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Deficiências nas Sociedades Antigas, Medievais e Modernas

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Educação Especial: 
Identidades e Culturas
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Rutineia Cristina Martins
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievais e Modernas
• Deficiência e suas Representações nas
Sociedades Antigas, Medievais e Modernas
• Conhecer concepções e representações de defi ciência nas sociedades antigas, medievais e 
modernas, tendo como foco as sociedades ocidentais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Defi ciências e suas Representações
nas Sociedades Antigas, Medievais
e Modernas
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
Contextualização
A Catedral de Notre-Dame, retratada acima e incendiada em 15 de abril de 2019 
é um dos cartões postais da cidade de Paris, na França e representa a arte e arquite-
tura do período medieval. Também é cenário para o filme O Corcunda de Notre-
-Dame, baseado na obra de Victor Hugo e que já teve várias versões para cinema 
e teatro. A história do personagem central do filme, Quasímodo, pode ilustrar o 
tratamento dado às pessoas com deficiência na Idade Média. Assim, convidamos a 
descobrir um pouco do que foram as concepções de deficiência nas Idades Antiga, 
Média e Moderna.
Figura 1 – Catedral de Notre-Dame
Fonte: Wikimedia Commons
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Deficiência e suas Representações nas 
Sociedades Antigas, Medievais e Modernas
A cultura de um povo é a soma ou produto de todos os outros povos que o in-
fluenciaram. No caso do Brasil, de modo algum houve experiências únicas. Foram 
vários povos que formaram a nação e que aqui chegaram na condição de coloniza-
dores, escravizados e imigrantes, além dos nativos. No país, há uma multiplicidade 
de experiências culturais vindas de diversos pontos do planeta.
Assim, nesta unidade, vamos conhecer como alguns desses povos conceberam 
a deficiência através dos tempos e como isso influenciou as nossas concepções. 
Para isso, buscamos na Antiguidade os povos do Egito, Grécia e Roma, devido à 
importância que tiveram em seu tempo e que se estendeu para os dias atuais, com 
conceitos e descobertas válidos para diversas culturas. Somamos a esse conhe-
cimento as ideias das sociedades medievais e modernas a respeito da deficiência, 
tendo como referência as sociedades ocidentais.
O Egito Antigo e o Papel do Deficiente
“O Egito, para onde se dirigem os navios gregos, é uma dádiva do Nilo.”
(Heródoto)
Figura 2 –Vale fértil do Rio Nilo
Fonte: Getty Images
A frase de Heródoto, historiador grego que viveu de 485 a 425 antes de Cristo, 
revela um pouco do que foi a civilização egípcia na Antiguidade. O Egito, cujas ori-
gens remontam a aproximadamente 6000 anos a.C., localiza-se na região nordeste 
do continente africano, em área desértica. Faz divisa com o Sudão e o deserto da 
Líbia, sendo banhado pelos mares Vermelho e Mediterrâneo.
9
UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
A planície fértil do rio Nilo favoreceu o desenvolvimento dessa civilização, pois 
após as suas cheias, ocorridas entre julho e setembro, nas margens do rio se desen-
volvia um limo que dava grande fertilidade àquelas terras, fomentando a agricultura 
e toda a economia do local. Por isso o Egito era considerado uma dádiva do Nilo, ou 
seja, fruto das riquezas produzidas do rio. Além dessas características geográficas, 
o Egito foi uma das civilizações mais desenvolvidas da Antiguidade. Por essa razão, 
questionamos: qual a concepção egípcia de deficiência? Que tratamento era dado 
aos deficientes?
Diferente de outras civilizações antigas, o Egito Antigo dispensava tratamento de 
proteção, assistencialismo e tolerância à pessoa com deficiência. Isso se deve às 
tradições mantidas por esse povo. Anatalino (on-line) relata que uma delas é o ca-
samento consanguíneo entre membros de famílias abastadas ou mesmo da realeza, 
com o objetivo de conservar a riqueza no núcleo familiar.
