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Ciclo circadiano

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TUTORIA – M01 – P2 
CICLO CIRCADIANO 
 
Pontos Importantes 
➥ Trabalhador noturno 
➥ Infecção das vias aéreas superiores 
➥ Irritabilidade, aumento dos níveis pressóricos, insônia 
➥ Ritmo circadiano 
➥ Estresse, sua definição e consequências 
➥ Mudança de hábitos (consumo de álcool e atividade 
física) 
➥ Retorno a jornada de trabalho “normal” 
➥ Acreditava que com o tempo iria se acostumar 
 
Objetivos 
➥ Entender o que é o ciclo circadiano e seu 
funcionamento 
➥ Definir os reguladores do ciclo (glândulas e 
hormônios) 
➥ Definir o conceito de estresse e suas consequências 
físicas e psíquicas 
➥ Compreender as consequências da falta de sono 
➥ Entender como ocorre a termorregulação e como ela 
interfere no funcionamento do nosso organismo 
 
Resumo 
Ciclo circadiano e funcionamento 
➥ É um ritmo biológico controlado pelo núcleo 
supraquiasmático presente no hipotálamo e regula, de 
uma forma rítmica ao longo de vinte e quatro horas, 
todos os processos homeostáticos 
➥ O relógio circadiano controla uma grande variedade 
de sistemas fisiológicos e comportamentais, incluindo o 
metabolismo energético, motilidade do trato 
gastrointestinal ciclos de sono-vigília, atividade 
cardiovascular, secreção endócrina, temperatura 
corporal, atividade renal e atividade locomotora 
 
➥ Cada célula apresenta individualmente o seu próprio 
relógio ou ritmo que deve estar sincronizado com o das 
outras células do mesmo tecido e também com o de 
outros órgãos, para que o organismo funcione como um 
todo 
➥ Sistema de comunicação que ao ser controlado por 
estímulos externos, como por exemplo as variações de 
intensidade da luz, vai atuar como coordenador, 
garantindo a ciclicidade e uniformização da informação 
➥ Os estímulos que chegam ao núcleo 
supraquiasmático são designados por sinais input e uma 
vez recebida a informação, o núcleo interpreta-a e 
transmite-a a todas as células através de sinais output 
➥ Importante que a mensagem seja transmitida, mas 
mais importante é a existência de um feedback 
➥ Os órgãos periféricos transmitem informação ao 
cérebro, para que este decida se deve continuar a 
transmiti-la ou cessá-la 
➥ A regulação do ciclo circadiano depender de sinais 
input que são fatores externos como a luminosidade, faz 
com que este sistema tenha que apresentar uma 
enorme flexibilidade para poder ajustar tais variações às 
necessidades do organismo 
➥ A dessincronização deste ritmo pode ocorrer de 
várias maneiras; ou por erros no input, no output, ou, de 
uma forma mais complexa, por um desfasamento entre 
a informação transmitida pelo meio externo e as 
necessidades exibidas pelo organismo 
➥ Pode ocorrer uma desregulação comportamental e 
fisiológica do indivíduo, traduzindo-se em patologias. 
➥ Apesar de o sistema nervoso central (SNC) possuir o 
seu próprio relógio e ritmo e de ser o maestro que 
coordena todo o organismo, sabe-se que existem 
relógios periféricos, que embora controlados 
indiretamente pelo hipotálamo, têm uma autonomia 
➥ Ex: fígado, rins e coração 
➥ A sincronização destes relógios não está dependente 
de estímulos externos 
➥ São sensíveis a vários sinais fisiológicos, como a 
temperatura e glicemia, e desta forma ganham um ritmo 
próprio, de acordo com as oscilações circadianas destes 
sinais 
➥ Por serem cíclicos e constantes, as células destes 
órgãos “memorizam” estes ciclos, criando assim, o seu 
próprio relógio interno 
➥ São perceptíveis vários tipos de oscilações 
circadianas que estão associadas a variações 
hormonais 
➥ Como exemplo temos as hormonas produzidas pela 
hipófise, glucocorticóides, mineralocorticoides, 
catecolaminas, hormonas sexuais, insulina e glucagina, 
compostos que estão não só associados a patologias 
como a diabetes Mellitus, a hipertensão, mas também a 
processos envolvidos na farmacocinética, como a 
quantidade de proteínas plasmáticas 
➥ Exemplo a insulina, apesar de apresentar um pico de 
liberação perto das 18h, atinge valores igualmente 
elevados depois das refeições, independentemente das 
horas a que estas se efetuem. 
➥ A liberação hormonal circadiana vai regular toda uma 
série de processos fisiológicos e o facto de apresentar 
máximos de concentração faz com que seja possível 
uma regulação mais efetiva, pois desta forma o 
organismo tem a possibilidade de receber um feedback 
e interpretá-lo 
 
