita a esmalte consideramos como LC2 sendo irreversível pois não tem como remineralizar, faz se necessário restaurar só não vai ser necessário a utilização de broca, o mesmo Lesão subclínica – LC0 Lesão no esmalte sem cavidade – LC1 (MBA) Lesão com cavidade no esmalte – LC2 Lesao com cavidade na dentina – LC3 Lesão com cavidade na dentina atingindo polpa dentinária – LC4 VISIVEL INVISIVEL IRREVERSIVEL REVERSIVEL ocorre quando a lesão com cavidade chega até a dentina, a chamada LC2 são visíveis e irreversíveis sendo necessario restaurar ali. Decisão de Tratamento Restaurador O processo de decisão do tratamento devera ser baseado em evidencias cientificas e em tecnologias acessíveis para ser determinada a conduta clinica adequada partindo de um diagnóstico correto da situação. Você não vai escolher só porque você quer e sim pelo que é indicado para a situação clinica daquele elemento dentário e paciente, juntando a melhor evidencia cientifica sobre esse material, experiencia clinica com o mesmo e a preferencia do paciente. As lesões de carie podem ser controladas por alterações de hábitos de higiene bucal, alterações dietéticas, uso de fluoretos, agentes remineralizantes e antimicrobianos. Após o controle da atividade de carie do paciente, lesões iniciais em esmalte, não cavitadas, brancas, opacas e rugosas, podem ser paralisadas e tornam se lisas e brilhante, o verniz fluoretado mesmo ha um conteúdo alto de fluoreto, uma composição pegajosa que faz com que ele fique retido por mais tempo naquela área, nesse caso o paciente vai ter que ficar sem escovar os dentes naquela área por 24h, mas o flúor faz seu efeito, e após passado essas 24h já se escova normalmente, então se o paciente adquire hábitos de higieneoral eficientes, tem essas orientações ações do cirurgião dentista e uma dieta pouco cariogênica então a lesão de mancha branca pode ficar inativa ali pro resto da vida. As modificações observadas na superfície do esmalte quando com mancha branca são oriundas de remineralização e polimento da superfície, tornando se inativas e mais resistentes, do que o tecido hígido, quando submetidas a novos desafios cariogênicos, sendo um dos muitos motivos que não removemos a lesão com broca e sim remineralizamos. No caso de pacientes com cavidade, não esta ativa, mas ela acumula biofilme, ai vai se restaurar, não vai remover tecido, “ah mas ta com linha escura”, então você vai restaurar por cima, não vai remover mais tecido. Lembrando sempre que a lesão de mancha branca não se restaura se remineraliza, e que não é todo caso que vai se usar broca para realizar o processo restaurador. Paciente COM Atividade de Cárie SEM Atividade de Cárie Medidas de controle: higiene bucal, dieta, fluoretos, antimicrobianos, agentes remineralizadores. SEM NECESSIDADE DE TRATAMENTO, só vai acompanhar o paciente Tratamento Restaurador Tratamento Restaurador SIM NÃO SIM NÃO
Compartilhar