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e-Book 1 Rogério Chelucci PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO ESTRATÉGICA Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 4 O PENSAMENTO E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ������������������������������������������������ 5 HISTÓRICO E DEFINIÇÃO DO QUE É PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO �����������������11 PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA ����������������������15 PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO ���������������19 CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO �����������������21 MISSÃO, VISÃO E VALORES ������������������������24 MISSÃO DA EMPRESA ���������������������������������25 VISÃO DA EMPRESA E VISÃO ESTRATÉGICA ����������������������������������������������28 VALORES DE UMA EMPRESA ����������������������30 TIPOS DE PLANEJAMENTO �������������������������32 CONSEQUÊNCIAS DO NÃO PLANEJAMENTO �����������������������������������������37 1 - Custos mais elevados ou desnecessários ���������������� 38 2 - Desconhecimento dos problemas que a empresa enfrenta �����������������������������������������������������������������������39 3 - São mais afetados por crises, mudanças políticas ou econômicas ������������������������������������������������������������� 39 4 - Não preservam um posicionamento claro no mercado junto aos seus clientes� ���������������������������������� 40 5 - Falta de sustentabilidade que impede o crescimento 40 CRÍTICAS AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ����������������������������������������������45 ANÁLISE DOS STAKEHOLDERS ENVOLVIDOS NOS PROCESSOS ������������������49 AS TRÊS ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ����������������������������������������������50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������56 4 INTRODUÇÃO Olá! Seja bem-vindo (a) ao E-Book do Curso Planeja- mento e Execução Estratégica! Nessa primeira parte do nosso curso, vamos ana- lisar informações importantes, que vão te auxiliar no domínio deste assunto. Acreditamos que, ao final de nossos estudos – depois de conhecer os aspectos necessários, conceitos, etapas e tipos de planejamento estratégico –, você será capaz de participar de um projeto de criação e elaboração de um planejamento estratégico em sua empresa. Vamos começar? 55 O PENSAMENTO E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Ter um pensamento estratégico e saber fazer um bom planejamento é condição básica para empre- endedores, executivos e empresários alcançarem sucesso no mundo dos negócios – independente- mente do tamanho da empresa, do segmento em que atua ou dos produtos e serviços que vende. Somos um país com uma população reconheci- damente empreendedora. Isso leva a uma grande abertura de empresas, todos os anos; porém, tam- bém somos conhecidos pelo grande número de empresas que não sobrevivem por longo tempo. Diversos estudos analisam as inúmeras razões que levam ao fechamento prematuro dessas em- presas e colocam a falta de planejamento e de visão estratégica como um dos principais motivos. Apesar de a falta de planejamento ser notória, por que não se muda essa situação em nosso país? Custos altos para fazer planejamento? Necessida- de de ferramentas e recursos muito sofisticados e complexos? 66 Se quiser entender melhor a dificuldade do brasileiro de como planejar, bem como suas implicações, leia o artigo “Por que o brasileiro não tem cultura de planeja- mento?”, no site: https://www.terra.com.br/noticias/dino/ por-que-o-brasileiro-nao-tem-cultura-de-planejamento,- 05d639a022d8e77addbe239d5727de04rb7smavx.html Infelizmente ou felizmente, a resposta é mais simples do que parece. A falta de conhecimento do que é e de como se faz planejamento é um dos principais motivos. Outro fator importante é que a nossa cultura é imediatista; estamos habituados a esperar resultados muito rápidos, só que planejar de forma estratégica vai na contramão dessa nossa cultura, pois os resultados alcançados, geralmente, são de longo prazo. É importante frisar: não fazer planejamento estra- tégico não é exclusividade de pequenas empresas; o problema é encontrado também em empresas já estabelecidas e consolidadas, só que tradiciona- listas e conservadoras. Não é raro encontrarmos problemas assim em empresas familiares – em que os donos têm a crença de que “se chegaram até aqui fazendo do jeito que fazem, não devem mudar”. Eles só não percebem que o mundo moderno muda rapidamente e quem não muda SAIBA MAIS https://www.terra.com.br/noticias/dino/por-que-o-brasileiro-nao-tem-cultura-de-planejamento,05d639a022d8e77addbe239d5727de04rb7smavx.html https://www.terra.com.br/noticias/dino/por-que-o-brasileiro-nao-tem-cultura-de-planejamento,05d639a022d8e77addbe239d5727de04rb7smavx.html https://www.terra.com.br/noticias/dino/por-que-o-brasileiro-nao-tem-cultura-de-planejamento,05d639a022d8e77addbe239d5727de04rb7smavx.html 77 com ele fica para trás. Não se atentar a aspectos mínimos de planejamento e de visão estratégica pode levar a empresa a uma direção não prevista ou indesejada. A visão equivocada de que planejamento estratégico é oneroso, trabalhoso, complicado, sofisticado; que demanda muitos recursos humanos, financeiros e materiais – ou mesmo que é desnecessário – precisa ser abolida da mente dos empresários, empreendedores e gestores de empresas, seja a empresa do tamanho que for. Analisaremos isso mais adiante, ao comentarmos um estudo do SE- BRAE sobre a mortandade de empresas no Brasil. Oliveira (2009, p. 5) destaca que “o processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar; e um salutar modo de pensar envolve indagações; e indagações envolvem questionamentos sobre o que, como, quando, quanto, para quem, por que, por quem e onde fazer”. Mudar a forma de pensar depende da capacidade de síntese do gestor, ao analisar elementos do grande volume de informações que compõem a realidade da empresa; as condições de mercado, o posicionamento de concorrentes, a tendência de comportamento dos clientes, as oscilações da economia, as sinalizações do governo quanto a leis e regulamentações que podem afetar o ne- 88 gócio, entre outros. Ou seja, é preciso desenvolver um “pensamento estratégico” para fazer síntese de todos esses elementos, além de fazer uso da “intuição” e da criatividade, uma vez que tanto o pensamento estratégico quanto o planejamento estratégico não são uma ciência exata: jamais haverá certezas se os caminhos e ações definidos serão os melhores. Ao desenvolver a capacidade de pensamento estra- tégico, o gestor se prepara para desenvolver – de forma mais competente e efetiva – o planejamento estratégico. Aplicando a capacidade de síntese e a criatividade, ele desenvolve novos caminhos para resolver problemas antigos da empresa. Por isso, concluímos que o pensamento estratégico – como exercício de capacitação – antecede o planejamento estratégico, e passa a ser incorporado à rotina do gestor. A somatória dos dois fatores gera a “cultura estratégica”. 