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Escatologia: O Estudo dos Eventos Futuros

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“ENSINANDO A PALAVRA NO PODER DO ESPÍRITO” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
2011 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
I.INTRODUÇÃO.............................................................................................................03 
II O PLANO DA REDENÇÃO É O ÂMAGO DA ESCATOLOGIA...................................04 
III PROBLEMAS DOS ESTUDANTES DE ESCATOLOGIA ..........................................12 
IV O DIA DO SENHOR ..................................................................................................15 
V REDENÇÃO: O PALCO DA ESCATOLOGIA ............................................................20 
VI O REINO DE DEUS...................................................................................................44 
VII A LACUNA PROFÉTICA...........................................................................................56 
VIII AS BODAS DO REINO............................................................................................60 
IX O DIREITO AO GOVERNO DO REINO DE DEUS....................................................63 
X AS NAÇÕES...............................................................................................................67 
XI O REINO TEM DUAS CAPITAIS...............................................................................75 
XII OS JUDEUS E SUA HISTÓRIA................................................................................78 
XIII OS PROFETAS........................................................................................................81 
XIV LINHA MESSIÂNICA...............................................................................................82 
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
I INTRODUÇÃO 
 
 
A Teologia Sistemática vem desenvolvendo-se desde os primórdios e em cada época 
se prende a um tópico das doutrinas bíblicas. No século II, a Igreja lidava 
especialmente com a Apologética e as idéias fundamentais do cristianismo; nos 
séculos III e IV, com a doutrina de Deus; no século V, logo no início, lidava com a 
Antropologia e a Hamartiologia; do século V até o VII, com a Cristologia, nos séculos XI 
até XVI, com a expiação, no século XVI, com a aplicação da Redenção. Agora, o 
interesse especial da Era Moderna é a Escatologia, o único tópico da teologia que 
ainda sobrava para ser desenvolvido. Há cem anos atrás, James Orr (1844-1913) 
predisse que o século XX seria a era da escatologia. 
 
Escatologia é o estudo dos eventos que estão para acontecer segundo as Escrituras. O 
termo escatologia deriva do grego, eskatos, que significa “último”, e logia, que significa 
“tratado” ou “estudo” de um conjunto de idéias. 
 
O estudo da Escatologia é imprescindível, quer seja abordado no terreno da ciência, da 
filosofia ou da religião. O homem vive perenemente a procurar a verdade concernente 
ao seu destino do Universo no qual habita. Como ser racional, ele indaga: “Morrendo o 
homem, porventura tornará a viver?” (Jó 14.14). E nos apressamos em acrescentar: 
“Como podemos estar certos acerca de uma vida futura, relacionada com a existência 
presente?”. 
 
A Escatologia cristã, centralizada na Bíblia, é uma apresentação positiva das 
promessas baseadas nas palavras irrevogáveis de um Deus Eterno e imutável. Não 
existe vida, presente ou futura, à parte de Deus, a qual se torna possível por intermédio 
de seu Filho Jesus Cristo. Foi Ele quem disse: “Eu vim para que tenham vida, e a 
tenham em abundância”. (Jo 10.10; 11.25,26; 14.1-3). 
“Se o cristianismo não for uma escatologia radical, ele não terá relação com Cristo” 
(Karl Barth). 
 
A segunda vinda de Jesus Cristo à Terra e os acontecimentos pertinentes à mesma 
criam um alicerce de esperança, consolo e bendita antecipação, que para sempre 
mitiga a sede do povo de Deus, cansado do pecado, do sofrimento e da tristeza 
associada à peregrinação terrena. Deus tem um plano eterno e um propósito, revelado 
nas Escrituras através de muitas passagens (Ef 3.10,11; Is 46.10; 2 Rs 19.25; Ap 1.6). 
Em Escatologia Bíblica estudamos parte deste propósito. 
 
4 
 
 
 
II O PLANO DA REDENÇÃO É O ÂMAGO DA ESCATOLOGIA 
 
A Doutrina da Redenção abrange: 
 
1) A Doutrina do Parente Remidor - GO‟EL (Rute, Lv 25.25-34; Dt 25.5-10 ). 
2) A Doutrina da Redenção da Terra - (Rm 8.18-23; Lv 25; Zc 14.4,5,8,10; Is 
35.1,2,13; 11.5-9; Jl 2.22-27; Is 65.20 etc.). 
3) A Redenção das Nações (Gn 9.12-17; Ap 10; Zc 14.16-19; Ap 21.24; 22.2; Is 
60.3). 
4) A Redenção de Israel (Am 9.15; J1 3.20,21; Is 60.4-12). 
5) A Redenção do Homem (Ef 1.13,14; Rm 8.23,24; l Jo 3.1,2; Fp 3.21; Ap 1.5,6 ). 
 
O CENTRO DA MENSAGEM ESCATOLÓGICA É A COLOCAÇÃO APROPRIADA DE: 
 
1) O trono de Davi, na profecia (2 Sm 7.12-16; S1 89.34-37; Is 9.6,7; Zc 14.9,16-
19). 
2) A pessoa que se assentará nesse trono (Lc 1.31-33; Ap 20.6; Jr 23.5; 2 Sm 
7.14-17; Mt 19.28;25.31). 
 
A menos que essas verdades sejam claramente definidas, recebendo alicerce bíblico, a 
profecia perderá a sua significação e vitalidade, surgindo assim certa incoerência, que 
tende a confundir e não a esclarecer. 
 
 
 
 
EXISTEM TRÊS LINHAS ESCATOLÓGICAS: 
 
 
1. Amilenismo; 
2. 2. Pós-Milenismo; 
3. 3. Pré-Milenismo. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
AMILENISMO 
 
 
 
Amilenismo - Embora seja o mais claro e simples dos sistemas, o amilenismo 
apresenta dificuldades especiais. Este ponto de vista pode ser declarado de modo 
breve: não haverá um reino terrestre de Cristo de mil anos de duração. 
 
O amilenismo não crê em duas ressurreições físicas (Ap 20.4-6). A primeira 
ressurreição, dizem os amilenistas, é espiritual, a segunda é física. Vários autores 
advogam este sistema, entre os quais Floyd, E . Hamilton e Ray Summers. 
 
A outra doutrina importante do amilenismo é a sua interpretação dos mil anos em Ap 
20.2. Neste texto, fala-se de Satanás sendo preso por mil anos, e em Ap 20.4, 
daqueles que foram decapitados por causa de seu testemunho de Jesus, reinando com 
Ele por mil anos. Para os amilenistas, estes mil anos não são uma expressão literal, 
para eles estes mil anos constituem o período da Ressurreição do Senhor até a 
Parusia. Acham que Cristo está reinando, de modo espiritual, nos corações dos salvos. 
Acham que a Igreja é a Novo Israel de Deus. 
 
6 
 
 
 
 
Pós-Milenismo - Esta interpretação escatológica facilmente se confunde com o 
amilenismo. Afirmam seus adeptos que o Reino de Cristo é espiritual, não geográfico, 
de modo que onde há indivíduos que recebem Cristo e reconhecem Sua soberania 
sobre suas vidas, ai está o Reino de Deus. Há também a esperança da conversão de 
todas as nações do mundo, não na totalidade, mas a grande maioria da população de 
todos os povos da Terra. Assim, será inaugurado um longo período de paz entre os 
homens no mundo, que se identifica com o Reino milenar. Os pós-milenistas não 
interpretam os mil anos literalmente (Ap 20). Afirmam que haverá um curto lampejo de 
maldade antes da vinda do Senhor, seguido da ressurreição de todos, o julgamento e a 
consignação dos homens ao estado permanente do céu e do inferno. 
 
As raízes do pós-milenismo são reconhecíveis nas idéias de Ticônio e Agostinho. 
Jonathan Edwards, primeiro presidente da Universidade de Princeton no século XVIII, e 
os Hodges e B.B. Warfield, os famosos teólogos do seminário de Princeton, 
representavam este ponto de vista. Hoje, o Pós-Milenismo tem poucos adeptos em 
conseqüência dos acontecimentos históricos, nada animadores, mais do que pelas 
demonstrações de provas bíblicas. 
 
O Pré-Milenismo subdivide-se em duas correntes: Histórico e Dispensacional. 
7 
 
 
1. O Pré-Milenismo Histórico (Não Dispensacional) 
 
 
 
O Pré-Milenismo Histórico sustentaque o retorno de Cristo será precedido de certos 
sinais, depois seguidos de um período de paz e justiça no qual Cristo irá reinar em 
pessoa como Rei. Os Premilenistas históricos entendem a volta de Cristo e o 
arrebatamento como um só e o mesmo evento. Eles vêem unidade. Portanto, eles são 
distintos dos premilenistas dispensacionais, que os consideram como dois eventos 
separados pela Grande Tribulação de sete anos. O pré-milenismo foi a interpretação 
escatológica predominante nos três primeiros séculos da igreja cristã. Os antigos pais 
Papias, Irineu, Justino Mártir, Tertuliano e outros sustentaram essa concepção. 
 
A principal diferença entre o pré-milenismo histórico e o dispensacionalista é a distinção 
que os dispensacionalistas fazem entre Igreja e Israel. O pré-milenismo histórico 
considera a Igreja como o verdadeiro Israel espiritual de Deus. O Reino de Deus se 
concretiza presentemente na Igreja, embora os judeus ainda venham a ter um tempo 
de participação especial na história da salvação, convertendo-se e fazendo parte da 
Igreja. 
 
2.Pré-Milenismo Dispensacional – A passagem básica do Pré-Milenismo é Ap 20.4-6. 
Os Pré-Milenistas observam que aqui estão as provas de um período de mil anos e 
duas ressurreições, uma no início e outra no fim. O Pré-Milenismo insiste numa 
interpretação literal e coerente dessa passagem. Uma vez que o mesmo verbo – 
8 
 
 
ezesan (e)/zhsan 
devem ser do mesmo tipo. Ambas as ressurreições são físicas, porém não são iguais. 
A primeira é chamada de A Primeira Ressurreição, e é destinada somente aos salvos. 
Estes receberão corpos glorificados, espirituais; A Segunda apesar de ser física não 
será gloriosa, pois os que dela participarem provarão o dano da Segunda Morte. 
natureza, que “geme e suporta angústias”, aguardando sua redenção, será libertada da 
maldição da Queda (Rm 8.19-23). Até os animais viverão em harmonia uns com os 
outros (Is 11.6,7; 65.25), e as forças destrutivas da natureza serão acalmadas. Os 
santos governarão junto com Cristo nesse Milênio. 
 