➥ O ciclo circadiano humano é controlado pelo 
hipotálamo, uma região do cérebro que recebe sinais 
sobre luz e escuridão, captados pela retina nos olhos, e 
estabelece os padrões de sono e vigília ao longo do dia. 
➥Esses sinais são transmitidos pelo hipotálamo para a 
glândula hipófise no cérebro, que é responsável pela 
produção de um hormônio chamado melatonina, que 
em resposta à escuridão tem seus níveis aumentados 
para preparar o corpo para dormir, diminuindo a 
@gabrielholandac 
temperatura corporal, a pressão arterial, a frequência 
cardíaca, a respiração, o metabolismo corporal e a 
atividade do sistema urinário. 
➥ Durante o dia, quando a retina detecta luz, a produção 
de melatonina é inibida e o cérebro envia estímulos para 
as glândulas suprarrenais para aumentarem a 
produção de cortisol para deixar o corpo mais alerta e 
aumentar a vigília durante o dia. Este hormônio também 
pode aumentar em períodos de estresse ou estar mais 
elevado em condições crônicas, o que pode 
comprometer o bom funcionamento do ciclo circadiano. 
 
Mudança no ciclo 
➥ A disfunção circadiana está associada ao aumento 
da morbilidade e mortalidade 
➥ O relógio biológico é composto por estruturas no 
Sistema Nervoso Central, tais como o núcleo 
supraquiasmático e hipófise, que juntos contribuem 
para a sincronização de ritmos fisiológicos e 
comportamentais 
➥ Se há algum ajustamento ou sincronização, o sistema 
circadiano leva tempo a recuperar, e durante o tempo de 
ajustamento o organismo permanece num estado de 
“desarmonia circadiana” que pode induzir prejuízo do 
desempenho, mal-estar e sono 
➥ Os distintos ritmos endógenos não se ajustam às 
novas rotina com a mesma velocidade. Por exemplo, a 
frequência cardíaca é dependente do ciclo atividade-
repouso e ajusta-se de um modo relativamente rápido. 
➥ Outros ritmos são mais dependentes do relógio 
biológico interno, tais como a temperatura corporal e a 
melatonina e levam muito mais tempo para se 
modificarem (por exemplo para o ritmo sono-vigília 2 a 4 
dias; para a temperatura corporal 5 a 10 dias) 
➥ Isto determina um estado de dessincronização 
interna temporária, provocando desarmonias entre os 
vários ritmos e dificuldade para uma inversão, mesmo 
parcial, das funções biológicas 
➥ As consequências podem ser sentidas a curtíssimo 
prazo, sendo os sintomas mais frequentes o mal-estar, 
fadiga, variações de humor, nervosismo, dificuldade em 
dormir, falta ou aumento de apetite, dificuldade em 
realizar um trabalho habitual e perturbações de 
memória 
➥ A duração e a intensidade da dessincronização são 
variáveis e tem implicações negativas várias na saúde e 
no bem-estar: agrava os distúrbios de sono, tem 
consequências no desenvolvimento, no desempenho 
físico e mental, no estado de humor, na percepção da 
dor e aumenta a incidência de cefaleias, doenças 
mentais, hematológicas, imunológicas, alergológicas, 
infecciosas, cardiovasculares, endócrinas, metabólicas, 
oncológicas, digestivas, etc 
➥ A interrupção circadiana está associada com o 
aumento da morbilidade e mortalidade, enquanto ritmos 
circadianos sincronizados e normalizados podem levar a 
uma saúde melhorada e maior longevidade. 
➥ Numerosos estudos mostram que os trabalhadores 
por turnos têm uma maior incidência de cancro, 
diabetes, úlceras, hipertensão e doenças 
cardiovasculares, distúrbios psicológicos, e uma série de 
outras questões clínicas. 
➥Um estudo recente descobriu que os ratos idosos 
submetidos a perturbações temporais equivalentes a 
um voo de Washington a Paris, uma vez por semana 
durante oito semanas, morrem como resultado da 
dessincronizaçãodos seus organismos com o meio 
externo 
➥ O relógio circadiano regula também o metabolismo e 
homeostase energética. Isto é conseguido na mediação 
da atividade de determinadas enzimas metabólicas e 
sistemas de transporte envolvidos no metabolismo do 
colesterol, na regulação de aminoácidos, no 
metabolismo de substâncias ativas e toxinas, no ciclo do 
ácido cítrico, do glicogénio e no metabolismo da glicose 
➥ Muitas hormonas envolvidas no metabolismo, tais 
como a insulina, glucagon e leptina, exibem oscilação 
circadiana (2). Além disso, lesões no núcleo 
supraquiasmático (NSQ) de ratos anulam variações 
diárias na homeostase da glicose sérica, alterando não 
só ritmos como taxas de utilização de glicose, assim 
como a produção de glicose endógena hepática 
 