99 Figura 1: Cultura Estratégica Pensamento Estratégico Cultura Estratégica Planejamento Estratégico Fonte: Elaboração Própria. O gestor que se condiciona a praticar o pensamento estratégico desenvolve a intuição e a criatividade e isso lhe proporciona maior capacidade e abertura ao aprendizado do novo e do diferente. As novidades já não assustam mais e ele se predispõe a encarar e a interpretar novos cenários – na empresa e no mercado – que antes não eram percebidos ou que ele se recusava a enxergar, em um processo de fuga e negação da realidade. Com isso, o gestor passa a planejar estrategica- mente de forma natural, pois cada nova informação pode compor um plano ou projeto de melhoria das ações e processos da empresa. Vejamos a seguir um modelo que mostra as etapas de desenvolvimento de Pensamento Estratégico e Planejamento Estratégico: 1010 Figura 2: Planejamento e Pensamento Estratégico Pensamento Estratégico Planejamento Estratégico Informação Projetos e Planos Novos Cenários Aprendizado Intuição e CriatividadeAções Fonte: IntelligentiaVocê pode ler o texto “Pensamento ou planejamento estratégico?”, para mais elementos de reflexão sobre este tema. Acesse o link: http://blog.intelligentia.com. br/pensamento-ou-planejamento-estrategic Acesse o Podcast 1 em Módulos SAIBA MAIS http://blog.intelligentia.com.br/pensamento-ou-planejamento-estrategico/ http://blog.intelligentia.com.br/pensamento-ou-planejamento-estrategic http://blog.intelligentia.com.br/pensamento-ou-planejamento-estrategic 11 HISTÓRICO E DEFINIÇÃO DO QUE É PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO “É o uso de técnicas, métodos e ferramentas que criam o futuro da organização!” (CRUZ, 2017, p. 1) Desde tempos remotos, o homem se preocupa com o futuro e em como fazer para que seus objetivos e metas sejam alcançados. Mesmo nas tribos mais remotas, para fazer o cultivo de subsistência, era necessário fazer o “planejamento” – ainda que rudimentar – de quando plantar e quando colher, respeitando as estações do ano e os ciclos de chuva e sol. Nessas situações, podemos consi- derar que já havia, de forma insipiente, o conceito de planejamento. O conceito de planejamento estratégico nas em- presas começou a ganhar importância após o fim da Segunda Guerra Mundial, pois a administração das empresas passou a incorporar elementos científicos desenvolvidos em tempos de guerra, tais como: a coleta e análise de dados, cálculos estatísticos e de probabilidade. Segundo Kotler (2010, p. 86), a grande valorização do planejamento estratégico nos Estados Unidos da América ocorreu a partir dos anos 1970, devido 12 ao cenário conturbado que as empresas viviam naquele período: crise do petróleo, inflação alta, estagnação econômica e avanço das empresas japonesas em mercados antes dominados por empresas americanas. Devido à perda de competitividade, as empresas norte-americanas se viram obrigadas a não mais confiar em simples previsões de vendas e lucros e passaram a fazer estudos que culminaram em um planejamento estratégico fundamentado em três áreas-chave: Gerenciar o negócio como se fosse uma carteira de investimentos; Avaliar os pontos fortes do negócio, considerando a taxa de crescimento de mercado e a posição competitiva da empresa neste mercado; A estratégia por meio da criação de planos de ação e foco em atingir objetivos de longo prazo. Então, podemos afirmar que o planejamento estra- tégico evoluiu a partir da capacidade do indivíduo em olhar para o passado – analisando dados, passando a compará-los com o cenário presente 13 – e projetar caminhos para chegar ao futuro, a um estado ou condição desejada. A direção da empresa, de posse de seu plano estratégico e no curso de sua aplicação, deve se ater aos movimentos dos stakeholders e do mercado e, dessa forma, ao menor sintoma de problemas ou ruídos, deve alterar a estratégia de ação para cumprir seu objetivo. Segundo Oliveira (2009 p. 192), “o conceito básico de estratégia está correlacionado à ligação da empresa com o seu ambiente, que é externo e não controlável”. E, nessa situação, a empresa procura definir e operacionalizar estratégias que maximizam os resultados da interação estabelecida. Stakeholders é um termo da língua inglesa onde stake significa interesse, participação, risco; e holder significa aquele que possui. O termo foi criado pelo filósofo Robert Edward Freeman para designar pessoas ou grupo de pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a empresa. Os stakeholders de uma empresa são os clientes, funcionários, forne- cedores, parceiros de negócios, comunidade, governo, entre outros. FIQUE ATENTO 14 Perceba que os conceitos sobre planejamento estratégico são complementares e vitais na elabo- ração do plano estratégico de uma empresa. Usar a estratégia demanda utilizar, adequadamente, os recursos físicos, tecnológicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização de um eventual risco na trajetória para o cumprimento dos objetivos. Acesse o Podcast 2 em Módulos https://famonline.instructure.com/files/67783/download?download_frd=1 1515 PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA Talvez você já tenha lido ou ouvido falar no livro “A arte da guerra”, escrito há mais de 2.500 anos, pelo General chinês Sun Tzu. Embora o livro seja essencialmente um manual de estratégias de guerra, com inúmeros preceitos filosóficos, a obra tornou-se um manual indispensável sobre estraté- gias aplicáveis ao mundo dos negócios, servindo de guia para incontáveis gestores que buscavam e ainda hoje buscam orientação para as estratégicas das suas empresas. Nessa linha de raciocínio sobre os princípios que norteiam a criação de estratégias, Andrade explica: No contexto empresarial, foi a partir do início da década de 1960 que o estudo da estratégia passou a ser um objeto de interesse crescente por parte de muitos executivos, estudiosos e pesquisadores da área da administração. O volume de trabalhos e pesquisas que tem sido realiza- do para apoiar a atividade empresarial contribuiu para que a estratégia se convertesse no núcleo da literatura especializada em gestão. Em função dessa importância, este tema apresenta um corpo de conhecimentos que, além de amplo, se carac- teriza por uma variedade de perspectivas, o que dificulta as tentativas de se apresentar um conceito que possa vir a ser universalmente aceito, por exemplo: Chandler define estratégia como a determinação das metas bá- 1616 sicas de longo prazo e dos objetivos da empresa, assim como a adoção dos cursos de ação e da alocação dos recursos necessários para levar a cabo estas metas. Para Ansoff, a palavra estratégia significa regras de decisão em condições de desconhecimento parcial, ou seja, quando somente algumas das alternativas possíveis são conhecidas. Para Steiner, estratégia refere-se às ações necessárias para o alcance dos objetivos pre- tendidos. Segundo Andrews, estratégia é o padrão dos objetivos, propósitos ou metas e as políticas e planos essenciais para conseguir ditas metas, estabelecidas de tal maneira que definam em que tipo de negócio a empresa está ou quer estar e que tipo de empresa é ou quer ser. Na concepção de Mintzberg, há pelo menos cinco formas distintas para definir estratégia: (1) plano, (2) pauta de ação, (3) padrão, (4) posição e (5) perspec- tiva. Como plano (que, para Mintzberg, é o conceito mais utilizado), a estratégia é uma espécie de curso de ação conscientemente determinado, um guia (ou uma