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Radicais Livres
Definição
São espécies químicas instáveis
com elétrons desemparelhados
e que, por isso, reagem
ativamente com qualquer
molécula.
Os radicais livres são átomos ou
grupos de átomos que
apresentam um ou mais elétrons
livres (valências livres).
Eles são resultantes de cisões
homolíticas, ou seja, de rupturas
de ligações covalentes
equitativas, em que cada átomo
da ligação fica com um dos
elétrons que antes estava sendo
compartilhado na ligação.
Ex: observe abaixo a molécula de
clorometano, em que há uma
ligação covalente, ou seja, um
par de elétrons compartilhado
entre um carbono e um cloro.
Observe que se essa ligação for
rompida por algum fator, como a
energia da luz, o carbono ficará
com um elétron livre e o cloro
também. Portanto, haverá uma
cisão homolítica ou uma
homólise.
os radicais livres são espécies
químicas neutras
não devem ser confundidos com
os íons, que são estruturas
carregadas eletricamente.
Íons
São resultado de uma cisão
heterolítica, ou seja, quando
ocorre o rompimento de uma
ligação covalente e um dos
átomos fica com os dois elétrons
que antes eram compartilhados.
Esse átomo torna-se um ânion,
porque fica carregado
negativamente, e o outro átomo
que perdeu o elétron torna-se
um cátion, pois fica carregado
positivamente.
Os radicais livres são muito
importantes no estudo de
Química Orgânica, sendo que a
maioria deles é formada
somente por carbono e
hidrogênio.
O radical livre pode ser
classificado como:
● monovalente (quando
apresenta somente um
elétron livre e um átomo
de carbono)
● bivalente (quando
apresenta dois elétrons
livres pertencentes ao
mesmo carbono ou a
carbonos diferentes da
cadeia)
O nome dos radicais livres
saturados (que possuem
somente ligações simples entre
os carbonos) é dado pelo prefixo
que indica a quantidade de
carbonos e pela terminação il
ou ila.
Por exemplo, no caso acima,
temos o radical com 1 carbono,
que é indicado pelo prefixo
“met”, chamado, assim, de metil
ou metila.
É importante saber disso
porque os radicais livres são
muito instáveis, ou seja,
possuem vida curta, exatamente
porque possuem valências
livres. Mas os elétrons procuram
sempre se agrupar em pares
tanto nos orbitais dos átomos
quanto nas ligações covalentes.
Desse modo, os elétrons
desemparelhados dos radicais
reagem ativamente com
qualquer molécula próxima,
formando novos compostos. As
ramificações de várias
moléculas orgânicas são
exemplos de radicais que se
ligaram.
Assim, os radicais livres podem
tanto atuar como agentes
oxidantes por receber elétrons
tanto como agentes redutores
por doar elétrons. A quebra das
ligações formando os radicais,
bem como as ligações que os
radicais realizam, é a base para
explicar o mecanismo das
reações orgânicas.
Um exemplo de formação de
radicais livres é a nossa
respiração, que é exatamente o
processo contrário da
fotossíntese, ou seja, a glicose
que obtemos na alimentação
reage com o oxigênio, e essa
queima libera energia para as
células de nosso corpo, bem
como dióxido de carbono e
água:
C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) +
6 H2O(?) + energia
Essa é uma reação muito
importante e necessária para a
nossa sobrevivência. Mas a
queima nas células forma
também muitos produtos
intermediários, entre eles os
radicais livres. A formação dos
radicais livres também é
importante para o organismo no
sentido de que eles podem
interagir de forma violenta e
não seletiva quando corpos
estranhos entram em nosso
organismo, combatendo-os.
Eles também reagem com o
colesterol considerado ruim
para o nosso organismo, que é a
lipoproteína de baixa densidade
(LDL), oxidando esse lipídio e
transformando-o em um corpo
estranho que é atacado.
Esses aspectos são bons, mas,
por outro lado, os radicais livres
são também tóxicos e
indesejáveis para algumas
células sadias de nosso corpo,
pois, conforme dito, eles são
instáveis e podem reagir com
proteínas, outros lipídios, o
próprio DNA, que carrega as
nossas informações genéticas, e
açúcares. Essa desestabilização
desses compostos leva ao
aparecimento de várias doenças
degenerativas, como o mal de
Alzheimer e o envelhecimento
precoce.
Nosso corpo possui algumas
enzimas protetoras que
combatem a produção excessiva
dos radicais livres. Mas com o
envelhecimento, o corpo vai
perdendo essa capacidade de
defesa. Por isso, é muito
importante alimentarmo-nos
constantemente de alimentos
chamados antioxidantes, que
são aqueles que combatem os
radicais livres porque reagem
com eles,neutralizando-os.
Alguns exemplos de
antioxidantes são os
biflavanoides, como a rutiga e o
ginkgo biloba, as vitaminas A, C
e E, o betacaroteno, o selênio, o
ômega 3, as isoflavonas e outros
compostos que são ingeridos
por meio de frutas, vegetais e
peixes.
Mas é preciso também tomar
muito cuidado com certos
hábitos maléficos que podem
aumentar significativamente a
produção dos radicais livres em
nosso organismo.
● Exposição a raios solares
● Estresse
● Excesso de bebidas
alcoólicas
● Tabagismo
● Exposição a poluentes
atmosféricos
● Exposição a pesticidas
● Exposição a raio X
● Consumo excessivo de
frituras e carnes
vermelhas.

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