Um exemplo está na mitologia egípcia, que trazia os deuses Ísis e Osíris, venerados 
pelo povo. Ele, deus do julgamento, do além e da vegetação e ela, a deusa do amor e da 
magia, considerada a mãe de todo o Egito. Os dois eram irmãos, mas considerados almas 
gêmeas, casaram-se e tiveram o filho Hórus, deus do céu. As relações incestuosas, ainda 
que gerassem filhos com deficiência, faziam parte daquela cultura. Registros e análises 
em suas múmias apontam que os faraós Tutancâmon e Akhenaton, também possuíam 
deficiências. De acordo com Anatalino (on-line), o primeiro apresentava deficiências físi-
cas e intelectuais, enquanto Akhenaton também possuía deficiências congênitas, inclusi-
ve epilepsia, considerada como doença espiritual naquela época.
Figura 3 – Deus egípcio Osíris no tribunal subterrâneo
Fonte: Wikimedia Commons
Outra particularidade do Egito é ser considerado a “Terra dos cegos”, devido à 
grande quantidade de pessoas acometidas de doenças oftalmológicas, que na atua-
lidade podem ser identificadas como glaucoma, catarata e conjuntivite.
Os anões, discriminados em diversos povos e culturas, também tiveram lugar de 
destaque no Antigo Egito: além de respeitados, ocupavam posições de destaque na 
sociedade da época, como se afirma em pesquisa apresentada à Agência FAPESP 
(2006, on-line):
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O estudo destaca que muitos anões foram membros das casas de altos 
oficiais e eram estimados a ponto de terem sido sepultados no cemitério 
real, próximo às pirâmides. Também foram identificados diversos deuses 
anões, entre os quais os mais conhecidos eram aqueles com poderes 
mágicos que protegiam vivos e mortos. 
Numerosos registros em tumbas, vasos, estátuas e outras formas de 
arte mostram ainda anões que trabalhavam como artistas, dançarinos, 
joalheiros ou pastores.
“A imagem dos anões no antigo Egito é muito positiva. Eles estavam 
plenamente integrados e tinham um papel muito visível na sociedade”. 
Figura 4 – O anão Seneb e sua família
Fonte: COSTA, 2016
Verificamos que, no Antigo Egito, a deficiência não era fator de exclusão e os 
deficientes eram integrados à sociedade, sendo integrados às atividades e retratadosem obras de arte, como O anão Seneb e sua família. O povo egípcio tinha cren-
ças religiosas que pregavam a busca intensa pela espiritualidade. Dos preceitos da 
deusa da justiça Maat vinha a ideia de que não só o exercício de um rígido compor-
tamento ético por parte de autoridades e pessoas mais aquinhoadas, mas também 
que pessoas de condição inferior, especialmente com deficiências físicas fossem 
tratadas com respeito (ANATALINO, on-line), como aparece em papiro egípcio: 
“Não deves zombar de um homem cego nem caçoar de um anão, nem prevalecer 
obre a condição de um aleijado. Não insulte um homem que está na mão de Deus, 
nem desaprove se ele erra, em razão da sua deficiência.”.
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UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
Deficiência na Grécia: A Palavra dos Filósofos e Guerreiros
A Grécia pode ser considerada o berço do pensamento ocidental, pois seus fi-
lósofos oferecem fundamentação teórica para todas as áreas do conhecimento. 
Daí questionamos: como a deficiência era compreendida pelos gregos? Esparta e 
Atenas teriam os mesmos ordenamentos?
As obras de Platão e Aristóteles, dois expoentes da filosofia grega, retratam as 
suas concepções sobre o nascimento de crianças com deficiência, o que é relatado 
na pesquisa de Gugel (2007, p. 63):
Quanto a rejeitar ou criar os recém-nascidos, terá de haver uma lei segundo 
a qual nenhuma criança disforme será criada; com vistas a evitar o excesso 
de crianças, se os costumes das cidades impedem o abandono de recém-
-nascidos deve haver um dispositivo legal limitando a procriação se alguém 
tiver um filho contrariamente a tal dispositivo, deverá ser provocado o 
aborto antes que comecem as sensações e a vida (a legalidade ou ilegalida-
de do aborto será definida pelo critério de haver ou não sensação e vida).
O trecho está na obra Política, de Aristóteles e revela a contrariedade ao nas-
cimento de crianças consideradas disformes, as quais se pode entender que são 
aquelas cujos órgãos se encontram em situação de impedimentos de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, isto é, as pessoas com deficiências. 
Podemos perceber que o trecho propõe a criação de dispositivos legais que impe-
çam a procriação de tais crianças.