Reguladores do ciclo 
➥ Nosso corpo possui mais de 100 ritmos circadianos e 
a ciência que os estuda é chamada de Cronobiologia 
➥ Cada ciclo de 24 horas influencia uma função do 
nosso corpo: temperatura, níveis hormonais, ritmo 
cardíaco, pressão arterial e até mesmo sensibilidade à 
dor 
➥ No ser humano os elementos de sincronização mais 
importantes que diariamente ajustam o ritmo do relógio 
biológico são aqueles ligados à vida social, familiar e 
profissional em conjunto com o ciclo claro/escuro 
 
Melatonina 
➥ A melatonina é o hormônio responsável por sinalizar o 
início da noite e sua duração e, assim, iniciando uma 
cascata de eventos fisiológicos justamente para 
preparar o organismo para o repouso 
➥ Não só regula o momento de dormir como 
participa da reparação das nossas células, expostas a 
estresse, poluição e outros elementos nocivos. “Ela é um 
antioxidante poderoso e combate os radicais livres...” 
➥ Dentre as inúmeras funções descritas, destacam-se: 
imunomodulação (agindo diretamente sobre células 
imunológicas) 2, anti-inflamatória (inibindo 
prostaglandinas e regulando a COX) 3, antitumoral 
(inibindo a captação tumoral de ácido linoleico) 4, 
antioxidante (regulando a síntese de lipooxigenases e 
óxido nítrico) 5 e cronobiológica (regulando o ritmo 
circadiano) 
➥ A ausência de luz provoca modificação nas células da 
retina implicadas na percepção da variação na 
luminosidade e não da visão. Estas disparam sinais que 
são enviados para ativar o núcleo supraquiasmático 
➥ O NSQ faz com que o gânglio cervical superior libere o 
neurotransmissor noradrenalina que estimula a glândula 
pineal a produzir e secretar a melatonina a partir do 
aminoácido triptofano 
➥ A principal enzima envolvida na síntese da 
melatonina, a N-acetiltransferase (NAT), é estimulada 
pela escuridão e a presença de luz faz com que ela seja 
destruída 
➥ Além disso, existe uma relação direta entre o aumento 
da disponibilidade de noradrenalina e o pico noturno de 
melatonina. Portanto, a secreção de melatonina 
também apresenta um ritmo diário. O ritmo está 
presente em todos os seres humanos, inclusive nas 
pessoas cegas. 
➥ Pesquisas mostram que se as células NSQ são 
cultivadas in vitro, elas são capazes de manter seu 
próprio ritmo na ausência de sinais externos 
➥ Se cada pessoa gera seu próprio ritmo, existem 
diferenças de uma pessoa para outra e isso pode 
acarretar consequências que vão desde a adaptação 
mais rápida ou mais demorada ao início do horário de 
verão até a maior presença de sintomas depressivos em 
pessoas com determinado perfil cronobiológico 
➥Geralmente, a produção de melatonina diminui com o 
envelhecimento e é, por isso, que os distúrbios de sono 
são mais frequentes em adultos ou idosos 
 