Os Pré-Milenistas crêem que Jesus voltará antes dos mil anos (Ap 20.2-6) e que 
reinará sobre o mundo, o qual sobreviverá à destruição e ao julgamento e que os 
homens serão visitados por Deus sobre a terra na Grande Tribulação. Muitos pais da 
Igreja Primitiva eram milenistas (khiliastas: do grego khilia - xi/lia). Com a posição 
adotada por Agostinho (século V), o Pré-Milenismo caiu no desprezo geral até a 
revitalização ocorrida no século passado. Muitos crêem que o Pré-Milenismo é 
sinônimo do “dispensacionalismo” criado e popularizado por John Nelson Darby, 
destacado líder dos Irmãos Livres de Plymouth, Inglaterra. Com sua esquematização 
escatológica, ele obteve grande aceitação entre os evangélicos (principalmente no 
norte dos Estados Unidos), no movimento evangelístico que gerou muitos institutos 
bíblicos, “missões de fé” e a famosa Bíblia de Scofield. Aqui no Brasil, os batistas 
regulares, o Instituto Bíblico Palavra da Vida, a Chamada da Meia-Noite , as 
Assembléias de Deus e outras missões estrangeiras e escolas iniciadas por 
missionários da outra América divulgam esta posição teológica. 
 
Diversos teólogos dispensacionalistas de hoje, como Robert Saucy, Charles Ryrie, 
Craig e Darrell Bock, chamam-se “dispensacionalistas progressistas” e têm conquistado 
muitos seguidores. Eles não vêem a Igreja como um parêntese no plano de Deus. Do 
ponto de vista do dispensacionalismo progressista, Deus não tem dois propósitos 
separados para Israel e para a Igreja, mas sim um único propósito – o estabelecimento 
do Reino de Deus – no qual tanto Israel como a Igreja terão parte. O 
9 
 
 
dispensacionalismo progressista não vê nenhuma distinção entre Israel e a Igreja no 
estado eterno futuro, pois todos serão parte de um só povo de Deus. Além disso, eles 
defendem que a Igreja reinará com Cristo em corpo glorificado na terra durante o 
milênio. 
 
No entanto, há ainda uma diferença entre os dispensacionalistas progressistas e o 
restante do evangelicalismo em um aspecto: eles afirmam que as promessas do Antigo 
Testamento referentes a Israel ainda serão cumpridas no milênio pelo povo judeu, que 
crerá em Cristo e viverá na terra de Israel como “nação-modelo” para que todas as 
nações o vejam e dele aprendam. Portanto, eles não diriam que a Igreja é o “novo 
Israel” nem que todas as profecias serão cumpridas no Israel étnico. 
 
O termo “progressivo”, para este novo entendimento do dispensacionalismo, vem de 
um dos distintivos desta nova corrente: A relação progressiva entre as dispensações. 
Uma dispensação avança no plano divino sobre a anterior. 
A dispensação anterior antecipa e logo presencia o Messias. Depois de Sua ascensão, 
Cristo inaugura a presente dispensação. A futura dispensação é a dispensação do seu 
regresso e da consumação do seu Reino. As dispensações Presente e Futura são 
vistas no Novo Testamento como o cumprimento do Pacto Davídico. 
 
O dispensacionalismo progressivo passa por três dispensações bíblicas: 
 
1ª) Passada. Da Eternidade passada até ao primeiro advento; 
2ª) Presente. Do primeiro ao segundo advento; 
3ª) Futura. Do segundo advento até à Eternidade futura. 
 
Estas três dispensações sustentadas pelo dispensacionalismo progressivo estão 
centralizadas em Cristo. Isto é, elas são cristocêntricas. 
 
O Dr. Aldery Nelson da Rocha também vê três dispensações: 
 
10 
 
 
1ª) A Dispensação do Mistério. Da eternidade passada até a Encarnação do 
Logos (Ef 3.9); 
 
2ª) A Dispensação da Graça. Da Encarnação até a Segunda Vinda (Ef 3.2); 
 
 
3ª) A Dispensação da Plenitude. Da Segunda Vinda até eternidade futura (Ef 
1.10). 
 
O ESQUEMA DISPENSACIONAL DE SCOFIELD: 
 
1. Dispensação da Inocência - Da Criação à Queda. 
2. Dispensação da Consciência - Da Queda ao Dilúvio. 
3. Dispensação do Governo Humano - Do Dilúvio à chamada de Abraão. 
4. Dispensação da Promessa ou Patriarcal - Da chamada de Abraão à saída do 
Egito. 
5. Dispensação da Lei ou Israelita - Do Monte Sinai ao Monte Calvário. 
6. Dispensação da Graça ou da Igreja - Do Calvário ao Arrebatamento. 
7. Dispensação do Milênio ou Governo Divino - Da Parusia ao Grande Trono 
Branco. 
 
O autor desta obra crê que Deus tem um único propósito - estabelecimento do Reino 
de Deus - no qual tanto Israel como a Igreja e os Gentios - as nações justas (o trigo) 
terão parte no Estado Eterno. E todos serão chamados Povos de Deus: “Agora o 
tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus 
povos (no grego está no plural, laoi\-laoí); o próprio Deus estará com eles e será o seu 
Deus” (Ap 21.3). 
 
De acordo com o sistema apresentado pelos dispensacionalistas, há sete épocas da 
história da Salvação: Inocência, Consciência, Governo Humano, Patriarcal, a Lei, a 
Graça e o Milênio, que será o governo divino. A chave imprescindível para a 
11 
 
 
compreensão do futuro é Daniel 9.24-27. As 70 semanas se referem a 490 anos (70 x 
7) e não a dias. As primeiras 69 semanas de anos terminaram com a crucificação de 
Jesus, encerrando a época na qual Deus tratava principalmente com Israel. Com a 
rejeição do Messias que Deus ofereceu a Israel no ministério e na pessoa de Jesus, 
Deus fez o relógio escatológico parar. No intervalo entre 69ª e 70ª semana, Deus 
estabeleceu a Igreja, a realidade não prevista pelos profetas do Antigo Testamento. 
 
A Igreja, portanto, é o ministério revelado a Paulo e aos escritores do Novo Testamento 
(Ef.3; Cl 1; Rm 16.25-27). Terminado este período da Graça, no qual os gentios e 
judeus são convidados a formar a “Noiva” de Cristo, ocorrerá o Arrebatamento 
(lTs.4.13-18). Este maravilhoso evento se realizará sem aviso prévio. O relógio 
profético então será reativado, com a atenção de Deus voltada para Israel. A 70ª 
semana de Daniel 9 marcará os sete anos da Grande Tribulação. Dentro da última 
semana de Danielhaverá o desenvolvimento do seguinte quadro: 
 
1. Israel, a nação judaica, estará no centro do plano divino de Deus para com a 
humanidade. Restaurada, Israel reconstruirá o Templo e restabelecerá os sacrifícios 
exigidos pela lei mosaica. 
 
2. O poder político internacional será exercido pelo Anticristo, a Besta ou o Homem de 
Iniqüidade (l Jo 4.3; Ap 13; 2 Ts 2.3). 
 
3. O cristianismo apóstata, unindo o Catolicismo, a Igreja Ortodoxa e o Modernismo 
protestante, chamado a Meretriz, se aliará com o Anticristo (Ap 17) e prosperará 
através da união adúltera durante um tempo. 
4. O pecado aumentará entre os homens e chegará a uma profundidade e intensidade 
jamais vistas a não ser na época do Dilúvio. 
5. A ira de Deus será derramada sobre a Terra numa série de julgamentos e 
cataclismos. 
6. Quando a Besta (o Anticristo) romper (Dn 9.27) com a nação Israelita, provocará 
uma crise internacional que atingirá seu auge na guerra de Armagedom. Tudo 
12 
 
 
culminará no fim dos sete anos da Grande Tribulação com a vinda de Jesus Cristo 
com os seus santos. Após a Parusia, o reino do Anticristo será destruído e Cristo 
passará a reinar sobre a terra (Zc 14.9,16-19; Mt 25.31-46; 19.28). Assim se 
cumprirão literalmente as profecias do Antigo Testamento que prevêem um reino 
messiânico na Terra. Passados os mil anos previstos em Ap 20, Satanás será solto 
da sua prisão, encabeçará uma revolta breve dos habitantes não regenerados, 
nações-bodes (Mt 25.31-46), mas que será esmagada . Sucederá então o último 
julgamento, do Trono Branco (Ap 20.11-15). Os mortos não convertidos serão 
julgados segundo as suas obras. A Igreja depois do Milênio gozará a Nova 
Jerusalém, e os judeus e as nações justas (ovelhas) gozarão a Vida Perfeita na 
Nova Terra, eternamente (Mt 25.31-46; Ez 37.21-28). 
 
DE UM MODO GERAL, HÁ QUATRO MANEIRAS DE INTERPRETAR A 
ESCATOLOGIA BÍBLICA: 
 
1. A preterista - vindica a revelação do passado, interpretando a Escatologia em 
relação aos judeus e cristãos como em relação ao império Romano e à História. 
2. A espiritualista - trata tudo como símbolos, e nada é literal, tudo é figurado. 
3. A histórica - tudo vem-se cumprindo através da História. 
4. A futurista progressiva - crê que tudo está por acontecer no seu devido tempo e 
lugar. Crê no cumprimento profético da Revelação no passado, presente e 
futuro. Embora muitos escritos proféticos tenham sido revelados através de 
simbolismo, todavia terão cumprimento literal. 
 
A cada ano surgem novas visões sobre a “Vinda” de Jesus. Qual corrente está certa? 
Quais as conseqüências que cairão sobre aqueles que estiverem errados? Cito como 
resposta as palavras de João Wesley: “É possível morrermos sem o conhecimento de 
muitas verdades e, mesmo assim, sermos levados ao seio de Abraão. Se, porém, 
morremos sem amor, de que nos valerá o conhecimento? Exatamente o mesmo que 
vale para o diabo e seus anjos!”. 
 
13 
 
 
“Nos essenciais, a unidade, nos assuntos de dúvida, a liberdade, em todas as coisas, o 
amor” (Rupertur Meldenius). 
 
 
QUADRO DAS DISPENSAÇÕES 
 
J. N. Darby 
1800-1882 
 
J. H. 
Brookes 
1830-1897 
James M. 
Gray 
1851-1935 
C. I. Scofield 
1843-1921 
Charles C. 
Ryrie 
1963-1985 
Aldery N. da 
Rocha 
1985 
Estado 
paradisíaco 
(até o dilúvio) 
Éden Edênico Inocência 
P 
A 
 
M 
I 
Antediluvian
o 
Antediluvian
o 
Consciência 
Noé 
Patriarcal 
 
Patriarcal 
Governo 
Humano 
S 
S 
A 
D 
S 
T 
É 
R 
Abraão Promessa 
Israel 
Sob a lei 
Sob o 
sacerdócio 
Sob os reis 
 
Mosaico 
 
Mosaico 
 
Lei 
A I 
O 
Gentios Messiânico Igreja Graça PRESENT
E 
GRAÇA 
Espírito Espírito 
Santo 
Milênio Milenar Milenar Reino/Milênio 
 Plenitude do 
Tempo 
 
FUTURA 
 
PLENITUDE 
DOS 
TEMPOS 
Eternidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
III PROBLEMAS DOS ESTUDANTES DE ESCATOLOGIA 
 
1. Conhecimento bíblico desordenado. Há crentes portadores de um admirável saber 
bíblico, mas infelizmente, por falta de um estudo sistemático, seu conhecimento é 
avulso, solto, sem seqüência e desordenado. O verdadeiro estudante da Bíblia tem 
experiência profunda com o conteúdo das Escrituras. Sabe o tema principal dos 
livros, para quem ou qual povo foi escrito, o tempo e o lugar, o sentido do texto, até 
onde termina o assunto num capítulo, a mensagem que contém todo o arcano 
profético e a procedência da mensagem profética. Exemplo: Is 61.1,2; Lc 4.18,19. 
 
