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Educação Especial: Identidades e Culturas

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Educação Especial: 
Identidades e Culturas
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Rutinéia Cristina Martins
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
As Culturas Africana, Afro-Brasileira e 
Indígena e a Pessoa com Deficiência
• A Deficiência nas Raízes Brasileiras: Ideias Africanas, 
Afro-brasileiras e Indígena.
• Conhecer aspectos culturais das relações com as pessoas com defi ciência nas culturas 
africana, afro-brasileira e indígena.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Defi ciência
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Deficiência
Contextualização
Africanizando
Quando o meu sonho me ilumina eu escrevo África.
África me faz e me rodeia. Eu amo essa gente cheia de África.
O chão da África tem cheiro de mim.
Na África, todos os caminhos nos levam às fontes da terra e às origens 
do mundo.
E o que me torna africano?
É o amor pela terra e pela cultura. A terra me ilumina.
A cultura me encanta.
Minha alma é atravessada por imensos rios, como rio Nilo, que nasce 
no meu corpo.
Em mim, há quedas de águas, sobre mim, caminham cursos de rios.
A maioria dos rios da África nasce no planalto dos olhos.
Por isso, eu caminho de mãos dadas com a flora e a fauna.
Sou savana africana de mim mesmo.
A poesia africana é para se vestir dela e correr poemas pelo mundo [...]. 
(MORGADO MBALATE)
O poema de Mbalate, um jovem poeta moçambicano, traz uma reverência à 
África, de onde se origina e reforça a sua identidade de homem africano. Os valores 
e ideias africanas também fazem parte da cultura brasileira. A partir da diáspora e 
do tráfico negreiro, ocorreram mudanças nos valores culturais brasileiros, dos quais 
a cultura europeia já fazia parte, por conta da colonização portuguesa, assim como 
a cultura indígena, dos povos nativos, que já reinava em nosso país. E as pessoas 
com deficiência? Como eram concebidas nas sociedades africanas, afro-brasileiras 
e indígenas?
8
9
A Deficiência nas Raízes Brasileiras: 
Ideias Africanas, Afro-brasileiras e Indígena
Aspectos da Concepção de Deficiência na Cultura Africana
Uma boa maneira de começar a tratar da cultura africana, que estudaremos de-
vido à sua influência na cultura brasileira no momento da diáspora africana, é expor 
o poema de Mbalate, que trata da identidade do africano. Antes de apontarmos um 
pouco dessa identidade e das concepções e ações do africano em relação à deficiência, 
é preciso esclarecer que a África não é um país único, como muitas pessoas pensam.
A diáspora africana é o nome dado a um fenômeno histórico e social caracterizado pela imi-
gração forçada de homens e mulheres do continente africano para outras regiões do mundo. 
Esse processo foi marcado pelo fluxo de pessoas e culturas através do Oceano Atlântico e 
pelo encontro e pelas trocas de diversas sociedades e culturas, seja nos navios negreiros ou 
nos novos contextos em que os sujeitos escravizados se encontravam – fora da África.
Ex
pl
or
Existem muitos equívocos em relação à África. O Continente africano é o tercei-
ro do mundo em extensão, composto por 54 países, 48 situados no continente e 
6 ilhas (BEZERRA, [20--]). Desses países, o mais antigo é o Egito, datando de mais 
de 5000 anos antes de Cristo, primeiro país a constituir-se como Estado na África. 
Contudo, não estudaremos o Egito nesta Unidade, tendo em vista que já analisa-
mos alguns aspectos da cultura egípcia em relação à deficiência.
Figura 1
Fonte: Getty Images
O nosso foco se volta a aspectos culturais de Angola e Moçambique, cujos habi-
tantes eram denominados bantos e possuem a língua portuguesa em comum com o 
Brasil. Esses países forneciam compulsoriamente homens que foram escravizados 
9
UNIDADE As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Deficiência
no Brasil; por isso, acredita-se que haja grande influência desses em nossa cultura. 
Segundo Bezerra ([20--]), os atuais Sudão – grupo iorubá, igualmente denominado 
nagô – e Nigéria também tiveram numerosos grupos de habitantes enviados ao 
Brasil como escravos.