série de guias) para abordar uma situação específica. De acordo com essa definição, estas são elaboradas antes das ações às quais aplicar-se-ão, e desenvolver-se-ão de maneira consciente e com um propósito determina- do. Isto é, primeiro as estratégias são formuladas para depois serem implementadas. Desde um ponto de vista mais restrito, a estratégia (como um plano) pode ser concebida como uma pauta de ação específica. Por exemplo, as “manobras” que as empresas utilizam no “jogo de mercado”, para fazer frente aos competidores. (ANDRADE, 2016, p. 3) 1717 Ainda segundo Andrade (2016. p. 7), podemos considerar que existem três tipos de estratégias: As estratégias corporativas são relativas às deci- sões pertinentes aos negócios em que a empresa participa e suas ações de avanço ou recuo no mer- cado, seu posicionamento comercial, como aplicar o capital da empresa e como fazer a gestão, de forma geral. Elas ocorrem no topo da administra- ção da empresa e, geralmente, são desenvolvidas pela alta direção de uma corporação; por exemplo, presidente e diretores da corporação. As estratégias no nível da unidade de negócio se aplicam para empresas que atuam em mais de uma frente, possuindo um mix de produtos e serviços. As estratégias, nesse caso, são relativas às formas de buscar vantagens competitivas em cada um dos negócios da empresa. Elas respon- dem à questão sobre como a empresa irá competir no mercado em cada uma das frentes que atua. Por exemplo, uma empresa que fabrica inúmeros componentes automotivos pode avaliar que a venda de veículosde passeio está em declínio e a venda de veículos pesados – como caminhões e ônibus – está em elevação, por isso, ela decide diminuir os esforços em uma área e redobrar em outra área mais promissora. 1818 E, por último, as estratégias funcionais, que consi- deram as ações criadas pelas áreas que compõem a empresa; tais como: área de marketing, vendas, engenharia, produção, administrativa. Cada uma dessas áreas precisa trabalhar em sincronismo e sinergia. Figura 3: Os três níveis de estratégias ESTRATÉGIA CORPORATIVA: Análise de Atratividade ESTRATÉGIA AO NÍVEL DE UNIDADE DE NEGÓCIO: Competitividade: ESTRATÉGIA AO NÍVEL DE UNIDADE DE NEGÓCIO: Competitividade: MATRIZ DA CORPORAÇÃO Em que setor vamos atuar, e em que negócios vamos entrar ou sair? Como desenvolver as atividades empresariais frente ao ambiente competitivo? Como desenvolver as atividades empresariais frente ao ambiente competitivo? Unidade de Negócio A Produção Marketing Finanças Finanças Marketing Produção Unidade de Negócio B Fonte: ANDRADE (2016) 19 PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO De acordo com Oliveira (2009, p. 6), são quatro os princípios gerais aplicados a um correto planejamen- to estratégico, em sua concepção e organização: a) O princípio da contribuição aos objetivos: deve- -se hierarquizar os objetivos, listando-os em ordem de importância, colocando como meta principal a ser alcançada os objetivos máximos da empresa. b) O princípio da precedência do planejamento: deve-se relacionar as funções administrativas em ordem de importância (organização, gestão de pessoas, direção e controle). Este é o momen- to em que os funcionários são designados para cumprirem metas e determinações previamente estabelecidas no planejamento estratégico. É fundamental lembrar que, para o planejamento estratégico funcionar, cada tarefa deverá ter um responsável por sua execução; c) O princípio das maiores influências e abrangência: o planejamento, muito provavelmente, provocará modificações referentes às características e ati- vidades da empresa. Nesta etapa, a execução do planejamento está em andamento. Sua implanta- ção pode causar mudanças no fluxo de trabalho, reestruturação de áreas, troca de gestão. Será 20 necessário que a empresa prepare os funcionários para lidarem com os desafios que enfrentarão por meio de capacitação e treinamentos que supram as carências técnicas comportamentais exigidas neste novo cenário; d) O princípio das maiores eficiência, eficácia e efetividade: O que é mais importante para uma empresa, no tocante ao planejamento estratégico: eficiência ou eficácia? A resposta correta seria as duas, pois ambas são úteis para atender os obje- tivos organizacionais estabelecidos. Você sabe definir o que são: eficiência, eficácia e efetividade? Eficiência: é fazer as coisas da maneira certa e de forma adequada, de modo que resolva o problema. É fazer certo as coisas. Eficácia: uma pessoa pode passar muito tempo fazendo o que lhe foi designado, porém, se a tarefa não resolver o problema ao qual se propôs, ele não será considerado eficaz. É fazer a coisa certa. Efetividade: refere-se aos benefícios obtidos pela em- presa, resultante das ações certas feitas da maneira correta e que dão um ganho competitivo à empresa, perante seus concorrentes. É a junção da eficiência com FIQUE ATENTO 2121 CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Para o gestor, planejar deveria ser um processo rotineiro e sem fim. Todo planejamento bem elaborado deveria ser composto de uma série de procedimentos e diretrizes inter-relacionados. Oliveira (2009, p. 14) define e explica as cinco partes de um planejamento: 2222 * Planejamento dos fins: especificação do estado futuro desejado, ou seja, a visão, os valores, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos funcionais, os desafios e metas. * Planejamento dos meios: proposição de caminhos para a empresa chegar ao estado futuro desejado, por exemplo, pela expansão da capacidade produtiva de uma unidade e/ou diversificação de produtos. Aqui tem-se a escolha de macroestratégias, macropolíticas, estratégias, políticas, procedimentos e processos. * Planejamento organizacional: esquematização dos requisitos organizacionais para poder realizar os meios propostos. Aqui, pode-se ter, por exemplo, a estruturação da empresa em unidades estratégicas de negócios. * Planejamento da implantação e do controle: corresponde à atividade de planejar o acompanhamento da implantação do empreendimento, bem como a decorrente avaliação dos resultados apresentados. * Planejamento dos recursos: dimensionamento de recursos humanos, tecnológicos e materiais, bem como a determinação da origem e aplicação de recursos financeiros. Aqui se tem o estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários ao alcance do futuro desejado. 