 
2. Falta de afinidade com o Espírito Santo (lCo 2.10,14). A Bíblia foi produzida pelo 
Espírito Santo, e não é antigüidade na fé, cultura, curso superior, que irá fazer 
entender as Escrituras. O Espírito Santo é o verdadeiro intérprete da palavra (lJo 
2.20,27). 
 
3. Conhecimento especulativo. Este conhecimento é apenas especulação do intelecto 
humano (lCo 2.14; Tg 3.15). Especular é querer saber apenas por saber, mas sem 
qualquer intenção de glorificar a Deus, de consagrar a vida a Ele, e muito menos de 
obedecer à sua vontade. Há muita diferença entre “amar a sua vinda” (2Tm 4.8) e 
especular sobre a sua vinda. 
 
 
Conselhos Práticos Para Quem Quer Conhecer a Escatologia: 
 
Ler a Bíblia e meditar sobre a leitura, buscando conhecer e compreender a Escatologia 
dentro destes quatro aspectos: 
 
 
TEXTO: Is 61.1,2 – Lc 4. 18,19 
1ªVinda - “O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar 
boas-novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e 
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os cativos, e proclamar o ano 
aceitável do Senhor”. 
2ª .Vinda - “... e o dia da vingança do nosso Deus” (Is 63.1-6;34.8; J1 3.13-16; 2 Ts 
1.7,8). 
 
15 
 
 
1. Do Reino (Ef 1.10,11; 3.11; Dn 7.13,14; 2 Sm 7.16; Sl 89.35-37; Ap 1.6). 
2. Do Resgate das Coisas 
3. Dos Objetos de Resgate: a) A Terra; b) As Nações; c) A Igreja; d) Israel; e) O 
Homem. 
4. Das Setenta Semanas de Daniel (Dn 9.24-27) 
 
Conhecer as três classes gerais de doutrinas bíblicas: 
1. Doutrinas da Salvação 
2. Doutrinas da Fé Cristã 
3. Doutrinas das Coisas Futuras - Escatologia 
Conhecer sistematicamente as doutrinas escatológicas: 
1. Doutrina da Morte e do Estado Intermediário; 
2. Doutrina do Juízo; 
3. Doutrina das Ressurreições; 
4. Doutrina da Vida de Jesus; 
5. Doutrina do Milênio; 
6. Doutrina da Revolta Final de Satanás; 
7. Doutrina do Eterno e Perfeito Estado (Ap 21 e 22); 
8. Doutrina das Dispensações. 
 
Conhecer os três elementos da profecia (l Co 10.32): “Portai-vos de modo que não deis 
escândalo nem aos judeus, nem aos gregos (ou gentios), nem à igreja de Deus”. 
 
1. Gentios (Nações) - descritos em Daniel, livro que fala do tempo e da plenitude 
dos gentios; 
2. Os Judeus - o Povo da Promessa. Ezequiel descreve história profética até a sua 
glória; 
3. A Igreja - composta de judeus e gentios salvos. 
 
Conhecer os livros proféticos que ainda vão se cumprir. 
 
Os livros proféticos do Antigo Testamento podem ser divididos em dois grupos: 
Primeiro: Os que focalizam o próprio tempo em que foram escritos e o futuro; 
Segundo: Os que focalizam apenas o futuro. 
 
 
Os livros proféticos estão distribuídos da seguinte forma: 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presente e 
futuro 
Isaías 
Jeremias 
Ezequiel 
Daniel 
Oséias 
Amós 
Miquéias 
Sofonias 
Ageu 
Zacarias 
 
Só futuro 
Joel 
Obadias 
Naum 
Habacuque 
Malaquias 
 
 
17 
 
 
IV O DIA DO SENHOR 1 
 
“Eis que vem o Dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti. 
Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será 
tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; metade da cidade sairá 
para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade. Então, sairá o 
SENHOR e pelejará contra essasnações, como pelejou no dia da batalha. Naquele 
dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém 
para o oriente; o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o 
ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e 
a outra metade, para o sul. Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos 
montes chegará até Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, 
rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele. Acontecerá, 
naquele dia, que não haverá luz, mas frio e gelo. Mas será um dia singular conhecido 
do SENHOR; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde” (Zc 14.1-7). 
 
O capítulo 14 de Zacarias inicia com a seguinte afirmação: “Eis que vem o Dia do 
Senhor”. Para entendermos a importância dessa declaração, temos de considerar 
alguns fatos: 
 
Em primeiro lugar, a expressão “o Dia do Senhor” se refere à intervenção de Deus nos 
eventos mundiais para julgar os Seus inimigos, cumprir o Seu propósito quanto à 
história e, assim, demonstrar quem ele é – o Deus soberano do Universo (Is 2.10-22; 
Ez 13.5,9,14,21,23; 30.3,8,19,25,26). 
 
Em segundo lugar, já aconteceram vários “Dias do Senhor”, nos quais Deus 
demonstrou o Seu domínio soberano ao levantar nações para executarem o Seu 
julgamento sobre outras nações. Por exemplo, Ele levantou a Babilônia para julgar o 
Egito e seus aliados em torno de 500 a.C. (Jr 46.2,10; Ez 30.3-6). 
 
O futuro Dia do Senhor 
 
A Bíblia, entretanto, também prediz um futuro Dia do Senhor. Por exemplo, Is 2.10-22 
descreve um Dia do senhor que compreenderá o sexto selo da futura septuagésima 
semana de Daniel 9 (Ap 6.12-17). O apóstolo Paulo predisse um futuro Dia do Senhor, 
quando uma destruição repentina e inescapável sobrevirá a todos aqueles que não 
creram em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal (1Ts 5.1-11). 
 
 
 
1
 VARNER, William C. Jerusalém no Centro do furacão. Porto Alegre: Actual Edições, 2004, p. 31-41. 
18 
 
 
Ira e Bênção 
 
A Bíblia também assinala que o futuro Dia do Senhor terá, no mínimo, dupla natureza. 
Por um lado, ele será caracterizado pela escuridão e por um terrível derramamento da 
ira divina sobre o mundo (Sf 1.14,15). Assim será a sua natureza durante a 
septuagésima semana de Daniel 9 (o período da Grande Tribulação). 
 
Contudo, o Dia do Senhor também será caracterizado pela luz, por um derramamento 
da bênção divina e pela administração do governo de Deus sobre a terra. Após 
descrever o escurecimento do sol, da lua e das estrelas, bem como o juízo de Deus 
sobre os exércitos das nações reunidos em Israel no Dia do Senhor (Jl 3.9-16), o 
profeta Joel predisse a grande bênção de Deus “naquele dia” (Jl 3.18-21). 
 
O profeta Zacarias, depois de considerar o futuro Dia do Senhor, quando os exércitos 
de todas as nações guerrearão contra Jerusalém e serão surpreendidos pela volta do 
Messias à Terra para combatê-los (Zc 14.1-50, indicou que “aquele dia” também será 
caracterizado por luz (vv. 6,7), por grande bênção (v.8), e pela administração do 
governo de Deus sobre toda a Terra (v.9). Essa será a natureza do Dia do Senhor 
durante o Milênio. 
Amplo e estrito 
 
O futuro Dia do Senhor tem um duplo aspecto: é tanto amplo quanto estrito. O sentido 
amplo se refere a um tempo extenso, que cobre pelo menos toda a septuagésima 
semana de Daniel 9 e o Milênio. O sentido estrito se refere a um dia específico – o Dia 
em que Cristo voltará à Terra na Sua Segunda Vinda com os Seus anjos e a Igreja (Ap 
19.11-16; Zc 14.5). 
 
O DIA DO SENHOR (AMPLO) 
Período de 
Paz 
Período de 
Perseguição 
2ª Vinda Regeneração da 
Terra: 
Mt 19.28 
3,5 anos 3,5 anos Ap 19.11-21 Milênio 
 A Angústia de 
Jacó 
Jr 30.7; Dn 
12.1 
2 Pe 3.10,11 Jerusalém 
o Trono do Senhor 
70ª Semana de Daniel 
A Grande Tribulação 
O Dia do 
Senhor Estrito 
Jr 3.17; 17.12; Ez 
43.6,7; Mt 25.31 
 
 
19 
 
 
O Dia do Senhor estrito: quando Cristo voltar 
 
Os seguintes fatos indicam que um futuro Dia do Senhor será limitado a um único dia: 
 
Primeiro: o texto de Ap 16.12-16 revela que os exércitos de todas as nações do mundo 
iniciarão a sua concentração em Israel para o Armagedom apenas depois do 
derramamento da sexta taça (a que antecede ao último juízo da Grande Tribulação). 
Assim, esses exércitos começarão a se reunir no final daquele período (após os sete 
selos, as sete trombetas, e depois que as primeiras cinco taças de julgamentos do Dia 
do Senhor amplo tiuverem ocorridos). 
 
Segundo: os textos de Jl 3.9-16 e Zc 14.1-5 indicam que, após o ajuntamento dos 
exércitos da nações em Israel, “vem o Dia do Senhor” (Zc 14.1) e ele “está perto” (Jl 
3.14). Conseqüentemente, esse Dia do Senhor só acontecerá depois que os exércitos 
tiverem se concentrado em Israel e uma importante parte do Dia do Senhor amplo tiver 
transcorrido. 
 
Esse Dia do Senhor estrito será uma parte do Dia do Senhor amplo, mas também se 
constitui num completo Dia do Senhor em si mesmo. O Dia do Senhor amplo abrangerá 
um extenso período de tempo. O Dia do Senhor estrito será limitado a “um dia” (Zc 
14.7). 
 
Terceiro: os textos de Jl 3 e Zc 14 indicam que o Dia do Senhor a que se referem será 
o dia em o Messias guerreará contra os exércitos reunidos em Israel. De acordo com 
Ap 19.11-21, esse é o dia em que Cristo voltará do céu para a Terra. Sendo assim, o 
Dia do Senhor estrito é o dia do retorno de Cristo na Sua gloriosa Segunda Vinda após 
a Grande Tribulação (Mt 24.21,29,30). 
 
