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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de atividade individual Disciplina: Contabilidade Financeira Módulo: IV Aluno: XXXXXXXXXXX Turma: Contabilidade Financeira_XXXXX Tarefa: ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – NATURA – EXERCÍCIO 2017 E 2018 Introdução Este trabalho tem como objetivo analisar as demonstrações contábeis da empresa Natura, nos exercícios dos anos de 2017 e 2018. Para isso, foram utilizados o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado referente a estes respectivos anos. Estes demonstrativos contábeis foram fornecidos pela FGV IDE para esta atividade aqui proposta. A análise foi realizada, primeiramente, calculando os indicadores econômicos e financeiros dos demonstrativos contábeis. Os indicadores e análises feitas foram: 1- Análise horizontal; 2- Análise vertical; 3- Cálculo dos índices de liquidez; 4- Cálculo da estrutura de capital; 5- Cálculo da lucratividade; 6- Cálculo da rentabilidade; Após demonstração e análise dos indicadores foi feita a conclusão final que comenta os índices calculados e analisa a situação geral econômica da empresa baseado em seus indicadores apresentados. 2 Análise horizontal 1- Análise horizontal A análise horizontal foi realizada calculando a taxa de variação dos exercícios de 2017 e 2018. Ou seja, é calculado, por porcentagem, a razão da diferença dos dois resultados pelo resultado anterior. Desta forma, podemos avaliar proporcionalmente qual é a variação de cada resultado e compara-los. Também, com esta análise, é possível comparar os números que mais chamam atenção, isto significa olhar os maiores números negativos e positivos que representaram as maiores taxas de variações. Abaixo é apresentado a Tabela 01 e Tabela 02 com as análises horizontais do balanço patrimonial e demonstrativo de resultados sucessivamente. TABELA 01 – ANÁLISE HORIZONTAL BP NATURA 2017 E 2018 3 TABELA 02 – ANÁLISE HORIZONTAL DRE NATURA 2017 E 2018 4 Análise vertical 2- A análise vertical foi realizada calculando razão de cada item do resultado com o total do seu grupo, conforme descrito por (LIMEIRA, 2015). Desta forma, é possível analisar à proporção que cada item possui no total de seu grupo. Abaixo é apresentado a Tabela 03 e Tabela 04 com as análises verticais do balanço patrimonial e demonstrativo de resultados sucessivamente. TABELA 03 – ANÁLISE VERTICAL BP NATURA 2017 E 2018 5 TABELA 04 – ANÁLISE VERTICAL DRE NATURA 2017 E 2018 6 Cálculo dos índices de liquidez 3- INDICADORES DE LIQUIDEZ Abaixo, na Tabela 05, segue indicadores de liquidez calculados a partir dos demonstrativos de resultado: TABELA 05 – INDICADORES DE LIQUIDEZ 3.1- Liquidez imediata. Este indicador é calculado dividindo o caixa disponível pelo Passivo Circulante (LIMEIRA, 2015). Desta forma, é possível medir a proporção que o caixa disponível tem do passivo circulante e portanto, mensurar a proporção do passivo que a empresa consegue solver com seu caixa. Nos dois períodos, 2017 e 2018, este índice apresentou abaixo dos 5%, o que indica que o caixa disponível é uma parcela relativamente pequena se comparada a outros ativos no balanço patrimonial. Como o ativo caixa não gera retorno financeiro, este índice sendo mantido pequeno, pode demonstrar uma gestão eficiente do fluxo de caixa da empresa. 3.2- Liquidez corrente. Este indicador é calculado dividindo o ativo circulante pelo passivo circulante. Desta forma, temos a razão entre tudo que será convertido em caixa nos doze meses com toda a dívida neste período (Passivo Circulante). Com isso, podemos estabelecer que este índice abaixo de 1 pode indicar insolvência pois, significa que a empresa possui uma dívida de curto prazo maior que o ativo que será convertido em caixa no período. A Natura apresentou 0,74 de Liquidez corrente no ano de 2017, o que foi um indicativo de incapacidade de pagar sua dívida neste período. Conforme apresentado no vídeo aula deste conteúdo Indicadores de liquidez – FGV IDE, não podemos afirmar que a empresa é insolvente com a Liquidez corrente abaixo de 1, para isso, é sugerido calcular o indicador Teste de Solvência (LIMEIRA,2021). O teste de solvência é calculado dividindo o ativo circulante pelo passivo