Assim como Aristóteles, Platão, na obra clássica denominada A República, em seu 
livro IV, escrito em 460 a.C. também faz considerações a esse respeito: “Pegarão en-
tão os filhos dos homens superiores, e levá-los-ão para o aprisco, para junto de amas 
que moram à parte num bairro da cidade; os dos homens inferiores, e qualquer dos 
outros que seja disforme, escondê-los-ão num lugar interdito e oculto, como convém.”
Figura 5 – Platão e seus alunos na Academia do Jardim
Fonte: Wikimedia Commons
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Mais uma vez aparece o termo disforme, que entendemos como alguém que 
não tem as formas perfeitas e verificamos que a orientação é de escondê-los do 
restante da sociedade, considerando-os indignos de serem vistos pelos demais.
Ainda que houvesse a rejeição aos recém-nascidos com deficiência, em Atenas, 
os pequenos tinham respaldo legal para não serem mortos. Em Esparta, cidade-
-estado grega que também se destacava pelo militarismo, a pessoa que nascia 
com deficiência não tinha lugar na sociedade. 
Quando uma criança nascia, independente da deficiência, os pais deveriam 
apresentar os filhos a um Conselho de Espartanos, órgão composto por anciãos 
e que tinham poder para decidir questões importantes da sociedade espartana.
Caso o conselho avaliasse a criança como forte e saudável, a mesma seria devol-
vida à família e criada por ela. Conforme Garcia (on-line), se a criança apresen-
tasse qualquer tipo de limitação aparente, mostrando-se “feia, franzina ou disfor-
me”, os anciãos, em nome do Estado, tomavam para si a criança e a atiravam no 
abismo, considerando que estavam fazendo um bem para a criança, que tinha 
poucas chances de sobreviver e, caso conseguisse, não teria como se adaptar em 
uma sociedade cujos esforços se voltavam para a preparação e guerra. Também 
era um benefício para o Estado, que precisava de guerreiros fortes e saudáveis 
para a defesa de seu território.
Outro ponto questionável a respeito da situação dos deficientes em Esparta 
se refere aos soldados que se feriram em guerras representando a sua cidade-es-
tado e adquiriram deficiências ao perderem membros, visão ou outros compro-
metimentos em função de ferimentos de guerra. Sobre eles, há poucos registros.
Isso é a plena expressão do desprezo ao deficiente: são exaltados quando o 
passado remete à glória, mas quando sucumbem, não fazem parte da história.
O Grande Império Romano e a Deficiência
No século VIII a. C. (antes de Cristo), surgiu, na Península Itálica, uma civi-
lização que se tornou um dos maiores impérios do mundo, a qual conhecemos 
por Roma Antiga, pois teve seu apogeu durante a Antiguidade. Nossa análi-
se se volta para o período do Império Romano, período compreendido entre
27 a. C. e 476 d. C. (depois de Cristo): tempo em que os romanos lançaram-se 
às conquistas e ampliaram seus domínios até limites impensáveis para a época 
e condições. Também abordaremos o início do Cristianismo, que traz formas 
diferentes de pensar a deficiência na Antiguidade.
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UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
Importante!
Roma também teve no seio de seu comando muitos imperadores que apresentavam al-
gum tipo de deficiência, como: Caio Júlio César, Ápio Cláudio, Cláudio I e Nero. Só que 
suas deficiências eram “escondidas” e ignoradas pelo povo, devido ao poder que estes 
possuíam em suas mãos para governar. Além desses imperadores, Roma teve muitos ou-
tros imperadores com deficiências, que são: Galba, que apresentava problemas nas mãos 
e nos pés; Othon, com deformação física nas pernas; e Vitélio, que possuía grave lesão 
nas pernas (BEZ, (s/d) In: BEZ, Volnei Martins. O Ocaso dos mitos. In: Revista Vivência. 
Fundação Catarinense de Educação Especial. n. 14, p. 5-9. São José, SC).
Você Sabia?
Por ser um estado de vocação conquistadora, sempre em busca da ampliação 
dos seus limites, no Império Romano, o ideal almejado era de um corpo mascu-
lino forte e saudável, capaz de enfrentar as batalhas para obter novas conquistas. 
Assim como na Grécia, dedicavam-se à prática constante de exercícios físicos para 
garantir velocidade, força e uma linhagem também robusta e saudável. As mulhe-
res eram educadas para servirem aos seus pais e posteriormente seus maridos. 