O texto de Jl 3.14,15 indica que o sol, a lua e as estrelas escurecerão antes que venha 
o Dia do Senhor estrito. O texto de Jl 2.31 declara que “o sol se converterá em trevas, e 
a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor”. Portanto, o Dia 
20 
 
 
do Senhor estrito de Jl e Zc 14 é o grande e terrível Dia do Senhor – o dia da gloriosa 
Segunda Vinda de Cristo. 
 
Dessa maneira, as Escrituras aplicam a expressão – “o grande e terrível Dia do 
Senhor” – ao Dia estrito, não ao Dia amplo, implicando que o Dia estrito diferirá do Dia 
amplo tanto em duração quanto em importância. Ainda que o período inicial do Dia do 
Senhor amplo envolva um grande derramamento da ira de Deus sobre o domínio de 
Satanás e da humanidade, o Dia estrito será o clímax apoteótico do julgamento. Tal Dia 
exporá os inimigos de Deus à autêntica presença de Cristo e à plenitude do Seu divino 
poder, glória, julgamento e podrio bélico (Mt 24.29,30; Ap 19.11,12,15). Esse Dia 
marcará a intervenção dos exércitos angelicais celeste contra os inimigos de Deus (Mt 
24.31; Ap 19.14,17), dará fim ao governo de Satanás e da humanidade rebelde sobre o 
sistema mundial, bem como os expulsará da terra (Dn 2.31-35,37-45; 7.18,25-27; Lc 
17.26-37; Ap 19.17-20.3). Por conseguinte, E. W. Bullinger declarou: “Ele é chamado „o 
grande e terrível Dia do Senhor‟ por o clímax de todo o período conhecido como o Dia 
do Senhor”. 
 
Em virtude do Dia do Senhor estrito ocasionar uma mudança tão decisiva e 
permanente no mundo, o profeta Joel chamou de “vale da decisão” ao local onde o 
clímax do julgamento de Deus será derramado sobre Satanás e a humanidade rebelde 
(Jl 3.14). C. F. Keil o denomina de “vale do julgamento decisivo, a partir do termo 
hebraico charats que signmifica decidir, determinar irrevogavelmente”. 
 
Qual a razão do Dia do Senhor estrito? 
 
O texto de Zc 14.2 declara a razão do Dia do Senhor estrito. Antes que chegue aquele 
dia, os exércitos de todas as naçlões concentrar-se-ão para empreenderem guerra 
contra Jerusalém. Eles conquistarão pelo menos a metade de Jerusalém, saquearão as 
casa, violentarão as mulheres e levarão a metade da população da cidade para 
ocativeiro. Porém, a outra metade não será removida, provavelmente porque o Dia do 
21 
 
 
senhorestrito se iniciará antes que os exércitos possam conquistar a outra metade da 
cidade. 
 
Outras passagens proféticas revelam que os líderes políticos e os exércitos de todas as 
nações virão contra Israel e Jerusalém perto do fim da futura Tribulação (Is 34.1-8; Jl 
3.2,9-17; Mq 4.11-13; Sf 3.8; Zc 12.2,3,9; Ap 16.12-16; 19.11-21). 
 
O propósito de Deus 
 
Deus desempenhará um papel fundamental no ajuntamento desses líderes e exércitos 
(Zc 14.2; Jl 3.2; Mq 4.11-13; Sf 3.8) e terá dois propósitos. O primeiro será o de usar 
essa força militar como a Sua vara para quebrantar a rebeldia obstinada de Israel 
contra Ele e o Messias, de modo que a nação venha a se arrepender (Dn 9.9.24; 
12.1,5-7; Zc 12.10-13.1). Enquanto Israel não se arrepende, Deus não esmagará 
Satanás e o seu reino, não os removerá da terra, nem estabecerá o Seu governo 
teocrático, Seu Reino sobre a terra (Zc 12-14; At 3.12-21), porque já determinou que 
Israel será líder espiritual do mundo durante o governo milenar de Cristo sobre a terra 
(Is 2.1-5; 61.6; Zc 8.20-23). E também que Israel será cabeça das nações por toda a 
eternidade (Is 61.7-9; 65.17-25; Ez 37.24-28; Dn 7.18,27). 
 
O segundo propósito é que Deus tenciona ter todas as forças políticas e militares do 
reino de Satanás reunidas num só local para que, juntas, sejam destruídas por Cristo 
quando Ele voltar do céu, por ocasião da sua gloriosa Segunda Vinda no Dia do Senhor 
estrito (Is 34.1-8; Jl 3.2,9-17; Mq 4.11-13; Sf 3.8; Zc 12.2,3,9; Zc 14.3,4; Ap 16.12-16; 
19.11-21). 
 
O propósito de Satanás 
 
Satanás também desempenhará um importante papel no ajuntamento dessas forças 
políticas e militares concentradas contra Israel e Jerusalém próximo ao fim da 
tribulação (A 16.12-16). Ele igualmente tem dois propósitos. O primeiro será o de usar 
22 
 
 
essas forças para tentar aniquilar Israel antes que o povo judeu possa se arrepender. 
Já que não se arrepende, Satanás terá em mente que, se Israel for completamente 
destruído antes que se arrependa, Deus nunca esmagará a ele e ao seu reino. 
 
Num segundo propósito, uma vez que Zacarias 14.4 revela que, por ocasião do Dia do 
Senhor estrito, o Messias voltará do céu para Jerusalém, a intenção de Satanás é que 
as forças políticas e militares do mundo gentílico estejam concentradas naquele local 
para o auxiliarem na tentativa de impedir a segunda Vinda de Cristo à terra. Elas 
estarão congregadas “para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo [o 
Messias] e contra o seu exército” (Ap 19.19). 
 
O livramento divino 
 
Quando o remanescente de Israel na terra for inescapavelmente encurralado, sem 
dispor de qualquer recurso terreno para livrar-se do iminente aniquilamento, voltar-se-á 
para Deus e o invocará para que envie o Messias – O Go‟el (Lc 13.34,35; Rm 11.26; Is 
59.20,21). Então o Messias aparecerá vindo dos céus com Seus poderosos anjos e 
Sua Igreja (Zc 14.5; Jl 3.11; Ap 19.14). Quando os judeus contemplarem as feridas da 
crucificação no corpo ressuscitado de Jesus, perceberão que Aquele a quem rejeitaram 
na Primeira Vinda era o seu legítimo Messias – o seu Go‟el. Então se arrependerão 
(mudarão suas mentes deixando de rejeitá-lo e passarão a confiar nEle como seu 
Messias e Salvador (Go‟el), conforme Zc 12.10-14). Em resposta ao arrependimento da 
nação, Deus a purificará de seus pecados (Zc 13.1). 
 
Uma vez que Israel tenha se arrependido, o Messias sairá para lutar contra as forças 
políticas e militares da nações (Zc 14.3). Seus pés tocarão no monte das Oliveiras, 
localizado a leste de Jerusalém. O monte se dividirá ao meio. Uma metade se moverá 
para o norte e a outra metade se deslocará para o sul, formando um novo vale na 
direção leste-oeste, através do qual o remanescente do povo de Israel escapará dos 
seus inimigos (Zc 14.4,5). O messias destruirá os poderes políticos e militares do 
mundo num horrendo juízo cheio de ira (Zc 14.12-15; Ap 19.15-21). A Pedra esmiuçará 
23 
 
 
a estátua (Dn 2) e encherá a terra (Dn 2,35,44,45). O Parente Vingador – Go‟el tomará 
vingança e remirá Israel e sua terra. Para Israel Jesus é o Parente Remidor, para os 
seus inimgos Ele é o Parente Vingador. 
 
O texto de Zacarias 14.6,7 indica que o futuro Dia do Senhor estrito não se 
caracterizará integralmente por trevas, nem completamente por luz. Pelo contrário, 
esse “um dia” será tanto de trevas quanto de luz. “Naquele Dia”, a primeira parte será 
marcada pela escuridão, enquanto os exércitos atacarem Jerusalém; mas a segunda e 
última parte será caracterizada pela luz, quando O Messias voltar para libertar o 
remanescente de Israel e destruir seus inimigos. (Renal E. Showers). 
 
Salmo 118.26 
Baruch há bah Adoshem Adonai (IAHWEH). 
Bendito é o que vem em nome do Senhor 
 
Eis que a casa de vocês (Israel) ficará deserta. Eu lhes digo que vocês não me verão 
mais até que digam: “bendito o que vem em nome do Senhor”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
V REDENÇÃO: O PALCO DA ESCATOLOGIA 
 
“Há pessoas que pensam que o Antigo Testamento, em contraste com o Novo, ensina 
que a REDENÇÃO foi recebida pela observância da lei. Mas isto não é verdade. Ali 
também a Graça de Deus vem primeiro” (Christopher J.H. Whight).
2 
 
Os atos redentores de Deus tem um propósito contínuo, que ele cumprirá 
definitivamente com a eliminação do mal, a vingança dos justos, o estabelecimento da 
justiça e da paz e com a Restauração da harmonia entre Deus, a humanidade e a 
natureza. Os cristãos vivem à luz da inauguração desse reino no ministério terreno de 
Cristo, e também da expectativa do seu estabelecimento final, quando ele vier 
novamente. 
 
“Deus poderia ter destruído o homem, após a Queda no Éden. Mas não o fez. Ele 
preferiu remi-lo e restaurá-lo. Deus poderia ter destruído a humanidade após a rebelião 
da torre de Babel, porém não o fez”.
3
 
 
“A história da REDENÇÃO começa com a chamada de Abraão e com a promessa de 
que através de seus descendentes, a Nação de Israel, Deus abençoaria todas as 
nações da terra”.
4
 “A resposta de Deus para a praga internacional do pecado foi uma 
nova comunidade, uma nação que seria o padrão e o modelo da REDENÇÃO, como 
também o veículo através do qual a bênção da REDENÇÃO finalmente abraçaria o 
restante da humanidade”.
5
 “Essa promessa ao patriarca Abraão tornou-se a base para 
toda a compreensão subseqüente do papel da terra no desenvolvimento da história da 
redenção”.
6
 
 
“A posse de uma determinada extensão de terra teria importância sob várias 
perspectivas com respeito à obra redentora de Deus no mundo. Mas a terra também 
servia como sombra, exemplo, profecia, antecipando a obra futura de Deus com seu 
povo”.
7
 O povo de Deus é constituído da Igreja, de Israel Remanescente e dos Gentios 
que aceitarem o Governo do Messias no Milênio. 
 
A redenção envolve a restauração de tudo quanto foi perdido através do pecado, 
compreendendo a alma do homem, seu corpo, raça humana e a terra. Cristo o nosso 
Go‟el possui as qualificações como o Redentor do mundo. Sua paixão e morte, seu 
poder de julgar e reinar o qualificam como GO‟EL – Redentor. 
 