Sobre a deficiência em Moçambique, usaremos como exemplo as concepções 
acerca da deficiência visual que, de acordo com a herança cultural local, o que ex-
plica esse mal físico tem relação com causas espirituais. Martins (2013) explica que 
no entendimento moçambicano
[...] normalmente um feitiço perpetrado por um familiar, vizinho ou cole-
ga de trabalho –, e em que é conferida inequívoca centralidade ao prati-
cante da dita medicina tradicional enquanto agente detentor de poderes e 
saberes que são a um tempo divinatórios (no identificar da causa socioes-
piritual) e curativos (no desfazer do mal físico).
Nesse caso, a deficiência não é explicada por causas racionais, mas por questões 
que envolvem a espiritualidade e poderes sobrenaturais de quem elaborou o feitiço – o 
feiticeiro – e causou a cegueira, sendo desejada por um familiar ou outra pessoa relacio-
nada aos pais da criança que nasce cega ou o indivíduo que adquire a deficiência visual.
Quando existe uma causa sobrenatural para o mal em questão, perde força a 
motivação para a busca de causas racionais e, por conseguinte, a cura. São valori-
zados saberes que transcendem a medicina tradicional. Sobre isso, Oliveira (2015, 
p. 488) argumenta que, na África, “[...] o inseto é mais perigoso do que a fera, e 
o micróbio mais ainda do que o inseto”. Por isso, devido ao clima e a condições 
de higiene e saúde, ferimentos simples evoluem para um quadro de gangrena ou 
infecções de toda sorte, o que, em tempos mais remotos ou lugares mais afastados 
de áreas centrais ou com menos recursos, costumava resultar em amputações de 
membros. Nesse caso, prefere-se o curandeiro ao antibiótico, devido ao significado 
que a doença ou deficiência tem na cultura africana.
Outra crença significativa no continente africano também envolve a deficiência 
visual e se refere aos albinos, que é uma condição genética que se caracteriza pela au-
sência total ou parcial de pigmentação na pele. A cor da pele se deve a uma enzima, 
a tirosinase, envolvida na síntese da melanina, pigmentomarrom-escuro produzido 
nos melanócitos (VARELLA, [20--]). É essa substância que confere cor à pele, aos 
cabelos, pelos e olhos. Funciona como agente protetor contra os raios ultravioletas do 
Sol. Devido à falta de pigmentação, todo albino tem deficiência visual em maior ou 
menor grau. Os seus olhos são azuis ou castanhos muito claros e um pouco translúci-
dos. Como consequência disso, os males mais comuns são estrabismo, astigmatismo, 
miopia, hipermetropia, fotofobia – sensibilidade ou aversão à luz – e nistagmo.
Nistagmo: é o movimento descontrolado dos olhos em várias direções, que dificulta focali-
zar a imagem (VARELLA, [20--]).Ex
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or
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Em várias localidades africanas, os albinos são literalmente caçados, porque 
há um preconceito que associa o albinismo ao retardo mental. Em países como 
Quênia, Tanzânia e África do Sul, acredita-se que albinos têm poderes sobrenatu-
rais e que possuir partes do seu corpo pode garantir o atendimento a pedidos de 
diversas ordens, tal como neste depoimento de uma sul-africana (DW, [20--]):
“Venho de um bairro pobre, onde as pessoas não têm muito acesso à 
informação e aqui estou, uma criança negra de aparência branca”. Puleng 
Molebatsi foi para uma escola para crianças cegas e surdas, mas não 
entendia muito bem porquê, uma vez que podia ver e ouvir. “Acho que 
os meus pais não sabiam bem o que é o albinismo. Por isso, o primeiro 
impulso da minha mãe foi levar-me para uma escola especial”.
Figura 2 – Família com duas crianças albinas
Fonte: Getty Images
Outro depoimento ajuda na explicação:
“As palavras que usamos são muito degradantes e discriminatórias. Por 
exemplo, em Zulu, as palavras usadas para se referir aos albinos signi-
ficam macaco. Há também uma outra palavra que liga os albinos a um 
mau presságio. Acredita-se que há algo mau ou demoníaco associado à 
condição de albino”, explica Mazibuko (outra sul-africana).
Outros fatores envolvem a situação dos albinos em vários lugares da África, 
sendo a deficiência visual apenas uma e mais uma vez as questões culturais se so-
brepõem às científicas e racionais.