2323 Por meio do planejamento é possível mudar o rumo de uma empresa: A Grendene, dona da marca Ipanema, protagonizou um caso de sucesso, quanto ao planejamento estratégico, em 2007. A direção da empresa decidiu que estava na hora da marca ganhar o mercado internacional, da mesma forma que sua concorrente, Havaianas, havia conseguido fazer. Um dos pontos mais importantes do planejamento estratégico consistia em associar a marca e seus produtos à imagem da modelo Gisele Bündchen e à temática indígena, centralizando os esforços de marketing na sandália Ipanema, com desenhos simples e preço competitivo. Hoje os produtos com a marca Ipanema são exportados para mais de 90 países. Saiba mais nos links: http://mundodasmarcas.blogspot.com/2010/06/gren- dene.html h t t p s : // i s s u u . c o m / a n d r e 0 7 7 7 / d o c s / case_top_de_mkt_advb_-_versa http://gestaodeequipes.com.br/planejamentos-de-su- cesso-conheca-4-casos-inspiradores/ REFLITA http://mundodasmarcas.blogspot.com/2010/06/grendene.html http://mundodasmarcas.blogspot.com/2010/06/grendene.html https://issuu.com/andre0777/docs/case_top_de_mkt_advb_-_versa https://issuu.com/andre0777/docs/case_top_de_mkt_advb_-_versa http://gestaodeequipes.com.br/planejamentos-de-sucesso-conheca-4-casos-inspiradores/ http://gestaodeequipes.com.br/planejamentos-de-sucesso-conheca-4-casos-inspiradores/ 24 MISSÃO, VISÃO E VALORES Não há planejamento estratégico efetivo sem que antes ocorra uma profunda discussão dentro da empresa, promovida pela liderança, sobre as ba- ses que servirão de alicerces para a corporação. Nessas discussões e reflexões é preciso colocar em pauta os seguintes questionamentos: y O que fazemos e por que fazemos? y No futuro, onde queremos chegar? y Como faremos o que faremos? A partir dessas reflexões e discussões, com as respostas a essas três perguntas, espera-se que a direção da empresa tenha o ponto de partida para ser capaz de elaborar: y Missão y Visão y Valores Acesse o Podcast 3 em Módulos https://famonline.instructure.com/files/67734/download?download_frd=1 2525 MISSÃO DA EMPRESA Segundo Oliveira (2015, p. 52), missão é a razão de ser da empresa. Nesse ponto, procura-se determi- nar qual o negócio da empresa, por que ela existe, ou, ainda, em que tipos de atividades a empresa deverá concentrar-se no futuro. Já para Andrade (2016, p. 27), a missão de uma empresa é a expressão do motivo da empresa existir. Ela será o elemento central da orientação quanto às decisões que a direção da empresa deverá tomar e norteará os caminhos a serem seguidos. A missão bem definida e disseminada para os colaboradores da empresa dará alma, vida ao ne- gócio; por isso, para definir de forma correta qual a missão da empresa é preciso fazer um exercício que extrapole os produtos ou serviços que a em- presa produz ou executa para o cliente. Por exemplo, se uma padaria criasse uma missão focada no seu produto principal, sem “ir além”, provavelmente seria algo do tipo: “Nossa missão é fazer pães e vendê-los para nossos clientes”. Com essa missão, a empresa estaria fadadaa ser apenas mais uma em um mercado saturado de gente fazendo a mesma coisa. Agora, se a padaria decidisse criar uma missão com foco no cliente, e não no produto, ela poderia 2626 definir sua missão como: “Oferecer alimentos de alta qualidade para transformar os encontros dos nossos clientes em verdadeiras experiências gas- tronômicas regadas de prazer e emoção”. Nesse caso, a empresa teria um objetivo mais desafiador para ela própria e mais atraente para seus clientes. Segundo Andrade (2016. p. 114), é preciso res- ponder várias perguntas, antes de definir qual a missão da empresa: y Qual a razão de ser da empresa? y Qual a natureza do(s) negócio(s) da empresa? y Quais são os tipos de atividades em que a empresa deve concentrar seus esforços no futuro? y O que a empresa vende e pretende vender ao mercado? É agilidade? É conhecimento? É diferen- ciação? É inovação? y Quais os fatores de influência nessas vendas? y Qual o diferencial de conhecimento necessário para essas vendas? y Quais os mercados-alvo, os clientes, os pro- dutos e os serviços? y Qual o diferencial competitivo da empresa? y E o de cada um dos principais concorrentes? y Qual a região de atuação da empresa? y Qual a imagem que a empresa faz de si própria e pela qual quer ser reconhecida? 2727 y Qual a imagem que o mercado tem da empresa? y Quais as necessidades sociais que pretende atender? y Quais as principais crenças e valores da empresa? 28 VISÃO DA EMPRESA E VISÃO ESTRATÉGICA Será que todas as empresas sabem aonde querem chegar? As micro e pequenas empresas, geralmente, care- cem da visão de futuro; muitas vezes, se preocupam apenas em sobreviver no momento presente. Se a missão define a razão de a empresa existir, a visão define o que ela quer ser no futuro, significa aonde a empresa quer chegar. A visão também tem sido estabelecida como um modelo mental de um estado ou situação altamente desejável, de uma realidade futura possível para a organização. Quando as empresas se limitam a olhar apenas para o momento presente e para seus produtos e serviços, tão somente, chamamos isso de visão míope. Já quando ela consegue enxergar seu po- tencial e onde pode chegar com o esforço certo, consideramos que ela possui visão estratégica. Abaixo, veja uma comparação entre essas duas visões: 29 Figura 4: Definição do negócio: visão míope e visão estratégica NEGÓCIO EMPRESA Avon Comésticos Beleza Informação Alegria Alimentos Transporte Energia Soluções em transporte Informação, cultura e entretenimento Soluções em transporte Automação de escritórioCopiadoras Computadores Brinquedos Aluguel de Carros Tempero Elevadores Combustível Livros e revistas Veículos e Implementos Xerox Estrela Localiza Arisco Random Atlas Exxon (Esso) Abril IBM VISÃO MÍOPE (produtos ou serviços) VISÃO ESTRATÉGICA (benefícios) Fonte: Andrade (2016. p. 25) 3030 VALORES DE UMA EMPRESA Valores são as crenças de uma empresa que nor- teiam as atitudes dos colaboradores que nascem na direção da empresa e vão descendo e influen- ciando os níveis imediatamente inferiores, até que ela adquira uma “maneira de ser e agir”. Segundo Hill (2009, p. 48), “Os valores de uma empresa declaram como seus funcionários e gestores de- vem se comportar, como devem fazer negócios e, ainda, que tipo de organização devem construir para ajudá-lá a cumprir sua missão. Toda companhia possui sua própria cultura orga- nizacional e, dentro dela, pode-se identificar os valores que norteiam as políticas e as relações interpessoais, seja entre os funcionários, seja com os clientes, seja com os fornecedores ou até mesmo com o governo. Se a direção de uma empresa não cultiva e disse- mina valores socialmente éticos, muito provavel- mente seus colaboradores também não os terão em seus comportamentos do dia a dia, e a falta de bons valores cobrará seu preço nos resultados obtidos em longo prazo, pois afetarão a reputação da companhia, muitas vezes, de forma irreversível. 3131 Se atentarmos para as considerações de Costa (2014), perceberemos que existem inúmeras de- finições para cultura organizacional. Segundo seu relato, “o conceito mais simples que já encontrado é: cultura é o modo como pensamos e como fa- zemos as coisas por aqui”. A maneira que se faz as coisas é o melhor resumo para definir o que são os valores e o seu efeito no comportamento da empresa. 