2
 WRIGHT, Christopher J. H. Povo Terra e Deus. 1ª ed. São Paulo: ABU, 1991, p.23. 
3
 WRIGHT, Christopher J. H. Op. Cit., p.34. 
4
 WRIGHT, Christopher J. H. Op. Cit., p.47. 
5
 WRIGHT, Christopher J. H. Op. Cit., p.35. 
6
 ROBERTSON, O. Palmer. O Israel de Deus. São Paulo: Editora Vida, 2005, p.17. 
7
 ROBERTSON, O. Palmer. Op. Cit., p.16. 
25 
 
 
 
O processo da redenção foi entregue nas mãos da Igreja. A história da Igreja é a 
história da redenção no que se aplica à alma dos homens. Ainda não chegou o dia da 
redenção para a terra física, nem mesmo para a raça humana. 
 
O Ponto de Vista reformado da Redenção:
8
 
 
“A cosmovisão reformada se distingue das demais em alguns pontos fundamentais. 
Primeiro,ela estabelece a autoridade suprema das Escrituras, entendida como a 
revelação da mente de Deus ao homem como único ponto de partida para a construção 
de uma cosmovisão essencialmente cristã. Em segundo lugar, ela oferece um escopo 
integral não-dualista para a formação de uma cosmovisão a partir da união dos três 
aspectos fundamentais da revelação bíblica, a tríade criação-queda-redenção. E por 
último salientamos a visão reformada plena da soberania de Deus sobre a criação e o 
escopo integral da queda e a redenção total de Deus, em Cristo Jesus”. 
 
“Na tradição reformada a graça restaura a natureza, ou seja, o escopo da salvação de 
Cristo não se aplica apenas à dimensão espiritual do homem, mas à criação toda” (O 
planeta Terra e todo o Universo). 
 
A redenção envolve a alma, o corpo e a terra toda: Rm 8.23: “E não só ela, mas nós 
mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, 
esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. 
 
Ef 4.30: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia 
da redenção”. 
 
Mt 19.28: “E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, 
quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, 
também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”. 
 
Lc 22.29,30: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio, para que 
comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos assentareis em tronos para julgar 
as doze tribos de Israel”.As duas grandes palavras proféticas são: 
 
1. Regeneração; 
2. Redenção. 
 
 
8
 CARVALHO, V. R. G. COSMOVISÃO CRISTÃ E TRANSFORMAÇÃO. Viçosa, MG: Editora Ultimato, 2006, p. 53. 
26 
 
 
História inteira da humanidade pode ser contada com apenas três palavras: Geração, 
Degeneração e Regeneração. 
 
A Regeneração consiste do processo de restaurar, ao seu estado original, algo que 
sofreu um processo de Degeneração. 
 
O Propósito de Deus para com a Terra 
 
1. Qual o propósito de Deus para com a Terra? 
 
1.1. Para ser habitada: “Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que 
formou a terra, que a fez e a estabeleceu, não a criando para ser um caos, mas 
para ser habitada: Eu sou o Senhor e não há outro” (Is 45.18). [Leia Gn 1.2; Is 
14.12; Ez 28.12-17]. 
1.2. Para manifestar Sua Glória como nos dias do Milênio (Is 4.1-6). 
Is 4.2-6: “Naquele dia o renovo do SENHOR será cheio de beleza e de glória; e o fruto 
da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel. E será que aquele que 
for deixado em Sião, e ficar em Jerusalém, será chamado santo; todo aquele que 
estiver inscrito entre os viventes em Jerusalém; Quando o Senhor lavar a imundícia das 
filhas de Sião, e limpar o sangue de Jerusalém, do meio dela, com o espírito de justiça, 
e com o espírito de ardor. 
 
E criará o SENHOR sobre todo o lugar do monte de Sião, e sobre as suas assembléias, 
uma nuvem de dia e uma fumaça, e um resplendor de fogo flamejante de noite; porque 
sobre toda a glória haverá proteção. 
 
E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia; e para refúgio e 
esconderijo contra a tempestade e a chuva”. 
 
2. O que houve com a Terra? 
 
2.1. Com a queda de Satanás tornou-se um caos. 
 
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu 
que prostravas as nações!”(Is 14.12). 
 
“Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o 
Senhor Deus: Tu eras o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. 
Estiveste no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda pedra preciosa: a cornalina, o 
topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. 
 
27 
 
 
Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram 
preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo 
de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, 
desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade. Pela abundância 
do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, 
profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das 
pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste 
a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei; diante dos reis te pus, 
para que te contemplem.”(Ez 28.12-17). 
 
2.2. Com a queda de Adão foi amaldiçoada (Gn 3.11-19; 4.11,12; 8.21; Is 24.1-23). 
 
“A quem chamou Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do 
trabalho de nossas mãos, os quais provêm da terra que o Senhor amaldiçoou”(Gn 
5.29). 
2.3. Adão perdeu o direito de dominá-la pelo poder de Deus, para Satanás. 
(Mt 4.8; Jo 14.30; 16.11; l Jo 5.19). 
2.4 Adão não podia, por recursos próprios, saldar a dívida para retomá-la. 
Somente o Parente Remidor - GO‟EL poderia fazer isto (Lv 25,26; Rt 2.1-
3; 3.10-18,4.1-10; Is 59.20; Gl 4.4,5; Hb 2.14,15; Ap 5). 
 
3. O que acontecerá com a Terra? Deus vai redimi-la. Três coisas foram perdidas 
com o pecado: 
 
a) A Terra; b) A alma; c) O corpo. 
 
Cada um desses elementos tem um único meio de Redenção: Jesus mediante o Seu 
sangue. No momento nos prenderemos apenas a Redenção da Terra. 
 
No livro de Levítico, encontramos, a partir do capítulo 25, uma seqüência de leis 
referentes à terra: 
 
O Ano Sabático (25.1-7); 
O Ano do Jubileu (25.8-24); 
O Resgate da Herança (25.25-34); 
O Irmão Pobre (25.35-46); 
O Resgate do Irmão Pobre (25.47-55). 
 
Todas estas leis se fossem obedecidas daria à terra uma boa qualidade e bom 
aproveitamento. Com isso a terra produziria o fruto a tempo, proporcionando fartura, 
28 
 
 
prosperidade e bênção ao povo de Israel. Todavia, se todas essas leis não fossem 
obedecidas os castigos seriam: 
 
Desgraça (26.16,17); 
Seca (26.18-20); 
Feras (26.21,22); 
Enfermidades (26.23-26); 
Fome (26.27-31); 
Dispersão (26.32-39). 
 
Os setenta anos do cativeiro babilônico foi o juízo de Deus porque o povo não guardou 
os sábados da terra (Lv 25.3-5,8,9; 26.33-35; 2Cr 36.21). 
 
A história de Israel é a história da redenção e a forma social de Israel fazia parte do 
propósito e do padrão da redenção. A restauração do relacionamento entre Deus e o 
seu povo foi selada pela restauração do seu povo à terra. 
 
A história bíblica da redenção começa com as promessas de Deus a Abraão. Um 
elemento fundamental dessa promessa, conforme se encontra revelada e repetida na 
narrativa patriarcal, é que Deus daria a Abraão e a seus descendentes uma terra. 
 
3.1. Deus tirará, através de flagelos, o véu de maldição que encobre e domina a atual 
natureza terrena (Is 25.7,8; 2 Co 3.15,16). 
 
3.2. A terra será redimida (Rm 8.19-22; Jr 12.4; J1 2.18-27; Zc 14.4,5,8,10; Is 
11.5-9;35.1,2;55.12,13;65.20-25). Este é o tempo que Jesus chama de 
“regeneração” 
 
“Mateus 19:28: “E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, 
quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, 
também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”. 
 
É o renascimento da criação. Agora, a criação geme e suporta angústia, mas será 
redimida do cativeiro quando Cristo voltar (Rm 8.19-22). Grandes mudanças 
topográficas ocorrerão (Zc 14.4,5,8,10; Is 35.1,2; 55.13). A natureza dos animais 
ferozes será transformada (Jl 2.22-27; Is 35.2,6,7; Ez 34.26,27), colheitas fracassadas 
somente ocorrerão para aqueles que deixarem de ir adorar em Jerusalém (Zc 14.16-
19). A vida humana será prolongada, mas haverá mortes durante este período (Is 
65.20), pois a morte, o último inimigo, só será destruída no final dos mil anos (1Co 
15.24-28; Ap 20.7-14; Is 25.7,8). Como espiritualizar todas essas predições?29 
 
 
Certamente serão cumpridas de maneira literal. Não é filosofia humana, mas, sim, a 
Revelação Divina, que projeta luz sobre o futuro. 
 
3.3. Antes da Redenção futura, a Terra será assolada, não de todo, mas de parte 
em parte (Hc 1.12-17; Ap 6.8; 9.4,15,16). Este processo é claramente visto como as 
pragas derramadas no Egito. 
 
3.4. Em Habacuque, a Terra é a rede do sacrifício (Hc 1.13-17). 
 
3.5. Mas no fim será cheia do conhecimento do Senhor (Hc 2.13,14; Is 11.9). 
 
O Senhor esvaziará a rede da impiedade e a encherá do conhecimento do Senhor. O 
nosso Deus não habitará nesta “favela” que o Diabo usurpou durante séculos! Ele 
implantará o seu Reino em Jerusalém somente depois que purificá-la (Is 4.1-6). 
 
 
4. A Nova Criação
9
 - Nova Terra e Novo Céu: 
 
Diversas são as passagens das Escrituras que nos chamam a atenção para eles (Ap 
21.1,2; Is 65.17; 66.22; 2 Pe 3.10-13). São chamados novos, mas isto não quer dizer 
que sejam “novos” no sentido absoluto da palavra, pois a Terra permanecerá para 
sempre (Ec 1.4; S1 104.5; 119.90; J1 3.20; Is 60.21; Am 9.15; Mt 5.5; Gn 9.12-16; Is 
45.17,18; 35.1,2,7,10). Nas passagens que falam que a Terra e os céus passarão (Mt 
5.18,24,34,35; Mc 13.30,31; Lc 16.17,21,23; 2 Pe 3.10; Ap 21.1), a palavra original 
nunca é uma que indique o término da existência, mas, sim, parerkhomai - pare/rxomai, 
um verbo de significado muito amplo e geral, tal como “ir ou vir” a uma pessoa, um 
lugar, ou a um ponto; “passar”, como uma pessoa por um banho, ou um navio pelo 
mar, passar de um lugar ou condição para outro, chegar a passar através de, ir para de 
um a outro de, apresentar-se como quando se quer falar ou servir. Quanto ao tempo, 
significa ir até o passado, como um acontecimento, ou um estado de coisas que já 
aconteceu antes, dando lugar a outros eventos e a outro estado de coisas. A idéia 
principal é a de transição, não de aniquilação. 
 
