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Planejamento Estratégico uma ferramenta para viver o presente olhando o futuro

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGIO: UMA FERRAMENTA PARA VIVER O PRESENTE OLHANDO O FUTURO
Valdiceia Santos Araújo
Profº Renato Gonçalves Oliveira
RESUMO
No início da história da maioria das organizações, o foco normalmente está nas ações mais imediatas – busca de espaço no mercado; superação da concorrência; conquista de novos clientes. É natural que questões de longo prazo sejam deixadas para segundo plano. Porém, em um cenário político-econômico de frequentes mudanças, como o atual, o planejamento em todos os seus aspectos é uma ferramenta essencial para a sobrevivência das organizações. Planejamento é o ato ou efeito de planejar, criar um plano para otimizar o alcance de um determinado objetivo e consequentemente atingir um resultado claramente definido pela organização através de planos de ações e programas de atividades que apontem sempre para o futuro vivendo o presente. No âmbito empresarial, uma empresa sem estratégia é uma empresa desorganizada, sem um objetivo definido. O termo estratégia está diretamente relacionada ás funções militares caracterizando a importância de um general estrategista. Por essa razão, o Planejamento Estratégico é o diferencial para o sucesso de qualquer que seja o porte ou atividade da organização empresarial. O empresário deve estar ciente que nenhuma empresa operar na base do improviso, da intuição. Dessa forma, o planejamento tem a preocupação em elaborar um plano de ação para agir futuramente, enquanto o improviso prepara uma ação às pressas quando as coisas acontecem no presente momento, agindo em algumas vezes ao acaso, no imediatismo. Portanto, e imprescindível que qualquer que seja a atividades das empresas, as mesmas estabeleça metas, parâmetros e estratégias.
Palavras-chaves: Planejamento, Estratégia, Futuro
INTRODUÇÃO
O Planejamento é fundamental para que um negócio de fato tenha sucesso, pois serve como catalizador para elaboração de um conjunto coordenado de ações para que a empresa se movimente em direção ao futuro desejado, de maneira a tomar decisões que minimizem os riscos de fracasso. Desta forma, a empresa é a responsável por seu destino, pois, Planejar consiste em responder de forma antecipada questões que inevitavelmente surgem durante a operação das suas atividades.
O termo estratégia é uma palavra vem do grego antigo “strategos” e significa “a arte do general”. (SANTOS, 2007). Observa-se no entanto que a estratégia está diretamente relacionada ás funções militares caracterizando a importância de um general estrategista o qual é o responsável pelas inúmeras batalhas não só na linha de frente como também quanto a definição das ações a serem seguidas sem deixar de observar os desafios que frequentemente ameaçam a organização.
No âmbito empresarial, uma empresa sem estratégia é uma empresa desorganizada, sem um objetivo definido. Por essa razão, o Planejamento Estratégico é o diferencial para o sucesso de qualquer que seja o porte ou atividade da organização empresarial.
“[...] estratégico está [...] relacionado com intenções empreendedoras e criativas [...], por meio de atitudes de pensar nas ações futuras da organização. [...] significa dominar o presente e conquistar o futuro”. (ZAPELINI, 2010)
 Sendo assim, o ato de planejar é antever os problemas internos e externos e traçar estratégicas que contribuam para que a empresa opere com eficácia diante das ameaças em meio a competitividade cada vez mais agressiva. Para tanto, as estratégias de negócios devem ser elaboradas e definidas através de um bom Planejamento Estratégico de modo a garantir vantagens competitivas e a sobrevivência da organização.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Planejamento Estratégico pode ser útil de várias maneiras como também em diversos setores tais como: setor administrativos, financeiro, societários dentre outros. É um equívoco pensar que o processo do planejamento estratégico não serve para a pequena empresa, só para as grandes empresas quando na verdade é uma poderosa ferramenta de gerenciamento que abrange empresas de portes e recursos distintos, pois, é uma atividade intrinsecamente relacionada à atividade de administrar.
Para Drucker (1984), o Planejamento Estratégico pode ser definido como “um processo continuo, sistemático, organizado e capaz de prever o futuro, contribuindo na tomada de decisões que minimizem riscos.”
 Conforme o autor, através desse planejamento a empresa pode definir sua “missão” e seus objetivos; identificar “oportunidades e ameaças” e “pontos, fortes e fracos”. Por esse motivo o Planejamento Estratégico consiste em um processo continuo e sistemático, de modo que os efeitos irão ocorrer num futuro próximo. É através da estratégia que a cúpula administrativa pode mudar o rumo das coisas, de modo que passa a funcionar como um sinalizador da preocupação de donos, gestores ou empreendedores a focar na melhoria da situação da empresa como um todo. 