No caso da deficiência física, temos poucos dados sobre as concepções vigentes 
em épocas mais antigas, do tempo em que africanos eram arrancados de suas ter-
ras para serem enviados ao Brasil. Todavia, o tratamento atual dado aos que têm 
limitações físicas nos dá indícios de um passado de desrespeito e discriminação, 
11
UNIDADE As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Deficiência
visto que é o que se encontra atualmente em manchetes de jornais de Angola, Gana 
e Moçambique. Sobre Gana, país da África Ocidental, a manchete é:
“O país onde deficientes são acorrentados e violentados”. Isso ocorre 
porque em Gana, é forte a crença de que as deficiências não são um obs-
táculo de ordem física ou mental, com causas orgânicas, mas uma doença 
espiritual ou maldição que pode ser curada por rezas ou confinamento. 
E, em alguns casos, por violência física. (MORGAN, 2015) 
Por isso, deficientes – e seus responsáveis – se submetem a rituais em que sofrem 
diversos tipos de violência, na esperança de serem curados de suas deficiências.
Em Angola, país com aproximadamente 25 milhões de habitantes, há 600 mil 
pessoas com deficiência, das quais 85 mil são deficientes físicos; entre estes, encon-
tram-se os remanescentes dos 80 mil mutilados pelas minas explosivas na guerra 
civil ocorrida entre 1975 e 2002, em razão da Independência de Angola dos domí-
nios de Portugal. A manchete encontrada em Angola é: Deficientes queixam-se 
de discriminação. As queixas contra a discriminação se dão, principalmente, em 
relação ao mercado de trabalho, que não contrata os deficientes físicos. Nesse caso, 
é estabelecido um paradoxo, pois essas pessoas perderam a sua integridade física 
no momento em que lutavam pela independência e autonomia de seu país e, agora, 
veem-se abandonados pelo qual.
Em um jornal de Maputo, capital moçambicana, anuncia-se: “Deficientes de 
Moçambique queixam-se da falta de atenção da sociedade” (SILVA, 2013). Os de-
ficientes em Moçambique lamentam a falta de escolas inclusivas e as inacessibilida-
des dos novos edifícios. A reportagem mostra uma mobilização das pessoas com 
deficiência em torno de melhores condições. Essas reivindicações nos dão indícios 
de que nessa cultura não há valorização do deficiente, sendo necessário, portanto, 
muito trabalho para uma mudança de mentalidade.
Figura 3 – Criança deficiente em Mogadíscio, na Somália
Fonte: nacoesunidas.org
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O quadro começa a se modificar com a elaboração de planos de melhorias para 
as condições de vida dos deficientes, ou de garantias de direitos feitas por cada país. 
A União Africana adotou um novo protocolo de direitos das pessoas com deficiên-
cia. Essa medida tem caráter histórico e, se bem aplicada, tem potencial para trans-
formar a vida de 84 milhões de africanos que vivem com deficiência. A expectativa 
é que esse protocolo melhore a inclusão e atenda às demandas dessas pessoas na 
elaboração de leis, políticas e orçamentos públicos. A intenção é gerar maiores 
cuidados com essas pessoas e também a fiscalização em relação ao cumprimento 
das legislações.
A legislação tem o poder de mudar as atitudes sob pena de receber punições. 
Entretanto, para haver mudanças de padrões culturais em relação às pessoas com 
deficiência, é necessário que existam elementos que determinem as mudanças de 
comportamento; caso contrário, não teremos mudanças culturais a esse respeito 
e as pessoas continuarão a povoar o imaginário das outras de forma negativa e 
dificilmente serão plenamente integradas à sociedade, com os direitos respeitados.
Cultura Afro-brasileira e Deficiência
Eles tinham saído de culturas onde existe forte respeito por si próprio 
apenas para se encontrarem num mundo transatlântico onde todos pare-
ciam desprezá-los. (DAVIDSON, 1978, p. 173)
Chamamos de cultura afro-brasileira as manifestações culturais dos africanos 
trazidos para o Brasil e dos seus descendentes e das suas relações com as culturas 
aqui já existentes, tais como a indígena e europeia, de nações diversas. O Brasil 
possui a maior população de origem africana fora da África. Diana (2019) explica 
que a cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico transa-
tlântico de escravos forçou milhões de africanos a virem para o Brasil.
Quanto à questão da deficiência na cultura afro-brasileira, o foco se volta para 
três situações: as mutilações ocorridas por castigos aos escravos, as deficiências nos 
quilombos e a visão das religiões de matriz africana sobre a deficiência.