Era desejado que tivessem corpos saudáveis para gerarem filhos fortes que pudessem 
dar continuidade à linhagem guerreira de seus pais. 
Figura 6 – Gladiadores
Fonte: Getty Images
Um depoimento que ilustra a concepção de como deveriam ser os corpos está 
em carta de Sêneca (FASTER, on-line), filósofo romano, a seu amigo Lucílio sobre 
seu ex-colega Claranus, o qual não encontrava havia muitos anos e o viu feio e dis-
forme: “Porque a Natureza agiu injustamente quando deu um domicílio pobre para 
uma alma tão rara; [...]. Um grande homem pode surgir numa choupana; da mesma 
forma que uma alma bonita e grandiosa pode surgir num corpo feio e insignificante”.
14
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No texto, não há explicações sobre o que é a disformidade, contudo, o contexto 
nos dá pistas de que seja a deficiência ou outro tipo de alteração física que altere 
a beleza dos corpos. Sêneca completa: “Eu acho que Claranus foi feito como um 
padrão, a fim de que possamos entender que uma alma não fica desfigurada pela 
feiúra de um corpo, mas, pelo contrário, um corpo pode ser embelezado pela graça 
da alma” (“Cartas a Lucílius”, de Sêneca).
Nessa sociedade que tem como objetivo a perfeição dos corpos, como fica a 
questão da deficiência?
A esse respeito, a Lei das Doze Tábuas, legislação primitiva romana dá o dire-
cionamento das concepções daquela sociedade:
Tábua IV - Sobre o Direito do Pai e do Lei III - Sobre o direito do pai e 
do casamento: O pai de imediato matará o filhomonstruoso e contra a 
forma do gênero humano, que lhe tenha nascido recentemente. (“Tabula 
IV - De Jure Pátrio et Jure Connubii) Lex III - Pater filium monstrosum 
et contra formam generis humanae, recens sibi natum, cito necato”).
Podemos entender a monstruosidade como a deficiência, um contracenso para 
uma sociedade que almejava o vigor físico para a participação em guerras e conquis-
tas. A legislação citada deu origem ao Direito Romano, que consolidava a ideia de 
que era proibida a morte intencional de crianças menores de 3 anos, exceto quando 
fossem mutiladas. Por isso os deficientes deveriam ser eliminados, sendo que aos 
recém-nascidos sem “vitalidade, com distorções da forma humana (FASTER, on-line) 
ou nascidos antes do 7º mês de gestação deveriam ser negados os direitos, ou seja, a 
vida, primeiro direito da criança romana ao nascer. 
Naquela época, a Medicina não contava com um corpo de conhecimentos sólidos 
para classificar os males aparentes dos recém-nascidos, de modo que a monstru-
osidade seria desde a aparência animalesca, ausência, mutilação ou imperfeições 
nos membros. De maneira semelhante à Esparta, para constatar a anomalia ou 
mutilação da criança, o pai deveria apresentá-la a um grupo de cinco vizinhos para 
se certificar da existência de anomalias ou mutilações. Após a constatação, poderia 
se solicitar o afogamento da criança pela própria parteira ou que a mesma fosse 
exposta nas proximidades do rio Tibre e outros lugares considerados sagrados por 
serem dedicados aos deuses, como templos e bosques. 
Nos lugares citados, em muitas ocasiões, as crianças com deficiências eram co-
locadas em cestas enfeitadas antes de serem abandonadas às margens do rio Tibre. 
Nem todas elas morriam, visto que algumas eram salvas por famílias plebeias ou 
escravizadas, que as recolhiam com o objetivo de explorá-las tempos depois, dando 
a elas a tarefa de pedir esmolas nas ruas de Roma para a própria sociedade que as 
condenou à morte.
Um contraponto existente na Antiguidade Clássica era a situação dos surdos – 
uma vez que era uma condição pouco visível nos recém-nascidos, não costumava 
dar o mesmo destino como o dado para aqueles que logo eram tidos como deficien-
tes visíveis e/ou com alguma deformação (SILVA e CAMPOS, o41). Entretanto, sua 
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UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
participação na sociedade não era efetiva, visto que, sem a utilização da língua oral, 
ficavam excluídos dos grupos e impossibilitados para outras aprendizagens, à medi-
da que não havia preocupação em adaptar métodos e técnicas para a conversação 
com surdos, principalmente nas sociedades que valorizavam a oratória. Por essas 
razões, os surdos ficavam excluídos das práticas cotidianas.