32 TIPOS DE PLANEJAMENTO Segundo Oliveira (2018), existem três tipos de planejamento Planejamento Estratégico: Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos – não controláveis – e atuando de forma inovadora e diferenciada. O planejamento estratégico é, normalmente, de res- ponsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação – estratégias – a serem seguidos para sua consolidação, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada. Também considera as premissas básicas – políticas – que a empresa, como um todo, deve respeitar para que o processo estratégico tenha coerência e sustentação decisória. Planejamento tático: Planejamento tático é a metodologia administra- tiva que tem por finalidade otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos 33 objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico. O planejamento tático é desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como prin- cipal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consolidação de objetivos previamente fixados segundo uma estratégia pre- determinada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. Planejamento Operacional: Planejamento operacional é a formalização, prin- cipalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementa- ção de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa. Portanto, nessa situação tem-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Os planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planeja- mento tático. 34 Figura 5: Pirâmide organizacional e alguns exemplos dos tipos de planejamento Decisões estratégicas Decisões táticas Decisões operacional Planejamento estratégico Planejamento tático Planejamento operacional NÍVEL ESTRATÉGICO NÍVEL TÁTICO NÍVEL OPERACIONAL Fonte: Adaptado de Vasconcellos e Machado, 1979, p. 5. Ao relacionarmos a hierarquia da empresa a uma pirâmide, é possível perceber que, conforme o nível hierárquico do colaborador, sua responsabilidade quanto à tomada de decisão muda, assim como sua participação no planejamento da empresa. Pensando nos líderes da corporação, quanto mais elevada sua posição na pirâmide corporativa – por exemplo, um presidente ou diretor –, maior seu envolvimento com o planejamento estratégico da empresa, que nada mais é do que ter uma visão estruturada de longo prazo. Já os colaboradores que se posicionam no meio da pirâmide hierárquica da corporação, ocupando cargos de média gerência, deverão se envolver no planejamento tático da empresa, que é a visão de médio prazo e que, para ser formulado, deve se basear no planejamento estratégico de longo prazo. 35 Os funcionários que se encontram na base da pirâmide são os que exercem papeis de liderança menores, como coordenadores ou líderes de seção. Na tabela abaixo, podemos identificar os níveis estratégicos relacionados ao tipo de planejamento, conforme a área da empresa. Tabela 1: Tipos e níveis de planejamento nas empresas. Tipo Nível Planejamento estratégico Estraté- gico Planeja- mento mercado- lógico Planeja- mento financeiroPlaneja- mento da produção Planeja- mento de recursos humanos Planeja- mento organiza- cional Tático Plano de preços e produtos Plano de despesas Plano da capaci- dade de produção Plano de recruta- mento e seleção Plano diretor de sistemas Opera- cional Plano de promoção Plano de investi- mentos Plano do contro- le de qualidade Plano de treina- mento Plano de estrutura organiza- cional Plano de vendas Planos de compras Plano de estoques Plano de cargos e salários Plano de rotinas adminis- trativas Plano de distribui- ção Plano de fluxo de caixa Plano de utilização de mão de obra Plano de promo- ções Plano de infor- mações gerenciais Plano de pesquisas de merca Plano orçamen- tário Plano de expedi- ção de produtos Plano de capaci- tação interna Plano de comunica- ções Fonte: Oliveira (2015) 36 É um erro grave, ao realizar planejamento estratégi- co, não considerar alguma das áreas da empresa, ou mesmo não planejar dentro do nível em que a área se encontra. Outro ponto fundamental para o sucesso do pla- nejamento é que ele precisa ser o mais detalhado possível e, além disso, precisa ser informado e explicado para todos os stakeholders. Podemos afirmar que o planejamento detalhado, considerando aspectos estratégicos, táticos e operacionais, deve ser aplicado para empresas de todos os tamanhos e portes e de qualquer segmento econômico. Acesse o Podcast 4 em Módulos https://famonline.instructure.com/files/67735/download?download_frd=1 3737 CONSEQUÊNCIAS DO NÃO PLANEJAMENTO Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE), no Brasil, são abertas, todos os anos, uma média de 700 mil empresas. O mesmo IBGE indica que, em cada dez empresas, seis fe- cham as portas antes de completar cinco anos de vida. Esses números se agravam ainda mais em épocas de crise econômica, devido à escassez de clientes, fazendo com que as disputas no mercado sejam cruéis, principalmente para as empresas despreparadas e que não possuem um planeja- mento estratégico para reagir e se proteger, nos momentos difíceis. Um dos principais fatores que levam ao fechamen- to dessas empresas – e à frustração de tantos empresários e empreendedores – é a falta de conhecimento e de habilidade para fazer planeja- mento estratégico. Embora não seja exclusividade, geralmente, são as pequenas empresas que menos incorporam a prática em seus processos adminis- trativos. Talvez o maior desafio do empresário seja enxergar a sua importância. Existem inúmeros recursos para ajudar os empre- sários, inclusive normas ISO 9001 – utilizadas por mais de um milhão de empresas –, que tratam dire- 3838 tamente do sistema de gestão da organização. As normas contemplam não apenas o planejamento estratégico, mas várias áreas da empresa. Base- ar-se nas ISO 9001 para elaborar o planejamento estratégico pode ser de grande valia, principalmente para empresários que não possuem capacidade de investir no apoio de empresas especializadas na tarefa, uma vez que essa norma oferece dire- cionamento dos procedimentos técnicos. ISO é a sigla de “International Organization for Stan- dardization”, traduzindo: Organização Internacional da Padronização. ISO é uma entidade fundada em 1947, em Genebra, na Suíça, com a finalidade de manter a qualida- de de empresas e produtos por meio de normatizações técnicas. Sua função é aprovar normas técnicas para serem seguidas pelo mundo todo. Entre os inúmeros problemas causados pela ausência de planejamento estratégico, podemos relacionar cinco principais: 1 - CUSTOS MAIS ELEVADOS OU DESNECESSÁRIOS Quando não há planejamento, fica muito mais difícil prever gastos ou mesmo evitá-los. Quando não há FIQUE ATENTO 3939 a visão de longo ou médio prazo, algumas situa- ções só são identificadas quando são inevitáveis. É muito comum, quando da ausência de planeja- mento, ocorrer compra de materiais e produtos absolutamente desnecessários ou mesmo a com- pra urgente de itens necessários e que, devido à urgência, acabam custando mais do que deveriam. O planejamento estratégico permite reduzir essas despesas desnecessárias ou diminuir os custos necessários por meio do planejamento. 2 - DESCONHECIMENTO DOS PROBLEMAS QUE A EMPRESA ENFRENTA Muitos empresários não conseguem enxergar onde se encontra o “gargalo” da sua empresa. Sem a devida análise que um processo de planejamento estratégico exige, é quase impossível para o em- presário inexperiente enxergar os pontos fracos. 3 - SÃO MAIS AFETADOS POR CRISES, MUDANÇAS POLÍTICAS OU ECONÔMICAS Empresas que não acompanham as mudanças nem estudam os impactos em seu negócio, têm grandes chances de se complicarem, pois não se preparam financeiramente para enfrentar os 4040 desafios, diminuindo custos ou fazendo provisões para dias difíceis. 