Cortisol 
➥ O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas 
suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. 
➥ A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar 
o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o 
funcionamento do sistema imune e manter os níveis de 
açúcar no sangue constantes, assim como a pressão 
arterial 
➥ A produção de cortisol é controlada pela hormona 
adrenocorticotrófica (ACTH), que é sintetizada na 
Adeno-Hipófise ou localmente (paracrinia). A ACTH atua 
intracelularmente via AMP cíclico, estimulando a síntese 
e secreção de hormonas no córtex da suprarrenal. A 
libertação de ACTH é maioritariamente estimulada pela 
hormona libertadora de corticotrofina (CRH) (embora 
também o possa ser pela vasopressina) 
➥ A CRH é produzida no núcleo paraventricular do 
hipotálamo, e é transportada axonalmente até à 
eminência mediana; daí desloca-se até à Adeno-
Hipófise via sistema porta-hipofisário 
➥A libertação de CRH tem um ritmo circadiano, sendo 
também estimulada nas situações de Stress 
➥ Pode-se então dizer que o eixo HPA (hipotálamo-
pituitária-adrenal) é uma das vias de expressão do 
Stress. Perante uma situação de Stress, aumenta a 
libertação de CRH, que vai aumentar a libertação de 
ACTH, que vai por sua vez conduzir à libertação de 
cortisol 
➥ A nível do metabolismo, promove a degradação 
proteica, a lipólise, a gliconeogênese, a produção de 
glicose pelo fígado, o apetite, a síntese de leptina e a 
diferenciação dos adipócitos; inibe a síntese proteica e a 
utilização da glicose 
➥ Como inibe a síntese e promove a degradação 
proteica, diminui a massa muscular e a matriz conjuntiva. 
A nível ósseo, reduz significativamente a osteogénese e 
aumenta a reabsorção cálcica, podendo levar à 
osteoporose quando presente em níveis elevados 
persistentes. 
➥ Tem um profundo efeito anti-inflamatório e 
imunossupressor. Facilita a maturação fetal a variados 
níveis. Tem ainda um efeito importante no Sistema 
Nervoso Central (SNC), a nível da memória, atenção, 
sono, estado emocional, etc. 
➥ Ao nível do rim, aumenta a filtração glomerular, a 
excreção de fosfato e o clearance de "água livre" 
➥ O aumento de cortisol é também responsável por uma 
diminuição dos RNAs mensageiros (mRNAs) que 
codificam o receptor da serotonina (a nível do 
hipocampo) (8), levando por isso a uma diminuição do 
número destes receptores 
➥ Existe uma interação entre a secreção de cortisol e as 
diversas fases do sono, principalmente a REM. Pode-se 
observar que na segunda parte do sono, tanto os níveis 
de cortisol como o número de REMs estão aumentados 
➥ Efeito bifásico do cortisol: até um certo nível pode 
promover a REM, mas em quantidades exageradas 
pode inibi-la 
➥ durante a fase REM propriamente dita a secreção de 
cortisol estava diminuída. Isto pode ser devido à 
retroação negativa: o aumento passageiro dos níveis de 
cortisol necessários à passagem para a REM originaria 
uma diminuição nos níveis de CRH e ACTH, o que seria 
responsável pela subsequente baixa nos níveis de 
cortisol 
 
➥ O cortisol tem um marcado ritmo circadiano. O seu 
pico de secreção ocorre mais ou menos por volta do 
acordar; a altura em que os seus níveis são mais baixos 
é ao início da noite. 
➥ A regulação deste ritmo depende de estímulos 
internos (p.ex., do núcleo supraquiasmático do 
hipotálamo), mas também pode ser afetada por 
estímulos ambientais, como a luz. 
➥ De manhã, um aumento da intensidade da luz de 150 
lux (luz fraca dentro de casa) para 4500 lux (luz exterior 
num dia enevoado) provocou um aumento significativo 
dos níveis de cortisol 
➥ tanto os indivíduos com sono levem como os que 
(fisiológica /espontaneamente) dormem pouco têm 
níveis elevados de cortisol. Os doentes que sofrem de 
insónia também têm uma hipercortisolemia 
➥ O CRH diminui os níveis de melatonina [uma hormona 
envolvida na regulação dos ritmos circadianos, e 
produzida na epífise, principalmente de noite 
 
Órgãos 
➥ Olhos e retina 
➥ SNC 
➥ Hipotálamo 
➥ NSQ 
➥ Glândula pineal 
➥ Glândulas suprarrenais 
➥ Adeno-hipófise 
 
