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Geovana Camily de Oliveira 5° P - FAFIRE Psicopatologia Entrevista com Paciente Para que haja uma entrevista eficaz é essencial que o profissional possa estar em condições de acolher o paciente em seu sofrimento. É necessário que o profissional tenha a capacidade de se adaptar às condições do paciente. Se um paciente fala muito pouco é crucial que o entrevistador seja mais ativo, questionando e intervindo frequentemente. Esses acontecimentos variam em função da personalidade do paciente, seu estado mental e emocional, do contexto institucional da entrevista - se ela é referente a uma enfermaria, ambulatório, centro de saúde, etc -, dos objetivos da entrevista - diagnóstico, orientação familiar, etc - e da personalidade do entrevistador. P�turas Que Devem Ser Evitadas 1. Posturas rígidas - enfatizando estereotipos, com fórmulas prontas para solucionar os problemas. É preciso buscar uma atitude maleável e adequada para cada paciente. 2. Atitude Neutra ou Fria ao Extremo - Pode transmitir sensação de desprezo e distanciamento em relação ao entrevistado. 3. Reações muito emotivas - se envolver demais na história do paciente pode trazer certo desconforto; o entrevistado necessita de uma reação empática, discreta e profissional. 4. Comentários repletos de pré - julgamentos - Sobre a situação do paciente. 5. Resposta hostis- evitar respostas agressivas mesmo recebendo um tratamento semelhante do paciente. 6. Entrevistas prolixas - fala excessivamente, sem dar a devida abertura ao entrevistado. 7. Muitas anotações - pode transmitir insegurança ao analisado. Primeira Entrevista É conhecida por ser um momento crítico no diagnóstico e no tratamento. Deve ocasionar uma sensação de confiança e esperança ao fim do sofrimento. Trê Regras de Ouro da Entrevista 1. Pacientes organizados - manter a entrevista mais aberta concedendo que se explanem mais livremente. 2. Pacientes desorganizados - Se faz necessário uma entrevista mais estruturada, para auxiliar o paciente guiando seu raciocínio. 3. Pacientes tímidos, ansiosos ou paranóides - entrevista estruturada com precisão, perguntas mais neutras, evitar desvio da conversa - paranóides. Na primeira entrevista o profissional deve colher os dados sócio demográficos do paciente: nome, idade, data de nascimento, procedência, naturalidade, profissão, estado civil, etc. Após situar-se sobre quem é o paciente, o entrevistador questiona a queixa que o trouxe ao atendimento. Tal relato deve acontecer livremente, expressando espontaneamente os sintomas e sinais. Os dados emergem a partir de uma observação participativa do profissional para com o paciente.. Silêncio do Paciente O profissional deve fazer perguntas e colocações breves que assinalem sua presença Geovana Camily de Oliveira 5° P - FAFIRE Psicopatologia efetiva, demonstrando atenção e tranquilidade para ouvir o paciente. Deve evitar perguntas fechadas que possam ser facilmente respondidas por sim ou não, e perguntas muito longas e complexas. Transferência e Contratransferência A transferência são atitudes, percepções, pensamentos e sentimentos da qual a origem é inconsciente para o indivíduo; É uma repetição inconsciente do passado - boa ou ruim - o analista passa a ter um papel de algum indivíduo das relações interpessoais do entrevistado - repetições de sentimentos do passado. É uma forma de deslocamento que dirige para um objeto, impulsos, defesas, atitudes, sentimentos e respostas que o indivíduo experimentou nos seus relacionamentos passados. É um processo comum de projeção, onde o paciente tende a projetar de forma inconsciente os afetos básicos que nutria pelas frutas importantes de sua vida no analista. (Jung, 1990). A contratransferência é a transferência que o profissional constitui com seus pacientes; Sem se dar conta, aquele indivíduo produz sentimentos de medo, raiva, tristeza, piedade, carinho, etc. Avaliação Psicopatológica 1. Na entrevista inicial se realiza o recolhimento de dados necessários para um diagnóstico do paciente - anamnese - com dados sociodemográfico, queixa principal e história da queixa, antecedentes mórbido somáticos, psíquicos, uso de substâncias químicas, antecedentes familiares, história de vida, desenvolvimento somático, neurológico, psicológico e psicossocial, etc. 2. O exame físico e neurológico deve ser mais ou menos detalhado a partir das teorias diagnósticas que se formaram na anamnese. 3. Avaliação psicológica/neuro/diagnóstico - feito por meio dos testes de personalidade, inteligência, atenção, memória, etc. 4. Exames complementares - laboratoriais, bioquímico, citológico, imunológico, hemograma, TSH… Exame Mental Aparência - Tudo que o paciente tem em seu visual, roupa, cheiro, acessórios, cabelo, etc; Pode dizer muito sobre como ele se sente. Atitude - Como o paciente lida com a situação em que se encontra, sua forma de agir. tipos: ➔ Afetado, de amaneirado, arrogante, confuso, deprimido, desconfiado, desinibido, dramático, esquivo, hostil, indiferente, irônico, etc. Dissimulação - o ato de esconder ou negar de forma voluntária a presença de sintomas psicopatológicos - normalmente deve-se ao medo de ser internado, receber medicamentos ou ser rotulado. Simulação - tentativa do paciente de encenar um sintoma ou violência - normalmente para conseguir algo, como aposentadoria, dispensa, etc. É um ato voluntário e consciente. Referências Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008
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