4 - NÃO PRESERVAM UM POSICIONAMENTO CLARO NO MERCADO JUNTO AOS SEUS CLIENTES. Por não terem missão, visão e valores definidos, não possuem uma identidade que cative um de- terminado grupo de clientes. Essa falta de padrão no comportamento e na maneira de agir não gera fidelização de clientes, fazendo com que seu maior atrativo seja o preço baixo. A maioria das empresas que fecharam em até dois anos de existência – além de não ter planejamento estratégico – tinham, como posicionamento, oferecer preços baixos. 5 - FALTA DE SUSTENTABILIDADE QUE IMPEDE O CRESCIMENTO A preparação para o crescimento envolve inúmeros fatores, entre os principais, saber dimensionar o número de colaboradores adequado e o número de equipamentos necessários para atender a nova demanda gerada pelo crescimento. Grande parte dos empresários despreparados, quando enfrentam o aumento de demanda, ao invés de aproveitarem a oportunidade, acabam tendo problemas sérios, por 4141 não saberem equacionar a estrutura da empresa a nova realidade de clientes. O que deveria ser motivo de comemoração, logo se transforma em um pesadelo, devido à falta de planejamento da estrutura do negócio. Tudo isso leva à diminuição de lucros, prejuízos, perda de clientes, desgastes com funcionários e colaboradores, desgaste da imagem junto ao cliente e, por fim, fechamento da empresa. É claro que não se pode atribuir todos os proble- mas de uma empresa somente à falta ou falha no planejamento estratégico, ainda que este seja o principal fator e que pode levar a empresa ao fracasso. Porém, somados à falta de planejamento estratégico, podemos incluir outros três motivos principais, que, se não observados, são prejudiciais: y a situação do empresário antes da abertura – se o empresário estava capitalizado de forma satisfa- tória, antes da abertura da empresa; por exemplo, possuindo dinheiro suficiente para capital de giro para operar durante, pelo menos, um ou dois anos, antes de retirar dinheiro da empresa; tendo fundo suficiente para suas despesas pessoais, nesse período, o que evita que se queira retirar dinheiro da empresa antes da hora. y a capacitação em gestão empresarial – se o empresário se qualificou para fazer a gestão do 4242 próprio negócio; por exemplo, aprendendo finanças básicas para a gestão da empresa; aprendendo sobre gestão de estoque ou gestão comercial; contratando profissionais especializados para de- terminadas tarefas como, por exemplo, contadores. y a gestão do negócio em si – se, no dia a dia, o empresário souber se comportar como empresário de fato; por exemplo, não misturando as finanças pessoais com as finanças da empresa, acompa- nhando os funcionários e se posicionando como líder, estando presente na rotina da empresa, desde a abertura até o fechamento. Um estudo do SEBRAE, de 2016, analisou dados de cerca de 2.000 empresas abertas no Brasil, entre os anos de 2011 e 2012. A pesquisa teve a finalidade de estudar a taxa de sobrevivência das empresas brasileiras, em um período de dois anos, comparando as empresas que permaneceram abertas emrelação às que fecharam. Foi percebido que as empresas que conseguiram sobreviver nesse período fizeram planejamento, antes de abrir por, em média, 11 meses. O estudo indicou que o planejamento realizado pode ser considerado de qualidade. Já as empresas que fecharam durante este mesmo período relataram uma média de oito meses de planejamento, além de indicarem que o planeja- 4343 mento teve qualidade inferior, se comparado ao grupo de empresas que sobreviveram. Podemos verificar, na tabela abaixo, parte dos achados da pesquisa: Empresas sobreviventes Empresas fechadas Antes Da Abertura: Era empregado no mes- mo ramo Estava desempregado Abriu por oportunidade Abriu por necessidade Desejava ter o próprio negócio Abriu por exigência de cliente/fornecedor Planejamento/ Recursos Planejou por mais tempo (11 meses) e com mais qualidade Planejamento deficiente (8 meses) Negociou prazos com fornecedores Não negociou prazos com fornecedores Obteve empréstimo em bancos Não obteve empréstimo em bancos Gestão do negócio Aperfeiçoava produtos com frequência Não aperfeiçoava produtos Investia na capacitação da mão de obra e dos sócios Não investia na capacita- ção da mão de obra e dos sócios Estava sempre atuali- zado com respeito às novas tecnologias do setor Não se atualizava Acompanhamento rigo- roso receitas/despesas Não fazia acompanhamen- to rigoroso receitas/despesas Diferenciava produtos e serviços Produtos sem diferencial Capacitação Fez curso para melhorar o conhecimento sobre como administrar um negócio, enquanto tinha a empresa Não fez nenhum curso sobre gestão do negócio 4444 O SEBRAE dispõe os resultados de duas pesquisas re- alizadas sobre a mortandade das empresas no Brasil. Nesses materiais, podemos perceber a importância do planejamento e os resultados da falta de planejamento. Para acessar as apresentações com os dados das pes- quisas, acesse o link abaixo e leia o estudo na íntegra. http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/ Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-relato- rio-2016.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/ UFs/SP/Anexos/causa_mortis_2014.pdf Acesse o Podcast 5 em Módulos SAIBA MAIS http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/Anexos/causa_mortis_2014.pdf http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/Anexos/causa_mortis_2014.pdf 45 CRÍTICAS AO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO O Planejamento Estratégico também é alvo de críticas. Essas críticas nascem tanto do meio acadêmico quanto de dentro das empresas. O que leva às críticas, provavelmente, tem relação com a falta de habilidade de alguns gestores em flexibilizar o planejamento estratégico, usando-o de forma engessada e rígida, e não implantando maleabilidade em seus planos originais, que, ge- ralmente, são regados de formalismo, burocracia e falta de criatividade. O pensamento voltado para a inovação e a modernidade fica esquecido. Outro motivo que leva a duras críticas é a grande dificuldade de implementação de alguns plane- jamentos estratégicos que se mostram muito complexos e pouco práticos. Ainda assim, apesar das críticas, a prática do pla- nejamento estratégico continua a ter destaque nas corporações e a ser um dos fatores de sucesso de muitas empresas. Um dos motivos de existirem críticos e apaixonados pelo planejamento estra- tégico é que existem uma infinidade de técnicas, ferramentas e mecanismos que são chamados de 46 planejamentos estratégicos. Muitos funcionam e outros nem tanto. Outro ponto que merece a atenção, quanto a gerar críticas ao planejamento estratégico, é que ele, para não ser utópico, carece de comunicação efetiva e de diálogo constante entre as áreas da empresa, líderes e a alta direção da empresa. O plano criado precisa ser tangível, entendível e praticável por todos os stakeholders. Foi nos anos 1970 que o planejamento estratégico ganhou maiores críticas e foi posto em xeque. O cenário de agravamento dos problemas de con- trole, coordenação e o aumento de multinacionais e estatais forneceram o ambiente favorável ao planejamento estratégico como um componente indispensável para alcançar o desempenho es- perado e a superação de desafios presentes, o que resultou em uma enorme influência sobre os processos de formação da estratégia. Entretanto, devido a formulações de planos restritivos, incapa- zes de alcançar suas promessas em longo prazo, não se sustentava. Os principais pontos de crítica são: y como ter certeza da validade das análises de pontos fortes e fracos antes de testá-los? y como ignorar a relação entre o passado e a estratégia criada? 