Trazidos da África à força para o trabalho escravo, os negros africanos e afro-
descendentes eram submetidos a jornadas exaustivas e castigados quando não 
atendiam às expectativas e/ou aos caprichos de seus senhores. Por isso, a defici-
ência física, inúmeras vezes, resultava de castigos físicos aos quais os negros eram 
submetidos desde que estavam nos navios negreiros até o serviço nas fazendas e 
áreas em urbanização. Segundo Garcia ([20--]), a forma como ocorria o tráfico, em 
embarcações superlotadas e em condições desumanas, já representava um meio de 
disseminação de doenças incapacitantes. Essas doenças provocavam sequelas que 
comumente evoluíam para o quadro permanente de limitações.
Os fatos descritos podem ser ilustrados nas duas versões da novela televisi-
va Sinhá Moça, baseadas no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco 
Fernandes e publicado em 1986. As versões da novela foram escritas por Benedito 
13
UNIDADE As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Deficiência
Ruy Barbosa e apresentadas pela Rede Globo de Televisão em 1986 e 2006. 
A novela – gênero textual muito presente na cultura brasileira e que tem a televisão 
como o seu principal veículo de difusão – passa-se no século XIX, momentos antes 
da abolição da escravidão. O nosso foco se volta ao personagem Fulgêncio, repre-
sentado pelos atores GésioAmadeu e Sérgio Menezes, respectivamente em 1986 
e 2006. A sinopse mostrada pela Redação Arquivo de Novelas, em 31 de janeiro 
de 2017, apresenta esse personagem:
Fulgêncio: irmão de Justino e filho de Pai José. É um escravo altivo, que tenta fugir 
da senzala e sofre duras conseqüências. Recapturado, responde com atrevimento ao 
Barão de Araruna e é atacado por este a chicote, sendo, acidentalmente, atingido em 
um dos olhos. Por causa de uma infecção, perde também a outra vista e fica cego. 
A bondade e os cuidados de Sinhá Moça fazem abrandar a revolta que nasce após 
esse triste episódio. Transforma-se num “louco manso” a perambular pela fazenda.
Ator Sérgio Menezes, Fulgêncio, em 2006, disponível em: http://bit.ly/2BdnQ4w
Ex
pl
or
O exemplo tratado no livro e na novela é uma amostra do ocorrido durante a 
escravidão, quando castigos como mutilações e a amputação de membros eram 
comuns. Isso deixaria a pessoa inapta para o trabalho e totalmente dependente em 
uma sociedade hostil para os escravizados, que culturalmente eram vistos como 
inúteis, “nego à toa”, como se dizia à época e até os dias atuais. No caso de Fulgên-
cio havia um agravante pouco citado, que foi a perda da sanidade mental, muito 
comum em razão de castigos severos, tais como os estupros que escravas eram 
submetidas, deixando sequelas físicas e emocionais.
Outro aspecto que envolve a cultura afro-brasileira é a vida nos quilombos, que 
Munanga (1996) esclarece:
A palavra kilombo é originária da língua banto umbundo, falada pelo 
povo ovibundo, que diz respeito a um tipo de instituição sociopolítica 
militar conhecida na África Central, mais especificamente na área forma-
da pela atual República Democrática do Congo (antigo Zaire) e Angola.
No Brasil, os quilombos representaram mais que isso. Foram oportunidades criadas 
pelos escravos para fugir da escravidão e de organizarem uma vida livre, em meio à 
ordem escravocrata. De acordo com Mantovani (2015, p. 50), os quilombos represen-
tavam a esperança de se viver de acordo com as próprias tradições e convicções, sinali-
zavam uma possibilidade de vida para além daquela condição em que se encontravam.
Há poucos registros sobre a participação de deficientes no processo de formação 
dos quilombos. Presume-se que, pelo menos, os deficientes físicos tivessem dificulda-
des, pois para formar o quilombo era necessário fugir das fazendas em direção a áreas 
de difícil acesso, o que demandava agilidade física. Todavia, há relatos sobre pessoas 
com deficiência em comunidades remanescentes dos quilombos nos séculos XX e XXI.