circulante oneroso, ou seja, o passivo referente a bancos e fornecedores (LIMEIRA, 2021). Este teste foi aplicado apenas no resultado de 2017, pois foi o único exercício analisado que apresentou índice de Liquidez Corrente abaixo de 1. Conforme Tabela 5, o teste de solvência ficou em 0,9 o que reforçou o indicativo de incapacidade da Natura S.A. de quitar seu passivo circulante oneroso no ano de 2017. Já no ano de 2018, a Natura apontou a liquidez corrente maior que 1, ou seja, apresentou uma melhoria de 7 57,15% em relação ao ano de 2017 conforme análise horizontal da Tabela 05. Esta melhoria indica recuperação da sua liquidez no exercício de 2018. 3.4- Liquidez seca Este indicador é calculado pela razão do ativo circulante menos o estoque pelo passivo circulante (LIMEIRA, 2015). Desta forma, subtraímos o estoque do ativo circulante, podemos ter ideia da proporção do capital de giro, sem levar em consideração o estoque, que a empresa tem para quitar seu passivo circulante. Assim como o indicador de Liquidez corrente, a Natura demonstrou este índice abaixo do 100% no ano de 2017. Com isso, este indicador reforça o argumento que o ano de 2017 a Natura pode ter tido problemas com liquidez. Já no ano de 2018, este índice sobe na casa dos 100%, seguindo a lógica dos outros indicadores de liquidez que demonstram recuperação neste quesito. 3.5- Liquidez geral A Liquidez geral é calculado somando o ativo circulante com o realizável a longo prazo e dividindo pelo passivo circulante somado ao passivo não circulante (LIMEIRA, 2015). Como o próprio nome do índice já diz, este indicador calcula a liquidez geral da empresa, considerando tanto o curto quanto o longo prazo. Desta forma, podemos observar se a empresa seria solvente com todos os seus passivos considerando todos os ativos de curto e longo prazo. Este indicador registrou 39% e 40% em 2017 e 2018 sucessivamente demonstrando que o nível de endividamento geral da natura se manteve no mesmo patamar nos dois anos. 8 Cálculo da estrutura de capital 4- Abaixo segue a Tabela 06 com os indicadores de estrutura de capital calulados a partir dos demonstrativos de resultado. TABELA 06 – INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL 4.1- Endividamento geral Este índice é calculado pela razão dos passivos circulantes e não circulantes pelo ativo total (LIMEIRA, 2015). Este indicador apresentou muito acima dos 50% dos dois anos analisados, o que aponta a maior dependência do capital de terceiros pela Natura S.A. do que pelo capital próprio. Este índice, apesar de ter caído 7,85%, ainda permaneceu alto no exercício de 2018. 4.2 – Composição do endividamento A composição do endividamento mede a proporção do passivo circulante nos passivos circulante e não circulante. Desta forma, podemos avaliar a dimensão da dívida de curto prazo no endividamento geral. No ano de 2017 a natura apresentou 47% de dívida de curto prazo referente a dívida geral, e caiu 47,46% chegando a 25% no ano de 2018. Esta queda brusca demonstra que o ano de 2018 a dívida se tornou mais prolongada, ou seja, a maior parte do endividamento ficou de longo prazo. Este índice é bom sinal pois traz fôlego a empresa com maior sobra de capital no curto prazo. 4.3- Imobilização do capital próprio A imobilização do capital próprio mede a proporção de investimentos,imobilizados e intangíveis investidos com o capital próprio. Nos dois anos, 2017 e 2018, a Natura S.A. apresentou este índice acima de 3, o que indica que o capital próprio não consegue financiar sozinho seus investimentos. Este índice reforça a maior dependência do capital de terceiros em seu financiamento. 4.4- Imobilização de recursos não correntes Em 2017 a Natura S.A. apresentou este indicador em 1,11, o que significou que parte dos investimentos, imobilizados e intangível foi financiada com recursos de curto prazo. No ano de 2018 este índice apresentou queda, o que significa melhora na estrutura de capital, pois os investimentos, imobilizado e 9 intangível foram financiados totalmente com recursos de longo prazo. 