47 y como enfrentar um ambiente em constantes mudanças e como separar o pensamento da ação? Ligar o mundo interior das organizações ao mun- do exterior do ambiente é um ponto obrigatório. Abandonar, aos poucos, ideias positivistas, de que “crio estratégias, logo existo” e partir para o mo- dernismo, análise do que realmente é feito, trans- formaria as falácias desse planejamento em áreas que possibilitariam a compreensão da estratégia como prática social. O planejamento estratégico ortodoxo resulta em sete disparidades: entre as fantasias gerenciais e as competências organiza- cionais, entre os objetivos reais, claros e os futuros, possíveis e imprevisíveis, entre o planejamento e a implementação, entre a mudança planejada e a evolução emergente, entre os meios e os fins, entre uma mente planejadora e um corpo planejado e, finalmente, entre a ordem e a desordem. Quando se analisa o que ocorre verdadeiramente nas or- ganizações, em termos de formulação estratégica na prática, surgem seis novas áreas a serem con- sideradas: poder, identidade profissional, agentes não humanos, ética, linguagem e instituições. A questão é: se a abordagem da estrutura estraté- gica empresarial ainda é pertinente em ambientes dinâmicos como os de hoje. A análise da estrutura organizacional, seus pontos fortes e fracos, como diretrizes para a formulação da estratégia pode 48 não ser uma boa opção. As mudanças são rápidas e nem sempre a estrutura é dinâmica, a ponto de acompanhar os novos cenários. Ajustes internos, foco, compromisso e até mesmo a necessidade de estratégia precisam ser reconsideradas. Uma vez classificadas, as mudanças devem ser discutidas, pois não há aplicação universal e cada abordagem faz parte de um contexto assumido. 4949 ANÁLISE DOS STAKEHOLDERS ENVOLVIDOS NOS PROCESSOS Os envolvidos com a empresa, a quem chamamos de stakeholders, precisam ser avaliados e anali- sados quanto à sua importância e participação dentro do contexto do planejamento estratégico. Será preciso prever e dimensionar o impacto que o planejamento estratégico acarretara nas relações com funcionários, fornecedores, governo, comu- nidade e sociedade civil, entre outros. Todos os stakeholders, de uma forma ou de outra, serão afetados pelas mudanças que o planejamento estratégico promoverá na empresa. É importante ficar atento aos impactos e como cada um reagirá a eles, pois pode ser necessário tratar com mais atenção um ou outro, conforme seu papel, impor- tância e efeito que as mudanças desencadearam. Com isso, é indispensável reavaliar a cadeia de valor da empresa, pois será impactada e acabará por gerar novos pontos fortes e fracos, e novos elementos competitivos e de diferenciação. Para Hill (2013, p.139), ao falar sobre cadeia de valor, ele destaca que “a expressão cadeia de valor se refere à ideia de que uma empresa é uma cadeia de atividades destinadas a transformar insumos em produtos que sejam valorizados pelos consumidores.” 50AS TRÊS ETAPAS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Para concluir o que estudamos até aqui, analisemos os ensinamentos de Pereira (2010, p. 54), sobre a elaboração do planejamento estratégico – que pode ser dividido em três etapas: 1ª Etapa – Antes do planejamento Realização do diagnóstico estratégico. Quando pensamos em uma pequena empresa, será atribuição do dono ou dos sócios; quando falamos de uma grande corporação, do presidente e seus diretores; quando pensamos em governos, o presidente e seus ministros. Todos eles são os responsáveis por tomar as decisões e as diretrizes das empresas que lideram. Portanto, são estas as pessoas responsáveis por fazer o planejamento estratégico. Entretanto, não haverá planejamento, se não houver antes um diagnóstico que responda as seguintes perguntas: y é esse o momento ideal para a organização desenvolver um planejamento estratégico? y a organização não está passando por grandes turbulências que podem “de largada” inviabilizar o processo todo? 51 Por exemplo, está com dificuldades financeiras; membros da coalizão dominante abaixo (diretores da organização) estão em conflito; a organização precisa demitir pessoas imediatamente ou até mesmo no médio prazo. Caso elementos como esses – e outros parecidos – sejam comuns, o planejamento estratégico não deve ser iniciado. Primeiro, a organização terá de resolvê-los. São elementos que não dizem respeito ao processo de Planejamento Estratégico, mas sim as decisões estratégicas que, se não forem sanadas antes de iniciar, temos a certeza que farão o planejamento ser um grande fracasso; e y a maior coalizão dominante da organização está consciente da sua responsabilidade, ou seja, tem consciência de que terá de se envolver 100% com o processo? Eles sabem o que é realmente um planejamento estratégico? Caso as respostas encontradas sejam negativas ou duvidosas, a organização não deve começar o processo de planejamento estratégico em hipó- tese alguma, pois há grandes chances de o plano fracassar, por ser executado de forma errada, parcialmente, ou de sequer sair do papel. Nesse caso, se a empresa ainda assim insistir em seguir com o planejamento estratégico, é provável que haja frustração em todos os níveis hierárqui- 52 cos pela falta de foco e comprometimento com as novas diretrizes e metas propostas pelo plano. Além disso, e tão grave quanto, corre-se o risco de nunca mais a organização conseguir implantar um planejamento estratégico, pois o seu ambiente foi contaminado. Cria-se a crença de que plane- jamento estratégico não funciona, pelo contrário, só atrapalha as atividades da empresa. Por fim, podemos dizer que esse momento é o da intenção, do discurso, da aceitação por parte da coalizão dominante da organização, ou seja, o aceite e o compromisso das pessoas que deter- minam os seus rumos estratégicos. 2ª Etapa – A formulação das etapas do processo de planejamento estratégico É nesta hora que se colocam no papel as etapas do processo de planejamento estratégico. É preciso elaborar e escrever: y Definição da missão; y Definição da visão; y Declaração de valores; y Fatores críticos de sucesso; y Análise de ambiente externo; y Análise de ambiente interno; y Elaboração da Matriz SWOT ou FOFA; y Definir posicionamento e organizar as estraté- gias para o novo posicionamento; 53 y Criar metas a serem alcançadas que levem aos objetivos aplicando conceito SMART de metas; y Definir uma com cronograma de efetivação das ações estratégicas utilizando 5W2H. 3ª Etapa – Implementação e controle do processo de planejamento estratégico Este é o momento da execução de tudo aquilo que foi discutido, elaborado e planejado. Requer acompanhamento e controle para que não ocorram erros na execução do plano. No infográfico abaixo, é possível visualizar as três etapas do planejamento estratégico: 54 • Fazer análise SWOT para cada unidade de negócio, produto e/ou serviço • Ações efetivas • Comunicado aos funcionários sobre as novas diretrizes • Definir uma com cronograma de efetivação das ações estratégicas utilizando 5W2H ou outra ferramenta equivalente • Criar metas a