De acordo com Rezende (2008, p.18), o termo Planejamento pode ser definido como um “processo dinâmico, sistêmico, coletivo, participativo e continuo para determinação dos objetivos, estratégias e ações da organização.”
Para o autor o Planejamento consiste na antecipação de ações para uma realização futura, estabelecendo etapas, utilizando métodos e determinação de procedimentos para antecipar-se a eventos, tomadas de decisões que lhe pareçam as mais acertadas. Isto é, antever problemas e traçar estratégicas que possam evita-los, assim a organização estará bem mais preparada para enfrenta-los, de maneira a tomar decisões que minimizem os riscos de fracasso. 
Os processos de planejamento é uma ferramenta que as organizações usam para administrar suas relações com o futuro de modo que podem ser definidos de várias maneiras:
· Definir objetivos ou resultados a serem alcançados, ou seja, é nessa etapa que os questionamentos sobre onde a empresa quer chegar, qual a meta? 
· Definir meios para possibilitar a realização de resultados.
· Interferir na realidade, para passar de uma situação conhecida a outra situação desejada, dentro de um intervalo definido de tempo.
· Tomar no presente decisões que afetem o futuro, para reduzir sua incerteza. 
Após as definições, o planejamento economiza recursos, contribui também internalizando as informações mais relevantes facilitando as tomadas de decisões, reduzindo conflitos, criando valor para a empresa, maximizando a sua vantagem competitiva no mercado. Dentre as principais vantagens de elaborar um planejamento estratégico para a empresa estão:
· Promoção do alinhamento de expectativas entre sócios e diretores;
· Alocação transparente dos recursos financeiros, materiais e humanos da organização.
· Maior agilidade no processo decisório e de delegação;
· Maximiza a geração de valor;
· Desenvolve o pensamento estratégico nas pessoas que ocupam função gerencial;
· Estabelecimento de indicadores de desempenho voltados para metas e objetivos mais claros, precisos e sólidos;
· Beneficia a empresa pela vantagem da visão externa.
O processo de planejar envolve o modo de pensar, que por sua vez consistem em questionamentos sobre o que fazer, por que fazer, para quem fazer, como fazer e onde fazer. Esse exercício racional e sistemático do planejamento reduz as incertezas envolvidas no processo e como consequência o aumento da probabilidade do alcance dos objetivos, desafios e metas estabelecidas pela empresa.
Para Maximiliano (2004, p. 131) “[...] Planejamento é processo de tomada de decisões sobre o futuro. As decisões que procuram, de alguma forma, influenciar o futuro, ou que serão colocadas em prática no futuro, são decisões de planejamento [...]”.
O empresário deve estar ciente que nenhuma empresa operar na base do improviso, da intuição. Por essa razão, o planejamento tem a preocupação em elaborar um plano de ação para agir futuramente, enquanto o improviso prepara uma ação às pressas quando as coisas acontecem no presente momento, agindo em algumas vezes ao acaso, no imediatismo.
 Para operar em ambientes dinâmicos, complexos e competitivos, o empresário deve decidir qualrumo a sua empresa irá seguir. No entanto para que isso ocorra será necessário tomadas de decisões e planejamento nas suas operações e atividades. Desta forma o planejamento estratégico bem elaborado é um grande aliado que oferece condições para continuidade da organização ruma a sua trajetória em direção ao sucesso.
Sendo assim, a formulação da estratégia empresarial é uma atividade racional com objetivo de identificar não só as oportunidades como também as ameaças do ambiente onde a empresa opera. De acordo com Pereira (2010, p. 102), 
[...] as oportunidades são os fatores externos que facilitam o cumprimento da missão da organização ou mesmo as situações do meio ambiente que a organização pode aproveitar para aumentar sua competitividade. No entanto, uma oportunidade conhecida e não aproveitada pode até se tornar uma ameaça á medida que o concorrente aproveite. Da mesma forma, a ameaça, se conhecida com antecedência, pode até se tornar uma oportunidade para a empresa caso saiba formular uma boa estratégia para lidar com a ameaça.
As ameaças são elementos negativos, [...] poderão ou não ser evitadas quando conhecidas em tempo suficiente para serem administradas. São os fatores externos que dificultam o cumprimento da missão da organização ou as situações do meio ambiente que colocam a organização em risco.