Ao crescerem, havia outras formas de exploração da pessoa com deficiência, 
como colocar homens cegos como remadores na travessia do rio Tibre, encami-
nhar meninas e adolescentes cegas para prostíbulos ou encaminhá-los para um 
mercado especial de venda de pessoas sem os membros, anões, hermafroditas 
ou outras categorias de deficiências consideradas monstruosidades, como afirmou 
Durant (1987) em sua obra História das civilizações.
Ainda em Roma, um fato histórico que marcou as concepções sobre a pessoa 
com deficiência foi a instituição do Cristianismo como religião oficial do Império 
Romano, o que ocorreu em 391 d. C., pelo imperador Teodósio, após os cristão 
terem sido perseguidos por quase 300 anos e depois terem tido a liberdade de culto 
em 313 d. C., pelo imperador Constantino. 
Foi um momento em que essas pessoas começaram a escapar do abandono 
para serem acolhidas por instituições religiosas, destinadas ao cuidado de despro-
tegidos, doentes e infelizes de toda espécie (UFMS, on-line). Essas instituições, 
em sua maioria conventos e igrejas, tinham a função de acolhimento e proteção, 
porém, não havia preocupação com o respeito, bem estar e inserção da pessoa 
com deficiência na sociedade. Permaneciam desconsideradas e escondidas de todos 
e isoladas do convívio social, o que pode ser justificado na cultura religiosa cristã 
(MAZZOTTA, 1996, p.16): 
A própria religião, com toda sua força cultural, ao colocar o homem 
como ‘imagem e semelhança de Deus’, ser perfeito, inculcava a idéia da 
condição humana como incluindo perfeição física e mental. E não sen-
do ‘parecidos com Deus’, os portadores de deficiência (ou imperfeições) 
eram postos à margem da condição humana. 
Essa mudança de concepção surge no momento de transição entre as eras 
Antiga e Média, mas representou avanço significativo nos posicionamentos cultu-
rais em relação aos deficientes porque a ideia de matar começou a ser excluída, 
embora houvesse grande caminhada em relação a um ideário de igualdade de 
condições nas sociedades.
Idade Medieval: Entre as Trevas e o Avanço nas Concepções
A Idade Média foi um longo período da história que se estendeu do século V ao 
século XV. Seu início foi marcado pela queda do Império Romano do Ocidente, em 
476, e o fim, pela tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453 (BEZERRA, 
16
17
on-line). Os humanistas a denominam “Idade das Trevas” por considerarem que houve 
retrocesso intelectual nas artes e filosofia. O conhecimento científico sobre as doenças 
e suas causas era precário e pouco avançou. Unirio (on-line) aponta que os aspectos 
culturais foram marcados pela falta de educação, informação, medo do desconhecido 
e uso de significados religiosos e sobrenaturais para explicar as deformidades físicas e 
os comprometimentos mentais e sensoriais. Ou seja, havia completa ignorância sobre 
as origens e significados das deficiências.
Embora o advento do Cristianismo tenha trazido visões e tratamentos diferentes 
sobre a deficiência, imbuídos de ideais cristãos voltados para a caridade e a piedade, 
as incapacidades físicas, problemas de ordem mental e más formações congênitas 
eram compreendidos como castigos e sinais de ira divina. Mais um motivo para 
essas pessoas serem vistas de maneira diferente: até Deus as castigou e encarcerou 
em corpos e mentes inoperantes.
Além dos deficientes de nascença, havia aqueles que sofriam sequelas de doenças 
como hanseníase, peste bubônica, difteria e outros males que tornavam as pessoas 
incapazes para a vida normal. Numa época em que não existiam políticas públicas de 
assistência social, aqueles que adquiriram deficiência, como perda auditiva ou visual ou 
se tornaram doentes crônicos, passaram o resto dos seus dias em situação de extrema 
pobreza ou envolvidos com a marginalidade.
O rei Luís IX, cujo reinado ocorreu entre 1214 e 1270, fundou o primeiro hospital para pessoas 
cegas, o Quinze-Vingts. Quinze - Vintes significa 15 x 20 = 300. Era o número de cavaleiros 
cruzados que tiveram seus olhos vazados na 7ª Cruzada. (GUGEL, on-line).