serem alcançadas que levem aos objetivos aplicando conceito SMART de metas • Definir o novo posicionamento e organizar as estratégias para alcançaro novo posicionamento • Fazer análise SWOT ou FOFA para cada unidade de negócio, produto e/ou serviço • Analisar ambiente externo e ambiente interno • Fazer análise SWOT para cada unidade de negócio, produto e/ou serviço • Analisar e diagnosticar quais são os fatores críticos de sucesso 1ª Etapa - Antes do planejamento 2ª Etapa - Durante o planejamento Formulação das etapas do processo de Planejamento Estratégico 3ª Etapa - Depois do planejamento Execução, Implementação e controle do processo e ações do planejamento estratégico Não Sim Diagnóstico estratégico feito pelo comando da empresa: O momento é propício para implantar mudanças estratégicas • Definir qual a missão, a visão e os valores da empresa Continuar a fazer as coisas do jeito que se esta acostumado até resolver os problemas que impedem o início do planeja- mento estratégico * ** * Nestes passos, envolver a liderança e gerencia do 2º escalão da empresa ** Reformular o plano ou fazer ajustes caso os resultados das ações não seja satisfatórios ou ocorram importantes mudanças de cenário. Síntese O Pensamento e o Planejamento Estratégico Histórico e definição do que é planejamento estratégico Princípios da Estratégia Princípios da Planejamento Planejar é condição básica para empreendedores, executivos e empresários alcançarem sucesso, como também pensar de forma estratégica é o primeiro passo para se chegar ao planejamento estratégico Existem três tipos de princípios de estratégia: • Estratégias corporativas; • Estratégias do nível de unidade de negócio; • Estratégias funcionais. Existem três tipos de planejamento • Planejamento estratégico; • Planejamento tático; • Planejamento operacional. Segundo Oliveira (2009, p.14), o Planejamento Estratégico possui cinco características: • Planejamento dos fins; • Planejamento dos meios; • Planejamento organizacional; • Planejamento dos recursos; • Planejamento da implantação e do controle As críticas ao planejamento estratégico geralmente estão relacionadas à/ao: • Uso do planejamento ded forma engessada, regrados de formalidades, burocracia e falta de criatividade; •Dificuldade de implementação de alguns planejamentos, que se mostram muito complexos e pouco práticos. O Planejamento Estratégico possui três principais etapas: • Antes do Planejamento; • A formulação das etapas do processo de planejamento estratégico; • A Implementação e controle do processo de planejamento estratégico. No início, o planejamento se resumia ao ato de plantar e colher dos povos antigos, mais tarde passou a incorporar elementos científicios desenvolvidos em tempos de guerra, tais como: a coleta e análise de dados, cálculos estatístico e de probabilidade Missão, visão e valores Existem quatro tipos de princípios do planejamento: • O princípio da contribuição; • O princípior da precedência do planejamento; • O princípio das maiores influências e abrangência; • O princípio das maiores eficiência, eficácia e efetividade; Os principais problemas causados pela ausência de planajamento são: • Custos mais elevados ou desnecessários • Desconhecimento dos problemas que a empresa enfrenta; • Crises, mudanças políticas ou econômicas; • A não preservação de posicionamento claro de gestores no mercado junto aos seus cliente; • Falta de sustentabilidade que impede o crescimento. Características do planejamento estratégico A missão é a razão de existir, a visão oque uma empresa deseja ser e alcançar no futuro e os valores estão relacionados às suas crenças, que nortearão o comportamento de seus colaboradores. Consequências do não planejamento Tipos de planejamento Críticasao planejamento estratégico As três etapas do planejamento estratégico Os stakeholders precisam ser avaliados e analisados no planejamento de acordo com a sua importância e participação dentro do processo de Planejamento Estratégico. Análise dos stakeholders Referências Bibliográficas & Consultadas ANDRADE, Arnaldo Rosa de. Planejamento Estratégico, Formulação, Implementação. Controle. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2016. Besanko, D. A Economia da Estratégia. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. COSTA, Silvia da. Comportamento Organizacional - Cultura e Casos Brasileiros. Rio de Janeiro: LTC, 2014. CRUZ, Tadeu. Manual do Planejamento Estratégico - Ferramentas para Desenvolver, executar e aplicar. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2017. KOTLER, Philip. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2010. BELMIRO, Luiz Gravina; OLIVEIRA, Joaquim Francisco de; AZEVEDO, Solange de. Administração Estratégica. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. Fischmann, Adalberto Américo; Almeida, Martinho Isnard Ribeiro de. Planejamento estratégico na prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991. FISCHMANN, Adalberto Américo, Martinho Isnard R. Planejamento estratégico na prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018. GAMBLE, John E.; THOMPSON JR, Arthur A. Fundamentos da Administração Estratégica. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. NOGUEIRA, Cleber Suckow. Planejamento Estratégico. 1. ed. São Paulo: Pearson, 2015. Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: Conceitos, Metodologia, Práticas. 33. ed. São Paulo: Atlas, 2015. Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, Metodologia e Práticas / Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira. – 34. ed. – São Paulo : Atlas, 2018. MINTZBERG, Henry et al. Safári de estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2000 HILL, Charles W. L; GARET, Jones. O essencial da administração estratégica. São Paulo: Saraiva, 2013. GAMBLE, John E.; THOMPSON Jr. Arthur A. Fundamentos da administração estratégica [recurso eletrônico]: a busca pela vantagem competitiva. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2012. BELMIRO, Luiz Alberto Gravina et al. Administração estratégica. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. SEBRAE. Pesquisa sobre sobrevivência das empresas no Brasil. Outubro de 2016. Disponível em: https://datasebrae.com.br/sobrevivencia- das-empresas. Acesso em: 9 jan. 2019. https://datasebrae.com.br/sobrevivencia-das-empresas https://datasebrae.com.br/sobrevivencia-das-empresas Introdução O pensamento e o planejamento estratégico Histórico e definição do que é planejamento estratégico Princípios da Estratégia Princípios do planejamento Características do planejamento estratégico Missão, visão e valores Missão da empresa Visão da empresa e visão estratégica Valores de uma empresa Tipos de planejamento Consequências do não planejamento 1 - Custos mais elevados ou desnecessários 2 - Desconhecimento dos problemas que a empresa enfrenta 3 - São mais afetados por crises, mudanças políticas ou econômicas 4 - Não preservam um posicionamento claro no mercado junto aos seus clientes. 5 - Falta de sustentabilidade que impede o crescimento Críticas ao planejamento estratégico Análise dos stakeholders envolvidos nos processos As três etapas do planejamento estratégico Referências Bibliográficas & Consultadas
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