A despeito disso, Santos (2010) afirma que, “o planejamento não elimina os riscos... mas ajuda os gestores a identificar e lidar com os problemas organizacionais antes deles causarem sérios danos à empresa, mais ainda, com a possibilidade de evitá-los”.
É imprescindível que qualquer que seja a atividades das empresas, as mesmas estabeleça metas, parâmetros e estratégias. Um plano que direcione às ações do presente definindo objetivos traçados para o futuro e decidindo quais recursos e tarefas são necessários para alcança-los da melhor forma possível.
Os empreendedores que decidem formalizar seus negócios, no entanto, precisam lidar com uma estatística assustadora: a alta taxa de mortandade de empresas. No Brasil, com base em pesquisa divulgada pelo SEBRAE, um quarto das empresas abertas acabam fechadas antes de completar dois anos de existência (EXAME, 2018). A pesquisa “Demográfica das Empresas”, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela ainda que sobreviver ao segundo ano não é garantia de longevidade. “Cinco anos após serem criadas, pouco mais de 60% das empresas já fecharam as portas”. (VILAS BÓAS, 2017).
Em pesquisa realizada pelo SEBRAE, no período de 2003-2005, 14.181 empresas constituídas nos anos de 2003, 2004 3 2005, distribuídas nas 26 Unidades da Federação e no Distrito Federal, foram identificadas as principais causas para o fechamento prematuro das empresas: comportamentos empreendedor pouco desenvolvido (atitudes empreendedoras insuficientes); deficiência nos planejamentos antes da abertura das empresas; deficiência na gestão após abertura do negócio; politicas insuficientes de apoio ao setor; conjuntura econômica deprimida e problemas pessoais, dentre outras de menor relevância. (PEREIRA et. at., 2008)
Embora diversos fatores contribuam para o baixo índice de sobrevivência das empresas abertas no país. Um planejamento inadequado, mal elaborado ou até mesmo a falta dele, é sem dúvida umas das variáveis mais importante. São postos de serviços fechados, produtos e, até mesmos serviços que deixam de ser ofertados no mercado, além de gerar desperdícios de recursos que compõem as organizações.
 Vale ressaltar que o despreparo e a falta de conhecimento das pessoas que administram tais empresas é também um fator responsável pelo insucesso da organização. O fato do empreendedor ser brilhantes em suas ideias não significa que ele tenha preparo como gestor.
Existem casos em que especialistas de formações diferentes se tornam gestores de suas próprias empresas ou até mesmo gestores de empresas de terceiros. A exemplo de engenheiros administrando construtoras, médicos administrando hospitais e etc. Desta forma, a sociedade acaba perdendo bons empreendedores e bons especialistas em troca de administradores sem qualificações adequadas para gerenciar uma instituição empresarial. 
Por essa razão, é imprescindível que o empresário tenha consciência que a sua organização necessita de um profissional especializado em Gestão Empresarial para que o mesmo o oriente nos processos da empresa, de modo que o profissional irá mostrar e convencê-lo de que o planejamento é uma ótima ferramenta de previsão e controle auxiliando-o nas tomadas de decisões da organização.
A verdade é que, infelizmente, existe empresário que se recusa a ouvir conselhos de “pessoas de fora”, ou seja, de um especialista. Não sabendo que a intenção do profissional é justamente a ajudar a arrumar a casa e, não ao contrário. Por outro lado, há empresários, neste caso, os de pequeno porte, que alegam a falta de recursos (custo de investimento) para contratar um profissional de gestão ou um consultor. Nesse caso, a alternativa é buscar capacitação profissional através de cursos aonde é possível obter informações importantes sobre como usar essa poderosa ferramenta que é o planejamento.
O planejamento pode ser classificado em três tipos com perspectivas diferentes, mas que interagem entre si. Isso significa que para um bom funcionamento da organização os três tipos de planejamento os quais destacamos: o estratégico, o tático e o operacional, devem estar devidamente alinhados.
 FIGURA 1 – PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL
 FONTE: MARCONDES, José. Sérgio. Blog Gestão de Segurança Privada
a) Estratégico: visa otimizar a relação da organização com o ambiente, atuando de forma inovadora e diferenciada. Proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa. O nível mais alto da organização é o responsável em formular objetivos como também a seleção dos cursos de ações-estratégia – para sua consolidação, considerando as condições externas e internas a empresa e sua evolução esperada.
b) Tático: diz respeito ao desenvolvimento dos programas e projetos, ou seja, tem por finalidade otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. O seu desenvolvimento é de responsabilidade dos níveis organizacionais intermediários. A utilização eficiente dos recursos disponíveis é a principal finalidade para consolidação de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada.
c) Operacional: está relacionado ao detalhamento no âmbito operacional das ações e atividades, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa para atingir os objetivos e metas fixadas pelos níveis superiores.