Ex
pl
or
Com essa mentalidade, a ideia que se formava era que pessoas deficientes, 
maltrapilhas e pedindo esmolas pelas ruas estavam também deformadas em seus 
pensamentos e atitudes. 
Para exemplificar um pouco do que foi escrito, buscamos um exemplo na litera-
tura clássica: o livro Notre-Dame de Paris (em português, Nossa Senhora de Paris) 
ou O corcunda de Notre-Dame, publicado inicialmente em 1831, com diversas tra-
duções e adaptações para cinema, teatro e outros veículos.
O Corcunda de Notre-Dame
Originalmente intitulado Nossa Senhora de Paris, o célebre romance de Victor Hugo não se 
centra propriamente em Quasímodo. Aliás, o personagem só surge no título em 1833, com a 
tradução inglesa.
A obra, passada no ano de 1482, pretendia ser um retrato da sociedade e da cultura francesa 
do século XV, funcionando enquanto representação histórica do período.
Leia mais sobre em: http://bit.ly/2Q1tIYL
Ex
pl
or
17
UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
Essa obra foi citada porque reuniu vários elementos apontados na cultura medie-
val a respeito da deficiência, ainda que o personagem Quasímodonão apresente um 
quadro explícito de deficiência, mas, de deformidades que o levam a ser visto como 
deficiente pela sociedade. Em função de suas anomalias, Quasímodo foi abandonado, 
recolhido em instituição e vítima de toda a repugnância da sociedade por estar fora 
dos padrões de normalidade e beleza. Por conta disso, permaneceu escondido, como 
todos que não se encaixavam nos padrões.
A Modernidade e as Concepções de Deficiência
O período histórico conhecido como Idade Moderna, subsequente à Idade Média, 
tem como marco a queda da cidade de Constantinopla, perante os turcos otomanos 
em 1453 e seu fim se dá com a queda da prisão de Bastilha, na França, em 1789, 
dando início à Revolução Francesa. A Modernidade é um período marcado por mui-
tas mudanças que deram origem ao surgimento das bases sociais e econômicas da 
sociedade atual, com o impacto da formação dos estados nacionais e renascimento 
científico cultural e da Reforma Protestante. Vemos aí mudanças de diversas ordens, 
com impacto nos hábitos, costumes e formas de pensar. 
E quanto às pessoas com deficiência? Haverá novo olhar? Será possível uma cultura 
diferente das concepções de morte, miséria e desprezo de outros períodos históricos?
Ao fim da Idade Média, meados do século XV, as pessoas com deficiência es-
tavam completamente inseridas no contexto de marginalidade e pobreza em que 
estavam as pessoas pobres, enfermas ou em situação de mendicância. A piedade 
religiosa acolhia, de certa forma, sem nenhuma inclusão ou perspectiva de melhoria.
Ainda que, de início, haja poucas mudanças culturais em relação à concepção de 
deficiência, um dos fatores que favoreceram as condições de vida dessas pessoas foi 
o Renascimento científico e cultural, que não resolveu os problemas imediatamente, 
contudo, tratou de forma mais esclarecida e racional, ancorados em uma filosofia 
humanista, progressos científicos e sociais, quando as nações em formação, deram 
início ao advento dos direitos universais, com a promulgação de suas constituições. 
As mudanças culturais instauraram um período de antropocentrismo, em que o 
ser humano é colocado como o centro dos processos, o que determinou o reconhe-
cimento do valor humano. Em paralelo a isso, houve avanços na ciência que, nos 
dizeres de Silva (1987, p. 226), libertaram o homem dos dogmas e crendices típicos 
da Idade Média: [...] o homem deixou de ser um escravo dos “poderes naturais” ou 
da ira divina, posto que houve pesquisas que buscaram as causas científicas das 
doenças e deficiências, revolucionando a vida dos pobres, enfermos e das pessoas 
com problemas físicos, mentais ou sensoriais. 
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Jessyka Marcela
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Essas descobertas fizeram com que a ideia de dar cuidados próprios à pessoa 
com deficiência fosse fortalecida, oferecendo atenção diferenciada às suas parti-
cularidades. Desse modo, no século XVI, foram dados passos significativos para 
melhoria do atendimento a essas pessoas, principalmente aos deficientes auditivos, 
considerados ineducáveis até então, como se explica a seguir.