4.5- Passivo oneroso sobre ativo O passivo oneroso sobre ativo é a razão do passivo financeiro mais passivo não circulante no ativo total. Este indicador ficou acima de 70% nos dois anos analisados, reforçando o indicativo de alta dependência de fontes onerosas no financiamento geral. Apesar disso, este índice apresentou queda de 9,41% no exercício de 2018 se comparado com o exercício de 2017 seguindo a mesma tendência de queda dos outros indicadores de endividamento. 10 Cálculo da lucratividade 5- Abaixo segue a Tabela 07 com os indicadores de lucratividade calulados a partir dos demonstrativos de resultado. TABELA 07 – INDICADORES DE LUCRATIVIDADE No exercício de 2017 e 2018, a margem bruta obteve 60,3% e 60,5% sucessivamente, o que demonstra estabilidade no mark-up dos produtos vendidos e pode indicar estabilidade nos custos dos produtos e serviços vendidos pela Natura S.A. ao longo dos dois anos. No entanto, a margem operacional caiu de 11% para 7,2%, indicando aumento na razão despesas operacionais – receita líquida. O que se confirma examinando a análise horizontal da DRE, onde a receita líquida cresceu 7,96%, mas as despesas operacionais subiram 12,78%. Ou seja, a receita líquida não acompanhou o mesmo crescimento das despesas operacionais. Outro ponto a destacar em 2018, a restituição do imposto de renda apresentou aumento considerável de 300%, mesmo assim, esta restituição não cobriu a queda do seu resultado operacional o que consequentemente apontou a Margem líquida de 11,4% em 2017 para 8,7% em 2018. Já no giro do ativo foi possível observar estabilidade do índice que ficou próximo dos 50% nos dois anos analisados. 11 Cálculo da rentabilidade 6- Abaixo segue a Tabela 08 com os indicadores de rentabilidade calculados a partir dos demonstrativos de resultado. TABELA 08 – INDICADORES DE RENTABILIDADE No ano de 2018, o ROE da Natura S.A. sofreu uma queda elevada de 41% para 21,3%, justificada pela queda da receita líquida e aumento de 57,46% do património líquido observado nas demonstrações contábeis de 2018. Para calcular o custo de oportunidade foi utilizado a taxa Selic do fechamento do ano retirada do Banco Central e a inflação média IPC médio de cada ano analisado retirada da Inflation.eu (2021). Conforme orientado por (LIMEIRA, 2015), foi subtraído a taxa Selic pela inflação do ano, e desta forma, este índice pode ser comparado com o ROE da Natura S.A. como decisão de investimento. Com a piora do lucro líquido em 2018 referente a 2017, o ROI também apresentou queda e consequentemente o Payback da empresa subiu de 18 anos para 23 anos. 12 Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa É possível concluir que a Natura S.A. obteve boa recuperação em seus índices de liquidez comparado com o ano de 2017, ano em que os indicadores demonstraram insolvência do passivo oneroso. Nos dois anos analisados a Natura demonstrou maior dependência do capital de terceiros se comparado proporcionalmente com o capital próprio. No ano de 2018, a empresa apresentou prolongamento de sua dívida de curto prazo, reduzindo a proporção da dívida de curto prazo conforme mostrado no Indicador composição do endividamento. Apesar da melhora nos indicadores de liquidez e endividamento citados anteriormente, os índices de lucratividade e rentabilidade da Natura S.A. apresentaram queda em quase todos os índices demonstrando piora em seus resultados. Ainda assim, o ROE da Natura S.A. ficou acima dos 20% indicando boa rentabilidade aos acionistas se comparado com o custo de oportunidade da renda fixa nos dois anos analisados. 13 Referências bibliográficas BANCO CENTRAL DO BRASIL. Taxas de juros básicas – Histórico. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/historicotaxasjuros>. Acesso em: 25 agosto 2021 INFLATION.EU - Inflação histórica Brasil – IPC: Tabela: inflação média Brasil (IPC) – por ano Disponível em: <https://www.inflation.eu/pt/taxas-de-inflacao/brasil/inflacao-historica/ipc-inflacao-brasil.aspx>. Acesso em: 25 agosto 2021 LIMEIRA, A.L.F. et al. Gestão contábil financeira. Rio de Janeiro, RJ: Editora FGV, 2015 LIMEIRA, A.L.F. Vídeo aula: Natura s.a. – indicadores de liquidez. Sumário - Módulo 4 – Análise econômico- financeira. Unidade 3 – Lucratividade e rentabilidade. Disponível em: <https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/content/340473/viewContent/2665683/View>. Acesso em: 25 agosto 2021 14
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