14
15
Tomemos, por exemplo, uma comunidade remanescente de quilombo no Estado 
de São Paulo, citada na obra de Mantovani (2015). Nessa comunidade não há refe-
rências quanto ao seu surgimento e à participação social de pessoas com limitações 
físicas ou mentais. No entanto, a pesquisa de Mantovani (2015) indica que há número 
maior de deficientes mentais. Na comunidade há pouca infraestrutura e recursos de 
acessibilidade, mas aqueles que podem trabalhar, de acordo com as suas condições, 
fazem-no para integrar-se à sociedade. Aqueles que têm limitações severas são manti-
dos pelo grupo e pelo Estado, com os benefícios de prestação continuada. Nessa cul-
tura, o trabalho é visto como uma realização pessoal – e não apenas como meio de 
sustento – e o deficiente como alguém que precisa se realizar enquanto ser humano.
Figura 4 – Quilombo da Tapera, em Petrópolis, RJ
Fonte: Tribuna de Petrópolis | Bruno Avellar
As religiões de matriz africana, representadas pelo candomblé e pela umbanda, 
trazem também uma concepção mais piedosa de deficiência, ou próxima do que 
se pode considerar inclusiva. No candomblé, culto surgido na Bahia em meados do 
século XIX, pode-se afirmar que existe um repúdio às velhas formas de tratar o de-
ficiente e as crianças nascidas com deficiência por meio do extermínio, expurgando 
o passado de morte e perseguição aos deficientes e às suas famílias.
Ebomi ([20--]), conta que no reinado de Dahomey (1685-1708), no reino africano de 
Daomé (1600-1904), atual Benin, o orixá Tohossou Vodum, que após feitos heroicos, 
foi nomeado como o protetor de deficientes físicos e mentais, propondo mudança 
de mentalidade em relação às pessoas com limitações. Essa transformação cultural 
operou-se de tal maneira que as famílias de Benin e Togo que têm crianças nascidas 
com deficiência constroem um altar em devoção a Tohossou Vodum. Da mesma forma 
fazem aqueles que adquirem deficiências ao longo da vida.
A umbanda não repudia e tem explicações para as deficiências. Kain ([20--]), 
esclarece que nesse segmento religioso as deficiências são vistas como situações de 
resgate de dívidas com o passado. Dívidas que podem ter se originado em outras 
encarnações. As limitações no corpo ou na mente são purgações e servem como 
oportunidade de aprendizagem e aprimoramento espiritual, uma vez que os corpos 
têm limites, já os espíritos não. Acreditam ser possível que a Umbanda os ajude. 
Os deficientes, dependendo da limitação, podem também servir à umbanda.
15
UNIDADE As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Deficiência
Os indígenas e a Relação com a Deficiência
Os índios foram os primeiros habitantes das terras que hoje chamamos brasi-
leiras. À época do Descobrimento, em 1500, havia aproximadamente 5 milhões 
de nativos. Na atualidade, essa população sofreu grande queda, de modo que são 
817.963 habitantes, segundo dados do censo de 2010, distribuídos por 305 tribos, 
que falam 274 línguas diferentes, tal como demonstra o quadro a seguir, com algu-
mas etnias e as suas respectivas populações.
Figura 5 – Ritual de dança da tribo Dessana, na Amazônia
Fonte: picbear.org
Veja algumas etnias e as suas populações, segundo o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE):
Tabela 1 – Etnias e suas populações
Nome da etnia População
Tikúna 46.045
Guarani Kaiowá 43.401
Kaingang 37.470
Macuxí 28.912
Terena 28.845
Tenetehara 24.428
Yanomámi 21.982
Potiguara 20.554
Xavante 19.259
Pataxó 13.588
Fonte: Mundo educação
16
17
Ainda que tenha havido considerável diminuição de seu contingente populacio-
nal, é grande a influência sobre a cultura brasileira. Para entender como essas tribos 
concebem as deficiências em suas culturas, é necessário compreender como se dá 
a divisão do trabalho nessas sociedades. Devido à existência de várias e numerosas 
tribos, não se pode generalizar, mas na maioria, desde o período colonial, a divisão 
de tarefas dependia do sexo e da idade.
Conforme Cabral ([20--]), as tarefas dos homens estavam fora dos domínios da 
aldeia. Aos quais cabia a responsabilidade de guerrear, caçar, derrubar o mato para 
a criação da roça, estabelecer relações com outras aldeias, entre aquelas que exi-
giam vigor físico. Já as mulheres eram as responsáveis pelo cuidado com o interior 
da aldeia, pela preparação dos alimentos, confecção de artefatos, atividades na roça 
e cuidado com as crianças e outras atividades internas na aldeia. Havia também 
atividades comuns a homens e mulheres, tais como a confecção de redes, bancos, 
casas, ferramentas, canoas, artefatos de cerâmica, arcos, flechas, entre outros, to-
dos com o objetivo de colaborar para servir a comunidade.