Alguns fatos importantes, conforme Gugel (on-line):
Tabela 1
DATA FATO / INVENÇÃO AUTOR
Século XVI Invenção de método para ensinar a pessoa surda a ler e a escrever. Gerolano Cardamo
1620
Publicação de Reduction de las letras y arte para ensinar a hablar 
los mudos, sobre as causas da deficiência auditiva e apresentação 
do alfabeto em língua de sinais pela primeira vez.
Juan Pablo Bonet
Século XVI
Pesquisas para encontrar a cura para ferimentos de guerra que 
causavam amputações.
Grande contribuição para a criação de próteses.
Ambroise Paré, médico francês
que atendia em campos de batalha.
Século XVI Desafiou o reformador luterano Martinho Lutero ao descumprir ordens de afogar crianças com deficiência mental. Joaquim Anhalt, príncipe da Alemanha.
Século XVI
e XVII
Criação, em toda a Europa, de confrarias para mendicância 
organizada por pobres, mendigos e pessoas com deficiência,
com divisão de lucros e cobrança de taxas.
Paul Lacroix, jornalista que se dedicou 
a escrever sobre o assunto.
1655 Invenção da cadeira de rodas autopropulsada. Stephen Flarfer, relojoeiroalemão paraplégico.
Séculos XVII
e XVIII
Grande desenvolvimento no atendimento às pessoas com deficiência 
em hospitais. Havia assistência especializada em ortopedia para os 
mutilados das guerras e para pessoas cegas e surdas.
–
Século XVIII
Estudos explicam que pessoas com perturbações mentais devem 
ser tratadas como doentes, ao contrário do que acontecia na 
época, quando eram tratados com violência e discriminação.
Phillipe Pinel, médico psiquiatra francês.
Outras iniciativas foram tomadas no intuito de melhorar as condições de vida das 
pessoas com deficiência. Essas ações, que indicavam preocupações de grupos ou 
agentes individuais sinalizavam mudança de mentalidade em relação aos deficientes, 
interferindo na cultura existente, na qual o deficiente tinha um perfil marginal. Inicia-
-se um movimento de mudança, que perdura até os dias atuais, em que convivem a 
repugnância e a cultura de inclusão.
A Modernidade também trouxe a divulgação da deficiência de grandes per-
sonalidades em suas áreas que eram ou tornaram-se deficientes e continuaram 
realizando trabalhos destacáveis, como se vê em novo quadro, de acordo com 
Gugel (on-line):
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UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
Tabela 2
Personalidade Área Deficiência
Luís Vaz de Camões Poeta português, escritor de Os Lusíadas. Visual: perdeu a visão de um dos olhos em batalha no Marrocos.
Galileu Galilei Físico, matemático e astrônomo italiano. Em consequência de reumatismo, ficou cego nos últimos anos de sua vida, mas permaneceu fazendo pesquisas científicas
Johannes Kepler Astrônomo alemão, desenvolveu estudos sobre o movimento dos planetas. Deficiência visual.
John Mílton Poeta inglês, autor de Paraíso Perdido. Deficiência visual. 
Figura 7 – Johannes Kepler (1571-1630)
Fonte: Wikimedia Commons
Após estudarmos um pouco sobre o que foram as concepções de deficiência 
na Modernidade, percebemos que nessa época houve um grande avanço no trata-
mento dado às pessoas com deficiência, embora saibamos que as questões culturais 
avançam em menor velocidade que a ciência. Contudo, as ações e descobertas 
favoreceram o princípio de uma nova mentalidade e forma de conceber a pessoa 
com deficiência. Permanecia a ideia de que deficientes e outras categorias de desfa-
vorecidos deveriam ser afastados ou asilados, mas já se buscava o consenso de que 
não bastava o isolamento, era preciso que essas pessoas tivessem atenção individu-
alizada voltada para as particularidades de sua deficiência. Junta-se a isso a preocu-
pação em buscar meios de reabilitar a pessoa que adquiriu deficiência em combates 
de guerra, defendendo a sua nação, algo muito comum nas sociedades antigas e 
medievais mas, com poucas soluções.
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21
Importante!
Podemos resumir esta unidade nas palavras-chave:
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma): deficiência como exclusão e morte;
Egito: deficientes participantes da sociedade;
Idade Medieval: exclusão e acolhimento cristão;
Idade Moderna: novas concepções a partir do Renascimento e estudos e pesquisa para 
melhoria das condições de vida.