Nem o céu nem a Terra serão aniquilados. Durante o Milênio, eles serão “regenerados” 
(Mt 19.28) e no Estado Eterno - Reino Eterno, serão “santificados” (2 Pe 3.10-13). Por 
que causaria estranheza a idéia de a matéria existir para sempre? Se Deus desejar que 
ela continue, então toda a opinião humana em contrário nada vale. Observemos que, 
da mesma forma que a justiça reinará na Terra durante o Milênio, habitará também na 
nova Terra (2 Pe 3.13). Alguns dos redimidos, sem dúvida, estarão no lar - na Nova 
 
9
 THIESSEN, H. C. Palestras em Teologia Sistemática. 1ª ed. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1987, p. 373. 
30 
 
 
Jerusalém, mas mesmo os que habitarem na Nova Terra terão contato com o Novo 
Céu (Ap 21.24). 
 
Modelos da nova criação. 
10
 
 
“O modelo da nova criação é tirado de textos bíblicos que falam de um Reino 
futuro e eterno, de uma nova terra e da renovação da vida sobre ele, de uma 
ressurreição corporal (especialmente da natureza física do corpo ressurreto de 
Cristo), de um ajuntamento social e político entre os redimidos. O modelo da nova 
criação espera que a ordem ontológica e o escopo da vida eterna sejam 
essencialmente contínuos ao da presente vida terrena, com exceção do pecado e 
da morte. A vida eterna para os seres humanos remidos será uma existência 
corporal na terra (quer a terra presente quer uma terra completamente nova), 
colocada em uma estrutura cósmica como a temos agora”. 
 
“Segundo a linguagem de Isaías 25, 65 e 66, de apocalipse 21 e de Romanos 8, o 
modelo da nova criação defende a idéia de que a terra e a ordem cósmica serão 
renovadas e eternizadas pelo mesmo poder criador que concede vida imortal e 
ressurreição aos santos. O modelo da nova criação rejeita a dicotomia que é 
fundamental ao modelo da visão espiritual, assim como vê a vida eterna em 
sentido holístico espiritual e material. O modelo da nova criação afirma uma 
criação futura e holística abençoada com a perfeição da justiça e da vida eterna”. 
 
RECORDANDO: TRÊS ELEMENTOS FORAM PERDIDOS COM O PECADO:
11
 
 
1) A Alma - “Porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. 
2) O Corpo - Não poderia comer da Árvore da Vida. 
3) A Terra - Ele perdeu o domínio. 
Os três principais eventos da Redenção seguem os três elementos implicados na 
perda: 
1) A Conversão: Redenção da alma (Gl 3.13). 
2) A Ressurreição: Redenção do corpo (Rm 8.23). 
3) A Segunda Vinda de Cristo: Redenção da Terra (Rm 8.21; At 3.21; Mt 19.28). 
 
A terceira fase da Redenção diz respeito à Terra e àqueles que estiverem nela após o 
Arrebatamento. O Diabo descerá à Terra a fim de tomar posse completa dela e reinará 
na pessoa do Anticristo: “Ap.12.7-12: Então houve guerra no céu: Miguel e os seus 
anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam, mas não 
 
10
 BOCK, Darrell. O MILÊNIO: 3 PONTOS DE VISTAS. São Paulo: Editora VIDA, 2005, p. 145,146. 
11
 BLOOMFIELD, Arthur E. Antes da última batalha. 1ª ed. Belo Horizonte: Editora Betânia, 1981, p. 55-57. 
31 
 
 
prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu. E foi precipitado o grande 
dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o 
mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele. Então, ouvi 
uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do 
nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de 
nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite. E eles o venceram 
pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas 
vidas até a morte. Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas ai da 
terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco 
tempo lhe resta”. 
 
A Redenção deveria vir por uma pessoa: Moisés foi a pessoa que Deus escolheu; ele é 
o tipo de Jesus. Deus não poderia chamar um egípcio, mas um judeu. Tinha que ser 
um Parente (Ex 2.8-10). 
 
Moisés foi enviado de Deus (Ex 3.10), como Jesus foi enviado do Pai (Jo 14,16; 3.16). 
Moisés era dependente do Pai (Ex 3.12-14). Jesus também dependia plenamente do 
Pai (Jo 5.19); Ele se despiu de sua glória, do uso da sua Divindade e veio como 
homem dependente em tudo do Pai. Jesus dependeu do Poder do Espírito Santo (Is 
11.2; 61.1,2; Jo 1.32; Lc 4.16-21). Ele recebeu do Pai toda a autoridade no Céu e na 
Terra (Mt 28.10). Jesus foi a pessoa (Jo 3.16,17) por quem o Pai efetuaria a Redenção. 
 
Quando Deus tirou os filhos de Israel do Egito, lhes prometeu a herança de uma terra 
onde manava leite e mel (Ex 3.8), mas o cananeu, o heteu, o amorreu, o Ferezeu, o 
heveu e o jebuseu moravam lá. Parece estranha a promessa, mas ela foi feita por 
Deus. Ele não estava enganando! Deus, evidentemente sabia que havia estranhos na 
terra. O que faltava era que o povo tomasse Posse da terra (Js 1.11-15). 
 
Quando Jesus promete a Terra aos seus filhos (Mt 5.5), parece um absurdo, pois sabe-
se que o Diabo é o príncipe deste mundo. Mas a Terra é nossa! Cada palmo dela é do 
Senhor! (Ex 9.29; 19.5; Dt 10.14; S1 24.1; 1 Co l0.26). 
Um Preço foi pago. Jesus morreu pela criatura! O que falta? Falta a Posse. 
 
Em Romanos, a Criação chora e geme pela plenitude da Redenção; Ap 5 diz que a 
Criatura se curva ante o Cordeiro porque é chegada a hora da Posse (Ap 5.13). 
 
Assim como a terra já podia ser contada como de Israel nos dias de Moisés, embora 
lhe faltasse a posse, que equivalia à expulsão dos gigantes que minavam aquela terra, 
também haverá necessidade de que haja Vingança e Posse da Terra, o que representa 
uma grande luta por parte do Senhor e seus santos contra Satanás e seu reino. 
 
32 
 
 
A Posse da Terra Requererá Duas Etapas: 
 
1) A Vingança contra o Posseiro - Satanás. O juízo antecedente. 
2) Um Dia de Vingança (Is 61.2; 34.8; 63.1-6;J1 3.13-16; 2 Ts 1.7, 8). A Posse virá 
após esse dia. 
 
A Redenção da Terra Tem Três Opções (Lv 25.23-31; Jr 32.6-15): 
 
1) O Parente Remidor - tipo de Jesus; 
2) O Esforço próprio - tipo do esforço próprio de Israel (Lv 25.26,27); 
3) O Ano do Jubileu - tipo do Milênio (Lv 25.28,29). 
 
O Parente Remidor, biblicamente, teria que cumprir as seguintes exigências: 
 
1) Ser parente próximo (Lv 25.48,49; Rt 3.12,13; Jr 32.7; Rt 3.9). 
2) Capaz de redimir (Mt 4.4-6; Jr 50.34; Jo 10.11,12). 
3) Ter posses, para pagar 0 preço completo pedido (Lv 25.27). A Redenção é 
efetuada somente pelo sangue (Ex 12. 13,23,27; lPe 1.18; 1Co 6.20; 7.23; 2 Pe 
2.1; Ap 5.9; 14.3,4). 
 
O Parente Remidor tinha também direitos: 
 
1) Direito de remir pessoas ou herdades (Lv 25.25,48; G1 4.5; Ef 1.7). 
2) Direito de pagar a dívida exigida (Lv 25.27; G1 3.13; l Pe 1.18,19; Jr 32.7). 
O esforço próprio (Lv 25.25-31) equivale ao seguinte processo: 
 
Se a pessoa que vendeu uma herdade não possuísse um Parente Remidor, poderia 
esforçar-se por herdar a terra alcançando meios financeiros para tê-la de volta. A terra 
é vista de dois pontos de vista: 
 
1 ) A Terra da Promessa - Israel; 
2 ) O planeta Terra - as nações. 
 
A Terra da Promessa - Israel. O processo para herdá-la está descrito em Lv 25 e 26. É 
literal: o herdeiro é Israel e os posseiros são os árabes. 
 
O planeta Terra - as nações. O processo para herdá-la é o mesmo que está em Lv 25. 
É espiritual. O herdeiro são as nações e o Posseiro é Satanás. 
 
Em relação a Israel, ele matou seu Parente Remidor. Poderia confiar Nele, mas o 
rejeitou (Jo 1.11). Israel O matou (Mt 27.11-25). Até hoje, Israel quer conseguir a Posse 
33 
 
 
da terra por esforço próprio, mas não conseguirá jamais por si mesmo! Por algum 
tempo, esperará no falso Messias que virá, mas nem assim conseguirá; pois a aliança 
que o Anticristo fará será quebrada (Dn 9.27) e ele pisará na Terra e a deixará num 
estado abominável semelhante ao do Egito e de Sodoma. Tal é a situação de 
iniqüidade que prevalecerá em Jerusalém (Ap 11.2,8) na última parte da última semana 
de Daniel. 
 
Toda a cronologia da história de Israel após a morte de Cristo é resumida numa 
tentativa frustrada da conquista da terra por seu próprio esforço. 
 
Em relação às nações, quando Pilatos disse: “Sou inocente do sangue desse homem”, 
poucos sabem que ele estava proferindo uma palavra substitutiva de culpabilidade 
sobre Cristo. Pilatos representava os gentios, que transferiam a sua culpa a Jesus. Por 
isso Jesus morreu: por nossa culpa. 
 
Em Dt 2l está o processo de transferência da culpa (Dt 21.1-9; Mt 27.11-26). 
 
O morto é o tipo de nossos delitos e pecados. 
Os anciãos representam o povo de Israel. 
As cidades mais chegadas tipificam o mundo todo culpado (Rm 3.23). 
A bezerra, a novilha, é o tipo de Jesus. 
O vale áspero é o tipo do Calvário. 
 
O ato de lavar as mãos sobre a bezerra é o tipo da transposição da culpa e aceitação 
da substituição efetuada pela novilha. 
 
Pilatos é o tipo dos gentios. Ele lavou as mãos do sangue inocente e transpôs a culpa 
de todos os gentios para o Cordeiro de Deus. 
 
O que era para Israel fazer, os gentios fizeram. O que Israel fez foi pedir que o sangue 
de Jesus caísse sobre eles, sobre suas cabeças. Por isso, quando Jesus morreu, o 
sangue dele foi derramado sobre a Terra (eis o preço da Redenção da Terra e de todo 
aquele que crê) e ainda continua caindo sobre os judeus e seus filhos (Mt 27.24,25). 
 
Jesus morreu pelos gentios! Lavou sua culpa! Jesus nos redimiu (1Pe 1.18,19) e 
também redimiu a Terra. 
 