A bem da verdade, o planejamento está presente e desempenha papel importante em diversos campos da vida. Na esfera empresarial, entretanto, planejar vai bem além do mero estabelecimento de metas ou da definição de passos a seguir para se alcançar um objetivo. Envolve o uso de “artefatos” e ferramentas de controle e pode estar estruturado em diversos níveis de acordo com o tamanho e o estágio de desenvolvimento da organização (FREZATTI et. al., 2010).
Ainda segundo Frezatti et. al. (2010), no aspecto estratégico, o planejamento pode ser visto, dentre outras perspectivas, como um “Plano - aquilo que “a organização deseja fazer” - ou como um padrão de comportamentos passados” – o que a empresa fez ao longo do tempo e que pode ser tomado como base para suas decisões atuais e futuras.
Em um cenário político-econômico de frequentes mudanças, como o atual, o planejamento – em todos os seus aspectos - é uma ferramenta essencial para a sobrevivência das organizações. Nas palavras de Motta (1976): “um ambiente em constante mutação e turbulência que exige um processo contínuo de formulação e avaliação de objetivos, baseado em fluxo de informações sistemáticas sobre as transações entre ambiente e organização, que determinam possíveis variaçõesno senso de missão social da empresa.”
Sendo assim, não surpreende que Frezatti et. al. (2010) tenha identificado a ausência - ou a presença precária - de planejamento estratégico como um dos principais entraves para que as empresas cresçam e se modernizem, bem como para o declínio até mesmo de grandes organizações.
MATERIAIS E MÉTODOS
Após a realização de pesquisa bibliográfica sobre as principais ferramentas de planejamento e sua importância para o crescimento e sobrevivência das organizações, optamos por realizar um comparativo entre três empresas, de diferentes portes, nas quais tivemos a oportunidade de atuar, em relação à utilização dos correspondentes artefatos.
As três empresas comparadas são do ramo de alimentos, sendo a Empresa 1 uma pequena empresa familiar especializada na fabricação de doces e salgados para festas; a Empresa 2 um grupo empresarial de médio porte, composto por uma rede de Restaurantes espalhados por vários estados do Brasil; e a Empresa 3 uma Multinacional do ramo de Fast Food. Os referenciais teóricos pesquisados ajudaram a identificar, com olhar retrospectivo, as principais diferenças entre as organizações comparadas e compreender a importância do planejamento no estágio de desenvolvimento de cada uma delas.
 
TABELA 01
	COMPARATIVO NÍVEL PLANEJAMENTO ENTRE EMPRESAS DE DIFERENTES PORTES
	
	ITEM
	EMPRESA 1
	EMPRESA 2
	EMPRESA 3
	Realiza Planejamento Estratégico
	NÃO
	SIM
	SIM
	Possui Orçamento
	NÃO
	SIM
	SIM
	Realiza Controle Orçamentário
	NÃO
	NÃO
	SIM
Fonte: Adaptado de FREZATTI et. al., 2010. 05.
Conforme indicado na Tabela 1, acima, a aplicação integral dos três principais artefatos de planejamento mencionados na fundamentação teórica (Planejamento Estratégico, Orçamento e Controle Orçamentário) só foi identificada na Empresa 3, a de maior porte e maior tempo de existência entre as organizações comparadas.
Na Empresa 2, que conforme descrito é de médio porte, estão presentes elementos de planejamento, como a tentativa de elaboração de Planejamento Estratégico e Orçamento, mas no período de acompanhamento utilizado na comparação (o de nossa atuação na organização), ainda não havia conseguido avançar para a etapa seguinte e realizar o devido controle, com a comparação entre o orçado e previsto no planejamento e aquilo que efetivamente estava sendo realizado.
Já na Empresa 3, a de menor porte e de estrutura familiar, foi onde identificamos o menor nível planejamento, com decisões tomadas sem o suporte de dados e ausência completa de orçamento e controle.
As características de cada organização indicadas na Tabela 02, abaixo, ajudam a compreender os motivos de estarem em níveis diferentes em relação a utilização de artefatos de planejamento.