Estresse 
➥ Reação natural do organismo que ocorre quando 
vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse 
mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, 
provocando alterações físicas e emocionais. A reação 
ao estresse é uma atitude biológica necessária para a 
adaptação às situações novas 
➥ Agudo: é mais intenso e curto, sendo causado 
normalmente por situações traumáticas,mas 
passageiras, como a depressão na morte de um 
parente. 
➥ Crônico: afeta a maioria das pessoas, sendo 
constante no dia a dia, mas de uma forma mais suave. 
➥ Fase de Alerta: ocorre quando o indivíduo entra em 
contato com o agente estressor. 
Sintomas da fase de alerta: 
Mãos e/ou pés frios; boca seca; dor no estômago; suor; 
tensão e dor muscular, por exemplo, na região dos 
ombros; aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer 
unhas/ponta da caneta; diarreia passageira; insônia; 
batimentos cardíacos acelerados; respiração ofegante; 
aumento súbito e passageiro da pressão sanguínea; 
agitação. 
➥ Fase de Resistência: o corpo tenta voltar ao seu 
equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou 
eliminá-lo. 
Sintomas da fase de resistência: 
Problemas com a memória; mal-estar generalizado; 
formigamento nas extremidades (mãos e/ou pés); 
sensação de desgaste físico constante; mudança no 
apetite; aparecimento de problemas de pele; 
hipertensão arterial; cansaço constante; gastrite 
prolongada; tontura; sensibilidade emotiva excessiva; 
obsessão com o agente estressor; irritabilidade 
excessiva; desejo sexual diminuído 
➥ Fase de Exaustão: nessa fase podem surgem 
diversos comprometimentos físicos em forma de 
doença. 
Sintomas da fase de exaustão: 
Diarreias frequentes; dificuldades sexuais; 
formigamento nas extremidades; insônia; tiques 
nervosos; hipertensão arterial confirmada; problemas de 
pele prolongados; mudança extrema de apetite; 
batimentos cardíacos acelerados; tontura frequente; 
úlcera; impossibilidade de trabalhar; pesadelos; apatia; 
cansaço excessivo; irritabilidade; angústia; 
hipersensibilidade emotiva; perda do senso de humor. 
 
➥ No primeiro estágio “alarme”, o corpo reconhece o 
estressor e ativa o sistema neuroendócrino. As glândulas 
adrenais, ou suprarrenais, passam então a produzir e 
liberar os hormônios do estresse (adrenalina, 
noradrenalina e cortisol), que aceleram o batimento 
cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os 
níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão (e ainda 
o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço 
(que expulsa mais hemácias, ou glóbulos vermelhos, 
para a circulação sanguínea, o que amplia o 
fornecimento de oxigênio aos tecidos) e causa 
imunossupressão (ou seja, redução das defesas do 
organismo). A função dessa resposta fisiológica é 
preparar o organismo para a ação, que pode ser de luta 
ou fuga ao estresse. 
➥ No segundo estágio “adaptação”, o organismo repara 
os danos causados pela reação de alarme, reduzindo os 
níveis hormonais. No entanto, se o estresse continua, o 
terceiro estágio “exaustão” começa e pode provocar o 
surgimento de uma doença associada à condição 
estressante 
 
Falta de sono 
➥ Dieta ruim: De acordo com um estudo do órgão 
espanhol, mais de um terço das pessoas come mal 
quando dorme pouco. O motivo, segundo a especialista, 
é que nessa situação costumamos comer alimentos 
pouco saudáveis, e por isso a falta de sono está 
vinculada ao aumento de peso. 
A comunidade científica também associa a falta de sono 
à obesidade e ao diabetes 
➥ Saúde mental: Dormir pouco tem relação com uma 
variedade de transtornos físicos, mentais e de 
comportamento. Segundo a organização espanhola 
Instituto de Medicina do Sono, a falta de sono está 
associada a problemas psicológicos, depressão e 
ansiedade 
➥ Menor rendimento físico: Dormir bem é importante 
para ter energia durante o dia. 
Trata-se, de fato, de um aspecto fundamental para o 
funcionamento de nosso cotidiano, apontam 
especialistas. "O processo de regeneração de tecidos 
cerebrais e físicos ocorre à noite. Se não há descanso 
não há recuperação correta, e isso afeta o rendimento 
físico e intelectual" 
➥ Cognição 
 