Os gentios não têm nada a fazer para alcançarem a Posse da Terra a não ser crer em 
Jesus e esperar a ocasião da Posse. 
34 
 
 
 
Mas os judeus ainda precisam pagar um preço caro até que a Posse chegue. Seu 
esforço de nada adiantará! 
 
A 3ª opção da Redenção da Terra é o Jubileu (Lv 25.25-28). 
 
O Reino de Deus não se restringe apenas aos dias do Milênio, mas é Eterno (Dn 
7.13,14, 18, 27; 2 Pe 1.11; Lc 1.31-33; Ex 15.18; Ap 11.15; Dn Os Documentos da 
Posse:a Escritura Selada e Aberta “Vi na mão direita daquele que estava sentado no 
trono um livro escrito por dentro e por fora, e todo selado com sete selos” (Ap 5.1). 
 
Jesus é o herdeiro de todas as coisas e, juntamente com Ele, os santos (Rm 8.17). 
Após o Arrebatamento, Satanás irá querer tomar posse definitiva da Terra. Ele já 
dissera a Jesus: “Tudo isso (as nações) te darei, se prostrado me adorares.” Se as 
nações não estivessem nas mãos dele, de forma que pudesse dá-las ao Senhor, isso 
não teria sido uma tentação verdadeira. 
 
Adão vendeu a Terra a Satanás, e ela se tornou uma propriedade comprada. Após o 
Arrebatamento, ficará parecendo que ele se tornou o único proprietário, pois nós, a 
Igreja do Senhor, que temos através de Cristo o direito à Terra, estaremos ausentes. 
 
Mas é Deus quem detêm a escritura da Terra. Em sua mão direita há um documento 
selado, evidência legal de que a Terra se acha sujeita à Redenção, se houver Parente 
Remidor que possa e queira pagar Preço tão grande. 
 
Mas o Diabo, um desordeiro, não reconhece a Lei. Não apenas se recusa a abandonar 
a Terra, mas também está se preparando para resistir ao despejo. Portanto, é 
necessário que Alguém pegue o Livro Selado, rompa os selos, e aja pela autoridade do 
Livro Aberto. O rompimento dos selos é o processo de Redenção da Terra. 
 
Mas quem vai romper os selos? Quem pode pagar o terrível Preço do Resgate? Quem 
se habilita a realizar o despejo de Satanás? Miguel o expulsará para a Terra no meio 
da Grande tribulação, mas quem enfrentará esse leviatã? (Jó 41.8-10; Is 27.1; Jó 
26.13; Ap 12.3,9,17; Sl 104.26 ). 
 
Na antiga literatura aramaica (ugarítica), o leviatã era um monstro de sete cabeças, 
inimigo da ordem criada por Deus. 
 
O leviatã com sete cabeças faz referência ao Dragão dos capítulos 12 e 13 do livro de 
Apocalipse. É o próprio diabo que tem sete cabeças que dá poder ao anticristo (Ap 
35 
 
 
13.1) que também tem sete cabeças. A palavra dragão em Ap 12.3,9,17 no Novo 
Testamento hebraico é tanin ). 
 
João chorou porque ninguém era digno de abrir os selos, mas (Ap 5.5-7) eis aí o Cristo, 
o Cordeiro de Deus, o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi. Ele venceu, para poder 
abrir o Livro e os Sete Selos. Só Jesus pode resgatar a Propriedade comprada. Só Ele 
pode despejar Satanás. 
 
Esse acontecimento marcará o momento de uma grande alegria nos céus (Ap 12.12), a 
primeira depois daquele dia distante em que as estrelas da manhã cantaram juntas e 
os filhos de Deus gritaram de alegria (Jó 38.7). 
 
Cristo Toma Posse: Ap 10.1,2,5,6. 
 
O Livrinho = Livro Aberto 
 
O ato do rompimento dos Selos somente o Resgatador pode efetuar.Mas quando 
Resgatador chega a esse ponto não é mais chamado, na Bíblia,de 
Resgatador, mas, sim, de Vingador (Is 61.2 refere-se a este ato). 
 
O Ano Aceitável é o tempo equivalente ao resgate da alma. Vemos este mistério claramente 
demonstrado em Lv 25.30 e 1 Pe 1.18, 19. 
 
É o Tempo da Graça - Jesus veio para cumprir este tempo na sua Primeira Vinda (Lc 
4.18,19). Por isso, Ele parou de ler na frase “o ano aceitável do Senhor” (Is 61.1,2; Lc 4.18, 
19). Por que não leu o resto do texto? Porque, na sua Primeira Vinda, Ele não veio para 
vingar, mas veio para pagar o Preço da Redenção. 
 
O processo de rompimento dos Selos no Apocalipse é o processo de Posse da Terra. 
 
Em Ap 12, Satanás será derribado à Terra. Quando será esse evento? O tempo em que 
esse evento vai acontecer literalmente será o tempo determinado para a última etapa da 
Grande Tribulação, descrita como Grande Angústia de Jacó. Mas o Remanescente será livre 
dela (Sl 91.1-16; Jr 30.7). 
 
Satanás se recusará a deixar a Terra. Então será feito o desafio. 
Aquele Que Rompe os Selos é o Mesmo Que Toma Posse! 
 
A Redençãoé efetuada pelo poder. A Redenção é consumada pela manifestação do 
Vingador (Ap 10.1-6). (Leia também: Ef 1.14; Rm 8.19-21). 
 
36 
 
 
João comeu o Livrinho (Ap 10.9-11). É o mesmo que acontece com Baruque. Após a 
lavração de uma escritura remida por Jeremias, o profeta, a escritura lavrada foi colocada 
num vaso para que se esperasse o cumprimento certo. “Tudo está cumprido, esperemos a 
posse” (Jr 36.15-32). 
 
Ap 6.11-19.21 - Todo o teor desta passagem envolve um processo profético que somente 
agora você pode entender claramente. Haverá o despejo de Satanás e a Posse. 
 
A Completa Redenção 
12
 
 
Após o Milênio haverá algumas mudanças. A Cidade Santa descerá do Céu, até as 
proximidades da Terra. Será o lugar de moradia dos santos da Noiva de Cristo, por toda a 
Eternidade. 
 
Portanto, haverá pessoas com corpos glorificados (pneumatiko/n – corpo espiritual) vivendo 
na Nova Jerusalém e haverá pessoas com corpos físicos (yuxiko/n – corpo almático) vivendo 
na Terra. 
 
As pessoas que estiverem na Terra são as que viveram no Milênio. Na Cidade Santa, 
iluminação provirá da Glória de Deus e do Cordeiro, que é a sua lâmpada. As nações na 
Nova Terra andarão mediante a sua Luz e os reis da Terra lhe trarão a sua glória (Ap 21.24). 
 
“As nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória”. Isso ocorrerá 
após o Milênio, depois de já haver sido iniciada a Eternidade. Trata-se de uma condição 
permanente. Já não haverá mais morte: 
 
“Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais 
pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21.4). 
 
“Então virá o fim quando ele (Jesus) entregar o reino a Deus o Pai (no fim do Milênio), 
quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário 
que ele reine (durante todo o Milênio) até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus 
pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. Pois se lê: Todas as coisas sujeitou 
debaixo de seus pés. Mas, quando diz: Todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se 
excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem 
sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, 
para que Deus seja tudo em todos” (1Co 15.24-28). 
 
 
 
12
 BLOOMFIELD, Arthur E. Op. Cit., p. 62. 
37 
 
 
 
A Aliança do Arco-Íris 
13
 
 
A Aliança do Arco-Íris, que Deus fez com o homem logo após o Dilúvio, tem uma importância 
toda especial, pois é a única que diz respeito à Terra e a toda criatura viva. Possui também 
um traço comum a todas as alianças: é eterna (Gn 9.12-16). 
 
A aliança é para “gerações perpétuas”. Isto significa que Deus não destruirá a Terra para 
sempre nem as coisas da Terra, como fez por ocasião do Dilúvio. O propósito e significado 
desta aliança são enunciados em Gn 8.21. 
Quando a Bíblia diz que o mundo daquele tempo veio a perecer afogado em água, devemos 
lembrar que o planeta não foi destruído, não deixou de existir. Assim também será no Dia do 
Senhor, haverá juízo sobre a terra, mas o planeta sobreviverá. 
 
A Terra é Eterna 
14
 
 
A terra é eterna: Is 45.17,18;60.21; Ec 1.4;S1 104.5; 119.90; J1 3.20. 
 
“Então todo o seu povo será justo, e possuirá a terra para sempre. Ele é o renovo que 
plantei, obra das minhas mãos, para manifestação da minha glória” (Is 60.21). 
 
“Gerações vêm e gerações vão, mas a terra permanece para sempre” (Ec 1.4). 
 
Para que a Terra possa durar para sempre, terá que ser incluída no processo de Redenção 
(Is 35.1,2,7; Mt 19.28). 
 
“Esta Terra que tem sido consagrada pela „presença do Filho de Deus‟, onde foi feito o 
sacrifício mais custoso que jamais houve, no Calvário, a fim de redimir uma raça perdida, e 
para a qual Deus tem reservado um grande futuro, é um lugar por demais sagrado para ser 
extinta ou deixada de existir, porquanto é o planeta mais querido na mente de Deus, dentre 
toda a Sua vastíssima criação” (Clarence H. Larkin). 
 
O novo céu e a nova terra não resultarão de alguma catástrofe no fim do milênio. Pelo 
contrário, são resultantes do processo de redenção e do reinado de Cristo durante mil anos. 
 
É inconcebível que a obra redentora de Cristo, que culminará com o reinado milenar, venha 
a resultar num fracasso caótico como a destruição do planeta. 
 
 
13
 BLOOMFIELD, Arthur E. Op. Cit., p. 63. 
14
 BLOOMFIELD, Arthur E. Op. Cit., p. 63. 
38 
 
 
“[...] o resultado final do futuro, prenunciado nas Santas Escrituras, não é a existência 
meramente espiritual de almas salvas, mas a restauração do cosmos inteiro, quando Deus 
será tudo em todos debaixo dos céus e a terra renovados” (Abraham Kuyper). 
 
 
LIVRO TEMPO HISTÓRICO TEMPO FUTURO 
Isaías Exílio de Judá na Babilônia e 
retorno depois de 70 anos 
 
 O retorno de Israel no fim da Grande 
Tribulação. 
33.14-17: profecias sobre nações 
estrangeiras. 
Ezequiel A ressurreição da nação de Israel e o juízo 
dos países vizinhos 
Oséias A idolatria de Israel nos dias dos 
reis 
A união da nação prostituta ao Senhor pelo 
arrependimento. 
A divisão da terra (Israel) 
Daniel 
 
Nabucodonosor 
Babilônia 
As nações no Tempo dos Gentios. 
 
Amós A justiça social 
 
Tipo do ministério de injustiça que operará 
nos dias do Anticristo 
Sofonias A destruição de Nínive e Assíria 
 
Deus vai atrair as nações para Jerusalém. 
 