TABELA 02
	COMPARATIVO CARACTERÍSTICAS ENTRE EMPRESAS DE DIFERENTES PORTES
	
	ITEM
	EMPRESA 1
	EMPRESA 2
	EMPRESA 3
	Nossa organização é pequena em tamanho, quando comparada com nossos concorrentes.
	SIM
	NÃO
	NÃO
	A estrutura organizacional da empresa pode ser considerada simples
	SIM
	SIM
	NÃO
	O processamento de informações na empresa pode ser descrito como simples, no estilo boca a boca.
	SIM
	SIM
	NÃO
	O processamento das informações pode ser descrito como monitorador de desempenho e facilitador de comunicação entre os departamentos.
	NÃO
	NÃO
	SIM
	A estrutura organizacional da empresa está baseada nas visões departamental e funcional.
	NÃO
	NÃO
	SIM
	A estrutura organizacional da empresa é formalizada.
	NÃO
	NÃO
	SIM
	O processamento de informações é sofisticado e necessário para a produção eficiente e para atingir os resultados requeridos.
	NÃO
	NÃO
	SIM
	A estrutura organizacional da empresa é divisional ou matricial com sofisticado sistema de controle
	NÃO
	NÃO
	SIM
	O processamento de informações é muito complexo e utilizado na coordenação de diversas atividades para melhor servir aos mercados.
	NÃO
	NÃO
	SIM
	A estrutura organizacional da empresa é centralizada com poucos sistemas de controle.
	SIM
	SIM
	NÃO
	O processamento de informações não é muito sofisticado.
	SIM
	SIM
	NÃO
Fonte: Adaptado de FREZATTI et. al., 2010. 05.
Conforme pode ser observado na Tabela 02, a diferença de porte entre as organizações influencia diretamente na disponibilidade das ferramentas necessárias à realização de um bom planejamento. Na organização de maior porte, a existência de estrutura formalizada e bem definida; sistemas sofisticados de processamento de dados e informações; e um fluxo bem desenhado de processos, comunicação e tomada de decisões; criam um cenário adequado tanto para a elaboração de planejamento estratégico, quanto para a sua materialização financeira em um orçamento e o devido controle deste. Já nas empresas de menor porte, ainda que com diferenças entre elas, a ausência desses elementos torna muito mais difícil a prática do planejamento.
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A comparação entre as características das empresas pesquisadas e entre o nível em que o planejamento realizado em cada uma delas nos ajudou a compreender por que é tão difícil para novas empresas primeiro sobreviverem aos anos iniciais de fundação e, quando superam esta etapa, crescer e se consolidar no mercado. No início da história da maioria das organizações, o foco normalmente está nas ações mais imediatas – busca de espaço no mercado; superação da concorrência; conquista de novos clientes. É natural que questões de longo prazo sejam deixadas para segundo plano.
A falta de tempo, estrutura ou ferramentas para a realização de planejamento efetivo, no entanto, cobra um preço muito caro: o atraso no crescimento da organização ou até mesmo seu declínio ou fechamento. 
Nas empresas pesquisadas, verificamos que - à exceção da de grande porte, que realiza o processo completo de planejamento – essas dificuldades foram encontradas. Na empresa 1, por exemplo, durante o período comparado, apesar do grande tempo de mercado, era visível a dificuldade de expansão e a pressão cada vez maior exercida pela concorrência. Já na Empresa 2, a crise dos últimos anos exigiu a reformulação do negócio, com o fechamento de alguns pontos e enxugamento do quadro de funcionários. Nada indica que esse processo tenha sido planejado, no entanto. O mais provável é que tenham sido decisões meramente reativas a situações adversas inesperadas.
Em síntese, a pesquisa realizada corrobora o entendimento amplamente difundido na bibliografia sobre o assunto, de que o planejamento é a grande chave para a sobrevivência e crescimento de qualquer organização.
CONCLUSÃO
O ato de planejar é uma atividade inerente ao ser humano o qual está em constante busca de novas invenções e mudanças. O futuro desperta a imaginação das pessoas, tanto em razão da própria curiosidade, inerente ao homem, quanto ao medo causado pela insegurança desse contexto imutável em que estamos inseridos.
Com a competitividade acirrada, das constantes instabilidade no âmbito político e econômico, o Planejamento Estratégico mantém-se como uma das mais importantes ferramentas para o desenvolvimento e sobrevivência das organizações. Estratégia é uma palavra que vem do grego estrategos e significa “a arte do general”. 