Em Síntese
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UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Bengala Legal
http://bit.ly/2ZRMWVp
AMPID – Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos 
e Pessoas com Deficiência
http://bit.ly/2ZQQ2c5
 Livros
Os infames da História: pobres, escravos e deficientes no Brasil
LOBO, L. Os infames da História: pobres, escravos e deficientes no Brasil. São Paulo: 
Saraiva, 2008.
A Epopeia Ignorada: A Pessoa Deficiente na História do Mundo de Ontem e de Hoje
SILVA, O. M. da. A Epopeia Ignorada: A Pessoa Deficiente na História do Mundo de Ontem 
e de Hoje. SãoPaulo: CEDAS, 1986.
 Filmes
O Nome da Rosa
Direção: Jean Jacques Annaud.
Produção: Bernd Eichinger.
Local: Itália.
Ano: 1986.
Duração: 126 min.
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Referências
AGÊNCIA FAPESP. Anões no Antigo Egito. Disponível em: <http://agencia.fa-
pesp.br/anoes-no-antigo-egito/4849/>. Acesso em: 21 jun. 2019
ANATALINO, J. Deficiente na cultura greco-romana. Disponível em: <https://www. 
recantodasletras.com.br/artigos-de-educacao/6141362>. Acesso em: 26 jun. 2016.
BEZERRA, J. Idade Média. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/
idade-media/>. Acesso em: 28 jun. 2019.
DIANA, D. Osíris. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/osiris/>. Acesso 
em: 21 jun. 2019. 
DURANT, W. História da Civilização. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 
FASTER, C. Roma Antiga e as pessoas com deficiência. Disponível em: 
<http://www.crfaster.com.br/Roma.htm>. Acesso em 27 jun. 2019
GARCIA, V. As pessoas com deficiência na história do mundo. Disponível 
em: <http://www.bengalalegal.com/pcd-mundial>. Acesso em: 28 jun. 2019.
GUGEL, M. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da huma-
nidade. Disponível em: <http://www.ampid.org.br/ampid/Artigos/PD_Historia. 
php>. Acesso em: 20 jun. 2019.
________. Pessoas com Deficiência e o Direito ao Trabalho. Florianópolis: 
Obra Jurídica, 2007. 
MAZZOTTA, M. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. 
São Paulo: Cortez, 1996.
ANATALINO, J. A deficiência na Antiguidade: o Antigo Egito. Disponível em: 
<https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-cultura/6135627>. Acesso em: 
21 jun. 2019.
O Corcunda de Notre-Dame (síntese). Disponível em: <https://www.culturage-
nial.com/corcunda-de-notre-dame/>. Acesso em: 28 jun. 2019
“Períodos da História Egípcia” em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 
2009-2019. Consultado em 21/06/2019 às 16:54. Disponível em: <http://www. 
sohistoria.com.br/ef2/egito/p2.php>. 
PINTO, T. dos S. O que é Idade Moderna? Brasil Escola. Disponível em: <https://
brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-idade-moderna.htm>. Acesso em: 
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SILVA, D. Roma Antiga. Disponível em: <https://www.todoestudo.com.br/histo-
ria/roma-antiga>. Acesso em: 27 jun. 2019.
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UNIDADE Deficiências e suas Representações 
nas Sociedades Antigas, Medievaise Modernas
SILVA, E.; CAMPOS, M. O percurso dos surdos na história e a necessidade 
da LIBRAS para a inclusão dos sujeitos na escola. Disponível em: <https://
www.editorarealize.com.br/revistas/joinbr/trabalhos/TRABALHO_EV081_MD1_
SA144_ID1281_12092017192714.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2019
SILVA, O. A epopeia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de on-
tem e hoje. São Paulo: CEDAS, 1987.
UFMS. Fundamentos da Educação Especial. Campo Grande: UFMS. Disponí-
vel em: <http://coral.ufsm.br/edu.especial.pos/unidadeA_fund.html>. Acesso em: 
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UNIRIO. Educação Especial: da Idade Média até os dias de hoje. Disponível em: 
<http://www.unirio.br/cch/escoladeturismologia/pasta-virtuais-de-docentes/ma-
ria-angela-monteiro-correa/educacao-especial-textos-da-disciplina/aula-2/view>. 
Acesso em: 11 jun. 2019
Sites Visitados:
https://www.suapesquisa.com/egito/isis.htm
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