O comando da aldeia era feito pelos anciões, que tomavam importantes decisões 
em relação ao grupo, visto que eram sociedades em que o idoso estava no topo da 
hierarquia. Em contrapartida, as crianças aprendiam as tarefas da aldeia no conví-
vio com os adultos, sendo comum ver meninos e meninas acompanharem os seus 
pais e as suas mães nos afazeres cotidianos, aprendendo a desempenhar os papéis 
exigidos pela sua sociedade.
Na organização social indígena também se encontra a religiosidade, que se ma-
nifestava de formas diversas nas diferentes tribos, no entanto, possuíam elementos 
comuns. Entre esses elementos estava o fato de todas as tribos acreditarem nas forças 
da natureza enquanto manifestações divinas e nos espíritos de antepassados,para 
os quais faziam festas, rituais e cerimônias. Nas tribos, a figura do pajé – que é um 
sábio que atua como adivinho, curandeiro e sacerdote – caracteriza-se por ser um 
intermediário nas relações com as forças da natureza consideradas sagradas. O pajé 
tem a função de transmitir os conhecimentos espirituais a tribo.
As informações anteriores nos dão noção de como funcionam as sociedades 
indígenas. Analisemos, agora, a seguinte manchete (2014): “Tradição indígena faz 
pais tirarem a vida de crianças com deficiência física: a prática acontece em pelos 
menos 13 etnias indígenas do Brasil. Uma tradição comum antes mesmo de o ho-
mem branco chegar ao País”. Foi retirada da chamada de um programa de televisão 
e depois transformada em texto no sítio eletrônico da mesma rede televisiva. Sobre 
o assunto, constatou-se que (REDE GLOBO DE TELEVISÃO, [20--]):
Crianças com deficiência física, gêmeos, filho de mãe solteira ou fruto de 
adultério podem ser vistos como amaldiçoados dependendo da tribo e 
acabam sendo envenenadas, enterradas ou abandonadas na selva. Uma 
tradição comum antes mesmo de o homem branco chegar por lá, mas 
que fica geralmente escondida no meio da floresta.
Essa citação nos indica que havia categorias que não eram aceitas nas tribos por 
razões que a religiosidade ou a praticidade explicavam. Acredita-se, por exemplo, 
17
UNIDADE As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Deficiência
que gêmeos trazem mau agouro, pois na mitologia tupi os gêmeos mitológicos 
foram responsáveis por uma série de ações envolvendo possibilidades de fim do 
mundo como o conhecem (VEJA, [20--]). Na mitologia, um dos gêmeos foi respon-
sável pelo cataclismo universal que alagou o mundo. Coincidência ou não, a usina 
hidrelétrica de Belo Monte, no Município de Altamira, PA, foi construída bem pró-
xima às terras indígenas, podendo ser comparada a um cataclismo.
Nas comunidades Munduruku localizadas no Pará, Amazonas e Mato Grosso, durante o perí-
odo da gestação, enquanto as mulheres engordam e trabalham normalmente, é comum que 
alguns homens sofram o “abalo de criança”, que causa fraqueza, abatimento, prostração, 
perda de peso, enjoo e desejo. Isso porque creem que o bebê “puxa” as energias do pai, que é 
encorajado por todos a não se deixar entregar, mas faz com que muitos passem dias deitados 
nas redes (FANZIN, 2019).
Ex
pl
or
Crianças frutos de estupros ou adultérios também são consideradas amaldiço-
adas. Contudo, o infanticídio não é prática geral, ocorrendo principalmente nas 
tribos mais isoladas como os suruwahas, ianomâmis, kamaiurás, uaiuai, bororo, 
mehinaco, tapirapé, ticuna, amondaua, urueu-uauuau, deni, jarawara, jaminawa, 
waurá, kuikuro, parintintin, paracanã e kajabi (PORTELA, 2016, p. 18).