Pode-se dizer que o Planejamento é o ato ou efeito de planejar, criar um plano para otimizar o alcance de um determinado objetivo e consequentemente atingir um resultado claramente definido pela organização através de planos de ações e programas de atividades que olhe para o presente apontando sempre para o futuro. Isto é, antever problemas, identificar oportunidades e ameaças, os pontos fortes e fracos e, traçar estratégicas que possam evita-los, assim a organização estará bem mais preparada para enfrenta-los, de maneira a tomar decisões que minimizem os riscos de fracasso.
As empresas que operam na base do improviso ou intuição estão fadadas a fechar sua as portas em bem pouco tempo. Por essa razão, o Planejamento Estratégico tem a preocupação em elaborar um plano de ação para agir futuramente, enquanto o improviso prepara uma ação às pressas quando as coisas acontecem no presente momento,agindo em algumas vezes ao acaso, no imediatismo.
Portanto, e imprescindível que qualquer que seja a atividades das empresas, as mesmas estabeleça metas, parâmetros e estratégias. Desta forma, o Planejamento Estratégico compreende um conjunto de processos, contínuos e sistemáticos, que concentram a atenção, recursos e esforços da empresa corroborando para que ela se organize e atinja um objetivo, o sucesso.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Emerson; Brondani, Gilberto. Planejamento Estratégico Organizacional. Revista Eletrônica de Contabilidade, vol. 1, núm. 2, 2005.
DICIO, Dicionário Online de Português, Verbete: “Planejamento”. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/planejamento/>. Acesso em: 02 dez. 2019.
EXAME, Revista. 1 a cada 4 empresas fecha antes de completar 2 anos no mercado, segundo Sebrae. Exame, 2018. Disponível em: < https://exame.abril.com.br/negocios/dino/1-a-cada-4-empresas-fecha-antes-de-completar-2-anos-no-mercado-segundo-sebrae/>. Acesso em: 12 set. 2019.
DRUCKER, Peter F. Introdução à administração. Tradução Carlos A. Malferrari. São Paulo: Pioneira, 1984.
EXAME, Revista. Crise faz empreendedorismo voltar a crescer no Brasil. Exame, 2019. Disponível em: < https://exame.abril.com.br/negocios/dino/crise-faz-empreendedorismo-voltar-a-crescer-no-brasil/>. Acesso em: 12 set. 2019.
FREZATTI, Fábio. et al: Perfil de Planejamento e ciclo de vida organizacional nas empresas brasileiras. R. Adm, São Paulo, v. 45, n. 4, 2010, pp. 283-399.
MARCONDES, José. Sérgio. Planejamento Organizacional: O que é? Conceitos, definição, tipos. 14 de outubro de 2016. Disponível em:< https://gestaodesegurancaprivada.com.br/planejamento-organizacional-o-que-e-conceitos/>. Acesso em: 09 de dezembro 2019.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru, Fundamentos de Administração. São Paulo: Atlas, 2004.
MICHAELIS, Dicionário Brasileiro da Lingua Portuguesa, Verbete: “Planejamento”. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/planejamento/>. Acesso em: 02 dez. 2019.
MOTA, Paulo. Dimensões gerenciais do planejamento organizacional estratégico. R. Adm. Publ., Rio de Janeiro, 10(2), 1976, pp. 85-107.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceito, metodologia e praticas. 28 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PEREIRA, Maurício. et al: Fatores de Inovação para a Sobrevivência das Micro e Pequenas Empresas no Brasil. RAI - Revista de Administração e Inovação, vol. 6, núm. 1, 2009, pp. 50-65.
PEREIRA, Maurício Fernandes, Planejamento estratégico: teorias, modelos e processos. São Paulo: Atlas, 2010.
SANTOS, Aline dos, A importância do planejamento nas empresas de micro, pequeno e médio porte. 2010. XXXVII f. Monografia apresentada ao Colegiado de Pós-Graduação em Gestão Empresarial UCAM. Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro. 2010.
SILVEIRA JUNIOR, Aldery. Planejamento Estratégico, como Instrumento de Mudança Organizacional. Brasília, 1995.
ZAPELINI, Wilson Berckembrock. Planejamento. Metodologia de elaboração do planejamento. Diagnóstico estratégico.2. ed. rev. atual. 144p – Florianópolis: Publicações IF-SC,2010. Disponível em:<https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/206385/2/CST%20GP%20-%20Planejamento%20-%20MIOLO.pdf>. Acesso em 10 jul. 2021.
REZENDE, D. A. Planejamento Estratégico para organizações privadas e públicas: guia prático para elaboração de projetos e plano de negócios. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.

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