Ageu Edificação do Templo por 
Zorobabel nos dias de Esdras. 
O Templo em sua glória em Jerusalém 
(Ez 40-48). 
Zacarias 
 
Edificação espiritual da Nação nos 
dias de Neemias 
O Armagedom 
Angústia de Jacó (Só futuro). 
 
Joel 
 
 O Dia do Senhor. 
 
Obadias A extensão do reino terreno de Israel após 
a oposição de seus vizinhos árabes (Sl 
78.4). 
Naum 
 
 A condenação de Nínive. 
 
Habacuqu
e 
 
 A ascensão e destruição do Anticristo 
(Hc 2.8-10). 
Malaquias Sacerdócio de Levi consumido. O Dia do 
Senhor em relação aos inimigos 
 
 
39 
 
 
TRÊS POVOS E UM REINO 
 
O MINISTÉRIO DOS PROFETAS ABRANGE O CAMPO DAS PROFECIAS: 
 
1. Messiânicas: 1 Pe 1.11; Lc 24.27,44; 
2. Hebraicas: Rm 11.26; 
3. Gentílicas: Lc 21.24 
4. Eclesiásticas: Ef 3.10 
 
O MINISTÉRIO DOS PROFETAS TEVE E TEM COMO PROPÓSITO: 
 
1. Cristo, o Rei de Israel; 
2. Cristo, o Juiz das Nações; 
3. Cristo. O Senhor da Igreja. 
 
AS PROFECIAS BÍBLICAS REVELAM: 
 
1. Juízo e bênção sobre Israel: Is 5.5; Ez 34.24-31; 
2. Juízo e bênção sobre as nações: Is 14.24-26; 23.8,9; Jr 49; Is 2.2-5. 
 
“Antes de entrarmos no capítulo em que trataremos do Reino de Deus é necessário 
distinguirmos que Deus trata com três povos: Israel, Igreja e as Nações (Gentios)”: 
15
 
 
“Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à 
igreja de Deus”. 
 
Um dos grandes temas da profecia bíblica é o destino de Israel. Desde o nascimento 
de Israel enquanto nação até à consumação final do seu destino, cada estágio foi 
predito pelos seus profetas. 
 
Entretecido na história de Israel encontra-se o destino da Igreja. A mesma teve origem 
no interior de Israel, mas ao longo dos séculos os destinos destes divergiram 
largamente. No entanto, tem havido uma contínua interação entre ambos. 
 
As profecias sobre estes dois povos têm se cumprido e com certeza aquelas futuras 
cumprir-se-ão. 
 
Uma função vital da profecia é fornecer ao povo de Deus uma visão clara do seu 
destino divinamente traçado. Sem tal visão o povo de Deus perecerá. 
 
15
 Derek Prince: “O Destino de Israel e da Igreja”. 
40 
 
 
“Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-
aventurado”. 
 
Quem é Israel? 
 
Tem havido uma distorção sobreo que é Israel. Muitos dos Pais da Igreja confundiram 
a nação de Israel com a Igreja. Eles desenvolveram a doutrina de que a Igreja 
substituiu Israel nos propósitos de Deus e que, por isso, a Igreja ficou conhecida como 
o “novo Israel”. Este tipo de ensino foi promulgado cerca de 150 D.C. por Justino Mártir 
e posteriormente adotado por Irineu, Orígenes e Agostinho. O Velho Testamento foi 
sendo interpretado de uma forma “alegórica”. 
 
Depois do ano 400 D.C. os teólogos, comentadores e tradutores da Bíblia têm utilizado 
o termo Israel como sinônimo de Igreja. Porém, após o reconhecimento de Israel como 
Nação em 24 de maio de 1948, e a tomada da Velha Jerusalém como capital em 1967, 
a velha interpretação teve de ser reformulada. 
 
A verdade essencial é em geral simples e a verdade é esta: Israel é Israel e a Igreja é a 
Igreja. 
 
Derek Prince descobriu 77 ocorrências no Novo Testamento em que surgem as 
palavras Israel ou Israelitas. E concluiu que os apóstolos nunca utilizaram Israel como 
sinônimo da Igreja. 
 
Nem tão pouco a frase “o novo Israel” surge em algum lugar no Novo testamento. 
 
O termo Israel é freqüentemente utilizado como “tipo” da Igreja (1Co 10.10). Porém, 
retratar Israel como “tipo” da Igreja é completamente diferente de identificar a Igreja 
como Israel. 
 
Quem é judeu? 
 
A palavra judeu ocorre cerca de 200 vezes no N.T. De todas essas referências, a única 
passagem em que judeu é claramente utilizado de uma forma diferente é Rm 2.28,29: 
 
“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é 
exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão, a que é do 
coração, no espírito, não na letra, cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus”. 
 
Derek Prince em “O Destino de Israel e da Igreja”, nas 77 referências que contou as 
palavras Israel e Israelitas, afirma que em nove casos são uma citação direta das 
41 
 
 
Escrituras do Velho Testamento, em cada exemplo o significado no N.T. é 
precisamente o mesmo do V.T. Há mais 66 passagens que não são citações do V.T. 
mas em todos estes casos, o uso no N.T. concorda com o V.T. Desse modo 
permanecem apenas duas passagens no N.T. em que Israel é utilizado com um sentido 
especial (Rm 2.28,29; Ap 2.9; 3.9). 
 
“Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se 
dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás”; 
 
“Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas 
mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que 
eu te amo”. 
 
O termo judeu, que é derivado do nome Judá, significa “louvor” ou “ações de graças”. 
Quando Lia deu a luz o seu quarto filho, chamou-o Judá (em hebraico Yehudah), ou 
judeu é louvor. Assim, Paulo diz que se alguém é um verdadeiro judeu, então o seu 
louvor deve vir de Deus e não dos homens. Em certo sentido, ele está dizendo que não 
basta ser judeu exteriormente. Um verdadeiro judeu deve ter uma condição íntima de 
coração que o faz merecer o louvor de Deus. Para ser um verdadeiro judeu não basta 
que a pessoa tenha todas as marcas exteriores; ela deve também possuir a condição 
espiritual íntima que dê louvores a Deus e dEle obtenha louvor. 
 
A IGREJA NÃO É ISRAEL 
 
Quando o Senhor prometeu fundar a Sua Igreja, Israel já existia há quase dois mil 
anos. Deus criou esta nação especial, realizando um milagre biológico em Abraão e 
Sara. Este povo foi primeiro chamado de hebreus, depois israelitas e, mais tarde, 
judeus. Deus deu a eles a promessa simples de que se O adorassem e lhe 
obedecessem, Eles os abençoaria. Se desobedecessem e adorassem outros deuses, 
porém, Ele os amaldiçoaria. 
 
A história da desobediência de Israel é bem conhecida. Seiscentos anos antes de 
Cristo vir ao mundo, Deus permitiu que fossem levados para a Babilônia (70 anos de 
cativeiro por não terem guardado os sábados da terra). 
 
O povo não tirou proveito dessa experiência nem das profecias de Daniel, Isaías, 
Jeremias e outros. 
 
Rejeitaram o Messias, crucificaram-no e por esta razão Israel foi colocado em 
“suspensão” profética e a Igreja fundada no Pentecostes tornou-se o centro especial da 
atenção de Deus. 
42 
 
 
 
Deus ainda não terminou sua obra com Israel. 
 
“Naquele dia (O Dia do Senhor), tornarei a levantar o Tabernáculo de Davi, que caiu, e 
taparei as suas aberturas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e a edificarei como nos 
dias da antiguidade; para que possuam o restante de Edom e todas as nações que são 
chamadas pelo meu nome, diz o SENHOR, que faz estas coisas. 
 
 Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que 
pisa as uvas, ao que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os 
outeiros se derreterão. 
 
 E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e reedificarão as cidades assoladas, e 
nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares, e lhes 
comerão o fruto. 
 
 E os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz 
o SENHOR, teu Deus” (Am 9.11-15). 
 
Pedro cita esta passagem dizendo que esta restauração ainda é futura: 
 
“E com isto concordam as palavras dos profetas, como está escrito: Depois disto, 
voltarei e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído; levantá-lo-ei das suas 
ruínas e tornarei a edificá-lo. Para que o resto dos homens busque ao Senhor, e 
também todos os gentios sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz 
todas estas coisas que são conhecidas desde toda a eternidade”. 
 
As promessas não cumpridas de um Reino de Justiça, como o “Trono de Davi seu pai”, 
devem ser ainda cumpridas durante o Reino Milenar, quando Cristo, o herdeiro legal de 
Davi, governará o mundo como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Todas as 
promessas para Israel serão realizadas nessa época. 
 
Reunir Israel e a Igreja, como sendo uma e a mesma coisa, sugerindo que a Igreja é 
agora herdeira das promessas feitas a Israel é não discernir a Economia Divina. Os 
reconstrucionistas, alguns pós-milenistas, e outros esperam que a Igreja (como Israel 
de Hoje) antecipe o Reino. 
 
Deus tem um propósito Eterno, Ele quer que os Gentios, a Igreja e Israel entrem no 
Reino Eterno do Pai após o Milênio. Até lá Ele tratará com cada um desses povos. 
 
43 
 
 
Durante a Graça – O Ano Aceitável do Senhor, Ele está separando um remanescente 
dentro da Igreja para no arrebatamento entrar no Reino de Deus. Hoje em dia, muita 
gente pensa na Igreja como uma estrutura física de madeira, tijolos ou pedras, mas não 
é essa a utilização que o Novo Testamento faz do termo. 
 
No grego do N.T., a palavra geralmente traduzida por igreja é ekklesia (e)kklhsi/a). 
Refere-se a um grupo de pessoas colocadas para um propósito especial. A palavra 
portuguesa que mais se aproxima é “assembléia”. Em Atos 19.32,39,40 é a palavra 
usada para descrever o corpo de cidadãos de Éfeso que foram convocados para 
decidir os assuntos da comunidade. 
 
EKLESIA é uma assembléia de pessoas chamadas da presente ordem mundial para 
servirem a Jesus Cristo e serem por Ele preparadas para se tornarem os governantes 
(reis e sacerdotes – Ap 1.6; 2.26,27; 5.10) do Reino vindouro. 
 
A Igreja é o corpo de Cristo (Ef 1.22,23), não é uma organização, mas um organismo. 
Cada membro deste corpo tem uma relação pessoal de fé com Cristo, como sua 
cabeça, através dEle com todos os outros membros. 
 
Este conceito tem sido, através dos séculos, corrompido e distorcido. Hoje a Igreja 
apresenta pouca ou nenhuma semelhança com o modelo original estabelecido no N.T. 
Muitos dos que se consideram membros da Igreja hodierna não possuem nenhuma 
relação viva e pessoal com Cristo e são freqüentemente inimigos de outros cristãos 
professos. Apenas uma pequena minoria dos que são em geral chamados cristãos são 
membros

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