Termorregulação 
➥A capacidade de regular a temperatura corporal, 
característica especial dos animais homeotérmicos, é 
exercida pelo hipotálamo 
➥ É informado da temperatura corporal, não só por 
termorreceptores periféricos, mas principalmente por 
neurônios que funcionam como termorreceptores 
➥ termorregulação está associada à homeostase da 
temperatura corporal do organismo, e o controle da 
temperatura é exercido através de mecanismos do SNA 
Simpático 
➥ Existe um ponto de ajuste interno, no qual o corpo 
estabelece como sendo o ideal. Temos receptores, que 
são sensores que percebem as variações da 
temperatura, comparam isso com o ponto de ajuste 
hipotalâmico e ativam vias efetoras para corrigir os 
parâmetros 
➥ Para que consigamos manter a temperatura corporal 
estável, temos que produzir ou ganhar tanto calor 
quanto perder 
 
Mecanismos para a termorregulação 
➥ Controle Vasomotor: A pele sofre maior variação de 
temperatura. A irrigação da derme altamente variável e 
controlada pelo SNA Simpático. Os capilares superficiais 
são regulados através da constrição das arteríolas 
aferentes que chegam nesse leito capilar cutâneo. 
Numa vasoconstrição, chega menos sangue ao leito 
capilar. E no caso de uma vasodilatação, chega mais 
sangue no leito. Desse modo, como o sangue é aquecido 
nas regiões mais internas do corpo, quando ele passar 
nas regiões mais próximas à pele, ele libera esse calor 
para o meio 
➥ Piloereção: O mecanismo de arrepio, com os pelos 
eriçados é uma forma de tentar aprisionar o ar quente 
próximo a superfície da pele, evitando que esse ar seja 
deslocado, a fim de permitir o aquecimento daquela 
região. Quando a convecção desse ar é impedida, não 
existe substituição dessa camada de ar “quente” por 
uma camada de ar “fria” que possivelmente poderia se 
deslocar para essa área da pele. Esse mecanismo é 
obtido através da inervação simpática que chega até os 
músculos piloeretores. 
➥ Glândulas Sudoríparas e Sudorese: Estimulação das 
glândulas sudoríparas pelo Sistema Nervoso Simpático 
colinérgico e também pela adrenalina circulante. As 
células que formam a parede do túbulo na base 
secretam Na+, que por ser um íon carregado 
positivamente, atrai Cl- para a luz dessa glândula. Por 
meio da osmose, a água também passa do meio 
intracelular para o extracelular, e se encontra na luz do 
túbulo. Esse líquido preenche o túbulo e vai subindo em 
direção ao poro da glândula voltado para o meio externo. 
No ducto dessa glândula ocorre reabsorção dos íons, 
entretanto, essas células são impermeáveis à água. E a 
água não sofre osmose para dentro das células de volta. 
Dessa forma, esse líquido vai ser escoado até o poro, e 
liberado no meio externo. Em ambientes muito quentes, 
o ritmo da sudorese é aumentado, e na maioria das 
vezes, por se tratar de um ritmo rápido, a reabsorção 
iônica no ducto da glândula fica prejudicado. Desse 
modo, o líquido expelido pelo canal é isosmótico devido 
ao aumento acentuado da sudorese 
 
Termogênese 
➥ Energia em forma de calor gerada pelo organismo e é 
diretamente proporcional à taxa de metabolismo 
corporal. O metabolismo basal produz calor de forma 
contínua, e o metabolismo adicional pode ser por meio 
de: atividade muscular; efeito da Tiroxina; efeito da 
estimulação simpática (adrenalina e noradrenalina); 
aumento da atividade química celular 
➥ Produção interna do calor proveniente do 
metabolismo celular e da contração muscular. 
 