Figura 6
Fonte: Maria Ribeiro. Revista Trip
Para a mulher indígena, o parto é um episódio absolutamente solitário. No mo-
mento de dar à luz, encaminha-se sozinha para a mata, onde tem a criança e 
18
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após o parto, examina-a para verificar se a mesma é perfeita. Se houver alguma 
deficiência, a mãe retorna sozinha para a aldeia, tendo eliminado o recém-nascido 
de diferentes maneiras. A cada ano, centenas de crianças indígenas são enterradas 
vivas, sufocadas com folhas, envenenadas ou abandonadas para morrer na floresta 
(PORTELA, 2016, p. 18). Quando isso ocorre a mãe sequer amamenta a criança, 
pois amamentá-la é dar-lhe vida e crédito para que permaneça naquela sociedade.
Explica-se a eliminação da criança deficiente por amor ou o que chamamos de 
praticidade. Mata-se por amor porque a criança não teria condições de sobreviver 
com as exigências físicas da vida na aldeia, sendo um ato de amor poupá-la das 
dificuldades a serem enfrentadas, como se explica em depoimento dado a uma rede 
televisiva (REDE GLOBO, 2014): “Era um ato de amor. Amor e desespero. Porque 
você não quer que um filho seu continue sofrendo. Você quer que ele sobreviva, 
mas não há como”.
A praticidade está justamente em pensar na rotina e nos poucos recursos da 
floresta; assim, como carregar crianças que não podem andar em uma sociedade 
sem carros ou, ao menos, cadeiras de rodas? Outro depoimento exemplifica as 
dificuldades de sobrevivência para a pessoa com deficiência física e a sua família 
(REDE GLOBO, 2014):
“E aí um dia minha mãe cansou de me carregar e deu para o meu pai. 
Quando foi na hora de atravessar o rio, meu pai começou a ameaçar que 
eu não servia para nada, que eu merecia ser morto. A minha mãe escutou 
isso e gritou que não era para ele fazer isso comigo”, conta Pituko.
Essas crianças não teriam condições de sobreviver ou viveriam como estorvos 
para o grupo. E ainda há o agravante de serem consideradas amaldiçoadas.
Mães dedicadas são muitas vezes forçadas pela tradição cultural a desistir de suas 
crianças. Algumas preferem o suicídio a praticar esse ato, uma vez que a sociedade 
indígena as pressiona caso a criança deficiente não seja eliminada. O contato com 
a cultura do homem branco fez com que as crenças indígenas fossem questionadas, 
gerando conflitos para os pais dessas crianças. Isso ocorre por terem contato com 
culturas que lidam com a deficiência de outras maneiras menos drásticas, sendo, 
inclusive, questionados pela própria legislação atual, que criminaliza o infanticídio.  
O primeiro capítulo do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) é dedicado ao 
direito à vida da criança (BRASIL, 1990):
Art. 7º. A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, 
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nas-
cimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas 
de existência.
Assim, o século XXI traz, para as comunidades indígenas, um choque entre as 
suas tradições – que não determinam um lugar para a pessoa com deficiência nas 
suas comunidades – e os costumes e as legislações vigentes na sociedade brasileira.
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UNIDADE As Culturas Africana, Afro-Brasileira 
e Indígena e a Pessoa com Deficiência
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Sinhá Moça
FERNANDES, M. Sinhá Moça. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1986.
 Vídeos
Indígenas, a luta dos povos esquecidos: caminhos da reportagem
https://youtu.be/iOSUYeCD4tw
 Leitura
A Educação Especial em áreas remanescentes de quilombos: a realidade mostrada por indicadores educacionais 
MANTOVANI, J.; GONÇALVES, T. A Educação Especial em áreas remanescentes de 
quilombos: a realidade mostrada por indicadores educacionais. Revista Educação e 
emancipação, v. 10, n. 2, maio/ago. 2017.
http://bit.ly/2MjHfqw
Tradição indígena faz pais tirarem a vida de crianças com deficiência 
REDE GLOBO DE TELEVISÃO. Tradição indígena faz pais tirarem a vida de crianças 
com deficiência. Programa Fantástico. Rio de Janeiro, 7 dez. 2014.
https://glo.bo/2qbYTnz
Países africanos afirmam direitos das pessoas com deficiência em novo protocolo
SOARES, A. Países africanos afirmam direitos das pessoas com deficiência em novo 
protocolo. ONU News, Nova Iorque, 16 fev. 2018.
http://bit.ly/2ozQiLi
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-mil-pessoas-com-deficiencia-pais,27eb8ff1-be69-4bab-8aa6-b834968002bb.
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