Termorreceptores 
➥ São neurônios especializados em distinguir às 
variações na temperatura tanto ambientais quanto 
corporais internas. Podem ser sensíveis ao calor ou ao 
frio 
➥ Termorreceptores periféricos: Na superfície externa 
(pele): são adaptativos, possuem maior grau de disparos 
conforme maior for a variação da temperatura. Na 
superfície interna: (mucosas digestória e respiratória) 
 
Receptores de calor 
➥ Apesar de serem demonstradas por testes 
psicológicos, essas fibras ainda não foram identificadas 
histologicamente. Supõe-se que elas são terminações 
nervosas livres, pois os sinais de calor são transmitidos 
principalmente por fibras do tipo C, com velocidades de 
transmissões de cerca de 0,4 a 2 m/s 
➥ Os receptores de calor apresentam uma atividade 
máxima paratemperaturas ao redor dos 40°C, embora 
respondam a temperaturas situadas entre 30°C e 45°C. 
Algumas terminações nervosas associadas a 
receptores de frio começam a descarregar novamente 
quando a temperatura ultrapassa os 40°C, aumentando 
a frequência dessa descarga em paralelo ao aumento 
da temperatura. Esse fenômeno é denominado resposta 
paradoxal, e é responsável por uma eventual sensação 
de frio provocada por temperaturas altas e 
potencialmente lesivas 
 
Receptores de frio 
➥ Tipo especial de terminação nervosa mielinizada do 
tipo A δ que se ramifica diversas vezes. Os sinais são 
transmitidos por essas fibras a uma velocidade de 
aproximadamente 20m/s. 
➥ Embora respondam a uma faixa ampla de 
temperaturas (entre 10°C e 40°C), exibem uma atividade 
máxima para temperaturas situadas em torno dos 25°C. 
Uma fibra para dor estimulada pelo frio: essas são 
estimuladas em temperaturas que variam de 5 a 15 
graus Celsius. A medida que a temperatura aumenta 
para 15 graus, os impulsos nessas fibras para dor/frio 
são interrompidos. A partir desse ponto os receptores 
apenas para o frio começam a ser estimulados, 
atingindo um pico de estimulação em 25 graus e 
diminuindo levemente acima de 40 graus 
 
 
 
Regulação da temperatura 
➥ O hipotálamo funciona como um termostato capaz de 
detectar as variações de temperatura do sangue que 
por ele passa e ativar os mecanismos de perda ou de 
conservação do calor necessários à manutenção da 
temperatura normal. Existem no hipotálamo dois centros 
frequentemente denominados: 
➥ Centro da perda do calor, situado no hipotálamo 
anterior (ou pré-óptico): Estimulações nesse 
desencadeiam fenômenos de vasodilatação periférica e 
sudorese, que resultam em perda de calor 
➥ Centro da conservação do calor, situado no 
hipotálamo posterior: estimulações no segundo resultam 
em vasoconstrição periférica, tremores musculares 
(calafrios) e até mesmo liberação do hormônio 
tireoidiano, que aumentam o metabolismo o qual gera 
calor 
➥ O hipotálamo é a região onde está determinado qual 
o ponto de ajuste corporal. O hipotálamo é o grande 
centralizador do controle termo regulatório do corpo. Na 
área pré-óptica localiza-se o órgão vascular da lâmina 
terminal, no qual não existe barreira hematoencefálica, e 
que funciona como um sensor especializado em 
detectar sinais químicos para termorregulação 
➥ O hipotálamo anterior ativa mecanismos de 
dissipação de calor: vasodilatação cutânea; sudorese; 
respiração ofegante. O hipotálamo posterior ativa 
mecanismos de conservação de calor: vasoconstrição 
cutânea; tremor muscular; sensação de calafrio e tremor 
involuntário com a finalidade de produzir calor 
➥ RESPOSTA AO AUMENTO DA 
TEMPERATURA: precisamos dissipar calor. Ativamos 
neurônios simpáticos pós ganglionares colinérgicos. Os 
neurônios pós ganglionares simpáticos liberam 
noradrenalina, só que nesse caso de resposta ao 
aumento da temperatura, nós ativamos os colinérgicos. 
Eles vão provocar secreção de suor e vasodilatação 
sanguínea cutânea 
➥ RESPOSTA À DIMINUIÇÃO DA 
TEMPERATUA: precisamos reter/gerar calor. Ativamos 
os neurônios simpático adrenérgicos. Provocando vaso 
constrição dos vasos superficiais da pele e acionamento 
da gordura marrom, capaz de promover a termogênese. 
Além disso ativamos a divisão somática motora, o que irá 
promover a produção de calor através do tremor

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